Arquivos Cultura E História - Página 8 De 374 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Rinaldo Silva celebra 50 anos de arte com exposição inédita no Recife Antigo

“DE TANTO OLHAR VI” abre temporada na Arte Plural Galeria com obras que exploram o tempo, a memória e a identidade cultural pernambucana Após um intervalo de seis anos sem exposições individuais, o artista plástico Rinaldo Silva volta à cena com a mostra “DE TANTO OLHAR VI”, que inaugura hoje (6 de maio) para convidados, na Arte Plural Galeria (APG), no Recife Antigo. Com entrada gratuita para o público a partir do dia 7, a exposição reúne cerca de 20 obras inéditas entre telas, desenhos e cerâmicas, resultado de cinco décadas de trajetória e reflexão sobre o olhar como instrumento de aprisionamento e libertação no tempo. A proposta da exposição é provocar uma imersão sensível no conceito de memória e permanência, a partir de composições que conectam passado e presente. Algumas pinturas datadas de 1986 — como “PAPA RISO” e “BERRO RI” — serão reapresentadas ao público em diálogo com releituras contemporâneas. “Vivenciamos um excesso de olhar e isso, sem dúvida, nos aprisiona no tempo. Esse olhar nos finca em um momento, coloca o nosso simbólico nessa visão que levamos para o futuro”, afirma Rinaldo, que pretende, com a mostra, oferecer “uma nova oportunidade de salvaguardarmos novas memórias”. As raízes culturais do Agreste e do Sertão pernambucano, além das experiências do artista como geógrafo e seu contato com arqueólogos em registros de pinturas rupestres, inspiram parte da curadoria. Entre os destaques estão obras em cerâmica/terracota baseadas no mito de Ícaro e a série “EUTUDOAGORA”, que ocupa a sala principal da galeria com pinturas que se desdobram em múltiplas leituras do tempo presente. “Vou buscar inspiração também na arte popular, nas nossas raízes culturais”, explica o artista. Com passagens por exposições na Europa e nas Américas, e reconhecido desde os 19 anos como um dos artistas mais promissores de Pernambuco, Rinaldo Silva reitera em “DE TANTO OLHAR VI” o seu compromisso com a arte como ferramenta de reflexão social, poética e histórica. A mostra também reforça o papel da APG, em atividade desde 2005, como um dos principais polos de difusão cultural de Pernambuco. Serviço🎨 Exposição “DE TANTO OLHAR VI” – Rinaldo Silva📍 Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140 – Recife Antigo)🗓️ Abertura para convidados: 06/05, às 18h👀 Visitação pública: a partir de 07/05/2025🕘 Horários: seg. a sex., das 9h às 18h; sáb., das 14h às 18h🎟️ Entrada gratuita📲 Instagram: @arte_plural_galeria

Rinaldo Silva celebra 50 anos de arte com exposição inédita no Recife Antigo Read More »

Samuel Santos foto. Awon Irugbin significa sementes na lingua africana yoruba falada principalmente na Nigeria

Espetáculo “Àwọn Irúgbin” valoriza juventude negra e indígena em temporada no Recife

