Arquivos Z_Exclusivas - Página 106 De 363 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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9 fotos da Praia de Boa Viagem há quase um século

As imagens que destacamos hoje não são da Avenida Boa Viagem ou dos prédios e casas que estavam na orla em décadas passadas. Uma pesquisa no acervo da Revista da Cidade do Recife, com exemplares que estão digitalizados entre 1926 e 1929 pela Fundaj, podemos captar um pouco do lazer dos pernambucanos em uma de suas praias mais populares. As vestimentas de banho ou as roupas típicas de um passeio mais elegante são algumas surpresas. Nas próximas edições da coluna destacaremos mais fotos desse período. Algumas fotos têm alguma legenda da revista e o nome do autor. Clique nas imagens para ampliar.   . Dois cliques de F. Rabello, um dos principais fotógrafos da publicação . . Muitas poses para os registros . . Brincando de cabra cega nas areias de Boa Viagem . Confira as vestes de banho no lazer da praia . . Finalmente, uma foto apenas da paisagem dos coqueiros que enfeitam a praia . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Pós-pandemia: "PE pode ser afetado positivamente pelos investimentos chineses"

A China e os Estados Unidos estão no centro de uma disputa de gigantes que deverá afetar a globalização tal qual conhecemos. Para entender as tendências para o País asiático no cenário pós pandemia, conversamos com o cientista político e pesquisador do Instituto de Estudos da Ásia da UFPE e da Rede de Estudos Brasil China (RBChina) João Ricardo Cumarú. Confira! Como deverá ficar a relação da China com a América Latina após essa pandemia, visto que estamos diante de uma tendência de menos globalização e maior protecionismo dos países? No caso da América Latina há uma expectativa, em um primeiro momento, que a região seja fortemente afetada. Um relatório recente da Cepal alerta que o maior impacto da crise econômica gerada pela pandemia será na região, devido à alta dependência das exportações para a China e dos preços das matérias-primas. Entre os países, a maior queda deve ser registrada na Venezuela, onde a estimativa é que o PIB alcance 18% negativo este ano. Equador, México e Argentina devem ter contração de 6,5% na economia, enquanto no Brasil a previsão era de uma queda de 5,2% no PIB, já revisada pelo FMI essa semana para 9,1%. Assim como no continente africano, nos países latino-americanos houve uma queda expressiva na atividade de investimentos chineses. As fusões e aquisições chinesas na América Latina, por exemplo, atingiram 18 transações no valor de US $ 8,9 bilhões em 2019, mas nos três primeiros meses de 2020 totalizaram apenas US $ 163 milhões em três negócios. Todavia, acredito que o continente já tem papel geopolítico bastante relevante para os chineses e, quando eles recomeçarem a olhar para investimentos no exterior a América Latina certamente estará no radar, com o país asiático desempenhando um papel fundamental em projetos de infraestrutura regional e investindo em setores como geração de energia e mineração. Pernambuco poderia ser afetado negativamente ou positivamente? No caso do Brasil, apesar do discurso sinofóbico de figuras expressivas do governo federal, os chineses são muito pragmáticos e sabem que essas desavenças são passageiras. A demanda chinesa e a oferta brasileira de carnes, grãos e de oportunidades na área da infraestrutura mostra a complementaridade entre os dois países. Não podemos esquecer do campo da tecnologia, com o desenvolvimento da rede 5G, chave da guerra comercial China-EUA. O Embaixador chinês Yang Wanming tem afirmado que as relações comerciais sino-brasileiras têm muita margem para serem ampliadas e anunciou recentemente que, em julho, autoridades e empresários chineses farão uma reunião online com o Brasil para tratar de temas como investimentos e obras de infraestrutura. Pernambuco, apesar de concentrar apenas 3% do comércio bilateral Brasil-China, também tem muitas potencialidades a serem exploradas. Além de contar com um dos três Consulados Gerais da China no Brasil, possui uma sede modelo do Instituto Confúcio (instituição de promoção cultural e do mandarim), é uma região com rico potencial de geração elétrica por fonte eólica e solar, rica em recursos agrícolas, possui um porto importante que serve de ligação com outros continentes, o Porto de Suape; além de concentrar um parque tecnológico de relevância nacional, o Porto Digital; e se mantém como um centro de comércio, indústria, serviço e transporte com forte potencial de desenvolvimento. Nesse sentido, acredito que Pernambuco possa ser afetado positivamente pelos investimentos chineses em um cenário pós-pandemia, desde que esteja atento às oportunidades que daí surgirão. Que projetos poderiam ter maior potencial de atração de investimentos chineses para o Estado de Pernambuco? Em um potencial cenário de recuperação econômica, ainda que lenta, grandes obras estruturadoras como o Arco Metropolitano, a expansão do Porto de Suape, a conclusão da Transnordestina e do Projeto de Integração do São Francisco deverão ser retomadas ou aceleradas. Todas essas obras estão no radar de grandes empresas chinesas, como a CCCC, SPIC, Sinopec, entre outras. No campo comercial, em entrevista essa semana à agência de notícias chinesa, Xinhua, a ministra da Agricultura Tereza Cristina, falou que o governo trabalha para ampliar a cesta de produtos agrícolas brasileiros exportados à China e as frutas estão entre as prioridades para venda. Em 2019, o Rio Grande do Norte começou a exportar melão para o mercado chinês; e, segundo a ministra a próxima fruta em negociação é a uva. Essa é uma das janelas de oportunidades que é possível vislumbrar para Pernambuco no comércio com a China, uma vez que 40% das exportações de uva no Brasil são provenientes do Vale do São Francisco, na região de Petrolina e Juazeiro.

