Arquivos Cultura E História - Página 81 De 380 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

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Calabar, o grande desertor

*Por Leonardo Dantas Silva Durante a Guerra Holandesa (1630-1654), do lado das forças da resistência, comandadas pelo general Matias de Albuquerque, são constantes as deserções e atos de traição, como se vislumbra da leitura das Memórias Diárias, escritas pelo próprio donatário, Duarte de Albuquerque Coelho, irmão do general comandante. De todos esses fatos, o que mais causou impacto, foi o episódio da deserção do mulato Domingos Fernandes Calabar, em 20 de abril de 1632. Tal acontecimento é atribuído pelos cronistas da Guerra Brasílica como a principal causa da perda da capitania de Pernambuco para as forças de ocupação holandesas. Com a sua ajuda e orientação foram tomadas as vilas de Igarassu (1632), Rio Formoso (1633), Itamaracá (1633), Rio Grande do Norte (1633) e Nazaré do Cabo (1634). Pouco se sabe dos seus motivos em trair os portugueses, passando-se de armas e bagagem para o lado dos holandeses. Dos relatos e documentos de então informam apenas que era ele filho da negra Ângela Álvares com um português de nome desconhecido, nascido em 1609, na vila alagoana de Porto Calvo, que tomou parte ativa na guerra desde o seu primeiro momento. Fora ele ferido, em 14 de março de 1630, quando na defesa do Arraial do Bom Jesus, estando processado por alguns crimes pela justiça do Rei de Espanha. Fora ele citado no diário de um seu contemporâneo, o oficial inglês Cuthbert Pudsey, que entre 1629 e 1640 esteve a serviço da Companhia das Índias Ocidentais no Brasil. “Por esse tempo veio até nós um português chamado Domingos Fernandes [Calabar], que por haver estuprado uma mulher na região de Camaragibe, e para que depois ela não contasse quem havia feito isto, cortou-lhe a língua da boca. Vivera como renegado por cerca de dois anos entre os portugueses. Então, tendo vindo servir aos holandeses, foi feito capitão. Graças a seus conselhos e meios molestamos muitíssimo o país, sendo ele um sujeito intrépido e político, sabedor de todas as picadas e caminhos através de toda a terra, jactando-se de nada mais fazer senão dano aos portugueses. Sendo ele mesmo um mulato, isto é, com um pai português e uma mãe negra. Desta espécie achamos muitos sujeitos intrépidos. Graças aos seus conhecimentos da região e do aprendizado rápido da língua holandesa, Calabar logo cativou as autoridades militares e administrativas neerlandesas, gozando das simpatias e recebendo carinho e atenções por parte dos mais grados. Convivia ele com as figuras mais representativas de sua época e, para um mestiço do seu tempo, tal tratamento contribuiria para massagear de sobremaneira o seu ego de mulato e o animava na conquista de novos postos em sua carreira militar, na qual veio a atingir o posto de capitão com o soldo de sargento-mor. Seria este, quem sabe, talvez o principal motivo que o fez grato aos superiores holandeses, quando a sua condição de mulato, filho de pai desconhecido, o impediria de receber tais honrarias e simpatias por parte dos senhores da terra e da oficialidade portuguesa. Seu prestígio social junto aos novos aliados tornou-se patente quando do batizado do seu filho com Ana Cardosa, na igreja reformada do Recife. Segundo anotações no Livro Batismal 1633 -1654, conservado no Arquivo Municipal de Amsterdã (Gementes Archief Amsterdam), sob o nº 379/211, estiveram presentes ao batizado do menino Domingos Fernandes Filho, em 20 de setembro de 1634, o alto conselheiro Servatius Carpentier (também médico e senhor do engenho Três Paus), o coronel alemão Sigmund von Schkoppe, o coronel polonês Chrestofle d’Artischau Arciszewski e uma senhora da alta sociedade do Recife não identificada. O fato vem demonstrar a importância social de que gozava o mestiço Domingos Fernandes Calabar quando, em simples solenidade familiar, reúne um represente do alto Conselho e os dois principais chefes do Estado Maior do Brasil Holandês. Outro gesto de consideração do governo do Brasil Holandês para com a memória de Calabar, se dá quando do pedido de sua viúva em favor dos seus três filhos órfãos, em data de 13 de abril de 1636. Na ocasião, “considerando os grandes serviços feitos à Companhia pelo seu falecido esposo”, o Conselho Político concedeu uma pensão de 8 florins por mês a cada uma das crianças, segundo informa José Antônio Gonsalves de Mello in Tempo dos flamengos. Após a derrota das tropas que defendiam o Arraial do Bom Jesus, Matias de Albuquerque, que se encontrava em Nazaré do Cabo, inicia sua marcha em direção à Bahia. No caminho, ao passar pela povoação de Porto Calvo, no atual território de Alagoas, comandando um pequeno exército de 140 homens, resolve tomar aquele baluarte até então em mãos dos holandeses. Para isso contou com a colaboração de Sebastião Souto, que fez o chefe holandês, major Alexandre Picard, crer na vantagem numérica das forças da resistência. Porto Calvo vem a se render em 19 de julho de 1635. Nos termos da rendição uma das condições impostas por Matias de Albuquerque ao major holandês que comandava uma tropa de pouco mais de 360 homens, seria a entrega de Domingos Fernandes Calabar e do judeu Manuel de Castro, este último servindo aos holandeses nas funções de almoxarife da povoação. Foi Manuel de Castro de imediato condenado pelo Auditor Geral “que o mandou enforcar em um cajueiro”, ficando Calabar para o dia seguinte. Entregue Calabar às forças de Matias de Albuquerque, seu julgamento sumário e sua execução passam a ser descritos com cores fortes e detalhes minuciosos pelo frei Calado, encarregado pelo general de acompanhá-lo nos seus últimos momentos. Prisioneiro Calabar, foi ele submetido a um julgamento sumário, em 22 de julho de 1635, sendo condenado à morte por garroteamento pelo general Matias de Albuquerque na ocasião representando a pessoa do próprio rei, “pois era seu general naquela guerra”, sendo acusado o prisioneiro de “muitos males, agravos, extorsões que havia feito”. Após a sentença foi o condenado assistido pelo frei Manuel Calado que o ouviu em confissão e com ele ficou conversando, “das oito da manhã ao meio-dia”, ocasião em que relacionou os nomes dos seus credores, bem como