Peça marca estreia da Ocupação Espaço O Poste em 2025 e convida o público a refletir sobre identidade, ancestralidade e escrevivências. Foto: Samuel Santos Estreando a programação 2025 da Ocupação Espaço O Poste, o espetáculo teatral “Àwọn Irúgbin” — que significa “sementes”, em iorubá — ocupa o centro do Recife com sessões às sextas e sábados, até o dia 31 de maio. Encenada por jovens do núcleo de pesquisa “O Postinho”, a peça é fruto de uma residência artística de dois anos e apresenta dramaturgias próprias, criadas a partir de memórias e vivências afroindígenas. As apresentações ocorrem sempre às 19h, no Espaço O Poste (Boa Vista), com ingressos a R$ 15 (meia) e R$ 30 (inteira), disponíveis online. Com direção geral de Samuel Santos e elenco formado por Cecília Chá, Larissa Lira, Sthe Vieira e Thallis Ítalo, a obra acompanha a trajetória de personagens que enfrentam silenciamentos históricos e, ao se reconectarem com suas raízes, encontram voz e pertencimento. Entre eles, estão uma jovem negra que descobre sua força ancestral por meio de uma Iriti (esperança), uma indígena em processo de retomada e um jovem em busca de compreender a cor de sua pele. Todas essas histórias são atravessadas por elementos simbólicos, como águas, encantados, orixás e a força das mais velhas. “O espetáculo reúne cenas que interpretam personagens e vivências da negritude em diversos contextos, tocando em pontos como as noites dos bailes charmes, transformação social, identidade racial e visibilidade da mulher negra, com a operação de som e de luz ao vivo, realizada pelo próprio elenco”, afirma Samuel. A proposta pedagógica e estética é fortalecer a formação de jovens da periferia por meio da linguagem teatral e do conceito de corpo ancestral dentro da cena contemporânea, desenvolvido pelo grupo O Poste Soluções Luminosas desde 2004. “Àwọn Irúgbin” também se destaca por sua relação com as teorias da escrevivência (Conceição Evaristo), tempo espiralar e encruzilhada (Leda Maria Martins), e pela valorização da imagem como elemento de identidade, como propõe a historiadora Beatriz Nascimento. As cenas são construídas como “in-corpo-ações” que resgatam a fusão entre passado, presente e futuro, em uma dramaturgia potente e politicamente situada. A temporada tem incentivo do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023 e integra a programação contínua da Escola O Poste de Antropologia Teatral. Além da montagem, o projeto também oferece oficinas com foco em práticas como capoeira, danças afrodiaspóricas, voz criativa, dramaturgia e figurino de retomada. Trata-se de uma iniciativa que investe não apenas em arte, mas na formação cidadã e no fortalecimento das culturas negras e indígenas. Serviço🎭 Espetáculo teatral “Àwọn Irúgbin”📍 Espaço O Poste – Rua do Riachuelo, nº 641, Boa Vista, Recife📅 Datas: 09 e 10 | 16 e 17 | 23 e 24 | 30 e 31 de maio🕖 Sempre às 19h🎟️ Ingressos: R$ 15 (meia) e R$ 30 (inteira)🔗 bit.ly/4k6xGbO📲 Instagram: @oposteoficial

Espetáculo “Àwọn Irúgbin” valoriza juventude negra e indígena em temporada no Recife Read More »

ARVORE FOTOS PRISCILA PRADE

Alessandra Negrini apresenta solo inédito no Recife: “A Árvore” chega ao Teatro do Parque

Com dramaturgia de Silvia Gomez e direção de Ester Laccava, espetáculo aborda transformação e conexão com a natureza por meio de uma experiência sensorial e poética. Foto: Priscila Prade A atriz Alessandra Negrini sobe ao palco do Teatro do Parque, no Recife, nos dias 16 e 17 de maio, às 20h, com o monólogo “A Árvore”, primeira peça solo de sua carreira. Com texto da premiada dramaturga Silvia Gomez, a montagem explora o processo de transformação de uma mulher a partir do vínculo simbiótico com uma pequena planta, desencadeando reflexões sobre corpo, identidade e pertencimento ao mundo natural. O espetáculo teve uma trajetória internacional e multimídia: estreou online durante a pandemia, virou longa-metragem distribuído pela O2 Filmes, passou por festivais na Colômbia, Bolívia e Portugal, e teve seu texto publicado pela Editora Cobogó. Agora, retorna aos palcos em sessões presenciais com produção de Gabriel Fontes Paiva e Alessandra Negrini, reunindo uma equipe criativa de destaque, com nomes como Mirella Brandi (luz), Camila Schimidt (cenografia) e Morris (trilha sonora). Em cena, Negrini interpreta a personagem A., que narra sua jornada íntima ao perceber que seu corpo está se transformando em algo desconhecido – possivelmente, uma árvore. Entre o delírio e a lucidez, o monólogo conduz o público por uma experiência lírica e sensorial, que questiona as fronteiras entre o humano e o vegetal, o real e o simbólico. “A Árvore é um relato. Um relato de amor. A personagem M. nos conta a sua história, a sua aventura mais íntima e nos oferece o testemunho de ver o seu corpo se transformando em algo outro. As angústias e as alegrias dessa viagem viram palavras e imagens potentes que ela mesma cria. É uma escrita performática, uma página, uma peça, uma narrativa dessa metáfora de virar algo que não é mais si mesmo. A ideia de virar uma árvore lhe parece bela e necessária e não há mais como escapar”, comenta a atriz sobre a personagem. A inspiração para a dramaturgia surgiu de uma cena cotidiana vivida por Silvia Gomez: um fio de cabelo preso a uma planta. O episódio desencadeou o texto que, influenciado também pela obra “A Revolução das Plantas”, do biólogo Stefano Mancuso, propõe novas formas de imaginar o futuro coletivo a partir de uma escuta mais atenta à natureza. “As personagens que escrevo são essas que, de repente, olham para a realidade, mas não cabem mais nela, adentrando então um espaço de delírio que, para mim, é na verdade, extrema lucidez. Um exercício de tentar elaborar o tremendo real por outra camada, reconhecendo nele as fissuras que nos permitem formular novas perguntas”, afirma a autora. ServiçoEspetáculo: A Árvore, de Silvia GomezCom: Alessandra NegriniLocal: Teatro do Parque – Rua do Hospício, 81, Boa Vista, RecifeDatas: 16 (sexta) e 17 (sábado) de maio de 2025Horário: 20hIngressos: de R$25 a R$100Classificação: 14 anosDuração: 70 minutosAcessibilidade: espaço acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