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Pernambuco inicia estudo de tratamento com plasma convalescente

O Hemocentro de Pernambuco (Hemope) iniciou o agendamento de pacientes recuperados da Covid-19 que queiram participar voluntariamente de estudo clínico com plasma convalescente para o tratamento de doentes graves internados em unidades hospitalares no Estado. Esta etapa dá início à pesquisa experimental que envolve o Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC) e o Procape, ambos da Universidade de Pernambuco (UPE); e o Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Para ser um doador de plasma convalescente - termo que se refere ao plasma de pessoas que se recuperaram recentemente de uma infecção, sendo rico em anticorpos contra aquele agente que causou a doença -, é necessário que o candidato tenha apresentado sintomas da Covid-19 (pacientes sintomáticos) e que esteja recuperado há mais de 30 dias, além de ser do sexo masculino e ter entre 18 e 69 anos. Também é exigida a confirmação do exame laboratorial (PCR, sorologia ou teste rápido), de forma impressa ou foto no celular. De acordo com o médico infectologista e também pesquisador e professor da UPE, Demócrito Miranda, por terem mais chances de causar uma reação conhecida como lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão (TRALI), por conta da presença de anticorpos que são produzidos durante a gestação, o plasma das mulheres não será utilizado no estudo clínico. "É importante destacar que a pesquisa é experimental, supõe-se que funcione, mas precisamos de análises sobre a efetividade do tratamento, que será destinado a pacientes graves, hospitalizados e com pior prognóstico", afirma. O agendamento para um atendimento presencial no Hemope, nesta primeira semana, deve ser feito por telefone (3182-4630), de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 16h. A página do Hemope (http://www.hemope.pe.gov.br/) pode ser consultada para informações. O Hemope será responsável por realizar a coleta do material e os exames necessários para qualificar o plasma como convalescente. Uma amostra de sangue também será coletada para análise da presença de anticorpos da Covid-19. "Nesta primeira fase precisamos de um banco de plasma que atenda aos critérios, ou seja, que possuam os anticorpos da doença, para posterior encaminhamento às unidades hospitalares. Por isso, é importante respeitar os critérios para doação. Pode ocorrer do paciente doar o plasma mas não ter o anticorpo, por exemplo. Após a coleta, o Hemope irá realizar as análises que são imprescindíveis para classificar e avaliar o material como plasma convalescente ou não", pontua Demócrito. O estudo terá 110 pacientes no grupo que receberá o plasma e 110 no grupo controle. As unidades hospitalares farão a seleção dos pacientes graves que receberão o plasma. Hemope precisa de doadores de sangue - É preocupante o estoque de bolsas de sangue do Hemope. Desde o início da pandemia da Covid-19, o número de doações vem diminuindo de forma expressiva a cada mês. Atualmente, a situação está crítica para os tipos sanguíneos A-, A+, B+, O- e O+, e os demais, estão em estado de alerta. O retorno das cirurgias eletivas nos hospitais, que são cirurgias que não são de urgência, aumentam ainda mais a preocupação do Hemocentro. Por essa razão, significativa e solidária para com aqueles que estão precisando de sangue, a unidade solicita o apoio da população pernambucana para realizar a doação. De acordo com a diretora de Hemoterapia, Anna Fausta, a situação de estoques de bolsas de sangue está crítica. “Por isso a nossa preocupação de atender devidamente os hospitais, uma vez que precisamos de uma média diária de doações e, infelizmente, não estamos conseguindo alcançar”. Para ela a esperança é que os doadores ajudem a repor esse estoque para o Hemope continuar cumprindo a missão de salvar vidas. “Nada fazemos sozinhos sem que todos estejam unidos e prontos para oferecer o seu sangue e a sua solidariedade em prol de todos aqueles que estão precisando”, lembrou Anna Fausta. Para doar sangue, a pessoa deve ter entre 16 anos e 69 anos e 11 meses (59 anos e 11 meses para a primeira doação). Os menores de 18 anos precisam da presença do responsável legal (pai ou mãe), bem como levar xerox da identidade. É necessário ter mais de 50 kg, estar alimentado e em boas condições de saúde, além de apresentar um documento original, com foto (identidade, carteira de habilitação ou carteira de trabalho). Também é necessário respeitar os intervalos entre as doações de sangue, que são de três meses, para homens, e quatro meses, para mulheres. É importante o doador agendar para evitar aglomerações. No Recife, o agendamento é feito pelo número 0800-081-1535. Para ligações interestaduais: (81) 3182-4630. Já na sede de Caruaru, o agendamento é feito pelo (81) 3719-9569.

