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Há 160 anos o Recife recebia a visita de Dom Pedro II

Em 1859 era o Recife a mais importante capital das províncias do Norte do Brasil, possuindo um movimentado ancoradouro, o Teatro de Santa Isabel (1850), o Palácio do Governo (1841), um moderno Cemitério Público (1851), Gabinete Português de Leitura (1851), a Casa de Detenção (1856), o Ginásio Pernambucano (1855), a Faculdade de Direito (transferida de Olinda em 1853), iluminação à gás carbônico em suas ruas centrais (1859), com as obras da ferrovia Recife-São Francisco iniciadas, quando se anunciou a visita do Imperador Dom Pedro II e da Imperatriz Tereza Cristina. A notícia da visita foi trazida pelo vapor Milford Haven, que fez com que toda população ficasse à espera da armada imperial por todo o dia 21, segundo noticia o Diario de Pernambuco, de 22 de novembro de 1859: "Desde as cinco horas da madrugada, inúmeras famílias transportaram-se às ruas da Cadeia e do Colégio [Rua do Imperador e Praça 1817] por onde deveria passar o préstito imperial, os trabalhadores deixaram suas ocupações, os artistas largaram suas oficinas, os Corpos do Exército estiveram em seus quartéis, prontos ao primeiro sinal, o povo, enfim tendo ansiedade e prazer estampados nos semblantes, vagou de um a outro lado nas imediações do Cais de Desembarque e lugares e onde existem preparados iluminações e regozijos. – Ainda porém desta vez falharam os cálculos dos inventores de notícias.” A chegada do Imperador Dom Pedro II e da Imperatriz Tereza Cristina acontece no dia 22 de novembro de 1859, a bordo do navio Apa, sendo descrito com cores forte pelo Diario de Pernambuco do dia seguinte, com direito a registros do fotógrafo Augusto Stahl (Bérgamo, Itália 1828 – Alsácia, França 1877), que se encontrava no Recife documentando os trabalhos da Estrada de Ferro Recife – São Francisco. O noticiário da chegada ocupa toda primeira página do Diario de Pernambuco de 23 de novembro, ressaltando o noticiarista a exclamação do Imperador ao desembarcar: “Pernambuco é um céu aberto e, na realidade, a Veneza Americana, seduzia e encantava, pois, como mágica sereia estava deslumbrante de esplendores”. A visita do imperador e da imperatriz a Pernambuco é contada em noticiário diário pelo periódico fartamente ilustrado O Monitor das Famílias – Periódico de Instrução e Recreio – Série Extraordinária, cujo primeiro número circula na data de 2 de dezembro de 1859. A estada do casal se prolonga até 24 de dezembro de 1859, quando às cinco horas da manhã embarcam com destino ao Porto de Cabedelo, na Paraíba. Durante sua temporada em Pernambuco Dom Pedro II fez sucessivos passeios ao Recife (Arsenal de Marinha, Hospital [Pedro II], Asilo de Mendicância, Gasômetro, Arsenal de Guerra, Madalena, Remédios, Afogados, Saneamento, Hospital Militar, Caxangá, Açude do Prata, Apipucos, Monteiro, Beco do Quiabo, Poço da Panela, Igrejas de São Pedro, Pilar, São Francisco, do Carmo, Conceição dos Militares, Belém), bairros de Santo Antônio, São José e do Recife, Alfândega, Cemitério de Santo Amaro, Lazareto do Pina, Várzea, Montes Guararapes, Fundição Starr, Ginásio Provincial, Teatro Apolo), conforme se depreende das anotações do seu Diário. Organizado por Guilherme Auler, Recife: Arquivo Público, 1952. Em plena juventude, aos 34 anos, Dom Pedro II mostrou-se grande cavaleiro enfrentando cavalgadas pelo interior da província, onde teve oportunidade de conhecer Olinda, Igarassu, Bujari, Goiana, Tejucupapo, Itamaracá (onde foi conhecer a mangueira de Sancha), Vitória de Santo Antão, Tabocas, Escada, Jaboatão, Pirapama, Moreno, Rio Formoso, Tamandaré; aproveitando para conhecer as obras da Ferrovia Recife-São Francisco em suas oficinas no Cabo de Santo Agostinho e no Túnel do Pavão.

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Crítica: Frozen 2

Mais desafiador que lançar um filme que agrade crítica e público é lançar uma sequência que supere ou, ao menos, equipare-se ao primeiro. Por isso, sempre que sai um novo longa de alguma franquia surge a inevitável pergunta: será melhor que o anterior? Pois bem, a bola da vez é a animação Frozen 2, que estreia no Brasil em 2 de janeiro de 2020. Enquanto os fãs brasileiros terão de esperar um pouco mais, a animação já estreou há duas semanas nos EUA. Arrecadou na estreia US$ 130 milhões (R$ 550 milhões) e já se aproxima da marca de US$ 300 milhões. O sucesso nas bilheterias nem sempre é diretamente proporcional à qualidade de um filme. É o que acontece com Frozen 2, bem inferior ao seu antecessor.     Na trama, Elsa parte em busca de respostas sobre seu passado e a origem de seus poderes, motivada por uma história contada por seu pai, quando ainda estava vivo, sobre a época em que era príncipe de Arendelle. A nova aventura não tem a mesma pegada e imponência da primeira, tem cara de filme que costuma ser lançado diretamente em DVD e Blue-ray. Ainda assim, não deixa de exibir cenas de encher os olhos, como a do embate no mar que, inclusive, aparece no trailer oficial. Quando o assunto é Frozen, difícil não falar sobre a trilha sonora. Como esquecer de "Let It Go", ganhadora do Oscar de Melhor Canção, ou "Do You Want To Build a Snowman?"? No entanto, em Frozen 2, poucas se destacam, com exceção da música tema de Elsa, "Into the Unknown". Polêmica Frozen 2 segue fazendo sucesso nos países onde estreou, levantando também muita polêmica. A mais recente aconteceu na Coreia do Sul. De acordo com o The Hollywood Reporter, uma organização não governamental chamada Public Welfare Committee (Comitê do Bem-Estar Público) acusou a Disney de monopolizar os cinemas do país. A animação chegou à Coreia do Sul em 23 de novembro, acupando 88% das salas. A Disney ainda não se pronunciou quanto à acusação.  

