Arquivos Cultura E História - Página 170 De 379 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Filmes pernambucanos na Mostra de Cinema de Tiradentes

Pernambuco estará presente na programação da 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes. Serão exibidos três curtas-metragens do estado em duas mostras temáticas, que poderão ser vistos entre os dias 23 e 30 de janeiro no site oficial do evento www.mostratiradentes.com.br . “Videomemoria”, uma coprodução Pernambuco/Minas Gerais, com direção, roteiro e produção de Pedro Maia de Brito e Aiano Bemfica, participa da Mostra Foco Minas. O documentário revela a luta por terra de trabalhadores da ocupação Eliana Silva, em Belo Horizonte, para se estabelecerem no território. Os filmes “Pega-se facção”, dirigido por Thaís Braga, e “Rebu – A egolombra de uma sapatão quase arrependida”, da cineasta Mayara Santana, integram a Mostra Praça. O primeiro traz a história de mãe e filha que veem na costura domiciliar terceirizada na zona rural de Caruaru (PE), região dominada pela seca, a única fonte de garantirem o próprio sustento. O segundo é um documentário em primeira pessoa que se propõe a investigar, dentro da vivência lésbica da diretora Mayara Santana, as diversas performances de masculinidade, levando em conta seus três últimos relacionamentos e diálogos com seu pai Pedro Bala. O filme aborda com descontração, temáticas como o talento paquerador, flexibilidade com a verdade, relacionamento abusivo, irresponsabilidade afetiva, reprodução de machismo, impulsividade e romance. Questões que permeiam a vida dos dois personagens, mesmo que separados por um recorte geracional, cultural e de gênero. Mostra de Tiradentes - Maior plataforma de lançamento do cinema brasileiro contemporâneo, a 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes acontece de 22 a 30 de janeiro de 2021 com oferta de intensa programação em ambiente online no site www.mostratiradentes.com.br, com exibição de filmes, debates, oficinas e live shows, e presencialmente, com ações pontuais na cidade mineira. Toda programação é gratuita.

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É hora de mudarmos de via. Reflexões de Edgard Morin para o século 21

Edgar Morin é um dos maiores pensadores do séculos 20 e 21. Aos 99 anos, o sociólogo e filósofo francês traz um livro que reflete sobre o maior problema do tempo presente, a pandemia e as suas consequências, a partir de tudo o que ele viu nas últimas décadas (inclusive das sequelas da sua própria família após a Gripe Espanhola). A globalização, o modelo de desenvolvimento econômico desenfreado, a desigualdade social e tantas características e pilares do mundo atual são expostos pelo novo coronavírus e ao mesmo tempo vítimas dele. Apesar de enfrentarmos um dos maiores traumas recentes da humanidade, Morin não é pessimista. O autor aponta alguns elementos que emergem em meio ao drama do isolamento social e da luta pela saúde coletiva que indicam algumas pontas de esperança para as próximas décadas. Diante da queda e das luzes de novos tempos, ele é taxativo desde o título: "É hora de mudarmos de via - as lições do coronavírus". Morin elenca na sua obra 15 lições da pandemia para a sociedade global e aponta quais os desafios pós-corona que enfrentaremos. Mas antes das lições, fica evidente na publicação que o nosso antigo normal era muito anormal. Simplesmente voltar ao antigo normal quando a população estiver imunizada não é uma opção na leitura do sociólogo. "O isolamento foi uma reclusão, mas também uma libertação interior em relação ao tempo cronometrado, ao ritmo condução-trabalho-cama dos trabalhadores, à sobrecarga de horas de trabalho das profissões liberais. (...) Terminando o isolamento vamos retomar a corrida infernal?", provoca o sociólogo. O mundo mais sustentável, com mais solidariedade, com cooperação global (mas menos centralização) são algumas das utopias apontadas por Morin na publicação. A pandemia e o seu consequente isolamento social duro mostrou que algumas dessas mudanças são possíveis e com resultados muito impactantes para a sociedade. A regeneração da natureza com poucas semanas de menos movimento dos transportes e das indústrias, a ação mais solidária em direção aos mais necessitados que ficaram desempregados e as inúmeras soluções criadas em diferentes países para fazer suas economias rodarem diante das restrições de circulação de aviões e navios pelo mundo são alguns sinais de que outros caminhos são possíveis. A imprevisibilidade sobre o futuro imposta pela pandemia, a proximidade da morte e a parada forçada da humanidade colocaram em xeque muitas "verdades" e leis que pareciam sólidos na sociedade. Nesse momento de crise e para promover uma virada e um novo rumo à humanidade, ele propõe uma nova via que comporta revisões a partir de uma política nacional, uma política civilizacional, uma política de humanidade, uma política da terra e, finalmente o humanismo regenerado. Morin defende novos dias a partir de um humanismo regenerado, que leve em conta toda a complexidade humana (não como o homem voltado apenas voltado para a conquista e para a dominação da natureza). Para além de grandes reformas sociais, ele defende também uma reforma pessoal e uma revitalização da nossa ética. "Solidariedade e responsabilidade são imperativos não só políticos e sociais, mas pessoais. Desde já deveríamos entender que a reforma da sociedade e a reforma pessoal são inseparáveis. Ghandi escreveu: Sejamos a mudança que queremos ver no mundo". É hora de mudarmos de via - As lições do coronavírus (Bertrand Brasil, 2020) é uma leitura obrigatória para quem busca reflexão, inspiração e esperança para a humanidade em um tempo tão confuso e de desesperança. . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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Projeto realizará live cultura com os mestres de maracatus

