Arquivos Economia - Página 225 De 412 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Economia

O calcanhar de Aquiles da economia em 2021

*Por Edgard Leonardo Com a necessária prescrição de isolamento social, fruto da pandemia iniciada em 2020 e que infelizmente ainda se encontra em franca aceleração no país, ocorreu um natural processo de retração da atividade econômica com repercussões sobre a arrecadação tributária. Os desafios sanitários impostos pela pandemia, levaram os governos estaduais e o governo federal a uma série de gastos não programados, todavia repasses do governo federal apoiaram a receita estadual e, na média, os estados obtiveram ganhos reais da receita corrente líquida e da receita primária, possibilitando superavit primário em diversas unidades da federação. O governo federal por sua vez, incorreu em um déficit primário recorde em 2020, R$ 743,1 bilhões, contra um déficit de R$ 95 bilhões em 2019, a quase totalidade do aumento é explicada pelo impacto direto da pandemia no orçamento federal. Sem contar os efeitos indiretos, uma vez que a queda da arrecadação e o desemprego gerados pelo evento serão sentidos no médio prazo. A dívida bruta do governo cresceu para atingir cerca de 90% do PIB em dezembro de 2020, o problema desse panorama é que não saímos de uma economia saneada, com alto nível de emprego para uma crise global. Pegamos pela proa uma crise, e optamos por enfrenta-la com o maior aumento da dívida pública da América Latina. E o fato é que quanto mais altos os níveis de endividamento, maior o risco de inadimplência e com isso menor a confiança dos credores. O aumento dos gastos, aqui no Brasil, certamente reduziu a queda projetada para o PIB e atenuou a crise econômica que se apresentava no horizonte, todavia é preciso lembrar que a conta chegará. O gasto público brasileiro em resposta a epidemia foi de cerca de 12% do PIB, enquanto a média da América Latina foi de 4%, no Brasil gastamos quase o dobro da média mundial (6,3% do PIB). Isso tudo, em um governo criticado exatamente por ser liberal em demasia. Em 2021, é imprescindível reduzir o endividamento brasileiro, e isso, só ocorrerá com a geração de superávits. Porém, vale lembrar que 2022 é um ano eleitoral e é pouco provável que o congresso e o governo federal estejam dispostos a apoiar medidas impopulares. Aquiles, o herói grego celebrado por Homero e que segundo o mito era: belo, forte e corajoso. Considerado um dos maiores guerreiros mitológicos da Grécia Antiga, e que se tornou invulnerável quando sua mãe o mergulhou ainda criança no rio Estige, para que se tornasse imortal. Esquecendo-se, contudo, que durante a imersão o segurava pelos calcanhares, deixando-o vulnerável exatamente nesse local. Lembrem, exatamente essa fraqueza, aparentemente pequena diante da fortaleza do grande guerreiro, levou Aquiles a tombar ante Páris, na guerra de Troia. Temos apenas 2021 para proteger nosso calcanhar de Aquiles. *Edgard Leonardo é economista, mestre em administração e professor da Unit-PE

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Ferreira Costa funcionará em horário especial

Em virtude do decreto nº 50.346, o Home Center Ferreira Costa funcionará em horário especial até o dia 17/03. Durante esse período, o mesmo funcionará de Segunda a Sexta das 08h às 20h nas lojas da Tamarineira e Imbiribeira, já na loja de Garanhuns, o funcionamento será das 08h às 18h. Nos sábados e domingos, as lojas estarão fechadas. A loja online www.ferreiracosta.com, está funcionando normalmente e em carácter emergencial o canal de televendas que está disponível para pessoas físicas e jurídicas. Para quem buscar o televendas, o serviço acontece através do número (81) 3338-8388 para a loja Imbiribeira e (81) 3267-1080 para a loja da Tamarineira. Esse atendimento é realizado por um vendedor de plantão.