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Mestre Zuza Tracunhaem 50 anos

Mestre Zuza celebra 50 anos de carreira com exposição na Fenearte

Exposição “Mestre Zuza 50 anos: do artesanato figurativo ao utilitário” estreia nesta quarta-feira, 5, no Pavilhão do Centro de Convenções, em Olinda, a partir das 16h (Foto: Salatiel Cicero) A exposição “Mestre Zuza 50 anos: do artesanato figurativo ao utilitário” será inaugurada nesta quarta-feira, 5, no Pavilhão do Centro de Convenções em Olinda, como parte da 23ª edição da Fenearte. O renomado ceramista José Edvaldo Batista, conhecido como Mestre Zuza, apresentará suas principais obras feitas à mão, em uma mostra que ficará em exibição até 16 de julho. A exposição celebra seu legado de 50 anos de carreira, destacando sua contribuição para a arte popular nordestina e sua habilidade de unir beleza e funcionalidade em suas criações. Mestre Zuza, considerado um dos maiores artistas populares do Brasil, é reconhecido por seu trabalho com o barro e sua abordagem única na confecção de peças figurativas e utilitárias. Sua cerâmica, caracterizada por características indígenas, traços pernambucanos e uma estética contemporânea, preserva a arte primitiva e incorpora elementos do barroco. A exposição também destaca as conhecidas “beatas”, figuras retratando rezadeiras da Zona da Mata pernambucana, e as esculturas xipófagas, que trazem imagens conectadas à cabeça. Além disso, Mestre Zuza vem transmitindo seus conhecimentos para a nova geração, como seu neto Pablo Maycon de Melo Batista, que também participará da Fenearte com suas próprias criações. A obra de Mestre Zuza representa a riqueza e a diversidade da cultura nordestina e continua a encantar admiradores dentro e fora do Brasil. Serviço O quê: Mestre Zuza, de Tracunhaém, comemora 50 anos de carreira com exposição na Fenearte Quando: Quarta-feira, 05 de julho Onde: Pavilhão do Centro de Convenções, em Olinda Horário: 16h

