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Cultura e história

Cepe reúne 10 ensaístas para homenagear Clarice Lispector

Da Cepe "O que eu escrevo continua – Dez ensaios no centenário de Clarice Lispector" é o título do primeiro lançamento do ano da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). É também o primeiro evento presencial a ser realizado pela empresa desde o início da pandemia. Organizado pelo poeta e cronista José Mário Rodrigues, o livro será lançado no próximo dia 14, às 16h, no auditório do Centro Cultural Cais do Sertão, localizado no Recife Antigo. Durante o encontro será transmitido um vídeo de Nadia Battella Gotlib, autora da fotobiografia da escritora, falando sobre a vida e obra de Clarice. José Mário reuniu ensaios dos seguintes autores: Raimundo Carrero, Lourival Holanda, Cícero Belmar, Mario Helio, Luzilá Gonçalves Ferreira, Ângelo Monteiro, Fátima Quintas, Fernando de Mendonça, Marilene Felinto e texto do próprio organizador, que ciceroneou Clarice na sua última visita ao Recife, em maio de 1976. Como disse a jornalista Lêda Rivas na apresentação, a escritora emerge entre sombras dramáticas, desafiando os que buscam decodificá-la nesses 100 anos de seu nascimento e 43 de seu encantamento. “Cada autor pinçou uma nuance específica, mergulhou nas suas raízes, perseguiu seus passos, caçou seus segredos. Há depoimentos pessoais, análises críticas, instantâneos inusitados. Labirinto espelhado, caleidoscópico, tudo em Clarice é mistério. Bem que ela avisou: Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo.” Raimundo Carrero conta como foi designado para ir a um almoço com Clarice. “Um encontro para nunca mais se livrar dele”, diz. O almoço havia sido organizado por José Mário, que aproveitou a visita de Clarice para entrevistá-la e aproveitar sua companhia, sendo o cicerone dela e da assistente, Olga Borelli. Em seu ensaio sobre a ocasião, o cronista conta, com devoção, como a salvou de uma crise de pânico e como a escritora chegou a fazer previsões sobre sua vida, tão mística que era, chegando a ser chamada de bruxa. “Clarice possuía uma ‘compulsiva intuição’, como afirmou Otto Lara Resende (jornalista e escritor mineiro)”, conta o organizador. SOBRE O AUTOR - José Mário Rodrigues é poeta, jornalista e cronista. Pertence à Academia Pernambucana de Letras. Sua mais recente publicação foi a reunião de sua poesia, publicada pela Cepe e que tem como título: O voo da eterna brevidade, premiado pela Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. ENTREVISTA Você teve um contato interessante com Clarice. Conseguiu perfurar a bolha de timidez em que ela vivia, dissipar o pânico e fazê-la enfrentar o público. Como uma mulher que intimidava o seu interlocutor com sua beleza, mistério e inteligência, poderia ser conduzida tal qual uma criança a falar para uma plateia? JOSÉ MÁRIO - Clarice tomava muitos remédios. Era natural que, diante de uma grande plateia, acontecesse uma crise de pânico. E foi o que aconteceu na entrada do auditório do Bandepe (Banco do Estado de Pernambuco, privatizado em 1998), no Recife antigo, onde ela fez uma palestra ou melhor, leu o texto que havia preparado. O auditório estava lotado. Na época em que ela esteve aqui, 1976, não era um nome tão popular, como ficou depois de sua morte, em 1977. Era conhecida nos meios intelectuais. Sempre aos domingos, à tardinha, ia ao Largo Boticário, no Rio de Janeiro, para uma visita ao pintor e poeta Augusto Rodrigues, o criador das Escolinhas de Arte no Brasil. Eu ainda não conhecia, pessoalmente, a autora de Água Viva. Perguntei a Augusto como era Clarice Lispector? Resposta: “Bonita, sedutoramente atraente, às vezes esquisita, misteriosa, muito inteligente e tem algo de bruxa”. O título refere-se à permanência, à contemporaneidade da obra de Lispector? JOSÉ MÁRIO ­- Retirei o título do livro de um texto de Água viva que diz: “Tudo acaba, mas o que escrevo continua. O melhor ainda não está escrito. O melhor está nas entrelinhas”. Toda obra da autora de Laços de família está alicerçada no mistério, na inquietação, no desconhecido. Ela mesma disse em entrevistas: “Escrever é procurar entender, é reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador”. Por que o organizador não prefaciou o título? JOSÉ MÁRIO ­- Não prefaciei o livro porque eu também queria escrever sobre os dias em que fui cicerone, juntamente com o escritor Augusto Ferraz, nos quatro dias em que ela estava revendo o Recife e também alguns familiares. Lembro-me que estivemos no apartamento de Samuel Lispector, primo de Clarice, na Avenida Boa Viagem. Sou o único participante do livro que não é ensaísta. Preferi que a conceituada jornalista Lêda Rivas fizesse a apresentação, que, aliás, está muito bem escrita. Clarice era bem mística e, além de lhe prometer o contato da cartomante dela no Rio, ainda fez uma predição para você. Como foi esse momento? JOSÉ MÁRIO - Clarice tinha participado de um Congresso de Bruxaria na Colômbia, como convidada especial. A promessa de me levar para conhecer a cartomante dela e que morava na Zona Norte do Rio de Janeiro, aconteceu na Oficina de Brennand, numa visita que fizemos ao grande pintor. Fiquei surpreso, a princípio. Mas, em outros tempos, eu era chegado às cartas que não mentem jamais. Uma vez, conheci uma cartomante, em Garanhuns, onde vivi parte da minha vida, e que tinha o mesmo nome de minha mãe: Noemia. Tudo que ela disse sobre meu futuro, aconteceu. Quando conheceu Clarice você já tinha lido que títulos dela? Era um de seus muitos admiradores? JOSÉ MÁRIO - Antes de conhecer Clarice eu tinha lido, apenas, o livro Água Viva. Fiquei encantado com a leitura. Depois que a conheci, li A Maçã no Escuro, A Paixão Segundo GH, Laços de Família, Hora da Estrela e Felicidade Clandestina. Durante alguns anos, sempre aos sábados, ela escrevia crônicas no Jornal do Brasil. Essas crônicas foram reunidas em um livro A Descoberta no Mundo. SERVIÇO Lançamento: O que eu escrevo continua – Dez ensaios no centenário de Clarice Lispector Organizador: José Mário Rodrigues Data: 14 de janeiro Horário: 16h Local: Auditório do Centro Cultural Cais do Sertão (Armazém 10,