No próximo dia 26 de dezembro, o projeto Noite dos Mestres do Apito terá um novo encontro com o público internauta e admiradores da cultura popular pernambucana. O evento receberá o mestre e poeta popular, Veronildo José dos Santos, do Maracatu Cambinda Brasileira, do Engenho Cumbe; e também, o mestre da nova geração, Gabriel Silva, do Maracatu rural Leão Faceiro, ambos de Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte do estado. A programação, de valorização à arte do maracatu de baque solto, será transmitida, exclusivamente, pelos perfis oficiais do projeto, disponível no Facebook e Yotutube, além do blog Giro Mata Norte, a partir das 19h. Por lá, o público vai poder acompanhar a participação dos mestres, entoando loas, marchas, sambas e galopes, acompanhados de ternos (orquestras de sopro e percussão). Para evitar o risco de contaminação à covid-19, a organização do evento restringiu as apresentações apenas aos mestres e contramestres de maracatus, além de implementar todas as exigências sanitárias, como uso de máscaras, álcool e distanciamento social. Cilda Trindade é responsável pela coordenação e produção cultural do evento, que tem o incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura PE), e apoio do Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Cultura e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco - Fundarpe. Além disso, são parceiros da iniciativa, a Prefeitura de Nazaré da Mata, Sociedade Musical Euterpina Juvenil Nazarena (Capa Bode) e portal de notícias, Giro Mata Norte. O projeto Noite dos Mestres do Apito encontra-se na segunda edição. Iniciado no mês de novembro, a programação conta com quatro apresentações culturais, sendo uma a cada mês. No dia 30 de janeiro, será a terceira live cultural. Na ocasião, participará o Maracatu Águia Misteriosa de Nazaré da Mata. E, para encerrar a programação das lives culturais, em fevereiro, o projeto recebe o Maracatu Estrela Brilhante de Nazaré da Mata. Biografia dos mestres: Mestre Veronildo Jose dos Santos, de 46 anos, nascido e criado na zona rural de Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte do Estado, é um dos ícones da cultura de raiz . Conhecido como o “tubarão da cultura", iniciou sua carreira no Boi de Carnaval Palmeira, sediado no engenho Camarazal, área rural de Nazaré da Mata. No ano seguinte, foi convidado pelo mestre João Paulo, o papa do maracatu, para integrar o Maracatu Leão Misterioso de Nazaré da Mata. Lá, consolidou sua marca cultural e artística, ganhando admiração, prestígio e reconhecimento do público. Em mais de duas décadas, envolvido com a arte de animar o público com sua voz forte e a combinação de versões e poesias feitos de improviso, mestre Veronildo, com é conhecido, tem uma trajetória cultural muito importante. Na sua biografia artística, ele pode participar de várias agremiações, como o Maracatus Estrela Dourada de Buenos Aires; Estrela Brilhante de Nazaré da Mata; Águia Misteriosa de Nazaré da Mata; e Estrela de Tracunhaém. Atualmente está como mestre do Maracatu Cambinda Brasileira, localizado no Engenho Cumbe, de Nazaré da Mata. O grupo è Patrimônio Vivo de Pernambuco, e há mais de cem anos desfila no carnaval pernambucano, do Brasil e do exterior. Mestre Gabriel Barbares da Silva, conhecido como Gabriel Silva, está entre os novos nomes da geração de mestres da cultura popular do maracatu rural, que anda fazendo sucesso na região. O jovem, de origem humilde, vivenciou sua infância nas terras de Chã de Camará, área rural do município de Aliança, na Mata Norte. Foi lá, que, a partir de sua vivência cultural e artística, encontrou o caminho para se inserir no maracatu rural, observando a apresentação de mestres como Zé Duda, que por décadas cumpriu, brilhantemente, seu papel de poeta da cultura popular no comando de sua caboclaria e demais bricantes. O local de chão batido, às margens da PE-62, que liga as cidades de Aliança e Condado, na Mata Norte, povoado por agricultores e cortadores de cana-de-açúcar, é sede de uma das mais importantes agremiações carnavalescas do estado, o Maracatu Estrela de Ouro. A partir desta vivência cultural e da sua minuciosa observação, já auge dos seus 12 anos, mestre Gabriel Silva começou a participar ativamente dos eventos culturais. Sua primeira oportunidade como mestre surgiu no Boi Estrela de Aliança. Sua passagem pela agremiação, que é famosa por desfilar no carnaval da cidade e da região, durou cerca de quatro anos. Com o decorrer dos anos, recebeu convites para participar de vários maracatus, além de ensaios, encontro de mestres, sambadas, roda de mestres, entre outros eventos culturais. Já na fase dos 30 anos de idade, atualmente, representa à nação do Maracatu Leão Faceiro de Nazaré da Mata. Agremiação que ele tem a honra e orgulho de participar.