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PIB brasileiro tem a maior queda desde 1990 e encolhe 4,1% em 2020

Não apenas os setores mencionados, mas também toda a cadeia produtiva que organiza uma das maiores festas culturais do Brasil foi prejudicada. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira o número do total acumulado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020. Segundo os dados registrados, o PIB, que representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no paí teve uma queda de 4,1% apesar da melhoria de 3,2% na economia durante o último trimestre de 2020, o que representa a maior retração desde 1990, ano no qual houve o confisco do governo Collor. O encolhimento da economia também representa a interrupção do crescimento econômico registrado durante três anos consecutivos, de 2017 a 2019, período no qual o PIB acumulou alta de 4,6%. De acordo com o IBGE, o PIB per capita (ou por habitante) também foi impactado em 2020, com uma retração de 4,8% em comparação com 2019. Em valores correntes, o PIB totalizou R$7,4 trilhões no ano passado. “Os dados divulgados refletem os impactos da pandemia de covid-19 no país no último ano, já que muitas atividades econômicas foram totalmente ou parcialmente interrompidas para evitar a contaminação”, avalia Thomas Carlsen, co-fundador e COO da mywork, startup especializada em controle de ponto online e gestão de Departamento Pessoal para pequenas e médias empresas. “A instabilidade de funcionamento de diversos setores infelizmente trouxe essas consequências para a economia do país. Por conta de nosso sistema de ponto, vimos muitas empresas parando suas atividades, reduzindo as jornadas de trabalho e até mesmo demitindo funcionários”, comenta o executivo. Entre os principais setores da pesquisa, apenas a Agropecuária registrou alta (2%), enquanto os Serviços e a Indústria apresentaram queda de 4,5% e 3,5% respectivamente. Também sofreram quedas os setores de investimentos (-0,8%), exportação (-1,8%), importação (-10%) e construção civil (-7%). Quando analisada a demanda, o consumo das famílias também despencou, com uma retração de 5,5%. “A redução do consumo das famílias também é uma consequência direta de fatores sociais e econômicos gerados pela pandemia. Com o aumento da taxa de desemprego ao longo do ano e a redução da renda de milhares de trabalhadores, a consequência direta é a redução do consumo. Mas muitos brasileiros também deixaram de consumir também durante os períodos de flexibilização do isolamento social, justamente pelo receio da contaminação pelo vírus”, acrescenta Thomas.

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Vendemmia cria 100 postos de trabalho

A Vendemmia, operadora logística com atuação nacional, espera um 2021 de crescimento, com abertura de novos armazéns em São Paulo, Pernambuco e Minas Gerais. Com isso, até o fim do ano, deve gerar até 100 postos de trabalho. Com as novas vagas, a empresa aumenta seu quadro de colaboradores em 50%. Como o setor de logística foi um dos poucos que se manteve aquecido em 2020, com a intensificação do e-commerce, a Vendemmia espera crescer principalmente em contratos de 4PL e ampliar sua operação com novos armazéns, aumentando sua capilaridade no território nacional e chegando em estados importantes para fortalecer sua presença. "Mesmo com as mudanças que aconteceram na economia durante 2020, nosso alto investimento em tecnologia nos permitiu passar por esses períodos de grande alteração de demanda de maneira suave. Mantivemos um planejamento e não precisamos fazer contratações às pressas, assim como também não tivemos demissões. Isso nos dá conforto para conseguir contratar melhor, aplicando nossos valores e cultura", afirma Luciano Ricci, sócio-fundador da Vendemmia. Tradicionalmente, o setor de logística é muito masculino. E alterar esse cenário é um dos planos da Vendemmia. A ideia é abrir mais oportunidades para mulheres, que hoje ocupam 11% dos cargos de liderança da companhia, aumentando a presença feminina em todo o quadro de colaboradores. Mais do que uma divisão justa entre gêneros, a Vendemmia também busca equilibrar idades e experiência. A ideia é que a equipe tenha um misto de profissionais em diferentes momentos de carreira, para que hajam trocas e a Vendemmia consiga estar atenta ao novo sem perder o conhecimento de mercado que faz diferença, oferecendo aos seus clientes soluções que tenham os melhores dos dois mundos, abrindo o espaço para os mais jovens e oferecendo oportunidades também aos mais velhos. A empresa, que tem sede no Recife na Rua Ribeiro de Brito, em Boa Viagem, não detalhou ainda as oportunidades que serão abertas. Mais informações no site da corporação: www.vendemmia.com.br

