Arquivos Z_Exclusivas - Página 192 De 363 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Caminhada comemora os 482 anos da cidade do Recife

O grupo Caminhada Domingueira Olhe pelo Recife realiza no próximo domingo, dia 10, um passeio em comemoração aos 482 anos da capital pernambucana. O tema da caminhada do mês de março será "Percurso pelo Corredor da Cidade, da Porta da Terra ao Engenho Mais Próximo (Madalena)". O ponto de encontro da caminhada será na Praça do Arsenal, às 8h. Percurso completo: Saída da Praça do Arsenal, passando pela Rua do Bom Jesus, Av. Marquês de Olinda, Ponte Mauricio de Nassau, Praça da Independência, Rua Nova, Ponte da Boa Vista, Rua da Imperatriz, Praça Maciel Pinheiro, Rua Manoel Borba, Praça Chora Menino, Rua Paissandu, João Alfredo.

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Fábrica da Owens Illinois inicia operação em Pernambuco

A Owens Illinois (O-I), multinacional do setor de fabricação de embalagem de vidro, acaba de dar início às operações de sua fábrica em Vitória de Santo Antão. A retomada permitiu a criação de pelo menos 100 novos postos de trabalho diretos na região, sendo que mais da metade foi assumido por ex-funcionários da empresa. A produção de embalagens na unidade havia sido desativada em março de 2016 e desde então permaneciam funcionando no local apenas os serviços de decoração e logística. Em 2018, a companhia anunciou a reativação da planta com o objetivo de expandir sua capacidade nacional. O quadro funcional hoje conta com mais de 160 funcionários.   “A unidade de Vitória de Santo Antão soma às demais unidades fabris da O-I e será um importante polo de fabricação para o Norte e Nordeste, além de fornecer embalagens para outras regiões. O objetivo é dar resposta rápida às demandas do mercado, que estão aquecidas em virtude da melhora na economia nacional”, diz Rildo Lima, presidente da O-I na América do Sul. Os investimentos aumentarão a capacidade produtiva da indústria para 65 mil toneladas, o que representa 300 milhões de novas embalagens de vidro. A primeira remessa está prevista para este mês de março.

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Brasil é o 4º país que mais produz lixo no mundo, diz WWF

O estudo “Solucionar a Poluição Plástica: Transparência e Responsabilização”, feito pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), mostra que o Brasil é o quarto país no mundo que mais produz lixo. São 11.355.220 toneladas e apenas 1,28% de reciclagem. Só está atrás dos Estados Unidos (1º lugar), da China (2º) e da Índia (3º). No Brasil, segundo dados do Banco Mundial, mais de 2,4 milhões de toneladas de plástico são descartadas de forma irregular, sem tratamento e, em muitos casos, em lixões a céu aberto. Aproximadamente 7,7 milhões de toneladas de lixo são destinados a aterros sanitários. A poluição por plástico gera mais de US$ 8 bilhões de prejuízo à economia global. Levantamento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) indica que os diretamente afetados são os setores pesqueiro, de comércio marítimo e turismo. O diretor executivo do WWF no Brasil, Mauricio Voivodic, alertou sobre a necessidade de adotar medidas urgentes para reverter a situação. “O próximo passo para que haja soluções concretas é trabalharmos juntos, por meio de marcos legais, que convoquem à ação os responsáveis pelo lixo gerado. Só assim haverá mudanças urgentes na cadeia de produção de tudo o que consumimos.” Alerta Segundo o estudo lançado pelo WWF, o volume de plástico que vaza para os oceanos anualmente é de cerca de 10 milhões de toneladas. Nesse ritmo, mostra a pesquisa, até 2030 serão lançados ao mar o equivalente a 26 mil garrafas de plástico para cada quilômetro quadrado (km2). Aproximadamente metade dos produtos plásticos que poluem o mundo hoje foi criada nos anos 2000. O diretor-geral do WWF Internacional, Marco Lambertini, afirmou que o sistema atual de produção, uso e descarte de lixo está “falido” e que é necessário mudar o comportamento. “É um sistema sem responsabilidade, e atualmente opera de uma maneira que praticamente garante que volumes cada vez maiores de plástico vazem para a natureza." Poluição A poluição do plástico afeta a qualidade do ar, do solo e sistemas de fornecimento de água. Os impactos diretos estão relacionados a não regulamentação global do tratamento de resíduos de plástico, à ingestão de micro e nanoplásticos (invisíveis aos olhos) e à contaminação do solo com resíduos. A queima ou incineração do plástico pode liberar na atmosfera gases tóxicos, alógenos e dióxido de nitrogênio e dióxido de enxofre, extremamente prejudiciais à saúde humana. O descarte ao ar livre também polui aquíferos, corpos d'água e reservatórios, provocando aumento de problemas respiratórios, doenças cardíacas e danos ao sistema nervoso de pessoas expostas. Na poluição do solo, um dos vilões é o microplástico oriundo das lavagens de roupa doméstica e o nanoplástico da indústria de cosméticos, que acabam sendo filtrados no sistema de tratamento de água das cidades e acidentalmente usados como fertilizante, em meio ao lodo de esgoto residual. Quando não são filtradas, essas partículas acabam sendo lançadas no ambiente, ampliando a contaminação. Soluções O estudo do WWF faz recomendações sobre possíveis soluções para a situação envolvendo os sistemas de produção, consumo, descarte, tratamento e reúso do plástico. Os cuidados propostos incluem orientação para os setores público e privado, a indústria de reciclagem e o consumidor final. As propostas incluem que cada produtor seja responsável pela sua produção de plástico, o fim de vazamento do produto nos oceanos – e reúso e reciclagem como base para uso do material. Paralelamente a substituição do plástico por materiais reciclados. Danos Entre os principais danos do plástico à natureza estão estrangulamento, ingestão e danos ao habitat. A gerente do Programa Mata Atlântica e Marinho do WWF no Brasil, Anna Carolina Lobo, disse que a maior parte do lixo marinho encontrado no litoral é plástico. Nas últimas décadas, o aumento de consumo de pescados aumentou em quase 200%. “As pesquisas realizadas no país comprovaram que os frutos do mar têm alto índice de toxinas pesadas, geradas a partir do plástico em seu organismo, portanto, há impacto direto dos plásticos na saúde humana. Até as colônias de corais – que são as ‘florestas submarinas’ – estão morrendo. É preciso lembrar que os oceanos são responsáveis por 54,7% de todo o oxigênio da Terra”, disse. O estrangulamento de animais por pedaços de plástico já foi registrado em mais de 270 espécies animais, incluindo mamíferos, répteis, pássaros e peixes, causando desde lesões agudas e crônicas, até mesmo a morte. Esse estrangulamento é hoje uma das maiores ameaças à vida selvagem e conservação da biodiversidade. A ingestão de plástico já foi registrada em mais de 240 espécies. A maior parte dos animais desenvolve úlceras e bloqueios digestivos que resultam em morte, uma vez que o plástico muitas vezes não consegue passar por seu sistema digestivo. (Da Agência Brasil)