Alessandra Negrini apresenta solo inédito no Recife: “A Árvore” chega ao Teatro do Parque Read More »

Foto montagem Dercy Easy

Grace Gianoukas encarna Dercy Gonçalves em espetáculo premiado no Teatro de Santa Isabel

Monólogo “Nasci pra ser Dercy” homenageia ícone da comédia brasileira com apresentações nos dias 10 e 11 de maio, em Recife A irreverência, a coragem e a genialidade de Dercy Gonçalves ganham nova vida no palco com o monólogo Nasci pra ser Dercy, estrelado por Grace Gianoukas. Sucesso de crítica e público, o espetáculo chega ao Teatro de Santa Isabel nos dias 10 e 11 de maio, celebrando a trajetória de uma das maiores comediantes da história do Brasil. A peça já foi assistida por mais de 40 mil pessoas em sua turnê nacional e tem direção e texto assinados por Kiko Rieser. Premiada em 2024 com os troféus APCA, SHELL e I Love PRIO pela atuação na montagem, Grace Gianoukas interpreta Vera, atriz que, ao fazer um teste para viver Dercy em um filme, contesta os clichês do roteiro e mergulha na história da artista. Com participação especial em voz off de Miguel Falabella, o espetáculo revela facetas pouco conhecidas da comediante que revolucionou a comédia brasileira e o teatro popular, rompendo tabus com ousadia e autenticidade. “Evitem ficar tirando a roupa em qualquer trabalho. Enquanto vocês são jovens, muitas vezes a nudez é só exploração da imagem feminina, é só chamariz, não tem nada de arte. Deixem pra ficar nuas quando tiverem a minha idade. Uma velha nua é uma transgressão, traz questionamento, e isso é arte”, relembra Grace, citando um conselho recebido da própria Dercy ainda nos anos 1980. A atriz destaca a importância da força e da inteligência da homenageada, que transformou sua dor pessoal em humor e empoderamento feminino, superando o moralismo e o machismo de sua época. Para Kiko Rieser, o espetáculo é um tributo necessário à memória cultural do país: “Nasci pra ser Dercy” é uma homenagem, mas também um resgate histórico e um alerta para que a memória da cultura brasileira não se perca, para que saibamos sempre quem são as pessoas que vieram antes de nós e, assim como nossas avós, pavimentaram o caminho para que hoje sejamos quem somos..” O diretor também critica a visão reducionista que associava Dercy apenas à irreverência, ressaltando sua consciência de classe, método e contribuição singular à dramaturgia nacional. SERVIÇONasci pra ser Dercy📍 Local: Teatro de Santa Isabel – Recife (PE)📅 Datas: 10 de maio, às 20h | 11 de maio, às 19h🎟️ Ingressos:

Grace Gianoukas encarna Dercy Gonçalves em espetáculo premiado no Teatro de Santa Isabel Read More »

teatro grimm

Clássico dos Irmãos Grimm ganha adaptação premiada no palco da CAIXA Cultural Recife

