Arquivos Z_Exclusivas - Página 143 De 363 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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UFPE lança Concurso Público para Professores Auxiliares, Adjuntos e Assistentes.

As demais oportunidades são para as áreas/ subáreas de: Medicina/ Endocrinologia (1); Medicina da Família e Comunidade (2); Medicina/ Hematologia (1); Medicina/ Pneumologia (1); Medicina/ Psiquiatria (2); Medicina/ Pediatria (1); Medicina/ Cirurgia Geral - Cirurgia do aparelho digestivo (2); Operações e Administração Geral (1); Artes Visuais/ Teoria da Arte e Processos de Criação (1); Expressão Gráfica/ Metodologias do Ensino da Geometria Gráfica com ênfase em Geometria Projetiva (1); Instrumento de Sopro/ Trompete - Arranjo. (1); Música e Tecnologia/ Educação Musical (1); Química Orgânica (1); Direito processual civil e direito/ processual do trabalho (1); Fundamentos da Terapia Ocupacional e intervenções nos contextos social, de saúde mental e de saúde coletiva (1); Modelagem matemática computação aplicada e controle de processos químicos/ Métodos numéricos na Engenharia Química (1); Engenharia de Processos Químicos e Bioquímica/ Processos Bioquímicos (1). É necessário enfatizar que estas funções estão distribuídas aos Departamentos de: Núcleo de Ciências da Vida; Núcleo de Gestão; Artes; Expressão Gráfica; Música; Antibióticos; Direito Público Geral e Processual; Terapia Ocupacional e Engenharia Química. O ato de inscrever-se é durante o período 02 de dezembro de 2019 até o dia 16 de janeiro de 2020, de modo presencial em localidades divergentes entre as oportunidades que encontra-se especificada no Edital. A taxa de participação é de R$ 239,00 Os profissionais que forem efetivados terão o vencimento entre R$ 2.236,32 a R$ 9.616,18 em regime de 20 a 40 horas semanais, sendo necessário ter o nível superior completo referente a área almejada. Como método de avaliação dos concorrentes será realizado Prova Escrita, Prova Didática, Prova Prática e Prova de Títulos. Vale ressaltar que dentre as oportunidades há aquelas reservadas para pessoas especificadas nos itens do documento localizado em nosso site com maiores informações.

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"Estamos sofrendo um desmonte de políticas culturais muito radical"