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Janeiro de programações virtuais nos teatros e museus do Recife

Da Secretaria de Cultura do Recife Para recifenses com ou sem necessidade e vontade de sair de casa, a agenda cultural está garantida no mês de janeiro. Os equipamentos culturais geridos pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, já começaram o ano renovando o convite para uma visita, nem que seja virtual. Até o Janeiro de Grandes Espetáculos adotou formato híbrido este ano, com programação nos palcos e nas telas do celular ou do computador. Com apoio da Prefeitura do Recife, a 27ª edição do evento apresentará 13 espetáculos presenciais e 35 virtuais, transmitidos pelo Youtube. Para tempos tão atípicos, o tradicional evento adotou até nova alcunha: JGE Conecta. Os ingressos, para apresentações virtuais e presenciais, custam R$ 20 e estão à venda no site Sympla. Algumas das atrações terão acesso gratuito. As programações presenciais respeitarão todas as normas sanitárias vigentes, referentes à restrição de platéias e ao distanciamento social, determinadas pelo Governo de Pernambuco. Mais informações: www.janeirodegrandesespetaculos.com. TEATRO DO PARQUE Saudoso de seu público cativo, o Teatro do Parque, que foi reaberto no último mês de novembro, após minuciosos trabalhos de requalificação e restauro de suas estruturas, estará de portas e janelas virtuais bem abertas no mês de janeiro. Além de sediar parte da programação presencial do Janeiro de Grandes Espetáculos, com a apresentação de cinco montagens teatrais, de música e dança de Recife, Surubim, Arcoverde e Petrolina, o Parque retomou os expedientes de visitas espontâneas às novas instalações da casa secular, que retomou a aparência que tinha em 1929. Das 9h às 12h, de segunda à quarta-feira, o Parque recebe grupos de, no máximo, 10 pessoas. Não é necessário agendamento, mas a máscara é indispensável. Também é possível conferir o resultado da requalificação e matar um bocadinho da saudade do unânime equipamento sem sair de casa. Agora é possível fazer um tour virtual pelo Parque, através da tecnologia de realidade virtual. Além das imagens atualizadas do Parque, o passeio online, acompanhado de trilha sonora, conta também com informações históricas, curiosidades sobre a estrutura e restauração, além de fotos do antes e depois dos ambientes e elementos de decoração. As imagens foram captadas com câmera de 360° pela equipe da TPF Engenharia, em parceria com a Prefeitura do Recife. Para conferir, basta acessar: www.teatrodoparque.recife.pe.gov.br. MAMAM E PAÇO DO FREVO Na lista de programações virtuais imperdíveis nestas férias com isolamento social, também tem museu para ser visitado sem sair de casa. Dois equipamentos mantidos pela Prefeitura do Recife, o MAMAM e o Paço do Frevo, têm seus acervos disponibilizados na internet, através do Google Arts and Culture, galeria de arte online, que oferece tours e acervos de milhares de museus em todo o mundo. O Paço do Frevo está no Google Arts and Culture desde 2017. Foi o primeiro museu de Pernambuco a ser incorporado à plataforma. O MAMAM estreou na plataforma junto com a seção dedicada à arte contemporânea, em abril de 2018. É o único representante nordestino entre as 15 instituições brasileiras escolhidas para participar do novo acervo, que contempla instituições culturais do mundo inteiro. Para visitar, basta acessar: https://artsandculture.google.com. No MAMAM, os expedientes presenciais são de quarta a sábado, das 12h às 16h. O MAMAM fica na Rua da Aurora, 265, Boa Vista, e tem entrada gratuita. Primeiro museu público de todo o estado a retomar atividades presenciais, desde o último dia 10 de setembro, o Paço do Frevo está funcionando de 11h a 17h, de quinta a domingo. O Paço fica na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife. Os ingressos custam R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia) e podem ser adquiridos no próprio museu ou pela internet, no site http://www.pacodofrevo.org.br/. SANTA ISABEL Aos que não abrem mão da cultura como experiência tátil, o Teatro Santa Isabel retomou o calendário de visitas, em duas modalidades: espontâneas e guiadas. Neste mês de janeiro, o teatro estará aberto para visitas espontâneas, em que é possível entrar e contemplar a beleza de suas instalações, nos próximos dias 12, 21, 28 e 29, das 9h às 12h e das 14h às 17h. Nos próximos domingos 10, 17, 24 e 31, o público poderá passear pelo teatro e por sua história, curiosidades, dificuldades, glórias e lutas testemunhadas e protagonizadas pela casa centenária, inaugurada em 18 de maio de 1850, e batizada em homenagem à Princesa Isabel, inserindo a então província de Pernambuco numa nova fase cultural. O limite é de 12 pessoas por grupo, em três horários: 14h, 15h e 16h. O uso de máscara é obrigatório. Informações: 3355-3324. MURILLO LA GRECA Neste mês de janeiro, o Murillo La Greca abre de terça a sexta, das 10h às 16h, com a exposição “O que não é desenho?". A mostra de longa duração é focada nos desenhos produzidos por La Greca, patrono do museu, reunindo 50 trabalhos do artista pertencentes ao acervo geral, formado por mais de 1400 desenhos. A sala de exposição só pode ser visitada por, no máximo, 4 pessoas simultaneamente, para assegurar o distanciamento social que ainda se faz necessário. O Murillo fica na Rua Leonardo Bezerra Cavalcante, 366, Parnamirim. A entrada é gratuita. MUSEU DA CIDADE Adotando todos os cuidados necessários para prevenção da disseminação do coronavírus, como o uso obrigatório de máscaras e o respeito ao distanciamento, o Museu da Cidade recebe o público de terça-feira a sexta-feira, das 10h às 16h. A programação em cartaz é a exposição Cinco Pontas, que celebra a indicação do forte a patrimônio cultural mundial da humanidade pela Unesco, reunindo achados arqueológicos, pinturas e documentos. O Museu da Cidade fica no Bairro de São José. Tem entrada gratuita.

