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Guerreiros do Passo resgatam o legado da origem do frevo

O coletivo Guerreiros do Passo representa a resistência do autêntico folião que brinca nas ruas em Pernambuco. Com o principal objetivo de valorizar as raízes do Carnaval e do frevo, o grupo atua em três diferentes áreas: a formação de passistas, o espetáculo e as pesquisas. O Projeto Frevo na Praça é a principal atividade do coletivo e consiste na formação de novos passistas por meio do método de ensino do mestre Nascimento do Passo, de quem o grupo mantém o legado. As aulas gratuitas acontecem na Praça do Hipódromo, (Zona Norte do Recife), aos sábados e quartas-feiras e contemplam todas as faixas etárias. O fundador e coordenador Eduardo Araújo revela o que é preciso para se tornar mais um guerreiro. “É só chegar e cair no frevo. Até a sombrinha nós oferecemos”. Os responsáveis por ministrar as aulas são os professores Laércio Olívio, Valdemiro Neto e Lucélia Albuquerque. “Durante o resto do ano temos uma média de aproximadamente 30 alunos. Quando está próximo do Carnaval, o número praticamente dobra”, informou Laércio Olívio, que há sete anos chegou como aluno e hoje é um dos professores do coletivo. “Eu me encantei completamente. Tenho muito orgulho de ter ganhado a camisa azul (usadas apenas pelos instrutores).” O grupo vai tão a fundo na vivência de resgatar a origem do frevo que seus integrantes não se apresentam com roupas coloridas como as usadas pelos passistas nas últimas décadas. Suas vestimentas são quase monocromáticas, a dos foliões dos anos 1950, além de dançarem com sombrinhas e guarda-chuva comuns. Pesquisadores afirmam que a versão pequena e multicor foi criada pensando nas crianças e depois apropriadas por dançarinos que participavam de concursos de frevo nas emissoras de TV na década de 1960. O projeto serve também como forma de garimpo para a escolha de novos bailarinos para compor o elenco do espetáculo O Frevo. “Ao longo dos anos foram mais de 100 apresentações”, ressalta Eduardo. A última delas, inclusive, aconteceu no desfile oficial do Homem da Meia-Noite, no Carnaval do ano passado. O espetáculo tem a finalidade de contar um pouco mais ao público sobre a origem do frevo. “Nós produzimos uma encenação para mostrar como foi o surgimento da dança. A apresentação vai desde o início, envolvendo os capoeiristas, até as músicas da época”, disse o coordenador. De acordo com Eduardo, são convocados os alunos que se destacam e têm o compromisso com as aulas. Como forma de relembrar e até mesmo resgatar antigos passos que foram esquecidos com o passar das décadas, o coletivo criou o Laboratório do Passo, que desenvolve um levantamento histórico das técnicas concebidas pelo mestre Nascimento. Com muita pesquisa acerca da história do frevo, os Guerreiros reviveram mais de 15 movimentos que vez ou outra são trabalhados na praça. “Corropio, abanando o fogareiro, salto de canguru, passo do curupira, coice de cavalo, corta-capim e o passo do aleijado são alguns dos movimentos que resgatamos”, listou Laércio. “É muito gostoso e gratificante para nós vermos os nossos alunos tentarem e até mesmo realizarem esses passos que por muito tempo estiveram esquecidos”, emociona-se Lucélia. Tudo teve início a partir do amazonense Francisco do Nascimento Filho, que plantou em cada um dos fundadores as sementes do frevo. Mestre Nascimento do Passo, como era conhecido, desenvolveu uma metodologia de ensino sistematizando os movimentos e as técnicas que seriam repassadas para as novas gerações de bailarinos. O Balé Popular do Recife e o multiartista Antônio de Carlos Nóbrega foram alguns dos contemplados com o seu talento. Em reconhecimento do seu trabalho, o mentor recebeu os títulos de cidadão recifense (1998) e pernambucano (2000). O coletivo surgiu em 2005, a partir da iniciativa de ex-professores da Escola Municipal de Frevo do Recife, que não concordavam com a decisão da diretoria da instituição de mudar o método de ensino da dança. “O mestre Nascimento é a base de tudo. Foi por causa dele que cada um de nós despertou o amor pelo frevo”, disse, emocionado, Eduardo. Ele e alguns amigos decidiram se encontrar na praça do Hipódromo para frevar, o que acabou atraindo muitas pessoas que pediam para também participar da dança “Nós deixávamos, é claro. A gente até levava um pequeno som”. A brincadeira ficou tão interessante que o grupo começou a ser chamado para dar aulas em outros bairros e em Olinda. Por falta de recursos, porém, eles decidiram concentrar as atividades na praça do Hipódromo. "Eles então fundaram a troça carnavalesca O Indecente. "O nome, no entanto, acabou não vingando", conta Eduardo. Foi então que os fundadores se juntaram e decidiram dar um novo nome ao grupo. O costume dos integrantes de se chamarem de guerreiro era antigo, desde os tempos da escola de frevo. “Não poderia escolher um nome melhor para dar continuidade à obra do mestre Nascimento do Passo”. *Por Marcelo Bandeira

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"Há muito investimento represado"

