Arquivos Z_Exclusivas - Página 152 De 363 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Z_Exclusivas

Inovação urbana e o futuro das cidade no REC’n’Play

A Secretaria Executiva de Inovação Urbana participa pela segunda vez do REC’n’Play, que acontece a partir de hoje (02) até sábado, no bairro do Recife. Nesta edição, uma série de painéis foram elaboramos para os interessados em debater temas ligados ao protagonismo cidadão, o futuro das cidades, inovação urbana, economia circular, urbanismo colaborativo e a importância do brincar na rua para o desenvolvimento das crianças, inclusive as de primeira infância. As cidades só têm a capacidade de oferecer algo para todos, quando algo é criado por todos. Para dialogar sobre isso, o Secretário Executivo de Inovação Urbana Tullio Ponzi, o arquiteto e urbanista Francisco Cunha e Marcela Lucena, Prefeita do Conde/PB, contarão sobre suas experiências no painel Inovação Urbana, Protagonismo Cidadão e o Futuro das Cidade. Após as apresentações, haverá uma roda de conversa que acontecerá nesta quinta-feira (03), às 17h, no Accenture Innovation Center. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do site: https://www.recnplay.pe/. Neste mesmo horário de abertura da palestra sairá o resultado da segunda etapa do Prêmio MuniCiência - Municípios Inovadores, onde o programa Mais Vida nos Morros está representando a cidade do Recife entre as 30 iniciativas pré-finalistas. O prêmio nacional que reconhece iniciativas inovadoras e transformadoras, com impactos positivos na administração pública e para a sociedade. Ao todo foram 235 inscrições de todas as regiões do país. Mais Vida nos Morros - O Mais Vida nos Morros é uma política pública de cidadania e desenvolvimento sustentável, onde a partir do protagonismo e engajamento dos moradores se inicia a transformação da sua própria comunidade. O morador participa desde a criação das soluções urbanas e ambientais até a parte de colocar a mão na massa. O programa, que teve início em 2016, está beneficiando diretamente 15 mil moradores de 28 comunidades espalhadas no Recife. O Mais Vida nos Morros vem se destacando internacionalmente com reconhecimento da ONU-Habitat, da Child in The City e da Bernard Van Leer Foundation. E conta com a parceria da empresa Tintas Coral, através do Movimento Tudo de Cor. Painel: Inovação Urbana, Protagonismo Cidadão e o Futuro das Cidades Participação: Tullio Ponzi (Secretário Executivo de Inovação Urbana), Francisco Cunha (TGI) e Márcia Lucena Prefeita do Município de Conde/PB. Quando: quinta- feira (03/10) Horário: 17h Local: Accenture Innovation Center

Inovação urbana e o futuro das cidade no REC’n’Play Read More »

Rec'n'Play começa nesta quarta-feira

De 2 a 5 de outubro, o Bairro do Recife vai receber mais uma edição do REC’n’Play, festival de conhecimento que irá ocupar prédios e ruas da região central com centenas de atividades e programação gratuita. O festival é uma realização do Porto Digital e da Ampla Comunicação, com apoio da Prefeitura do Recife e do Sebrae. O evento vai abrigar workshops, palestras e oficinas, nas áreas de tecnologia, economia criativa e cidades inteligentes, exibições artísticas, hackathons, shows e rodadas de negócios. Desde sua primeira edição, em 2017, o festival funciona a partir de três pilares básicos: educação, negócios e entretenimento. Já tradicional no calendário da cidade, o REC’n’Play, em sua exploração de tendências tecnológicas e criativas, é um centro de profusão para quem se interessa por temas ligados a internet, robótica, fabricação digital, games, audiovisual, fotografia, design, música, sustentabilidade e clima no âmbito das cidades inteligentes. Este ano, o festival está ainda maior, com mais de 300 atividades durante os quatro dias de duração e ocupando 17 prédios do Bairro do Recife. Para realizar todas essas atividades, serão cerca de 500 convidados para palestrar, ministrar oficinas e compartilhar seus conhecimentos. São esperados 20 mil participantes, vindos de mais de 20 Estados do Brasil. Dentre os palestrantes confirmados estão André Ferraz, cofundador e CEO da InLoco, empresa pernambucana de tecnologia de inteligência de dados de localização e um exemplo de sucesso em empreendedorismo com crescimento exponencial, atuando no Brasil e nos Estados Unidos. Silvio Meira, cientista, professor e fundador do Porto Digital, e Pierre Lucena, atual presidente do Porto Digital e professor da UFPE, também já confirmaram sua presença. Os participantes também vão assistir às palestras dos jornalistas Luis Nassif e Caco Barcelos, da presidente da Microsoft Brasil, Tânia Consentino, do CEO da Mercedes-Benz do Brasil, Phillipp Scheimer, e do economista e ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco. Também estão entre as atrações do evento, Renata Albertim, CEO e co-fundadora do Mete a Colher, projeto que usa a tecnologia como aliada para combater a violência,  Luciano Huck, apresentador da Rede Globo de Televisão e empresário e o professor de criatividade Murilo Gun. A Algomais não poderia ficar de fora e promoverá a 4ª edição do Workshop Algomais Educação, no dia 3 de outubro, na Cesar School. O evento terá como tema O futuro das profissões, será mediado pelo professor Armando Vasconcelos, diretor do Colégio Equipe e contará com os palestrantes Felipe Furtado, diretor Executivo de Educação da Cesar School, e Bruno Montarroyos, Google Innovator Certificado para a Educação e líder do setor de atendimento a clientes estratégicos no Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados). No dia 5, Francisco Cunha, arquiteto e sócio da TGI, promove reflexões sobre o atual uso da Ilha de Antônio Vaz, que inclui os bairros de Santo Antônio, São José, Cabanga e Joana Bezerra. Haverá uma discussão na sede da CDL, depois uma caminhada pela Conde da Boa Vista, Av. Guararapes e Praça da Independência, até o Bairro do Recife. Em seguida, haverá um debate e serão desenvolvidas coletivamente sugestões dos participantes para essa área do Recife. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do site oficial do evento www.recnplay.

