Arquivos Cultura E História - Página 157 De 368 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Projeto recebe inscrições de fotógrafos para exposição sobre Pernambuco

O projeto “Meu Olhar Sobre Pernambuco”, abriu nesta terça-feira (19), as inscrições para fotógrafos pernambucanos com residência em qualquer região do Estado. Aprovado no Edital Criação, Fruição e Difusão- LAB-PE, através da Lei Aldir Blanc, a iniciativa que busca recortes fotográficos de fotógrafos profissionais e amadores, vai realizar exposição virtual e presencial, em março deste ano. A organização irá premiar os finalistas e divulgar a biografia de todos os participantes no canal digital. Os interessados deverão se inscrever até o dia 29 de janeiro no site do projeto: (https://www.meuolharsobrepe.com.br/). No endereço eletrônico estão disponíveis o formulário de inscrição, edital, documentação exigida e orientação para o envio das fotos. É necessário que as obras tenham abordagem na área da cultura, turismo, gastronomia ou relacionadas com alguma personalidade cultural do Estado, por exemplo. “Esperamos receber participantes dos quatros cantos de Pernambuco. A proposta do projeto é apresentar recortes fotográficos da Região Metropolitana, Mata Norte, Mata Sul, Agreste e Sertão”, detalha o idealizador do projeto, Jonnathan Silva. Ainda segundo ele, a ideia é potencializar o trabalho de fotógrafos do estado, que se dedicam na produção de fotografias espontâneas sobre a região. “Será uma oportunidade de reunir talentos desconhecidos com nomes já consagrados”, finaliza Jonnathan. SERVIÇO: Exposição Meu Olhar Sobre Pernambuco Inscrições: https://www.meuolharsobrepe.com.br/ Período das inscrições: De 19 a 29 de janeiro de 2021 Quanto: gratuito Evento: acontecerá em março de 2021 (formato presencial e virtual)

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Juliana Notari: “A arte tem que criar perguntas e reflexões.”

