Arquivos Economia - Página 272 De 410 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Economia

Para superar a crise

*Por Rafael Dantas O Brasil desceu de elevador e estava subindo de escada. Essa era a descrição do consultor Francisco Cunha sobre a retomada brasileira da última crise. O cenário de economia ainda morna – mesmo após uma série de reformas feitas nas gestões ministeriais de Henrique Meirelles e de Paulo Guedes – acabou por receber um tsunami de água gelada com a chegada da Covid-19 ao Brasil. Para ajudar empresas a enxergarem uma luz no fim do túnel, trazemos com exclusividade informações do paper Gestão Estratégica na Crise, recém-lançado pela TGI, com 10 orientações de curto e médio prazos para sobreviver ao ano de 2020. Apresentamos também experiências de empresas que agiram rápido para enfrentar o impacto nos seus negócios, ainda dentro dessas primeiras semanas de isolamento social. COMITÊ DE CRISE E PLANO EMERGENCIAL Para o consultor da TGI Francisco Cunha, o primeiro passo para o enfrentamento desse momento de dificuldades extremas nos negócios para todos os setores é criar um comitê de crise. Ele avalia que esse grupo deve ser composto pela alta direção das empresas e os seus principais executivos com o objetivo de desenvolver um plano de ação emergencial para os próximos 90 ou 120 dias. “Tem sido de muita valia a operação dessa estrutura para o acompanhamento desse plano emergencial, elaborado para fazer frente às dificuldades do ambiente de negócios atual”. Uma das organizações pernambucanas que instituiu um comitê de crise rapidamente foi o Sicredi Recife. Com 14 mil associados, a instituição financeira cooperativa criou um plano para garantir a segurança da sua equipe e preparou uma série de medidas para qualificar seus serviços às novas demandas do público . Com reuniões semanais, a diretoria e os gerentes do Sicredi Recife determinaram rapidamente o home office para todos os colaboradores do grupo de risco e adotaram medidas sanitárias na sua agência – com disponibilização de álcool em gel, máscaras e protetor facial para os profissionais que seguem trabalhando presencialmente, e algumas adaptações nos guichês. As medidas protetivas de prevenção à contaminação foram adotadas por todas as empresas entrevistadas nesta edição. Apesar de diminuir a carga horária e o expediente de atendimento ao público, a cooperativa não reduziu os salários dos profissionais e tem como meta atravessar a crise sem demissões. . ATENÇÃO AOS CLIENTES E FORNECEDORES Escutar o cliente é outra condição essencial em tempos de mudanças inesperadas e drásticas, segundo Francisco Cunha. E foi na escuta dos seus clientes, que estavam preocupados com a paralisação de algumas atividades, que a cooperativa criou linhas específicas de crédito. “A preocupação dos nossos associados era honrar com seus compromissos. Então repactuamos parcelas de empréstimo aos que solicitaram e criamos uma linha de crédito para associados das principais cooperativas atendidas pelo Sicredi Recife, com carência de 90 dias para pagar a primeira parcela, com taxas inferiores às do mercado”, afirmou Floriano Quintas, presidente do conselho da instituição. A cooperativa lançou também uma ferramenta digital que permite remotamente a abertura de novas contas e a prorrogação de contratos, que pode ser feita via troca de e-mails entre o cliente e a gerência. “É um sistema criado internamente neste período de crise para atender o usuário sem uso de papel e sem necessidade dele ir até uma agência”, explica Floriano Quintas. . . Referência no segmento de automação do setor elétrico, a ESC Engenharia teve que reinventar um dos seus setores para atravessar a crise. Embora uma grande parte da sua equipe trabalhe com o desenvolvimento de projetos, que passou a ser realizado em home office desde o dia 18 de março, um dos braços de atuação é na realização de testes presenciais. Com a paralisação de vários clientes e a dificuldade de deslocamentos e de hospedagem em campo, a missão dada às 15 pessoas dessa equipe foi: “Criem oportunidades. É preciso fazer algo diferente para se manter vivo”, relatou Saulo Santos, sócio da ESC. O desafio proposto teve resultados. “Essa área se reinventou de forma absurda, com uma inovação que chegou no serviço de testes de campo”, comemora Santos. A equipe conseguiu desenvolver uma metodologia de trabalho para realizar a certificação dos sistemas projetados para uma das grandes empresas do setor elétrico que tem operação em Pernambuco e em outros estados. “Viabilizamos uma solução via VPN e webcam, que permitiu ao nosso cliente ficar em casa validando e coordenando as atividades. Nossa equipe mantém uma pessoa presencial, com todas as medidas de proteção, e uma remota. Foi uma inovação gigante, que evitou gastos do cliente e não expôs seu colaborador ao contágio da Covid-19, já que ele não precisou acompanhar o serviço presencialmente. É um sistema que provavelmente continuará a ser usado com o passar da pandemia”. Além de manter a sobrevivência de todo um setor, a inovação contribuiu para a continuidade dos serviços e da expansão dessa empresa do setor elétrico, que precisa se manter robusta durante a pandemia para atender a hospitais e à sociedade em geral. Diante das restrições de circulação de pessoas e das novas necessidades dos seus clientes, a Pães & Delícias, de Caruaru, suspendeu o serviço presencial de self-service (no café da manhã, almoço, lanche e ceia) e investiu em um novo formato de comercialização. “Agora estamos com serviço de entrega de almoço e produtos de panificação tanto no sistema de delivery, por meio do WhatsApp, e também no sistema take-away, em que o cliente faz a encomenda e a retira na nossa loja. As pessoas têm demandado muitos pedidos de almoço, mesmo aquelas que não tinham o hábito de almoçar no centro da cidade, onde estamos”, afirma o diretor geral Eli James Laureano, que dirige a empresa ao lado da esposa Rildete Laureano. A empresa caruaruense também reduziu o horário de atendimento e a equipe que permanece na operação para evitar aglomeração. . . O processo de adaptação da empresa para o atual momento de crise também contou com várias medidas de digitalização, que estavam nos planos e foram aceleradas, tanto na gestão, como no relacionamento com clientes e fornecedores. “O formato das