Rec'n'Play começa nesta quarta-feira Read More »

Os idosos, os jovens e o trabalho

A aumento progressivo da expectativa de vida, a entrada em vigor da reforma da Previdência, o rápido avanço da tecnologia nas empresas e a baixa qualidade da educação no Brasil são sinais de mudanças profundas para idosos e jovens no mercado de trabalho nos próximos anos. A expectativa de vida do brasileiro alcançou em 2018, segundo dados do IBGE, a marca de 76 anos. Em 1940, por exemplo, era de apenas 45,5 anos. Para 2040, segundo um estudo da Universidade de Washington, com base nos dados do IBGE, a longevidade pode alcançar 82,6 anos no Brasil. Nessa mesma direção, a aprovação da reforma da Previdência, segundo alguns estudos preliminares, apontam uma elevação de sete anos, em média, para o trabalhador se aposentar quando comparado aos níveis atuais. Portanto, o aumento da expectativa de vida e a reforma da Previdência vão exigir dos profissionais mais velhos, sobretudo aqueles na faixa dos 50 anos, a permanência por mais tempo no mercado de trabalho. Não só para atingirem a nova idade mínima de aposentadoria, de 65 anos para homens e 62 para mulheres, como também para a manutenção do seu nível de renda e de qualidade de vida. Entre as consequências da mudança de comportamento profissional dos idosos está o impacto direto nos jovens, pois menos vagas serão abertas nos próximos anos, agravando a tendência histórica de baixa empregabilidade em pessoas de 18 e 24 anos. Para se ter uma ideia, o desemprego nessa faixa etária alcança 26,6%, mais que o dobro da taxa geral de 12,4%, segundo dados do IBGE do primeiro trimestre de 2019. Se incluída nessa equação a variável do rápido avanço da automatização nas empresas, que vai exigir formação tecnológica para construir e operar robôs e algoritmos, os jovens brasileiros terão ainda mais dificuldade no futuro, pois apenas 9% dos alunos que concluem o ensino médio no Brasil têm proficiência básica em matemática, de acordo com dados do Inep/MEC. Os sinais apresentados acima mostram, portanto, a formação de um cenário quase inevitável de aumento progressivo do desemprego. E não apenas causado por fatores pontuais, como as frequentes crises econômicas nos últimos anos no País. Para os próximos 10 anos, fatores sistêmicos mais complexos, como os demográficos e os tecnológicos, sobre os quais a capacidade de reversão é limitada, indicam um grande desafio social para as famílias, as empresas e os governos.

Os idosos, os jovens e o trabalho Read More »