Espetáculo infantil “João o Alfaiate – Um Herói Inusitado” mistura mímica, mágica e humor em releitura moderna com sessões em maio Nos dias 10, 11, 17 e 18 de maio, a CAIXA Cultural Recife recebe o espetáculo “João o Alfaiate – Um Herói Inusitado”, uma montagem inédita em Pernambuco que adapta o clássico conto dos irmãos Grimm com uma linguagem inovadora e acessível a todas as idades. A peça acumula cinco prêmios nacionais e reúne elementos de mímica, ilusionismo, teatro físico e humor em um formato dinâmico e cativante. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), com vendas a partir de 5 de maio pelo Sympla. Com direção de Alvaro Assad, que também integra o elenco ao lado de Marcio Moura e Regina de Oliveira, o espetáculo leva ao palco a história de um alfaiate convocado pelo rei para cumprir tarefas difíceis – e que, com criatividade, resolve tudo de forma inusitada. A trama resgata a tradição oral dos contos populares e a reinventa com recursos contemporâneos, fazendo do palco um espaço de invenção onde o gesto, a palavra e a magia se encontram. A encenação da companhia carioca Etc e Tal, reconhecida por seu trabalho autoral em teatro físico, traz ao Recife um universo lúdico composto por cenas cômicas, truques visuais, pantomimas e engenhocas teatrais. Os figurinos de Flavio Souza, a trilha original de Joaquim de Paula e a cenografia assinada por Raquel Theo e Tarcísio Zanon criam um cenário onírico que atualiza o conto para os dias de hoje sem perder a essência encantadora dos contos de fadas. Além das apresentações, o grupo oferece no dia 16 de maio a oficina “A Mímica na Dança”, voltada a artistas cênicos que desejem explorar a fusão entre gesto e movimento. Ministrada por Márcio Moura, a atividade será gratuita e terá inscrições pelo site da CAIXA Cultural Recife. “João o Alfaiate – Um Herói Inusitado” integra a programação dos 45 anos da CAIXA Cultural no Brasil e dos 13 anos da unidade Recife, que convida o público a “culturar”, ou seja, viver a cultura em movimento. Com 30 anos de estrada, o grupo Etc e Tal reafirma seu compromisso com um teatro autoral e visualmente marcante, mantendo um repertório voltado à infância com sensibilidade estética e criatividade cênica. A montagem homenageia os Grimm como os primeiros a registrar por escrito narrativas populares europeias que hoje seguem vivas em novas formas e interpretações. ServiçoEspetáculo infantil “João o Alfaiate – Um Herói Inusitado”📍 CAIXA Cultural Recife – Av. Alfredo Lisboa, 505 – Bairro do Recife📅 Dias 10, 11, 17 e 18 de maio de 2025🕒 Sábados: 15h e 17h | Domingos: 11h🎟 R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) – vendas a partir de 5/5/2025, às 12h, via Sympla📞 Informações: (81) 3425-1915 | Site CAIXA Cultural | Instagram: @caixaculturalrecife👤 Classificação livre | ⏱ Duração: 50 minutos | ♿ Acesso para pessoas com deficiência🎭 Oficina gratuita “A Mímica na Dança” – 16/05, das 15h às 17h (inscrições no site)

Clássico dos Irmãos Grimm ganha adaptação premiada no palco da CAIXA Cultural Recife Read More »

ISAAR Fotos Rogerio Alves

Isaar estreia “Tamboa” com apresentação gratuita no Recife

Espetáculo solo com direção de Mônica Lira destaca a força feminina negra e a musicalidade ancestral em performance no Teatro Hermilo Borba Filho. Foto: Rogério Alves A cantora, compositora e instrumentista Isaar estreia no dia 7 de maio (quarta-feira), às 20h, no Teatro Hermilo Borba Filho, seu novo espetáculo solo, Tamboa, com entrada gratuita. Com ingressos esgotados no primeiro lote online, a artista convida o público a garantir os bilhetes remanescentes uma hora antes do início da apresentação, diretamente na bilheteria. A performance é resultado de um intercâmbio artístico com mulheres negras de Pernambuco, Maranhão e Minas Gerais, em um processo que uniu música, dança, ancestralidade e espiritualidade em torno do tambor. No palco, Isaar estará sozinha, mas cercada simbolicamente por uma ampla rede de vozes femininas que inspiraram a criação da persona “Tamboa”, um neologismo criado pela artista para expressar a potência do tambor na vivência do feminino negro. “Ouvindo mulheres negras de diferentes cidades, encontramos histórias de sabedoria, fé, resiliência, resistência, paixão. Então inventei que ‘Tamboa’ somos todas nós juntas”, afirma a artista recifense, uma das mais reconhecidas da cena musical brasileira. O espetáculo reúne composições autorais de Isaar, músicas criadas a partir da pesquisa realizada nos três estados e canções de domínio público. Com direção cênica de Mônica Lira, do Grupo Experimental, e direção musical de Sofia Freire, a apresentação é um mergulho sensorial em ritmos afro-brasileiros como o maracatu, as caixeiras do divino e as congadas, misturando percussão, canto, movimento e narrativa. “Estarei sozinha no palco cantando, tocando, dançando, contando histórias das histórias que ouvi durante minhas viagens”, revela Isaar. A montagem é resultado de uma imersão coletiva realizada com mulheres como Elisa de Sena (MG), Carla Coreira (MA), Aishá Lourenço e Neta Silva (PE), além de figuras tradicionais da cultura popular como Mestra Roxa, Mãe Kabeca da Casa Fanti Ashanti, Mestra Nadir, do Boi Floresta, e rainhas das Guardas dos Arturos e 13 de Maio, em Minas Gerais. A experiência reverberou em um espetáculo que, embora solo, carrega a força de um corpo coletivo no qual se entrelaçam histórias, afetos e ritmos. “O tambor nos une no maracatu, nas caixeiras do divino e nas congadas”, resume Isaar. Com apoio do programa Rumos Itaú Cultural 2023-2024, Tamboa também se destaca por sua ficha técnica inteiramente composta por mulheres, incluindo a produção da jornalista, antropóloga e artista Chris Galdino. A proposta é não apenas apresentar uma performance musical, mas também celebrar a presença e o protagonismo feminino negro na cultura brasileira, ampliando vozes historicamente silenciadas e conectando diferentes territórios e tradições. ServiçoTamboa, com Isaar📍 Teatro Hermilo Borba Filho – Av. Cais do Apolo, Bairro do Recife📅 7 de maio (quarta-feira), às 20h🎟 Entrada gratuita – distribuição de ingressos uma hora antes na bilheteria (lote online esgotado)📸 Fotos em alta🔞 Classificação indicativa: livre