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Você sabe relaxar? Leia as dicas dos especialistas

O estresse é um componente da vida moderna que está cada vez mais presente na rotina daqueles que vivem em grandes centros urbanos, onde ocorre a maior incidência de transtornos mentais. Classificado como epidemia global pela Organização Mundial de Saúde (OMS), essas doenças atingem mais de 90% da população de todo o mundo. Em muitos dos casos, o problema pode estar atrelado à superação de desafios, mas cronicamente pode causar sérios danos para a saúde. Poluição urbana, ilhas de calor, barulhos excessivos, trânsito, transporte público de baixa qualidade, insegurança, desgaste físico e emocional. Em sua palestra realizada no CAM Bem-Estar, Francisco da Costa, mestre em psicologia das organizações pela Universidade de Barcelona, afirma que para o nosso cérebro, essa grande quantidade de problemas acontecendo ao mesmo tempo representa muitos estímulos considerados agressivos. “Em consequência, corpo e mente vão acionar um conjunto de respostas ansiosas”. “Quando acionamos esses mecanismos constantemente, entramos no processo de estresse”, advertiu o especialista. A reação instintiva pode desencadear transtornos mentais, especialmente depressão e ansiedade. O estresse é um conceito emprestado da física para a psicologia, que se refere à exaustão ou perda de elasticidade do material. E na saúde não é diferente. Podemos fazer uma analogia, como se corpo e mente fossem um elástico que, com o excesso de estímulos ao qual todos somos submetidos constantemente, ele precisasse ser estendido. A repetição desse processo acaba provocando a perda da flexibilidade. “Quando soltamos o elástico percebemos a dificuldade dele se recompor e um dos momentos em que sentimos isso é durante a noite, pois temos muita dificuldade em voltar para o estado de calma, que é o pré-requisito do sono”, afirmou Francisco. Na contemporaneidade também vivemos em um mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo. “Obviamente que esse quadro gera muitos casos de transtorno de ansiedade. Sabemos que isso é o grande problema da sociedade hoje em dia e arriscaria dizer que, talvez, seja o maior problema para o sono”, considerou o médico especialista nas áreas de nutrologia e prática ortomolecular, Sávio Cardoso, durante sua palestra no CAM Bem-Estar. O grande problema disso tudo é que quando o sono não vem, as pessoas recorrem a uma solução imediata. “Para dar conta das responsabilidades do dia seguinte, muitos acabam tomando os famosos remédio para dormir”, condenou o especialista. Segundo o levantamento realizado pela IQVIA, empresa norte-americana de auditoria e pesquisa de mercado farmacêutico, entre julho de 2013 e junho de 2014, o número de vendas desses medicamentos era de aproximadamente 47 milhões de comprimidos. Já entre julho de 2017 e junho de 2018, o volume foi quase de 71 milhões. . O fato é que as medicações, em muitos dos casos, não resolvem o problema. “O ideal é que a gente trate a causa e não os sintomas. Quando a gente toma esses remédios, muitas vezes eles não favorecem o aprofundamento do sono”, disse Sávio. Em outras palavras, eles colocam as pessoas para dormir, mas não fazem com que elas realmente descansem. Este tipo de medicamento pode ainda afetar a memória, diminuir a libido e alterar a cognição. Umas das receitas de Francisco da Costa para viver bem em meio a toda essa confusão é o Shinrin-Yoku, ou o “Banho de Floresta” – prática adotada por médicos japoneses. De acordo com o psicólogo, o contato direto com a natureza promove a sensação de relaxamento, algo que pode ser obtido até numa praia urbana. “O som das ondas informa para o nosso cérebro que aquele local é um ambiente tranquilo e que pode baixar a guarda. Estar exposto ao vento ou ao sol ajuda o nosso corpo a se equilibrar novamente”. Uma importante dica para aqueles que desejam ter uma melhor qualidade do sono é ficar distante dos aparelhos digitais próximo à hora de dormir. A luz violeta produzida por tais dispositivos interfere diretamente na qualidade do sono, sobretudo na produção da melatonina, hormônio que nos induz a dormir. “Hoje todos nós somos reféns dos dispositivos eletrônicos. Nós brasileiros ficamos em média quatro horas expostos a essa tela”, afirmou Sávio. É fundamental que as quatro fases do sono sejam respeitadas para o bem-estar do corpo. A primeira delas é a do descanso, quando começamos a relaxar na cama e ocorre a liberação da melatonina. Já na segunda, ocorre a redução da frequência cardíaca e o relaxamento da musculatura. A fase três consiste no aprofundamento do sono e a quarta é o sono profundo, onde existe o pico do relaxamento muscular e são liberados diversos hormônios. “É importante que a gente entenda essa necessidade de respeitar essas fases do sono. Quando nós estamos dormindo, por exemplo, e acordamos de madrugada para ir ao banheiro, ao retornarmos para a cama e voltarmos a dormir, não retornamos para a fase quatro e sim para o início delas, afetando a qualidade do sono”, completa o médico. *Por Marcelo Bandeira