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Pesquisa: Recife é a cidade com maior investimento por aluno no NE

Dados do anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, lançado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), apontam que as cidades selecionadas da Região Nordeste ampliaram os recursos aplicados em educação em 2018. Dos 25 municípios analisados, apenas sete tiveram retração no gasto na área, sendo três capitais. O estudo apontou ainda as despesas por aluno das cidades selecionadas do Nordeste. Recife (PE) teve o maior gasto, com R$ 9.709,00, seguida por Camaçari (BA), com R$ 8.701,82; e Salvador (BA), com R$ 8.382,59. Os valores são corrigidos pelo IPCA médio de 2018. Das capitais, Teresina (PI) foi a que registrou a maior queda: 9,8%, caindo de R$ 565,3 milhões aplicados em 2017 para R$ 510 milhões em 2018. Outras duas capitais aparecem nessa situação: João Pessoa (PB), com redução de 2%, e São Luís (MA), com queda de 1,8%. Já os principais avanços entre as cidades selecionadas pelo estudo foram Nossa Senhora do Socorro (SE), com aumento de 48,4%, ampliando o gasto de R$ 78,2 milhões em 2017 para R$ 116 milhões em 2018; Camaçari (BA), que aumentou de R$ 226,4 milhões para R$ 287,5 milhões, no período analisado, com alta de 27%; e Caruaru (PE), com aumento de 22,1%, passando de R$ 182,6 milhões para R$ 223 milhões. Em sua 15ª edição, a publicação utiliza como base números da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentando uma análise do comportamento dos principais itens da receita e despesa municipal, tais como ISS, IPTU, ICMS, FPM, despesas com pessoal, investimento, dívida, saúde, educação e outros. O Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil foi viabilizado com o apoio da Estratégia ODS, União Europeia, ANPTrilhos, Huawei, Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Saesa, Sanasa Campinas e Prefeitura de São Caetano do Sul. Panorama Brasil: despesa municipal com educação atinge seu maior valor histórico Segundo análise feita pelo anuário Multi Cidades, após três anos consecutivos de queda, as despesas com educação cresceram em 3,7% em 2018, passando de R$ 157,76 bilhões, em 2017, para R$ 163,55 bilhões. Esse valor supera o montante de 2014 e assume o maior patamar de recursos aplicados à área desde 2002, início da série histórica. Os valores são corrigidos pelo IPCA médio do ano. Essa alta é reflexo do avanço real de 5,8% da receita total dos municípios. Entre as verbas destinadas à educação, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) tiveram elevações de 3,4% e 8,5%, respectivamente, o que representou um incremento de R$ 3,94 bilhões ao financiamento da educação em 2018. As receitas do Fundeb, que chegaram a R$ 91,06 bilhões, significaram 55,7% de todo o desembolso municipal com educação. O saldo Fundeb das cidades, ou seja, a diferença entre o valor que destinam ao Fundo e o que recebem, ficou positivo em R$ 44,84 bilhões. Já os recursos do FNDE participaram com 7,1% do gasto total com educação. As transferências voluntárias também tiveram uma expansão de 6,8%, em relação a 2017, com destaque para o aumento daquelas provenientes dos estados (15,1%), enquanto que as da União recuaram 8,1% no mesmo período. No entanto, o montante total das transferências voluntárias compôs apenas 1,6% do total da despesa com educação. Os municípios do Centro-Oeste foram os que experimentaram a maior variação, de 5,7%, seguidos pelos da Região Nordeste, com 4,6%. Próximas do desempenho da média nacional ficaram as cidades das regiões Sudeste (3,4%) e Norte (3,6%). Já as da Região Sul tiveram um aumento bem mais tímido, de 1,6%. Em termos absolutos, o crescimento dos gastos no campo educacional foi puxado pelo resultado do Sudeste e do Nordeste. Gasto por aluno O gasto médio por aluno matriculado na rede municipal cresceu 3,7% em 2018, passando de R$ 6.829,10, em 2017, para R$ 7.079,12. Esse desempenho se deu por conta do movimento de relativa estabilização no número de matrículas nas unidades de ensino geridas pelas prefeituras, cuja alta foi de apenas 1.388 estudantes em todo o país. Assim, o gasto por aluno refletiu a mesma performance da despesa com educação. Entretanto, apesar da elevação, o custo por matriculado ainda permanece ligeiramente inferior ao de 2015, de R$ 7.090,31, quando atingiu o maior patamar da série histórica. Os municípios das regiões Norte e Nordeste alcançaram as menores médias de gasto por aluno, de R$ 5.251,16 e R$ 5.388,66, respectivamente. Já o Centro-Oeste, o Sul e o Sudeste obtiveram uma média bem superior, de R$ 7.802,92, R$ 8.330,78 e R$ 8.908,32 por estudante, respectivamente.