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Recife registra 45 dias de queda nos indicadores de Covid

O número de novos casos de covid-19, na capital pernambucana, está em queda há 45 dias. O Recife, que já chegou a ser responsável, em abril, por 54% dos casos do Estado, fechou o mês de junho com 21% de todos os novos casos de Pernambuco. O anúncio foi feito pelo prefeito Geraldo Julio na manhã desta quarta-feira (1º), quando ele também divulgou que 65% dos pacientes internados nas UTIs dos hospitais de campanha municipais são de outras cidades. O prefeito Geraldo Julio ressaltou que a atitude de cada um é importante para enfrentar essa nova etapa da pandemia. “O Recife chega a 45 dias de redução da covid. Este é um resultado do trabalho de todos e eu quero agradecer a população. No mês de abril mais da metade dos casos de coronavírus eram de recifenses. Hoje nós somos um a cada cinco casos no Estado e atualmente 65% dos pacientes que estão ocupando as UTIs dos nossos hospitais de campanha são de outras cidades. Depois de todas essas semanas de redução, o mais importante agora é a prevenção, são os cuidados. A higiene, a distância um do outro, o uso da máscara, os cuidados com os grupos de risco e o engajamento no rastreamento. Tudo isso passa a ser mais importante agora”, afirmou. Assim como em outras partes do mundo, o novo coronavírus chegou ao Estado pela capital, se espalhou pela Região Metropolitana e só depois se interiorizou. Em abril, a capital registrou 3.723 casos - 54% das ocorrências do Estado. No mês de maio, quando o Recife e outros quatro municípios da RMR tiveram 15 dias de quarentena rígida, a cidade chegou a registrar 11.694 casos - 42% do total de novos casos de Pernambuco. Nesse mês de junho, quando a capital teve 5.182 casos, o percentual caiu para 21%. O deslocamento da maior incidência da covid-19 para fora da capital, em direção ao interior do Estado, também foi comprovada por estudo divulgado pela Fiocruz Pernambuco no mês de junho. Outro forte indicador da desaceleração da pandemia na capital pernambucana, desde o dia 16 de maio, é o crescente número de moradores de outras cidades internados nos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais de campanha municipais. Dos 169 pacientes internados nesta terça (30), 109 são de outros municípios (65%), enquanto 60 são residentes do Recife. (Da PCR)

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Drive-in de cinema estreia dia 16 no Recife