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Camila Bandeira: “Vamos tornar a Fenearte um atrativo turístico”

Diretora-executiva da feira, Camila Bandeira, fala das novidades desta edição do evento, como a realização de atividades em 50 espaços do Recife e de Olinda que dialogam com o artesanato. O objetivo é atrair turistas para as cidades. Também anuncia a realização de um estudo que vai fornecer um diagnóstico do setor. Q uem visitar a 23ª edição da Fenearte este ano, vai poder não só conhecer e adquirir as peças de mais de cinco mil artesãos que vão expor seus trabalhos no Centro de Convenções, mas também participar de uma ampla programação paralela que acontece em cerca de 50 espaços localizados no Recife e em Olinda. As atividades compõem o Circuito Fenearte e vão acontecer em galerias, museus e restaurantes. Entre as atrações estão a Feira de Arte Contemporânea, que acontece no Cais do Sertão, a mostra Tapeçaria Timbi: Bordando as obras do mestre J. Borges no Mercado Eufrásio Barbosa e a Cozinha Fenearte, iniciativa em parceria com o Instituto César Santos, com a participação de 10 restaurantes que vão apresentar um cardápio especial no período do evento. “O público que gosta do artesanato também gosta de gastronomia, de moda, de artes visuais, de artes plásticas. Então, estamos ampliando esse diálogo com essas outras linguagens e para outros equipamentos”, explica Camila Bandeira diretora-executiva da feira. O intuito da inovação, segundo Camila, é transformar a Fenearte numa atração turística. A feira – que este ano acontece de 5 a 16 de julho – é considerada a maior da América Latina, tem investimento de R$ 8 milhões e a expectativa de movimentação financeira superior a R$ 40 milhões. Apesar desses números superlativos, o evento não conta com muitos visitantes de outros Estados e Camila acredita que a Fenearte tem o potencial para estimular o turismo no Recife e em Olinda. A inspiração vem da Fuorisalone, famosa feira de design de Milão que oferece atrativos no entorno do salão onde acontece o evento e que atrai visitantes de outras localidades para a cidade italiana. Camila Bandeira, que também é diretora-geral de promoção da Economia Criativa da Adepe (Agência de Desenvolvimento de Pernambuco) conta, nesta entrevista a Cláudia Santos, as novidades da Fenearte, fala do estudo sobre o setor de artesanato que será iniciado durante o evento e ressalta a importância dos loiceiros (artesão que fazem peças utilitárias de barro), que são homenageados desta edição da feira. Por que, nesta edição, a programação da Fenearte será realizada em outros espaços, além do Centro de Convenções? Identificamos algumas questões que nos levaram para essa tomada de decisão. A primeira delas é que a Fenearte, por si só, apesar de todo potencial, não é ainda um atrativo turístico. São poucos turistas que vêm de fora de Pernambuco para a feira. Olhando para isso, começamos a pensar como que a gente conseguiria dar esse caráter e fomentar mais o turismo. Daí, surgiu a ideia do Circuito Fenearte, no qual estamos expandindo a feira para outros espaços, para atividades relacionadas com artesanato, mas com conexão com outras linguagens. O público que gosta do artesanato também gosta de gastronomia, de moda, de artes visuais, de artes plásticas. Então, estamos ampliando esse diálogo com essas outras linguagens e para outros equipamentos. Acreditamos que , desta forma, vamos tornar a Fenearte um atrativo turístico. A feira, com a comercialização dos trabalhos dos artesãos continua sendo realizada no Centro de Convenções, não haverá nenhum ponto de venda fora dele, mas vamos oferecer uma programação paralela para colocar o artesanato em diálogo com outras linguagens e com isso incentivar o turismo. Que tipo de atrações o visitante vai conhecer nesses outros espaços? A gente vai ter o circuito gastronômico. Alguns chefs, que estarão na Fenearte, inclusive com a aula-show que é oferecida na feira, estarão também nos seus restaurantes, em seus espaços, ativando com prato especial, com horário estendido, com a sinalização de que ali também faz parte do Circuito Fenearte. Além de restaurantes, museus, equipamentos culturais, galerias de arte, espaços de economia criativa das cidades do Recife e de Olinda estarão com programação específica nesse período em que a feira é realizada. Alguns começando antes, outros estendendo até um pouco mais, mas cerca de 50 espaços serão ativados pela Fenearte, provocados para pensarem em programações específicas. Essa iniciativa foi inspirada na feira Fuorisalone, de Milão, onde surgiram essas ativações orgânicas que iam acontecendo ali ao redor do salão principal do evento, segundo eu soube – porque não fui lá ainda – hoje essas atividades paralelas têm tanto poder atrativo quanto o salão. A economia da cidade vive atualmente a partir do que acontece no seu entorno, nas galerias, nos outros equipamentos que são ocupados. Nesta edição, a feira homenageia os loiceiros. Qual a importância deles para o artesanato e para a identidade cultural de Pernambuco? Esse saber tradicional da loiça é milenar, vem dos povos originários, muitas vezes as pessoas nem sabem, mas a própria arte figurativa vem da arte utilitária de pegar o barro da terra e fazer objetos como uma panela. A partir daí, vai-se modificando ao longo do tempo, através das tradições, até chegar no que a gente tem hoje como arte figurativa, arte expressiva, arte contemporânea. Por isso a ideia de homenagear esse saber tão antigo, tão milenar, da raiz de onde vem, por exemplo, Vitalino e Maria Amélia, que são dois artistas renomados por trabalhar com cerâmica. Os pais de ambos eram loiceiros, eles começaram a ter esse contato com o barro e com a cerâmica ao fazerem objetos utilitários. Então, a ideia é homenagear todos esses mestres e mestras que estão espalhados pelo Estado todo. Nessa edição vocês vão realizar um estudo sobre o setor. Qual o objetivo dessa pesquisa e quando os resultados serão concluídos? O objetivo é a gente ter um panorama, um diagnóstico profundo sobre a cadeia do artesanato que vai nos dar subsídios para entender essa cadeia e podermos traçar as estratégias mais adequadas e estruturantes para esse setor. O estudo tem quatro pilares: mercado (olhar para o artesanato a

