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Percepções da China (por João Canto)

Entre os dias 26 de junho e 11 de julho deste ano, à convite do Consulado-Geral da China em Recife, em parceria com o MOFCOM - Ministério do Comércio daquele país, uma comitiva dos estados do Nordeste, a qual integrei a equipe da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, visitou Xangai e cidades próximas. Gostaria de aproveitar o espaço para agradecer e parabenizar a Cônsul-Geral Sra. Yan Yuqing e sua equipe consular pela iniciativa de aproximar ainda mais o Estado de Pernambuco com a China, criando novas oportunidades de relacionamento sino-brasileiro. No Programa desta Missão, baseado em Xangai, continham, dentre outras agendas nas cidades de Yiwü, Jinhua e Hangzhou, visitas e palestras para entendermos os aspectos e ativos econômicos que alicerçam o robusto crescimento econômico chinês, tais como a Zona de Livre Comércio e o Porto Eletrônico, ambos em Xangai. Porém, não pretendo aqui tecer comentários técnicos ou sobre aspectos da agenda que pude participar, tampouco dos números do crescimento econômico, mas sim expor superficialmente algumas percepções que pude ter acerca da China – mas, obviamente, sem generalizações, dada a robustez e tamanho do país. Para situar o leitor, a China é composta por um pouco mais de 1.3 bilhões de habitantes em uma área de 9,5 milhões de quilômetros quadrados. Possui em seu território apenas 12% de terra agriculturável, e acesso à água potável abaixo da média recomendada por habitante. Portanto, haveria uma condição natural “limitante” para o crescimento econômico. Apesar dessa condição natural imposta à China, atualmente é a segunda maior economia mundial. Quando se tornou o Líder Supremo da China em 1978, Deng Xiaoping constatou que o PIB Per Capita chinês rodeava US$156,00, e estabeleceu uma meta bastante clara: quadruplicar esse valor até o ano 2000. Para isso, percebeu que precisava reformar e abrir o país para o mundo. Na minha perspectiva, uma das grandes colaborações de Xiaoping, em meio à grandes êxitos socioeconômicos logrados, foi a cultura experimentação. A partir de testes práticos acerca teses e teorias, verificou modelos e formatos até então nunca aplicados no país. Como clássico exemplo, a cidade de Shenzhen, no sudeste do país, foi a primeira Zona Econômica Especial e um dos principais experimentos sobre a factibilidade de aplicar o modelo de mercado no país. O resultado do experimento perdura até os dias de hoje na cidade, onde o então conjunto de vilas contendo setenta mil habitantes, cujas principais atividades econômicas à época eram agricultura e pesca, transformou-se numa grande megalópole de 12 milhões de habitantes, lastreada em diversos segmentos industriais e tecnológicos de valor agregado. A título de comparação, o PIB de Shenzhen é superior ao PIB conjunto de todos os estados do nordeste brasileiro. Após participar de algumas palestras e reuniões do Programa, percebi que a cultura da experimentação permanece até hoje. O conceito de ‘tentativa e erro’ para eles me pareceu muito natural, importante de serem verificados e experienciados, e lidam de maneira muito pragmática com a falha, sem preciosismos ou vaidades. A noção de que é necessário experimentar, testar ideias, errar para acertar, talvez tenha sido o mais importante aprendizado nesta ida à China. Quando me perguntam o que mais vi na China, respondo sem medo de errar: além de marcas e carros de luxo importados, muitas gruas nos topos de prédios em construção e maquinários pesados rasgando as ruas da cidade. Xangai, a maior cidade do país (23 milhões de habitantes), impressiona não só pelo porte, mas também pela infraestrutura, pela modernidade, pela arquitetura dos arranha-céus. Apesar de ter ficado positivamente atônito com o show de luzes dos altos edifícios no distrito de Pudong, me chamou muito a atenção em outros distritos a atividade da construção civil e o contínuo – diria incansável – avanço da infraestrutura da cidade, seja ampliando a abrangência do sistema de metrô, seja expandindo a estrutura das vias elevadas da cidade ou simplesmente melhorando a condição e qualidade do que já existe. Afinal, transportar 24 milhões de pessoas diariamente não é fácil, sendo necessária constante aumento de infraestruturas. Curiosamente, vi também muitos bairros serem construídos do zero. Onde antes havia um bairro antigo, com pouco ou nenhum desenvolvimento, ou baixa condição habitacional (para os novos padrões), serem postos ao chão para a construção de um novo bairro, com mais qualidade, estrutura, maior valor agregado, diria. Em determinado momento, passando por uma via elevada, percebi uma grande área devastada, com muitos entulhos e detritos, algumas casas inabitadas ainda para serem demolidas. Continuei olhando e, logo ao lado, uma área totalmente nova, sem nenhuma construção imobiliária ainda, porém com ruas e vias novíssimas (ainda sem as demarcações), postes e semáforos sem fiação, e parques e praças recém montadas. As árvores destas praças, apoiadas em estacas para dar suporte ao plantio recente de mudas adultas, evidenciavam a suspeição -que eram de outros participantes também: se tratava, de fato, de um bairro totalmente novo ou remodelado para atender aos novos padrões. Conforme citei em um parágrafo anterior, as marcas e automóveis de luxo importados ilustram bem os novos hábitos de consumo dos chineses. O poder de compra elevou-se exponencialmente nos últimos anos, fazendo com que os chineses busquem acessar e consumir outros produtos diferenciados – que antes seriam indisponíveis no mercado local ou restritos à uma parcela social elevada – para satisfazer os novos desejos de consumo. Veículos importados, artigos de moda internacional, produtos de tecnologia, turismo no exterior, entre outros bens e serviços de maior valor agregado estão mais acessíveis e disponíveis. Aliás, falando em consumo, me impressionou bastante a utilização massiva de meios de pagamento eletrônico através dos aplicativos Alipay ou WeChat Pay. Confesso que num primeiro momento fiquei tentando compreender o motivo de um cliente numa loja qualquer, ao passar no caixa, utilizava o leitor de QR Code para scannear um código (ou ser lido), digitava algo no celular – possivelmente para confirmar a operação –, pegava os produtos e saía da loja. Esperei a vez do cliente seguinte e prestei mais atenção no processo. Só aí percebi que se tratava