A capital pernambucana recebe no dia 16 de julho a estreia do primeiro drive-in dos tempos atuais do Estado. O Planeta Drive-in Recife acontecerá na Zona Sul da cidade, na arena entre as avenidas Boa Viagem e Antônio de Góes, no Pina, agora transformada em um grande cinema a céu aberto. Serão três sessões de filme na data de estreia às 16h, 19h e 22h com pré-venda a partir de 9 de julho no site www.planetadrivein.com.br. Além de permitir a  retomada do entretenimento fora de casa, o projeto pertence a uma rede com edição-sede em Curitiba. O calendário do drive-in incluirá ainda palestras e shows em datas a serem divulgadas em breve. O Planeta Drive-in Recife, segundo seus proprietários, segue rígidos processos de segurança alinhados com os órgãos competentes do município. "Vivenciamos um novo formato de socialização e os drive-ins, depois das lives, tomam conta do cenário do entretenimento mundial. Vamos colocar Recife nesta rota ao unir o resgate de um formato de cinema a uma nova infraestrutura de gastronomia e serviços com comodidade e segurança ", comenta a produtora de eventos Juliana Cavalcanti, responsável pela vinda do projeto. Os drive-ins decolaram nos anos 50 pelo mundo como opção de entretenimento familiar e agora volta ressignificados. O diferencial do projeto no Recife será a exibição de filmes novos, para várias idades e premiados. São alguns: Era uma vez em Hollywood, Sonic - O Filme e os os vencedores do Oscar, 1917 e Parasita. As exibições no Recife acontecerão com telão de 4K com 144m2 em alta resolução, já o áudio poderá ser transmitido, via rádio, direto aos sistemas de som dos carros. Não faltarão comidinhas para acompanhar a sessão: será possível fazer os pedidos via aplicativos, sem contato, e os atendentes irão direto levar os petiscos aos veículos. O uso do app será também utilizado para organizar as filas aos banheiros, assim evitando qualquer tipo de aglomeração. A sessão custará a partir de R$ 70 por carro e capacidade até quatro pessoas no veículo.

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Fragmentos de óleo ainda poluem praias de Pernambuco

Da Agência Brasil A Marinha informou que continua monitorando o aparecimento de pequenos fragmentos de óleo no litoral do Nordeste. Desde o último dia 19, porções do produto de origem desconhecida voltaram a atingir praias e costões dos estados de Alagoas e Pernambuco. Em nota, a Marinha informou que todo o óleo está sendo recolhido à medida que chega à costa, e amostras são enviadas para análise no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira. No instituto, mantido pela Marinha em Arraial do Cabo, litoral do Rio de Janeiro, especialistas analisam elementos que possam contribuir para identificar a origem do produto. Há quase um ano, toneladas da substância surgiram em alto-mar e atingiram praias, costões, manguezais e outros habitats de todo o litoral do Nordeste, além de alguns locais do Espírito Santo e da costa norte do Rio de Janeiro. Após meses sem registro de novas ocorrências, fragmentos de óleo voltaram a ser encontrados no último dia 19. Para especialistas, após permancer por meses em repouso no fundo do mar, a substância voltou a se soltar devido à ação das correntes marítimas combinada a fatores meteorológicos que, juntos, revolveram o fundo do oceano, carregando o óleo. Ontem, vestígios do produto foram recolhidos no litoral capixaba, em São Mateus. Equipes da Capitania dos Portos dos Espírito Santo estiveram no local. Segundo a Marinha, análises preliminares “indicam ser o mesmo tipo de óleo que chegou à costa brasileira em 2019”. Em nota, a prefeitura de São Mateus confirma que "uma quantidade bem pequena" de pequenos fragmentos de óleo foi encontrada e recolhida na areia da Praia do Bosque, na Ilha de Guriri, em São Mateus Conforme a Agência Brasil noticiou, até o início da semana passada, novas ocorrências foram registradas em três praias de duas cidades do litoral sul pernambucano (Cupe e Muro Alto, em Ipojuca, e Tamandaré, no município de mesmo nome) e em duas localidades do litoral de Alagoas (Praia da Lagoa do Pau, em Coruripe, e Praia da Lagoa Azeda, em Jequiá da Praia). “Desde então, ações da Marinha, em coordenação com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), bem como com autoridades ambientais dos estados e municípios, vêm sendo realizadas para mitigar os efeitos e avaliar as circunstâncias desse evento”, acrescentou a Marinha, que, até o momento, não sabe a origem do óleo. “Avaliações permanecem sendo realizadas com a participação da comunidade científica.”