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CAM 60 Dias: Desafio proposto e superado

Desafio proposto pelo Cidades Algomais o projeto CAM 60 dias, reuniu no Recife quatro participantes que tinham diferentes objetivos, mas com o propósito em comum de melhorar a qualidade de vida apenas dois meses. O processo partiu de quatro pilares fundamentais: alimentação, atividade física, equilíbrio emocional e sono. Os participantes forma acompanhados pela da equipe multiprofissional da clínica Clínica Cardoso & Ávila. Os resultados de cada um dos participantes foi mostrado durante o evento CAM Bem-Estar. Um dos selecionados pelo projeto, André Maia, 35 anos, é educador físico, atua como professor de boxe e tinha como principal objetivo a perda de peso. Para isso, foi necessário um planejamento alimentar que estabelecia um consumo calórico bem restrito. “Meu corpo sentiu bastante. Na primeira fase dessa programação eu consumia apenas 850 calorias por dia”, disse em depoimento para a plateia. A mudança valeu a pena: ele perdeu pouco mais de 10 kg em dois meses. O resultado não foi sentido apenas na balança mas, também, em sua qualidade de vida. Além disso, hoje em dia, André tem uma nova relação com a alimentação. “Eu pensava que bebia muito líquido, mas quando fazia a monitoração da dieta com os especialistas, percebi que não tomava tanto assim e a partir do momento em que eu bebi mais água a fome acabou diminuindo”. A sua grande transformação, porém, foi durante o sono. “Sofria muito de apneia e hoje eu durmo feito uma criança”. Aline Aquino, 30 anos, é arquiteta e também foi desafiada a reduzir o peso. E conseguiu alcançar o objetivo de perder 6 kg já no primeiro mês. O planejamento bem definido permitiu que até o segundo mês do projeto ela eliminou ao todo 10 kg e quase 15% de gordura corporal. “Fui além das metas propostas para mim”, comemorou. “A maior dificuldade foi a dieta bastante restrita à qual fomos submetidos, mas estou feliz com o resultado”, revela Aline. “Quanto maior o desafio, mais suporte você precisa ter. Fui muito bem assistida pelos outros participantes e pela equipe de especialistas. Vou levar comigo o exemplo de como é possível ter uma vida mais saudável, mais ativa e consequentemente mais feliz”, planeja a arquiteta. Já o desafio de Ione Alves, 30 anos, foi diferenciado. Nutricionista, não enfrentava problemas de sobrepeso, apresentava bom percentual de gordura e massa muscular, mas buscava incrementar sua performance no crossfit. Além de melhorar seu desempenho na atividade física, ela buscava aumentar a massa muscular. O objetivo foi alcançado com sucesso. Aumentou o peso em 2 kg – graças à aquisição de massa magra – e diminuiu a taxa de gordura em 4%. “Queria bater meus recordes pessoais no crossfit. Graças ao acompanhamento geral multidisciplinar, eu alcancei resultados maravilhosos”, comentou. Segundo Ione, a superação e a disciplina adquirida foram o ponto alto do projeto. “Adotei para minha vida um padrão de treinamentos que não tinha antes. Mesmo em viagens e finais de semana sigo as atividades”. A falta de tempo era o principal obstáculo enfrentado pelo professor Carlos André, 40 anos. Ele tinha como desafio adequar a prática de atividades físicas e alimentação saudável em meio à correria da sua rotina cheia de viagens e compromissos. Marido de Ione, Carlos contou que praticamente recebeu uma sentença de morte de um médico, anos atrás, porque na época pesava 135 kg. “Mas eu decidi que não ia morrer”. Com a ajuda de especialistas e da mulher, o professor conseguiu perder peso, mas passados quatro anos voltou a engordar. “Não consegui me disciplinar, o corre-corre, os boletos para pagar, toda essa confusão do cotidiano me atrapalhava”, lembra. Ao entrar no CAM 60 dias, o esforço de Carlos foi mudar a forma de pensar a ponto de entender ser possível incluir os exercícios no seu dia a dia. Uma rotina que perdura até hoje. “Continuo praticando as atividades físicas e a alimentação saudável diariamente”. MUDAR A CABEÇA Segundo o médico especialista em nutrologia e responsável pela orientação dos participantes, Sávio Cardoso, foi fundamental entender que a transformação era algo benéfico para eles e que pensando dessa maneira seria menos dificultoso atingir os objetivos. “A meta principal era mudar a cabeça e o estilo de vida de cada um deles”. Para Laíz Cabral, nutricionista da Clínica Cardoso & Ávila, o grande desafio em comum dos quatro participantes foi adequar a porção a ser consumida dos alimentos. “Todos eles já tinham uma alimentação qualificada. O problema era a quantidade que era preciso individualizar”. Para alançar os números exatos de consumo calórico, foi necessário o uso de uma balança para pesar o que era ingerido. “O desafio foi muito bem atingindo”, afirmou. O educador físico Thiago Borges, que fez parte da equipe que orientou os participantes, destacou que o projeto mostrou a importância da força de vontade na busca da qualidade de vida. “É importante contarmos essas boas histórias para mostrar que é possível mudar de hábitos. Basta a gente querer. Tudo na vida é prioridade e depende apenas da gente”. *Por Marcelo Bandeira