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Pernambuco programando para o mundo

Há cinco anos o sociólogo Anthony Giddens sentenciou que tínhamos pela frente uma era de transformação nunca vista na história da humanidade. “A Revolução Industrial também foi transformadora em escala global, mas aconteceu num espaço de tempo maior, cerca de 150 anos”. Em 10% desse tempo, a internet já deixou um rastro enorme, comparou o especialista. Prova do vigor desse novo momento ancorado nas novas tecnologias é o Porto Digital. Mesmo com crise, impeachment, polarização política e toda a turbulência nacional e global em que vivemos, o polo recifense se consolidou como uma referência em inovação. Nos próximos cinco anos, o parque tecnológico deverá dobrar o faturamento, atingindo o patamar de R$ 3,5 bilhões. Para entender os próximos passos – desafios e planos – desse ecossistema empreendedor, Algomais ouviu os cinco maiores players com DNA pernambucano. Um horizonte breve de tempo, mas que promete um avanço exponencial. A pujança atual aconteceu fruto de um trabalho contínuo da formação de mão de obra pelas universidades, da articulação estratégica do Núcleo de Gestão do Porto Digital, da chegada de multinacionais, como a Accenture, além do surgimento de centenas de startups e do crescimento acelerado de algumas empresas pernambucanas. Nos últimos anos, inclusive, algumas companhias do Porto Digital passaram a aparecer nas listas de destaque do Balanço Empresarial, como a Avantia e a Neurotech. O estudo, realizado pelo consultor José Emílio Calado, da JBG & Calado, calcula indicadores como receita, ativos, lucros e rentabilidade das corporações do Estado. “Quando comecei os apontamentos sobre as maiores empresas de Pernambuco não aparecia nenhuma relacionada ao setor da tecnologia. Mas nos últimos cinco anos começaram a se destacar, principalmente na variação de faturamento e de lucro, porque o crescimento delas é muito rápido”, comenta Calado. O avanço exponencial do setor de tecnologia do Recife acontece dentro de um cenário de transição, segundo a análise do professor de economia da UFPE, José Carlos Cavalcanti. O Porto Digital está passando do status de um ecossistema empreendedor para se tornar um hub internacional de inovação de acordo com o especialista. “Esse processo ocorre quando um ecossistema de empresas, organizações, universidades, etc. produz plataformas de produtos e serviços globais, assentados em arquiteturas de negócios extremamente sofisticadas. O Vale do Silício preenche esses requisitos. Já o Porto Digital e o Brasil como um todo, são apenas ecossistemas, que ainda não produzem plataformas globais, tampouco têm arquiteturas sofisticadas de negócios”, explica. Ele exemplifica a In Loco como o principal case pernambucano que está fazendo essa transição. “É a nossa empresa referência hoje no Porto Digital, está abrindo oportunidades de negócios na fronteira da inovação em países como os Estados Unidos. É ousando, inovando e apostando que se pode vencer internacionalmente e se tornar um polo de referência internacional”. A abertura de negócios para além das fronteiras ainda não é uma realidade da maioria dos players do Porto Digital. A unidade da Tempest em Londres e a abertura de um escritório da In Loco em Nova Iorque são algumas exceções. Uma das justificativas apresentadas pelos empresários do setor é que as inovações que estão no portfólio de produtos e serviços made in Pernambuco têm ainda um vasto campo a ser desbravado no mercado do Brasil. No entanto, os executivos dessas corporações pernambucanas afirmaram que suas empresas dominam tecnologias com aplicação global. O mercado exterior não é descartado por nenhuma delas. Em alguns casos, já existe inclusive demanda de clientes multinacionais que são atendidos no Brasil pelas empresas do Porto Digital e que querem utilizar os mesmos serviços fora do País. De acordo com José Carlos Cavalcanti, o mundo desenvolvido está precisando de talento de TI, mas não está produzindo talento suficiente e, por isso, está procurando internacionalmente. "Nós produzimos talentos. Logo, vamos procurar fazer este match! Essa é a oportunidade." Para aproveitá-la, ele defende a necessidade de expandir o Porto Digital para que nossos talentos fiquem aqui, e, ao mesmo tempo, produzam para o mundo. "É o nosso plano de futuro." Para compreender o porte atual das gigantes pernambucanas do Porto e projetar seus próximos passos, tratamos nas próximas páginas os planos da In Loco, Tempest, Neurotech, Avantia e Serttel. As informações indicam o papel que o polo tecnológico pernambucano poderá ocupar no cenário nacional e global. . IN LOCO . Com um faturamento de R$ 50 milhões no ano passado e projeção de fechar 2019 atingindo a marca de R$ 100 milhões, a In Loco é um dos players mais promissores do polo. A empresa é conhecida pelo seu serviço de mídia geolocalizada, que influencia a geração de fluxo de consumidores em lojas físicas. Mas três novidades recentes apontam para duas novas colunas de expansão: a entrada no mercado de bancos, com a oferta de soluções de segurança, autenticação e privacidade; a oferta de soluções de engajamento para os aplicativos de e-commerce e delivery; e a estruturação de um escritório nos Estados Unidos. “Temos um desempenho muito bom neste ano e agora, bem capitalizados, vamos crescer com dois objetivos: um investimento muito grande em tecnologia, com a abertura de mais de 100 vagas para desenvolver novos softwares e para crescer nos EUA. Estamos começando nossa operação lá, enquanto que no Brasil o negócio tem avançado pela diversificação de produtos”, conta o CEO André Ferraz. A empresa, a exemplo das outras gigantes locais, tem, há alguns anos, um escritório em São Paulo com foco comercial. André estima que os novos produtos que estão sendo oferecidos no Brasil representarão 30% da receita da empresa em um ano. No exterior, a estratégia inicial é formar um time de produto nos EUA, identificar o que precisa ser adaptado das soluções desenvolvidas pela In Loco e prospectar as oportunidades de criação de novos produtos. “Só depois começaremos um processo de crescimento do time de vendas e de marketing. Nosso objetivo é fazer isso acontecer até março do ano que vem. Nos próximos cinco anos queremos ser um dos líderes do nosso segmento lá. E, além disso, em termos de tecnologia, pretendemos chegar numa posição relevante dentro