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Guilherme Calado lança single “Ballet Solitário”, entre o jazz contemporâneo e a valsa

Expoente da nova cena independente de jazz que surge no Recife, o pianista e compositor Guilherme Calado lança nas plataformas de música o single “Balett Solitário”, canção que faz uma simbiose entre o jazz e a valsa. O single é uma prévia do seu primeiro EP Trajetos, que tem previsão de lançamento para o segundo semestre deste ano.  “Podemos descrever Ballet Solitário como uma valsa, mas não uma valsa jazz tradicional, uma valsa construída com uma harmonia moderna, polirritmia”, afirma o músico. Calado explica que a harmonia da canção constrói um clima de reflexão e meditação natural em quem ouve. “Talvez até um pouco melancólica, dependendo da perspectiva”, brinca o pianista.  O músico está nos preparativos finais de Trajetos, disco formado por cinco músicas que dialogam com o jazz brasileiro e o jazz contemporâneo, nele é possível ver ritmos típicos daqui como baião, maracatu e também valsas e ballads como no Jazz mais tradicional, “Porém tudo isso sob um viés contemporâneo das harmonias e melodias trabalhadas nas músicas”, assegura.  A banda que acompanha o músico no single é formada por Henrique Albino, no clarinete e clarone, Filipe de Lima tocando baixo elétrico e Silva Barros na bateria. Todos são músicos formados pelo Conservatório Pernambucano de Música e se conheceram estudando no espaço. A gravação de Ballet Solitário ocorreu com todos os músicos tocando ao vivo, simultaneamente, no estúdio como acontece nas jams sessions. O single teve masterização e mixagem de Vinicius Aquino.  “Eu quis gravar já ao vivo porque o jazz tem muito da improvisação e do diálogo de um músico com o outro que interage respondendo uma outra coisa. Temos a estrutura já criada, sólida da música, mas os improvisos estão sempre presentes em como você quer interpretar aquele momento”, detalhou o músico que também divide a direção musical do projeto com Henrique Albino. “É um trabalho muito coletivo, todo o mundo ficava muito à vontade para dar sugestão no processo”, concluiu.    SERVIÇO  “Ballet Solitário” de Guilherme CaladoTodas as plataformas de música – https://tratore.ffm.to/GuilhermeCalado?fbclid=PAAaY4KktaWkuRt7KCKxUCajLjdyAEws90HOP2s9ckMsEsaEoxZmM5_xkeYUQ_aem_AeVHiEn3_OWIGvLVBCr4N2BFaNIYgo9ai8eSxm5O_3e5NZvyDECOtQFqD9USqSG6jNk 