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No Ar Coquetel Molotov lança programação gratuita

Muito além de uma experiência musical, o festival No Ar Coquetel Molotov, que acontece de 11 a 23 de janeiro, com shows em um mundo 3D e também através de uma série dividida em dois capítulos, vem se firmando também como uma plataforma que envolve discussões sobre o mercado da música, a busca pela igualdade de gênero e o fomento à cultura e o empreendedorismo. Por isso lança na próxima segunda-feira (11), uma programação inédita de oficinas, masterclass, mentorias e o seu famoso Call Center. A programação é completamente gratuita e as inscrições podem ser feitas através do site do festival. Mais de dez opções de cursos serão disponibilizadas para o público. “A ideia é fazer uma programação onde os participantes realmente fiquem com tesão e vontade de continuar online e nos seus computadores, uma vez que o isolamento ainda é uma questão urgente no mundo”, comenta Ana Garcia, idealizadora e diretora do Festival. “Tivemos um grande suporte do nosso conselho discutindo pautas e formatos para a programação. Foi muito interessante o consenso, dos tópicos serem mais desenvolvidos, por isso que os encontros como “Artista ou Influencer'' e “Experiências Imersivas”, acontecem em dois momentos diferentes. Queremos realmente aprofundar no assunto e trazer visões diferentes que estimulem os participantes”, reforça Ana. A programação terá início na segunda-feira (11), a partir das 19h, com a cantora MC Tha, que pela primeira vez ministra a oficina "Abrindo os Caminhos", para começar o ano de 2021 com muita saúde, proteção, diversão, música e sorte. Na terça-feira (12), a partir das 17h, o Coquetel oferece um mega encontro com Perera Elsewhere. A produtora, compositora e DJ britânica radicada em Berlim irá ministrar via Zoom, atividades explicando como criar, gravar e processar sons. O processo ocorre entre os dias 12, 13 e 14 e será documentado e exibido em uma apresentação inédita e exclusiva que poderá ser conferida no dia 15 de janeiro pelo público, no Espaço Pontes – Oi Futuro British Council, do mundo 3D do festival. Para finalizar sua participação no CQTL MLTV, Perera Elsewhere participa de um Talks com Papisa no dia 19 via Youtube. Essa parceria com a produtora só foi possível pelo edital da Oi Futuro com British Council. No Call Center, está programado um bate-papo com a cantora, compositora e rapper Bixarte, na quarta-feira (13), a partir das 20h. O tema é Corpos e Identidade na Música. Também na quarta (13), o público poderá imergir em um universo bastante promissor que é o mundo dos Gifs. Onde será possível aprender a fazer GIFs com a pernambucana biarritzzz e, das 19h às 20h a Uninassau apresenta: Heloisa Pimentel - mundo geek no ensino superior - Mundo Imersivo 3D. A programação dos Encontros também traz temas relevantes atuais como a questão Artista ou Influencer? que terá duas rodas de conversa com mediação de Benke Ferraz. A primeira acontece na quinta-feira (14), com Amaro Freitas, Tuyo e Aretha Sadick e no dia (21), com Brvnks, Luiz Lins, Mel e Romero Ferro. No mesmo dia, às 20h15, acontece o Momento TNT, com Reverse - Mundo Imersivo 3D. Também em dois ciclos de encontros, acontece na sexta-feira (15), um worshop de Experiências imersivas em mundo 3D, com Iracema Trevisan, Rosabege (que desenvolveu o mundo 3D do festival), Branca Shultz, Rodrigo de Carvalho e Gabriel Massan. No mesmo dia, ocorre a oficina do Imersivo ao Digital, com Ale Paes Leme, Anna Costa e Silva e Magiluth. Ambos com mediação de Amnah Asad e às 21h, Show de Perera Elsewhere no Mundo Imersivo 3D. Na segunda (18), é a vez de Tiê, Amanda Mittz, Luiza Caspary com mediação de Mariama da Mata discutirem sobre como fazer música acessível. A ideia é mostrar a qualidade do que vem se produzindo musicalmente no Brasil e debater questões ligadas às pessoas com deficiência no intuito de levar informação e diversão para o maior número possível de telespectadores. Na terça (19), das 16h às 17h rola um super Pitching, via Zoom, além de mais uma rodada de Oficina de GIFs: Animated Text com biarritzzz e Talk com Perera Elsewhere e Papisa, no Youtube. O artista pernambucano Johnny Hooker também entra na programação na quarta-feira (20), quando fala sobre processos criativos, com o público. Para esquentar mais ainda a programação, na quinta-feira (21), das 20h30 às 21h30, vai rolar a oficina inédita, Como usar um Dildo?, com o Coletivo Senta, no Zoom. Durante a pandemia houve um aumento na compra de vibradores, por isso, Uno da página Senta foi convidado para apresentar para os telespectadores, dildos diferentes. Ele fará isso ao vivo de um sex shop. Já na sexta-feira (22) e no sábado (23) o público será presenteado com o lançamento da primeira série do Festival, que será apresentada pelo Youtube, através de dois capítulos. Em todos os dias do festival o público vai poder circular pelo Mundo Imersivo 3D criado pelo grupo Rosabege especialmente para a ocasião e que vai ter acesso pelo site do festival. O público não precisa baixar aplicativo ou qualquer outro programa. Basta escolher seu avatar e percorrer o espaço com três andares. Estas ativações virtuais incluem espaços para ouvir as novidades sonoras da Natura Musical, visitar uma exposição inédita com a linha do tempo através dos posters dos 16 anos de festival, participar da palestra sobre o mundo geek com Heloisa Pimentel no stand da Uninassau (12/1), dar um pulo no espaço da TNT e curtir o DJ set com Reverse (14/1), ver a Galeria Aberta de artistas LGBTQI+ com curadoria de TRANSÄLIEN (MARSHA!) e conferir uma galeria com as obras audiovisuais inéditas do edital lançado para novos artistas pernambucanos: Ciel Santos, Guma, Hood Bob, Mooniz e Siba Carvalho. Dá até mesmo para dar um pulo na praia e ver o mar no quiosque da Itaipava ou conferir o espaço para maiores de 18 anos com curadoria do Senta. Abrindo o calendário dos grandes festivais nacionais, em sua primeira edição virtual e com o patrocínio da TNT Energy Drink, Natura Musical, Itaipava, Oi Pontes-British Council,

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Morre Genival Lacerda, ícone do forró

O forró perdeu, na madrugada de hoje (7), um de seus maiores ícones: o cantor e compositor Genival Lacerda, aos 89 anos, em decorrência da covid-19. A notícia foi divulgada por familiares nas redes socais. Lacerda estava internado na unidade de terapia intensiva do Hospital da Unimed, no Recife, desde o final de novembro. Nascido em Campina Grande, no ano de 1931, cidade que é considerada a capital do forró na Paraíba, Lacerda foi autor de sucessos como 'Severina Xique Xique", "De quem é esse jegue?" e "Radinho de Pilha", em meio aos cerca de 70 discos lançados por ele – o primeiro deles, gravado em 1955, quando já havia se mudado para Pernambuco. Incentivado por seu concunhado, o músico Jackson do Pandeiro, Lacerda se mudou para o Rio de Janeiro em 1964, onde trabalhou em algumas casas de forró. O salto na carreira só veio em 1975, quando lançou a música "Severina Xique-Xique" – famosa pelo verso "ele tá de olho é na butique dela", feita em parceria com João Gonçalves. O disco vendeu cerca de 800 mil cópias. AVC e covid-19 Em maio, antes de ser contaminado pelo novo coronavírus, o músico já havia sofrido um acidente vascular cerebral (AVC). Genival Lacerda vinha apresentando piora em seu quadro de saúde nos últimos dias, a ponto de a família usar as redes sociais para pedir que as pessoas doassem sangue para ajudá-lo. Da Agência Brasil

