Arquivos Cultura E História - Página 259 De 380 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Artista plástica pernambucana faz curadoria de exposição em Lisboa

A artista plástica pernambucana Judith Cavalcanti é a curadora de uma exposição coletiva que acontece na Casa do Brasil em Lisboa durante o Festival Feminista que acontece todos os anos na capital portuguesa. Judith que vive no país há um ano, teve dois projetos selecionados pela Casa dentre os 200 inscritos, mas optou por desenvolver uma exposição coletiva, dentro do festival, para que outras artistas brasileiras também apresentassem os seus trabalhos. Ao todo foram 8 artistas selecionadas para expor no espaço juntamente com Judith que idealizou o projeto. Obras variadas entre diversas vertentes das artes como poesia, pintura, ilustração e fotografia com a temática voltada para o momento sócio político atualmente vivido no Brasil, caracterizado pela flexibilização de direitos básicos e a permissividade de um discurso machista e homofóbico nos espaços públicos. A curadora destaca as participações de nomes como Natasha Orestes criadora da rashtag "Mulher Artista Resista", Tereza Nardeli idealizadora da ilustração "Ninguém Solta a Mão de Ninguém" e da cartunista Laerte, artista que foi especialmente convidada pela organizadora para participar do evento. Para quem estiver de passagem por Lisboa a exposição intitulada "Arte Resistência num Brasil de Retrocessos" estará aberta ao público até o dia 31 de maio na Rua Luz Soriano, n-42. No último mês de março a Artista pernambucana ficou entre as dez obras finalistas do concurso "Absolut Creative Competition" em um universo 400 obras concorrentes ela teve duas selecionadas e agora está com a obra exposta em backlights publicitários da marca espalhados pelos cartões postais de Lisboa.

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Seminário de Tropicologia abordará a visão do estrangeiro em relação a Joaquim Nabuco

Em sua terceira edição de 2019, o 417º encontro do Seminário de Tropicologia, será realizado no próximo dia 28 de maio a partir das 14h30 na Fundação Joaquim Nabuco, campus Casa Forte, na Sala Gilberto Freyre. Como de costume, a mesa conta com a participação de dez seminaristas e um palestrante. Seguindo o calendário anual da reunião, os próximos seminários irão homenagear Joaquim Nabuco e Gilberto Freyre. “É uma grande honra ter sido convidado para o evento criado de um grande sociólogo que foi Gilberto Freyre”, conta o palestrante da terceira edição do ano, Rainer Michel, do Consulado da República da Eslovênia. De acordo com cônsul Rainer, o 417º encontro será importante para acender a chama a visibilidade do diploma pernambucano. “No contexto das relações internacionais tanto Gilberto Freyre como Joaquim Nabuco não tem o status merecido. É uma vertente que precisa ser analisada e debatida”, disse. O palestrante também fala sobre o objetivo da reunião que mostrará a visão do estrangeiro em relação a Joaquim Nabuco e a importância para diplomacia pernambuca. “Minha função é mostrar Joaquim Nabuco como alguém na história viva dos pernambucanos. Ele é uma ponte importante de Pernambuco e tenho certeza que foi uma grande alavanca para sedimentar a diplomacia pernambucana. Hoje, a bancada diplomática pernambucana é composta por 43 diplomatas”.

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Coro Sinfônico do STBNB inicia nova temporada de apresentações