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João Canto: "Já é possível verificar uma alteração na ordem das exportações de PE"

O que acontecerá com o mercado internacional e com o comércio exterior no cenário pós-pandemia? Conversamos com o internacionalista e fellow do Iperid, João Canto, que apontou as tendências globais e as preocupações e oportunidades para o Estado de Pernambuco. Confira a entrevista abaixo. . Quais as principais tendências para o mercado internacional no cenário pós-pandemia? A curva do crescimento do comércio internacional acompanha, quase que fielmente, os picos e baixas da curva de crescimento do PIB mundial. Quando ocorreram fatos que configuraram quedas e altas no PIB mundial, a curva de comércio internacional correspondia, porém de maneira mais volatilizada. A China, por exemplo, já vem há algum tempo reduzindo seu PIB, o que afeta outros países fornecedores e consumidores em efeito cascata. Quando há uma diminuição produtiva na indústria chinesa, o resto do mundo sente por dois motivos: menos demanda por alguns materiais de fornecedores internacionais, e menos ofertas de produtos oriundos daquele país. O efeito é cíclico e retroalimentado. Considerando que a projeção do PIB mundial para 2020, segundo o Banco Mundial, é de -5,2%, existem duas projeções do desempenho do comércio internacional efetuado pela OMC: Otimista (-13%), e Negativa (-30%). Adaptado pelo autor. Fontes: World Bank, IMF, TradeMap Lendo o gráfico acima, do ponto de vista do comercio internacional, acredito fortemente que grande parte dos países deverão rever suas cadeias globais de valor, diminuindo a concentração de produção em um único país, pulverizando em mais de um país fornecedor, inclusive trazendo parte da cadeia para o mercado doméstico, a fim de não ficarem refém do processo produtivo centralizado. . Que setores seriam mais ou menos afetados? Ainda é muito cedo para ter um horizonte preciso dos setores de produtos que terão uma retomada mais curta ou mais longa. As projeções ainda estão bastante incertas, uma vez que estão ainda identificando como o consumo passará a ser notado de agora em diante. Estritamente do ponto de vista do comércio internacional, acredito que a retomada deverá ser gradual. No curto prazo, arriscaria dar maior ênfase para retomada de commodities, materiais ou bens de menor valor agregado, produtos de relativa necessidade imediata, que são caracterizados por terem uma demanda massiva, consumo com ciclo alto, principalmente se forem vinculadas à alimentação, energia, embalagens. Os produtos com mais valor agregado, deverão experimentar uma retomada um pouco mais lenta, porém gradual, ainda no curto prazo, principalmente aqueles produtos vinculados às cadeias de telecomunicações e TIC, e pouco à pouco abrangendo outros segmentos, como químicos, plásticos, etc. Bens com maiores valores agregados deverão apresentar retomada em médio prazo. Produtos supérfluos naturalmente deverão apresentar uma retomada ainda mais lenta, por atenderem mercados extremamente nichados. Lembrando que todo o horizonte é totalmente incerto e dependerá exclusivamente dos novos hábitos de consumo que deverão se estabelecer após a pandemia, que ditará o ritmo. Importante citar que serviços especializados poderão experimentar crescimento, se puderem ser oferecidos e executado independente das fronteiras, principalmente alicerçados na utilização da internet para alcançar clientes e entregar resultados. Serviços logísticos também possuem grande tendência de crescimento, devendo se adaptar às necessidades do chamado “novo normal”, seja através de serviços de e-commerce, ou com serviços específicos de suporte ao comércio internacional, principalmente para pequenas e médias empresas se tornarem mais competitivas e acessíveis no mercado internacional. . Como ficam o Brasil e Pernambuco nesse novo cenário para o comércio exterior, com menor velocidade da globalização e tendências de mais incentivo à produção interna? Acredito que não somente a produção, mas também um maior incentivo por consumir produtos locais, que vem aumentando a tendência há algum tempo, prévio à pandemia inclusive. Isso poderá ser uma das vias para uma retomada da economia doméstica, no médio prazo. Se há consumo, há necessidade de produção. A tendência de consumo sob demanda será aplicada fortemente, começando de forma localizada e ganhando espaço regional, principalmente com e-commerce. Segundo o relatório do Euromonitor, do início de 2020, já havia “o desejo do consumidor de adotar e atrair um sentimento de individualidade e crescimento da identidade nacional oriundos de inspirações locais. Também há uma expectativa cada vez maior das multinacionais terem respostas apropriadas e criativas para a cultura, normas sociais e hábitos de consumo locais”. Uma vez que multinacionais estão envolvidas, é quase impossível dissociar local do global. Sempre haverá materiais, insumos ou processos oriundos de outros países para produzirem e atenderem a demanda local. No mesmo sentido, as indústrias domésticas deverão explorar esta tendência, buscando atender uma demanda crescente que busca produtos com aspecto e autenticidade local, com características e percepções de aproximação entre produção e consumo. Porém, é fato que apenas o consumo interno não resolve sozinho o problema da produção, principalmente no curto prazo. Nossas cadeias globais de valor nunca deixarão de ser globais para se tornarem completamente locais. Uma vez que a cadeia de valor é global, via de regra não tem mais como voltar atrás. Portanto, fica mais evidente a importância do comércio exterior, principalmente da exportação, sendo estratégico para impulsionar a retomada econômica das empresas, seja adquirindo materiais de forma mais eficiente, seja atingindo novos mercados consumidores. O grande desafio é identificar onde e como estará o apetite do consumo para cada tipo de produto ofertado, para que a cadeia de valor possa atuar. . Qual era o cenário das exportações de Pernambuco antes da pandemia? Em 2019, os cinco principais produtos (por capítulo, dois dígitos) da pauta exportadora de Pernambuco foram, na ordem: Veículos, Combustíveis, Plásticos, Frutas e Açúcar. Totalizaram USD1,13 bilhões, representando 78% da pauta exportadora. No mesmo modelo, a pauta de exportação brasileira foi composta por: combustíveis, sementes e frutos (soja, por exemplo), minérios, carnes, reatores. Totalizaram USD110,4 bilhões, 49% da pauta. Comparativamente, em 2020 (até maio), Pernambuco exportou, na ordem: Combustíveis, Plásticos, Veículos, Açúcar, Máquinas. Totalizaram USD484,1 milhões, e 78% da pauta. As exportações brasileiras foram lideradas por: Combustíveis, Sementes, Minérios, Carnes, Ferros fundidos. Totalizam, até o momento, USD47,5 bilhões, 56% da pauta. . . Analisando, entre 2019 e 2020 (projetando), é possível verificar uma alteração no desempenho e na