A imagem de uma grande vulva, em tom vermelho intenso, encravada no terreno do Parque Artístico Botânico da Usina de Arte foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais do País este mês e reverberou até na mídia internacional. A obra Diva, da artista plástica recifense Juliana Notari, causou controvérsia num amplo espectro ideológico de pessoas: desde conservadores, até militantes que lutam contra a transfobia, além do movimento negro. Nesta entrevista a Cláudia Santos, Juliana analisa essas críticas, defende a força da obra, que segundo ela vai além da representação de uma vulva, mas expõe as feridas que as mulheres e a natureza sofrem na sociedade patriarcal. A artista comenta também a sua trajetória e a sua concepção de que a arte deve provocar as pessoas a refletirem. Por que a obra Diva causa tantas controvérsias nas redes sociais, provenientes de pessoas da direita e da esquerda? Eu acho que é porque o que está colocado na obra é a representação de uma parte do corpo da mulher que, ao longo da história, nestes dois mil anos de patriarcado, sempre foi um tabu, sempre foi reprimida. A vulva é o lugar onde a mulher sente prazer, não tem uma função reprodutiva, como a vagina, o canal vaginal, onde passa o espermatozoide.A repressão começa pela linguagem, até o nome vulva foi deixado de ser falado, porque chamar uma vulva de vagina, é a mesma coisa que chamar pênis de uretra. Há um silenciamento do corpo da mulher, que vem ao longo dos séculos, e a mulher precisa ser vista como a recatada e do lar, a que está em casa, fazendo o trabalho da reprodução, cuidando dos filhos, que não tem o trabalho reconhecido. Grande parte desses ataques que, se partiram da direita, é proveniente de pessoas que pensam dessa forma. Eu sabia a todo momento que a obra iria provocar críticas, mas não dessa envergadura que foi. Mas antes de tudo, é preciso estabelecer que Diva não pode ser reduzida a uma vulva. Diva é uma grande ferida. Caso ela fosse apenas uma vulva, eu teria feito os grandes lábios, o clitóris. Essa dimensão traumática, expressa em sua forma de ferida aberta, é a mais importante para mim, fica mais agressiva esteticamente na minha obra. A obra não centra o discurso na questão genital, mas abre feridas históricas, coloniais, que estão para além das questões de gênero. Há também uma discussão e questionamentos das feminilidades, da violência contra os corpos, incluindo o da Terra, na nossa sociedade patriarcal e capitalista. As críticas da esquerda que foram em torno da questão racial e de classe social surgiram a partir de uma foto, postada por mim no Facebook e no Instagram, em que é mostrado o processo de construção da obra. Nela, eu, a artista, uma mulher branca, apareço em primeiro plano e os trabalhadores – na maioria negros – trabalham na obra ao fundo. A foto é um retrato da nossa sociedade brasileira. A arte não está apartada da sociedade, ela reflete a sociedade e a arte também é um lugar muito elitizado. Mesmo entendendo que, enquanto imagem, ela possa endossar o racismo estrutural que molda o Brasil desde sua colonização, ela  também denuncia as feridas coloniais que persistem e nos traumatizam até os dias atuais. Esses sintomas históricos não são causados apenas por mim, mas são responsabilidade de todos nós que deixamos essas feridas históricas inflamarem. Feridas