Garrido Galeria é boa pedida para quem gosta de arte contemporânea

Ao entrar na Garrido Galeria você tem a agradável sensação de estar numa casa, daquela dos tempos em que, como diria Belchior, “havia galos, noites e quintais”. Mas essa impressão não é à toa, o espaço está localizado na antiga residência, no bairro de Santana, onde moravam Armando Garrido, proprietário do equipamento cultural, e seus pais e irmãs desde 1973 até 2015. Há quatro anos, o lar dos Garrido transformou-se numa charmosa galeria de arte moderna e contemporânea. A ideia surgiu quando a mãe de Armando desistiu de morar no local. “Queria dar algum sentido à casa”, lembra o galerista. Na época ele havia abarrotado a garagem com várias obras de arte que comprara ao longo dos anos. Foi então que surgiu a inspiração para criar o espaço cultural. Armando entrou no mundo das artes plásticas, de forma despretensiosa, quando se incomodou com as paredes nuas do apartamento para onde que acabara de se mudar, décadas atrás. “Comecei a visitar ateliês para conhecer os artistas, ir a exposições. Mas arte não é decoração, ela tem que mexer com você, te emocionar, pode até causar tristeza e é um sentimento muito individual. Quando um quadro não me representava mais, eu vendia”, recorda. Passou então a comprar e vender arte. Não demorou muito também para começar a promover exposições, também sem muitas pretensões. A primeira delas, curiosamente foi num salão de beleza e foi um sucesso. Também lotou o Barchef numa mostra sobre o artista plástico José Cláudio. Com essa experiência, não foi difícil para Armando transformar a casa de seus pais na Garrido Galeria, que promove exposições de artistas modernos e contemporâneos, consagrados ou emergentes. Para concretizar o projeto, contou com a parceria da Phantom Five Art – um grupo de curadores independentes de arte contemporânea. Dessa união, surgiram mostras instigantes como a Cataclismo, que ficou em exposição até o mês passado. Artistas de diferentes linguagens – pintura, performance, fotografias entre outras – expressaram os problemas sociais, ambientais, políticos e existenciais do atual momento. Agora, neste mês, os visitantes poderão conferir o talento do consagrado José Cláudio e a expectativa é de que a exposição seja um sucesso tão grande quanto a anterior no Barchef. Além das obras do artista, também fará parte da mostra a videoinstalação Viagem de um jovem pintor à Bahia, de Pedro Coelho, inspirada no livro de mesmo nome de José Cláudio. Mas não são apenas as exposições que surpreendem os visitantes. Para colecionadores ou qualquer pessoa que deseje adquirir uma obra, a galeria oferece um espaço, uma sala aconchegante na qual o comprador senta-se num sofá confortável, diante de uma parede onde o quadro colocado à venda é pendurado. Enquanto aprecia uma bebida, ele admira o quadro, sozinho, durante determinado tempo, até que outra obra é introduzida. Além das obras de arte, o que também enche os olhos dos visitantes é o grande jardim que margeia toda a casa e conta com a interferência estética de algumas esculturas. “As árvores foram plantadas por meus pais”, salienta Armando. Na varanda, de frente à área verde, está o café da galeria, que trabalha com grãos originários de Minas Gerais e São Paulo. Sob o comando da chef Manu Galvão, são preparados lanches como o sanduíche de rosbife – o carro chefe da cafeteria – com pão de fermentação natural e picles de pepino feito na casa, maionese e mostarda Dijon, ao preço de R$ 22. Outra pedida são os pastéis que levam saquê na massa para deixá-las crocantes, com opções de recheios de cogumelo, cordeiro, carne de porco com abacaxi e queijo manteiga com mel de engenho. Os preços variam de R$ 17 a R$ 20. Há também opções para veganos, como a coxinha de brócolis. A beleza do jardim e a qualidade das delícias elaboradas por Manu permitiram que o espaço fosse também oferecido à realização de eventos. E para os que têm filhos pequenos, a Garrido dispõe de nada menos que uma casa na árvore para a criançada brincar enquanto os pais apreciam as obras de arte ou tomam um café. A proposta é diversão e arte. Serviço Garrido Galeria: Rua Samuel de Farias, 245, Santana, Recife. Tel. 3224-3722. Funcionamento da Galeria: de terça-feira a sábado, das 10h até as 19h. Cafeteria: de quarta-feira a sábado, das 16h às 20h.