Numa entrevista no Restaurante Bragantino, no Mercado da Encruzilhada, o secretário de Cultura de Pernambuco Gilberto Freyre Neto conversou com os jornalistas Cláudia Santos e Rafael Dantas sobre sua atuação no setor público e planos para o próximo ano. Ele comentou ainda como foi sua relação como neto do sociólogo Gilberto Freyre e tratou do potencial de exploração cultural da cachaça e dos mercados públicos, duas de suas paixões. Em primeiro lugar, porque você escolheu que a entrevista fosse feita no Mercado da Encruzilhada e qual a sua relação com os mercados públicos? Primeiro, gosto muito de bolinho de bacalhau. Segundo, gosto muito de cachaça. Esse ambiente é o primeiro teatro, é o primeiro cinema, é o primeiro tudo da produção cultural do mundo. Para a cultura, o mercado tem um simbolismo muito forte. Esse é um dos primeiros equipamentos culturais que a gente tem e Pernambuco tem uma riqueza muito grande de mercados. Não sou um gerente de nenhum, não está na minha pasta, mas a gente precisa reconhecer o papel desses espaços como composição da nossa identidade. Estamos aqui tomando uma cachaça, comendo bolinho de bacalhau. Iguarias estrangeiras que aqui chegaram e se transformaram em produtos brasileiros. Como é ser secretário de cultura em Pernambuco no período em que o País é presidido por Jair Bolsonaro, que tem um desalinhamento político com o Estado? Nunca achei que a cultura fosse algo de responsabilidade única do Estado. De certa maneira eu tenho um viés liberal, ao mesmo tempo, entendo que o Brasil é uma federação. Cada estado pode e deve ter sua própria política alinhada com planos outros, que podem ser federais ou, no nosso caso específico, também com os municípios. Acho que tudo isso faz parte do universo republicano. Ao mesmo tempo, faço uma autocrítica: a nossa República nunca deixou de ter um imperador. Somos muitos centralistas, sempre fomos extremamente dependente de uma política do plano nacional. Mas o que está acontecendo hoje é o ultraliberalismo no Brasil. Da noite para o dia se desligou uma chave e se ligou outra. Estamos sofrendo um momento de desmonte de políticas de forma muito radical. Isso eleva a responsabilidade dos estados em todas as frentes, não apenas na cultura. No caso específico da cultura tem sido bastante danoso, porque há políticas de salvaguarda que estão em xeque. Os estados que têm a riqueza e a dimensão da atividade cultural como a nossa sofrem um impacto muito forte dessa desestruturação. Quais são os problemas que mais lhe preocupam neste momento? Alguns programas alimentam a capilaridade da cultura pernambucana e nordestina. O desligamento dos motores que vinham do plano federal quebra essa alimentação e isso gera uma superdependência no plano estadual. Mas existe uma limitação muito forte do Estado em absorver, da noite para o dia, o apoio à gama de manifestações em atividade, uma energia que só existia porque o plano federal atuava de forma muito objetiva. Então, isso desestrutura a dinâmica que foi construída nos últimos 20 anos. É algo que assusta bastante o poder público porque no fundo, estamos falando de uma camada da população que não vive da cultura, ela sobrevive da cultura. A ausência de uma política de proteção vai quebrar esse pilar que é basilar para a identidade do povo nordestino e de Pernambuco. No novo contexto passamos a ser protagonistas da esperança da manutenção dessas estruturas sociais que têm uma dependência forte do papel do Estado. Mas eu vejo que isso precisa ser equilibrado. Não acho que o Estado tem que ser a única ferramenta, a sociedade civil precisa participar. Estou falando de todo pernambucano, de todo nordestino. Nós precisamos ter uma política de consumo da nossa cultura. Tudo nosso é de graça porque o Estado paga. Esse é um cenário em que nenhuma indústria cultural é sustentável. O desmonte do cinema é um campo que tem preocupado mais a Secretaria de Cultura? Temos visto muita ação sua nessa área. O cinema talvez seja, entre as camadas das indústrias culturais, aquela mais bem estruturada em Pernambuco. A estruturação dessa cadeia, no caso específico, gera muito valor. Temos filmes sendo produzidos diariamente. Alguns com repercussão internacional, outros realizados em coprodução com diversos parceiros de outros países. Mas é uma cadeia que depende diretamente de recursos do Fundo Setorial do Audiovisual, e de recursos do Fundo de Incentivo à Cultura de Pernambuco. A ausência de uma política no plano federal, mais uma vez, transfere uma escala gigante de dependência para o plano estadual. Pernambuco é um dos estados que certamente vai ter um grande sofrimento pela ausência de uma política nacional estruturada. Já existe hoje um impacto pela não liberação de recursos do Fundo Setorial do Audiovisual. Isso é um problema que precisa ser atacado. Há uma grande discussão na Ancine, que esperamos que se resolva em breve para que volte a ter uma atuação dinâmica e qualificada para que essa cadeia de valor não se perca, porque ela migra com muita facilidade. Os técnicos que trabalham no audiovisual precisam ter uma atividade econômica constante para permanecer naquele território. Eles são bastante qualificados e podem migrar com suas habilidades, com os seus saberes, para outros campos ou para outros territórios. Isso seria uma grande perda para Pernambuco também na geração de empregos. Eu posso fazer uma comparação. Acabamos de participar da inauguração de uma fábrica de medicamentos extremamete refinada aqui, custou mais de R$ 600 milhões e que vai empregar 180 profissionais, porque o nível de requisito técnico na operação dela diminui a necessidade de mão de obra. No cinema é exatamente o contrário. Bacurau, filme de Kléber Mendonça, empregou mil pessoas. É uma dinâmica de uso extensivo de mão de obra das diversas camadas técnicas e nos diversos ciclos de produção do audiovisual. Tanto dos habitantes de determinada cidade, convidados incidentalmente para alguma atividade, até o técnico de ponta que vai trabalhar no refinamento de som em um laboratório no exterior ou no nosso Porto Digital, no Portomídia. Você fala bastante da paradiplomacia (política de

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ESC: crescimento com toda a energia