Durante a campanha e no discurso da posse ao Governo de Pernambuco, Paulo Câmara prometeu estimular a geração de emprego e renda no Estado. Enfrentar esse desafio é a prioridade para o economista e empresário Bruno Schwambach ao assumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Nesta entrevista concedida a Rafael Dantas, ele disse focar na atração de investimentos e no incentivo ao empreendedorismo. Qual a sua trajetória antes de atuar no poder público? Sou economista de formação e empreendedor por vocação. Comecei fazendo eventos em sociedade com amigos. Depois empreendi dentro dos negócios da família. Morei em Salvador durante cinco anos e montei as operações da nossa empresa por lá. Quando o mercado em que a gente atua (segmento de automóveis), começou a estagnar com a crise, começamos a olhar o que poderíamos fazer para gerar eficiência e diminuir a estrutura. Concentramos as operações e a gestão a partir do Recife. Fechando esse ciclo lá, optei por empreender em outros setores. Estava saindo em 2016 dessa operação, quando o prefeito Geraldo Julio me fez o convite para contribuir na gestão pública. Se fosse um pouco antes ou um pouco depois não daria, pois estaria mergulhado em outro projeto. Como foi essa experiência? A proposta era interessante, pois visava a pensar no desenvolvimento econômico de forma sustentável, passando pela formação de pessoas. Abrangia desde a mão de obra da cidade, envolvia as agências de emprego, escolas de formação profissional, empreendedorismo, economia solidária e artesanato. Conseguimos integrar um pouco essas áreas, trabalhando muito a questão da desburocratização. Isso criou um ambiente favorável para quem quisesse empreender na cidade. Tivemos alguns avanços, como reduzir o tempo para abertura de empresa de 100 dias para 72 horas. Agora na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, quais são seus planos? De novo fui pego de surpresa. Estava fazendo o trabalho na prefeitura, quando recebi o convite do governador para contribuir, desta vez no Estado. A principal missão ficou muito clara na forma como ele montou o secretariado e nas mensagens da campanha. A preocupação dele é a geração de emprego e renda. Vamos trabalhar todo secretariado e com o governador para melhorarmos o ambiente de negócios, aproveitarmos as oportunidades que possam acontecer, continuar os projetos que estavam em andamento e tentar retomar os que eventualmente pararam. Além de criar um clima favorável pensando sempre na geração de emprego e renda. Qual o foco dessas ações? Estamos muito otimistas com esse momento do Brasil. Em 2014, quando o governador assumiu, o País estava entrando numa crise econômica forte, que depois se desdobrou numa crise política e numa perseguição ao Estado desde o Governo Dilma. Depois vem o impeachment, Temer assumiu e também teve uma questão política muito forte contra Pernambuco. Depois, quando o ambiente nacional estava ficando mais favorável, a denúncia do Joesley Batista deixou o Brasil parado até a eleição. Ninguém tinha coragem para fazer investimentos. Estamos num novo contexto, com um novo presidente. Apesar de estarmos num outro campo político, na parte econômica vemos com bons olhos as medidas que eles apontam que pretendem fazer. Concordamos com um novo pacto federativo, com menos Brasília e mais Brasil, um maior liberalismo econômico. Espero que eles possam traduzir esse discurso em medidas concretas que tragam a confiança para o investimento privado voltar a acontecer. Há muito investimento represado. Precisamos de um cenário de estabilidade e de confiança. Tanto o investimento privado como recursos de fora devem chegar mais forte para o Brasil agora, se o Governo Federal conseguir implantar as medidas que anuncia. E Pernambuco? Cabe a gente estar preparado para esse momento. É uma função nossa estar com os projetos bons e prontos na mão, com essa articulação que Pernambuco sempre teve, por meio da AD Diper. Pretendemos manter isso e agilizar, pegando a analogia com o que aconteceu com a prefeitura. Queremos manter a tradição que Pernambuco tem, mas fazer da forma mais ágil possível. Não há uma preocupação de que a perseguição se repita, já que Pernambuco segue desalinhado politicamente com o Governo Federal? Estamos vivendo um novo momento. O Governo Federal ainda transmite sinais contraditórios, dependendo do ministério. Mas o que percebemos é que na parte da economia o discurso está muito firme, menos ideológico e mais consistente com as necessidades do País. O próprio governador pediu uma audiência com o presidente Bolsonaro para tratar das questões importantes para Pernambuco. Ele já deu sinais que desarmou o palanque e quer diálogo. Estamos esperançosos de que isso possa acontecer, com um diálogo mais coerente e correto possível, pensando na necessidade do povo. Acreditamos que não acontecerá nenhum tipo de perseguição ideológica. Quais as questões estratégicas que dependem do Governo Federal? Temos uma série de projetos de infraestrutura em andamento, como a Transnordestina e vários ramais da transposição do Rio São Francisco, que pretendemos implantar e que exigem convênios. Temos a parte das estradas, além de projetos de dragagem e recuperação do Porto do Recife. Sobre Suape, há uma série de projetos de infraestrutura que dependem do Governo Federal e que são importantes. Também partiremos em busca da iniciativa privada. Quais os setores em que é possível atrair investimentos privados? Quando falamos de Pernambuco sempre falamos do mercado do Nordeste. Pernambuco tem uma posição geográfica estratégica importante para a região. Na medida em que a gente consiga ter confiança na economia, tenho segurança de que esses investimentos irão acontecer. Cabe a Pernambuco estar preparado para isso e buscar esses investimentos. Temos uma estrutura montada para isso, inclusive com inteligência de mercado para identificar os segmentos potenciais. Um exemplo é a privatização do Aeroporto do Recife, que está iminente de acontecer. É outra interlocução que pretendemos fazer com o Governo Federal. Quais os alvos do Estado? Temos a previsão de uma ampliação de toda a estrutura da FCA (Fiat Chrysler Automobiles), que é um investimento muito importante, dos sistemistas e de novos produtos. Eles têm batido recordes de produção e estamos brigando com outros países e estados por esse investimento de produtos novos. Em Suape temos os