Isaar estreia “Tamboa” com apresentação gratuita no Recife Read More »

Recife Marco Zero

Olha!Recife ressalta importância holandesa para o Recife

O passeio do domingo (04) trata da forte influência dos holandeses na formação da cidade e, na quarta (07), o destaque será para as obras de Abelardo da Hora  (Da Prefeitura do Recife) Inscrições abertas e gratuitas para quem quiser conhecer melhor o Recife e suas influências através do programa Olha! Recife seja a pé, pedalando, de ônibus ou de catamarã. A importância holandesa será o tema do primeiro passeio do domingo de maio (04) promovido pela Prefeitura do Recife por meio da Secretaria de Turismo e Lazer. Já na quarta (07), O Olha! Recife a pé fará o Circuito Abelardo da Hora.   No primeiro sábado de maio (03), às 09h, o Olha!Recife de Catamarã: Recife e Suas Pontes levará os inscritos para conhecer o Recife através dos rios que cortam a cidade. Durante o passeio é possível vislumbrar o Marco Zero, o Parque de Esculturas Francisco Brennand, além da belíssima rua da Aurora e é claro as pontes históricas da cidade. Na parte da tarde, às 14h, com saída da Praça do Arsenal, Olha!Recife de ônibus fará o  Circuito dos Santuários. O roteiro visita importantes espaços de fé e tradição religiosa no Recife, como o Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora de Fátima, o Santuário Mãe Rainha e o Santuário do Morro da Conceição. No domingo (04), às 09h, o passeio a pé Olha!Recife: Ruas e Personalidades propõe um olhar sobre a história de figuras que dão nome a importantes vias da cidade. O roteiro passa pelas ruas Marquês de Olinda, Vigário Tenório, Dantas Barreto, Duque de Caxias e Conde da Boa Vista. Para quem preferir um passeio de bike, também no domingo (04), às 09h, terá Olha!Recife Pedalando: Recife Holandês. Saindo da Praça do Arsenal, o passeio de bike explora a herança deixada pelos holandeses no Recife, passando pelo Forte do Brum, Ponte Maurício de Nassau, Praça da República onde fica o busto de Maurício de Nassau e Pátio do Carmo, antigo Palácio da Boa Vista. Na quarta-feira (07), às 14h, o Olha!Recife a pé apresenta o Circuito Abelardo da Hora. Com saída da Praça do Arsenal, o passeio percorre monumentos e obras do escultor espalhadas pela cidade, como as da Praça da República, Praça Joaquim Nabuco, Parque 13 de Maio e Avenida Agamenon Magalhães. Na sexta (09) haverá o Recife Walking Tour, às 09h30, nosso roteiro fixo para turistas e recifenses conhecerem o Centro do recife e os principais pontos turísticos e históricos do  Recife Antigo, com saída da Praça do Arsenal, levando os turistas para conhecer a rua do Bom Jesus, o Museu a céu aberto, a avenida Rio Branco, as pontes do Recife, além dos Museus do Pátio de São Pedro e outros pontos turísticos importantes da nossa cidade.  RESUMO: Olha!Recife de Catamarã: Recife e Suas Pontes. 03/05 saída às 09:00 Catamarã Tours Inscrições 01/05 a partir das 09h no www.olharecife.com.br Olha!Recife de Ônibus: Circuito dos Santuários. 03/05 saída às 14:00 Praça do Arsenal  Inscrições 01/05 a partir das 09h no www.olharecife.com.br Olha!Recife a Pé: Ruas e Personalidades. 04/05 saída às 09:00 Praça do Arsenal  Inscrições 01/05 a partir das 09h no www.olharecife.com.br Olha!Recife Pedalando: Recife Holandês. 04/05 saída às 09:00 Praça do Arsenal Inscrições 01/05 a partir das 09h no www.olharecife.com.br Olha!Recife a Pé - Circuito Abelardo da Hora. 07/05 saída às 14:00 Praça do Arsenal Inscrições 01/05 a partir das 09h no www.olharecife.com.br Recife Walking Tour. 09/05 saída às 09:30 Praça do Arsenal Inscrições 01/05 a partir das 09h no www.olharecife.com.br