Junho será um mês de muita música para o público apreciador do Recife. O Coro Sinfônico da Faculdade do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB) apresenta mais uma temporada de recitais e concertos, na capital. A agenda de shows inicia no próximo dia 6 de junho, às 20h, com o recital O Salmista e o Poeta. O evento acontecerá na Capela David Mein, situada na Faculdade STBNB, que fica na Rua Padre Inglês, 243, bairro da Boa Vista-Recife. A entrada é franca. O Recital é uma compilação de obras brasileiras que apresenta composições musicais e poesias dos artistas Heitor Villa-Lobos, Carlos Drummond de Andrade, Ferreira Gullar, Vinicius de Moraes e Ralph Manuel. O Coro Sinfônico STBNB trará participações especiais de artistas convidados: o violonista Jardel Souza, os trompetistas Josias Adolfo e Augusto França, os trombonistas Mizael França e Zilmar José, a flautista Adriana Carla e o baterista Marcelo Marinheiro. “A cada seis meses, o Coro Sinfônico STBNB estreia temporadas gratuitas de apresentações explorando vários estilos e obras musicais. É uma forma de oferecer acesso à Música, enquanto arte, ao público, e também uma oportunidade de contribuir com a cena musical da cidade”, diz a regente do Coro, Hadassa Rossiter. Confira a agenda de apresentações: 06.06.2019 às 20h - Recital O Salmista e o Poeta. Local: Capela David Mein - Faculdade STBNB. Entrada Franca. 15.06.2019 às 20h - Amigos de Anna (AMA) / Recital Spirituals - Canções de Esperança. Local: Teatro Santa Isabel. Ingressos: R$30 (inteira) / R$15 (meia). Recital beneficente, em prol do tratamento para lúpus de Anna Cláudia Reithler, corista STBNB, musicista, pianista e regente de coros. 20.06.2019 às 20h - Concertos de Outono 2019. Local: Capela David Mein - Faculdade STBNB. Entrada Franca.

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Cavalgada à Pedra do Reino celebra cultura popular no Sertão pernambucano