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Não mais rejeitos a montante (por Francisco Cunha)

Minha avó materna, Marina Riedel Montezuma, dentre muitas máximas das quais só muitos anos depois vim entender a profundidade, por baixo de sua aparente obviedade, dizia o seguinte: “Errar é humano mas insistir no erro é burrice!”. A Vale parece que, depois de dois erros trágicos, resolveu seguir o conselho de minha sábia avó e interrompeu o uso das hoje célebres “barragens de contenção de rejeitos a montante”, do tipo das que destruíram Mariana e Brumadinho. Melhor dizendo, vai parar de colocar rejeitos nelas mas a bomba-relógio que representam vai continuar até que a água evapore e os rejeitos se solidifiquem... Mal comparando, é algo do tipo que a sociedade brasileira vem exigindo, pelo menos desde 2013, de sua classe política: que ela pare de colocar rejeitos em barragens de contenção a montante. O que a sociedade parece exigir é que as coisas da política sejam feitas direito e às claras, tendo como objetivo-fim os interesses da sociedade e, não apenas, os dos seus representantes políticos, gerando rejeitos difíceis de conter... No fim de semana seguinte à tragédia de Brumadinho, vimos o fenômeno político se manifestar nas eleições para as mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, assim como já havia se manifestado nos rompimentos de barragens de rejeitos políticos ocorridas em 2013, no impeachment e na última eleição presidencial, ainda que com efeitos diferentes: na Câmara, a recondução de Rodrigo Maia à presidência; no Senado, o afastamento de Renan Calheiros da presidência. Em todos os eventos, um mesmo meio de mobilização, as redes sociais, com “campanhas” do tipo: #vemprarua, #foradilma, #elesim, #forarenan... E uma coisa me parece óbvia: entramos definitivamente num novo tempo da mobilização política. Aquele em que pesará sempre sobre a cabeça dos governantes de plantão a espada da Av. Paulista com um milhão de pessoas e uma grande faixa verde-amarela com a hashtag pintada em cima: #foraalguém! Essa é a notícia boa. A ruim é, como disse magistralmente o Conselheiro Nabuco, pai de Joaquim Nabuco, bem antes de minha avó: “Sem os radicais não se faz revolução mas com eles não se governa”. Traduzindo para hoje: as mobilizações pelas redes derrubam ou elegem governos mas não governam. Para isso, só a velha e boa política que não gere resíduos tóxicos a montante.

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Governo estuda instalar placas solares nos canais do São Francisco

O governo federal estuda instalar placas solares ao longo dos canais de integração do Rio São Francisco para que a energia solar possa ser utilizada no bombeamento da água. A informação é do presidente Jair Bolsonaro, em postagem na sua conta no Twitter. O consumo de energia elétrica do sistema corresponde a cerca de 80% dos custos da operação do empreendimento. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional, a demanda anual nas fases pré-operacional e operacional do Projeto gira em torno de 746 mil MW. A instalação de placas sobre espelho d'água também possibilita que a evaporação seja bastante reduzida, já que os painéis solares montados em canais bloqueiam a radiação do sol. De acordo com estimativas, uma planta fotovoltaica (painéis) de um megawatt pode economizar nove milhões de litros de água por ano. Os painéis solares ainda oferecem outra vantagem: com a ausência de luz solar, o crescimento de algas é minimizado, ajudando também na redução do custo de manutenção e aumentando a vida útil dos equipamentos. Bolsonaro comentou também sobre a finalização das obras do projeto. “O Ministério de Desenvolvimento Regional divulga que, o Projeto de Integração do São Francisco está em fase conclusiva de obras, como visto em tweets anteriores. Complementamos que Eixo Norte está em reparação, e a expectativa é de que os trabalhos sejam finalizados até maio”, escreveu. O Ministério do Desenvolvimento Regional informou que o Eixo Norte está com 97% de avanço. Os serviços estão concentrados no dique Negreiros, em Salgueiro (PE), e, em maio, as atividades serão concluídas, a estrutura voltará a pré-operar e “as águas do 'Velho Chico' voltarão a percorrer os canais em direção ao Ceará”. Já o Eixo Leste, entregue em março de 2017, tem garantido o abastecimento regular de mais de um milhão de pessoas em 35 municípios da Paraíba e de Pernambuco. Nesta semana, o governo liberou R$ 82 milhões para as obras da Adutora do Agreste, localizada no sertão pernambucano, para expandir o abastecimento na região. A adutora já leva as águas do Eixo Leste para sete cidades e, até junho, contemplará mais três municípios de Pernambuco. No total, a primeira fase da obra vai contemplar mais de um milhão de pessoas em 23 cidades. (Da Agência Brasil)