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Trinity cresce 50% e amplia sua presença internacional

Uma das empresas pernambucanas de destaque da matéria que publicamos recentemente sobre o avanço do setor de logística foi a Trinity. O principal produto logístico da marca é o FastDelivery, que é uma plataforma tecnológica de gestão de entrega, roteirização e central de controle. Essa tecnologia já atende aproximadamente 22 mil empresas usuárias e com de movimentação de 1,5 milhões de entregas mês. Originada no Recife, no Porto Digital, mas com espírito global, a Trinity está presente em diversos Ecossistemas Digitais Inovadores e atualmente já possui escritórios em Recife, São Paulo, Lisboa e Londres. Um dos próximos alvos é colocar os pés nos Estados Unidos, levando para a terra do Tio Sam as soluções made in PE voltadas para o ambiente mobile e de logística. "Nossa perspectiva para este ano é intensificar a nossa presença internacional e ampliar nossa atuação nacional onde somos responsáveis pela gestão de aproximadamente 1,5 milhões de entrega mês através de nossa solução FastDelivery. Dentro deste contexto, pretendemos investir US$ 1 milhão neste objetivo, visando suprir contratações para o time tecnológico cada vez mais qualificadas, ampliar nosso posicionamento digital, bem como nossa presença internacional", afirma José Godoy, CEO da Trinity. Para reforçar esse foco para atuar no mercado internacional, os produtos da Trinity foram selecionados e apresentados nos últimos dois anos de um dos maiores eventos de inovação do mundo, o WebSummit. A sede por novos investimentos e por chegar no mercado maior tem sua justificativa: o avanço do setor logístico com as transformações tecnológicas em andamento. "O setor de logística é um dos que mais crescem no mundo, quer seja com suas ações de mobilidade, mas principalmente de tecnologia em suas diversas formas. Estudo feito e divulgado nos EUA mostram, por exemplo, que de todos os investimentos em tecnologia ocorridos no ano passado, mais de 50% foram associados ao setor. Também em 2020, pela primeira vez na história do Reino Unido, local onde também atuamos, foram entregues mais pacotes do que documentos. Na pandemia, o comércio digital cresceu significativamente, pessoas antes receosas com estas vivências, passaram a consumir cada vez mais produtos e serviços neste modelo", destaca Godoy. Ele avalia que os ambientes de comércio serão cada vez mais virtuais, as vivências com as marcas serão cada vez menos físicas e mais digitais. "As lojas físicas serão de experiências e eventuais showrooms, mas as transações financeiras online e entregas remotas. Estudos já apontam que em 2024 o comércio físico será menor no mundo do que o digital. Sendo assim, esforços de otimização de logística em suas diversas dimensões serão fundamentais já que a cobrança e a percepção das marcas será muita associada a jornada de entrega de seus produtos". Diante desse fenômeno, ele afirma que as marcas passam estão sendo avaliadas pelos seus clientes também por sua capacidade de entregas das mercadorias. "Esse fato desperta a necessidade por uma jornada perfeita, desde o pedido até a compra. Tal comportamento é irreversível e será intensificado cada vez mais, quer seja em uma visão B2B, B2C ou B2B2C". O FastDelivery, principal produto da marca pernambucana, de acordo com Godoy,  foi moldado para ser simples, desde sua aquisição até o uso. "O produto conta com um modelo de compra por assinatura (Saas), um ambiente de uso intuitivo extremamente UserFriendly e sem custos prévios de instalação. Todo o processo de confirmação das entregas é realizado nos smartphones de acordo com as particularidades das empresas, roteirizações otimizadas por rotas de risco atenuando aspectos de segurança, módulos de treinamento para procedimentos e educação dos motoristas, sistema de acompanhamento em mensageria para inclusive partes envolvidas sem necessidade de instalação do aplicativo, entre outros aspectos". A empresa pernambucana, que possui atualmente 60 profissionais e que viu sua receita crescer em mais 50% em 2020, prevê neste ano ao menor empatar esse desempenho. "Além disso, queremos fortalecer bastante nossa presença internacional através de nossos clientes e parceiros internacionais a partir dos escritórios de Lisboa e Londres, mas também ampliando nossa presença nos Estados Unidos, Alemanha e países próximos, bem como Leste Europeu. . . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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Isabella de Roldão articula parcerias com consulados no Recife