como a escravidão, sexismo, o extermínio dos povos indígenas e a ditadura militar não foram tratadas e, por isso, o Brasil segue doente. Os trabalhadores da construção civil contratados pelo engenheiro para construir Diva são sintomas dessas feridas, são descendentes de escravizados negros, de indígenas, como a grande maioria dos trabalhadores urbanos e rurais do Brasil. Então, é uma questão estrutural. Como a gente sabe, os escravos não tiveram acesso à terra, à reparação, à educação, ou seja, não tiveram acesso à sociedade. Foram apartados; foram para as periferias, os subúrbios, as favelas. A outra crítica partiu de mulheres trans que acham que uma vulva reforça o binarismo, a ideia de que só existem dois sexos. Na verdade, não é nada disso, acho que existem várias sexualidades, vários femininos e que todo mundo pode falar. A questão é que elas também têm que ocupar espaço de fala, de colocar a arte delas nos espaços de arte. Aí, são necessárias políticas públicas de inclusão. A todo momento eu não quero anular, eu quero abranger e também quero defender meu direito de falar. Eu sou uma mulher que acha que eu posso falar de uma parte do meu corpo. Eu sou artista, eu sou livre para falar, isso não quer dizer que eu vou anular outras formas de viver a sexualidade, muito pelo contrário, acho que tem que ser multi. Você explicou que a obra busca questionar a relação entre a natureza e a cultura numa sociedade falocêntrica e antropocêntrica. Você poderia detalhar essa ideia? Falocêntrica é essa questão do patriarcado. Vivemos dois milênios de patriarcado, que é justamente essa questão de o homem ter o protagonismo, que ocupa o poder, de usar os corpos dos negros, das mulheres, dos indígenas, reprimindo-os para transformá-los em subalternos a esse poder. É, principalmente, o macho, hétero, branco, que é esse homem, símbolo desse patriarcado, que acha que está no topo do poder e se acha superior e que os outros, todos os diferentes, precisam ser seus serviçais. O sentido antropocêntrico está relacionado à espécie humana em geral (homens e mulheres), que se acha acima de todas as espécies, que tem o direito de desmatar, de matar os animais, de remover montanhas e “comer” a terra, por meio do extrativismo de que o consumismo necessita para poder mover a máquina. A espécie humana se acha o centro da Terra e está acabando com tudo. Então, essa separação, natureza e cultura, em que o homem que se coloca acima da natureza com sua cultura, é que faz com que o antropocentrismo seja uma praga que está nos levando

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Museu do Trem reabre nesta terça-feira (19) com fachada revitalizada

O Museu do Trem, equipamento gerenciado pela Secult-PE/Fundarpe, localizado na Estação Central do Recife, reabre hoje (19) com a fachada totalmente revitalizada. A pintura faz parte de uma série de intervenções na aparência e estrutura do imóvel histórico. Entre as ações de manutenção predial, estão a poda de árvores, serviços na cobertura, com substituição de telhas danificadas, limpeza de calhas e impermeabilização, além de revestimento de paredes, cuidados com o piso e reparos nas instalações elétricas e hidrossanitárias. A execução dos serviços começou em novembro do ano passado e o museu precisou ficar fechado na última semana por causa da reforma.