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Além de Parasita: 3 filmes coreanos para assistir nas férias

*Por Rafael Dantas Parasita deu ao cinema coreano um novo status em 2020, mas as produções cinematográficas do país oriental já merecem atenção há algum tempo e tem novas promessas também. Trago 3 dicas de filmes que mergulharam na história de um dos períodos mais sombrios da política coreana. São enredos fortes que revelam a tensão vivida pelos coreanos décadas atrás, com governos autoritários. Motorista de Táxi O meu favorito desse trio é Motorista de Táxi. O mais leve que os demais, traz alguns pontos de humor, inclusive, em uma história pesada, que envolveu o cerco de uma cidade rebelde pelo governo nacional. O desconhecimento do trabalhador comum sobre da realidade do seu País e o choque ao se deparar com ela integram uma teia de compreensões que podem ser comuns outras sociedades (eu incluiria a brasileira nessa reflexão). O filme é de 2017, com direção de Hun Jang e uma atuação impecável de Song Kang-ho, um dos grandes atores do país, que também estava no elenco de protagonistas de Parasita. SINOPSE: Um taxista de Seul é contratado por um jornalista estrangeiro para levá-lo até a cidade de Gwangju. Ao chegar lá, eles se deparam com o lugar tomado pelo governo militar e com os cidadãos, liderados por um grupo de estudantes, reivindicando liberdade. O que começa com uma simples corrida de táxi se torna uma luta pela sobrevivência em meio à Revolta de Gwangju, evento real que aconteceu na Coreia do Sul em maio de 1980. . 1987: When The Day Comes Mergulhado entre as tensões e traumas das ditaduras de diferentes orientações políticas, 1987: When The Day Comes traz o tom de como questões tão pessoais tem grandes efeitos nacionais. Tortura, rebeldia juvenil, resistência para enfrentar o autoritarismo compõem um trama complexo e envolvente. A película é baseada na história de Park Jong-Chul, um universitário que integrava o movimento pró-democracia. Após ser preso e torturado, há uma tentativa frustrada de esconder o ocorrido. O filme também é de 2017 e foi dirigido por Jang Joon-hwan. SINOPSE: Em 1987, o estudante universitário do movimento pró-democracia Park Jong-chul é capturado pela polícia. Ele é então torturado até a morte. A polícia e o governo tentam encobrir o caso de Park Jong-Chul, mas a mídia e os estudantes universitários tentam revelar a verdade. . The Man Standing Next A aposta do cinema coreano para o Oscar 2021 é The Man Standing Next. A trama envolve segredos e traições na alta cúpula do governo coreano, que estava prestes a cair, em outubro de 1979. Trata-se de um thriller político, dirigido por Min-ho Woo, que demonstra a dureza dos líderes autoritários do País e as tensas relações diplomáticas internacionais na sua época. SINOPSE: Nos anos 70, a Coreia do Sul está completamente dominada pela KCIA, que tem braços que vão além do Estado. A KCIA por sua vez tem como principal controlador, o presidente da república.   Não sou especialista em cinema (aqui no nosso site, essa missão é de Wanderley Andrade), mas as dicas acima são um bom caminho para os amantes da história traduzida no trabalho dos cineastas. Conheci o cinema coreano e essas obras através de indicações que vieram do historiador, metroviário e amigo Jorge Mota, apreciador da sétima arte de diversos países. Sua lista é inclusive carinhosamente chamada por um grupo dos Cinéfilos que integro de MotaFlix.   . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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Baile do Menino Deus lança filme para todo o Brasil