Garrido Galeria é boa pedida para quem gosta de arte contemporânea Read More »

Seu Porquin faz sucesso em Gravatá e vai abrir unidade no Recife

Há 20 anos, o irmão da publicitária Marta Lima, Sérgio Lima, começou a criar em sua fazenda, em Petrolina, duas fêmeas e um macho de um tipo de porco preto que não vivia em cativeiro, mas solto nas serras, nos confins do Sertão pernambucano. Desde então, os animais são alimentados por algaroba e resíduos de frutas, como a carne de coco ou as cascas de uvas. O plantel, que chegou a dois mil porcos, deu origem a um restaurante orgânico e gourmet em Gravatá, o Seu Porquin. Inspirado no restaurante José Maria e no seu tradicional cochinillo (leitão) de Segóvia, da Espanha, a casa além de oferecer uma experiência diferenciada aos paladares pernambucanos, começa a atrair turistas amantes da gastronomia. Uma novidade anunciada pela empresária é que ainda neste ano o restaurante vai abrir uma nova unidade na Zona Norte do Recife. “São animais orgânicos, felizes, criados soltos. Antes, usávamos esse plantel apenas para cozinhar para amigos. Fomos pesquisando receitas de preparo para uso doméstico. Então tivemos a ideia de montar em Gravatá um restaurante no modelo do porquinho de Segóvia, na Espanha”, conta a publicitária. Dessas pesquisas gastronômicas e da criatividade dos sócios surgiram o restaurante e o cardápio. Uma curiosidade é que os sócios descobriram, por meio de teste de DNA, que o porco preto do seu plantel tem um parentesco próximo com os animais, que são servidos em Portugal e na Espanha. “O que se imagina é que os portugueses, quando vieram para Pernambuco, trouxeram esses animais, que se reproduziram na natureza. Eles têm semelhança genética com o ibérico, mas, ao longo dos anos, já desenvolveram uma raça local”, explica Marta. O prato principal, o cochinillo de Segóvia, segue o modelo espanhol, em que o porquinho é abatido precocemente e cortado com o prato na mesa. O tempero, porém, traz um sabor mais apreciado pelos nordestinos. E o acompanhamento, o chucrute de repolho roxo doce, é uma receita da avó de Marta Lima. Um segredo europeu apreciado pela família há gerações, que passou a ser oferecido ao público do Seu Porquin. O toque de exclusividade e de alta gastronomia presente no cardápio do restaurante já tem atraído visitantes de Estados vizinhos. “Queremos que se transforme num programa turístico de Pernambuco, como é na Espanha. Isso, aliás, já acontece. Recebemos com frequência vans de Maceió, João Pessoa e Campina Grande. E já recebemos famílias do Ceará e Salvador, indo para Gravatá por serem apaixonadas pela carne de porco”, conta Marta Lima. O restaurante oferece ainda como opção de prato o cordeiro lechal (cria da ovelha que se alimenta exclusivamente de leite) também orgânico e o sanduíche de pernil de porco preto. Muitas das entradas ou sobremesas do restaurante também guardam o mesmo conceito de itens especiais, com um toque artesanal. Para acompanhar os pratos exclusivos, o restaurante traz uma cartela especial de vinhos, cervejas artesanais, espumantes e os drinques, que estão em alta na gastronomia brasileira. Com o sucesso do restaurante em Gravatá, os sócios decidiram abrir uma casa no Recife. O Seu Porquin na capital vai funcionar, a partir de novembro ou dezembro, na Rua da Hora, no Espinheiro, onde funcionava o Restaurante Villa. O espaço está sendo preparado para a nova operação. “Provavelmente teremos outras opções no cardápio e, inclusive, uma opção de prato executivo, pois a cidade pede”. Outra novidade será um café, funcionando no mesmo espaço, que trará os sanduíches de pernil, já ofertados em Gravatá. Para aqueles que desejam fazer essa viagem gastronômica, se deliciando com a carne de porco preto orgânico (e crocante), a dica é fazer a reserva antecipadamente. Principalmente aos sábados, a casa, com capacidade de atender 60 pessoas, costuma atingir a lotação máxima. Serviço Seu Porquin, Rua Duarte Coelho, 81 - Prado, Gravatá. Funciona de quinta-feira a sábado das 12h às 23h, domingo: 12h às 18h. Reserva: (81) 99417-5534 ou 3533-7057