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6 fotos do casario do Recife na década de 1920

Na década de 1920 circulava a Revista de Pernambuco. No acervo desse material que trazia fotografias de várias cidades e registros de eventos da época, selecionamos 6 imagens de construções do Recife, nos anos de 1925 e 1926. A publicação exaltava o desenvolvimento imobiliário, com a construção das novas casas em ruas recém-abertas ou com novo calçamento e iluminação na capital pernambucana. Recife novo, a cidade inteira se enche de habitações modernas Essa foi a legenda dessa foto publicada em 1925 na Revista de Pernambuco. Infelizmente não há informação do bairro ou da rua dessa casa. . Cada dia novas construções vão surgindo dos terrenos baldios. A proporção que a cidade inteira se ilumina e asfalta. Descrição da foto na publicação indica o avanço do calçamento das ruas e da iluminação pública no Recife, também em 1925.  . Por todo o Recife espalham-se vivendas confortáveis e elegantes . Casario na Rua Amélia, em 1925 . Recife Moderno. Um trecho do Largo do Hospicio, no bairro da BoaVista, em 1926 . As edificações abaixo foram descritas como "Edifício da Usina e das oficinas de saneamento, na Avenida do Cabanga, uma das artérias de acesso ao Pina, construída pelo Governador Sérgio Loreto." . . . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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Sonora Coletiva convida Cannibal para falar sobre música e ativismo político e social