Uma das grandes inspirações do Movimento Armorial, a 27ª edição da Cavalgada à Pedra do Reino encanta a população pernambucana até o próximo domingo (26) com uma tradicional programação lúdica e religiosa. A iniciativa conta com apoio do Governo do Estado de Pernambuco, por meio da Secult-PE/Fundarpe e Setur/Empetur, e é uma realização da Associação Cultural da Pedra do Reino, em parceria com a Prefeitura de São José do Belmonte. Todas as atividades são gratuitas. Um dos destaques da programação será a missa de abertura, no Sítio da Pedra do Reino, em homenagem aos mortos no Movimento Sebastianista da Pedra do Reino. Outra atração são duas exposições em cartaz: “Mostra de Artes Sobre a Pedra do Reino” e “A Pedra do Reino e o Sebastianismo na Chapada do Araripe”, com curadoria de Alemberg Quindins. A programação conta também com as tradicionais festividades que atraem visitantes de toda região. Dentre elas, destacam-se a Cavalhada e a Cavalgada à Pedra do Reino, na qual os cavaleiros participantes mais uma vez anunciarão o legado do Rei Desejado, evocando a figura do rei D. Sebastião. Além disso, encontro de poetas, cantadores, recitadores e mesas de glosas irão acontecer até o próximo domingo (26). Para Gilberto Freyre Neto, secretário estadual de Cultura, esta é uma importante manifestação cultural do sertão pernambucano. “Quando a gente observa este evento percebemos os motivos tão ricos que inspiraram boa parte da literatura de Ariano Suassuna. A Cavalgada da Pedra do Reino cumpre mais uma vez a missão de fortalecer os laços de cada território com sua própria tradição, valores e costumes”, opina. Segundo Marcelo Canuto, presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, a Secult-PE e Fundarpe, assim como todos os anos, mais uma vez irão apoiar a festividade com a contratação de artistas. “São grupos como bandas de pífano, de forró pé de serra, aboiadores e outros da região que vão abrilhantar ainda mais este importante evento do nosso Estado”. Quase diariamente, haverá apresentações de boa música regional e números de dança. Banda de Pífanos do Mestre Ulisses, os grupos de forró pé de serra Serra Talhada e Zé de Balbina, e a dupla Neto Barros e Nilsinho Aboiador são alguns dos nomes que prometem colocar o público para forrozar. Em São José do Belmonte, na Praça Sá Moraes, será montado ainda um polo gastronômico, para a comercialização dos produtos das associações rurais do município. Confira na íntegra a programação apoiada pelo Governo de Pernambuco: Quinta-feira (23/5) Local: Castelo Armorial 19h30 – Abertura da “Mostra de Artes Sobre a Pedra do Reino”. A mostra ficará aberta ao público até o dia 25 de maio, sempre a partir das 8h Sexta-feira (24/5) Local: CASA DA CULTURA (Praça Sá Moraes, ao lado da Igreja matriz de São José) 19h30 – Abertura da exposição: “A Pedra do Reino e o Sebastianismo na Chapada do Araripe. Curador: Alemberg Quindins Local: Pátio de Eventos 22h – Apresentações de diversas atrações musicais 23h50 – Banda Cavaleiros do Forró Sábado (25/5) Local: Praça Sá Moraes 8h – Apresentação de Banda de Pífanos do Mestre Ulisses 8h às 12h – Feira de artesanato e culinária das Associações Rurais do município; Feira de artesanato dos artesãos locais da zona urbana; 8h30 – Apresentação da dança de São Gonçalo do Sítio Tamboril 9h30 – Apresentação do Reisado do Mestre João Cícero 10h – Apresentação dos declamadores Júnior Baladeira e Cícero Moraes 11h – Apresentação de Violeiros, Repentistas Francinaldo e Zé de Liveira 12h – Apresentação da Bacamarteiros da Pedra do Reino, queima de fogos e apresentação da Associação de Bacamarteiros da Pedra do Reino; 12h30 às 14h – Grupo “Forró Pé de Serra Talhada”; Local: O Carvalhão 7h – Grupo “Forró Pé de Serra Talhada” 8h30 – Banda de Pífanos do Mestre Ulisses 9h – Grupo de dança de São Gonçalo do Tamboril 10h – Grupo de Reisado do Mestre João Cicero 11h – Francinaldo e Zé Oliveira (violeiros e repentistas) 12h – Grupo de Bacamarteiros da Pedra do Reino 14h – Banda Filarmônica São José; Banda de Pífanos do Mestre Ulisses; e Grupo Cavalhada Zeca Miron 15h – Apresentação da Cavalhada “Zeca Miron”- Local: Estádio “O Carvalhão”; Local: Pátio de Eventos 22h30 – Fulo de Mandacaru 23h55 – Vilões do Forró Domingo (26/5) Local: Igreja Matriz 4h – Alvorada com banda filarmônica e queima de fogos 5h – Banda Filarmônica São José e Banda de Pífanos do Mestre Ulisses 5h30 – Bênção aos cavaleiros em frente à Igreja Matriz de São José e Coroação do Rei e da Rainha da Cavalgada. Participação do Coral Renascer do Sítio Campos e Campinas 6h30 – Saída dos cavaleiros com destino ao Sítio Histórico da Pedra do Reino. Local: Sítio Areinhas 7h30 – Café da manhã na Fazenda Areinhas; Apresentação de grupo de forró pé de serra de Zé de Balbina 9h30 – Bate-sela (Parada para descanso), no Sítio Batingas Apresentação de grupo de forró pé de serra de “Pá” Local: Pedra do Reino 11h30 – Chegada dos cavaleiros ao sítio histórico da Pedra do Reino 11h às 16h – Apresentação de Raniere e Banda e da dupla de aboiadores Neto Barros e Nilsinho Aboiador. 16h30 – Encerramento do evento

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Cais do Sertão recebe as quadrilhas neste fim de semana