Em meio a essa conjuntura na qual a economia brasileira entrou em curto-circuito, a pernambucana ESC Engenharia, especializada no segmento de automação do setor elétrico, cresceu sem demitir um funcionário. Em 2018, com a retomada dos investimentos do setor, o avanço no faturamento foi de 30%. Mesmo no período de “apagão” do mercado, a empresa investiu em treinamento de pessoal, inovação e conseguiu desenvolver novas expertises. Para 2019, a expectativa dos diretores é de alcançar o faturamento de R$ 6 milhões, superando em 15% o desempenho do ano passado. Desde sua fundação, em 1999, a ESC teve um crescimento gradual. No entanto, após a mudança societária, que aconteceu entre 2012 e 2013, o avanço se deu de forma mais acelerada. Os engenheiros Saulo Santos e Meyer Mesel, ex-estagiários e agora novos sócios, imprimiram um novo ritmo, que resultou num aumento exponencial dos negócios em poucos anos à frente da empresa. Foi na ESC o primeiro emprego de Meyer, e onde desenvolveu toda sua carreira. Já Saulo teve uma trajetória bem longa antes de chegar à direção. Ele foi garçom de um bar e de restaurante, já participou de um programa de menor aprendiz do Governo do Estado para jovens de baixa renda, trabalhou em banco privado e entre estágios, empregos, passou nove anos para se graduar na universidade. “Isso foi me dando traquejo em gestão de pessoas. Foi um período bem pesado, mas foram experiências de vida muito positivas”, conta Saulo. A ESC atua no segmento de estruturação do setor elétrico, realizando projetos para empresas de geração, transmissão e distribuição. “O que fazemos? Medição, proteção, controle, comando, supervisão, regulação e automação. Trocando em miúdos, estamos aqui na sala e conseguimos pelo computador abrir uma comporta em Xingó para a água passar e gerar mais energia. Ou desligar remotamente um disjuntor. Nosso trabalho é tornar qualquer empreendimento do sistema elétrico confiável, de forma a monitorá-lo e protegê-lo”, explicou o sócio. Estão entre os clientes da empresa a Chesf, a Siemens, a Celpe e a WEQ. Alguns grandes consumidores de energia, como o Riomar e o Aeroporto do Recife, também estão na lista. A mais nova contratante dos serviços foi a Cosern (Companhia Energética do Rio Grande do Norte). Uma novidade na atuação da ESC é fazer a estruturação dos sistemas dos parques eólicos e solares, que são os novos investimentos em alta do mercado elétrico no País. “Esse é o futuro. A geração de energias renováveis, sejam eólicas ou solares, é o novo caminho que está sendo tomado pelo setor. Até hoje já prestamos serviços para mais de 50 parques eólicos”. Um desses projetos executados pela ESC, inclusive, recebeu recentemente o Prêmio Ose de Qualidade das Instalações Elétricas, na categoria inovação tecnológica. A missão de assumir a empresa em anos de muitas dificuldades do setor elétrico brasileiro foi levada com uma decisão: “Temos uma política de não demissão. Contratamos as pessoas em que acreditamos. Montamos um time diferenciado, que nos faz estar sempre na vanguarda do mercado”, relata Saulo. Em 2013 a ESC tinha 13 empregados, hoje a equipe é de 54 pessoas. Nos anos de maior crise do setor, entre 2015 e 2017, o diretor ressaltou a decisão de investir em treinamento externo e apostar alto em inovação. “Mantivemos todos, que evoluíram bastante tecnicamente”. Era uma preparação para a retomada do mercado, que voltou a aquecer em 2018. “Quando aconteceu, o time estava todo armado e ganhamos mais mercado. Conseguimos sair da crise mais rápido”. Nesse período, os sócios ousaram na aquisição de uma concorrente, a ABA Engenharia, que se tornou um novo setor de atuação. Ao apostar em inovação, a empresa tem feito parcerias com as universidades pernambucanas que possuem cursos de engenharia. A aproximação com a academia, levou os profissionais da ESC a fazerem publicações em revistas e eventos científicos com novidades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para o setor, que geram novos diferenciais de mercado. Uma das novas ferramentas é o uso da tecnologia de realidade aumentada aplicada ao setor elétrico. Hoje os sócios-diretores integram um grupo internacional sobre modelagem do uso de fontes eólicas no sistema elétrico. Com o ganho de mercado dos últimos anos, a capacidade de transformação instalada nos projetos dos clientes é superior a 21.100 MVA, energia suficiente para suprir 30% do que é demandado do setor no País. Para o futuro, a ESC começou a apostar num plano de sucessão, trazendo novos colaboradores para a condição de sócios. “Hoje somos 12 pessoas, que participam dos lucros, distribuições e discussões dos próximos anos da empresa”. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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Games são usados em tratamentos de saúde