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No encontro de céu e mar - Por Paulo Caldas

Em ''A azul sereno" Ed Arruda se atém ao ofício dos faroleiros, aqui com foco nas letras, as ilumina e as liberta dos matizes opacos até o encontro de céu e mar (onde mora a paz), quando o horizonte se faz em prosa e verso. Seguindo o destino dos ourives, lentes e cadinhos, dá brilho às frases: "Por ser cristal, a alma em êxtase, sob a mistura de sal e chuva, filtra a luz e revela-se arco-íris ". Tal bailarino, em ritmo de tango, faz das estrofes partners e conduz seus versos pela pista com ritmo e harmonia: “Quarta-Feira de Cinzas a floresta se rende, a morte toca o clarim do silêncio". Sobre esta primeira incursão solo de Ed Arruda aos oceanos da literatura, diz na contracapa a talentosa Aline Saraiva: "Navegar não é o bastante; as ondas desse 'azul sereno' submergem o leitor em mergulhos intensos''. No posfácio, a professora associada da UFRN Valdenides Cabral de Araújo Dias destaca a seriedade expressiva do autor em colocar no mesmo espaço prosa e verso, lirismo e crítica social. Asunción González, pós-graduada em língua portuguesa, nas orelhas comenta: " a poética aqui não acalanta, grita, acorda os anjos de pedra para enxergar o mundo cru, sem ervas aromáticas". "Azul sereno" traz na capa a arte de Lúcia Ramos, a editoração eletrônica de Lourdes Duarte, coordenação editorial Lourdes Nicácio, produção editorial Edições Novo Horizonte e impressão de Luci Artes Gráficas. Os exemplares podem ser adquiridos no Varejão do Estudante (Av Manoel Borba) e no Espaço Cultura Nordestina (Poço da Panela)

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Janeiro de Grandes Espetáculos divulga programação

Organizadores e artistas do Janeiro de Grandes Espetáculos, que em sua 27ª edição se esgorçaram para adaptar o festival a uma realidade possível, transformando-se em JGE Conecta. A programação do festival, disponível no site www.janeirodegrandesespetaculos.com, contempla, de 7 a 28 de janeiro de 2021, 35 espetáculos em formato online, com exibição através do YouTube, e 13 presenciais. As apresentações ao vivo serão nos teatros de Santa Isabel, do Parque e Luiz Mendonça, respeitando todas as normas sanitárias vigentes. Este ano, além de Teatro Adulto, Teatro para Infância e Juventude, Dança e Música, o Janeiro contempla, pela primeira vez, as categorias Circo e Mostra de Escolas Independentes de Teatro, Dança e Circo. Traz ainda 14 debates online sobre variados temas acerca da arte no quadro Palavração. Pernambuco, como sempre no evento realizado pela Associação de Produtores de Artes Cênicas de PE (Apacepe), foi priorizado na grade: além do Recife, há artistas de Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Vitória de Santo Antão, Surubim, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Tabira e Petrolina. Ao mesmo tempo em que a programação foi construída com muitos limites, fez-se possível quebrar a barreira física com a inédita possibilidade de exibições virtuais. Assim, estarão de forma remota companhias do Ceará, Bahia, Brasília, Amapá e Amazonas, dentro do conceito de se pensar o Brasil além do eixo Sul/Sudeste e abrir as portas para a potência criativa das outras regiões do País. Do exterior, espetáculos da Colômbia, Senegal e Eslováquia integram o roteiro. “Vivemos um momento em que a grandeza é estarmos vivos, produzindo artes e dialogando com nossos públicos. O grande destaque do festival é o conjunto de sua programação. Utilizamos critérios como qualidade, processo, diálogo entre territórios diferentes, representatividade regional, cultural, de gênero”, pontua José Manoel Sobrinho, gerente de Programação. Os integrantes da comissão de seleção dos espetáculos trouxe a diversidade, marca desta edição: Gheuza Sena (atriz do Recife), Genivaldo Francisco (representante da Amotrans - Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de PE), Djaelton Quirino (representante da Ripa - Rede Interiorana de Produtores Técnicos e Artistas de PE) e Clara Isis Gondim (bailarina de Petrolina). A abertura do JGE será simbólica. Gravada no Teatro de Santa Isabel e transmitida online, gratuitamente, dia 7 de janeiro, às 20h, prestará reverência a oito homenageados. Na música, o maestro Ademir Araújo e a pianista Ellyana Caldas. No teatro, o escritor e dramaturgo Ronaldo Correia de Brito e a atriz Arari Marrocos, de Caruaru. No circo social, a artista-educadora Fátima Pontes; e no circo popular, o mágico Alakazam. Na dança, o artista e pesquisador Jailson Lima, de Petrolina, e a bailarina Cláudia São Bento. O evento de abertura terá participação da cantora Gabi da Pele Preta e da instrumentista Laís de Assis, com apresentação da atriz Fernanda Spíndola. Este ano, o Prêmio JGE Copergás será concedido a projetos que se destacaram em 2020. Serão 20 premiados, entre companhias, artistas, escolas, associações, técnicos, espetáculos. INGRESSOS – Os tíquetes para as apresentações virtuais e presenciais custam R$ 20 e estão à venda no site Sympla. Reconhecendo que as escolas independentes de teatro, dança e circo são as principais formadoras de novos artistas e públicos, e oferecendo ainda mais holofotes para essas instituições, o JGE optou pelo acesso gratuito aos espetáculos dessa mostra. O festival sugere colaboração financeira voluntária, de qualquer valor, através do PicPay. Toda a verba arrecadada será dividida entre as dez escolas participantes da mostra. Também serão gratuitos, por meio de lives no Instagram, os debates do Palavração. Apresentado pela Prefeitura do Recife, com o patrocínio da Copergás, incentivo do Governo do Estado de Pernambuco através da Lei Aldir Blanc, o 27º Janeiro de Grandes Espetáculos tem apoio da Cia. Editora de Pernambuco (Cepe), Virtual Recife, TV Globo e Fundação Cultural Cabras de Lampião, parceria da TV e Rádio Universitária, Rede Interiorana de Produtores Técnicos e Artistas de Pernambuco (Ripa), Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans), Universidade de Brasília (UNB), SESC Amazonas e Conselho de Artes da Eslováquia. Com produção geral de Paulo de Castro, produção executiva da Fervo Projetos Culturais, Roda Cultural e Cordas Cênicas, numa realização da Apacepe.  