Olha!Recife ressalta importância holandesa para o Recife Read More »

Lojinha Cartaz impresso em Risografia

Festival celebra 50 anos de Paêbirú com shows, cinema e arte no Teatro do Parque

Evento reúne Ave Sangria, Anjo Gabriel e Kátia Mesel para homenagear o disco icônico de Lula Côrtes e Zé Ramalho no dia 8 de maio, no Recife O emblemático álbum Paêbirú – Caminho da Montanha do Sol, lançado em 1975 por Lula Côrtes e Zé Ramalho, ganha uma celebração especial em seus 50 anos com o Festival Lula Côrtes, no Teatro do Parque, no dia 8 de maio, a partir das 19h. O evento reúne música, cinema, memória e estética artesanal, com shows das bandas pernambucanas Ave Sangria e Anjo Gabriel, além da exibição de imagens inéditas da cineasta Kátia Mesel. Os ingressos variam entre R$ 99 e R$ 198, com entrada social mediante doação de 1kg de alimento para a Cozinha Solidária do MTST-PE. A noite terá um formato inédito de cine-concerto, em que o disco será interpretado ao vivo e registrado em fita analógica, com o objetivo de lançar futuramente um vinil comemorativo. A apresentação contará com a discotecagem do DJ Pré e será comandada pelo comunicador Roger de Renor. “A proposta do festival é proporcionar uma imersão e uma sensação inspiradas no universo simbólico do disco e na trajetória contracultural de Lula Côrtes...”, afirma Nemo Côrtes, filho do artista e coordenador da Rede Lula Córtex, que há dez anos realiza ações de preservação e difusão do legado psicodélico do artista recifense. Além da música e do audiovisual, o festival também aposta na valorização do fazer artesanal. Toda a identidade visual foi criada manualmente pela artista Luiza Morgado e impressa em risografia. Uma lojinha com cartazes, gravuras e camisas limitadas está disponível para compra online, com renda destinada à preservação do acervo de Lula Côrtes. Serviço – Festival Lula Côrtes: 50 anos do disco “Paêbirú - Caminho da Montanha do Sol”📍 Local: Teatro do Parque – Rua do Hospício, 81, Boa Vista, Recife/PE📅 Data: 08 de maio de 2025 (quinta-feira)🕖 Horário: A partir das 18h (abertura dos portões) | 19h (início do festival)🎟️ Ingressos: De R$ 99 a R$ 198 (entrada social com 1kg de alimento)🔗 Compre aqui📲 Instagram: @redelulacortex🛍️ Loja com peças exclusivas: bit.ly/3RzaNBA