Quem já teve de fazer sessões de fisioterapia para reabilitar alguma parte do corpo sabe o quanto o tratamento é eficaz, porém entediante. Para a alegria dos pacientes, fisioterapeutas têm recorrido aos games e os resultados têm sido muito bons. Psicólogos também constatam as vantagens de tratar casos de transtornos como o déficit de atenção transformando seus pacientes em gamers. Para quem pensa que tal novidade não é coisa séria, saiba que os jogos viraram objeto de estudos científicos de instituições renomadas que passaram a desenvolver games para usos na área de saúde. Um interessante movimento que tem integrado acadêmicos desse setor aos estudiosos da área de tecnologia. A fisioterapeuta Adelany Santos, da clínica Savita, já constata na prática os benefícios dos jogos. Ela confessa que um grande desafio da sua profissão é tornar as sessões de reabilitação mais atraentes, porque são cansativas, repetitivas e monótonas e muitos interrompem a terapia antes de concluí-la. “Usamos o videogame como uma ferramenta para o paciente aderir ao tratamento de forma mais prazerosa”, justifica. . . Nessa diversão, Adelany utiliza o console Xbox integrado a um dispositivo conhecido como Kinect, que não depende de acessório periférico, como mouse, teclado ou controle ligado a fio. Ele capta todos os movimentos do usuário por meio de um sensor. Dessa forma, ele fica com as mãos livres, o que lhe dá mais mobilidade. Quando uma pessoa joga um videogame de voleibol, por exemplo, o avatar (no caso, a animação de jogador de vôlei do jogo) realiza os mesmos movimentos do usuário. Assim, em vez de jogar sentado, o paciente joga em pé, simulando a movimentação dos jogadores numa partida. Essa “jogada terapêutica” tem sido efetiva em indivíduos que sofreram sequela neurológica, ou que estejam em recuperação no pós-operatório ou até mesmo um idoso. “Pessoas mais velhas vão perdendo suas capacidades ao longo da vida e precisam de reabilitação para restaurar algumas funções do cotidiano, como trocar de roupa, tomar banho sozinho, se deslocar”, explica Adelany. O game é escolhido pelo fisioterapeuta de modo a simular a atividade que o paciente necessita. . . O resultado dessa “brincadeira”? “Por ser mais lúdico, o videogame aumenta a adesão do paciente ao tratamento”, assegura Adelany. Mas não é só isso. Como a realidade virtual é um sistema imersivo e interativo, ela permite que a entrada e a saída de informações no cérebro sejam facilitadas. Isso possibilita uma recuperação melhor. “É como um processo de aprendizado, em que são estimuladas as células do sistema nervoso para que o paciente reaprenda um ato motor”, esclarece a profissional. Outro aspecto interessante é que na reabilitação tradicional é comum o paciente não realizar corretamente os exercícios com receio de sentir dor. “Mas ao jogar, graças à interação lúdica, ele se distrai com o game, se expondo gradativamente ao movimento, perdendo o medo. Por isso, acaba se recuperando mais rápido", relata a fisioterapeuta. Para os idosos o game trabalha o equilíbrio, estimula a coordenação motora e o próprio movimento. Com o passar do anos, muitas pessoas diminuem sua necessidade de mover-se porque a vida social se retrai, param de trabalhar e ficam mais tempo em casa. “O objetivo da fisioterapia é estimular o movimento desses pacientes, só que com o game acaba sendo de uma forma divertida”, afirma Adelany. Que o diga a arquiteta Rosa Bonfim, de 72 anos. Ela tem osteoporose em alto grau e sofreu fratura espontânea em três vértebras, além de apresentar um problema sério de coluna. “Também sou cardiopata, tenho uma prótese na válvula mitral”. Seu médico a aconselhou a não fazer exercícios que forçassem muito suas costas, mas com a ressalva de que não ficasse completamente parada. A atividade com videogame foi a solução. “Faço há dois anos. Tenho mais equilíbrio, sinto até mais segurança e é também divertido”, comemora Rosa. Apesar dos problemas de saúde, a arquiteta move-se com destreza, usando pés, mãos, braços e cabeça ao jogar games nos quais simula ser jogadora de vôlei, de ping-pong, uma artilheira de futebol e até goleira. As sessões de fisioterapia têm sido tão prazerosas que ela não teme mais realizar movimentos que antes lhe pareciam imposíveis de executar. “Nem na imaginação eu me vejo pulando com os dois pés, mas, jogando, eu consigo pular”, alegra-se Rosa, que tem uma vida ativa, trabalha e caminha sozinha de casa até a clínica para se exercitar. O futuro dos games na saúde é muito promissor, segundo Adelany. “Cada vez mais, universidades estudam essa ferramenta e algumas a usam como desenvolvimento de pesquisa”, aponta. Em Pernambuco isso é realidade. As vantagens dos games na recuperação dos pacientes, estimulou a professora de Engenharia Biomédica Alana Elza Gama a desenvolver, por meio do projeto Ikapp, no Voxar Labs, laboratório do Centro de Informática da UFPE, uma tecnologia que permite criar jogos de uma forma personalizada. Um dos games, por exemplo, usa o recurso da realidade aumentada, isto é, reproduz no computador o ambiente onde a pessoa está e inclui alguns elementos virtuais de animação. No caso, uma bola e uma cesta de basquete. O desafio é fazer um movimento para erguer o braço, simulando pegar a bola e colocá-la na cesta. “Se o paciente só levanta o braço a 20 graus, eu adapto a partida para esse alcance. Se ele conseguiu atingir a meta, elevo a localização da cesta”, explica Alana. À medida em que o movimento é feito, o paciente recebe um feedback se está se exercitando da forma correta e, ao término da sessão de fisioterapia, o sistema oferece um relatório com o percentual de acertos e erros da atividade feita. Um estudo comprovou a eficácia da tecnologia. “Entre os pacientes que faziam a reabilitação com jogo, a quantidade de movimentos dobrou. O número de exercícios corretos melhorou muito, a média foi de 93% e, sem o game, 60%”, compara Alana. A tecnologia permite ainda ao paciente se exercitar em casa, sem perigo de treinar de forma errada e se machucar, já que o sistema oferece o feedback. Benefício que aumenta a

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Aprendizado contínuo para se manter no mercado