O projeto Anavantu segue promovendo ensaios de quadrilhas juninas da Região Metropolitana do Recife na área externa do Cais do Sertão. Neste fim de semana, ação traz ao hall externo o gingado das quadrilhas Arrocha o Nó (Cohab) e Raízes do Nordeste (Paranatama). Os ensaios acontecem neste sábado (25) e domingo (26), a partir das 14h e são abertos ao público. Idealizado pelo Cais do Sertão e promovido pela Secretaria de Turismo e Lazer do Estado de Pernambuco, o evento tem parceria firmada com a empresa de transporte MobiBrasil e a Federação de Quadrilhas Juninas e Similares de Pernambuco - Fequajupe. O calendário de ensaios do programa privilegiou este ano sete equipes: Quadrilha Matutinho Dançante (Ibura); Quadrilha Balão de Prata (São Lourenço); Quadrilha Chapéu de Palha (Água Fria); Quadrilha Lumiar (Pina); Quadrilha Arrocha o Nó (Cohab/ Recife); Quadrilha Raízes do Nordeste (Paranatama); e Quadrilha Chá de Zabumba (Prazeres). A iniciativa, que ano passado fez sua estreia, movimentou a classe artística: em 2018, o Anavantu no Cais do Sertão reuniu 700 profissionais, especialmente quadrilheiros, todos envolvidos com dança, direção, produção, e ainda os familiares dos integrantes e moradores das comunidades dos grupos juninos. “O Anavantu é um projeto de sucesso que, logo no ano passado, movimentou significativamente a nossa classe artística. A volta dele este ano só reforça a nossa responsabilidade com o que é nosso, com a nossa cultura, que é um forte atrativo de turistas. O Anavantu é uma forma de oferecer sempre um ensaio aberto ao público para que turistas e pernambucanos possam já ir entrando no clima de São João”, comenta o secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes. Além de promover os ensaios, o projeto Anavantu inclui uma mediação educativa com os quadrilheiros. Eles aprendem sobre o museu e a vida no Sertão e visitam o acervo do centro cultural. Cronograma de ensaios: 25/05 - Quadrilha Arrocha o Nó (Cohab/ Recife) 26/05 – Quadrilha Raízes do Nordeste (Paranatama) 02/06 - Quadrilha Chá de Zabumba (Prazeres) SERVIÇO: A partir das 14h, no Centro Cultural Cais do Sertão (Rua Armazém 10, Av. Alfredo Lisboa, s/n - Recife, PE, 50030-150). Aberto ao público.

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6 fotos antigas da arquitetura eclética no Recife

Inspirados pelo último encontro do grupo Caminhadas Domingueiras, que é conduzido por Francisco Cunha, a coluna Pernambuco Antigamente traz hoje uma série de fotos com prédios que são ícones da arquitetura no estilo eclético do Recife. O passeio do último domingo (19) passou pela Associação Comercial de Pernambuco, o prédio do Diário de Pernambuco,  Faculdade de Direito do Recife, Palácio do Governo e Palácio da Justiça. Confira imagens históricas dessas edificações do banco de imagens da Fundação Joaquim Nabuco, da Villa Digital. Clique nas imagens para ampliar. Faculdade de Direito do Recife (Acervo Josebias Bandeira) . Palácio da Justiça (Acervo Josebias Bandeira) . Diario de Pernambuco, em 1903 (Acervo Josebias Bandeira) . Palácio do Governo ou Palácio do Campo das Princesas (Acervo Josebias Bandeira)   Associação Comercial de Pernambuco, na foto, do lado direito do Monumento do Barão de Rio Branco (Acervo Josebias Bandeira) . A Ponte Maurício de Nassau (foto de 1900) também é um exemplo do estilo eclético no Recife (Acervo Josebias Bandeira)

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MAMAM recebe novo espetáculo do Grupo Magiluth