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Martins 2 credito @ashlleymelo

Fenearte vai apresentar shows de mais de 60 artistas

Distribuída nos palcos Alternativo e Cultura Popular, programação é realizada pela Fundarpe durante 11 dias de feira; entre os artistas estão Martins e Samba de Coco Raízes de Arcoverde Mais de 60 artistas pernambucanos vão se apresentar para o público que estiver circulando pela 23ª edição da Fenearte, que acontece de 5 a 16 de julho, no Centro de Convenções de Pernambuco. As atrações, divulgadas pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), compõem a programação dos palcos Alternativo e da Cultura Popular, montados na Praça de Alimentação da feira. Nos dois espaços, os shows começarão no segundo dia de Fenearte, quinta-feira, dia 6/7. A partir desta data, haverá programação neles todos os dias, com shows à tarde e à noite, possibilitando que o público consiga assistir, gratuitamente, ao máximo de atrações. Entre os nomes confirmados, estão Samba de Coco Raízes de Arcoverde, Dona Glorinha do Coco, Banda de Pífano Fulni-ô; Cavalo Marinho Estrela de Ouro; Boi Marinho; Em Canto e Poesia e Batutas de São José, no Palco da Cultura Popular; e Martins, Gabi da Pele Preta, Uana, Amun Há, Barbarize, Ciel Santos e Bonsucesso Samba Clube, no Palco Alternativo. O Palco da Cultural Popular terá atividades sempre a partir das 15h. Por lá, quatro grupos ou artistas individuais vão se apresentar diariamente. Já no período da noite, a programação continua no Palco Alternativo. Nele, os shows começam às 18h. 23ª Fenearte – A maior feira de artesanato da América Latina vai se instalar no Centro de Convenções de Pernambuco, de 5 a 16 de julho, com investimento de R$ 8 milhões e expectativa de movimentação financeira superior a R$ 40 milhões. Mais de 5 mil expositores, entre artesãos de Pernambuco, de todo o Brasil e de diversos países, vão ocupar cerca de 25 mil metros quadrados do pavilhão do Cecon-PE. São esperadas 300 mil pessoas. A Fenearte é uma realização do Governo do Estado de Pernambuco por meio da Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (Adepe) / Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (Sdec); da Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur) / Secretaria Estadual de Turismo; e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) / Secretaria Estadual de Cultura (Secult). Programação – Palco da Cultura Popular Quinta-feira (06/07) 15h – Xaxado do Egídio 15h40 – Daniel Olímpio e Djair Olimpio  16h20 – Coco de Umbigada de Mãe Beth de Oxum 17h – Marcus Mercury (performance de dança) Sexta-feira (07/07) 15h – Cavalo Marinho Estrela de Ouro – Condado 15h40 – Reisado do Inhanhum 16h20 – Ciranda Santa Maria 17h – Adiel Luna Sábado (08/07) 15h – Tribo Indígena Carijós 15h40 – Ciranda Imperial 16h20 – Banda de Pífanos Nossa Senhora das Graças 17h – As Severinas Domingo (09/07) 15h – Banda de Pífano Fulni-ô 15h40 – Dona Glorinha do Coco 16h20 – Grupo Cultural Indígena Fetxha 17h – Em canto e Poesia Segunda-feira (10/07) 15h – Caboclinho União Sete Flexas 15h40 – Reisado Imperial 16h20 – Mocinha de Passira 17h – Ciranda Rosa Vermelha Terça-feira (11/07) 15h – Nailson Vieira 15h40 – Ciranda Terno da Mata 16h20 – Bloco Lírico Compositores e Foliões 17h – Ivison Trio Quarta-feira (12/07) 15h – Clube Indígena de Canindé 15h40 – Repentistas Antonio Lisboa e Joao Lídio 16h20 – Bumba meu Boi Tira Teima (do Mestre Zé de Bibi) 17h – Dom Santana Quinta-feira (13/07) 15h – Boi Dourado 15h40 – Grupo de Coco Chinelo de Iaiá 16h20 – Bloco Carnavalesco Misto Batutas de São José 17h – Vitoria do Pife Sexta-feira (14/07) 15h – Grupo Cultural Fulni-ô 15h40 – Luciano Leonel – repente 16h20 – Boi Marinho Sábado (15/07) 15h -Banda de Pífanos São Sebastião 15h40 – Troça Carnavalesca Mista Abanadores do Arruda 16h20 – Samba de Coco Raízes de Arcoverde 17h – Marília Parente Domingo (16/07) 15h – Boi Cara Branca de Limoeiro 15h40 – Grupo Cultural Os Meninos do Coqueiro (Banda de Coco: Meninos do Coqueiro) 16h20 – Coco e Ciranda do Mestre de Goitá (Coco de Roda e Ciranda do Mestre Goitá) 17h – Berinho Lima Programação – Palco Alternativo Quinta-feira (06/07) 18h – Ânima 19h40 – Dani Carmesim Sexta-feira (07/07) 18h -João Paulo Rosa e o Eito 19h40 – Gabi da Pele Preta Sábado (08/07) 18h – Banda Mascates 19h40 – Martins Domingo (09/07) 18h – Barbarize 19h40 – Ciel Santos Segunda-feira (10/07) 18h – Isadora Melo  19h40 – Banda dos Corações Selvagens Terça-feira (11/07) 18h – Dionízio 19h40 – Isabela Morais Quarta-feira (12/07) 18h – Chorinho Cambuca  19h40 – Rogéria Dera Quinta-feira (13/07) 18h – Uana 19h40 – Amun Há Sexta-feira (14/07) 18h – Mazuli 19h40 – Abulidu Sábado (15/07) 18h – Larissa Lisboa 19h40 – Erisson Porto  Domingo (16/07) 18h – Seu Pereira  19h40 – Bonsucesso Samba Clube