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Porco não é tão feio quanto se pinta

Desde os tempos bíblicos, a carne de porco tem sido amaldiçoada pelas escrituras de várias religiões. Judeus e muçulmanos são proibidos de tê-la no cardápio e até a nossa sabedoria popular costuma identificá-la como um alimento “remoso” para a saúde. Mas, recentemente, surgiram várias notícias exaltando as qualidades dessa proteína como benéficas para a saúde. Afinal de contas, carne suína faz bem ou mal ao organismo? “Ela é uma das opções consideradas de proteína animal mais versáteis e saudáveis, sendo uma grande aliada na construção dos tecidos, músculos e estrutura corporal. Possui também uma boa variedade de vitaminas”, desmistifica a nutricionista Débora Wagner. “É uma excelente fonte de ferro, com baixíssimo teor de sódio, menor inclusive do que o da carne vermelha e o de frango, o que faz com que eu possa indicar aos pacientes que têm restrição no consumo desse mineral, como os hipertensos, pessoas com doença cardiovascular ou renal crônica”. Débora ressalta ainda que a carne suína tem a maior quantidade de potássio por 100 gramas, ou seja, é muito importante também na construção muscular e na saúde do coração. “Ela tem o perfil muito adequado para os doentes cardiovasculares, o que é interessante e controverso no pensamento de que carne de porco não deve ser consumida por quem tem problemas com colesterol”, esclareceu a especialista. . . Esse pensamento, segundo Lígia Barros, professora de nutrição da FPS (Faculdade Pernambucana de Saúde) existe no Brasil desde tempos remotos e está muito relacionado à religiosidade. “Há uma parte da bíblia que menciona a carne de porco. Os judeus não consomem esse tipo de proteína, então acabamos absorvendo muitas dessas práticas ao longo de nossa formação”, relaciona. Existe também outro fator cultural. No passado, os porcos eram criados em pocilgas, ambientes sujos e de condições precárias, (isso propiciava a contaminação por Taenia solium, verme conhecido como solitária). Ainda hoje permanece essa noção de que eles vivem dessa forma. “Mas atualmente, os porcos são criados em cativeiro, com alimentação adequada (uma ração específica para os animais), por isso, não oferecem nenhum tipo de risco a quem come”, esclarece. . . Mas é preciso evitar os exageros. As recomendações do seu consumo são as mesmas para outras carnes. “É preferível que se consuma os cortes mais magros”, indicou Lígia. “Mesmo o frango, considerado um alimento pouco calórico, possui algumas partes, como a coxa, que são um pouco mais gordurosas”, comparou. Os cortes mais indicados são, justamente, aqueles em que, facilmente, se consegue eliminar as partes mais gordurosas. “A gordura não sendo entremeada com as fibras musculares do porco temos condição de tirá-la e fazer com que esse preparo tenha sabor e ao mesmo tempo seja indicado para a maioria das pessoas, principalmente o lombo, o pernil e a bisteca”, recomendou Débora. Porém, os embutidos e produtos de base suína que sejam processados ou acrescidos de substâncias de conservação, de cura e que sejam artificialmente produzidos não são indicados pela nutricionista. Tanto o bacon (barriga) ou o presunto de Parma (perna traseira) podem ser verdadeiros vilões se forem produzidos de forma artificial, utilizando substâncias tóxicas ao organismo, como nitrito e nitrato. “O Parma produzido de acordo com as tradições de origem, de forma artesanal, sem a adição desses agentes, não seria algo a ser evitado”, defendeu. Mas ela ressalvou que devem ser consumidos em quantidades moderadas. Recentemente, retomou-se uma antiga discussão sobre o uso da banha de porco como gordura para cozinhar os alimentos. Há quem defenda que seja mais saudável do que óleos vegetais ou manteiga. Lígia, porém, é comedida sobre o assunto. “Ela possui muita gordura saturada como todas as carnes, por isso, tem o seu potencial positivo, mas, para fritar alimentos, não é indicada, porque toda fritura é prejudicial”, alerta a nutricionista. O ideal é utilizá-la para refogar, porque não submete a banha a um aquecimento tão alto por um tempo tão longo. Lígia é adepta de uma visão na nutrição que defende que a restrição alimentar causa mais prejuízo do que a liberação de certos alimentos na dieta, uma discussão que vem sendo travada na literatura científica. “Procuro sempre levar em consideração as memórias alimentares de quem me procura, vai muito de acordo com aquilo que o paciente traz. Se ele faz uso de carne de porco de maneira que não comprometa a saúde dele, eu não vejo porque restringir”, salientou. Para quem, por algum motivo, ainda estiver desconfiado dos benefícios da carne suína, a nutricionista Débora Wagner relata sua experiência pessoal com a proteína. “Eu sou adepta do consumo da carne de porco e faço questão dessa ingestão frequente para minha família, muito por ser versátil, que atende a diversos tipos de receita. Eu consigo ter um corte extremamente magro e adequado a todo tipo de gente da minha casa, da minha filha de 2 anos até a minha mãe de 65”. *Por Yuri Euzébio

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Você já pensou nas profissões do futuro?