Festival celebra 50 anos de Paêbirú com shows, cinema e arte no Teatro do Parque Read More »

oficina audiovisual

Videopoesia no Sertão do Pajeú conecta tradição oral e produção audiovisual

Formação gratuita leva oficinas práticas para Carnaíba, Tabira e Triunfo, promovendo experimentação artística no interior de Pernambuco O projeto Da Poesia ao Vídeo - Ocupação Pajeú chega em maio ao Sertão do Pajeú com oficinas presenciais nas cidades de Carnaíba, Tabira e Triunfo. A iniciativa une literatura e audiovisual por meio da videopoesia, gênero artístico que transforma poemas em obras visuais. A formação conta com carga horária total de 20h/aula, sendo conduzida pela produtora e realizadora audiovisual Eva Jofilsan, e teve uma etapa teórica online em abril. Agora, os encontros práticos envolvem captação de imagens, montagem e finalização de videopoemas inspirados na cultura sertaneja. Além de formar novos talentos, a ocupação tem como missão democratizar o acesso ao audiovisual fora dos grandes centros urbanos. “A escolha de concentrar o projeto no Sertão do Pajeú era um desejo antigo, pois entendo a região como um berço da criação poética, especialmente da cultura oral no Estado. Ao mesmo tempo, o videopoema abre inúmeras possibilidades de experimentação visual e de recriação da palavra poética. Acredito que esse encontro entre a riqueza da oralidade e o audiovisual resultará em uma fusão muito frutífera de olhares e abordagens”, destaca Eva Jofilsan. A iniciativa é promovida pela Espiral Filmes, com produção da Anilina Produções e incentivo do Funcultura Audiovisual/Fundarpe/Secult/Governo de Pernambuco. Com passagens anteriores por Olinda, Recife, Garanhuns, Arcoverde, entre outros municípios, o projeto tem contribuído para descentralizar a formação técnica e estimular o surgimento de criadores e multiplicadores em diversas regiões do Estado. Serviço – Oficinas presenciais "Da Poesia ao Vídeo – Ocupação Pajeú"📍 Carnaíba: 5 e 6/5, das 8h às 12h – Escola Municipal Domingos Jacinto Ferreira, Praça Pedro Bezerra, s/n, Ibitiranga📍 Tabira: 8 e 9/5, das 14h às 18h – Centro Cultural Poeta Zé de Mariano, Rua Amâncio Siqueira, 08, Centro📍 Triunfo: 12 e 13/5, das 14h às 18h – Casa Brincante, Rua Fídeas Corte de Alencar, 22, Alto da Boa Vista🔗 Linktree do projeto📱 Instagram | 📺 YouTube 4o

Videopoesia no Sertão do Pajeú conecta tradição oral e produção audiovisual Read More »

QUINTETO

"O Quinteto Violado não tem medo d'e misturar os sons do Nordeste com a música do mundo"