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Amigas de infância

* Paulo Caldas Bruna Estima Borba, ao trazer a público este “Edifício Estrela”, reitera atributos literários revelados n o“Vivendo as circunstâncias”, publicação anterior, quando transpassou o exercício de memória e impôs a sua criatividade, tantas vezes bem-humorada, mesmo em situações adversas concebidas na trama. Como se fossem amigas de infância, a escritora e as palavras se tratam com notória intimidade. Desse modo, numa dinâmica que envolve o leitor, ampliam o mundo restrito de um simples prédio de apartamentos, num universo povoado de personagens de perfis comuns, cujos comportamentos se entrelaçam, uns com os outros, obedientes a circunstâncias nascidas da vivência com o cotidiano. A diversidade vocabular está presente, sem falar no primoroso desdobramento das narrativas, em confrontação ou sequência, como se Bruna manipulasse a alquimia das letras com as quais se abraça. Tal virtude marca ritmo e mantém a toada que ressoa ao longo da escrita. A publicação tem o projeto visual de Bel Caldas, ilustração de capa de Maria Eduarda Borba Dantas e produção gráfica da Companhia Editora de Pernambuco (CEPE). Os exemplares podem ser adquiridos pelo site da Amazon: https://www.amazon.com.br/Edif%C3%ADcio-Estrela-Bruna-Estima-Borba- ebook/dp/B07YP18YPX/ref=mp_s_a_1_3?crid=24FD76CMUFLHI&keywords=bruna+estima+borba&qid=1687971014&s=apparel&sprefix=bruna+estima+borba%2Caps%2C203&sr=1-3 * Escritor