Em tempos onde a clausura domiciliar é necessária por conta da pandemia, o Baile do Menino Deus se reinventa para garantir que a alegria, a diversão e toda a sua esperança e ludicidade chegue nas casas dos brasileiros na noite de natal. Produzido pela Relicário Produções/Carla Valença e dirigido por Ronaldo Correia de Brito, o espetáculo que costuma reunir mais de 70 mil de turistas e conterrâneos no Marco Zero do Recife virou um filme que estreia hoje (23), às 20h, para todo Brasil, pelo canal do YouTube do Baile e através do site: www.bailedomeninodeus.com.br (em formato com libras e audiodescrição). A transmissão ocorre também nos dias 24 e 25 e, no dia 26 de dezembro, às 14h, na Globo Nordeste. Em um ano desafiador, principalmente para os profissionais da cultura, o Baile do Menino Deus garante além da continuidade de 17 anos de espetáculo, a preservação de mais de 300 empregos diretos, com o seu formato alternativo. São costureiras, montadores, maquiadores, profissionais de limpeza, cozinheiras, aderecistas, produtores, músicos, fotógrafos, cinegrafistas, artistas e diversos profissionais que vivem diretamente da renda do baile, todos os anos. Uma equipe coordenada por 6 médicos também foi montada para as gravações do filme. Mais de 100 caixas de máscaras e álcool 70 foram comprados. Além de capacetes, testes, capotes, borrifadores, roupas especiais e todo o aparato necessário para que a saúde dos profissionais fosse preservada. “Havia uma preocupação grande em não deixar essas pessoas sem trabalho. Nós não tínhamos escolha: ou interrompíamos o ciclo de 17 anos no Marco Zero, não fazendo nada, ou inventávamos outra maneira de apresentar o espetáculo. Topamos o filme. Mas confesso que não foi nada fácil montar o espetáculo a ser filmado, realizar o filme e cumprir os protocolos da Covid. Foi desafiador”, comenta Ronaldo Correia de Brito, criador e diretor do Baile do Menino Deus. Como muitos, o Baile teve que se reinventar. Para o público que precisa de sua mensagem e por sua equipe. Também foi criado um berçário para que as mamães da equipe não precisassem deixar suas crianças sob os cuidados de outras pessoas, pois não sabiam se estavam se cuidando. Neste berçário, ficou Sereno, filho da atriz Isadora Melo (intérprete de Maria), que com apenas 3 meses ingressou na carreira de ator estreando no Baile como Jesus Cristinho. “Tivemos de vencer a inércia, o medo e a paralisia que tomaram conta dos trabalhadores de arte. O protocolo da Covid foi rigorosamente obedecido. Trabalhamos com uma equipe de 6 médicos, que passaram a acompanhar os artistas e técnicos 45 dias antes das filmagens, num plantão permanente, e 15 dias depois das filmagens, quando todos receberam alta. Não houve um único contágio. Por essa estatística vocês podem avaliar o nível de nossa produção”, revela Ronaldo. O longa inédito da grande ópera popular nordestina, que conta a história mais famosa do mundo - o nascimento de Jesus Cristo, resgatando o sotaque, a forma de fazer, de dançar e de cantar, do brasileiro, se