Por Rafael Dantas* Tudo o que é sólido desmancha no ar. A ilustração do filósofo alemão Karl Marx para explicar as transformações da sociedade de sua época segue atual e pode ser aplicada às inúmeras mudanças que presenciamos na educação e no mercado de trabalho. O antigo modo de formação das pessoas para a vida profissional está sendo atropelado por outras formas de aprendizagem. As tradicionais relações de trabalho que conhecemos se dissolveram por meio da tecnologia e de mudanças legais. Profissões antes veneradas e cristalizadas de status abrem caminhos para novas atividades em ascensão, principalmente ligadas à computação e à economia criativa. Para compreender os desafios desse cenário em constante instabilidade que afeta o mundo inteiro, ouvimos especialistas e estudantes no Workshop Algomais Educação 2019 realizado na Cesar School durante o Rec’n’Play. “Não tenho uma bola de cristal para falar como será o futuro das profissões, mas temos algumas pistas de um movimento que o mundo vem mostrando. Com o avanço das tecnologias todas as profissões serão impactadas e nós devemos nos preparar para isso”, advertiu o diretor-executivo da Cesar School Felipe Furtado. Ele conduziu o debate, promovido pela Revista Algomais, com mais de 100 estudantes de escolas públicas e privadas pernambucanas. Adaptabilidade, flexibilidade e saber se comunicar são algumas das habilidades necessárias para qualquer profissional, segundo publicação da Hays, empresa líder mundial em recrutamento. “É preciso ser capaz de se adaptar a vários cenários. É necessário estudar muito, entender de várias coisas ao mesmo tempo (não apenas da sua área específica de conhecimento) e, principalmente, desenvolver competências socioemocionais para se reinventar nos novos contextos”, orientou Felipe. Parar de aprender não está nos planos do pernambucano Pedro Macedo, 26 anos, que se encaixa bem nesse perfil do profissional do futuro. Ele teve um início de carreira cheio de viradas. Sound designer e produtor musical, começou a trabalhar em shows no Recife, passou por produtoras em São Paulo e, atualmente, montou um estúdio no seu apartamento no bairro de Perdizes, na capital paulista, e presta serviços para clientes diversos. Seu trabalho está presente no cinema, nas publicidades e na gravação de álbuns musicais. O mais novo campo está nas mídias interativas, em que ele presta serviço para um app feito para a plataforma do Google Assistente. Pedro trabalha no aperfeiçoamento do áudio das conversações dos usuários de aplicativos com robôs, como a Siri, a assistente inteligente da Apple. Pesquisador de música desde a adolescência, o pernambucano fez um curso tecnólogo de produção fonográfica. Depois disso, trabalhou alguns anos na Fundarpe, onde aprendeu a fazer a produção de palco e shows, além da montagem de som. Há dois anos sua formação profissional deu um novo passo em São Paulo, onde foi fazer um curso de áudio e acústica. Estão nos planos do profissional seguir para a França e estudar programação para artes e mídias interativas. “Pesquiso muito sobre os cursos e as manifestações que estão sendo feitas no mundo. Fiz algumas formações online, mas planejo voltar a estudar uma formação mais longa que pode ajudar a agregar muito na minha produção de áudio para arte sonora”, planeja Pedro. De acordo com o diretor da Cesar School, há 20 ou 30 anos as pessoas recebiam uma educação tradicional que servia para o resto da vida. Mas hoje a geração que está nascendo precisará, assim como Pedro, aprender continuamente durante a vida. O trabalho home office para vários “patrões” – que estão distribuídos pelo País e até no exterior – é outra tendência das carreiras profissionais que também é uma realidade na rotina de Pedro. Além de prestar serviços em casa, ele também viaja bastante. Pedro fechou a agenda do último mês com uma turnê no interior de São Paulo em shows, a produção de um filme em Maceió e um job em uma gravadora na capital paulista. Para onde ele vai, leva ainda um “mini estúdio”, que é uma unidade móvel para atender aos clientes remotos. “É difícil gerir o tempo com várias coisas acontecendo. Abri mão de um emprego certo para trabalhar com uma rede de clientes. Mas hoje posso morar em qualquer lugar do mundo e tenho trabalho”, diz, entusiasmado com a adaptação aos novos mercados que se abriram. As mudanças na carreira de Pedro estão em sintonia com uma tendência de autonomia que já é uma realidade no mundo inteiro. “Temos uma relação de trabalho que aponta para a autonomia do indivíduo, que está colocada não apenas na sua própria atividade de trabalho, mas na formalização do contrato de trabalho”, aponta Bruno Montarroyos, que é mestre em ciência política com foco em relações internacionais e especialista em políticas educacionais e inovação. “O aumento do home office ou do teletrabalho e o fato do profissional controlar o seu próprio horário são algumas tendências que encurtam a distância entre o empregado e o empregador. Uma situação em que o próprio trabalhador faz a gestão do seu tempo e monitora os seus resultados”, apontou Montarroyos. Bruno, por exemplo, é líder da Divisão de Gestão de Atendimento Técnico de Serviços no Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), mas se divide em uma série de atividades. Ele é Google innovator certificado para a educação (educador inovador), atua como mentor em eventos de hackatons e como voluntário em startups weekends. Teve que batalhar desde muito cedo e fez várias atividades. Uma trajetória que o ensinou bastante e contribuiu para suas múltiplas atividades profissionais. “Hoje consigo ver o quanto isso foi bom. Quanto mais experiências múltiplas melhor. Sempre buscando uma vivência nova, com pessoas diferentes e aprendendo junto”. Em um mundo em constante mutação, onde as empresas têm valorizado cada vez mais a diversidade de olhares nas suas equipes, o especialista acredita que conhecimento compartilhado e trabalho colaborativo, além de aumentar a competitividade dos profissionais, podem tornar a vida das pessoas cada vez melhor. AUTOMAÇÃO Com as mudanças tecnológicas, enquanto algumas profissões devem desaparecer ou ser altamente impactadas, outras estarão em alta. De acordo com a OCDE (Organização para Cooperação de Desenvolvimento Econômico) quase

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16 anos de Passa Disco com muita festa