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Aeroporto do Recife recebe passageiros em ritmo de frevo

O Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre já está em ritmo de Carnaval. Até sexta-feira (1/3), os passageiros que desembarcarem na capital pernambucana serão recepcionados com apresentações de passistas e orquestra de frevo. A iniciativa é fruto de uma parceira entre a Infraero, a Secretaria de Turismo do Estado e a Kallas Mídia OOH e ocorrerá no piso térreo, próximo ao letreiro “Pernambuco, Coração do Nordeste”, das 13h às 17h. Na ocasião, também serão distribuídas tatuagens de carnaval e glitter. De acordo com o superintendente do aeroporto, José Osman, a ação valoriza a cultura local e conecta o aeroporto a uma das festas mais populares do país, tornando a experiencia do viajante mais acolhedora e prazerosa. “A nossa ação de boas-vindas é um presente carinhoso da Infraero para que o público usuário do aeroporto já entre no clima dessa época tão fantástica e tão representativa para nossa cultura”, afirmou. O gestor destaca que a expectativa é que o aeroporto da capital pernambucana receba cerca de 182,7 mil passageiros durante o período carnavalesco, entre os dias 1º e 7/3. “O número estimado é 12,5% superior em relação aos 159,8 mil viajantes contabilizados na folia de 2018, que ocorreu no período de 9 a 15/2”, acrescentou. Além disso, no período, são esperadas 1.251 operações de pousos e decolagens no Guararapes. Para garantir a fluidez nas operações e no funcionamento de toda infraestrutura aeroportuária durante o feriadão, uma série de ações foram adotadas para atender ao grande fluxo de passageiros e manter o conforto e a segurança dos usuários. Equipes de segurança, operações e de manutenção foram reforçadas por meio de remanejamento das escalas de trabalho; os “amarelinhos”, funcionários de colete amarelo da Infraero com a frase “Posso Ajudar/May I Help You?” e a equipe do Balcão de Informações também estarão preparados para tirar dúvidas e orientar os viajantes.

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O que você come tem veneno?