Em meados dos anos de 1980, inconformado com as desigualdades sociais com que se deparava no Alto José do Pinho, bairro da Zona Norte do Recife, o então adolescente Marconi de Souza Santos decidiu abraçar o ativismo político e social. Mas logo descobriria o movimento punk nacional nos sebos de vinis do centro do Recife e nas revistas especializadas em música do Sudeste. Assim, daria o passo decisivo que o faria unir sua militância ao mais novo interesse: ser músico e formar uma banda, e tocar em eventos políticos. Foi nesse contexto que Marconi se transformou em Cannibal e formaria a banda “Devotos do Ódio”, hoje chamada apenas “Devotos”. A live com o compositor, baixista e cantor Cannibal será hoje (14), às 19h, transmitida pelo Canal multiHlab, no YouTube, como parte das atividades do Sonora Coletiva, da Revista Coletiva, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Pioneiro do punk e hardcore recifense, e um dos nomes mais importantes de uma geração de artistas que deram início à cena musical local do final dos anos 1980 e início dos anos de 1990, e que geraria também o Manguebeat, Cannibal vai conversar com os pesquisadores Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto, responsáveis pela mídia experimental multimídia Sonora Coletiva. Os três pesquisadores da Fundaj vêm desenvolvendo atividades no âmbito do Núcleo de Imagem, Memória e História Oral (NIMHO), do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), coordenado pela pesquisadora Sylvia Couceiro e por Cristiano Borba, registrando depoimentos dos que produziram música em Pernambuco entre os anos de 1970 e 2000. Essa será a primeira live do Sonora Coletiva de 2021 e dá continuidade às anteriores que tiveram a música como um de seus temas principais. Para o pesquisador Túlio Velho Barreto, “ter a participação de Cannibal em um dos episódios do Sonora Coletiva permitirá que se conheça ainda mais o artista único que ele é. Ou seja, alguém que conseguiu unir militância politica com a música, o que está evidente no trabalho social que faz desde os anos 1980 no Alto José do Pinho e também em suas letras. Aliás, que estão registradas no livro ‘Música para o povo que não ouve’, lançado pela Companhia Editora de Pernambuco, em 2018”. Já Cristiano Borba, complementa lembrando que “tem outra razão de natureza institucional para reassaltar a participação de Cannibal, já que atualmente estamos desenvolvendo na Fundaj um projeto para ampliar o acervo do NIMHO/Cehibra, agora na área da música, e isso abre novas perspectivas para essa área da Instituição no que diz respeito à ampliação de seu acervo de história oral e para futuras pesquisas nessa área de nossa cultura”. Segundo Allan Monteiro, a partir da live com Cannibal, o Sonora Coletiva pretende contar com a participação de outros e outras artistas locais que transitam entre a música e a literatura, por exemplo. A banda Devotos é formada por Cannibal (baixo e voz), Celo Brown (bateria) e Neilton (guitarra) e tem vários álbuns gravados em estúdio e ao vivo, além de compilações em CD e vinil. Suas músicas são verdadeiros manifestos contra a desigualdade social e econômica sem perder a verve poética. Como explica Cannibal, “tudo começa quando você descobre que o mundo tem uma classificação. Nela alguns são beneficiados, já outros não são sequer assistidos em suas necessidades básicas, e este são a maioria. Não ter direitos assistidos política, social e democraticamente: esta é a primeira revolta. Quando você descobre fazer parte deste quadro caótico só te restam duas escolhas: aceitar calado ou viver gritando. E eu escolhi viver gritando”. *Saiba mais * SONORA COLETIVA é o canal experimental multimídia da revista eletrônica de divulgação científica Coletiva, publicada pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Sediada no Recife, disponibiliza dossiês temáticos com uma perspectiva de diálogo entre saberes acadêmicos e outras formas de conhecimento, prezando pela diversidade sociocultural e liberdade de expressão. É voltada para um público amplo, curioso e crítico. O projeto integra o Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional (ProfSocio), o Laboratório Multiusuários em Humanidades (multiHlab) e a Villa Digital, envolvendo ainda as diversas diretorias da Fundaj. Serviço Sonora Coletiva conversa com Cannibal, da banda Devotos Participantes: Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto Data: quinta-feira, 14 de janeiro de 2020 Horário: 19h Transmissão no Canal multiHlab

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Museu da Cidade do Recife transmite evento em homenagem a Frei Caneca

Em reverência a seus ideais libertários, o religioso e líder revolucionário pernambucano Joaquim do Amor Divino, que mais tarde sagrou-se Frei Caneca, será homenageado, hoje (13), pelo Museu da Cidade do Recife, equipamento cultural da Prefeitura do Recife, em cerimônia virtual, transmitida pelo Instagram. O evento de rememoração é promovido pela Prefeitura do Recife há 33 anos, por meio do Museu da Cidade do Recife, em parceria com a Grande Loja Maçônica de Pernambuco, o Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano e a Ordem dos Carmelitas. A edição deste ano também tem como parceiro o Forte do Brum. Em cumprimento aos protocolos sanitários, que proíbem aglomerações, a homenagem ao revolucionário pernambucano será transmitida, a partir das 15h, no Instagram do Museu da Cidade (@museudacidadedorecife). Sobre Frei Caneca – Religioso e professor de retórica, geometria e filosofia, foi um dos grandes pensadores e líderes do movimento pela independência brasileira, tendo se destacado na articulação da Revolução Republicana de Pernambuco, em 1817, e, mais tarde, da Confederação do Equador. Em 1824, foi preso no Ceará e submetido a julgamento pela Comissão Militar, sendo condenado à morte por arcabuzamento – execução por arma de fogo. Frei Caneca foi enterrado no Convento do Carmo, no Recife e imortalizou-se herói no imaginário pernambucano.