Seu Porquin faz sucesso em Gravatá e vai abrir unidade no Recife Read More »

Amaro Freitas: sopro de renovação do jazz chega em Serra Negra

Por Yuri Euzébio Desde o Movimento Manguebeat, a música de Pernambuco se notabilizou pela mistura de ritmos e sons. A revolução sonora promovida pelos caranguejos com cérebro deixou um forte legado para as gerações seguintes de músicos do Estado. O pianista Amaro Freitas é um dos nomes da nova música local que honra a tradição pernambucana de mistura sonora, ao unir o jazz com elementos afro-brasileiros e regionais. O músico vem renovando o gênero e sendo celebrado pela exigente crítica especializada. Prestes a embarcar para Serra Negra, onde iria ministrar uma oficina e depois realizar um show dentro da programação do Festival Nuvem, o generoso artista atendeu a coluna e falou sobre sua trajetória, música instrumental e as influências que o levaram a construir essa sonoridade. Ainda criança, quando vivia no bairro de Nova Descoberta, teve seu primeiro contato com a música a partir da igreja e seus passos iniciais a partir de uma formação musical informal. “Meu pai é multi-instrumentista, ele não é músico profissional, mas foi quem primeiro me ensinou a tocar um instrumento”, relembrou. “Quando eu completei 15 anos, eu entrei pro Conservatório e ganhei um DVD do Chick Corea e isso mudou a minha vida, porque eu só tinha contato com a música da igreja e quando eu ouvi Chick Corea eu pensei: ‘Caramba, como é que pode existir uma música dessa velho?’”, detalhou o instrumentista. O tempo do músico do Conservatório foi curto por falta de condições financeiras, mas isso não o fez desistir da carreira musical. “Foi aí que eu percebi que eu deveria trabalhar pra poder pagar meus estudos, passei um tempo vendendo pão nas escadarias de Nova Descoberta, paralelamente ia tocando em casamentos, festas, aniversários”, explicou. “Depois fui trabalhar de call center, passei a tocar com banda autoral, músicos sertanejos”, detalhou. Foi perseguindo seu sonho de realizar um trabalho de música instrumental, que o músico estudou Produção Fonográfica na Aeso Barros Melo e trabalhando numa pizzaria, conseguiu produzir seu primeiro disco “Sangue Negro”, que despertou a atenção da crítica especializada. De acordo com Amaro sua música é a representação do tempo em que vivemos. “Eu acho que a música autoral e atemporal tá totalmente relacionada ao seu tempo”, definiu. “Quando você escuta Beethoven, Chopin ou quando você escuta Tom Jobim, Villa Lobos ou Moacir Santos, você percebe nessas músicas a representação de um período. Tom Jobim, por exemplo, aquela música representa um Rio de Janeiro”, continuou. “E eu acho que a minha música traz a tona o tempo de hoje, em que vivemos, de certa forma, a paisagem sonora ruidosa das áreas urbanas, o caos, a agonia, o frenético”, destacou o músico. A música de Amaro Freitas reflete o modo que ele enxerga o mundo, sem distinções ou etiquetas. “Na verdade música erudita e popular são só rótulos que se inventam. Tudo é música, velho”, defendeu. “Eu acho que essa coisa da música nordestina com os instrumentos que são considerados eruditos e elitizados foram uma junção natural do instrumento que foi me dado e da influência do lugar onde eu vivo, da cultura, porque nós somos um estado onde o ritmo é muito forte”, explicou. E, ao contrário do que se pode pensar, o músico destaca que há um espaço crescente para a música instrumental na cidade. “Eu acho que falta, uma certa organização e isso partindo de vários setores, pra que a música instrumental do Recife tenha lugar toda semana, com público toda semana. Mas existe sim um público pra esse tipo de música aqui, tem o Panela Jazz, o Gravatá Jazz, o Riomar Jazz, o Mimo e todos lotados”, pontuou. O pianista se mostra animado em tocar no Festival Nuvem, encontrando no evento uma oportunidade de romper novas fronteiras com a sua música. “Esses pequenos e médios festivais acabaram sendo muito importantes, principalmente pra uma galera que tá chegando da música instrumental, porque possibilita agenda e o contato com um circuito que talvez não acessasse o interior”, celebrou. “Eu circulo muito em São Paulo, então é muito importante pra mim também estar nesses lugares que não são tão convencionais, onde eu acredito que o público vai estar muito feliz e receptivo”, comemorou o instrumentista. “Na oficina eu falo um pouquinho sobre a minha história, sobre gerenciamento de carreira, sobre harmonia e polifonia, de tudo um pouco”, explica. Para o futuro, Amaro coleciona planos e desejo de seguir trilhando pelo seu próprio caminho, levando sua sonoridade até onde for possível. “O que mais eu fico pensando é fazer um trabalho social que atenda a pessoas que não tenham acesso a esse tipo de música. Informar as pessoas sobre o valor de um piano, o que é um baixo acústico, tocar pra essas pessoas”, confidenciou. “No fim das contas, se essas pessoas não se sentirem tocadas é um direito delas, mas eu acho que a minha missão é dar acesso a uma música que não chega às pessoas e por isso não tem direito de escolha”, finalizou. Expoente da renovação do jazz brasileiro, Amaro Freitas emana a força e a potência de sua música. Ao mesmo tempo transmite a serenidade de quem tem certeza de que o caminho traçado é o único a seguir. Vem da periferia de Pernambuco, a mistura que revigora o jazz. SERVIÇO - FESTIVAL NUVEM Sexta-feira, 27/08 – Shows Local: Polo Cultural de Serra Negra DJ LêMer (19h30 – 20h) Arrete (20h – 21h) Radiola Serra Alta (21h20 – 22h20) Isaar (22h40 – 23h40) DJ LêMer (23h40 – 00h40) Sábado, 28/09 – Shows Local: Polo Cultural de Serra Negra DJs Clássico dos Clássicos (19h – 19h30) Amaro Freitas (19h30 – 20h30) Lucas Torres + Ciel Santos (20h50 – 21h50) Banda de Pífanos Zé do Estado (22h10 – 23h10) Em Canto e Poesia + Tonfil (23h30 – 00h30) DJs Clássico dos Clássicos (00h30 – 01h)