Desde o início do mandato como vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão tem realizado encontros com cônsules-gerais e honorários que atuam na capital pernambucana. Uma das atividades da vice-prefeitura é justamente fazer a  coordenação estratégica das Relações Internacionais do poder público municipal, com o objetivo de promover a cooperação socioeconômica, cultural e tecnológica entre o Recife e os países com representações diplomáticas locais. Atualmente o Recife conta com nove consulados gerais e 34 honorários, sendo o principal hub diplomático do Nordeste. As primeiras ações da vice-prefeita nesse campo diplomático foram com os consulados da China, da Argentina e da França. Ela também recebeu o cônsul honorário de Malta, o vice-presidente do Iperid, Thales Castro. Estão na agenda de Isabella interações com os consulados do Reino Unido, da Itália, do Japão, da Alemanha, dos Estados Unidos e de Portugal. Nessa agenda, está prevista ainda um evento híbrido (com participações presenciais e online) no dia 18 de março e encontros com os cônsules honorários. "Vamos estreitar nossos laços, trazendo benefícios para a nossa cidade com projetos concretos que permitam transferência tecnológica em áreas diversas, como educação, saúde, infraestrutura e sustentabilidade, entre outras ”, destaca Isabella de Roldão. CHINA O encontro com a Cônsul Geral da República Popular da China no Recife, Yan Yuqing aconteceu de forma virtual. Participou da reunião também o Cônsul-Comercial Shao Weitong. O objetivo desse contato foi sobre a inclusão do Recife nos investimentos do Cinturão e Rota, um dos maiores projetos globais de investimento em infraestrutura do País asiático que é inspirado na antiga Rota da Seda. Estiveram na pauta ainda projetos relacionados à economia verde e sustentabilidade, como a implantação de iniciativas de descarbonização/emissão zero de carbono e a despoluição e navegabilidade do Rio Capibaribe. No setor de tecnologia, o trabalho é pela aproximação entre o Recife e o Porto Digital com a cidade portuária de Shenzhen, localizada na província de Guangdong, considerada o Vale do Silício chinês. Na cultura, o objetivo será de atrair para o Recife, no pós-pandemia, a primeira edição no Brasil do Dragon Boat, um tradicional festival náutico que celebra o espírito humanista chinês. ARGENTINA Na reunião  om o Cônsul da República Federal Argentina, o Sr. Alejandro Funes Lastra, foi sinalizada a intenção de promover uma parceria para colaborar com projetos sociais e esportivos na Escola Municipal General San Martin, que leva o nome do militar argentino considerado um herói nacional. "A ideia é envolver a fundação mantida pelo ex-jogador de futebol argentino Darío Sivinski, que hoje mora em João Pessoa e já tem expertise nesse tipo de iniciativa", diz Alejandro Funes. Também está avançado o projeto de instalação de um busto do general San Martín - obra é do artista argentino Sérgio Esteban - no Primeiro Jardim do bairro de Boa Viagem, que tem inauguração prevista entre março e abril deste ano, com a presença do embaixador argentino no Brasil, Daniel Osvaldo Scioli. Alejandro Funes ainda sugeriu o irmanamento do Recife com uma cidade argentina de características similares para ampliar o intercâmbio comercial e cultural. FRANÇA O aprofundamento das relações entre cidades-irmãs também é o tema principal da agenda com o cônsul francês Hugues Fantou. A parceria é com a cidade de Nantes, à qual Recife está conectada desde 2003. O objetivo agora é estabelecer diretrizes que permitam captar recursos junto à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) para executar projetos nas áreas de transformação urbana sustentável e economia criativa. "Recife e Nantes têm muitas semelhanças geográficas e culturais. Ambas são entrecortadas por rios, expandiram-se em torno de estruturas portuárias e recuperaram suas áreas antigas com polos inovadores de tecnologia. Vamos unir vocações para crescermos juntas", pontua Isabella de Roldão, reafirmando a sua disposição para internacionalizar a capital pernambucana. No ano passado, logo após os resultados da eleição de João Campos na capital pernambucana, o Iperid enviou uma Carta Aberta ao prefeito eleito defendendo a necessidade de ter um olhar estratégico para a paradiplomacia na gestão do poder municipal nos próximos anos.