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Projeção de instituições financeiras para inflação fica em 3,85%

Instituições financeiras, consultadas pelo Banco Central (BC), reduziram levemente a estimativa para a inflação, neste ano. A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 3,87% para 3,85%. Para 2020, a previsão para o IPCA permanece em 4%. Para 2021 e 2022, também não houve alteração na estimativa: 3,75%. Essas projeções são do boletim Focus, publicação semanal elaborada com base em estimativas de instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos. A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. A estimativa para 2020 está no centro da meta (4%). Essa meta tem intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2021, o centro da meta é 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. O CMN ainda não definiu a meta de inflação para 2022. Para controlar a inflação e alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic. Para o mercado financeiro, a Selic deve permanecer no seu mínimo histórico de 6,5% ao ano, até o fim de 2019. Para o final de 2020, a estimativa para a taxa é 8% ao ano, assim como a previsão para 2021 e 2022. A Selic, que serve de referência para os demais juros da economia, é a taxa média cobrada nas negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro neste ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores nos juros básicos suficientes para chegar à meta de inflação. Ao reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Atividade econômica A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – permanece em 2,48%. Para 2020, a estimativa de crescimento do PIB subiu de 2,58% para 2,65%. Em 2021 e 2022, a expectativa segue em 2,50% de crescimento do PIB. Dólar A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,70 no final deste ano e em R$ 3,75, no fim de 2020. (Da Agência Brasil)

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Oscar 2019: Saiba tudo sobre os indicados ao prêmio de melhor filme

O Oscar chega a 91ª edição este ano. A premiação mais tradicional de cinema no mundo acontece neste domingo (24), às 22h, no horário de Brasília, e terá transmissão na TV Brasileira. A íntegra da cerimônia pode ser vista ao vivo no canal por assinatura TNT, enquanto a Rede Globo exibe parte da entrega em tempo real, com flashes durante a programação. Oito longas disputam a estatueta de Melhor Filme. "Roma" tem sido apontado como o favorito ao prêmio, mas surpresas sempre podem ocorrer. Para que você conheça melhor as produções nomeadas à principal categoria, a Revista AlgoMais convidou os críticos de cinema Houldine Nascimento e Wanderley Andrade, que analisam aqui os oito trabalhos. Por Houldine Nascimento e Wanderley Andrade Bohemian Rhapsody Bohemian Rhapsody passou por uma produção bem turbulenta: primeiro a troca do ator que interpretaria Freddie Mercury: devido a diferenças criativas, Sacha Baron Cohen deu lugar a Rami Malek, astro da série “Mr. Robot”. Em seguida, veio a demissão de Bryan Singer. O diretor, conhecido por seu trabalho em filmes da franquia X-Men, colecionou problemas com atores do longa, acusado de sempre chegar atrasado e de abandonar uma vez as gravações. Problemas a parte, o filme foi um grande sucesso de público, ostentando o título de cinebiografia musical de maior bilheteria mundial, com um total de mais de US$ 750 milhões arrecadados. E contrariando a recepção negativa da crítica especializada que o levou a apenas 62% de aprovação no Rotten Tomatoes, ganhou o Globo de Ouro de melhor filme. A grande atuação de Rami Malek também trouxe bons frutos: ganhou o prêmio de melhor ator no Globo de Ouro, no Bafta e no Sindicato dos Atores (SAG), o que o coloca como grande favorito ao Oscar. (WA)   A Favorita (The Favourite) Com o maior número de indicações (10), ao lado de “Roma”, o novo filme do cineasta grego Yorgos Lanthimos narra situações bizarras envolvendo a Rainha Anne (Olivia Colman) durante o século 18 na Inglaterra. Sua amiga, Lady Sarah (Rachel Weisz), é quem na prática governa em seu lugar. A chegada da criada Abigail (Emma Stone) põe em xeque a condição de Sarah como a predileta da histérica monarca, às voltas com sua saúde frágil. O jeito debochado de contar esta história quebra o cânone destas produções de época sobre a realeza britânica. Em sua carreira, Lanthimos se notabilizou por desenvolver um “cinema do absurdo”. Em “A Favorita”, ele traz elementos característicos do grotesco, mas de uma forma mais acessível ao espectador, com figurinos luxuosos de Sandy Powell e uma trama que mostra a mesquinhez da nobreza. No fim de tudo, a personagem de Anne é mais trágica do que engraçada por tudo que a cerca e a interpretação de Colman é irretocável justamente por estar no limite de tudo isso. (HN)     Green Book (Green Book: o Guia) Este é o filme com maior possibilidade de tirar o iminente prêmio de “Roma” na categoria principal. Nesta temporada de premiações, houve um momento em que “Green Book” estava na dianteira, mas alguns fatos negativos sobre a equipe de produção acabaram prejudicando o longa na corrida pelo Oscar. A começar por Peter Farrelly: surgiu a informação de que ele mostrava as partes íntimas para colegas com quem trabalhou. Talvez por isso não tenha sido nomeado como diretor. Outro que contribuiu para puxar o filme para baixo foi o roteirista Nick Vallelonga. Um tuite seu datado de 2015 veio à tona. Na mensagem, ele concordava com uma afirmação de Donald Trump, o qual chegou a dizer que viu mulçumanos celebrando a queda das Torres Gêmeas, no atentado em 2001. Polêmicas à parte, a produção é feliz ao reconstituir uma arriscada turnê de um pianista clássico negro, Don Shirley (Mahershala Ali), pelo Sul dos Estados Unidos em 1962. A segregação racial ainda imperava nesta região. Para esta jornada, o músico resolve contratar um motorista, o ítalo-americano Tony Lip (Viggo Mortensen), e daí resulta uma amizade. “Green Book” é uma comovente obra, que emprega humor em determinados momentos e fala sério quando necessário. É um belo filme de estrada e com dois atores em plena sintonia. A viagem serve para desarmar preconceitos do próprio Lip, na vida real pai de Nick Vallelonga. (HN)   Infiltrado na Klan (BlacKkKlansman) Spike Lee volta aos holofotes em "Infiltrado na Klan". O prestigiado realizador estadunidense emprega toda sua força neste belo longa, partindo da história real daquele que teria sido o primeiro policial negro do Colorado, Ron Stallworth (John David Washington). No final dos anos 1970, este homem conseguiu a façanha de entrar na Ku Klux Klan local como filiado e evitar uma série de atentados programada pelo grupo extremista. Para isso, recebe a ajuda de seu parceiro, um policial judeu (Adam Driver). O filme traz toda a intensidade de Lee. Aquela mesma intensidade de "Faça a coisa certa", só que numa trama sem alguns hermetismos presentes no clássico de 1989. Essencialmente antirracista, a narrativa flui muito e é irônica por vezes. Uma curiosidade: o ator central, John David, é filho de Denzel Washington. O desfecho traz imagens de grande impacto. Vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes, “Infiltrado na Klan” obteve seis nomeações ao Oscar e garantiu de forma inédita a Spike Lee um lugar na categoria de Melhor Direção. A maior chance do filme, no entanto, é em Roteiro Adaptado. (HN)   Nasce Uma Estrela (A Star Is Born) “Nasce Uma Estrela” foi sucesso de público, com direito a boicote dos fãs de Gaga, na época da estreia, ao blockbuster “Venon” no intuito de bombar as bilheterias do filme com a cantora. Até chegar às telas, o longa passou por grandes mudanças, principalmente na direção e no nome da atriz que interpretaria a protagonista. No projeto inicial, Clint Eastwood sentaria na cadeira de diretor e a cantora Beyoncé viveria Ally. Em meio a produção, Beyoncé engravidou e não pôde assumir o papel. Clint preferiu dar prioridade a outros projetos. A mudança não afetou negativamente o projeto. Além de