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Filmes pernambucanos na Mostra de Cinema de Tiradentes

Pernambuco estará presente na programação da 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes. Serão exibidos três curtas-metragens do estado em duas mostras temáticas, que poderão ser vistos entre os dias 23 e 30 de janeiro no site oficial do evento www.mostratiradentes.com.br . “Videomemoria”, uma coprodução Pernambuco/Minas Gerais, com direção, roteiro e produção de Pedro Maia de Brito e Aiano Bemfica, participa da Mostra Foco Minas. O documentário revela a luta por terra de trabalhadores da ocupação Eliana Silva, em Belo Horizonte, para se estabelecerem no território. Os filmes “Pega-se facção”, dirigido por Thaís Braga, e “Rebu – A egolombra de uma sapatão quase arrependida”, da cineasta Mayara Santana, integram a Mostra Praça. O primeiro traz a história de mãe e filha que veem na costura domiciliar terceirizada na zona rural de Caruaru (PE), região dominada pela seca, a única fonte de garantirem o próprio sustento. O segundo é um documentário em primeira pessoa que se propõe a investigar, dentro da vivência lésbica da diretora Mayara Santana, as diversas performances de masculinidade, levando em conta seus três últimos relacionamentos e diálogos com seu pai Pedro Bala. O filme aborda com descontração, temáticas como o talento paquerador, flexibilidade com a verdade, relacionamento abusivo, irresponsabilidade afetiva, reprodução de machismo, impulsividade e romance. Questões que permeiam a vida dos dois personagens, mesmo que separados por um recorte geracional, cultural e de gênero. Mostra de Tiradentes - Maior plataforma de lançamento do cinema brasileiro contemporâneo, a 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes acontece de 22 a 30 de janeiro de 2021 com oferta de intensa programação em ambiente online no site www.mostratiradentes.com.br, com exibição de filmes, debates, oficinas e live shows, e presencialmente, com ações pontuais na cidade mineira. Toda programação é gratuita.

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É hora de mudarmos de via. Reflexões de Edgard Morin para o século 21