*Por Sylvia Lemos Hinrichsen No passado, quando a criança começava a estudar e a conhecer o mundo dos adultos, era comum ser questionada sobre "o que queria ser quando crescer". Havia pessoas que não queriam estudar, outras planejavam trabalhar em negócios de família, e, para as mulheres, era comum, optar em ser professora de crianças e ou dona de casa (conhecida como "prendas do lar"). Aos que desejavam fazer faculdade existiam, basicamente, três profissões bem estabelecidas: ser médico, advogado, engenheiro e, eventualmente, dentista. Ainda existiam possibilidade para outras áreas, mas sem tantos apelos e ou incentivos. Hoje, entretanto, tudo anda diferente. Várias são as novas tendências profissionais baseadas em estudos que apontam que tecnologias, como os robôs, podem substituir cerca de 800 milhões de empregos até 2030. E, por esse motivo, pensar no futuro e nas profissões que farão parte dele não é mera curiosidade, mas uma necessidade em todo o processo educacional, desde a infância. As profissões tradicionais já existentes continuam, mas serão impactadas por tendências especialmente aquelas ligadas às novas tecnologias. Na área da saúde, a bioinformação será muito requisitada, isso porque a sua principal função consiste em criar mapeamentos genéticos para a prevenção de doenças e epidemias, levantando assim informações para o desenvolvimento de drogas e técnicas clínicas. Também existirão os profissionais especializados em robótica que atuarão em procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos. Outra perspectiva é o uso da telemedicina para diagnósticos ou tratamentos, construindo pontes entre o paciente e as equipes multidisciplinares de saúde. Nessa nova realidade existirão os gestores de qualidade de vida, que irão trabalhar para trazer mais cooperação ao ambiente de trabalho, por meio de métodos que focam no equilíbrio pessoal e profissional de uma equipe. Profissionais especialistas de “simplicidade” com habilidades para simplificar processos, discursos, serviços e produtos também surgirão. Todas as áreas do conhecimento serão modificadas, dando espaço para atividades profissionais as mais diversas possíveis como: programadores de entretenimento, auxiliando escolhas de shows, séries, restaurantes, e tudo que estiver ligado ao lazer; arquiteto e engenheiro 3D; gestor de resíduos para dar uma nova funcionalidade aos materiais descartados, evitando assim a agressão ao meio ambiente; data detetive que deverá investigar e levantar dados para que uma proposta de negócio possa sempre gerar os melhores resultados; analista de reciclagem para identificar o que pode ou não ser reciclado; especialistas em weareable voltados para facilitar a vida das pessoas que implantarão tecnologia de ponta em óculos, lentes e roupas; psicólogos, terapeutas e psiquiatras especializados em transtornos de comportamentos sociais-familiares-profissionais (como síndrome de burnout); conselheiro de aposentadoria; fazendeiros verticais de prédios e terraços; gerente de herança; condutores de drones; especulador de moedas alternativas; walker talker para pessoas solitárias; professor de mandarim; e filósofos do design. Sim, inúmeras serão as novas oportunidades profissionais a serem desenvolvidas, assim, vale a pena já ir pensando qual delas você vai escolher... *Por Sylvia Lemos Hinrichsen, médica infectologista e professora universitária.

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Polarização no eleitorado brasileiro está ligado ao sentimento de medo

Em decorrência das manifestações políticas ocorridas em 2013 e 2015 no Brasil, grande parte da população foi acometida por uma descrença na classe política, com bandeiras reivindicando um “fora todos”. Após as ondas protestos e a separação de manifestantes pró e anti-PT, durante o impeachment de Dilma Rousseff, dados do Latin American Public Opinion Project (LAPOP, 2017) confirmaram uma alta rejeição aos dois maiores partidos políticos do país, o PT e o PSDB; numa escala de 1 a 10, 42,7% das entrevistadas expressaram forte rejeição a petistas e 44,6% a psdbistas. Baseada nesses resultados a dissertação “O que você sente sobre política?: A influência da percepção de ameaça sobre a polarização afetiva no eleitorado”, produzida por Mariana Meneses, analisa como a ideia de ameaça induz à polarização afetiva e aponta que somente a ideologia não é suficiente para explicar discordância no Brasil. A pesquisa, produzida no Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFPE (PPGCP), antecipa que situações onde o indivíduo se sente ameaçado levam a um aumento da polarização afetiva em relação a diversos grupos. O estudo tenta antecipar que situações em que o indivíduo se sente ameaçado levam a um aumento da polarização afetiva em relação a diversos grupos. “Essa expectativa se deve a que contextos de ameaça desencadeiam emoções responsáveis por aumentar a necessidade de isolamento do indivíduo, fortalecendo seus laços identitários e, consequentemente, maior etnocentrismo em relação a grupos do qual o indivíduo participa e discriminação em relação aos grupos com os quais ele não se identifica”, diz a pesquisa. HIPÓTESES | Para testar a veracidade dessa relação, a autora criou quatro hipóteses: 1) a percepção de ameaça econômica aumenta a polarização afetiva em relação aos grupos analisados; 2) a percepção de ameaça física aumenta a polarização afetiva em relação aos grupos analisados; 3) a percepção de ameaça econômica aumenta a polarização negativa em relação aos grupos analisados; e 4) a percepção de ameaça física aumenta a polarização negativa em relação aos grupos analisados. As hipóteses foram testadas em cinco grupos, sendo eles compostos por pessoas que são a favor da legalização do aborto; que são a favor do regime militar; comunistas; petistas e simpatizantes do PT; e psdbistas e simpatizantes do PSDB. Para chegar aos resultados, Mariana Meneses também utilizou como recorte os perfis que levam em conta a ameaça econômica e física, sexo, idade, conservadorismo, partidarismo, interesse por política, escolaridade, religiosidade e etnia. O trabalho, orientado pela professora Nara Pavão, não consegue testar todas as hipóteses da melhor forma, pois a teoria e os dados disponíveis utilizadas se encontram distantes de alguma forma, mas alguns resultados devem ser salientados. Segundo a dissertação, a ameaça econômica esteve associada ao aumento da polarização entre os simpatizantes do PSDB, e a ameaça física mostrou-se ligada ao aumento da polarização dos simpatizantes do PT. Ou seja, “o medo de ser vítima de crimes e assassinato esteve relacionado a atitudes mais radicais em relação a pessoas que defendem o PT, enquanto perspectivas negativas sobre a situação econômica individual e do país estiveram relacionadas a sentimentos mais radicais e radicalmente negativos em relação a pessoas que apoiam o PSDB”, detalha a pesquisadora. ESCOLARIDADE | O estudo também pontua a escolaridade foi um preditor (profetizador) com significância nos modelos de polarização negativa para todos os grupos, com exceção do grupo 1 (pessoas que são a favor da legalização do aborto). “Para os outros quatro grupos, em ambos os modelos de ameaça, indivíduos com maior escolaridade estiveram relacionados a níveis mais elevados de rejeição, ou afeto negativo. Sexo e etnia foram os preditores com menor capacidade explicativa dentre os controles empregados, e a religiosidade, em geral, só pôde ser relacionada à polarização em relação a pessoas que defendem a legalização do aborto (grupo 1)”, aponta a pesquisa. A pesquisa também oferece perfis com características individuais relacionadas à polarização afetiva no Brasil. Mariana comenta que, “em geral, pessoas mais velhas estão relacionadas a atitudes mais radicais em relação aos grupos, com uma exceção: são os mais jovens que rejeitam mais veementemente defensores do regime militar. Essa é a mesma tendência observada para o interesse por política: em geral, as pessoas com menor interesse em política são as mais polarizadas. Mas isso muda para o caso do grupo 2: quanto maior o interesse em política, maior a polarização em módulo e negativa [ou seja, maior a rejeição] em relação a pessoas que defendem o regime militar”. A mestra e atualmente doutoranda em Ciência Política também comenta sobre a dificuldade de relacionar a teoria utilizada e o que as variáveis capturaram. “A percepção de ameaça é um conceito de difícil mensuração através de dados secundários e não é possível estimar com precisão o quanto as limitações nessa mensuração impactam sobre os resultados do presente estudo”, afirma. Apesar disso, com base na teoria desenvolvida na dissertação, Mariana e dois coautores vêm trabalhando em um artigo para publicação que olha especificamente para a relação entre o medo de ser vítima de crimes na rua e a polarização afetiva em relação a petistas. Os resultados encontrados, afirma, são promissores e foram discutidos este ano no V Workshop sobre Comportamento Político e Opinião Pública, realizado na Universidade Federal de Goiás, em Goiânia, em março. (Por Larissa Valentim, do site da UFPE)