Por Yuri Euzébio Desde que me entendo por gente sou um assíduo frequentador da Passa Disco, em minhas constantes visitas sempre saí de lá mais inteligente, conhecendo mais da música brasileira e pernambucana. Mais do que uma loja, o espaço é um pedaço da memória musical do Recife, também é um norte pra quem, como eu, quer saber qual é o som que vai fazer a cabeça de geral na próxima estação ou os novos nomes da cena local. Eis que amanhã é dia de festa na loja mais charmosa da cidade. A Passa Disco celebra 16 anos em plena forma, com uma festa à altura, a partir das 15h, com lançamento dos dois novos álbuns do selo musical da loja, “Valsa” de Bruno Souto e “Desafogo” da Mazuli. Além de promover a última edição da tradicional Feira do Vinil em 2019. Haverá shows desses dois artistas que lançam suas novas obras, Bruno Souto virá acompanhado de uma banda e com as ilustres participações de dois novos nomes da música pernambucana, Jáder Cabral de Mello e Mayara Pêra. Mazuli fará uma apresentação mais intimista com voz e violão. Talvez eu seja suspeito pra falar, mas quem gosta de música tem que conhecer ou visitar com frequência a loja. Principal reduto da produção pernambucana, o espaço capitaneado por Fábio Cabral faz um trabalho hercúleo de manter a cultura do Estado acesa. Além disso, o próprio Fábio é uma enciclopédia musical, um dos maiores conhecedores da música brasileira e pernambucana que existem. Ou que, pelo menos, eu conheço. Na Feira do Vinil, Dj Murilo França vai animar a galera com direito até a parabéns pra você da Xuxa. Esse mês de novembro, em que se comemora mais um ano de vida da loja, está recheado com comemorações. Na última quarta-feira (20/11) houve o lançamento do CD de Xico Bezerra e uma exposição de Fernando Duarte, “O Forró no Recife”, onde o artista homenageia diversos forrozeiros, cantores e compositores, no próximo sábado tem a feira e no dia 27/11, próxima quarta, haverá o lançamento de um tributo a Accioly Neto reunindo mais de 30 intérpretes, entre eles Chico César, Elba Ramalho, Zeca Baleiro, Fagner e Almério. Ainda na quarta, será lançado o CD “Um Frevo Impossível” de Fernando Duarte com vários novos intérpretes da cena musical de Pernambuco e com uma exposição em homenagem aos 40 anos do projeto Asas da América. Ufa! Já viu que motivos pra tu dar uma passadinha na loja não faltam, né? Se nada disso te convencer, sugiro ir só pra trocar uma ideia sobre música com Fábio, eu posso garantir que vai valer a pena. Eu, se fosse tu, não perdia!! Inclusive, te vejo lá.

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BID deseja fomentar ações de CT&I no Nordeste

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) planeja viabilizar projetos na área de ciência, tecnologia e inovação para o Nordeste. Nesta quarta (20.11), o chefe da divisão de Competitividade, Tecnologia e Inovação da instituição, Gonzalo Rivas, esteve em João Pessoa-PB, no Palácio da Redenção, reunido com secretários de CT&I. O banco tem a área como prioritária e está prestes a disponibilizar US$ 120 milhões para financiar ações na região. Representante do Nordeste na diretoria do Conselho Nacional de Secretários de Ciência Tecnologia e Inovação, Aluísio Lessa destacou a importância desta iniciativa, que é chancelada pelo Consórcio Nordeste. "Realizamos projetos em Pernambuco com o BID e desejamos ampliar esta parceria com a instituição, agora em convergência com os nove estados do Nordeste. As ações de Ciência, Tecnologia e Inovação serão mais impactantes se envolverem toda a região", declarou. "Consideramos Ciência Tecnologia e Inovação é uma parte importante para o desenvolvimento da América Latina. O Nordeste possui talento e tem se destacado na área. Queremos apoiar projetos de educação voltados para a Ciência, Tecnologia e Inovação", comentou o executivo, sinalizando que o BID está disposto a incentivar ações de CT&I no Nordeste. Acompanhado pelo especialista principal em Ciência, Tecnologia e Inovação, Rafael Anta; a especialista líder em Ciência Tecnologia e Inovação para o Brasil, Vanderleia Radaelli; e o especialista em Ciência, Tecnologia e Inovação para a República Dominicana, Michael Hennessey, Gonzalo Rivas participou de reunião com a governadora em exercício da Paraíba, Lígia Feliciano, e se encontrou com os dirigentes estaduais da área. Participaram do evento o secretário executivo da Ciência e Tecnologia da Paraíba, Cláudio Furtado; o presidente Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq), Roberto Germano; o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco, Aluísio Lessa; o presidente da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe), Fernando Jucá; a secretária de Ciência Tecnologia e Inovação da Bahia, Adélia Pinheiro; e a secretária-executiva de Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará, Nágyla Drumond.

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O streaming chega no universo dos games