Edgar Morin é um dos maiores pensadores do séculos 20 e 21. Aos 99 anos, o sociólogo e filósofo francês traz um livro que reflete sobre o maior problema do tempo presente, a pandemia e as suas consequências, a partir de tudo o que ele viu nas últimas décadas (inclusive das sequelas da sua própria família após a Gripe Espanhola). A globalização, o modelo de desenvolvimento econômico desenfreado, a desigualdade social e tantas características e pilares do mundo atual são expostos pelo novo coronavírus e ao mesmo tempo vítimas dele. Apesar de enfrentarmos um dos maiores traumas recentes da humanidade, Morin não é pessimista. O autor aponta alguns elementos que emergem em meio ao drama do isolamento social e da luta pela saúde coletiva que indicam algumas pontas de esperança para as próximas décadas. Diante da queda e das luzes de novos tempos, ele é taxativo desde o título: "É hora de mudarmos de via - as lições do coronavírus". Morin elenca na sua obra 15 lições da pandemia para a sociedade global e aponta quais os desafios pós-corona que enfrentaremos. Mas antes das lições, fica evidente na publicação que o nosso antigo normal era muito anormal. Simplesmente voltar ao antigo normal quando a população estiver imunizada não é uma opção na leitura do sociólogo. "O isolamento foi uma reclusão, mas também uma libertação interior em relação ao tempo cronometrado, ao ritmo condução-trabalho-cama dos trabalhadores, à sobrecarga de horas de trabalho das profissões liberais. (...) Terminando o isolamento vamos retomar a corrida infernal?", provoca o sociólogo. O mundo mais sustentável, com mais solidariedade, com cooperação global (mas menos centralização) são algumas das utopias apontadas por Morin na publicação. A pandemia e o seu consequente isolamento social duro mostrou que algumas dessas mudanças são possíveis e com resultados muito impactantes para a sociedade. A regeneração da natureza com poucas semanas de menos movimento dos transportes e das indústrias, a ação mais solidária em direção aos mais necessitados que ficaram desempregados e as inúmeras soluções criadas em diferentes países para fazer suas economias rodarem diante das restrições de circulação de aviões e navios pelo mundo são alguns sinais de que outros caminhos são possíveis. A imprevisibilidade sobre o futuro imposta pela pandemia, a proximidade da morte e a parada forçada da humanidade colocaram em xeque muitas "verdades" e leis que pareciam sólidos na sociedade. Nesse momento de crise e para promover uma virada e um novo rumo à humanidade, ele propõe uma nova via que comporta revisões a partir de uma política nacional, uma política civilizacional, uma política de humanidade, uma política da terra e, finalmente o humanismo regenerado. Morin defende novos dias a partir de um humanismo regenerado, que leve em conta toda a complexidade humana (não como o homem voltado apenas voltado para a conquista e para a dominação da natureza). Para além de grandes reformas sociais, ele defende também uma reforma pessoal e uma revitalização da nossa ética. "Solidariedade e responsabilidade são imperativos não só políticos e sociais, mas pessoais. Desde já deveríamos entender que a reforma da sociedade e a reforma pessoal são inseparáveis. Ghandi escreveu: Sejamos a mudança que queremos ver no mundo". É hora de mudarmos de via - As lições do coronavírus (Bertrand Brasil, 2020) é uma leitura obrigatória para quem busca reflexão, inspiração e esperança para a humanidade em um tempo tão confuso e de desesperança. . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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Projeto realizará live cultura com os mestres de maracatus