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Música estimula a malhação

“Sem música, a vida não teria sentido” já disse uma vez o célebre filósofo alemão Friedrich Nietzsche. O fato é que é difícil imaginar a vida sem a combinação de melodias e ritmos para acompanhar nossos momentos. Sons musicais têm influência até na hora de praticarmos atividades físicas melhorando o desempenho nos exercícios. É o que garantem pesquisas e especialistas na área. Segundo o personal trainer Fábio Campos, sons musicais podem aumentar a sensação de bem-estar, criando a impressão de que o tempo passou mais rápido, reduzem a percepção de intensidade do exercício, promovendo maior resistência física. “Existem alguns estudos que comprovam que a música faz com que o corpo libere endorfina e dopamina, hormônios que provocam a sensação de prazer. Isso associado à atividade física potencializa a performance da pessoa que está se exercitando”, assegura Fábio. “Além, é claro, do fator estimulante. O simples fato de baixar uma nova playlist que irá acompanhar o treino já é um motivador para a prática do exercício físico”, esclarece. . . Gleidson Cunha também é personal e ratifica as vantagens da música no desempenho durante a malhação. “Estudos mostram que ela influencia no melhor controle da frequência cardíaca, na resistência e potência muscular, na percepção de esforço do exercício e pode até alterar padrões negativos de humor”, informa Gleidson. “Particularmente, acho que a música é o combustível da atividade física. O estímulo sonoro deixa a prática mais leve e prazerosa, podendo também aumentar a concentração e a intensidade do aluno”. Na verdade, vários estudos que estão sendo feitos no mundo, segundo Leopoldo Barbosa, psicólogo e professor da FPS (FAculdade Pernambucana de Saúde), trabalham com essa possibilidade, sinalizando o quanto a música pode melhorar a concentração e a velocidade de atletas. “Qualquer um que fizer uma busca rápida na internet sobre os jogos olímpicos, por exemplo, vai perceber que é muito comum os atletas entrarem, antes da sua atividade, com fones de ouvido. É uma forma que eles têm de manter a concentração e o foco”, salientou o psicólogo. Mesmo em casa, nas atividades domésticas do cotidiano, como na preparação das refeições ou na limpeza, a música surge como um estímulo importante e uma forte aliada contra a monotonia das tarefas de casa. Para os que se entediam em fazer sempre as mesmas seções de exercícios rotineiramente, os sons musicais têm a capacidade de tornar a atividade menos entediante. “O exercício se torna menos monótono, a música concentra e envolve as pessoas naquela atividade. Em locais públicos, existe também o fator desinibidor”, ressalta o personal trainer Raphael Arnaut Brinco. . Raphael, porém, também destaca alguns fatores negativos. “Às vezes pode atrapalhar, porque o aluno dá mais atenção à música do que ao exercício propriamente dito”, ressalva Raphael, acrescentando que a altura do som também é prejudicial. “Toda academia que eu frequento tem briga, uns pedindo para diminuir o som, outros pedindo para aumentar. Como o público é muito heterogêneo sempre tem esse embate”, desabafa Raphael. SEM "BATE ESTACA" Um problema solucionado na Unic, academia especializada curiosamente num público específico: pessoas que não gostam de academia. Pode parecer contraditório, mas a segmentação da clientela deu certo. “São pessoas com 35 a 40 anos que só querem se cuidar. Por isso, não trabalhamos com música eletrônica, damos preferência à MPB (música popular brasileira). Nós escolhemos um meio termo, ponderado, agradável ao ouvido e motivador”, explica Patrícia Santos, coordenadora técnica e personal trainer da casa. A playlist muda de acordo com o tipo de atividade realizada. “Nas salas de musculação, bike, bike indoor e aula coletiva, usamos um estilo musical mais agitado. Já nas aulas de dança, a preocupação é com o aluno se sentir inserido na atividade, então usamos músicas mais atuais, que estejam bombando no momento”, detalha Patrícia. Camila de Andrade, veterinária, optou por malhar na Unic justamente pela proposta de trilha sonora diferente que a casa oferece. "Eu gosto muito de música, então aqui é um lugar em que eu consigo ficar, tranquilamente, sem os meus fones de ouvido", assegurou. "É bem diferente a proposta, e eu acho bem legal mesmo", garantiu. Já o dentista Rogério Aguiar, embora não abra mão de escutar uma boa canção acompanhando sua prática física, é adepto do fone de ouvido pela facilidade em selecionar as canções. “Hoje em dia é muito mais prático e simples de selecionar o que eu quero ouvir, então ouço o que estou a fim e no volume que a música pede” argumenta. "O meu desempenho depende muito da música que estou ouvindo, funciona como o meu energético. Não teria a mesma energia se treinasse no silêncio”, compara. *Por Yuri Euzébio (redacao@algomais.com)