O tempo passa, o mundo se transforma, as tecnologias alteram nosso comportamento de vestir, comer, paquerar, consumir livros, quadrinhos, livros e também os games. Antes era preciso se deslocar até a esquina para poder jogar nos fliperamas, comprar aquela maçaroca de fichas, passar a tarde ou poucos minutos jogando seja Donkey Kong, Street Fighter 2 ou pilotar um carro, bem no estilo Enduro, lembra meu vei! Fliperamas ainda convivem entre nós Era diversão demais, mas era preciso ir a algum lugar para jogar. Se você tinha uma merreca maior na sua carteira, poderia comprar a mídia com o jogo, o cartucho, e um equipamento para poder jogá-lo, falo dos consoles, que desde a Atari, transformou os nossos lares ou o quartinho do ‘canto dos guerreiros’ em um mundo de magia, competição e emoção por muito tempo. Para tudo isso funcionar, você precisava ter espaço para seu console, a TV e os cartuchos, colecionados, guardados com carinho, inclusive alguns ficavam na caixinha original, tem que ser nerd e gamer pra entender essa paixão. Os consoles e os jogos evoluíram para possibilitar maior processamento gráfico e apresentar imagens, efeitos e sons cada vez mais envolventes. Com isso, veio a era das mídias em CD e depois DVD. Se você não podia comprar um console, partia para o computador do pai para jogar. Na época tinham as revistas com demos, curiosidades e macetes para passar de fase, era bom demais. Porém, novamente, além do espaço para os CDs e DVDs, tinha a área das revistas, tinha negócio de Youtube não meu vei, era analógico na veia!! Tela do jogo Ultima Online Paralelo a isso, tínhamos os jogos on-line, em sua maioria RPG para múltiplos jogadores, os MMORPGs, a exemplo de Ultima Online (1997) e, posteriormente, World of Warcraft, conhecido por WoW (2004), fazendo milhares de pessoas se conectarem simultaneamente em todo o mundo para jogar e conversar horas a fio. Mas seu computador precisava ser bom, ter uma plaquinha de vídeo e ter uma conexão de internet relativamente boa, e por isso, ficávamos à noite e a madrugada grudados no PC. Estou falando isso até agora, pra você entender que para jogar bem, tinha que ter equipamentos especializados, espaço para guardar as mídias físicas e pra instalar os jogos no PC, tinha que ter HD bom ‘virado na gota’, processador, placa de vídeo e, em alguns casos, conexão com internet. Você optava, console ou PC, mas se você era um cabra ou uma moçoila ‘nadada na grana’, tinha os dois. Aproveitando os avanços tecnológicos dos PCs, da banda larga e o comportamento de consumidores, a Valve lançou a Steam, em 2003, plataforma para comprar jogos on-line, que até nos dias atuais, nós gamers instalamos títulos e mais títulos, seja comprando ou pegando de maneira gratuita (eita que usei muito!) diretamente para o seu computador pessoal montado para jogar. Novembro de 2006, a Sony lançou o poderoso Playstation 3, que além de rodar uma nova mídia de armazenamento, o Blu-ray, também apresentava seu sistema On-line a PSN, a PlayStation Network, para compra de jogos e filmes. Em 2007, a Apple apresentou um novo modelo de negócio bom danado para novos desenvolvedores independentes (pois só grandes empresas conseguiam produzir games para os console, PC e para alguns celulares), como também para o público gamer, porque seria mais uma mídia para ter experiências com jogos similares aos vivenciados nos outros equipamentos ‘fixos’. Cada vez mais a internet passava a ser componente chave para comprar e download de jogos para os diversos artefatos físicos ou móveis, permitindo experiências alucinantes seja jogando sozinho, com amigos físicos ou virtuais. Phil Harrison anunciou a plataforma Stadia na E3 2019 E foi nesta semana, dia 19 de novembro, que a Google lançou sua plataforma de streaming de jogos, Stadia, isso mesmo meu vei, uma Netflix de jogos, onde o jogador não precisa comprar um equipamento novo para instalar os jogos, aliás, você nem instala o jogo, ele roda diretamente dos servidores da empresa, com processadores customizados de 2,7 Ghz, placa de vídeo AMD e memória RAM total de 16 GB, para prover até 484 GB por segundo de transmissão, um verdadeiro ‘pipoco de Zion’! Usando seu PC ou notebook ‘fraquinho’, você pode rodar jogos ‘Red Dead Redemption 2', 'Mortal Kombat 11' e 'Destiny 2' sem precisar fazer um upgrade, além de poder começar no PC e depois para notebook ou até mesmo na sua TV para continuar a aventura, é sensacional! Entretanto, para se deleitar com essa plataforma de assinatura, a Google sugere que o usuário tenha uma conexão de internet de 35 MB, tome banda larga  ‘virado no mói de coento’, para poder rodar jogos em resolução 4K, 60 frames por segundo e com som surround 5.1. Mas tem que ter essa conexão de verdade e não a que contratamos aqui no País, que não dá nem 10 MB. Aí você sabe, o Brasil não entrou na lista dos 14 primeiros países a usarem o Stadia: Alemanha, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Noruega, Países Baixos, Reino Unido e Suíça. Mas não foi a Google que pensou em usar o stream para jogos, há alguns anos a Nvidia fez uns testes similares, onde permitiu usuários a jogarem um dos jogos da série Batman Arkham no seu PC, sem precisar instalar e nem mudar configurações, cheguei a testar e fiquei maravilhado, porque meu computador não tinha a mínima possibilidade de fazer essa façanha caso fosse rodar fisicamente o game. Foi emoção demais!!! Arcada: plataforma da Apple dedidaca ao jogos. Pois é, além da Google, a Apple lançou sua plataforma Apple Arcade para seus usuários e que vai na mesma filosofia, só ainda não possui jogos com gráficos pesadíssimos como  na plataforma do concorrente. E a Valve já trabalha nessa linha também para lançar o 'Steam Cloud Gaming'. A Microsoft, por sua vez, vem mudando a arquitetura dos sistemas operacionais do Windows e do XBox, para rodar um único sistema, possibilitando você ter seus jogos a serviço

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Black Friday: vendas por comércio eletrônico se equiparam às de lojas