No próximo dia 26 de dezembro, o projeto Noite dos Mestres do Apito terá um novo encontro com o público internauta e admiradores da cultura popular pernambucana. O evento receberá o mestre e poeta popular, Veronildo José dos Santos, do Maracatu Cambinda Brasileira, do Engenho Cumbe; e também, o mestre da nova geração, Gabriel Silva, do Maracatu rural Leão Faceiro, ambos de Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte do estado. A programação, de valorização à arte do maracatu de baque solto, será transmitida, exclusivamente, pelos perfis oficiais do projeto, disponível no Facebook e Yotutube, além do blog Giro Mata Norte, a partir das 19h. Por lá, o público vai poder acompanhar a participação dos mestres, entoando loas, marchas, sambas e galopes, acompanhados de ternos (orquestras de sopro e percussão). Para evitar o risco de contaminação à covid-19, a organização do evento restringiu as apresentações apenas aos mestres e contramestres de maracatus, além de implementar todas as exigências sanitárias, como uso de máscaras, álcool e distanciamento social. Cilda Trindade é responsável pela coordenação e produção cultural do evento, que tem o incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura PE), e apoio do Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Cultura e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco - Fundarpe. Além disso, são parceiros da iniciativa, a Prefeitura de Nazaré da Mata, Sociedade Musical Euterpina Juvenil Nazarena (Capa Bode) e portal de notícias, Giro Mata Norte. O projeto Noite dos Mestres do Apito encontra-se na segunda edição. Iniciado no mês de novembro, a programação conta com quatro apresentações culturais, sendo uma a cada mês. No dia 30 de janeiro, será a terceira live cultural. Na ocasião, participará o Maracatu Águia Misteriosa de Nazaré da Mata. E, para encerrar a programação das lives culturais, em fevereiro, o projeto recebe o Maracatu Estrela Brilhante de Nazaré da Mata. Biografia dos mestres: Mestre Veronildo Jose dos Santos, de 46 anos, nascido e criado na zona rural de Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte do Estado, é um dos ícones da cultura de raiz . Conhecido como o “tubarão da cultura", iniciou sua carreira no Boi de Carnaval Palmeira, sediado no engenho Camarazal, área rural de Nazaré da Mata. No ano seguinte, foi convidado pelo mestre João Paulo, o papa do maracatu, para integrar o Maracatu Leão Misterioso de Nazaré da Mata. Lá, consolidou sua marca cultural e artística, ganhando admiração, prestígio e reconhecimento do público. Em mais de duas décadas, envolvido com a arte de animar o público com sua voz forte e a combinação de versões e poesias feitos de improviso, mestre Veronildo, com é conhecido, tem uma trajetória cultural muito importante. Na sua biografia artística, ele pode participar de várias agremiações, como o Maracatus Estrela Dourada de Buenos Aires; Estrela Brilhante de Nazaré da Mata; Águia Misteriosa de Nazaré da Mata; e Estrela de Tracunhaém. Atualmente está como mestre do Maracatu Cambinda Brasileira, localizado no Engenho Cumbe, de Nazaré da Mata. O grupo è Patrimônio Vivo de Pernambuco, e há mais de cem anos desfila no carnaval pernambucano, do Brasil e do exterior. Mestre Gabriel Barbares da Silva, conhecido como Gabriel Silva, está entre os novos nomes da geração de mestres da cultura popular do maracatu rural, que anda fazendo sucesso na região. O jovem, de origem humilde, vivenciou sua infância nas terras de Chã de Camará, área rural do município de Aliança, na Mata Norte. Foi lá, que, a partir de sua vivência cultural e artística, encontrou o caminho para se inserir no maracatu rural, observando a apresentação de mestres como Zé Duda, que por décadas cumpriu, brilhantemente, seu papel de poeta da cultura popular no comando de sua caboclaria e demais bricantes. O local de chão batido, às margens da PE-62, que liga as cidades de Aliança e Condado, na Mata Norte, povoado por agricultores e cortadores de cana-de-açúcar, é sede de uma das mais importantes agremiações carnavalescas do estado, o Maracatu Estrela de Ouro. A partir desta vivência cultural e da sua minuciosa observação, já auge dos seus 12 anos, mestre Gabriel Silva começou a participar ativamente dos eventos culturais. Sua primeira oportunidade como mestre surgiu no Boi Estrela de Aliança. Sua passagem pela agremiação, que é famosa por desfilar no carnaval da cidade e da região, durou cerca de quatro anos. Com o decorrer dos anos, recebeu convites para participar de vários maracatus, além de ensaios, encontro de mestres, sambadas, roda de mestres, entre outros eventos culturais. Já na fase dos 30 anos de idade, atualmente, representa à nação do Maracatu Leão Faceiro de Nazaré da Mata. Agremiação que ele tem a honra e orgulho de participar.

