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Olinda tem atrações em 10 polos hoje e termina amanhã com Nação Zumbi

A terça-feira de carnaval (13) tem festa completa em Olinda, com atrações nos dez palcos montados em diferentes espaços da cidade. Os festejos começam às 16h, nos polos Cariri, Marcos Axé e Preto Velho. Ainda há na cidade sete horas de programação infantil. Na Quarta-Feira de Cinzas (14), o encerramento dos festejos de carnaval ocorre no Polo Chico Science, em Rio Doce, com destaque para apresentação da Nação Zumbi, às 21h. Também se apresentam Pácua & Via Sat, às 17h; Lamento Negro, às 18h; Ganga Barreto, às 19h, e Mundo Livre, às 20h. Programação desta terça-feira: Polo Tito Lívio Praça do Carmo, na Av. Liberdade 18h - Ceceu Valença 19h - Arina Costa 20h - Charles Teone 21h - Renatto Pires Polo Chico Sciense Av. Brasil, 2018 – Rio Doce - Vila Olímpica de Rio Doce 17h -  Alexandro Swingado 18h - Jorge Ribas 19h - Jefferson Rouche 20h - Sexto Sereno 21h - Rodrigo Raposo Polo Erasto Vasconcelos Rua do Sol, PE - Praça do Fortim do queijo 17h30 - Samba de Erasto 19h - Cantor Black 20h - Zé Lamuria 21h - Siba 22h30 - Bongar Polo Alexandre Nogueira Av. Getúlio Vargas, 150 – Bairro Novo - Próximo à Sorveteria Bacana 17h30 - Orquestra Maracafrevo 18h30 - Orquestra 100% Mulher 19h30 - Orquestra Raízes 20h30 - Cristina Amaral 22h - Rogério Rangel Polo Cariri  Praça Conselheiro Miguel Canuto, 104, bairro do Guadalupe 16h - Afoxé Babá Orixalá Fun Fun 17h - Afoxé Povo de Ogundé 18h - Coco de Cocar 19h - Marlevou 20h - Bateria a Cabulosa 21h - Cila do Coco Polo Marcos Axé Av. Professor Andrade, 746-795, Salgadinho 16h - Neno Moral 17h - Sem Razão 18h - Waguinho 19h - Duda Frevo Luxuria Polo Mestre Afonso Av. Sigismundo Gonçalves, 77, Varadouro 17h - Maracatu Nação de Luanda 18h - Maracatu Nação Estrela de Olinda 19h - Ciranda do Mestre Ferreira 20h - Maracatu Bate Livre Batucada Badia 21h30 - André Macambira Polo Preto Velho Rua Bispo Coutinho 16h - Reconquista 17h - É o Jeito 18h - Dinah Santos 19h - Conjunto Maravilha 20h - Patusco Polo Selma do Coco Av. do Farol - Próximo ao Cartório de Registro Civil de Olinda 17h - Coco de Seu Mané 18h - Coco de Pneu 19h - Coco de Mulheres 20h - Coco Miudinho de Xambá 21h - Samba Coco de Olinda 22h - Coco de Pretos 23h - Banda a Cocada Polo Infantil Sítio Seu Reis, na Rua Dom Pedro Roeser, bairro do Carmo 9h às 9h30 - Adriana do Frevo (Vassourinhas) 9h40 às 10h10 - Maracamauto Batuque, Ritmo do Maracatu 10h20 às 11h - Bonecos Gigantes 11h10 às 11h30 - Walkíria e Di dos Santos 11h40 às 12h10 - Boi Calemba Pernambucano 13h às 13h40 - O Rei Leão na Folia 13h50 às 14h30 - Beth de Castro e Orquestra Alegria 14h40 às 15h20 - Tonha e Tonho 15h30 às 16h - Cia. de dança – Gigantes de Olinda – Me Segura Se Não Caio Eu Programação de quarta-feira: Polo Chico Sciense  Av. Brasil, 2018 – Rio Doce - Vila Olímpica de Rio Doce Pácua & Via Sat 17h Lamento Negro 18h Ganga Barreto 19h Mundo Livre 20h Nação Zumbi 21h

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Exportar não é só para os gigantes