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Especialistas dão dicas para um home office seguro

Os especialistas em segurança da HSBS, do Grupo Nagem, apontam que a utilização de redes criptografadas, as chamadas VNPs, é uma ótima pedida para o acesso aos dados da empresa durante o home-office. De acordo com os especialistas, a utilização do modelo criaria uma espécie de túnel de comunicação seguro para compartilhamento de informações direto com a empresa. Eles pontuam também a importância de manter todos os softwares atualizados. Além dessas, os especialistas dão outras dicas; confira: Instalação de antivírus para garantir um acesso seguro à internet e proteger a máquina de arquivos maliciosos. Os antivírus funcionam como uma barreira de proteção para impedir que, através da navegação na internet, você adquira algum arquivo malicioso ou entre em algum site perigoso. Eles alertam ou até bloqueiam os sites e movem automaticamente arquivos perigosos para uma área de tratamento da própria ferramenta que impede a instalação de arquivos maliciosos na sua máquina. Evitar guardar senhas em bloco de notas ou papeis em cima da mesa, sempre utilize softwares que gerenciam senhas. Existem ferramentas que tem a finalidade de gerar e guardar as senhas. Esses gerenciadores de senhas funcionam da seguinte maneira: o usuário cadastra uma senha principal (uma espécie de senha-mestre) e a utiliza para ter acesso as demais senhas, que estão criptografadas. Sendo assim, a senha principal é a única que você precisa memorizar. Evitar utilizar a máquina corporativa para acesso a outras atividades que não estão relacionadas ao trabalho.