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Além de Parasita: 3 filmes coreanos para assistir nas férias

*Por Rafael Dantas Parasita deu ao cinema coreano um novo status em 2020, mas as produções cinematográficas do país oriental já merecem atenção há algum tempo e tem novas promessas também. Trago 3 dicas de filmes que mergulharam na história de um dos períodos mais sombrios da política coreana. São enredos fortes que revelam a tensão vivida pelos coreanos décadas atrás, com governos autoritários. Motorista de Táxi O meu favorito desse trio é Motorista de Táxi. O mais leve que os demais, traz alguns pontos de humor, inclusive, em uma história pesada, que envolveu o cerco de uma cidade rebelde pelo governo nacional. O desconhecimento do trabalhador comum sobre da realidade do seu País e o choque ao se deparar com ela integram uma teia de compreensões que podem ser comuns outras sociedades (eu incluiria a brasileira nessa reflexão). O filme é de 2017, com direção de Hun Jang e uma atuação impecável de Song Kang-ho, um dos grandes atores do país, que também estava no elenco de protagonistas de Parasita. SINOPSE: Um taxista de Seul é contratado por um jornalista estrangeiro para levá-lo até a cidade de Gwangju. Ao chegar lá, eles se deparam com o lugar tomado pelo governo militar e com os cidadãos, liderados por um grupo de estudantes, reivindicando liberdade. O que começa com uma simples corrida de táxi se torna uma luta pela sobrevivência em meio à Revolta de Gwangju, evento real que aconteceu na Coreia do Sul em maio de 1980. . 1987: When The Day Comes Mergulhado entre as tensões e traumas das ditaduras de diferentes orientações políticas, 1987: When The Day Comes traz o tom de como questões tão pessoais tem grandes efeitos nacionais. Tortura, rebeldia juvenil, resistência para enfrentar o autoritarismo compõem um trama complexo e envolvente. A película é baseada na história de Park Jong-Chul, um universitário que integrava o movimento pró-democracia. Após ser preso e torturado, há uma tentativa frustrada de esconder o ocorrido. O filme também é de 2017 e foi dirigido por Jang Joon-hwan. SINOPSE: Em 1987, o estudante universitário do movimento pró-democracia Park Jong-chul é capturado pela polícia. Ele é então torturado até a morte. A polícia e o governo tentam encobrir o caso de Park Jong-Chul, mas a mídia e os estudantes universitários tentam revelar a verdade. . The Man Standing Next A aposta do cinema coreano para o Oscar 2021 é The Man Standing Next. A trama envolve segredos e traições na alta cúpula do governo coreano, que estava prestes a cair, em outubro de 1979. Trata-se de um thriller político, dirigido por Min-ho Woo, que demonstra a dureza dos líderes autoritários do País e as tensas relações diplomáticas internacionais na sua época. SINOPSE: Nos anos 70, a Coreia do Sul está completamente dominada pela KCIA, que tem braços que vão além do Estado. A KCIA por sua vez tem como principal controlador, o presidente da república.   Não sou especialista em cinema (aqui no nosso site, essa missão é de Wanderley Andrade), mas as dicas acima são um bom caminho para os amantes da história traduzida no trabalho dos cineastas. Conheci o cinema coreano e essas obras através de indicações que vieram do historiador, metroviário e amigo Jorge Mota, apreciador da sétima arte de diversos países. Sua lista é inclusive carinhosamente chamada por um grupo dos Cinéfilos que integro de MotaFlix.   . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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