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Na trilha da Geografia da Fome

"Ô Josué, eu nunca vi tamanha desgraça. Quanto mais miséria tem, mais urubu ameaça". Alguns podem até não saber, mas o Josué a quem Chico Science evocava seu lamento na letra de Da Lama ao Caos é Josué de Castro, médico e intelectual pernambucano do Século 20. Foi Josué de Castro quem primeiro conceituou, dentro dos parâmetros científicos, o problema da fome no Brasil. Ganhou destaque nos cenários brasileiro e internacional com suas obras sobre a nutrição e a realidade nacional, como Geografia da fome, Geopolítica da fome, Sete palmos de terra e um caixão, Homens e caranguejos, este último grande influência para Chico Science e todo o movimento manguebeat. Tornou-se, em 1963, embaixador brasileiro na ONU (Organização das Nações Unidas) em Genebra. Porém um ano depois, com o golpe militar de 1964, foi destituído do cargo, exilado e teve todos os seus direitos políticos cassados pelo governo. Faleceu em Paris, ainda no exílio em 1973. Com o passar dos anos, intelectuais brasileiros tomaram conhecimento do valor da obra do médico, até que em 1979 é fundado, no Recife, o Centro de Estudos e Pesquisas Josué de Castro. Trata-se de uma organização não governamental com o objetivo de contribuir para o fortalecimento da democracia e da cidadania no Brasil. Este mês, a ONG comemora 40 anos de fundação e preparou uma programação para comemorar a data. “O centro é resultado da transição democrática vivida no País naquele período. Surge por sugestão de alguns pesquisadores exilados em comunhão com outros que estavam aqui, para ampliar uma discussão do que estava havendo naquele momento”, esclarece José Arlindo Soares, diretor científico do instituto. O foco dos seus idealizadores eram os rumos da democracia e as perspectivas sociais de melhoria da qualidade de vida dos brasileiros a partir do fortalecimento democrático do Brasil. O nome do centro foi uma maneira de homenagear o legado e as ideias do médico recifense. “Ele expressava dois componentes fundamentais: era uma pessoa que tinha uma dimensão internacional, mas em Pernambuco não havia nada que lembrasse a história dele. Por isso, tínhamos a intenção de resgatar a sua memória”, justifica Soares, que foi secretário de Planejamento e Desenvolvimento Social do governo Jarbas. Ao longo da sua trajetória, o centro produziu pesquisas sobre o significado da obra de Josué de Castro para o Nordeste e para o mundo, e o porquê dela ter se tornado universal e permanecer muito pouco presente no Brasil. Aliado a isso, fomentou uma discussão de propostas da sociedade para a redemocratização do País. “Participamos, intensamente, na época das propostas para a Constituição de 1988. Tínhamos uma bancada discutindo qual seria a filosofia para uma nova constituinte do Brasil”, elucida José Arlindo. O Centro Josué de Castro também foi reconhecido por elaborar projetos de intervenção na realidade social, denunciando abusos e promovendo modelos de inovação em políticas públicas. “Na época não se discutia o trabalho infantil. Nós fizemos o projeto Trabalho Invisível, que investigou a exploração de crianças na Zona da Mata de Pernambuco”, recorda Nancy Lourenço Soares, coordenadora e conselheira fiscal do espaço. “Por meio de uma amostragem, feita nas principais cidades da Mata Norte e da Mata Sul, identificamos uma estatística que assombrou todo o mundo: quase 24% dos trabalhadores que atuavam no corte da cana-de-açúcar eram crianças ou adolescentes”, afirma o diretor do Centro. “A partir dessa pesquisa, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) chamou o Brasil para discutir essa questão e, como resultado, surgiu o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, o PETI, que distribuía uma bolsa a cada estudante cadastrado no projeto e dava um percentual de apoio à prefeitura para colocar as crianças na escola”, destaca a coordenadora do centro. O sucesso do programa foi tão grande que ele serviu de base para a criação do Bolsa Escola, implementado no governo Fernando Henrique Cardoso. “Foi uma cronologia, primeiro teve o PETI, depois Bolsa Escola e, por fim, o Bolsa Família. Foi uma evolução”, relaciona o sociólogo. Outro projeto de destaque foi o Novo Sindicalismo, cujo principal objetivo era sugerir mudanças em relação à velha estrutura sindical. “Participamos da reorganização dos sindicatos, tínhamos um grupo sindical que apoiava a oposição”, rememora Nancy. “Realizamos a pesquisa, simultaneamente, em cinco Estados: Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco”, destaca José Arlindo. Segundo o sociólogo, no período da pesquisa, meados dos anos 80, vivia-se a tensão da produção pelo governo de um código de trabalho que iria substituir a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). “Essa pesquisa teve como assessores figuras notáveis do sindicalismo nacional, como Lula, Olívio Dutra, Jair Meneguelli e João Valadares. Desse trabalho, resultou um livro Sindicato em uma época de crise. O espaço também resgatou o acervo de Josué de Castro do Rio de Janeiro para Pernambuco. “São, mais ou menos, 12 mil documentos, entre cartas, livros, filmes, publicações, anotações”, destaca Nancy. Durante 20 anos, toda a documentação do cientista se manteve sob resguardo do espaço, mas devido à falta de financiamento e recursos suficientes, decidiu-se por passar os documentos para a Fundação Joaquim Nabuco. Hoje esse acervo já está sendo digitalizado e parte dele está disponível para consulta no site da Fundaj. COMEMORAÇÃO Neste mês, o centro prepara uma série de atividades em comemoração aos 40 anos de fundação. “Vamos fazer uma pequena mostra de filmes de estudantes, porque Josué de Castro também fazia filmes, gostava muito de cinema. Vamos selecionar produções nas universidades, obras que tratem sobre a alimentação sustentável e o meio ambiente”, relata a coordenadora. O centro realiza ainda um trabalho permanente de exposição da obra de Josué de Castro com escolas da rede municipal do Recife. “São 19 painéis expostos, nós trabalhamos com as professoras de geografia e história. Os alunos visitam a mostra e em seguida elaboram um trabalho sobre o tema. Este ano vamos atuar em 20 colégios”, planeja José Arlindo. *Por Yuri Euzébio