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Le Fil cria rede de apoio ao marketing do Nordeste

Com o intuito de fortalecer o mercado do marketing do Nordeste, a Le Fil iniciou um programa para enfrentamento da crise da Covid-19 voltado aos profissionais do setor. O projeto busca criar uma rede colaborativa para dar suporte à toda a cadeira do marketing e envolve, entre outras ações, um aplicativo exclusivo, que já conta com mais de 100 profissionais inscritos. Três pilares baseiam a iniciativa: encontros online semanais com especialistas com o intuito de analisar cenários atuais; lançamento de aplicativo com dicas e ações recomendadas para o momento de crise e a elaboração de estudos de comportamento para subsidiar estratégias e decisões das empresas. Para participar, o gestor de marketing pode acessar o https://bit.ly/cadastrelefil e se cadastrar para participar dos encontros e baixar o aplicativo. Todos os estudos e materiais desenvolvidos serão disponibilizados gratuitamente. O programa é aberto aos profissionais de marketing de qualquer empresa. “As ações já impactaram mais de mil pessoas da área de marketing. No aplicativo, já temos mais de 100 profissionais participantes e a ideia é ampliar essa atuação a todos aqueles que sentem necessidade de trocar conhecimento com outros gestores de marketing. Queremos criar uma rede de colaboração num momento em que todas as marcas possuem um único desafio: se adaptar a um novo momento”, explica Rosário de Pompéia, diretora de operações da Le Fil. “Estamos avaliando a cada semana as necessidades que chegam para atendermos. Somos pautadas pela necessidade do mercado”, define Socorro Macedo, diretora de negócios da Le Fil.

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Quase 50% das indústrias de PE pretendem demitir