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Um centro mais caminhável para o pedestre

Pedestrianização radical para o Bairro do Recife ou seja, tornar as ruas e demais espaços da região acessíveis aos pedestres. Essa foi a proposta que surgiu dentro do CAM - Cidades Algomais na última edição do Rec’n’Play. Moradores da cidade, sejam especialistas ou não, participaram de um debate conduzido pelo consultor Francisco Cunha sobre a caminhabilidade na região. A discussão resultou no apontamento dos principais problemas da mobilidade ativa e propôs soluções. Intervenções públicas para garantir maior segurança e conforto, campanhas de educação e novas legislações que regulem as calçadas estão entre as principais proposições para esse bairro central da capital pernambucana. Além de defender a caminhabilidade para a reativação e revitalização dos espaços públicos, Francisco Cunha promoveu uma caminhada passando pelas principais vias do Bairro que era o motivo do debate. Com uma intensa participação dos inscritos no evento do Rec’n’Play, foram assinalados vários problemas que dificultam a mobilidade a pé na região. O pavimento, a má qualidade das calçadas, a falta de padronização e a própria ineficiência da legislação são algumas questões-chave. Para exemplificar isso, foi tratado no debate a inclinação irregular das calçadas. “A legislação e fiscalização não são eficientes para regular os proprietários dos imóveis. Eles fazem as calçadas do jeito que querem, colocam a inclinação da forma que acharem melhor. A norma brasileira que rege a construção e manutenção de calçadas estabelece que no passeio abrangendo uma faixa a partir de 1,20m x 2,10m, a inclinação é no máximo de 3%, segundo as normas da ABNT. No Recife existe inclinação de até 20%”, alerta. O arquiteto e urbanista Roberto Montezuma, professor da UFPE, criticou o fato de que cada morador ou proprietário do imóvel, quando constrói a calçada defronte de sua residência, escolher qualquer tipo de pavimento que achar conveniente. “Um fator que dificulta a circulação da população, em especial de pessoas com mobilidade reduzida e idosos”, ressaltou o especialista. Diante da dificuldade histórica de construção e padronização das calçadas na cidade do Recife, Francisco Cunha defendeu uma mudança na distribuição do orçamento que permita ao poder público realizar essas obras em benefício dos pedestres. “A conclusão a que cheguei, depois de muito tempo defendendo uma parceria público-privada das calçadas, é que devemos: destinar pelo menos 20% do orçamento da pavimentação para a construção, manutenção e atualização de calçadas.” No livro Calçada: o primeiro degrau da cidadania urbana, publicado em 2013, Francisco Cunha considera o passeio como medidor da qualidade de urbanização da cidade. Dentro desse contexto, ressalta ser possível inferir que os problemas nesses espaços não afetam apenas os pedestres, mas a saúde urbana do Recife. Um dos aspectos mais discutidos pelos participantes foi a falta de educação no trânsito, associada diretamente à cultura “carrocrata”. Vários relatos apontaram que a prioridade do pedestre nas calçadas é completamente desrespeitada pelos veículos. A pouca iluminação dos passeios, a ausência de arborização e de sinalização, insegurança, má localização dos postes e demais equipamentos públicos e os problemas de coleta de lixo foram outros aspectos destacados como dificultadores para a caminhabilidade no bairro que, em verdade, são comuns a grande parte da cidade. Muitos desses problemas discutidos no evento estão relacionados à legislação, fiscalização e ao comportamento dos moradores ou motoristas. Por essa razão, a maioria das soluções propostas no CAM - Cidades Algomais abrangeu medidas educativas e de regulamentação. Especificamente para o Bairro do Recife, foi sugerido que seja realizada uma melhoria da sinalização do transporte público, que é quase inexistente. A realização de uma parceria público-privada para os estacionamentos, o fechamento de ruas exclusivas para pedestres (a exemplo do que aconteceu com a Av. Rio Branco) e a disseminação de wi-fi no bairro são outras sugestões registradas no debate. Uma maior integração à comunidade do Pilar localizada na região e o estímulo ao aumento do número de moradores na ilha foram outros direcionamentos propostos. De acordo com o Censo 2010, o Bairro do Recife possui uma população moradora de apenas 602 pessoas. Por Rafael Dantas