Por Cristina Índio do Brasil As vendas por meio de comércio eletrônico (e-commerce) da Black Friday devem, pela primeira vez, estar muito próximas das realizadas em lojas físicas. A projeção é da Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop). Ela prevê para este ano, durante a promoção, um faturamento para o comércio acima de R$ 3 bilhões. O diretor de Relações Institucionais da entidade, Luiz Augusto Ildefonso, disse hoje (19) que as vendas crescem, anualmente, desde 2010 quando a promoção, muito comum nos Estados Unidos, chegou ao Brasil. Lojistas esperam movimento acentuado no comércio durante a Black Friday (Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil) “Sempre foi uma distância muito grande. Até o ano passado, era muito mais volumoso o pedido de compras na internet do que na loja física”, disse, lembrando que, até 2017, a iniciativa era voltada, na maior parte, para o comércio eletrônico e a loja física era praticamente um apêndice da data. A queda na taxa de juros, a liberação de saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do PIS/Pasep (Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público) e o pagamento da primeira parcela do 13º salário favorecem o cenário de otimismo. Facilidade O diretor revelou que atualmente a facilidade de comprar pelo comércio eletrônico e pegar a mercadoria vendida no site em uma loja de shopping tem levado o cliente aos centros de compras, aumentando a presença nas lojas físicas e ampliando as vendas. “Indo lá, há uma possibilidade de o consumidor comprar mais alguma coisa na loja. Isso tem sido extremamente favorável à loja física”, contou. “Isso agrega no volume de venda. É uma experiência que as lojas iniciaram e está ocorrendo firmemente, principalmente, em vestuário, calçados e perfumes”, explicou. Ildefonso afirmou que o movimento de consumidores nas lojas aumenta na própria sexta-feira que é a data onde, nos Estados Unidos, costuma concentrar o maior número de compradores, que chegam a passar a noite nas filas aguardando a abertura das portas, todos atrás de preços baixos. “Aqui no Brasil, a Black Friday nunca é em um dia só, mas na sexta-feira, no dia 29 de novembro, a expectativa é que o fluxo de pessoas no comércio vai ser muito próximo das compras na internet neste ano”, disse. Acrescentou que os smartphones são os mais procurados nesta data. Quem compra procura trocar o aparelho atual por um com tecnologia mais nova. O mesmo ocorre com os televisores. Em terceiro lugar, aparecem roupas e calçados. Por Agência Brasil

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BC organiza mutirão de renegociação de dívidas antes do Natal

Por Wellton Máximo Antes do fim do ano, o Banco Central (BC) promoverá um mutirão para que os clientes renegociem dívidas com bancos antes do Natal e do ano-novo, anunciou hoje (20) o presidente da instituição, Roberto Campos Neto. Em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, ele explicou que o mutirão estará atrelado a cursos de educação financeira. Segundo Campos Neto, as agências deverão funcionar além do expediente normal para a renegociação de dívidas bancárias. Em contrapartida, os clientes passarão por cursos para aprender a administrar o orçamento pessoal e a evitar linhas de crédito com juros elevados, como as do cheque especial e do cartão de crédito rotativo. Com o mutirão, ressaltou o presidente do BC, os clientes poderão limpar o nome antes das compras de fim de ano. Campos Neto disse que a instituição pretende repetir esse tipo de ação em 2020, aliando a educação financeira à concessão de crédito com juros mais baixos, por meio de um sistema de pontuação semelhante ao dos programas de fidelidade. “Queremos fazer ações junto com os birôs de crédito. Quem fizer o curso, acabará tendo uma classificação de crédito superior atrelado ao ganho de pontos que gerem desconto em produtos financeiros. Porque quem tem mais educação financeira tem menos inadimplência", disse Campos Neto. Pagamentos instantâneos Na audiência pública, Campos Neto anunciou que o BC pretende lançar, até o fim do próximo ano, um sistema instantâneo de pagamentos que funciona 24 horas por dia e sete dias por semana e funcionará como alternativa à Transferência Eletrônica Disponível (TED) e ao Documento de Ordem de Crédito (DOC), que não funcionam de forma instantânea. Atualmente, o valor transferido por DOC só chega à conta do destinatário no dia útil seguinte ou dois dias úteis depois, para transações após as 21h59. No caso do TED, o dinheiro é transferido em alguns minutos para operações antes das 17h. No entanto, a partir desse horário, a transação só é concluída no dia útil seguinte. Segundo ele, o novo sistema diminuirá a demanda por dinheiro em espécie. “Os pagamentos instantâneos devem estar funcionando no fim do ano que vem. O dinheiro vai sair de uma conta para outra, independente de quem seja, empresa ou pessoa física, 24 horas por dia, sete dias por semana. Diminui a demanda por dinheiro em espécie”, declarou. Cheque especial Assim como na audiência pública de ontem (19) na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Campos Neto reafirmou que o BC lançará, até o fim do ano, um plano para reduzir os juros do cheque especial das pessoas físicas >. Ele reiterou que esse produto, que cobra juros em torno de 300% ao ano, prejudica principalmente os clientes de baixa renda. “O cheque especial é um produto muito regressivo. Quem está pagando o custo está embaixo na pirâmide. É como se quem estivesse embaixo pagasse o luxo de quem está em cima. É um produto mais usado pela renda mais baixa e por quem tem menos educação financeira. Precisamos fazer uma reengenharia para diminuir regressividade”, declarou. Sobre o spread bancário, diferença entre os juros que o banco paga para captar recursos e cobra do tomador de crédito, o presidente do BC disse que a instituição estuda medidas para tornar mais ágil a recuperação, pelos bancos, de bens dados como garantia (bens usados para cobrir a inadimplência) nas operações de crédito. Segundo Campos Neto, atualmente a recuperação de crédito leva muito tempo sendo discutida na Justiça. Por Agência Brasil

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