Prestes a completar dois meses de isolamento social em razão da Covid-19, as indústrias de Pernambuco vêm acumulando perdas no faturamento, deterioração dos postos de trabalho e redução do seu fluxo de caixa. Levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) aponta que 85,54% das indústrias locais registraram queda em seu faturamento, enquanto que quase 50% pretendem demitir em breve. O cenário pode ficar ainda mais drástico nas próximas semanas com o reflexo do isolamento mais rígido, quando as empresas estarão com a produtividade em baixa e sem condições de escoar a sua produção. Na visão do gerente de Relações Industriais da FIEPE, Maurício Laranjeira, desde que a crise se agravou, as empresas vêm buscando alternativas para sobreviver. “Ou seja, medidas como férias coletivas, redução de carga horária e suspensão de salário já foram tomadas. Já que as soluções estão esgotadas, infelizmente, a alternativa será pela demissão para garantir o mínimo de sustentabilidade possível para os seus negócios”, destacou. Na análise de Laranjeira, essa tese ganha sustentação quando o estudo da FIEPE é analisado. Do total de empresas entrevistadas, 61,96% optaram por antecipar as férias dos seus colaboradores, sendo o setor da construção civil o que mais tem recorrido à alternativa (28,4%), seguido das indústrias de bebidas (17,4%). Das que não precisaram tomar esta decisão, estão as indústrias de alimentos e as do setor químico - que, neste momento, são bastantes demandadas pelo mercado consumidor. No ranking, elas aparecem no primeiro e no segundo lugar, com 18,8% e 10%. Quando o quadro de funcionários é reduzido, naturalmente, a produtividade das empresas diminui, freando assim o faturamento das indústrias. “O que vemos, da última pesquisa para esta, é que o faturamento das empresas continuam caindo e isso se deve ao fato de que muitas optaram por segurar os seus colaboradores na expectativa de que o cenário melhorasse no médio prazo, coisa que não aconteceu”, disse. Segundo a pesquisa, além dos 85,54% dos entrevistados que informaram ter queda no faturamento, 54,05% indicaram que a retração foi acima de 50%. Nesta situação, está a construção civil, que liderou o ranking, com 25,2%, seguido da indústria de bebidas e da indústria têxtil, que marcaram 15% e 11%, respectivamente. Diante desse cenário, que vem se afunilando dia após dia, os empregos estão cada vez mais ameaçados dentro das empresas pernambucanas. Isso porque, os percentuais das que pretendem demitir e das que desejam manter o seu quadro de funcionário estão cada vez mais próximos, registrando 47,23% e 52,7%, respectivamente. Dos segmentos que ainda pretendem realizar demissões, construção civil segue na ponta, com 25,2%. Já as indústrias de bebidas e têxtil aparecem com 17,1% e 9,9%, nesta ordem. Observa-se também que 39,6% das empresas que pretendem demitir são de médio porte, frente as de pequeno porte, com 32,4%. As empresas de micro e grande porte também apresentam percentuais significativos das que pretendem realizar desligamentos, com 17,1% e 10,8% (nesta ordem). Outro ponto abordado no estudo teve a ver com a Medida Provisória 936/20 – que flexibiliza os contratos de trabalho em tempos de pandemia. De acordo com o levantamento, 56,60% das empresas não fizeram negociação de redução de jornada e pouco mais de 60% das indústrias também responderam que não sentiram a necessidade de suspender os contratos de trabalho dos seus funcionários. Com essa decisão, a tentativa de equilibrar a folha de pagamento e as receitas ficou cada vez mais difícil, explicando assim o comprometimento e as reduções desenfreadas nos seus faturamentos. Dados Para a pesquisa, a FIEPE coletou o material entre os dias 8 e 13 de maio, que contou com a colaboração de 235 respondentes ISOLAMENTO MAIS RÍGIDO Lamentando o momento em que a indústria está vivendo, o presidente do Sistema FIEPE, Ricardo Essinger, teme que o cenário fique ainda pior nos próximos dias. Esse sentimento tem a ver com o isolamento mais rígido que começará a vigorar em breve. “Embora importante para não alastrar a doença, o isolamento mais rígido anunciado esta semana impõe um modelo de logística que não estamos preparados para absorver neste momento de crise”. A ponderação de Essinger está associada ao rodízio de veículos das frotas das indústrias, que, embora livre o transporte de bens essenciais, penaliza, por outro lado, atividades que dependam da importação de matérias-primas, por exemplo, impactando, mais uma vez, a recuperação do setor industrial. (Da Fiepe)

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Videoconferência vai tratar soluções tributárias às empresas

Como manter a atividade, pagar as contas e ficar em dia com o Fisco? Esses são os questionamentos diários que rondam qualquer empresa. Desde que a pandemia chegou, diversas medidas já foram tomadas pelo governo para suspender ou prorrogar o pagamento de tributos como o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Mas a conta nem sempre fecha. Então quais saídas as organizações têm? Para tratar o assunto, o Queiroz Cavalcanti Advocacia – um dos maiores escritórios jurídicos que atua no mercado corporativo no Norte e Nordeste – vai realizar um webinar gratuito, hoje (18). A transmissão da videoconferência “Oportunidades tributárias em tempos de crise” acontece às 17h. Mas é preciso fazer inscrição pelo Instagram: @qcaoficial. Entre os tópicos a serem debatidos estão o impacto de decisões tomadas pelo governo, a prorrogação no pagamento de tributos e medidas judiciais obtidas pelos contribuintes relacionadas, por exemplo, ao ICMS e IPTU. Também será abordada a questão do incentivo fiscal, o que muda no planejamento das empresas e também a recuperação de créditos de tributos pagos indevidamente. Participam o titular da área de direito tributário do escritório, Ricardo Varejão, e os sócios Rodrigo Acioly e Sérgio Papini. Para o bate papo, também foi convidado o sócio da consultoria Bernhoeft, que atende empresas nacionais e internacionais e atua na área de cálculos judiciais, gestão de riscos, automação de negócios e consultoria tributária. Ele também é presidente do comitê de auditoria do Porto de Suape, Almir Borges. #Serviço: O quê: webinar sobre soluções tributárias às empresas Quando: segunda-feira (18), às 17h Quanto: gratuito Inscrição: pelo instagram, no perfil @qcaoficial