Amaro Freitas: sopro de renovação do jazz chega em Serra Negra Read More »

Batman: a jornada de 80 anos do cavaleiro de Gotham

Quem diria que um personagem dos quadrinhos que não é um Deus, um alienígena, sem poderes sobrenaturais ou radioativos estaria completando 80 anos de existência, de sucesso e tão presente em nossa cultura nerd, pop e geek? Só mesmo o Cavaleiro das Trevas para conseguir esta façanha. . Mesmo não havendo uma explicação sobre a data do Dia do Batman, neste ano a DC instituiu 21 de setembro de 2019 para celebrar o aniversário do herói. Só neste mês já tivemos uma série de atividades em todo o mundo, com direito a exposições, corrida na rua, lançamento de produtos e até a projeção do Bat-Sinal na Av. Paulista em São Paulo! Bem que podia ter acontecido no Recife também, não era meu vei!! O Batman que conhecemos apareceu pela primeira vez na edição de número 27 da HQ “Detective Comics”, em maio de 1939, após o sucesso do Pipoco de Zion da HQ de Superman. Na época o editor Vin Sullivan, da DC Comics, estava em busca de um novo herói que pudesse ter o mesmo nível de empatia com o público e, lógico, vender mais. O personagem que já teve um hífen em seu nome, é inspirado no universo vampiresco, o filme “The Bat”, de 1926, no equipamento voador de Leonardo da Vinci chamado de Ali Volanti ou Ornitóptero, no herói da década de 1920, o Zorro, e na personalidade de Sherlock Holmes, de Sir Arthur Conan Doyle, e do famoso mosqueteiro D’Artagnan. Tudo isso era reflexo dos gostos de seu criador, o ilustrador americano Bob Kane, que também teve ajuda do roteirista e cocriador  Bill Finger. Só poderia dar em um herói extrapower! Mas há controvérsias sobre o surgimento do Batman, pois em 1932, um estudante de arte em Boston Frank D. Foster II tinha entrado no ramo de quadrinhos e criou um personagem mascarado, que combatia o crime, não tinha superpoderes e se chamava Batman, pense!! Foster chegou a mostrar seu personagem na DC Comics, mas os editores disseram que não gostaram e não poderiam usar. Tempo depois Foster II viu seu personagem nas bancas, mas sem recursos financeiros para contratar um advogado, nem provas de sua autoria para entrar com um processo na justiça, nada foi feito, e até hoje ele não é reconhecido.  Sua família criou o site OriginalBatman.com, que apresenta essa história e algumas imagens, inclusive um detalhe mais sinistro: anotações em um dos desenhos em que Foster II tinha em mente outros nomes para o cavaleiro das trevas: "Night-Wing" ou "Nightwing", o Asa Noturna, versão adulta do personagem Dick Grayson, o Robin original. Santo apocalipse!!! Mas voltando ao nosso herói extrapower, Batman fez grande estrondo nos quadrinhos, na época usava armas de fogo e não tinha o Batmóvel. Só em 1940, ele surgirá com o seu companheiro Robin, na edição de número 38 da Detective Comics. Não demorou muito para alçar novas mídias, sendo elas a TV, o cinema e os games.  O morcegão apareceu na TV, ainda em preto e branco nos anos de 1943 em "The Batman" estrelado por Lewis Wilson, e depois  apareceu em 1949, na série "Batman & Robin", com os atores Robert Lowery e Johnny Duncan. Na década de 1960 temos a icônica série cômica de  que trazia Adam West no papel de Batman, junto com Burt Ward, como Robin. Após as tragédia dos filmes no cinema na década de 1990 (já já lembro você), guardião de Gotham City  ressurgiu na série de 2002, Birds of Prey, com o ator Bruce Thomas.  Ainda na TV, o herói apareceu também em forma de desenho animado. Durante os anos 1980 e 1990, tivemos Batman e Robin na série "Super Amigos", você lembra?? Era muito bom as aventuras da dupla dinâmica e os membros da Liga da Justiça combatendo Lex Lutor e a Legião do Mal. Em 1995, foi apresentado "Batman: The Animated Series", que teve 85 episódios. A abertura desta série é muito show. E lógico, os embates do herói com seu arqui-inimigo Coringa. Em sequência, quase uma continuação, teve "Batman: Gotham Knights", que mudava um pouco o traço artístico e com temática mais infantil. Uma versão extrapower, foi "Batman Beyond" (2001), focada no futuro e o morcegam estava com outro uniforme e encarnado pelo jovem Terry McGinnis, sob as orientações do seu mentor, o velho Bruce Wayne. Pense numa série da Gota!!  Outras animações irão continuar a saga do cavaleiro das trevas, totalizando mais de dez animações, apresentando as mais diversão versões do Batman. Aliás, essa característica do herói é fascinante, pois ele já apareceu com uniforme clássico com a capa azul, todo preto e dark, e foi mais além com versões que vão de ninja, vampiro, cavaleiro medieval, no velho oeste, e como um morcego (literalmente). É um herói mutante, ou melhor, versátil!!! Ao todo, Batman apareceu 11 vezes no cinema, incluindo a atuação de Michael Keaton, em "Batman" (1989 e 1992), os dantescos "Batman Forever" (1995) e "Batman & Robin" (1997), pense numa bagaceira, na trilogia extrapower de Batman de Nolan (2005,2008 e 2012), além de "Batman x Superman" (2016) e a "Liga da Justiça" (2017). Tem que lembrar que ele aparece também no filme do "Esquadrão Suicida" (2016) e tem sua versão da Lego (2017).  Falando dos Games, o herói aparecia nesta mídia como reflexo de sua estreia nas telonas. O primeiro game foi "Batman: The Movie" (1989), da Sunsoft, baseado no filme de Tim Burton de 1989. Esta versão de ação-aventura 2D possuia cinco fases. Na sequência, tivemos  jogo de plataforma side-scrolling, "Batman: Return Of The Joker" (1991), da mesma empresa, mas com a possibilidade pilotar o Batmóvel e o Batwing (nave). Em 1993, foi lançado Batman Returns, mas apenas a versão para o Super Nintendo fez "sucesso" segundo a crítica e os jogadores. Lógico que se o filme é ruim, o game (na época) poderia ficar pior, é o caso de "Batman Forever" (1995), um Beat'em up, criado pela Acclaim Studio, e que possuía um "tom" de "Mortal Kombat". Em 2001, baseado na

Batman: a jornada de 80 anos do cavaleiro de Gotham Read More »

5 imagens da Basílica e Convento Nossa Senhora do Carmo

Localizados no histórico Bairro de Santo Antônio, o Convento e a Basílica de Nossa Senhora do Carmo tem uma história de alguns séculos. O templo foi palco de alguns importantes acontecimentos e o púlpito de nomes consagrados da história pernambucana. Foi no convento onde o Frei Caneca foi ordenado como sacerdote. Esse conjunto arquitetônico, pertencente à Ordem Carmelita, em estilo barroco, foi tombado em 1938 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). "A abertura da Avenida Dantas Barreto, ao longo da década de 1940, que levou à destruição edificações valiosas do patrimônio cultural edificado, provocou a abertura do pátio fronteiriço da Igreja do Carmo e da Igreja de Santa Teresa possibilitando melhor visão em perspectiva dessas duas edificações. A mesmo tempo a manutenção do arruamento fronteiriço ao mosteiro, e dos sobrados que lhe dão frente, permite a percepção do seu tamanho frente as construções pequenas dos séculos passados", afirmou Ricardo de Aguiar Pacheco, no comunicado Conjunto Arquitetônico do Carmo do Recife: cronologia histórica no Arquivo Central do IPHAN, no VI Congresso Mundial de História. Confira as imagens abaixo. . A Basílica e Convento Nossa Senhora do Carmo foi construída em 1687 e possui traços barrocos (Imagens da Biblioteca do IBGE) . . . Pátio do Carmo, Recife - Século XIX, obra de Franz Heinrich Carls (Do Wikipedia) . Basílica do Carmo, em 1929 (Da página Recife de Antigamente)  