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Consumo Infantil: um desafio de gente grande

*Por Daniela Teixeira O seu filho vê muita propaganda? Não desgruda do celular? O desejo pelo último brinquedo da moda surgiu de onde? Você já parou para pensar sobre estas questões? Pesquisa recente realizada pela empresa de inteligência Änimä com 647 pais e mães de crianças menores de 12 anos mostra que mais de 80% dos pais acham que a propaganda influencia o comportamento dos filhos, porém, apenas 46% conversam sobre o assunto em casa. E mais: 52% dos pais são contra qualquer tipo de propaganda voltada para crianças de até 12 anos – alimentos ultraprocessados encabeçam a lista de rejeição. Outro dado mostra que as atividades em que os pais mais veem os filhos envolvidos são: brincando em casa, usando celular ou tablet e em frente à TV. Segundo os pais, os youtubers são os que mais influenciam o consumo dos filhos e, também, os que encabeçam a lista de rejeição: 76% dos pais são contra youtuber como garoto-propaganda nas propagandas infantis. A pesquisa gera um alerta não só para os pais, mas também para as marcas que miram esse público. Já está mais do que comprovado que o estímulo ao consumo tem gerado problemas das mais diversas dimensões, afetando a saúde física e emocional das crianças, criando conflitos familiares, estimulando comportamentos agressivos e influenciando a valorização do materialismo como estilo de vida. Não dá mais para ignorar os alertas que vêm sendo feitos para proteger as crianças das estratégias de marketing abusivas. Segundo a OMS, existem 41 milhões de crianças menores de 5 anos obesas em todo o mundo e os estudos já vinculam a obesidade a uma rotina sedentária e à promoção de produtos ultraprocessados. O argumento usado por algumas empresas de que os pais são os responsáveis pela decisão de consumo dos filhos também não condiz com a visão de mundo sustentável tão necessária para garantir a nossa sobrevivência enquanto sociedade. Não parece razoável que, em pleno Século 21, empresas se valham desta velha retórica para garantir as suas receitas. Felizmente parece que começa a acender uma luz no fim do túnel. Consumidores mais conscientes, pressão de grupos civis organizados, impacto na rede de saúde pública, exposição negativa na mídia e receio de uma regulamentação mais rígida vêm abrindo espaço para uma nova realidade no mercado infantil. Iniciativas de gigantes como McDonald´s, Coca-Cola e Pepsi de reverem suas práticas mercadológicas para crianças menores de 12 anos são o primeiro passo de uma longa caminhada. Se o desafio é grande para as empresas, não deixa de ser maior para os pais. É preciso que eles se conscientizem sobre o impacto de uma rotina voltada para o consumo, muitas vezes promovida dentro da própria família. São brinquedos que desestimulam o livre brincar, que promovem a violência e o sexismo ou que substituem o afeto parental. Alimentos ultraprocessados no lugar de uma refeição pela facilidade de preparo e um celular como recompensa para a falta de tempo ou de paciência com os filhos. As crianças estão observando e irão cobrar essa conta um pouco mais à frente. A responsabilidade é de todos nós. *Daniela Teixeira é mestre em consumo pela Bournemouth University, na Inglaterra (danielateixeira1979@hotmail.com)

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“O dinheiro público acabou”, analisa Gustavo Franco