Incluir frutas, legumes e verduras nas refeições não é suficiente para se falar de uma alimentação saudável. Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), 70% dos alimentos consumidos in natura do País estão contaminados por agrotóxicos. “É alarmante que mais da metade das substâncias usadas aqui são proibidas nos Estados Unidos e nos países da União Europeia. Somos campeões de uso de agrotóxicos, mas não de fiscalizar a sua utilização. Não se pode falar de bem-estar sem pensar nas escolhas que fazemos cotidianamente, naquilo que a gente consome, principalmente o alimento”, alertou Renata Nascimento, diretora do Tulasi Mercado Orgânico durante sua palestra no CAM Bem-Estar. Defensora da causa da agroecologia, Renata Nascimento explica que o ciclo de produção de alimentos ancorado no latifúndio e na monocultura foi responsável pelo surgimento de pragas e, consequentemente, de agrotóxicos. “A monocultura aumentou o desmatamento e reduziu a biodiversidade dos ecossistemas. Sem os inimigos naturais, vieram as pragas, que são combatidas justamente com essas substâncias nocivas à nossa saúde. Esse sistema gerou também a contaminação do solo e das águas, numa deterioração da cadeia alimentar e da saúde dos trabalhadores rurais e dos consumidores”, aponta Renata. A agroecologia caminha no sentido contrário a esse modelo. É uma ciência e prática social que propõe a criação de ecossistemas produtivos preservadores da natureza, sendo socialmente justos e economicamente viáveis. Há no Brasil e em Pernambuco experiências do cultivo de agroflorestas, que são sistemas produtivos que imitam a natureza. O solo coberto por vegetação e a mescla de várias espécies de plantas e árvores na mesma área são algumas de suas características, além da dispensa do uso de agrotóxicos. “No conceito de Ernst Gotsch, uma das referências no País sobre o assunto, trata-se de uma visão da agricultura que reconcilia o ser humano com o meio ambiente”, informou Renata. A empresária, além de comercializar produtos orgânicos em feiras que promove no Mercado Tulasi e por e-commerce, também incentiva produtores familiares a trabalhar no sistema de agrofloresta. Um dos momentos emocionantes da sua apresentação foi quando pediu para esses agricultores subirem ao palco do CAM Bem-Estar. As vantagens do produto orgânico também foram ressaltadas na palestra da nutricionista Virgínia Campos que abordou seus efeito benéfico à saúde. “O alimento só pode dar ao corpo aquilo que ele encontra no solo. O cultivo orgânico tem mais imunidades, minimizando o uso de defensivos. Quando há necessidade dessas substâncias, utilizam-se as não-tóxicas, provenientes das plantas. Os pesticidas intoxicam o corpo, abrindo portas para doenças autoimunes, infertilidade e até câncer”, afirma a especialista. . . Uma vez intoxicado, o organismo não consegue funcionar de forma adequada. “Isso significa que haverá mais inchaço, enxaquecas e que o metabolismo do corpo fica mais lento. O alimento deve ter energia para trazer vitalidade e não veneno para matar tudo, incluindo o ser humano. Deve-se preferir alimentos frescos e orgânicos. Pode-se economizar em outros produtos, mas jamais na qualidade daquilo que é matéria-prima para saúde: o alimento”, defende a nutricionista. Um estudo do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França, que analisou a alimentação de quase 70 mil pessoas, apontou que aqueles que praticam uma dieta à base de orgânicos reduziram em 25% o risco de desenvolvimento de câncer em geral. Em alguns tipos específicos de tumores malignos, a redução da incidência chegou a mais de 70%, quando comparada com o grupo da população que nunca se alimenta com produtos sem agrotóxicos. Os pesquisadores responsáveis pelo estudo, que durou mais de quatro anos com adultos franceses, relacionaram o risco de câncer com a quantidade de agrotóxicos e pesticidas inseridos no processo de cultivo dos alimentos. No Brasil os dados também são alarmantes. “O número de mortes e de intoxicação por agrotóxicos no País dobrou nos últimos 10 anos”, salientou Renata. Esses indicadores são da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Ministério da Saúde. Somente em 2017, uma média de 11 pessoas foram intoxicadas por dia devido à exposição aos venenos usados na agricultura. Os números sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde dos brasileiros vieram à tona no momento em que o País discutia mudanças na legislação que flexibilizam as regras para fiscalização e aplicação dessas substâncias e dificultavam a comercialização de orgânicos. No ano passado o Projeto de Lei 6299/02, conhecido como PL do Veneno, tentou trocar o nome de agrotóxicos ou defensivos agrícolas para fitosanitários. A modificação tem como objetivo desburocratizar a aquisição desses produtos no País, sob a alegação de que a regulação atual dificulta o desenvolvimento agrícola brasileiro. Outra polêmica de 2018 foi a discussão da PL 4.576/16 que buscava justamente restringir a comercialização de produtos orgânicos. NADA ARTIFICIAL Além de eliminar os agrotóxicos da dieta, outro recado das especialistas é ter sempre à mesa alimentos que não sejam processados. “Um princípio básico de autocuidado seria minimizar a aquisição de industrializados, ou seja, produtos alimentícios, priorizando comida de verdade, que são folhas, legumes, frutas, raízes, carnes e ovos. Uma alimentação em que se desembala menos e se descasca mais é uma recomendação que vale para todos”, orienta Virgínia. A especialista afirma que a população, ao longo das décadas, passou a consumir mais produtos alimentícios e menos alimentos de verdade, comprometendo a saúde e contribuindo para o aumento do peso. “Esses produtos não são nutritivos e, sim, cheios de sódio, açúcares, aditivos químicos. Já o alimento em si, como veio da natureza, é riquíssimo em fibras, vitaminas, minerais. Tudo o que nosso corpo precisa”, explica Virgínia, que fez um convite à plateia para experimentar o verdadeiro sabor dos alimentos reduzindo o uso de açúcar. Outra recomendação é ficar longe de adoçantes como aspartame, sacarina, sucralose e ciclamato. “Usados em larga escala pela indústria em produtos como refrigerantes, sucos e iogurtes, eles podem ser tão ou mais prejudiciais que o açúcar. Seu uso contínuo contribui para o ganho de peso, ao contrário do que muitos pensam, além de serem danosos para a saúde cerebral”, advertiu. Quando necessário usar adoçante em substituição ao açúcar, Virgínia recomenda que se faça a

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Você tem preguiça de malhar? Veja as dicas de Marcio Atalla