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Prefeitura de Moreno abre seleção pública com 43 vagas

A Prefeitura de Moreno anunciou abertura de processo seletivo para 43 vagas, mais cadastro de reserva. As oportunidades são para profissionais de ensino superior, médio e fundamental, com remunerações que variam entre R$ 1,1 mil e R$ 2,2 mil. As vagas diretas e de cadastro de reserva são para advogado, assistente docial, psicólogo, pedagogo, economista doméstico (cadastro reserva), coordenador Social SUAS, coordenador do CadÚnico/PBF, supervisor Programa Criança Feliz, Assessor Técnico, Agente Social CadÚnico/PBF, Orientador/ Educador Social, Auxiliar Administrativo, Motorista categoria B e auxiliar de serviços gerais. As inscrições começam amanhça e seguem até o dia 10 de março e podem ser realizadas de forma presencial (exceto no final de semana), na quadra do Colégio Baltazar (Av. Doutor Sofrônio Portela, Centro), no horário das 9h às 14h. A outra alternativa é online, pelo e-mail selecaosimplificadamoreno@gmail.com. É possível conferir o edital do processo seletivo no site do Diário Oficial dos Municípios de Pernambuco. Para isso, utilize o seguinte código identificador: 5CA4EFD2.

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“A cúpula militar da ativa tem se mostrado preocupada com a forma de ação de Bolsonaro.”