orienta nas tradições de festas e representações teatrais do ciclo natalino, incorporadas às mais diversas culturas do Brasil. O projeto preserva várias formas de celebração do Natal, que sobreviveram e se guardaram apenas no Nordeste do Brasil, à exemplo do reisado, lapinha, pastoril, cavalo marinho, guerreiro, chegança, boi de reis e outras representações de brincadeiras e tradições que fogem do monotema “congelado” com neve de isopor, pinheiros, renas, trenós e Papai Noel, que reproduzem a cultura americana, do leste europeu e do consumo. O evento é uma tradição lúdica de final de ano, sendo que a cada nova montagem, são reveladas surpresas. Este ano, por exemplo, o Baile incorporou a tecnologia ao espetáculo. Projeções de um “Céu Divino”, “Paisagens do Sertão” e a “Floresta Amazônica”, são algumas das oito cenas que serão projetadas em um cenário digital, que traz características clássicas e ecléticas da cidade para a apresentação. "O Baile é um espetáculo de rua que se integra com a cidade no espaço do Marco Zero e trazendo o cenário para dentro do teatro a gente quis trazer a cidade como cenário para o fundo do teatro", conta Sephora Silva, que assina a direção cenográfica do evento. O que faz o Baile do Menino Deus ser único na cena natalina brasileira é o seu projeto de resgatar várias formas de celebração do Natal, que sobreviveram e se guardaram apenas no Nordeste do Brasil. Reisado, lapinha, pastoril, cavalo marinho, guerreiro, chegança, boi de reis e outras manifestações. Criado há 36 anos, o texto faz parte da Trilogia das Festas Brasileiras, série de peças que retratam as manifestações populares nordestinas, em que se incluem a Bandeira de São João e o Arlequim de Carnaval. No Baile do Menino Deus, a dupla de personagens principais, Mateus, é interpretada pelos atores Sóstenes Vidal e Arilson Lopes, que se revezam com Paulo de Pontes e Daniel Barros. Juntos, eles buscam uma forma de abrir a porta da casa onde estão José, Maria e o recém-nascido Jesus, e celebrar a vida em clima de festa. Uma saga que recorre a sortilégios, brincadeiras, invocação de criaturas fantásticas – como a Burrinha Zabilin, o Jaraguá e o Boi – e muita música e dança. O corpo de baile, composto por onze bailarinos, também está renovado, bem como o figurino e a cenografia. Entre os solos da peça, outro destaque também é Silvério Pessoa, que estará em quatro atos, sendo que há 16 anos integra a rede de artistas do Baile. Além do grupo Bongar que mistura a cultura africana ao auto de natal. O telefilme do Baile conta com direção geral de Tuca Siqueira (Amores de Chumbo e Fashion Girl) e direção de fotografia de Pedro Sotero (premiado em Cannes com o filme Bacurau). Produtora, roteirista e diretora de cinema, a pernambucana Tuca Siqueira iniciou sua carreira em 2003. Sua trajetória conta com diversas séries, filmes e documentários premiados. Entre eles, “Amores de Chumbo”, seu primeiro longa de ficção, considerado uma verdadeira pérola cinematográfica pela crítica. Diretor de fotografia desde 2006