A política econômica do País está na direção correta, mas sem a intensidade necessária. Essa é a avaliação do ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco, que esteve no Recife a convite da Finacap e Guide Investimentos para falar sobre Perspectivas econômicas e reformas em um novo ambiente político. No evento, que teve o apoio da Revista Algomais, o economista falou sobre o Governo Bolsonaro, discorreu sobre a necessidade da injeção de mais recursos privados nos investimentos e respondeu a várias perguntas dos participantes sobre a lenta recuperação da crise que se instalou no País. Como explicar a tímida recuperação da economia mesmo após a aprovação de reformas apontadas pelos economistas como necessárias para a retomada? Para responder a esse questionamento da plateia, Franco falou sobre confiança empresarial e comparou o atual momento político do País com aquele vivido por ele quando era presidente do Banco Central, no governo de Fernando Henrique Cardoso. “O dilema da confiança é o que explica o fato da agenda econômica ser correta, mas pouco eficaz. De alguma maneira não estamos acreditando que vamos levar essas coisas às suas últimas consequências. Talvez a resposta não esteja na economia”, ponderou. De acordo com as últimas estimativas do Ministério da Economia, o PIB de 2019 deve ter um crescimento na ordem de 0,8%. Enquanto isso, o desemprego gira em torno de 12% no Brasil. O economista avalia que o Governo Federal tem feito entregas razoáveis no campo econômico (em referência à aprovação de leis como a da Liberdade Econômica e a Reforma da Previdência). Mas a confiança do mercado não acontece devido à agenda econômica neoliberal não partir do patrocínio do presidente. E para explicar essa conjuntura, recorreu a uma analogia inusitada: “Vemos um casamento de conveniência entre Jair Bolsonaro e o liberalismo econômico. Como todo casamento por conveniência, não é orientado por amor sincero, mas por entregas. Elas têm sido razoáveis, mas não estão sendo o ideal para contemplar a agenda econômica de modernização do Brasil. O presidente não tinha essa pauta como sua, mas ela veio pela via matrimonial. Não está no sangue dele e isso faz com que ela seja conduzida num tom ligeiramente abaixo do ideal”, ilustrou. A situação, na análise de Franco, é diferente daquela dos anos 90, em que FHC (1994-2002) implantou no País uma agenda neoliberal. “Fiz parte de um time muito unido pelo imperativo econômico, que não é o que temos hoje. Não foi o imperativo econômico que elegeu o atual presidente e estruturou a sua agenda”, comparou. Na palestra, uma das críticas do ex-presidente do BC foi para o atual programa de privatizações. Apesar de Paulo Guedes ter afirmado em entrevista ao Valor Econômico do seu interesse em passar para a iniciativa privada todas as estatais brasileiras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e a Petrobras são algumas das empresas que permanecerão sob comando do Governo Federal, segundo o secretário especial de Desestatização, Desinvestimentos e Mercados, Salim Mattar. O tema ainda conta com a oposição da população. Segundo recente pesquisa da Datafolha, dois em cada três brasileiros (67%) são contrários às privatizações e uma parcela de apenas 25% é a favor da venda. A próxima pauta econômica de Guedes, a reforma tributária, é vista como necessária pelo economista. No entanto, ele avalia que o texto que será aprovado deverá ter um caráter moderado. “Não será a reforma tributária dos sonhos. Há um consenso para a simplificação dos impostos indiretos. Mas essa é a reforma que deveríamos ter feito há 20 anos. Será bem-vinda, é claro. Mas, a segunda, que busca eficiência e equidade, não será feita”, prospecta Gustavo Franco. “Infelizmente as ambições reformistas atuais não são tão grandes, são modestas. Mas tudo o que se conseguir de reforma tributária será bom para o País. Não dá para se queixar de ter sido moderada. Vamos fazê-la para fazer depois uma segunda temporada”, afirmou. INICIATIVA PRIVADA Outro fator que tem atrapalhado a retomada do País é a baixa taxa de investimento privado. Sobre os recursos governamentais que sustentaram o crescimento econômico na última década, o especialista foi taxativo: “o dinheiro público acabou”. Franco criticou, inclusive, os cálculos dos governos estaduais que tentam exibir relatórios positivos de investimentos. “O Estado brasileiro faliu nos três níveis. Alguns Estados chegam a comprometer 80% da sua arrecadação com a folha de pagamento. Ainda acham que vão investir? Não têm a menor chance”, sentenciou. Para ele, o novo ciclo econômico do Brasil precisa passar necessariamente por mais recursos privados do que públicos. “O investimento privado tem que aumentar. O investimento público, no seu conjunto, já foi 7% do PIB na época do milagre econômico e, agora, está abaixo de 0,5% do PIB. O Estado está inchado e doente. Um relatório recente do TCU indicou que das 40 mil obras em andamento no Brasil, 37% estão paradas. Isso indica a incapacidade de execução no setor público”, concluiu.

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Ocupação Reverbo na Torre Malakoff e Primeiro álbum solo de Martins nas plataformas digitais