Você é daqueles que tenta encaixar um horário para fazer atividade física no seu cotidiano e não consegue? Então veja essa história: Emílio Surita, apresentador do programa Pânico, dizia ser adepto do estilo de vida CCC – café, cigarro e cachaça – e nem se preocupava em se movimentar. Até que um dia ele se deparou com resultados de exames preocupantes. Suas taxas de colesterol, glicemia, ácido úrico estavam estratosféricas e o médico alertou que perdesse 12 kg. Ele aproveitou, então, um dia em que seu amigo, o educador Marcio Atalla, se apresentara no programa para pedir uns conselhos. “Emílio me disse que não gostava de academia”, recorda-se Atalla, que propôs ao amigo subir os 16 andares de escada da rádio onde trabalha, em vez de pegar o elevador. No primeiro dia ele se esqueceu – por falta de hábito – depois engrenou até que já escalava os andares em menos de cinco minutos. Ficou fácil. “O que mais posso fazer?” Atalla recomendou que subisse também as escadas na volta do almoço. Mas ele fez mais: passou a andar meia hora nos fins de semana em que não trabalhava. “Três meses depois, Emílio subia uma média de 47 andares por dia e andava meia hora aos sábados e domingos. Com essas medidas simples, ele perdeu 11kg, 9 cm de circunferência abdominal e os exames estavam controlados”. A história foi contada por Atalla durante a palestra que fez no Cidades Algomais Bem-Estar e confirma o poder do hábito consciente para que o ser humano comece a priorizar a atividade física. Mas, por que, afinal, precisamos nos exercitar? Atalla rodou o mundo em busca dessa e de outras respostas para questões ligadas ao movimento. Foi até São Paulo conversar com o cardiologista Roberto Kalil, que explicou que durante o processo evolutivo da raça humana aqueles que não estavam aptos a se movimentar não sobreviveram. “Esses não acasalavam, nem procriavam. Quando você olha o nosso corpo fica muito fácil perceber que ele foi moldado para facilitar o movimento: o ser humano foi ficando ereto, com pernas e braços longos, e cheios de articulações”, exemplifica Atalla. Se fomos feitos para o movimento, por que é tão difícil começar a malhar? Engana-se quem pensa que é pura preguiça. A resposta, por incrível que pareça, também está nos nossos ancestrais. Em Nova Iorque, Wendy Suzuki, uma das mais renomadas neurocientistas do mundo, disse para Atalla que nos primórdios da existência humana havia pouco alimento e muita necessidade de movimento. Quem sobreviveu? Nós, seres poupadores, que apresentamos duas características. Primeira: tudo o que consumirmos mais do que gastamos de energia é armazenado em forma de gordura. Nosso corpo está programado para isso. Os seres que não tinham essa capacidade morreram. A segunda característica: como tínhamos pouco alimento e muito movimento, tivemos que criar a capacidade de não gastar muita energia. Como o nosso cérebro fez isso? Automatizando as nossas ações. A primeira vez que executamos uma certa tarefa nós pensamos na maneira de realizá-la. Depois, com o decorrer do tempo, não pensamos mais. Por exemplo, a primeira vez que você amarrou um tênis, foi difícil, você pensou e gastou x calorias. Hoje alguém pensa pra amarrar um tênis? É automático. O mesmo vale para dirigir um carro. “Segundo a Dra. Suzuki, 90% de todas as tarefas que executamos hoje, todos os dias são automatizadas e tudo o que fazemos dessa forma nosso cérebro não gasta energia”, esclarece Atalla. Isso significa que nossa geração é a primeira a ter que colocar a questão do movimento nos 10% restantes do cotidiano, numa decisão consciente. Porque até os anos 1980, éramos ativos simplesmente por viver num lugar onde havia poucas escadas rolantes, poucos elevadores, tínhamos que levantar para mudar o canal da TV, não havia celular, nem computador. “Em 1989 o brasileiro dava em média 10 mil passos por dia, hoje 2.500. Ele está mais preguiçoso? Não. Ele tem muito mais tecnologia”, resume o educador físico. Bem, ok, se o nosso cérebro segue a lei do mínimo esforço, como então ter pique para fazer o corpo se mexer? De acordo com a Dra. Wendy, existem três maneiras. Uma delas é mudar o ambiente. Para verificar na prática como isso acontece, Atalla foi até Copenhague (Dinamarca), onde 70% da população anda de bicicleta. Esse comportamento não aconteceu por vontade própria da população em ter uma vida mais saudável. Foi uma decisão do governo em resposta à crise do petróleo em 1973. As avenidas foram divididas ao meio, metade destinada a tráfego de carros, a outra para bicicleta. Começou-se a cobrar preços absurdos pelos estacionamentos. Moradores da periferia demoravam 20 minutos para chegar até o centro da cidade de bicicleta e uma hora de carro. “Qual era a decisão das pessoas? Poupar energia, então elas optavam pelos 20 minutos”, compara Atalla. A segunda maneira de incentivar a prática de exercício físico é pela educação. Assim como é mais fácil aprender inglês aos 5 anos de idade, é também mais eficaz começar desde cedo a se exercitar. Atalla foi até a longínqua e gélida Finlândia para constatar essa recomendação. O país tem uma educação pública considerada a mais eficiente do mundo, que começou em 2011, partir de um programa educativo baseado no movimento. “Nas escolas não há carteiras. São púlpitos, são bolas de pilates, para as pessoas sentarem. Metade da aula, seja matemática, geografia ou história, é ao ar livre, mesmo quando está nevando”. Qual não foi a surpresa do educador físico ao saber que o objetivo desse método não era tonar os alunos mais saudáveis ou evitar a obesidade infantil. “Mas porque permitia à criança aprender melhor!”. Surpreso, Atalla voltou a Nova Iorque para saber a verdade científica do método educacional com a Dra. Suzuki, que lhe explicou: “a melhor coisa que você pode fazer pela saúde do seu cérebro é se movimentar”. A atividade física produz três efeitos, segundo a neurocientista: o agudo, verificado nos primeiros 30 minutos de movimento, em que ocorre a melhora na oxigenação no cérebro, no