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Recife ganhará nova galeria no Pina

A empresária Christiana Asfora Cavalcanti abre no dia 28 deste mês, no Pina, a Christal Galeria de Artes. O novo espaço de arte e cultura da cidade, ocupa um casarão de 1941 que foi totalmente adaptado para virar um espaço de exposição e instalações artísticas. A galeria terá as curadorias de Stella Mendes, historiadora e gestora cultural, com passagem pelo MASP (SP), AM Galeria (MG) e Bolsa de Arte (RS); e Laurindo Pontes, que atua como marchand e produtor cultural e tem no currículo projetos como “Sé 171 Escritório de Arte” e a “Atenarte”, em Olinda. Também foi produtor e curador de exposições como A Arte e Monumental de Mariana Peretti, no Museu Nacional da República em Brasília (2016).

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CinePE substitui seminários por lives com participação de grandes nomes

Nomes importantes do pensamento contemporâneo, principalmente na área de comunicação, vão participar das lives do Cine PE ao longo deste mês de janeiro. Uma atividade virtual que substitui o modelo presencial dos seminários. Assim, com a pandemia do Covid-19, a programação será realizada on-line, pelo canal do YouTube do festival, o que possibilitou convites a pessoas que teriam dificuldades de estar no Recife presencialmente, por conta das agendas atribuladas. Apesar da programação ter ganhado o título de “Quinta do Cine PE”, excepcionalmente, a estreia acontece hoje (13), às 16 h, tendo o economista, filósofo e escritor Eduardo Giannetti como convidado. A conversa entre Alfredo Bertini e Giannetti deve passear sobre temas como cultura, economia e ética, além dos desafios de empreender no Brasil, um país que convive simbioticamente com crises em todos esses âmbitos. Apesar da densidade dos nomes convidados para as lives, a intenção é que as conversas sejam acessíveis a todos os públicos e, por isso, o formato escolhido foi o de uma conversa-debate. No dia 21 de janeiro, o convidado da Quinta do Cine PE será o publicitário Washington Olivetto, responsável por campanhas que marcaram a história da publicidade no Brasil. Olivetto começou a trabalhar aos 18 anos e, prestes a completar 70 anos, continua buscando desafios. Desde 2017, o publicitário vive em Londres, de onde deve participar da conversa, marcada para começar as 16 h. O convidado da semana seguinte, 28 de janeiro, também as 16 h, será Guga Kertz. O publicitário, um dos profissionais mais reconhecidos do mercado, sócio e CEO da Suno United Creators, acredita que as incertezas do momento ajudam a perceber a publicidade como um vetor de transformação. A criatividade, segundo ele, vem da insegurança. Para as conversas com Washington Olivetto e Guga Kertz, Alfredo Bertini terá a companhia dos publicitários Edison Martins e Paulo André Bione. Dois outros nomes da comunicação ainda comporão o quadro de debatedores desses seminários, que trarão à discussão o futuro da comunicação e da cultura, bem como, os novos modelos de negócios na área. Nessa etapa de programação, o Cine PE sustenta sua aposta no virtual. Nos meses de novembro e dezembro de 2020, o festival realizou os debates relacionados aos filmes exibidos no festival pelo seu canal do YouTube. Os filmes foram exibidos pelos canais de TV fechada (Canal Brasil), aberta (TV Pernambuco) e streaming (pela plataforma dos Canais Globo). Quinta do Cine PE, sempre as 16 h, no YouTube do festival. --> https://www.youtube.com/channel/UC065jNzpv9EQ5YxCCe7Xjuw Quarta-feira (13/01) – Eduardo Giannetti Quinta-feira (21/01) – Washington Olivetto Quinta-feira (28/01) – Guga Kertz

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Cepe reúne 10 ensaístas para homenagear Clarice Lispector