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Saiba o que é o bruxismo

Às vezes uma dor de cabeça pode não ser uma corriqueira cefaleia tensional ou enxaqueca, mas um sintoma do bruxismo, que pode ocorrer em crianças, jovens e adultos. Manifesta-se de duas formas diferentes: o bruxismo de vigília, que ocorre durante o dia, e o bruxismo do sono, que acontece durante o período noturno. Trata-se de uma alteração funcional caracterizada pelo hábito involuntário de ranger ou apertar os dentes. O problema está associado a vários fatores, entre eles o estresse, ansiedade e doenças neurológicas. Não por acaso, de acordo com o levantamento realizado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), pouco mais de 30% da população de todo o mundo tem essa condição. No Brasil os números são ainda piores, chegando à casa dos 40%.  Os casos mais preocupantes podem, inclusive, causar a disfunção da articulação temporomandibular (ATM), responsável pela ligação entre o maxilar inferior (mandíbula) e o osso temporal do crânio, localizado à frente das orelhas em cada lado da cabeça. Provoca dores, dificuldade em abrir ou fechar a boca e zumbidos. Dentista especializada em ortopedia funcional dos maxilares, Maria Regina Ferreira, aponta de que maneira a doença afeta a saúde das pessoas. “O bruxismo pode fazer com que os dentes fiquem soltos ou bastante doloridos e na grande maioria dos casos, desgastados. Uns dos principais sintomas são as dores de cabeça, na mandíbula e no pescoço”.  O bruxismo nada mais é do que uma descarga de tensão. “É uma espécie de válvula de escape do corpo humano. Todo o problema está diretamente ligado à sobrecarga emocional”, revelou a dentista. Há 15 anos trabalhando na área, Maria Regina revelou que o diagnóstico é bastante complicado, porque, muitas vezes as pessoas não sabem que devem ser examinadas por um dentista ou um cirurgião bucomaxilofacial. Acometido pela dor, o paciente costuma passar por vários especialistas antes de identificar a doença. “Às vezes o enfermo sofre com os sintomas da cefaleia. Logo ele pensa em marcar uma consulta com um neurologista. Geralmente, ele peregrina bastante antes de ter o diagnóstico”, afirmou Josimário Silva, chefe do Serviço de Cirurgia Maxilofacial do Hospital Jayme da Fonte. A dificuldade e a demora decorrente do diagnóstico resultam no avanço dos sintomas. “Alguns pacientes chegam até mesmo com fraturas na raiz do dente e disfunção acentuada na articulação”, disse a dentista. Na grande maioria dos casos em estágio avançado, é necessária a intervenção com medicamentos e relaxantes musculares. “O ideal mesmo é você tratar de imediato com a ortopedia funcional dos maxilares com aparelhos específicos que vão aliviar a tensão dos dentes e da articulação”, destaca. O aparelho mais usado pela especialista é o pistas planas modificado. O objeto é duplo, ficando um no maxilar e outro na mandíbula e o seu grande diferencial é que ele absorve toda a força que a articulação temporomandibular está sofrendo. “O músculo continua trabalhando, mas com o tempo ele vai relaxando e alivia os sintomas. O uso regular pode alcançar resultados significativos e até mesmo reduzir os danos”, disse a especialista. No caso das disfunções de ATMs, por se tratar de um problema que envolve várias estruturas da face e de origem diversa, é indispensável que a intervenção seja multiprofissional. “O tratamento é coletivo e exige a participação direta de outros especialistas, como dentista, psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e cirurgião bucomaxilofacial”, advertiu Josimário Silva, alertando que se a pessoa não for tratada corretamente pode afetar a sua qualidade de vida. “É uma das patologias que mais afeta o bem-estar. A dor incessante é o principal sintoma”. Existem casos em que ocorrem lesões ao disco articular da ATM, localizada à frente do ouvido. Em casos mais severos, pode ser necessária a cirurgia, sendo muito comum as cirurgias realizadas por vídeo, chamada de artroscopia de ATMs (artroscopia é uma modalidade cirúrgica que usa técnica endoscópica, a inserção de uma câmera através de uma incisão cirúrgica, aplicada dentro da articulação temporomandibular). "A grande vantagem dessa técnica em relação à cirurgia aberta é a breve recuperação do paciente que tem suas funções mastigatórias e de fonação reestabelecida em pouco tempo", explicou Josimário Silva. No procedimento aberto a recuperação pode chegar a um mês. A fisioterapia é outro recurso utilizado para tratar tanto o bruxismo, como a disfunção da ATM. Segundo Monialy Barros, tutora de do curso de fisioterapia na Faculdade Pernambucana de Saúde, o procedimento tem apresentado ótimos resultados após a reeducação do paciente. “Para reduzir os sintomas é necessário diminuir a intensidade dos músculos mastigatórios, reposicionar a mandíbula ao crânio, para melhorar a função e a amplitude de movimento, e minimizar a dor muscular”. Para o tratamento são usadas técnicas como manobras de relaxamento, luz infravermelha, ultrassom, calor com compressas quentes na região e corrente elétrica de baixa voltagem com finalidade analgésica. A psicóloga Rita de Cássia Barros, 56 anos, foi diagnosticada com o problema há cerca de dois anos. “Percebia algumas alterações no meu corpo, mas não conseguia identificar. Quando abria a boca, faziam tantos estalos que eu até evitava. No processo de evolução os sintomas ficaram mais fortes”, revelou. Ela se consultou com um neurocirurgião e um clínico-geral, mas de nada adiantou. “Apenas me atentei para o bruxismo ao conversar com uma amiga que sofria o mesmo problema. É preciso que os profissionais de saúde tenham uma maior sensibilidade para diagnosticar a patologia”, ressaltou a psicóloga. “O tratamento foi fundamental. Depois que eu comecei a usar o aparelho a minha vida mudou completamente”. Todo o problema foi resultado do alto nível de estresse de Rita e para obter bons resultados, ela resolveu tratar a questão pela raiz. “Tive que aprender a lidar com certas situações”, disse a psicóloga. Para auxiliar no tratamento, ela recorreu à a medicina alternativa. "A meditação da atenção plena me ajudou a entender melhor o meu corpo e a controlar as minhas emoções". Ela também recorreu aos florais do sistema da Califórnia que oferece duas essências específicas para o bruxismo. Essas substâncias começam a ser alvo de estudos científicos.