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Temperatura média do planeta pode subir 3,4°C até 2100

Um novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que a média da temperatura do planeta poderá aumentar em até 3,4 º C até o final deste século. O documento, que reúne estudos científicos da Organização Meteorológica Mundial e outros órgãos especializados, foi publicado nesse domingo (22), um dia antes do início da Cúpula sobre a Ação Climática em Nova York. Segundo o documento, que defende a adoção de medidas para combater o aquecimento global, a média da temperatura do planeta de 2015 para 2019 será 0,2 º C acima do período anterior de cinco anos. Além disso, ela é 1,1º C mais quente que os níveis pré-industriais de 1850 a 1900. O relatório ainda aponta que o aumento dos níveis dos mares tem acelerado, e indica que a acidez dos oceanos aumentou 26% desde o início do período industrial por causa da absorção do CO2 liberado na atmosfera pelo uso de combustíveis fósseis. O documento afirma que as emissões de gases de efeito estufa continuam a subir porque combustíveis fósseis como o carvão e o petróleo ainda são as principais fontes de energia da humanidade. Por fim, o relatório alerta que a temperatura média global poderá aumentar 3,4 º C até 2100 mesmo se governos conseguirem cortar suas emissões como prometido. Segundo o documento, países precisam se esforçar ainda mais para limitar o aumento em 1,5 º C acima dos níveis pré-industriais. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu que líderes mundiais levem os fatos a sério e urgentemente façam algo a respeito. (Da Agência Brasil)

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Museus do Recife participam da 13ª Primavera dos Museus