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Pernambuco tem mais de 40 mil pacientes recuperados da Covid-19

Da Secretaria Estadual de Saúde O Boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) com o detalhamento epidemiológico da Covid-19, nesta segunda-feira (29.06), traz uma marca expressiva: Pernambuco já passou de mais de 40 mil recuperados da doença. Ao todo, são 40.088 pessoas curadas do novo coronavírus. Desse total, 9.191 são de casos graves - aqueles pacientes que passaram por internamento em unidade hospitalar e já receberam alta - e 30.897 casos leves. “São dados que superam a frieza dos números e nos motivam a continuar trabalhando incansavelmente para abrir novos leitos, salvando mais vidas. Até agora, neste que já é o maior esforço sanitário, logístico e de mobilização de recursos humanos da nossa história, já abrimos mais de 1.700 leitos, sendo 776 de UTI”, disse o secretário estadual de Saúde, André Longo. O boletim de hoje também aponta que, após 3 meses com taxa de ocupação acima de 80% e atingir pico de 300 pacientes suspeitos aguardando, temporariamente, vaga de terapia intensiva no mês de maio, os leitos de UTI voltados para casos suspeitos e confirmados da Covid-19 em Pernambuco atingiram a ocupação média de 77% – taxa que não era alcançada desde o dia 05 de abril. Desde o início de junho, as solicitações ativas para vagas de UTI de pacientes com a doença têm disponibilização imediata de leito, já que a oferta é maior que a demanda. Ao todo, neste momento, de acordo com dados da Central de Regulação de Leitos, que é responsável pelo encaminhamento de pacientes aos estabelecimentos de saúde vinculados ao SUS, há mais de 200 leitos de UTI vagos na rede e a lista de espera está zerada. “Esses números confirmam a tendência de estabilização da Covid-19 em Pernambuco, mas também deixam claro que ainda não é o momento de relaxarmos e comemorarmos, além de não podermos nos precipitar. Algumas regiões, como o Agreste, ainda apresentam dados discrepantes e, se houver descuidado, nada impede uma segunda onda de contaminação. Por isso, os pernambucanos têm um papel determinante e precisamos manter distanciamento social, assim como as medidas de higiene, uso de máscara e o maior isolamento social possível”, destacou André Longo.