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Empresa júnior inova no campo

Há pouco mais de cinco anos, em uma matéria sobre a interiorização do ensino superior, a Algomais destacou a história do médico veterinário Saulo de Tarso. Natural de Pesqueira, ele fez a residência veterinária e o mestrado na Unidade Acadêmica de Garanhuns (UAG) da UFRPE. O bom desempenho o levou ao doutorado na Southern Illinois University (EUA). Seu desejo após a formação era voltar ao Agreste para morar e “pagar” a região com os conhecimentos profissionais adquiridos. O pesquisador retornou ao Brasil e integra desde o ano passado o quadro docente da universidade. Em poucos meses de atividades, ele construiu ao lado dos alunos o NuInova, Núcleo Universitário de Inovações Agrárias para o Nordeste, uma empresa júnior incubada na UFRPE para atender os produtores locais. . . A empresa júnior é formada por alunos dos cursos de ciências agrárias ofertados pela UAG. O NuInova realiza serviços de apoio à agricultura, pecuária (bovinos, caprinos e suínos), orienta sobre manejos agronômicos, que envolvem correção dos solos e produção de forragens. “É gratificante ter o contato diário com o homem do campo e poder acrescentar valor a sua produção em pleno Semiárido”, afirma o estudante Manoel Henrique Alves. Ele e os colegas Edmundo Azevedo, Carla Geovanna Mendonça, Dioge Ribeiro, Joyce do Nascimento e Udhanysson dos Santos se dividem em vários cargos da empresa. “É uma oportunidade para aprendermos a gerenciar. Esse é o primeiro passo na busca de empregos ou trabalho. Faz diferença no nosso currículo”, conta Dioge Ribeiro, que é assessor de projetos. Além da experiência profissional proporcionada aos estudantes, a empresa também desenvolve inovações. O NuInova está desenvolvendo um bioproduto natural para melhorar a eficiência reprodutiva dos animais. “Como as fêmeas comem pouco no final da gestação, ficam em déficit energético. Estamos testando um produto natural, como forma de prevenção de doenças nesse período”, conta Saulo. O grupo busca a patente desse produto para torná-lo comercial e reinvestir na empresa. No campus o grupo trabalha com um pequeno rebanho de caprinos para as experimentações que os alunos farão nos projetos. Outra inovação testada é o projeto de captação de água dos aparelhos de ar condicionado de algumas salas para fazer o plantio de forrageiras nativas. A próxima meta é estender essa experiência para toda a universidade. . . O NuInova atua em seis projetos e cobra valores reduzidos pelos serviços. Sem fins lucrativos, seu faturamento é destinado a investimento na empresa, como na recente compra de uma Kombi. “Assim realmente agimos com extensão. O produtor sabe que esse serviço agrega valor ao seu negócio e para os alunos é uma forma de mostrar como aplicar inovação e tecnologia no campo com poucos recursos", conta Saulo. . *Por Rafael Dantas é repórter da Algomais  (rafael@algomais.com). O jornalista assina a coluna Gente & Negócios no site da Algomais . . LEIA TAMBÉM Bacia leiteira encontra no queijo a saída para a crise Cabras e ovelhas em vez de vacas