Oferecendo novos motivos para os brasileiros se dedicarem à contemplação, preservação e usufruto de seu patrimônio, sua história e sua identidade cultural, começa na próxima segunda-feira (23) a 13ª Primavera dos Museus. Nesta edição, a programação, coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), reunirá 848 instituições em todo o país e contabilizará mais de 2.650 eventos até o próximo dia 29 de setembro. Com o tema “Museus por dentro, por dentro dos museus”, a programação que convida ao urgente exercício cívico da memória contará com a adesão de equipamentos geridos pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife. Na próxima semana, o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM), o Museu da Cidade do Recife e o Paço do Frevo vão florir a programação para celebrar a Primavera. A programação completa dos 848 museus de todo o país está disponível no site: http://programacao.museus.gov.br/. Confira o que estará em cartaz nos museus da Prefeitura do Recife: MUSEU DA CIDADE DO RECIFE Uma programação especial foi preparada para receber os alunos de escolas municipais e da rede privada com visitas agendadas ao MCR. As escolas interessadas devem entrar em contato com o Educativo do Museu pelo e-mail educativomcr@gmail.com ou telefone (81) 3355.3108. Durante a semana, os estudantes irão participar das atividades sugeridas no almanaque do projeto Ligados no Ponto, lançado no mês passado com o propósito de estimular vivências didáticas e lúdicas nos museus. Entre as atividades do almanaque do Museu da Cidade do Recife, estão desafios de história e matemática e brincadeiras que dialogam com a exposição “Cinco Pontas”. Para conhecer mais sobre o projeto, acesse o site https://visit.recife.br/ligados-no-ponto/. Serviço: O Museu da Cidade do Recife fica no Forte das Cinco Pontas, Bairro de São José. Informações: (81) 3355-3108 ou museucidaderecife@gmail.com. Visitação de terça a sábado, das 9h às 17h, e aos domingos, das 9h às 16h. Entrada gratuita PAÇO DO FREVO Na segunda (23), dia em que normalmente o espaço está fechado ao público, o Paço abrirá suas portas exclusivamente para uma edição especial do Observatório do Frevo, seu programa de interlocuções e pesquisas. O debate trará como tema as atividades educativas nos museus, com participação Edna Silva (Museu do Homem do Nordeste), Maria Rosa (Cais do Sertão) e Carlos Lima (Paço do Frevo). A programação se inicia às 15h e tem acesso pela lateral do museu. Nos demais dias, o Paço abrirá em seu horário normal – terças a sextas, das 9h às 17h, e sábados e domingos, das 14h às 18h –, oferecendo oficinas, vivências de dança, exibições de filmes e atividades educativas exclusivas até o dia 29. A programação especial é aberta para qualquer idade e tem acesso gratuito, bastando a declaração de interesse na recepção do espaço. OBSERVATÓRIO DO FREVO Educativos nos museus: mediações sobre culturas populares | Debate com Edna Silva (Museu do Homem do Nordeste), Maria Rosa (Cais do Sertão) e Carlos Lima (Paço do Frevo). Dia: 23/09, 15h OFICINAS Frevo da Terra | Oficina de instrumentos musicais com materiais reutilizáveis. Dias: 27/09, 10h30 e 14h30 | 28 e 29/09, 16h Recortes do Carnaval | Oficina de colagens com elementos do imaginário carnavalesco. Dias: 24/09 a 27/09, 14h ATIVIDADES EDUCATIVAS Frevo: do sonho ao povo | Contação de histórias sobre a passista Isabel Angelo. Dias: 24/09 a 29/09, 15h Aquele dado estandarte | Gincana com releitura de objetos da exposição de Estandartes e Flabelos Dias: 24/09 a 27/09, 11h30 Frevo que Transborda | Experiência sonora como ferramenta criativa para representação dos territórios geográficos do Frevo. Dias: 24/09 à 27/09, 10h O meu passo | De olhos vendados, os participantes são estimulados a descobrirem sua própria forma de dançar através da experiência sonora. Dias: 28/09 e 29/09, 16h CINEMA Frevo, Memória e Patrimônio | Exibição de documentário sobre fazedores do frevo Dias: 24/09, 11h e 15h | 28 e 29/09, 14h às 17h VIVÊNCIA Sentir e sonhar com o Frevo | Vivência de dança com professor-passista ensinando os passos básicos do frevo 24/09, 9h às 12h e 14h às 17h Serviço: O Paço do Frevo fica na Praça do Arsenal da Marinha, s/nº, Bairro do Recife. Os ingressos custam R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia). Informações: 3355-9500 ou www.pacodofrevo.org.br. MUSEU DE ARTE MODERNA ALOÍSIO MAGALHÃES (MAMAM) A programação preparada pelo MAMAM começa na segunda-feira (23), com uma atividade voltada para quem já conhece os museus bem de perto. A partir das 17h, o museu está convidando os setores educativos dos espaços expositivos da cidade para conversar sobre ações, estratégias e eventuais parcerias para sedução de públicos. A conversa é gratuita e não precisa de inscrição. No dia 25, às 14h, será oferecida a oficina Diante da Imagem: uma experiência lúdica na coleção do MAMAM, propondo um diálogo entre o público infantil e a coleção do artista Abelardo da Hora, através de uma proposta didática e teatralizada das obras. Serão oferecidas 10 vagas para crianças de 6 a 10 anos. As inscrições custam R$ 10. Informações: 3232-1586 ou acervo.mamam@gmail.com. A Primavera encerra no dia 26, com visita guiada pelas obras, instalações e histórias do MAMAM. Também serão disponibilizadas 10 vagas. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo e-mail educmamam@gmail.com. Serviço: O Mamam fica na Rua da Aurora, nº 265. Entrada também pela Rua da União, nº 88, Boa Vista. Acesso gratuito. Informações: 3355-6871 ou https://blogmamam.wordpress.com/.