A democracia brasileira corre perigo? Declarações de duas figuras próximas ao presidente Jair Bolsonaro, feitas na semana passada, levaram muitos brasileiros a fazer essa pergunta. O deputado Daniel Silveira divulgou um vídeo defendo o fechamento do Superior Tribunal Federal e fez apologias ao AI-5. Já o general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas lançou um livro no qual conta em detalhes o tuíte que fez em nome do Exército pressionando o Supremo, às vésperas do julgamento de um pedido para evitar a prisão do ex-presidente Lula. Para Ricardo Sennes, economista e doutor em ciência política, porém, não há sinais de um alinhamento dos oficiais da ativa das Forças Armadas com intenções golpistas. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele analisa as consequências dessas declarações, o posicionamento de Bolsonaro e as ações do STF. A prisão de Daniel Silveira pode ser uma limitação da imunidade parlamentar e do uso das mídias digitais pelos políticos? Aqui é necessário separar conteúdo/mérito e forma/procedimento. No conteúdo acho que é bastante defensável que o deputado cruzou a linha do aceitável em termos de atentado contra a ordem democrática. Se sua fala fosse isolada e em tempos de menos tensão institucional, acho que não teria o tratamento que teve. Porém, no contexto atual, foi claramente um chamado à ação dos grupos políticos mais radicais do País contra as instituições. Ademais, ele não é um cidadão qualquer. Ele é um deputado federal, uma autoridade constituída, portanto, com responsabilidades públicas evidentes. Nesse sentido, acho que claramente cometeu um crime contra a ordem democrática e a paz social. No que tange à forma, aos procedimentos, acho que novamente o STF errou. Acho que existem instituições com funções precípuas para abrir inquéritos, fazer acusações e investigações. Acho que seria função dessas instituições, com destaque para a PGR, que poderia iniciar esse processo investigativo e mesmo solicitar prisão preventiva. Acho bastante preocupante a forma pela qual o STF chamou a si esse tipo de autoridade que constitucionalmente não tem. A omissão de instituições como o Congresso em outros casos de ataques ao STF e a apologia à volta do AI 5 – alguns vindos do próprio clã Bolsonaro – incentivam outras pessoas a seguirem esse comportamento? Creio que o deputado cometeu um crime, portanto, não cabe ao Congresso agir no campo criminal ou judicial. Cabe às instâncias judiciais. Ao Congresso caberia tratar de forma exemplar esse tipo de ação. A essência do parlamento é a tolerância, o respeito à Constituição e ao jogo democrático. Todas as ações de membros que atentam contra isso estão fora do decoro e do juramento que seus membros estão obrigados a seguir. O deputado Daniel Silveira claramente atentou contra esses fundamentos e me parece óbvio que deveria ter seu mandato cassado. Declarações como as de Daniel Silveira e do general Villas Bôas – sobre o posicionamento do Alto Comando do Exército em favor da prisão de Lula – colocam em xeque a democracia brasileira? Acho que esses eventos são de ordem bastante distintas. Obviamente nenhuma das declarações contribue para a normalidade democrática no País. Mas são eventos que correm em raias diferentes. As posturas dos militares na ativa e os da reserva têm sido muito diferentes. Até onde acompanho, a postura da cúpula militar da ativa tem se mostrado bastante preocupada com a forma de ação do presidente Bolsonaro e seu grupo. Já deram recados sobre isso. Talvez menos enfáticos do que gostaríamos, mas têm sido dados. O histórico do deputado Daniel é completamente em outro sentido. É uma pessoa claramente perturbada. Sua passagem pela PM do Rio de Janeiro foi completamente atribulada. Recebeu centenas de punições, processos, foi preso várias vezes. Vejo-o como uma figura menor buscando achar um espaço dentro dos grupos mais radicais da base bolsonarista. É grave, mas faz parte de outra dinâmica política que, infelizmente, está presente no País. LEIA A ENTREVISTA COMPLETA NA EDIÇÃO 179.4 DA REVISTA ALGOMAIS: assine.algomais.com

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O que é estratégico para Pernambuco nos próximos 15 anos?