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Quando as raízes florescem (por Paulo Caldas)

Aldemiro de Lima, neste "Quando as raízes florescem", apresenta uma novela no lugar dos habituais contos (alguns concebidos nos arredores de crônica), com evidentes sinais de domínio no ato de escrever ficção. No universo dos estilos, o autor mantém a verve crítica dos costumes e em vários momentos faz uso das adversativas para abraçar a ironia, artifício manuseado de forma exata. Embora ceda à voz oblíqua, na construção de alguns diálogos, no linguajar é observado o aspecto nativo dos personagens, o que autentica o perfil natural de cada um: "camarão que dorme a onda leva", tal afirma a zelosa mãe da noiva Daniela. O conteúdo do livro traduz o dia a dia de verdades e contradições, harmonias e conflitos, ascensão e decadência, na fragmentação do ser humano comum. "Quando as raízes florescem" tem o projeto visual assinado por Deusdedith Antônio da Silva e a impressão da Luci Artes Gráficas. Exemplares à venda na Livraria Imperatriz do Shopping Center Recife. *Paulo Caldas é Escritor

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Orquestra Criança Cidadã encerra programação da Caixa Cultural Recife

Com o sucesso da Abertura de Natal, na semana passada, a Orquestra Criança Cidadã volta ao palco do teatro da Caixa Cultural Recife para sua última apresentação do ano, agora com sua banda pop: o Núcleo Popular. A OCC transmitirá o recital ao vivo, hoje (22), às 19h, por meio de seu perfil no Instagram e seu canal no Youtube. Criado em 2012 e coordenado pelo professor de teoria musical da OCC Manassés Bispo, o Núcleo Popular foca em um repertório multifacetado, eclético e refinado, sem preferência de gêneros musicais. O destaque do grupo é a vocalista Wanessa Mouta, ex-aluna da Orquestra, que interpretará três de suas composições no show: "Moça bonita", "A vida vai" e "James Bond". “As minhas inspirações são muitas, eu estou sempre ouvindo um pouco de tudo. Adoro Elis, Alceu, Zé Ramalho, os grandes nomes da música que inspiram qualquer artista”, conta a cantautora, que já pensa nos próximos passos da carreira. “Para o futuro, pretendo trabalhar em projetos autorais aproveitando dos vários ritmos pernambucanos”, revela. Além de Wanessa na voz e percussão, e do professor Manassés no violão, guitarra e coordenação, o grupo ainda é composto por Orlando Araújo no teclado, Thierry Santos e Rayanna Lima na percussão, Diego Dias no violoncelo e Alice Soares no baixo elétrico. A Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque é um projeto social realizado pela Associação Beneficente Criança Cidadã, incentivado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e que conta com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal. SERVIÇO Recital online – Núcleo Popular da Orquestra Criança Cidadã na Caixa Cultural Recife Data: 22 de dezembro de 2020 (terça-feira) Horário: 19h Duração: 30 minutos Classificação: Livre Patrocínio: Caixa e Governo Federal Transmissão ao vivo: - Canal da Orquestra Criança Cidadã no YouTube https://www.youtube.com/orquestracriancacidada - Instagram da Orquestra Criança Cidadã https://www.instagram.com/criancacidada/

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UPE concede título de Doutor honoris causa a Manoelzinho Salustiano