Da Cepe "O que eu escrevo continua – Dez ensaios no centenário de Clarice Lispector" é o título do primeiro lançamento do ano da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). É também o primeiro evento presencial a ser realizado pela empresa desde o início da pandemia. Organizado pelo poeta e cronista José Mário Rodrigues, o livro será lançado no próximo dia 14, às 16h, no auditório do Centro Cultural Cais do Sertão, localizado no Recife Antigo. Durante o encontro será transmitido um vídeo de Nadia Battella Gotlib, autora da fotobiografia da escritora, falando sobre a vida e obra de Clarice. José Mário reuniu ensaios dos seguintes autores: Raimundo Carrero, Lourival Holanda, Cícero Belmar, Mario Helio, Luzilá Gonçalves Ferreira, Ângelo Monteiro, Fátima Quintas, Fernando de Mendonça, Marilene Felinto e texto do próprio organizador, que ciceroneou Clarice na sua última visita ao Recife, em maio de 1976. Como disse a jornalista Lêda Rivas na apresentação, a escritora emerge entre sombras dramáticas, desafiando os que buscam decodificá-la nesses 100 anos de seu nascimento e 43 de seu encantamento. “Cada autor pinçou uma nuance específica, mergulhou nas suas raízes, perseguiu seus passos, caçou seus segredos. Há depoimentos pessoais, análises críticas, instantâneos inusitados. Labirinto espelhado, caleidoscópico, tudo em Clarice é mistério. Bem que ela avisou: Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo.” Raimundo Carrero conta como foi designado para ir a um almoço com Clarice. “Um encontro para nunca mais se livrar dele”, diz. O almoço havia sido organizado por José Mário, que aproveitou a visita de Clarice para entrevistá-la e aproveitar sua companhia, sendo o cicerone dela e da assistente, Olga Borelli. Em seu ensaio sobre a ocasião, o cronista conta, com devoção, como a salvou de uma crise de pânico e como a escritora chegou a fazer previsões sobre sua vida, tão mística que era, chegando a ser chamada de bruxa. “Clarice possuía uma ‘compulsiva intuição’, como afirmou Otto Lara Resende (jornalista e escritor mineiro)”, conta o organizador. SOBRE O AUTOR - José Mário Rodrigues é poeta, jornalista e cronista. Pertence à Academia Pernambucana de Letras. Sua mais recente publicação foi a reunião de sua poesia, publicada pela Cepe e que tem como título: O voo da eterna brevidade, premiado pela Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. ENTREVISTA Você teve um contato interessante com Clarice. Conseguiu perfurar a bolha de timidez em que ela vivia, dissipar o pânico e fazê-la enfrentar o público. Como uma mulher que intimidava o seu interlocutor com sua beleza, mistério e inteligência, poderia ser conduzida tal qual uma criança a falar para uma plateia? JOSÉ MÁRIO - Clarice tomava muitos remédios. Era natural que, diante de uma grande plateia, acontecesse uma crise de pânico. E foi o que aconteceu na entrada do auditório do Bandepe (Banco do Estado de Pernambuco, privatizado em 1998), no Recife antigo, onde ela fez uma palestra ou melhor, leu o texto que havia preparado. O auditório estava lotado. Na época em que ela esteve aqui, 1976, não era um nome tão popular, como ficou depois de sua morte, em 1977. Era conhecida nos meios intelectuais. Sempre aos domingos, à tardinha, ia ao Largo Boticário, no Rio de Janeiro, para uma visita ao pintor e poeta Augusto Rodrigues, o criador das Escolinhas de Arte no Brasil. Eu ainda não conhecia, pessoalmente, a autora de Água Viva. Perguntei a Augusto como era Clarice Lispector? Resposta: “Bonita, sedutoramente atraente, às vezes esquisita, misteriosa, muito inteligente e tem algo de bruxa”. O título refere-se à permanência, à contemporaneidade da obra de Lispector? JOSÉ MÁRIO ­- Retirei o título do livro de um texto de Água viva que diz: “Tudo acaba, mas o que escrevo continua. O melhor ainda não está escrito. O melhor está nas entrelinhas”. Toda obra da autora de Laços de família está alicerçada no mistério, na inquietação, no desconhecido. Ela mesma disse em entrevistas: “Escrever é procurar entender, é reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador”. Por que o organizador não prefaciou o título? JOSÉ MÁRIO ­- Não prefaciei o livro porque eu também queria escrever sobre os dias em que fui cicerone, juntamente com o escritor Augusto Ferraz, nos quatro dias em que ela estava revendo o Recife e também alguns familiares. Lembro-me que estivemos no apartamento de Samuel Lispector, primo de Clarice, na Avenida Boa Viagem. Sou o único participante do livro que não é ensaísta. Preferi que a conceituada jornalista Lêda Rivas fizesse a apresentação, que, aliás, está muito bem escrita. Clarice era bem mística e, além de lhe prometer o contato da cartomante dela no Rio, ainda fez uma predição para você. Como foi esse momento? JOSÉ MÁRIO - Clarice tinha participado de um Congresso de Bruxaria na Colômbia, como convidada especial. A promessa de me levar para conhecer a cartomante dela e que morava na Zona Norte do Rio de Janeiro, aconteceu na Oficina de Brennand, numa visita que fizemos ao grande pintor. Fiquei surpreso, a princípio. Mas, em outros tempos, eu era chegado às cartas que não mentem jamais. Uma vez, conheci uma cartomante, em Garanhuns, onde vivi parte da minha vida, e que tinha o mesmo nome de minha mãe: Noemia. Tudo que ela disse sobre meu futuro, aconteceu. Quando conheceu Clarice você já tinha lido que títulos dela? Era um de seus muitos admiradores? JOSÉ MÁRIO - Antes de conhecer Clarice eu tinha lido, apenas, o livro Água Viva. Fiquei encantado com a leitura. Depois que a conheci, li A Maçã no Escuro, A Paixão Segundo GH, Laços de Família, Hora da Estrela e Felicidade Clandestina. Durante alguns anos, sempre aos sábados, ela escrevia crônicas no Jornal do Brasil. Essas crônicas foram reunidas em um livro A Descoberta no Mundo. SERVIÇO Lançamento: O que eu escrevo continua – Dez ensaios no centenário de Clarice Lispector Organizador: José Mário Rodrigues Data: 14 de janeiro Horário: 16h Local: Auditório do Centro Cultural Cais do Sertão (Armazém 10,