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Bruna Caram estreia show no Recife

Por Yuri Euzébio “Recife,/Terra salgada/Gente doce/Não é minha casa/Mas é como se fosse”. Essa linda declaração de amor em forma de poesia foi retirada de um dos inúmeros versos escritos pela cantora, atriz, poeta e escritora paulista Bruna Caram. Nos preparativos para chegar no Recife e fazer o show de estreia da turnê de seu mais novo disco, “Alívio”, uma gentil e cativante Bruna atendeu a coluna para um papo leve e descontraído como parece ser sua própria maneira de levar a vida. Entre sorrisos e poesia, a artista, que espera seu primeiro filho, esbanjou bom humor e simpatia, mas também a firmeza de quem tem certeza do caminho que está trilhando. “Eu nasci no Recife nos meus sonhos. É verdade, eu venho há muitos anos já pro Carnaval e na primeira vez, eu vim sozinha e sem conhecer ninguém, mas saí completamente apaixonada”, recordou. “Na época eu ia lançar ainda o meu primeiro disco e desde então, eu venho fazer show aqui. Eu comemorei a cada ano, cada show que eu fiz, cada momento e pra mim é muito emblemático começar na cidade que, fora de São Paulo, eu tenho meu maior público e que sempre me recebe de braços abertos como se eu estivesse em casa”, celebrou entusiasmada. Nesse novo projeto, Bruna aposta mais uma vez na sua produção autoral como compositora, assinando seis das nove músicas do álbum, produzido por André Moraes. Mesclando uma gama diversa de influências, a cantora se consolida como uma das grandes letristas da sua geração. “Sempre meus parceiros foram grandes influências até porque eles me ajudaram a sair do armário como compositora. Então devo muito a gente como Chico César, Zeca Baleiro, Roberta Sá e vários outros”, explicou. O disco é permeado pelos ritmos brasileiros que fizeram parte da formação musical da musicista como xote, baião, choro e maracatu. Em “Alívio”, Bruna transmite a ideia da cura pela música. “Eu digo que o disco não se chama “Paz”, porque paz é como se estivesse tudo tranquilo, o alívio é quando se tem uma tormenta, quando se consegue apaziguar depois de um furacão”, resumiu a “cantatriz”. “Há tempos que eu acredito que a música, e a arte no geral, tem o poder de instruir as pessoas, de conscientizar e de dar coragem a quem ouve”, ponderou a multiartista. Segundo a cantora, apesar de estar mergulhada em seu novo disco, seus outros projetos continuam firmes. “O meu lado atriz está muito vivo, eu exercito muito no palco, fazendo shows. Quanto à parte da literatura, esse ano eu vou lançar um livro novo, meu segundo de poesia”, anunciou. “ E com certeza eu ainda vou trabalhar muito como atriz. Alguns projetos eu não pude abraçar esse ano, porque a música me tomou por completo”, continuou. “Eu voltei a ser preparadora vocal também, abri uma empresa em São Paulo, que chama Cor e Voz, onde eu atendo outros artistas também como Emicida, Rashid, o Rael, Marcelo Jeneci”, explicou.“Justamente por eu ser a minha própria empresária, de ter a minha própria empresa, foi o que me abriu as portas pra eu poder organizar melhor e a cada momento olhar melhor pra cada uma das artes que formam o meu todo”, detalhou consciente. “Isso me deu condições de fazer teatro no palco, lançar o livro, lançar o disco e lançar uma pessoa no mundo”, pontuou bem-humorada. Desde o Carnaval que passou por aqui ainda na juventude, Bruna faz questão de manter uma estreita e forte relação com Pernambuco e não pretende se desvencilhar disso nunca, fazendo parte de seus planos uma aproximação ainda maior “Além de gostar muito das pessoas daí e de admirar muitos cantores e compositores, eu acho o cinema pernambucano incrível”, destacou. “Como atriz eu tenho muita vontade de fazer cinema, muito antes de fazer novela que é uma coisa digamos pop e, se fosse em Pernambuco, seria melhor ainda”, desejou. “Eu tenho uma ligação com São Paulo, eu acho que nós nos complementamos, mas eu não imagino o que seria do Brasil sem Pernambuco. Eu só me aproximo e agradeço sempre”, concluiu. Esse colunista é quem agradece o privilégio e a oportunidade de conversar com uma figura tão solar e artística quanto a cantora paulista e tenho certeza que Pernambuco também se envaidece com tão encantadora fã. SERVIÇO Lançamento cd “Alívio” de Bruna Caram Teatro Apolo – Hermilo Hoje, 20/09/2019 21 horas Ingressos: R$ 40 e R$ 20 meia entrada    

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Público prefere filmes pernambucanos no Cinema São Luiz