O Conselho Superior da Universidade de Pernambuco aprovou a outorga do título de Doutor Honoris Causa ao artista popular Manoelzinho Salustiano, na última sexta-feira (18). Mestre da cultura popular, ele representa o Maracatu de Baque Solto, do bordado das golas dos caboclos de lança e de diversas outras expressões da cultura. Os trâmites para o título iniciaram com a proposta dos professores Carlos André Silva de Moura, Mário Ribeiro dos Santos e Sandra Simone Moraes de Araújo, do Curso de História, que apresentaram um dossiê sobre a vida, atividades culturais e contribuições do artista para Pernambuco e o Brasil. Com apoio dos diretores do Campus Mata Norte, professores Maria Auxiliadora Leal e João Allyson, o pedido foi encaminhado ao Conselho de Gestão Administrativa da unidade e aprovada por unanimidade. Cumprindo os trâmites burocrático, a Prof. Maria Auxiliadora apresentou o pedido ao CONSUN, que foi colocado em discussão pelo Reitor Prof. Pedro Falcão, com defesa dos professores Carlos André Silva de Moura, Mário Ribeiro dos Santos e Sandra Simone Moraes de Araújo. . . “Manoelzinho Salustiano representa a cultura com pés no chão, que muitas vezes foram silenciadas e esquecida por um processo educacional conservador. Com a concessão do título de Doutor Honoris Causa, a Universidade de Pernambuco faz história ao reconhecer as diversidades de saberes”, afirmou o hitoriador e professor Carlos Moura. Para os docentes proponentes, Manoelzinho Salustiano tem atuado de forma excepcional para a formação cultural no Estado, do Litoral ao Sertão, com contribuições singulares para discentes e docentes de diferentes instituições de ensino, especialmente, da Universidade de Pernambuco. Com a UPE, tem contribuído com pesquisas, realização de oficinas e palestras fundamentais para a comunidade acadêmica. “Este título representa a potência das manifestações culturais da Zona da Mata, representa o povo negro, indígena, toda a comunidade de resistência e existência. Em meio ao caos, este título trouxe um alento com gosto de azougue”, considera o Mário Ribeiro dos Santos. Para Profa. Sandra Simone, “o título de Doutor Honoris Causa concedido a Manoelzinho Salustiano se constitui no reconhecimento da sua trajetória de vida que é dedicada a aprender, ensinar e preservar as expressões da cultura popular de Pernambuco”. O dossiê produzido pelos docentes será publicado em livro no primeiro semestre de 2021, em uma versão bilingue (português e inglês), com as narrativas, imagens e depoimentos coletados em quase um ano de trabalho. Será um obra de sentidos e significados sobre um dos principais representantes da cultura de Pernambuco, que oferecerá subsídios para novas pesquisas e os usos em sala de aula. . Documento da concessão de título de Doutor Honoris Causa . PERFIL Manoelzinho Salustiano é nome artístico de Manoel Salustiano Soares Filho, mestre da cultura popular de Pernambuco, com atuação em diferentes segmentos artísticos, de formação e gestão cultural. O seu trabalho está fundamentado em uma extensa atuação nacional e internacional, com representação do Estado e do Brasil em diferentes cidades e países. Nascido em 1969, na cidade de Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife, desde cedo esteve envolvido com os grupos culturais. Em 1977 acompanhou o Mestre Salu, seu pai, na criação do Maracatu Piaba de Ouro, o qual conduziu como secretário, tesoureiro e presidente por diversos anos. Com influência dos Mestres João Calumby e Rubens Martins iniciou o aprendizado da arte de bordar golas de caboclo de lança e estandartes de agremiação carnavalescas, ofício que desenvolve atualmente. Contribuiu com a organização das manifestações culturais na Zona da Mata Norte de Pernambuco, com participação na fundação da Associação dos Maracatus de Baque Solto, na qual ocupou diversos cargos de gestor, inclusive presidente. Com o trabalho junto aos mestres e folgazões, colaborou com o processo de pacificação das manifestações populares das cidades da Mata Norte. Tal procedimento contribuiu com a organização dos encontros de Maracatus em Nazaré da Mata, Aliança e Olinda, com movimentação da economia e do turismo nas localidades. Foi docente na Casa da Criança de Olinda, projeto que tinha como objetivo retirar crianças e adolescestes das condições de vulnerabilidade social. Na instituição, organizou diferentes grupos artísticos, como ciranda, mamulengo e maracatu, contribuindo com o processo de formação de diferentes produtores culturais que estão em atuação. Com o seu trabalho, credenciou-se para atuar a frente de diferentes instituições culturais em Pernambuco. A partir de 2002 passou a coordenar o palco de cultura popular do Festival de Inverno de Garanhuns – FIG, com ações para os grupos das manifestações populares. Foi representante de Pernambuco em diferentes cidades do país, com atividades de formação cultural e acadêmica. Também representou o Brasil em quase todos os continentes, com atividades em países como Argentina, Venezuela, Estados Unidos, Cuba, Cabo Verde, França, dentre outros. Em 2011 realizou a exposição do estandarte “Diversidade Cultural”, peça afixada no Largo da Lapa – Rio de Janeiro, com medidas de 10 m x 5,80 m, considerado o maior estandarte confeccionado à mão no mundo. Em 2012 a sua obra deu origem a exposição “Arte de Manoelzinho Salustiano Pede Passagem”, exibida no Centro Cultural dos Correios do Recife.