A reportagem de capa desta semana da Algomais traz como provocação a seguinte pergunta: O que é estratégico para o desenvolvimento econômico de Pernambuco nos próximos 15 anos? Não se trata de uma projeção de como será o Estado em 2036 (até porque em um tempo de pandemia é quase impossível prever até o final deste ano), mas de quais questões são importantes serem resolvidas neste horizonte para que alcancemos um maior desenvolvimento. Ao ouvir empresários, economistas, pesquisadores, consultores e representantes de classe, um aspecto perceptível foi para o fato de que alguns desses eixos estratégicos já são defendidos há muito tempo. Infraestrutura para o interior, com destaque para a Transnordestina e para o Arco Metropolitano, por exemplo, já foi alvo de máterias da Algomais há anos. Enquanto o Arco Metropolitano parece dar seus primeiros passos para sair do papel, com o recente edital para elaboração do seu projeto básico, a Transnordestina é uma realidade ainda mais distante. A desburocratização é outro fator sempre presente neste debate. Diferente da questão da infraestrutura, que exige muitos investimentos, a desburocratização depende mais de vontade política. No entanto, teve poucos avanços nos últimos anos. Os investimentos em educação, defendidos pelos entrevistados, não são uma novidade nesse debate sobre o futuro do desenvolvimento econômico. Entretanto, o efeito da pandemia criou mudanças no pensamento empresarial e econômico em todos os aspectos sociais. Se antes a preocupação estava centrada numa formação mais técnica, a demanda que ficou evidente nas entrevistas foi de uma nova estrutura de educação a partir do básico. As menções acerca da importância do sistema de saúde também são outro destaque que praticamente não aparecia e que agora passa a ser também prioridade. E, em um contexto de extrema instabilidade ainda pandêmica, a sustentação socioeconômica dos próximos anos depende também de programas robustos de suporte social às famílias mais carentes, na análise dos entrevistados. Outra grata novidade é a percepção da bioeconomia como uma peça importante para o futuro do desenvolvimento econômico de Pernambuco. Em um contexto em que a sustentabilidade ambiental ganha uma relevância internacional nunca antes vista, não é possível mais desconsiderar a preservação e o uso consciente da nossa biodiversidade como um fator importante para o Estado e para o País. Leia a reportagem na edição 180.4 da Algomais.   ASSINE.ALGOMAIS.COM

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Insole avança no mercado de energia solar e cresce 155% em um ano

O crescimento das fontes de energias renováveis é uma tendência que o País e o Nordeste já observam há alguns anos. Em Pernambuco, uma empresa que tem os pés do Porto Digital e o olhar para a energia que vem do sol é a Insole, que se apresenta como uma clean fintech. A startup oferece soluções financeiras através da conta de energia. “A empresa é a primeira do país, cuja moeda é a conta de energia. Um dos diferenciais da Insole é oferecer não somente o financiamento de placas solares, mas apresentar uma proposta de relacionamento de longo prazo. Durante o financiamento, a empresa oferece outros serviços e produtos financeiros, sem qualquer custo ou investimento por parte do cliente, mediante a portabilidade da conta de luz dele para a Insole”, afirma o CEO Ananias Gomes. A empresa foi apontada como umas das 7 mais promissoras do Porto Digital em 2021, de acordo com sondagem elaborada pela Revista Algomais. A startup pernambucana tem 7 anos no mercado, tendo atingido a marca de 5 mil projetos instalados no Brasil. Em 2020, mesmo com a pandemia, o faturamento da empresa saltou 155% em relação ao ano de 2019. Para este ano, o alvo da empresa é alcançar 7 mil novos clientes por meio do modelo pioneiro de portabilidade em que são oferecidos descontos na conta de energia ou créditos financeiros a serem utilizados pelo cliente na aquisição de bens e serviços. Ele aponta que outro fator importante para a Insole neste ano é a perspectiva de iniciar o modelo de aluguel de sistemas para clientes residenciais. Entre os destaques da empresa no ano passado, Ananias aponta que o cliente mais simbólico é o próprio Parque Tecnológico Porto Digital, no Recife. "A Insole está sendo responsável pela geração de energia dos seis prédios que abrangem o núcleo de gestão do Porto Digital, executando a portabilidade de seu consumo. O consumo atendido no Porto Digital através das usinas da Insole irá retirar do meio ambiente o correspondente a 165 Toneladas de Co2 por ano, o equivalente ao trabalho realizado por 200 mil árvores em 10 anos". Ananias considera que um dos principais desafios da empresa para os próximos anos é dar continuidade ao novo modelo de negócio, apostando em formatos inovadores de vendas e agregando tecnologia para os clientes novos e antigos. "A intenção é a utilização da inteligência artificial e da internet das coisas para estimular cada vez mais uma forma diferenciada de consumir energia no Brasil e, com isso, consolidar uma relação de parceria e transparência com o cliente. Ao fazer a portabilidade da conta de energia para a Insole, transformando seu consumo em energia solar, a empresa investe no conceito de transformar a conta de energia em uma nova moeda", afirma o CEO da startup. . . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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