Celebrando toda a potência de criação, transformação, provocação e mobilização social que um museu pode e deve ousar alcançar para muito além de suas paredes, portões, acervos e exposições, o MAMAM (Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães) está inaugurando uma nova estratégia de atração de público neste combativo mês de maio. Pela primeira vez, o equipamento, mantido pela Prefeitura do Recife, será palco para um espetáculo teatral. A estreia, hoje (22), será em dobro: além de inaugurar-se cenário, o museu receberá o aclamado grupo recifense Magiluth, que apresentará pela primeira vez na cidade o espetáculo "Apenas o Fim do Mundo". Celebrando 15 anos de palcos, o grupo desce deles para montar dentro das instalações do MAMAM o drama do autor francês Jean-Luc Lagarce, em que um homem retorna para a casa da família, décadas depois de sua partida, com a notícia de que sua morte está próxima. “O reencontro se dá em um domingo, ou ainda, ao longo de quase um ano inteiro”, descreve a sinopse escrita pelo grupo. A peça, com direção de Giovana Soar e Luiz Fernando Marques, será encenada nos dois andares superiores do museu, convidando o público a se deslocar enredo adentro para experimentar desconfortos e agonias dos personagens. O elenco que conduz o público pelas cenas, emoções, ditos e não ditos é formado por: Bruno Parmera, Erivaldo Oliveira, Giordano Castro, Mário Sergio Cabral e Pedro Wagner. Décimo trabalho do grupo, “Apenas o Fim do Mundo” fica em cartaz de 22 a 26 de maio e de 29 de maio a 2 de junho, sempre às 20h. A cada sessão, o MAMAM comportará 50 pessoas. “O museu vem há algum tempo iniciando esse diálogo com outras linguagens artísticas, mas nunca havíamos recebido apresentações dessa forma”, celebra a diretora, Mabel Medeiros. “Para reafirmar nossos objetivos, valores e missões, estamos comprometidos em nos tornar mais democráticos e provocar diálogos, diminuindo as fronteiras entre as artes visuais e as demais linguagens da arte, ratificando o perfil contemporâneo do museu, estimulando diálogos entre o estabelecido e o experimental, entre a arte moderna e a contemporânea.” A transformação em curso no museu é também - e talvez até principalmente - de gênero, destaca Mabel. “É urgente a importância de darmos voz às mulheres e tornarmos visíveis as discussões sobre as questões de gênero e questões raciais no país. O MAMAM, enquanto instituição pública, precisa possibilitar a democratização e fomentar esses debates tão necessários.” Girl’s power - Levando-se em consideração os funcionários do administrativo, do educativo, acervo e biblioteca, o MAMAM tem hoje 77% de sua equipe formada por mulheres. Além disso, para reparar um erro histórico e assegurar voz a quem precisou se calar por muito tempo, o museu está priorizando e celebrando a intensa produção artística feminina na cidade. Atualmente, está em cartaz no museu a terceira exposição consecutiva assinada por uma mulher: “O tempo é implacável”, da mineira Juliana Gontijo. Com curadoria de Wagner Nardy, a exposição tem nos rios pernambucanos a sua nascente. Em sua estreia na cidade, a artista relata suas impressões e reflexões sobre o sujeito que se percebe em trânsito pelo território, motivadas pelo poema O Rio, de João Cabral de Melo Neto. “O tempo é implacável” fica em cartaz no MAMAM, até o dia 16 de junho, com visitação gratuita. O público pode conferir o trabalho de Juliana de terça a sexta, das 12h às 18h, e nos sábados e domingos, das 13h às 17h. O MAMAM fica na Rua da Aurora, 265, Boa Vista. A entrada é gratuita, mais informações: (81) 3355-6871 e e-mail educmamam@gmail.com . Site: https://blogmamam.wordpress.com/ Sobre o espetáculo APENAS O FIM DO MUNDO Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) À venda no Sympla (https://www.sympla.com.br/magiluth)

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João e Maria (Por Joca Souza Leão)