5 imagens da Basílica e Convento Nossa Senhora do Carmo Read More »

Novo Atacadão abre primeira loja em Carpina e gera 300 empregos diretos

A primeira loja da rede de atacarejo Novo Atacadão, que em abril anunciou um investimento de R$ 500 milhões para os próximos quatro anos em Pernambuco, será aberta ao público nesta quinta-feira (26), no município de Carpina (distante 54 km do Recife). O empreendimento da Mata Norte é o primeiro de uma lista de até 20 lojas que serão inauguradas pelo grupo de origem mineira, com foco em cidades de médio porte no interior pernambucano, após trabalho de captação realizado pela equipe de atração de investimentos da Secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico e da AD Diper (Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco). As primeiras quatro lojas do grupo (Carpina, Vitória de Santo Antão, Arcoverde e Santa Cruz do Capibaribe), que estão no planejamento de 2019-2020, deverão gerar 1,5 mil empregos diretos e até 3 mil indiretos. O investimento, nesta primeira etapa, está avaliado em R$ 120 milhões - cada uma das lojas custará R$ 30 milhões. O cronograma de inaugurações será o seguinte: Vitória de Santo Antão (dezembro de 2019), Arcoverde (fevereiro de 2020) e Santa Cruz do Capibaribe (abril de 2020). Para a primeira loja, foram contratados 300 funcionários diretos. A seleção para as vagas das próximas unidades - entre elas, de estoquista, operador de caixa, operador de empilhadeira, repositor de estoque, açougueiro, gerente e subgerente de loja - será realizada pelo RH da empresa, via site, a partir do mês de outubro. O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, e o presidente da AD Diper, Roberto Abreu e Lima, representarão o Governo do Estado na inauguração. Antes da abertura da nova loja ao público, a partir das 8h, será realizado um café da manhã, com executivos do grupo, autoridades do Estado e do município, além de uma bênção religiosa. “A posição estratégica de Pernambuco fez com que a empresa escolhesse o estado para expandir sua atuação no Nordeste. E o fato deles terem escolhido cidades de médio porte para sediarem suas primeiras unidades na região coincide com uma das grandes prioridades do Governo de Pernambuco, que é descentralizar o investimento privado e fazer com que o trabalhador permaneça no seu município, empregado e gerando renda. O impacto de um empreendimento de R$ 30 milhões numa cidade com a população do tamanho de Carpina é significativo”, considera Schwambach. O mix da rede Novo Atacadão contará inicialmente com 8 mil itens, entre alimentos perecíveis, não perecíveis, artigos de higiene, limpeza, automotivo, bomboniere e bebidas, dentre outros produtos. Cada uma das lojas ocupará 12 mil metros quadrados de área construída e terá 500 vagas de estacionamento. A fim de aquecer o consumo local, os empreendedores também lançarão um cartão de crédito de bandeira própria. Quem são os empreendedores │Grupo SFA e Super Cidades Com sede em Belo Horizonte (MG), o Grupo SFA é uma empresa com expertise nas áreas de Construção Civil, Gestão de Shopping Centers, Hotéis e Loteamentos. Hoje, atua em seis tipos de negócio: fazendas, hotéis, malls, imobiliárias, urbanismo e obras. Foi constituído oficialmente em 2010, após a venda da rede de supermercado Bretas, também mineira, para o Cencosud, consórcio empresarial multinacional chileno. Entre os negócios do grupo estão sete shoppings, totalizando 254.593 metros quadrados de área construída e 565 lojas sob o selo “SFA Malls”. A empresa administra, ainda, sete hotéis com as bandeiras IBIS e San Diego, além de ter experiência na construção de grandes centros varejistas, como Havan e Mix Mateus (atacarejo de autosserviço do tipo cash and carry). Quando vendida, a Rede Bretas acumulava 70 unidades e respondia por 12 mil postos de trabalho diretos, ocupando a posição de quarta maior rede nacional de supermercados. Fundada em 1954, abriu sua primeira loja no município de Santa Maria de Itabira, distante 130 km de Belo Horizonte. A segunda investidora do Novo - Atacado e Varejo é a rede Super Cidades, criada em 2010, que responde por cerca de 500 funcionários e registra faturamento anual de R$ 80 milhões. Possui três supermercados em Minas Gerais, sob a marca “Mais Você”, nos municípios de Conceição do Mato Dentro, Serro e Capelinha. (Da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco)

Novo Atacadão abre primeira loja em Carpina e gera 300 empregos diretos Read More »