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Aeroporto do Recife é considerado o melhor terminal regional do País

O Aeroporto Internacional do Recife Guararapes – Gilberto Freyre, administrado pela Aena Brasil, localizado na Zona Sul da capital pernambucana, foi considerado o melhor terminal aéreo regional do Brasil pelo World Airport Awards 2020. A premiação destacou o aeroporto recifense entre os dez melhores em três categorias. Ao todo são avaliados mais de 500 equipamentos de todo o mundo a partir da percepção dos usuários. O terminal recifense conquistou o quarto lugar entre os aeroportos regionais da América do Sul, ficando atrás apenas dos de Quito e de Guayaquil, no Equador, e do Buenos Aires Airpark, na Argentina, sendo o terminal brasileiro mais bem colocado na categoria, à frente de Congonhas, em São Paulo, e do Galeão, no Rio de Janeiro. O aeroporto local também conquistou a décima colocação na categoria dos melhores terminais aéreos da América do Sul - independentemente do porte - sendo um dos três brasileiros listados. Para além da estrutura física, o Aeroporto Internacional do Recife também foi reconhecido por sua equipe de profissionais, conquistando a nona posição na categoria de melhor “staff” da América do Sul, sendo, mais uma vez, um dos três brasileiros a figurar entre os dez mais bem colocados. Ao longo do ano de 2019, o aeroporto recifense teve movimentação de 8,5 milhões de passageiros, o mais movimentado do Nordeste, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O terminal também é fundamental para a conexão de toda a região com o restante do Brasil e com vários destinos internacionais. A World Airport Awards acontece desde 1999 e é promovida pela Skytrax, consultoria britânica do setor aeroportuário. AENA BRASIL – Administradora dos aeroportos do Recife (PE), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Aracaju (SE), Juazeiro do Norte (CE) e Campina Grande (PB), a Aena Brasil é controlada pela Aena Desarrollo Internacional, maior administradora aeroportuária do mundo. Além de gerir todos os terminais aéreos da Espanha, a empresa é responsável por terminais no Reino Unido, México, Jamaica e Colômbia

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Futuro da moda em pauta

Com o objetivo de discutir os cenários da moda diante da pandemia deflagrada pelo Coronavírus, o Centro Universitário UniFBV realiza na próxima terça-feira, dia 19, às 17h, um webinar com o tema: “Futuro da moda em pauta”. “A ideia é abrir um espaço para dialogar sobre o presente e o futuro da moda em meio a esta crise. As pessoas não estão consumindo a moda como antes e temos que pensar quais caminhos esse mercado vai tomar”, ressalta Julia Mattos, aluna do curso de Design de Moda do Centro Universitário UniFBV e uma das Coordenadoras da iniciativa. Participarão do debate online a Consultora de Imagem, Catarina Cavalcanti (tema: Como as cores estão influenciando neste momento? E como o mercado da Consultoria de Imagem está se comportando?); a Gerente da Wellman & Santos Representações, Thaysa Rolemberg (tema: Como as empresas de moda podem se destacar em tempos de Coronavírus e quais as tendências do mercado no pós pandemia?); a Professora de moda do UniFBV, Tatiana Oliveira; sócia da VoraGGe Plus Size (Toritama-PE), Brenda Caroline (tema: Impacto do Coronavírus no comportamento de consumo); o Professor do UniFBV, Hugo Cavalcante (tema: Maneiras de repensar o design pós pandemia) e a Gerente da loja Nega Fulô, Grazielle Menezes (tema: Macrotendência das vendas online: delivery no setor da moda).