Por Yuri Euzébio Musicalmente falando, a coisa mais legal que surgiu em Pernambuco nos últimos anos é o Movimento Reverbo, aliás preciso me corrigir o Reverbo é mais do que uma cena ou movimento, é o encontro no palco de um grupo talentoso de amigos músicos que dividiam salas e terraços de apartamentos do Recife. Pois bem, eis que nesse fim de ano, como um presente de natal antecipado, surge a Ocupação Reverbo na Torre Malakoff. Evento que vai reunir artistas de variadas regiões do Estado celebrando a força e a beleza da música autoral de Pernambuco. As apresentações ocorrem nos dias 5,6 e 7 de dezembro, sempre com dez artistas no palco e rodas de diálogos sobre mercado e conexões no setor da música. Tudo isso com entrada franca. Só sendo muito besta mesmo pra perder essa maravilha. De tempos em tempos, os ouvidos do país se voltam pra cá. Pernambuco se mantém em movimentação constante musical, desde a década de 1960, com a fábrica de discos Rozenblit, que impulsionou a criação musical no país quando as bolachas estrangeiras tomavam conta do mercado nacional, ou quando 30 anos mais tarde, nascia à cena Manguebeat, movimento que trouxe as atenções de volta à música local. Na beirada de 2020, Pernambuco volta a fervilhar e o Brasil começa, mais uma vez, a perceber que é preciso estar atento ao que acontece musicalmente pras bandas de cá. O Reverbo surge em 2016, quando o compositor e produtor musical Juliano Holanda e sua companheira, a produtora cultural Mery Lemos (Anilina Produções), começaram a abrir a pequena sala de sua residência no bairro da Boa Vista para juntar cantautores. Dessa reunião informal, perceberam a potência que a união de vários talentos, tendo a canção como pilar, poderia causar. De lá pra cá, já são mais de dez mostras Reverbo apresentadas no Estado, com circulação no interior de Pernambuco. Nesta edição na Torre Malakoff estarão presentes artistas já cativos da Reverbo, como Ágda, Alexandre Revorêdo, Almério, Flaira Ferro, Gabi da Pele Preta, Gean Ramos, Igor de Carvalho, Isabela Moraes, Isadora Melo, Joana Terra, Jr. Black, Juliano Holanda, Helton Moura, Lucas Torres, Luíza Fittipaldi, Marcello Rangel, Martins, Mayra Clara, PC Silva, Rogéria Dera, Tonfil e Vinícius Barros, que abrem os braços para Camila Yasmine, João Euzé, Larissa Lisboa, Mayara Pera, Thiago Mazuli, Una , Álefe e Sam Silva Percorrendo pequenos espaços culturais mostrando música autoral, com vários artistas em cena, sem que nenhum ganhe destaque. O conjunto é a obra. A música é a protagonista. A obra é dividida e compartilhada, parcerias são formadas, o canto do outro vira o seu próprio canto. “Não é uma cena, nem um movimento. Podemos dizer que é uma movimentação”, explica Juliano. Tive a oportunidade de assistir, esse ano, uma apresentação do Reverbo no Teatro de Santa Isabel e foi um dos melhores shows que já fui na vida, por sinal foi uma das melhores coisas que já vi. Aliás, preciso me corrigir mais uma vez, não foi um show, foi uma mostra de música. Reverbo na Torre Malakoff Nos próximos dias 5,6 e 7 de dezembro, a Anilina Produções realiza mais uma Mostra Reverbo, a maior de todas até aqui. Trintas artistas se dividirão em três dias na Torre Malakoff (Praça do Arsenal da Marinha, Bairro do Recife) em apresentações abertas ao público (sujeito à lotação). Com incentivo do Fundo Pernambuco de Incentivo à Cultura (Funcultura), a Mostra Reverbo tem direção musical de Juliano Holanda. Além disso, estão inclusas na programação rodas de diálogo com Benjamin Taubkin (5/12, “Conexões do real – música em movimento”), Ronaldo Bastos (6/12, “Nuvem Cigana – Uma canção é leve e pode sustentar”) e Stephany Metódio (7/12, “Interior e ação – a invenção do lugar”). Os portões da Torre Malakoff abrem às 18hrs e as rodas de diálogo serão iniciadas às 19h. As apresentações começam às 21h. A entrada do público será feita por ordem de chegada e o espaço esta sujeito à lotação. SERVIÇO: Ocupação Reverbo Quando: 5, 6 e 7 de dezembro, a partir das 19h Onde: Torre Malakoff (Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife) Quanto: Gratuito (entrada por ordem de chegada. Espaço sujeito à lotação) A ordem e dia de apresentação de cada um dos 30 artistas será surpresa! Martins reúne canções autorais em seu primeiro álbum solo Um dos nomes mais celebrados do Reverbo e na opinião desse jovem colunista que vos posta, uma das vozes mais bonitas da nova geração de músicos pernambucanos , Martins lança o seu primeiro álbum solo autointitulado “Martins”. Simples assim. O rabequeiro tem na sua trajetória artística trabalhos plurais e que correm por várias vertentes: Sagarana, Marsa, Forró na Caixa e agora adentra em uma sonoridade mais intimista e com arranjos limpos, mas sem perder a poesia de vista, reunindo em 11 faixas autorais crônicas cotidianas. Aprendiz de Cláudio Rabeca e Mestre Luiz Paixão, Martins explorou o som da rabeca e a influência da poesia popular em projetos anteriores como o Sagarana e Forró na Caixa. Os grupos carregam nítida influência das regiões mais distintas do interior pernambucano, de onde vem as raízes do artista. Já na “Marsa”, predominaram o estilo rock n’roll com banda elétrica, guitarra e linguagem urbana. Nesse álbum solo, Martins apresenta uma musicalidade mais madura. O disco foi gravado no Recife e parte na Europa durante turnê do artista pela região. Juliano Holanda, de novo ele, assina a direção musical e também é parceiro de Martins em três faixas da obra: “Um só ser”, “Olhos que afagam” e “Vértebra por vértebra”. Esta última foi gravada em Paris, na França, com arranjos da flautista argelina Amina Mezaache em harmonia com cordas (viola, violão e baixo), elementos marcantes em todas as canções do álbum. Entre as faixas mais dançantes do disco está a solar “Me dê”, que traz roupagem swingada com influências do ijexa e da música africana (com trombone, percussão e bateria), sendo a canção autoral mais forte da obra. Como compositor, Martins abraça e convive diariamente com

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