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Janeiro de programações virtuais nos teatros e museus do Recife

Da Secretaria de Cultura do Recife Para recifenses com ou sem necessidade e vontade de sair de casa, a agenda cultural está garantida no mês de janeiro. Os equipamentos culturais geridos pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, já começaram o ano renovando o convite para uma visita, nem que seja virtual. Até o Janeiro de Grandes Espetáculos adotou formato híbrido este ano, com programação nos palcos e nas telas do celular ou do computador. Com apoio da Prefeitura do Recife, a 27ª edição do evento apresentará 13 espetáculos presenciais e 35 virtuais, transmitidos pelo Youtube. Para tempos tão atípicos, o tradicional evento adotou até nova alcunha: JGE Conecta. Os ingressos, para apresentações virtuais e presenciais, custam R$ 20 e estão à venda no site Sympla. Algumas das atrações terão acesso gratuito. As programações presenciais respeitarão todas as normas sanitárias vigentes, referentes à restrição de platéias e ao distanciamento social, determinadas pelo Governo de Pernambuco. Mais informações: www.janeirodegrandesespetaculos.com. TEATRO DO PARQUE Saudoso de seu público cativo, o Teatro do Parque, que foi reaberto no último mês de novembro, após minuciosos trabalhos de requalificação e restauro de suas estruturas, estará de portas e janelas virtuais bem abertas no mês de janeiro. Além de sediar parte da programação presencial do Janeiro de Grandes Espetáculos, com a apresentação de cinco montagens teatrais, de música e dança de Recife, Surubim, Arcoverde e Petrolina, o Parque retomou os expedientes de visitas espontâneas às novas instalações da casa secular, que retomou a aparência que tinha em 1929. Das 9h às 12h, de segunda à quarta-feira, o Parque recebe grupos de, no máximo, 10 pessoas. Não é necessário agendamento, mas a máscara é indispensável. Também é possível conferir o resultado da requalificação e matar um bocadinho da saudade do unânime equipamento sem sair de casa. Agora é possível fazer um tour virtual pelo Parque, através da tecnologia de realidade virtual. Além das imagens atualizadas do Parque, o passeio online, acompanhado de trilha sonora, conta também com informações históricas, curiosidades sobre a estrutura e restauração, além de fotos do antes e depois dos ambientes e elementos de decoração. As imagens foram captadas com câmera de 360° pela equipe da TPF Engenharia, em parceria com a Prefeitura do Recife. Para conferir, basta acessar: www.teatrodoparque.recife.pe.gov.br. MAMAM E PAÇO DO FREVO Na lista de programações virtuais imperdíveis nestas férias com isolamento social, também tem museu para ser visitado sem sair de casa. Dois equipamentos mantidos pela Prefeitura do Recife, o MAMAM e o Paço do Frevo, têm seus acervos disponibilizados na internet, através do Google Arts and Culture, galeria de arte online, que oferece tours e acervos de milhares de museus em todo o mundo. O Paço do Frevo está no Google Arts and Culture desde 2017. Foi o primeiro museu de Pernambuco a ser incorporado à plataforma. O MAMAM estreou na plataforma junto com a seção dedicada à arte contemporânea, em abril de 2018. É o único representante nordestino entre as 15 instituições brasileiras escolhidas para participar do novo acervo, que contempla instituições culturais do mundo inteiro. Para visitar, basta acessar: https://artsandculture.google.com. No MAMAM, os expedientes presenciais são de quarta a sábado, das 12h às 16h. O MAMAM fica na Rua da Aurora, 265, Boa Vista, e tem entrada gratuita. Primeiro museu público de todo o estado a retomar atividades presenciais, desde o último dia 10 de setembro, o Paço do Frevo está funcionando de 11h a 17h, de quinta a domingo. O Paço fica na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife. Os ingressos custam R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia) e podem ser adquiridos no próprio museu ou pela internet, no site http://www.pacodofrevo.org.br/. SANTA ISABEL Aos que não abrem mão da cultura como experiência tátil, o Teatro Santa Isabel retomou o calendário de visitas, em duas modalidades: espontâneas e guiadas. Neste mês de janeiro, o teatro estará aberto para visitas espontâneas, em que é possível entrar e contemplar a beleza de suas instalações, nos próximos dias 12, 21, 28 e 29, das 9h às 12h e das 14h às 17h. Nos próximos domingos 10, 17, 24 e 31, o público poderá passear pelo teatro e por sua história, curiosidades, dificuldades, glórias e lutas testemunhadas e protagonizadas pela casa centenária, inaugurada em 18 de maio de 1850, e batizada em homenagem à Princesa Isabel, inserindo a então província de Pernambuco numa nova fase cultural. O limite é de 12 pessoas por grupo, em três horários: 14h, 15h e 16h. O uso de máscara é obrigatório. Informações: 3355-3324. MURILLO LA GRECA Neste mês de janeiro, o Murillo La Greca abre de terça a sexta, das 10h às 16h, com a exposição “O que não é desenho?". A mostra de longa duração é focada nos desenhos produzidos por La Greca, patrono do museu, reunindo 50 trabalhos do artista pertencentes ao acervo geral, formado por mais de 1400 desenhos. A sala de exposição só pode ser visitada por, no máximo, 4 pessoas simultaneamente, para assegurar o distanciamento social que ainda se faz necessário. O Murillo fica na Rua Leonardo Bezerra Cavalcante, 366, Parnamirim. A entrada é gratuita. MUSEU DA CIDADE Adotando todos os cuidados necessários para prevenção da disseminação do coronavírus, como o uso obrigatório de máscaras e o respeito ao distanciamento, o Museu da Cidade recebe o público de terça-feira a sexta-feira, das 10h às 16h. A programação em cartaz é a exposição Cinco Pontas, que celebra a indicação do forte a patrimônio cultural mundial da humanidade pela Unesco, reunindo achados arqueológicos, pinturas e documentos. O Museu da Cidade fica no Bairro de São José. Tem entrada gratuita.

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