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Micro e pequenas empresas têm dificuldade para obter crédito na crise

Diante do impacto econômico da pandemia de Covid-19 sobre as micro e pequenas empresas, bancos públicos, privados e entidades de incentivo ao desenvolvimento vêm anunciando novas linhas de crédito. Com juros menores, longos períodos de carência e pagamento facilitado, as estratégias buscam alavancar o setor empresarial mais prejudicado pela crise. Mas, nem tudo é tão simples quanto parece. Para se ter ideia, cerca de 60% dos donos de pequenos negócios já tiveram o pedido de crédito negado nos bancos desde o início da crise. De acordo com o Sebrae, o maior desafio são as garantias solicitadas pelas instituições financeiras para concessão do empréstimo. Analisando a questão mais a fundo, o problema está na falta de documentação necessária para a obtenção dos valores dentro dessas regras em especial o Balanço Patrimonial bem estruturado. Segundo Regina Fernandes, CEO do escritório de contabilidade Capital Social, existe um grande despreparo das pequenas e médias empresas no que tange a documentação. “Normalmente, essas empresas não valorizam o trabalho do contador. Como a empresa, em geral, é gerenciada pelos próprios donos, que não têm muito conhecimento sobre o assunto financeiro, imaginam o profissional contábil apenas como mal necessário e gerador de imposto. Assim, buscam o menor custo sem considerar toda possibilidade consultiva que esse profissional pode oferecer. Soma-se a isso o fato de que, mesmo em um cenário como esse, as instituições financeiras estão mantendo o mesmo padrão absurdo de burocracia”, avalia. “A combinação desses dois fatores dificulta o acesso ao crédito e a sobrevivência desses negócios”. Ao solicitar um empréstimo, é praxe apresentar alguns documentos, como o contrato social da empresa, declaração de faturamento, certidões negativas e balanço patrimonial do último ano. A instituição financeira também precisa entender como o dinheiro será aplicado e se a empresa tem capacidade de gerar caixa e quitar a dívida. “O ideal é traçar um plano, com prazos e metas, e apontar o destino do empréstimo. Um planejamento bem estruturado com demonstrações contábeis em linha desperta confiança durante a negociação”, aconselha Regina Fernandes. Sem contabilidade Atualmente, há 16 milhões de micro e pequenas empresas, de acordo com o Sebrae. Muitos, são negócios familiares, de bairro, com nenhum ou poucos funcionários. Quem presta o serviço costuma ser também quem lida com fornecedores, faz compras, pagamentos e fecha as contas do mês. São poucas as que têm um contador ou se utilizam de serviços de contabilidade de forma efetiva. Com todas essas limitações, é difícil que esses empresários façam planejamentos com frequência e estejam regulares em relação ao Fisco. “A contabilidade precisa ser entendida como uma parceria do negócio. Sua atribuição não é a de simplesmente gerar guias de impostos. Estar com a documentação financeira correta, atualizada, evita uma série de problemas futuros, como ter uma solicitação de crédito negada”. Tudo na ponta do lápis Antes de procurar um empréstimo, é preciso organização e planejamento. O valor arrecadado vai efetivamente ajudar o negócio ou colocar o empresário em uma bola de neve? Afinal, mesmo com boas condições de pagamento, uma hora os prazos vencem. Por isso, a recomendação é pesquisar e estudar as taxas de juros do mercado e confirmar a real necessidade de buscar dinheiro no mercado. “Se o empreendedor já tem empréstimo com um banco, nada o impede de pesquisar condições melhores em outras instituições. O Desenvolve-SP, por exemplo, tem a menor taxa de juros do mercado como um todo e a nova linha de crédito do Sebrae também é bastante vantajosa. Os bancos, por sua vez, ainda concentram os juros mais altos”, afirma Regina Fernandes, do Capital Social. Depois de decidir por um empréstimo e conseguir o dinheiro, é preciso se estruturar para a retomada do mercado, mantendo uma operação enxuta e gastando somente o necessário. “A gestão financeira deve ser fundamental nos próximos meses. É recomendável que as empresas façam um planejamento orçamentário anual, com análises mensais para fazer eventuais correções”, aconselha. “Quando o empreendedor fizer essa análise de caixa, é importante criar indicadores sobre a saúde do negócio usando métricas de acordo com as características do próprio negócio. E converse sempre com o seu contador, afinal ele é o médico de sua empresa”, finaliza.