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Oscar 2019: confira nossas apostas para o maior prêmio do cinema

Noite do Oscar chegando e, claro, a Revista Algomais não poderia ficar de fora. Convocamos mais uma vez os jornalistas e críticos de cinema Houldine Nascimento e Wanderley Andrade para falar sobre a premiação e apresentar suas apostas.  Por Houldine Nascimento e Wanderley Andrade Há quem diga que a lista de indicados em 2019 é a mais fraca dos últimos anos. Fraca ou não, esta edição trouxe algumas (e bem-vindas) surpresas: é a primeira vez que um serviço de streaming tem um de seus filmes indicado ao prêmio principal. "Roma", da Netflix, recebeu ao todo dez indicações, entre elas a de melhor filme. Ainda sobre "Roma": esta também é a primeira vez que uma mulher indígena é indicada ao prêmio de melhor atriz. A mexicana Yalitza Aparicio está na disputa ao lado de grandes nomes do cinema como Glenn Close ("A Esposa"), Olivia Colman ("A Favorita") e da cantora pop Lady Gaga ("Nasce uma Estrela"). Apesar de ser uma festa feita essencialmente para celebrar a indústria cinematográfica estadunidense, é positivo que o Oscar demonstre estar mais aberto ao cinema mundial. Exemplo disso é a indicação do diretor polonês Pawel Pawlikowski, do igualmente polonês "Guerra Fria". Outra boa surpresa é a presença da superprodução "Pantera Negra" entre os nomeados a melhor filme. Com isso, o longa da Marvel é o primeiro sobre super-herói a disputar a principal estatueta.     Contudo, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Los Angeles segue tropeçando na tentativa desesperada de alavancar a audiência do Oscar, a qual vem despencando a cada ano. A começar pela ausência de um apresentador ou apresentadora, o que não ocorria há 30 anos. A escolha inicial tinha sido a de Kevin Hart, mas após comentários homofóbicos dele virem à tona, o ator desistiu. A decisão recente de rifar quatro categorias da transmissão televisiva também pegou muito mal, a ponto de, dias depois, a Academia desistir. O objetivo era o de diminuir a duração da cerimônia para três horas. Caso essa medida fosse adiante, a entrega dos prêmios de fotografia, montagem, curta de ficção e maquiagem e penteado seria feita nos intervalos comerciais, revelando profunda desvalorização destas categorias. Antes disso, a Academia chegou a anunciar a criação de um prêmio voltado a "filmes populares", mas recuou após fortes críticas. Ainda que, historicamente, nem sempre isso aconteça, que vençam os melhores! Abaixo, confira nossas apostas: Houldine Melhor Filme: Roma Melhor Diretor: Alfonso Cuarón (Roma) Melhor Ator: Rami Malek (Bohemian Rhapsody) Melhor Atriz: Glenn Close (A Esposa) Melhor Ator Coadjuvante: Mahershala Ali (Green Book: O Guia) Melhor Atriz Coadjuvante: Regina King (Se a Rua Beale Falasse) Melhor Roteiro Original: A Favorita Melhor Roteiro Adaptado: Infiltrado na Klan Melhor Filme em Língua Estrangeira: Roma Melhor Animação: Homem-Aranha no Aranhaverso Melhor Trilha Sonora: Pantera Negra Melhor Canção: "Shallow", de Nasce uma Estrela Melhor Fotografia: Guerra Fria   Wanderley Melhor Filme: Roma Melhor Diretor: Alfonso Cuarón (Roma) Melhor Ator: Rami Malek (Bohemian Rhapsody) Melhor Atriz: Glenn Close (A Esposa) Melhor Ator Coadjuvante: Mahershala Ali (Green Book: O Guia) Melhor Atriz Coadjuvante: Rachel Weisz (A Favorita) Melhor Roteiro Original: A Favorita Melhor Roteiro Adaptado: Infiltrado na Klan Melhor Filme em Língua Estrangeira: Guerra Fria Melhor Animação: Homem-Aranha No Aranhaverso Melhor Trilha Sonora: Infiltrado na Klan Melhor Canção: “Shallow", de Nasce uma Estrela Melhor Fotografia: Roma

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