Cesar poderá ter base em Portugal em 2020

Há muito tempo, o Cesar atua em mercados de outras regiões do País e no exterior. Esse processo de internacionalização tem-se intensificado e a empresa do Porto Digital planeja abrir uma base na Europa no ano que vem. Uma situação na qual o CEO da instituição de inovação, Fred Arruda, está confortável. Afinal, ele já morou em várias cidades, como o Rio de Janeiro e hoje se divide entre São Paulo, sua atual moradia, e o Recife, onde passa 10 dias a cada mês. Sinal dos novos tempos, quando a tecnologia permite residir num local distante da empresa em que se trabalha. Mas ao ser perguntado onde nasceu, o recifense não titubeia: “sou torcedor doente do Santa Cruz! Tanto é que meu nome é Fred Arruda”. Foi com esse bom humor que ele conversou com Cláudia Santos e Rafael Dantas sobre o setor de TI e as perspectivas do Cesar. Ao assumir o Cesar, você disse que uma das ações será desenvolver estudos e políticas públicas. Poderia detalhar esse projeto? Fizemos uma pesquisa para saber como atuam centros de inovação de referência ao redor do mundo e percebemos que eles se envolvem em políticas públicas e na realização de estudos. O que muitos deles não fazem é desenvolver softwares. Inspirados nessa referência, incluímos isso no nosso portfólio. Não que antes não fizéssemos, mas não tínhamos metas e hoje temos indicadores que medem nosso envolvimento em políticas públicas. Este ano, por exemplo, está tendo uma mudança grande na Lei de Informática e estamos nos envolvendo mais fortemente em duas políticas, uma na mudança do que chamamos de processo produtivo básico da fabricação de celular no Brasil. Também estão em curso mudanças para atender demandas de ordem tributária. E aí todo o ecossistema de inovação envolvido nisso tem dado suas contribuições e o Cesar não é diferente. Também estamos envolvidos com a empregabilidade no setor, temos um buraco grande de mais de 100 mil vagas. Estamos construindo políticas para isso com as entidades de classe. E quanto aos estudos? Essa área de estudos está dentro da Cesar School, onde 90% dos professores são profissionais que atuam com projetos no Cesar e outros são parceiros. Os negócios são integrados, só que nosso foco é inovação em rede. Não sabemos tudo, atuamos muito com os parceiros do ecossistema de inovação nos quais estamos inseridos, o Porto Digital é o maior deles, mas também estamos dentro do polo tecnológico de Manaus, do Vale do Pinhão (que está sendo formado em Curitiba), de Sorocaba (SP). Na cidade de São Paulo não temos esse movimento formado, mas estamos dentro do Inovabra, que é um hub para esse tipo de discussão. Também atuamos no Rio de Janeiro. Como tem sido a atuação no Rio já que a cidade enfrenta problemas? Estamos lá há muito tempo com projetos educacionais, mas agora estamos com uma pessoa de negócios. De resto, a cidade é maravilhosa, tem a maior concentração de PHDs do País, foi capital federal e conserva o patrimônio histórico e cultural, há também as universidades, a área de comunicação ainda tem muita coisa lá por causa da Globo, e ainda se destaca nas áreas de seguros, de óleo e gás, educação. Além disso, meu telefone ainda é 021. Morei sete anos e meio lá e tenho um carinho e um respeito muito grande pelo Estado. Não temos uma regional constituída no Rio, mas, com clientes que virão muito em breve – vocês vão ter notícias boas! – vamos montar uma regional pra valer lá. Acho que a hora de investir numa cidade tão sofrida como o Rio é agora, na hora da baixa. Gerar emprego, ofertas de educação. O que vocês têm feito para solucionar a escassez de capital humano? O gap existe, por algumas razões. Primeiro a demanda é crescente pela tecnologia da informação, há vários setores do País em que a tecnologia tende a substituir o trabalho humano, então demanda profissionais que construam essas tecnologias. Há outra situação de muita gente saindo para o exterior. O Brasil e os EUA são os países que mais perdem profissionais de TI para a Europa e a Ásia. No nosso caso tem a ver com o que o jovem espera para seu futuro. Infelizmente temos um contexto de insegurança delicado no País. Além disso, é uma tendência do jovem sair do ensino médio, já com inglês relativamente fluente. Assim, ele está pronto para viver experiências lá fora. O que estamos fazendo é nos adaptar a essa realidade do home office. Hoje, muito pontualmente, temos profissionais que não trabalham nas bases do Cesar, que moram em Florianópolis, Petrolina, Canadá, Washington. Também existe a movimentação para fazer com que as mulheres voltem a frequentar o setor de tecnologia. Outra ação é sensibilizar alunos de ensino médio, mostrando que as profissões que mais vão demandar no futuro têm muito a ver com tecnologia. Investimos ainda em parceria, temos vários parceiros que a gente chama de butiques de desenvolvimento de software. São empresas menores, com 10 a 15 funcionários, que são pessoas muito capacitadas, que preferem uma outra dinâmica de trabalho. Se eu capto um projeto em que não há nenhuma restrição legal de contratar um parceiro, uso essa rede. É um outro caminho para minimizar a necessidade de contratar pessoas dentro da instituição. Existe uma crítica de que o salário pago no Porto Digital é baixo. O Brasil tem algumas empresas de base tecnológica na área financeira, que a gente chama de unicórnios. Elas pagam um salário desproporcional ao resultado financeiro que geram. Competir com essas empresas é muito difícil. O que tentamos fazer é dar uma perspectiva de carreira. Hoje o jovem profissional não é atraído só por salário, mas também por propósito e a gente tenta trabalhar esse propósito para que ele se sinta partícipe da construção de uma estratégia do ecossistema e se sinta mais valorizado do que se sentiria numa empresa onde ele é mais um. Você anunciou que uma das prioridades da gestão será o reposicionamento do

Cesar poderá ter base em Portugal em 2020 Read More »