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Bonito merece uma visita

Passeio de teleférico, ecoturismo, tirolesa, arvorismo, rapel, camping e até balonismo. Essas são algumas das atividades de lazer que compõem o roteiro que os turistas podem fazer em Bonito. A apenas duas horas de viagem de carro do Recife (140 km de distância), a cidade é uma ótima opção tanto para os aventureiros como para quem busca um destino agradável para descansar. No verão é uma alternativa bem interessante para quem quer uma experiência diferente de sol e mar. A inauguração do Teleférico Governador Eduardo Campos, em maio do ano passado, é a principal novidade do turismo local. Ele é o maior de Pernambuco, com uma extensão de 1.280 metros, partindo do Pátio de Eventos da Cidade até o Alto da Capela de Nossa Senhora do Monte Serrat. O trajeto é feito em uma cabine fechada para até quatro pessoas. . . No seu ponto de parada é possível ter uma vista privilegiada da cidade. Mirante obrigatório para fotos do passeio. Não há um limite de tempo para realizar a descida e lá no topo do monte há uma sorveteria, além de uma capela. “O teleférico foi um marco divisor para a história do turismo de Bonito. A procura dos visitantes tem sido muito grande. Em Pernambuco apenas aqui e em Triunfo se faz esse tipo de passeio”, destaca o secretário de turismo Paulinho de Devá. A estrutura ainda não realiza esse transporte noturno, mas está nos planos uma adequação para oferecer também essa opção aos visitantes. O banho de cachoeira é um dos atrativos que mais convida os turistas para Bonito. Ao todo são sete que estão em propriedades privadas e que ofertam diferentes serviços de lazer. A mais acentuada queda d’água é a Cachoeira Véu da Noiva 1, onde funciona a maior tirolesa da cidade e permite a prática de rapel a 35 metros de altura, com suporte profissional. Para quem busca uma melhor estrutura com restaurante, opções de piscina e lazer infantil a dica é seguir para o Camping do Mágico ou para o Bonito Ecoparque. O Camping do Mágico é cortado por uma corredeira em toda sua extensão e é a opção para quem deseja armar uma barraca e acampar. No Bonito Ecoparque há também opções de hospedagem. Em ambos há atividades de arvorismo e tirolesas menores. A água geladinha e a paisagem exuberante da Mata Atlântica valem muito a visita para as cachoeiras da região. Nos últimos anos surgiram algumas opções de hotéis na área mais rural da cidade, que é outra alternativa para quem deseja ter mais tempo de contato com a natureza. Neste ano aconteceu nessa área verde do município a 4ª Etapa do Desafio das Serras, uma ultramaratona de 55 km atravessando a região. A Pedra do Rodeadouro e a Pedra da Rosária são alguns elementos da paisagem do município que podem ser vistos no trajeto da cidade para a região das cachoeiras. Nesse caminho há também a Mata do Mucuri Himalaya, com 105 hectares, que no futuro será um parque municipal aberto à visitação pública. A expectativa do poder público é que as obras de infraestrutura para permitir o acesso ao local sejam realizadas em até dois anos. “Será um parque voltado para contemplação com trilhas, píer no Lago da Maguari, mirante, área de estar e uma estrutura para palestras e exposições”, afirma Mireli Silva, bióloga da Secretaria de Meio Ambiente do município. Se são poucas cidades nordestinas com essas atrações, outro diferencial do serviço turístico local é o balonismo. “Bonito é um dos cinco melhores lugares do País para a prática do voo de balão. É o único lugar do Nordeste com passeios regulares. Como o município está no meio de cadeia de montanhas, isso ajuda bastante a estabilidade do passeio, que chega a mais de mil metros de altitude”, comenta o diretor de turismo do município, Rafael Pereira. O serviço é oferecido pela GT Promo. O voo que parte no nascer do sol dura entre 45 minutos e uma hora. Uma equipe de apoio acompanha de carro o balão até o pouso e retorna com os passageiros até o ponto de decolagem. A celebração do desembarque é feita com um brinde com vinho espumante. É necessário fazer agendamento prévio. O local de partida do voo é ao lado do Bonito Plaza Hotel, o equipamento de hospedagem mais tradicional da cidade. Para quem gosta de grandes eventos, no começo do ano a cidade realiza a Festa de São Sebastião, que mobiliza milhares de turistas. Neste ano a sua programação contou com atrações como Marília Mendonça, Gabriel Diniz e Saia Rodada. As novas atrações têm conseguido mobilizar investimentos no trade turístico da cidade. Na próxima edição da Algomais destacaremos o impacto principalmente do teleférico na economia do município. SERVIÇO Balonismo Telefones para agendamento: (81) 3095.0804 | (81) 99222.9578 | 81 98823.2800. E-mail: contato@gtpromobalonismo.com.br Teleférico Funciona de quinta a domingo (e feriados), das 9h às 17h. O ingresso custa R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Tirolesa e Rapel O ingresso para o rapel custa R$ 35 por pessoa e para a tirolesa R$ 40. O pacote para as duas atividades fica por R$ 60. Mais informações com a Alfa Adventure pelo telefone: (81) 8923-4644 ou (81) 9697-4567. Para ter acesso ao local, que é na Caichoeira Véu da Noiva, é preciso pagar a entrada na propriedade, que custa R$ 5. Camping do Mágico Day-use do espaço custa R$ 10 (sendo R$ 15 para os feriados). No caso de diária para camping (incluindo a barraca) o valor é de R$ 95. Sem a barraca fica por R$ 55. Informações pelo telefone: (81) 99666-6190.   *Por Rafael Dantas é repórter da Algomais  (rafael@algomais.com). O jornalista assina a coluna Gente & Negócios no site da Algomais

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Maracatu Coração Nazareno, onde as donas da lança são as mulheres