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Mais respiradores para o interior de Pernambuco

Chegaram a Petrolina neste final de semana seis caminhões carregados com 50 respiradores, 50 monitores multiparamétricos, 31 camas hospitalares, 40 concentradores de oxigênio e 108 mil itens de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) enviados pelo Governo de Pernambuco, dentro dos esforços para ampliar a rede de assistência aos pacientes com a Covid-19 no Sertão do São Francisco. Enquanto os números da Covid-19 no Recife e na Região Metropolitana têm caído, o avanço da pandemia preocupa no interior. Do total, 40 respiradores, 40 monitores e 45 mil unidades de EPIs foram enviados para o Hospital Universitário da Univasf. Além disso, outros 10 respiradores, 31 camas hospitalares, 10 monitores, 63 mil unidades de EPIs e os concentradores de oxigênio vão reforçar a estrutura da UPAE Petrolina. Os equipamentos irão possibilitar a abertura de novas vagas de UTI na cidade. (Do Blog do Governo de Pernambuco)

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Empresários pernambucanos estão mais confiantes que a média nacional

Do Sistema Fiepe Depois de registrar em abril deste ano a terceira maior queda desde a sua série histórica, iniciada em 2010, com 36,7 pontos, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de Pernambuco começa a se afastar dessa realidade. Neste mês de junho, o índice chegou aos 43,5 pontos, o que se configura um aumento significativo da confiança do empresário após as medidas de flexibilização da economia. O resultado, no entanto, não deve ser comemorado porque o número permanece abaixo da média dos 50 pontos e, portanto, se mantém no cenário pessimista. De acordo com economista da FIEPE, Cézar Andrade, embora a conjuntura ainda seja difícil, o empresário começa a ter alguma esperança sobre o futuro dos seus negócios. “O que, de certo modo, reflete na confiança e isso vem numa escalada. Na comparação com maio recente, o índice cresceu 6,4 pontos”, explicou. Em maio de 2020, o ICEI estava em 37, 1 pontos. No entanto, se comparado ao mês de junho de 2019, nota-se uma queda brusca de 16,2 pontos percentuais. Naquele ano, o índice estava acima da média e registrava 57,5 pontos. “No ano passado, apesar do cenário econômico não ser dos melhores, pois estávamos em recuperação, era totalmente diferente do que vivemos hoje: com empresas diante de um cenário incerto provocado por uma doença capaz de estremecer o mercado internacional”, avaliou Andrade. Para se chegar ao resultado dos 43,5 pontos, a FIEPE considerou as opiniões dos empresários sobre as condições atuais e as expectativas com relação ao futuro. Isoladamente, o índice das condições atuais no mês de junho cresceu 3,6 pontos, saindo de 30,2 pontos em maio para 33,8 em junho. “Isso mostra que os subcomponentes das condições atuais, que dizem respeito à economia nacional, estadual e às empresas, estão melhorando na percepção dos empresários”, frisou o economista. No pico da pandemia, nos meses de abril e maio, esse índice estava em queda em razão dos efeitos do isolamento social e da diminuição do consumo, o que acarretaram um fluxo menor da circulação das mercadorias, dos insumos e dos trabalhadores, reduzindo também as receitas das empresas. Já o índice de expectativas de junho, também sinalizou uma melhora em relação ao mês anterior. O indicador registrou aumento de 7,7 pontos em relação a maio de 2020 (40,6) e chegou a 48,3 pontos em junho. “Isso é reflexo das ações de flexibilização da economia pelo País inteiro, o que tem dado aos empresários alguma previsibilidade diante de meses tão difíceis que vivemos”, relembrou Cézar Andrade.

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