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Galeria Marco Zero anuncia abertura de nova exposição

Em uma iniciativa pioneira e inédita em sua trajetória, a Galeria Marco Zero anuncia a exposição ‘Seis Paisagens’, com obras de Bruno Faria, Rayana Rayo, Bozó Bacamarte,  Ianah Maia, Marlan Cotrim e David Alfonso.  Trata-se de um experimento curatorial desenvolvido pelo pesquisador Guilherme Moraes, idealizador da Propágulo, plataforma de mapeamento e difusão artística com foco na produção artística contemporânea de Pernambuco. A abertura será no próximo dia 5 de julho (quarta-feira), às 19h. O experimento se organiza em seis eixos: Paisagens de falência (Bruno Faria), Sinfonia do Presente (Rayana Rayo), Ecos do horizonte (Marlan Contrim), Coleta de terra, produção de dados (Ianah Maia), Saudade transplantada (Davi Alfonso). A partir da reflexão sobre as conexões entre universos distintos, a ideia é oferecer ao público a oportunidade de conferir os universos propostos por cada um desses artistas, uma possibilidade para a percepção dos pontos em que suas poéticas convergem, divergem e se amplificam”, avalia Marcelle Farias. “Agregando diferentes correntes artísticas e de pensamentos em sintonia com novos talentos, a Marco Zero vive um momento especial com uma nova geração de artistas representados que vem conquistando espaço e respeito no circuito”, assinala Eduardo Suassuna. Serviço: ‘Seis Paisagens’ – mostras individuais dos artistas Bruno Faria, Rayana Rayo, Bozó Bacamarte,  Ianah Maia, Marlan Cotrim e David Alfonso, com curadoria de Guilherme Moraes Galeria Marco Zero – Avenida Domingos Ferreira, nº 3393, Boa Viagem, Recife – PE Visitação de 06/07 até 12/08/2023 Horário – seg à sex | 10h-19h | sáb | 10h-17h Acesso gratuito

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Festival Cultura Viva Nazare da Mata

Festival Cultura Viva será realizado em Nazaré da Mata

Programação é realizada gratuitamente neste sábado (1º), e  visa celebrar a musicalidade da cultura popular produzida por artistas independentes da Zona da Mata, por meio de apresentações que exploram o ritmo do coco de roda, da ciranda, do maracatu rural, forró pé de serra, entre outros Neste sábado, 1º de Julho, a cidade de Nazaré da Mata – Capital Estadual do Maracatu Rural, localizada na Zona da Mata Norte do Estado, abre as portas para receber o 1º Festival Cultura Viva. O evento, que tem o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Fundarpe, acontece no Parque dos Lanceiros, um dos principais cartões postais da cidade, que fica às margens da BR – 408, no acesso ao município. Para fazer a festa, o festival recebe um time de artistas ligados à cultura raiz, de várias cidades da região. A programação é gratuita,e acontece a partir das 19h. Uma das atrações especiais desta edição é o show do Côco de Fulô com Ricco Serafim. Oriundo dos engenhos e canaviais da Mata Norte, o grupo representa a cidade de Nazaré da Mata com sua musicalidade tradicional do autêntico coco rural. A atração, que é marca presente nas festividades onde o ritmo do coco anima as festas e brincadeiras, se destaca pela dança ligeira e o trupé no chão, acompanhado das fortes batidas do terno percussivo e da rica oralidade de rimas, versos e poesias. A lista de atrações traz, ainda, apresentação cultural de Aldo Lourenço Guerra, o Baixinho dos 8 Baixos, da cidade de Vicência. Considerado um importante ativista cultural, o artista promete botar o público para dançar muito forró pé de serra, xote e baião. A programação musical terá também Nailson Vieira, de Nazaré da Mata, fazendo um som, ao vivo,  que mescla poesia popular, dança e a sonoridade do maracatu rural, ciranda e cumbia. Buscando imprimir uma identidade musical com foco na cultura popular, o festival traz, ainda, a Ciranda Bela Rosa, do Mestre Bi, de Nazaré da Mata. Renomado cantor e compositor, apresenta, no palco, sua personalidade carismática e toda  a  poesia que bebe na fonte canavieira. Quem também vai se apresentar é João Paulo Rosa e o Eito. A aposta do cantor é um repertório genuinamente autoral, que enfoca suas vivências culturais e da região da cana-de-açúcar. “Este é um momento para, juntos,  celebrarmos a musicalidade da cultura popular produzida por artistas independentes da Zona da Mata. Queremos levar para o público apresentações que exaltam à força, beleza e poesia que há no coco de roda, ciranda, maracatu rural, forró pé de serra, entre outros” explica o artista Ricco Serafim, uma das atrações do evento.