Considerado como a casa do cinema pernambucano, o Cinema São Luiz recebeu em 2019 a estreia de seis filmes produzidos por cineastas do estado: “Organismo”, de Jeorge Pereira; “Divino Amor”, de Gabriel Mascaro; “Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar”, de Marcelo Gomes; “Parquelândia”, de Cecília da Fonte; “A Serpente”, de Jura Capela; e “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Somente neste ano, cerca de 20 mil expectadores foram até o São Luiz conferir as produções pernambucanas no audiovisual. Desses seis filmes, quatro receberam incentivo do Governo de Pernambuco, por meio do Funcultura Audiovisual. “Esse número reflete a política cultural desenvolvida pelo Estado para fomentar o setor do audiovisual. Além dessas estreias, o São Luiz também se prepara para receber no final deste ano a 21ª edição do FestCine, que no ano passado contou com a presença de mais de quatro mil pessoas durante as sessões das mostras competitivas – todas com filmes pernambucanos”, declara o secretário Estadual de Cultura, Gilberto Freyre Neto. “Estamos diante de uma perspectiva nacional em que a arte e a cultura terão um papel muito importante nessa resistência. A partir desses seis filmes pernambucanos podemos discutir vários temas que são de extrema importância para a sociedade, e boa parte deles foram produzidos com incentivo estadual”, ressalta Marcelo Canuto, presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). “Bacurau”, o recordista de público dos filmes pernambucanos exibidos no São Luiz, já foi visto por 13.400 pessoas até a última terça-feira (17/09). O São Luiz também lidera a bilheteria nacional do filme, que já alcançou mais de 300 mil espectadores no Brasil. “Divino Amor” segue em segundo lugar. Em terceiro lugar está “Estou me guardando para quando o carnaval chegar”. Os três longas, além de “Parquelândia”, contam com incentivo do Funcultura Audiovisual em pelo menos uma das etapas de produção. De acordo com Geraldo Pinho, responsável pela programação do Cinema São Luiz, a procura por estreias no equipamento cultural se tornou algo recorrente desde 2015. “Notamos uma procura maior quando o São Luiz inaugurou seu novo projetor digital Barco 23B 4K, com capacidade de projetar filmes em 3D, além de um servidor digital e novos processadores e amplificadores de som para formato Dolby 7.1. Esse equipamento nos coloca no mesmo nível das melhores salas de cinema comercial do País”. HISTÓRICO - Inaugurado no dia 6 de setembro de 1952, o São Luiz tornou-se um dos mais emblemáticos cinemas do Recife, prezando por essa arte em sua concepção clássica, com exibição em cineteatro. Hoje o Cinema São Luiz é o de mais rica concepção artística e arquitetônica do Recife e um dos últimos cinemas de rua do país. Em 2008, o prédio foi tombado como monumento histórico e em 2010 foi adquirido pelo Governo de Pernambuco. (Do blog do Governo de Pernambuco)

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Fernando Bezerra Coelho põe o cargo de líder do governo no Senado à disposição

Após ter sido alvo de um mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (19), o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), anunciou que colocou o cargo à disposição. Ele disse que quer deixar o presidente da República, Jair Bolsonaro, à vontade para decidir sobre a permanência dele na função. "Eu já conversei, pela manhã, com o presidente [do Senado] Davi Alcolumbre e com o ministro da Casa Civil da Presidência da República, o ministro Onyx [Lorenzoni]. E tomei a inciativa de colocar à disposição o cargo de líder do governo, para que o governo possa, ao longo dos próximos dias, fazer uma avaliação se não seria o momento de proceder a uma nova escolha, ou não", disse. O senador Bezerra Coelho disse que a operação de busca e apreensão em seus endereços foi um excesso. Ainda segundo o senador, “todos” [no governo] estão querendo aprofundar a análise em cima do que baseou essas ações da PF as quais ele e o filho foram alvos, para que o governo possa se manifestar. Bezerra disse ainda que, independentemente de permanecer como líder do governo, pretende continuar auxiliando o Palácio do Planalto nas pautas de interesse do governo na Casa, como as reformas da Previdência e tributária e nas matérias que envolvem o pacto federativo. Histórico Na manhã de hoje (19), a Polícia Federal realizou buscas no gabinete de Bezerra e em seu apartamento em Brasília. O gabinete do deputado Fernando Filho (DEM-PE), filho do senador, também foi alvo de buscas, assim como endereços em Pernambuco ligados aos dois. As ações fazem parte da Operação Desintegração, desdobramento da Operação Turbulência, e foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal federal (STF) Luís Roberto Barroso. A PF apura um suposto esquema de propinas pagas por empreiteiras que executaram obras custeadas com recursos públicos e que, supostamente, beneficiaram os parlamentares. (Agência Brasil)

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8 fotos de pontes de trem Antigamente

Selecionamos hoje uma série de imagens das pontes por onde trafegavam os trens de Pernambuco antigamente. As fotos são da Fundaj, dos Acervo de Josebias Bandeira, Benício Dias e Manoel Tondella. As primeiras imagens são todas do Recife, mas a última desta seleção é do município de Barreiros. Clique nas imagens para ampliar. . Ponte da Estrada de Ferro de São Francisco em Afogados  Dedicatória datada de 13.05.1909 . Ponte Metálica, bairro de Afogados, do Acervo Benício Dias . Imagens da Ponte da Estrada de Ferro, do Acervo Josebias Bandeira Carimbo datado de 25.06.1912 . Dedicatória datada de 07.08.1911 . Dedicatória datada de 04.01.1912 . Foto do Acervo de Manoel Tondella, datada de 1900, a ponte é localizada no Recife, mas sem identificação . Ponte Metálica, em Barreiros, do Acevo Benício Dias

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Compaz recebe Prêmio Cidades Sustentáveis 2019