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Janeiro de Grandes Espetáculos divulga atrações selecionadas

O Janeiro de Grandes Espetáculos anuncia as atrações selecionadas através de edital publicado em novembro. Os espetáculos escolhidos se juntarão a projetos convidados para formar a grade da 27ª edição, batizada de "JGE Conecta". O festival acontecerá, de 7 a 28 de janeiro, em formato duplo: 80% online e 20% presencial, dentro das normas sanitárias vigentes, nos teatros de Santa Isabel, Parque e Luiz Mendonça. A comissão de seleção foi formada por Clara Isis Gondim, Djaelton Quirino, Genivaldo Francisco e Gheuza Sena. JGE Conecta Ao Vivo Música Augusto Silva & Frevo Novo (Recife) Viva Pernambuco Ano 20 – André Rio e Convidados: Maestro Fábio Valois e Luciano Magno (Recife) Pajeú de Cantoria e Contações: Paulo Matricó (Tabira) Lua Costa Canta Vanessa da Mata (Jaboatão Dos Guararapes) JGE Conecta Ao Vivo Teatro Ópera d´Água (Surubim) Depois do Fim do Mundo (Vitória De Santo Antão) Espelho da Lua (Arcoverde) Enquanto Godot Não Vem (Recife) Desatinos (Recife) JGE Conecta Ao Vivo Dança Cavalo (Petrolina) Janelas Para Navegar Mundos (Petrolina) JGE Conecta Música Chris Nolasco – Sou Negra (Recife) Revoredo (Garanhuns) Violão Solo Nordestino (Pesqueira) Trajetória Instrumental (Recife) Sargaço Night Club (Recife) JGE Conecta Dança Debaixo d´Água (Petrolina) DNA do Passo (Recife) Sentimentos Gis (Petrolina) JGE Conecta Circo O Matuto (Recife) JGE Conecta Teatro Para Adultos A Paixão de Brutus (Recife) Rua dos Encantados (Petrolina) Congresso do Kaos (Recife) Cachorros Não Sabem Blefar (Caruaru) JGE Conecta Teatro Para Crianças e Jovens Re-Te-Tei (Arcoverde) Salve o Marmulengo (Recife) Apresentado pela Prefeitura do Recife e realizado pela Associação de Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe), o festival tem apoio da Cepe, Virtual, Fundação Cultural Cabras de Lampião e TV Globo, com produção geral de Paulo de Castro, produção executiva da Fervo Projetos Culturais, Roda Cultura e Cordas Cênicas.

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10 praças de Pernambuco Antigamente

Selecionamos hoje imagens de praças públicas espalhadas pelo Estado de Pernambuco no passado. Dentro da base de fotografias da Biblioteca do IBGE localizamos registros dos municípios da Região Metropolitana do Recife, do Agreste e do Sertão. Confira! . Praça Agamenon Magalhães, em Paulista . Praça Doutor José Bezerra, Cabo de Santo Agostinho . Praça Dom Malan, em frente ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina . Praça da Abolição, em Olinda . Praça em Garanhuns . Praça no Cabo de Santo Agostinho . Praça Rio Branco, no Recife . Praça Coronel Porto, em Caruaru . Praça Padre Simão de Figueiredo, São Lourenço da Mata . Praça Maria dos Prazeres, em Inajá *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com) . LEIA TAMBÉM 9 praças do Recife no século passado 5 fotos das Praças de Burle Marx no Recife antigamente

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