Nas artes – na literatura, então, nem se fala – nada é bom porque é original ou inédito. Nem ruim porque houve uma versão anterior, como uma história que alguém, ou muitos até, já contaram. História de cavaleiro andante, na Espanha do século XVII, não tinha nada de original. Original – e genial – era Cervantes. Original – e genial – era Shakespeare. Não a saga dos Montecchio e Capuleto. Esta, os italianos já contavam. Alguns séculos antes. Pelo preâmbulo, até parece que não reconheço e louvo a originalidade. Mas não é nada disso. Reconheço e louvo, sim. Mas não só. Também – e sobretudo – reconheço e louvo os méritos do artista. Como constrói e desenvolve a narrativa. A obra, pois, é que é importante. É o que se há de julgar. Não o tema, mas a abordagem. Não o argumento, mas o texto. Essas questões me ocorreram lendo Contos da era das canções, livro de Aluízio Falcão, em que ele conta a história de João e Maria, valsinha de Sivuca com letra de Chico Buarque. Em 1947, ainda morando aqui, no Recife, Sivuca compôs uma melodia e a deu para o pernambucano Rui de Moraes e Silva (autor de Casaca de Couro, gravada por Jackson do Pandeiro) botar a letra. Rui deu tratos à bola, o título Amanhecendo, e a passou para a cantora Nadja Maria gravar. Nadja gravou, mas o disco não teve a menor repercussão. Trinta anos depois, já famoso e morando no Rio, Sivuca encontra Chico Buarque num show. “Rapaz, se gostar dessa valsinha, bote a letra.” E entrega a Chico uma fita (cassete, que era a tecnologia da época). No ano seguinte, arrumando as gavetas, Chico acha uma fita. Bota pra tocar. Quando ouve o solo da sanfona, pinta a ideia: um menino e uma menina brincando de cowboy. “Agora eu era herói / E o meu cavalo só falava inglês”. Nara Leão e o próprio Chico gravam. E o sucesso é retumbante. Após um show aqui, no Santa Isabel, Chico recebe a visita de uma senhora no camarim, que bota um pequeno gravador pra tocar. Amanhecendo, gravada por ela. “Reconhece esta melodia?” Encabulado, Chico diz que a recebera de Sivuca. “Ele não me disse que já tinha sido gravada.” Passado um tempo, Chico encontra Sivuca, narra o acontecido e diz brincando: “Pô, Sivuca, sacanagem! Você me deu uma música usada.” Na Grécia Antiga, o que valia era a excelência. Não a originalidade. Diferentes autores, em diferentes épocas (ou na mesma), escreviam sobre os mesmos temas, mitos e personagens. Medeia teve várias versões, escritas antes e depois da de Eurípedes. Mas foi a de Eurípedes que ficou. E que inspira dramaturgos até hoje. Assim, a valsinha de Sivuca também ganhou uma nova versão, uma nova letra. Genial. E foi a que ficou. Agora eu era o rei Era o bedel e era também juiz E pela minha lei A gente era obrigado a ser feliz   Por Joca Souza Leão

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Derlon expõe na Amparo 60

O artista pernambucano, radicado há sete anos em São Paulo, volta ao Recife para apresentar a exposição A beleza do tempo Na quinta-feira, dia 30 de maio, a partir das 19h, o artista Derlon inaugura a exposição individual A beleza do tempo, na Galeria Amparo 60. Serão obras, algumas grandes e outras menores, que fazem parte de uma pesquisa realizada há anos por ele sobre as fotopinturas. Em 2018, Derlon lançou um livro sobre uma residência que fez no interior do Ceará na Amparo 60, estreitando os laços com a galerista Lúcia Costa Santos que, agora, o convidou para essa exposição que faz parte do calendário de comemorações dos 20 anos de galeria. Segundo o artista, há mais de oito anos ele vem desenvolvendo uma pesquisa sobre fotopinturas, uma técnica bastante utilizada no passado, mas praticamente extinta hoje. “Eu nasci no Recife, tenho essa vertente saudosista, trabalho muito com a memória. É algo que toca muito em mim, com a qual me identifico. Por isso fui tocado por essas fotopinturas”, explica. Nas obras que serão expostas, Derlon parte de fotopinturas para desenvolver seus trabalhos. O primeiro contato do público com a mostra será o mural que o artista vai pintar no corredor da sobreloja do edifício Califórnia que dá acesso à Galeria Amparo 60, uma proposta em total diálogo com a trajetória de Derlon, desde sempre ligada à imagem gráfica. O início de sua carreira foi marcado pelas intervenções urbanas no Recife onde se dedicou, principalmente, à pintura muralista, já aliando o grafite às referências da cultura nordestina, da xilogravura. Dentro da galeria, Derlon vai montar uma grande composição com obras de dimensão menores, colocando em diálogo fotopinturas e suas releituras delas. “Faço um jogo de imagens que desejam representar essa beleza, essa beleza do passado que não volta mais”, explica, destacando que optou pelo uso quase que exclusivo do preto e do branco nas pequenas obras que produziu para manter o tom saudosista e investir nos contrastes. Na sala principal, a aposta de Derlon é em obras de maiores dimensões que formam conjuntos específicos, todos também em diálogo com as fotopinturas. Numa das obras, o artista faz referência a tradição nas casas de interior de dispor as fotopinturas de entes da família ao lado de imagens religiosas e de santos. “Em uma delas, faço uma alusão a essa questão religiosa e utilizo a folha de ouro para alguns detalhes. Em outra obra, adicionei um botão”, diz o artista, comentando que nos trabalhos exercitou outras técnicas. Nas obras em exposição, o artista trabalhou com acrílica sobre MDF e compensado, utilizando spray, estêncil e pincel. “Trabalhar numa parede é bem diferente de trabalhar numa tela. Venho maturando a minha obra, porém sem perder minhas referências, mas experimentando novas possibilidades”, conta, destacando que essa exposição marca uma fase muito produtiva de sua carreira. SERVIÇO A beleza do tempo – Derlon Abertura 30 de maio, a partir das 19h Visitação de 1 a 28 de junho de 2019. Segunda a sexta, das 10h às 19h. Sábados mediante agendamento prévio. Galeria Amparo 60 Califórnia Rua Artur Muniz, 82. Primeiro andar, salas 13/14 Boa Viagem, Recife – PE +55 81 3033.6060