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Demanda por bens industriais cai 11,9%, indica Ipea

O consumo aparente de bens industrializados caiu 11,9% em março deste ano na comparação com fevereiro. A informação foi divulgada hoje (12), no Rio de Janeiro, pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e mede tanto a demanda pela produção interna do Brasil quanto as importações de bens industriais. Segundo o Ipea, o consumo aparente de bens industriais em março foi 3% menor que no mesmo mês de 2019. Mesmo assim, os 12 meses encerrados em março apresentaram uma ligeira alta de 0,2%, na comparação com o período anterior. Com os dados de março, o primeiro trimestre do ano teve uma alta de 0,7% em relação aos mesmos meses de 2019. A produção nacional de bens industriais caiu 14% em relação ao resultado de fevereiro, segundo a pesquisa, e as importações industriais recuaram 1,3% na mesma base de comparação. A indústria de transformação foi mais atingida, com uma queda de 12,4% na demanda interna. Já a indústria extrativa mineral teve retração de 7,4% da demanda. Números em queda O segmento de veículos acusou queda de 34,3%, e outro destaque ficou com o recuo dos artigos de couro: -32,3%. Entre 22 setores pesquisados, somente o de outros equipamentos de transporte e o de borracha e plástico tiveram resultados positivos na comparação com fevereiro. Em relação a março de 2019, o resultado foi mais positivo, com 10 segmentos anotando crescimento. Na avaliação das categorias econômicas da indústria, a de bens de consumo duráveis teve a maior queda, de 28%. A indústria de bens de capital teve retração de 15,1%, e a de bens intermediários, de 5,6%. O mês de março foi o primeiro em que a transmissão comunitária do coronavírus havia sido confirmada no país. A circulação do vírus levou a medidas de isolamento social, forma de prevenção recomendada pela Organização Mundial de Saúde para evitar a sobrecarga do sistema de saúde. Segundo o governo de São Paulo, sem a quarentena, o estado poderia ter 40 mil mortes a mais. Em todo o país, a covid-19 fez mais de 11 mil vítimas. (Da Agência Brasil)

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Mercado financeiro prevê queda de 4,11% na economia este ano

O mercado financeiro revisou pela 13ª semana seguida a previsão de queda da economia este ano. A estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – piorou de 3,76% para 4,11%. A estimativa consta do boletim Focus, publicação elaborada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos. A previsão para o crescimento do PIB em 2021 segue em 3,2% e para 2022 e 2023 continua em 2,50%. Dólar A cotação do dólar deve fechar o ano em R$ 5, a mesma previsão da semana passada. Para 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 4,83%, contra R$ 4,75 da semana passada. Inflação As instituições financeiras consultadas pelo BC também reduziram a previsão de inflação de 2020. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu pela nona vez seguida, ao passar de 1,97% para 1,76%. Para 2021, a estimativa de inflação também foi reduzida, de 3,30% para 3,25%. A previsão para os anos seguintes - 2022 e 2023 - não teve alterações e permanece em 3,50%. A projeção para 2020 está abaixo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%. Para 2021, a meta é 3,75% e para 2022, 3,50%, também com intervalo de 1,5 ponto percentual em cada ano. Selic Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 3,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2,5% ao ano. A previsão anterior era 2,75% ao ano. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 3,5% ao ano. A previsão anterior era de 3,75% ao ano. Para o fim de 2022, as instituições mantiveram a previsão em 5,5% ao ano e, para o fim de 2023, a estimativa segue em 6% ao ano. (Da Agência Brasil)

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