As boas práticas realizadas pelos Compaz do Recife levaram as Fábricas de Cidadania da Prefeitura do Recife a serem reconhecidas como o melhor projeto de redução de desigualdade social do Brasil, pela Oxfam Brasil e Programa Cidades Sustentáveis, no 3º Prêmio Cidades Sustentáveis. O Prefeito Geraldo Julio recebeu o reconhecimento ao trabalho feito nos Compaz, durante a Conferência “Catalisando Futuros Urbanos Sustentáveis”. No evento, o prefeito também participou da Rodada de Prefeitos, como presidente do ICLEI América do Sul e representando o presidente mundial do ICLEI, o prefeito de Bonn, na Alemanha, Ashok Sridhran. “Aqui em São Paulo, a gente acabou de receber um prêmio da Oxfam, que é a instituição mais respeitada no mundo quando se fala em desigualdade social, e do Programa Cidades Sustentáveis, para o nosso Compaz, que foi escolhido como o melhor projeto de redução de desigualdade do Brasil. Estou muito feliz com esse resultado. O recifense conhece o Compaz, sabe que ele atende a crianças, a idosos e gera oportunidade para quem dificilmente tem oportunidades. E agora a gente fica muito feliz com o reconhecimento de uma entidade internacional, que luta pelo combate a desigualdade no mundo inteiro, e reconhece o nosso Compaz como o melhor projeto do Brasil”, comemorou o prefeito Geraldo Julio. Com sua primeira unidade inaugurada em 2016, no Alto de Santa Terezinha, o Compaz foi concebido sob a ideia de oferecer, em um único espaço lazer, esporte, educação e oferta de serviço, com o propósito de garantir inclusão social e fortalecimento comunitário em áreas de vulnerabilidade social. O prêmio Cidades Sustentáveis tem como objetivo estimular as cidades a adotarem práticas que contribuam para a redução das desigualdades no país e é promovido pelo Programa Cidades Sustentáveis e pela Oxfam Brasil, com apoio do CITinova, Instituto Arapyu e Fundação Ford, em parceria com a Associação Brasileira de Municípios e Frente Nacional de Prefeitos. A Oxfam Brasil faz parte de uma confederação global que tem como objetivo combater a pobreza, as desigualdades e as injustiças em todo o mundo. Desde 2014, somos membros da Confederação Oxfam, que conta com 19 organizações atuando em 93 países. No total, somos mais de 10 mil funcionários e 55 mil voluntários pelo mundo, contribuindo para aliviar a vida de milhões de pessoas em situação de emergência e contribuir para a transformação social com base nos direitos humanos e no desenvolvimento justo e igualitário. OS COMPAZ - Os Centros Comunitários da Paz - Compaz - foram concebidos com foco na prevenção à violência, por meio da difusão da cultura de paz, inclusão social e fortalecimento comunitário. Baseado na experiência colombiana das Bibliotecas Parques e também de outras fontes de espaços de cidadania, o Compaz possui duas unidades no Recife. Conhecidos como "Fábricas de Cidadania", os equipamentos se destacam tanto pela estrutura, quanto pela quantidade dos serviços e atendimentos oferecidos. A primeira unidade foi inaugurada em 12 de março de 2016, no bairro do Alto Santa Terezinha, Zona Norte da cidade. O Compaz Governador Eduardo Campos oferece diversos atendimentos e atividades esportivas, com destaque para o Dojô, espaço de artes marciais, que chegou a marca de mais de 800 praticantes. Em março de 2017, a segunda unidade foi entregue à população no bairro do Cordeiro: o Compaz Escritor Ariano Suassuna. Entre os destaques da unidade da zona oeste está o Ateliê Compaz, cujo foco é capacitar os participantes para geração de renda. Juntos eles atendem mais de 33 mil pessoas e já realizaram mais de 2 milhões de atendimentos. Os dois equipamentos em atividade, além de garantir cidadania, oportunidades e transformar a realidade das regiões onde estão inseridos, já demonstram resultados efetivos na redução dos índices de violência. O Ariano Suassuna registrou 40% de redução nos homicídios no seu entorno, enquanto o bairro do Alto Santa Terezinha, onde fica o Compaz Eduardo Campos, não registrou nenhum homicídio em 2018. Estão em andamento as obras do Compaz Dom Hélder Câmara, no Coque e Governador Miguel Arraes, na Caxangá. RODADA DE PREFEITOS - Pela manhã, ainda na conferência, o prefeito Geraldo Julio também participou da “Rodada dos Prefeitos”, onde destacou a importância da participação dos governos locais no enfrentamento a crise climática. Segundo o prefeito, a participação dos municípios é fundamental no debate global, pois é onde está a maior parte da população do planeta e onde ocorre a maior parte das emissões. “Primeiro, é preciso reconhecer a crise climática como um problema a ser enfrentado e assumir o compromisso global de cuidar dessa crise. Estive pessoalmente na COP 19 e COP 20 já reinvidicando a participação das administrações nesse debate, pois é nas cidades onde vivem a imensa maioria das pessoas e onde acontecem a maior parte das emissões”, destacou o prefeito Geraldo Julio. “O Recife é uma cidade onde um terço da população mora nas áreas de morro e o restante mora praticamente ao nível do mar, então esse enfrentamento é ainda mais importante. Procuramos apoio com metodologia internacional e fizemos um plano de redução das emissões e já fizemos a primeira aferição onde verificamos essa redução, com ações concretas de mitigação, resiliência e adaptação”, completou. Participaram da Rodada de Prefeitos, além do prefeito Geraldo Julio, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, a adjunta para assuntos de áreas verdes, natureza e biodiversidade da Prefeitura de Paris, Penélope Komitès, o prefeito de La Paz, no México, Ruben Alvaréz, o governador de Abidjan, na Costa do Marfim, Beugré Mambé, Raquel Lyra, prefeita de Caruaru, entre outros. (Da Prefeitura do Recife)

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