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Cais do Sertão realiza Odisseia sertaneja na primeira edição de 2019 do projeto Uma Noite no Museu

A Secretaria de Turismo e Lazer do Estado de Pernambuco, por meio do Centro Cultural Cais do Sertão, realiza, nesta hoje (21), mais uma edição do projeto Uma Noite no Museu, que já recebeu, ao longo dos anos, inúmeras escolas da Região Metropolitana. Na edição deste mês, o primeiro encontro será dedicado à produção de trabalhos e aprofundamento da cultura local sob a ótica da Odisseia Sertaneja. As atividades começam às 17h, com a presença dos alunos da Erem Maria Vieira Muliterno, de Abreu e Lima, responsáveis por desenvolver material acerca do tema “criar”. O projeto sempre acontece na última terça-feira de cada mês. A entrada é gratuita e o centro cultural ficará disponível para visitação até as 20h. Promovendo a participação de oito escolas, a iniciativa do museu em parceria com a Secretaria Estadual de Educação de Pernambuco abraça, neste primeiro encontro, a força e a sensibilidade criadora do sertanejo em sua produção cultural. Durante a execução da Odisseia Sertaneja, os estudantes poderão expressar, por meio de performances, pintura e de monólogo sobre a arte sacra, as diversas possibilidades de criação do nordestino. Ao final das apresentações, os trabalhos serão avaliados por equipe do Cais do Sertão. “O projeto Uma Noite no Museu permite explorar o potencial artístico dos estudantes da Região Metropolitana do Recife. Este projeto do Cais é muito especial, por buscar, sobretudo, a valorização de nossa cultura e a integração dos alunos com nossas tradições e valores”, destaca o secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes. Às próximas edições do Uma Noite no Museu terão como tema: a arte das rendeiras, a esperança do sertanejo e a devoção à Virgem Maria. Obras como “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto; “O auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna; “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa, e “Os Sertões”, de Euclides da Cunha serão reverenciadas ao longo do ano pelos estudantes. O projeto Uma Noite no Museu tem entrada gratuita. Para assistir as apresentações, o público deve chegar ao Cais antes das 17h, horário de fechamento do centro. As performances dos estudantes começam em seguida. SERVIÇO: Uma Noite no Museu - Odisseia Sertaneja, com alunos da Erem Maria Vieira Muliterno. Terça (21), a partir das 17h, no Cais do Sertão (Av. Alfredo Lisboa, s/n, Recife Antigo. F.: 3182-8266)

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