Integrantes do grupo que inovou a canção nordestina, com arranjos sofisticados e fusão de ritmos, Dudu Alves e Roberto Medeiros contam como ele foi formado, a participação de Gilberto Gil na sua projeção, o sucesso nos palcos internacionais e o inusitado episódio em que tiveram que substituir Wesley Safadão num show no São João de Caruaru. Também comentam sobre o mercado musical em tempos de streamings. O jornalista e crítico musical José Teles equipara a importância do Quinteto Violado aos expoentes do movimento mangue beat, Chico Science & Nação Zumbi, por ter levado para fora de Pernambuco ritmos como caboclinho, cavalo-marinho e ciranda. Teles também ressalta que o Quinteto renovou a música carnavalesca pernambucana ao gravar frevos com uma instrumentação que incluía flauta e viola. Inovar e misturar ritmos, sem perder as raízes nordestinas, na verdade, sempre foi uma característica do grupo, a ponto de levar Gilberto Gil a definir o som da banda pernambucana como free nordestino. Em tom de brincadeira, Dudu Alves, tecladista e arranjador do grupo, afirma que o pai, Toinho Alves, fundador do Quinteto, era químico, portanto afeito a fazer misturas, e adaptou a atividade à música. Nesse ritmo descontraído e bem-humorado, Dudu e Roberto Medeiros, (percussionista) conversaram com Cláudia Santos e Rivaldo Neto sobre a trajetória do grupo que completa 54 anos em outubro, quando farão um show no Recife. Neste sábado (26/04) fazem um outro show da Casa Estação da Luz. Eles relembram episódios, como a primeira vez que Luiz Gonzaga ouviu a versão que fizeram de Asa Branca e que levou o Rei do Baião às lágrimas, e a acalorada receptividade que tiveram da plateia na antiga Iugoslávia e na Coreia. Comentam como têm se adaptado às plataformas, como Spotify, e contam um acontecimento inusitado em que Wesley Safadão não pôde participar do São João em Caruaru e eles tiveram que substitui-lo e cantar para um grande público que desconhecia a música do grupo. Como surgiu o Quinteto Violado? Dudu Alves – Em 1971, Toinho Alves, meu pai, tinha vontade de ter um grupo que tocasse músicas do Nordeste numa junção com a música instrumental. Ele era químico, então gostava de fazer essas misturas (risos).  Ele já tinha um grupo que se apresentava na TV Universitária. Marcelo Melo, que chegou da Europa, onde fazia um curso de agronomia, se juntou ao grupo. Existe a versão bonita de que o Quinteto Violado nasceu nas pedras de Nova Jerusalém, mas não foi nada disso. Como assim? Roberto Medeiros – O Quinteto nasceu nos banheiros da TV Universitária (risos), se chamava Bossa Norte e tocava num programa da emissora. O tempo era curto para ensaiar e o banheiro era o local que se tinha para passar o som, além de ter uma acústica legal. Toinho e Marcelo chamaram para integrar o grupo Fernando Filizola, um guitarrista exemplar, que tocava no Silver Jets, a banda de Reginaldo Rossi. Mas aí Toinho disse, “você vai tocar viola” e ele começou a estudar o instrumento e transformou-se num grande violeiro. Havia também Luciano Pimentel, que era baterista, um cara virtuoso, e o Sando, flautista, que era um menino, tinha 13, 14 anos. Ai, o grupo se tornou Quinteto.  E como surgiu o nome Quinteto Violado? Dudu – Antes o nome era só Quinteto. Mas após uma apresentação num festival em Nova Jerusalém, havia uns meninos brincando ali naquele momento e disseram, “oh, lá vem os violados!”, porque estávamos com violas e instrumentos de cordas e tal. Foi quando meu pai olhou para Marcelo e disse, “tá aí, batizado: Quinteto Violado”. Como o grupo ganhou projeção?  Roberto – Um dos primeiros trabalhos foi um álbum, gravado no Recife, com toda a discografia de músicas do Nordeste – maracatu, ciranda etc. O grupo pegava o som original e incluía a sua sonoridade, com viola, flauta, violão. Na época Marcos Pereira montou esse projeto, que tornou o Quinteto conhecido. Foram quatro LPs com ritmos Nordestinos. Daí, houve o interesse das grandes gravadoras, e o grupo foi ganhando projeção.  Além disso, coincidiu com a época em que Gilberto Gil, voltando do exílio, parou no Recife e, numa roda de música na casa de Hermilo Borba Filho, conheceu o grupo e ficou encantado. Quando chegou no Rio de Janeiro, a imprensa lhe perguntou o que “achou de novo no Brasil?”. Ele respondeu “o Quinteto Violado, lá no Recife”. E quando perguntavam o que o Quinteto tocava, se era baião, Carnaval, xote... Gil respondeu “Eles fazem um free nordestino”. Na época, era o auge do Free Jazz. Ou seja, a gente faz o tema, rola uns improvisos, temos a liberdade de pegar a música de fora, sem perder as raízes do Nordeste.  Dudu – O Quinteto Violado também teve uma influência do Quarteto Novo (composto por Theo de Barros, no contrabaixo e violão; Heraldo do Monte,viola e guitarra; Airton Moreira, bateria e percussão; e Hermeto Pascoal, na flauta). Era um grupo que tocava jazz mas conseguiu trazer a música popular, com os arranjos que foram montados. Além do jazz, fazemos outras misturas interessantes, como a música clássica. O Quinteto se apresenta muito com orquestras sinfônicas. Também agregamos a música nordestina a outras vertentes. Trouxemos da Galícia uma sanfona galega e a colocamos numa música nossa.  Roberto – Fomos à Síria, trouxemos tambores que usamos no show e em músicas que montamos. O Quinteto não tem medo de misturar os sons do Nordeste com a música do mundo. É verdade que Luiz Gonzaga adorou o arranjo que vocês fizeram de Asa Branca? Roberto – Foi a irmã, Chiquinha Gonzaga, que contou. Ela colocou a faixa Asa Branca do nosso disco na vitrola para ele ouvir. Quando acabou a música, ele estava aos prantos e disse “preciso conhecer esses meninos para agradecer porque, quando gravei essa música pela primeira vez, a gravadora disse que ela não ia acontecer. E a música aconteceu comigo tocando e agora com o Quinteto, que fez um arranjo belíssimo, e nunca essa música vai morrer”. Asa Branca teve milhares de gravações,

"O Quinteto Violado não tem medo d'e misturar os sons do Nordeste com a música do mundo" Read More »