*Por Paulo Ricardo Mendes - especial para Algomais O ano é 2004, a cidade, Nazaré da Mata, Zona da Mata Norte, a 65 km do Recife, em Pernambuco. Um grupo de mulheres resolve criar um maracatu totalmente feminino. Até um tempo atrás, essa narrativa poderia parecer improvável, já que a brincadeira era considerada tipicamente masculina, mas graças à Amunam (Associação das Mulheres de Nazaré da Mata), esse fato virou realidade. Desde então, entre conquistas e dificuldades, o Coração Nazareno, nome dado ao grupo, vem se consolidando pela sua trajetória de luta por igualdade de gênero, mas também pela beleza e carisma que emana nas apresentações. Neste ano, o maracatu protagonizado por elas completa 15 anos de história com atividades voltadas para as mulheres da região. Segundo Eliane Rodrigues, coordenadora da Amunam, a ideia de criar um grupo em que a figura feminina pudesse ocupar todos os personagens surgiu como uma reação ao pouco espaço que as mulheres tinham na brincadeira. “O surgimento do Coração Nazareno implica que elas podem vestir qualquer indumentária do folguedo, mas também representa uma quebra de paradigmas nessa expressão cultural, uma vez que a mulher passa a ganhar voz e visibilidade diante de um ambiente majoritariamente masculino”, afirma. A brincadeira foi criada por trabalhadores rurais, como cortadores de cana-de-açúcar, no final do século 19 para o início do 20, época em que essas atividades eram realizadas somente por homens. Logo, apenas pessoas do sexo masculino podiam brincar. Quem fazia as figuras femininas do maracatu eram os canavieiros que se travestiam de mulheres, até que as esposas e filhas dos cortadores se interessaram pelo folguedo e começaram a brincar de baiana e dama do paço. Passado mais de um século da fundação do maracatu do baque solto, a participação feminina na brincadeira ainda é restrita. A figura do caboclo de lança, por exemplo, é atribuída ao homem devido às disputas que são realizadas entre a cablocaria e as indumentárias pesadas do personagem, que têm em torno de 30 kg. Mas essa limitação não foi um problema para as caboclas de lança do Coração Nazareno, que adaptaram os surrões para um peso proporcional (16 kg) aos que elas pudessem carregar. A ex-cortadora de cana e brincante Sônia Maria conta que já saiu durante seis anos como cabocla e ano passado se apresentou no Carnaval como bandeirista. “Conheci o grupo por meio da minha ex-companheira e desde então não larguei mais a brincadeira”, revela. Mesmo com a roupa pesada, ela explica que o amor pelo maracatu é tão grande que a brincadeira torna-se divertida. “Quando estou me apresentando parece que o personagem toma conta de mim e não sinto calor e nem o peso da indumentária, só alegria”, ressalta Sônia. As apresentações do grupo geralmente acontecem nos quatro dias de Carnaval, em diferentes lugares da Zona da Mata Norte e da Região Metropolitana do Recife, entretanto, os preparos até chegar a esse período começam meses antes, quando as integrantes se reúnem na associação para realizar a inscrição, a prova de roupas e os ensaios. Quando chegam os festejos de Momo, cerca de 72 mulheres saem às ruas brincando de diferentes personagens nas cores predominantes de rosa e lilás, entre eles: arreiamá, tipo de caboclo cujo figurino remete aos índios americanos, geralmente acompanhados com um machado; bandeirista, responsável por segurar a bandeira do maracatu; Dama do Paço, mulher responsável pela condução da calunga; o baianal, composto por várias baianas; o terno, a orquestra do brinquedo e a figura do caboclo de lança, que costuma ser o centro das atenções pela dança e pelo figurino. A coordenadora do Coração Nazareno, Lucicleide Silva explica que nos desfiles existe um protocolo de ordem de apresentação que deve ser seguido: primeiro o maracatu infantil, em seguida o feminino e, depois, por ordem de chegada, os grupos tradicionais. Entretanto, quando essa regra ainda não tinha sido estabelecida, ela lembra que uma das integrantes do Coração Nazareno foi agredida por uma lança, porque o mestre caboclo do outro maracatu não queria deixar as mulheres passarem na frente. “É comum a gente se esbarrar nos cortejos com alguns grupos que ficam incomodados com a nossa participação”, lamenta Lucicleide. A brincante Vanessa Vieira admite perceber olhares surpresos do público quando estão se apresentando. “Lembro que durante uma apresentação na Ilha de Itamaracá um rapaz chegou até mim e perguntou se eu era mulher”, recorda-se. Para Vanessa esse tipo de comportamento só demonstra a importância do grupo na luta pelo espaço e também pela igualdade de gênero. “Quando chegam para mim e dizem assim, 'tu brinca igual a um homem', aí eu digo: não! eu brinco igual a uma mulher, só que antes nós mulheres não tínhamos um espaço de brincar e hoje nós temos”, salienta a brincante que desfila atualmente como arreiamá. O grupo observa que outros maracatus duvidam da capacidade delas de dar conta da brincadeira pelo fato de serem mulheres, mas quando as veem saindo na rua se apresentando com destreza percebem que elas são capazes e as respeitam. “Essa nossa resistência, enquanto maracatu feminino, faz com que a gente vá se firmando nos cortejos e cada vez mais sendo chamada para as apresentações, tanto é que no no dia 8 de março, completamos 15 anos de Coração Nazareno”, destaca Lucicleide. As comemorações do aniversário do grupo iniciam-se no dia 20 de março com o seminário Mulheres fortalecendo a cultura popular, que pretende discutir a participação feminina no folguedo. Durante o ano o maracatu vai realizar oficinas e atividades na sede da Amunam, onde, em novembro, acontecerá mais um seminário e, logo em seguida, o cortejo do maracatu e a sambada (ensaios que reúnem mestres, orquestras e maracatuzeiros), como encerramento das celebrações. TRADIÇÃO Na Cidade Tabajara, na Casa da Rabeca, em Olinda, os filhos do Mestre Salustiano dão continuidade à tradição perpetuada pelo pai por meio das manifestações populares, como o Piaba de Ouro. O Maracatu está há mais de 40 anos em atividade e é um dos mais tradicionais. Um dos herdeiros do legado

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