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Inscrições abertas para oficina gratuita de ópera, em Boa Viagem

As inscrições para a Oficina Operística estão disponíveis, voltadas para cantores líricos, estudantes e professores de canto. O evento ocorrerá na Igreja Batista Emanuel em Boa Viagem, durante o período de 10 a 21 de julho de 2023, com um total de 45 horas de aulas. Com o apoio do Governo do Estado de Pernambuco, por meio dos recursos do Funcultura, a Oficina Operística tem como objetivo aprimorar as habilidades de canto e interpretação cênica específicas para ópera. Aqueles interessados em participar desta capacitação podem se inscrever até sexta-feira, 30 de junho de 2023, utilizando o seguinte link: https://oficinaoperistica.sonettoproducoes.com?utm_source=midia&utm_medium=organic&utm_campaign=release. A oficina proporcionará aulas intensivas, expositivas e práticas, ministradas pela professora de canto Elizete Queiroz e pelo maestro Jadson Oliveira, com o acompanhamento do pianista Alison Queiroz. Com ampla experiência e conhecimento em suas respectivas áreas, esses profissionais guiarão os participantes em uma jornada de aprendizado intensa, compartilhando valiosos conhecimentos e estimulando o desenvolvimento artístico. Ao final da oficina, haverá um emocionante recital de encerramento, onde os participantes terão a oportunidade de mostrar todo o seu talento e o trabalho desenvolvido ao longo do programa.

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Still Por tras da linha de escudos

Cineasta Marcelo Pedroso lança documentário sobre Batalhão de Choque da PM

O documentarista premiado pernambucano Marcelo Pedroso, conhecido por filmes como “Brasil S/A” e “Pacific”, apresentou seu longa-metragem inédito intitulado “Por trás da linha de escudos” pela primeira vez em 2017, nos festivais de cinema de Cachoeira (BA) e Brasília (DF). No entanto, o documentário recebeu críticas do público nessas ocasiões, o que levou a equipe realizadora a retirá-lo de circulação. O diretor e roteirista explicou que, devido ao momento histórico que estavam vivendo na época, decidiram que era impossível continuar exibindo o filme. Agora, após trabalhar na nova montagem nos últimos anos, o filme será relançado em 29 de junho de 2023. O filme terá sua estreia no Cinema Dragão do Mar, em Fortaleza, e no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, em Recife. Em 30 de junho, sexta-feira, a sessão das 19h20min na capital pernambucana será seguida por um debate. Em Maceió, as exibições começam em 6 de julho, no Centro Cultural Arte Pajuçara. Criado em 1980, o BPChoque (Batalhão de Polícia de Choque) tem como propósito controlar distúrbios civis, lidar com rebeliões em estabelecimentos prisionais e garantir a segurança em estádios desportivos e eventos com multidões. No documentário, o diretor e sua equipe acompanham operações de rotina, registram o cotidiano do batalhão e os treinamentos realizados pela corporação. O quarto filme de Pedroso foi inspirado nos confrontos entre a Polícia Militar de Pernambuco e os ativistas do Movimento Ocupe Estelita (MOE). O movimento teve início em 2012 e culminou com a reintegração de posse do terreno em junho de 2014, localizado no cais da capital pernambucana. O próprio cineasta era um dos militantes engajados nessa causa. A utilização de força durante aquele episódio, por meio de armas convencionais como spray de pimenta, gás lacrimogêneo e balas de borracha, ficou marcada na história da luta pelo direito à cidade no Recife.

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