Consumidores da África, da Europa e até do mundo árabe podem adquirir cosméticos produzidos por uma pequena indústria do Recife. Em Chã Grande uma cachaçaria artesanal comercializa sua sofisticada bebida para o mercado europeu, para onde também são exportadas frutas de uma cooperativa de pequenos produtores de Petrolina. Esses cases representam uma minoria de empresas que contribuíram para o crescimento expressivo nas exportações que Pernambuco teve durante o período da crise econômica. Somente entre 2016 e 2017, o Estado elevou as exportações em 38,4%. Muito disso, porém concentrado em alguns gigantes, como a Fiat. Frente a uma tradição de importação e uma cultura empresarial tímida para alçar voos no exterior, há um esforço governamental para estimular as pequenas e médias empresas a enxergarem o mercado internacional como uma possibilidade de crescimento dos negócios. Os veículos automotores assumiram recentemente a liderança na pauta de exportações pernambucanas, superando a histórica comercialização do açúcar para o mercado externo. Os combustíveis, químicos e as frutas do Vale do São Francisco são os destaques desse portfólio de produtos do Estado que alcança consumidores de outros países. “Os dez primeiros itens dessa lista representam quase 80% de tudo o que foi exportado pelo Estado. Um grande player nesse cenário é para a Fiat que mudou a liderança da pauta com a exportação de carros, que têm uma agregação de valor muito maior”, afirma João Canto, assessor de comércio exterior da AD Diper (Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco). De acordo com Ivone Malaquias, gerente de comércio exterior da agência, a maioria das exportações pernambucanas é proveniente das transações de grandes corporações, várias delas multinacionais. O universo das pequenas e médias empresas ainda está distante dessas oportunidades comerciais, principalmente pela ausência de tradição exportadora. “Esse é um problema nacional. Pequenos e médios empresários não se enxergam no mercado internacional. A falta de cultura de exportação e o tamanho do mercado interno são os principais entraves. A ambição das empresas locais é chegar no Nordeste e depois no Sul e Sudeste. É uma zona de conforto que pode ser uma preparação para a sua morte, pois ficam completamente dependentes do mercado nacional”, afirma. De acordo com dados da AD Diper, Pernambuco tem uma média de apenas 250 empresas exportadoras, incluindo as grandes. O Brasil tem 25 mil, o que também é pouco. “No mundo desenvolvido a empresa que exporta é competitiva, inovadora e estruturada. Nos EUA, 55% das exportações são de empresas de pequeno porte e na Itália essa fatia é mais de 60%”, aponta a especialista. Para reverter esse cenário e colocar as empresas brasileiras – e pernambucanas – numa condição de disputar espaço no mercado exterior, há uma série de ferramentas, serviços e programas para sensibilizar e contribuir na preparação organizacional dos interessados em exportar. “Temos que trabalhar muito ainda a cultura. Do mesmo jeito que hoje inovação, empreendedorismo e sustentabilidade são conceitos sobre os quais se conversa desde cedo com os estudantes, essa visão de mundo para negócios também deveria fazer parte da educação para formação dos nossos jovens”, aponta. Organizações como a AD Diper, Apex Brasil, Sebrae, entre outras, promovem cursos, consultorias, feiras de negócios, missões comerciais, entre outras ações de apoio empresarial. Ivone destaca que em 2015 foi lançado o Plano Nacional de Cultura Exportadora para sistematizar as ações de cada etapa necessária para uma empresa iniciar seus voos no mercado externo. Uma dessas ações é o Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX), promovido pela Apex Brasil, uma agência vinculada ao Ministério das Relações Exteriores. Em Pernambuco são mais de 400 empresas em capacitação no Recife, Caruaru e Petrolina. “Pernambuco é o Estado do Nordeste que tem a maior quantidade de núcleos desse programa. Nosso foco é ampliar a base de empresas exportadoras na região”, afirma Sérgio Ferreira, coordenador do escritório regional da Apex Brasil. O programa consiste em identificar e capacitar empresários que tenham interesse e potencial para exportar, com apoio gratuito de técnicos de universidades parceiras. Sérgio ressalta que as organizações que sobem esse degrau da exportação amadurecem e ficam menos vulneráveis a fatores da economia brasileira, como a atual recessão econômica. “Quando a empresa acessa o comércio exterior, além de ter o mercado internacional como alternativa às flutuações cambiais e crises domésticas, torna-se competitiva internamente”, explica Ferreira. CASES Uma das empresas pernambucanas de médio porte que encara o consumidor estrangeiro como potencial para alavancar os negócios é a Rishon Cosméticos. Com 31 anos de operação, está há sete no mercado internacional. Atualmente comercializa seus produtos para África do Sul, Itália, Polônia, Inglaterra e está vendendo também para os Estados Unidos. Até a Líbia já recebeu os cosméticos da marca. “Hoje o comércio exterior representa ainda menos de 10% do nosso faturamento. Somos uma empresa pequena, mas 'enxerida'. Trabalhamos muito pensando no médio e longo prazo e a nossa meta é fazer com que a exportação chegue a 20% do faturamento”, prospecta a empresária Marcelle Sultanum. A Rishon já participou de vários programas de apoio que prepararam a empresa para atravessar as fronteiras do País. Sua principal estratégia para captação de novos pedidos é a participação na Cosmoprof Bolonha, uma das principais feiras internacionais de cosméticos. Outra pernambucana, a Sanhaçu, também exporta a sua cachaça orgânica para a Áustria. Atualmente uma fatia pequena, que representa apenas 1% do total produzido de 22 mil litros por anos, está chegando à Europa, mas as projeções são bem ousadas. “Nossa meta é produzir 40 mil litros por ano, a partir de 2021, e exportar 50%”, afirma o diretor de administração e produção Oto Barreto. O acesso ao mercado europeu se deu graças a um distribuidor em São Paulo, que estava buscando seis cachaças brasileiras para levar para uma companhia de e-commerce da Áustria especializada em bebidas mais sofisticadas. Entre os 200 rótulos que a distribuidora trabalhava no Brasil, a Sanhaçu conseguiu espaço. Para 2018, a empresa já tem uma oportunidade de entrar no promissor mercado alemão. O fato da marca trabalhar com cana-de-açúcar orgânica e ter diferenciais de sustentabilidade (como o fato de

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GOIANA II: Igreja do Rosário dos Homens Pretos & Pardos

As irmandades de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos têm sua origem no século 16, quando os jesuítas de Olinda fundaram as primeiras associações religiosas destinadas à doutrinação dos africanos recém-chegados da Guiné. Tal iniciativa foi referendada pelo papa Gregório XIII que, na segunda metade daquele século, estimulou a criação de tais confrarias para “doutrinar os escravos recém-chegados nos costumes e dogmas da religião católica”. Tais irmandades, com o tempo, se transformaram em sociedades de ajuda mútua, promovendo funções para atender ao cativo por ocasião de doenças e de sua morte, como também promovendo as festas dos seus padroeiros – Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, dentre outros –, bem como festividades outras de caráter profano, como as coroações dos Reis Negros, documentadamente conhecidas desde o ano de 1666. Outro aspecto que também marcou essas irmandades foi o da luta pela emancipação do negro escravo, pois, no mais das vezes, delas provinham o empréstimo necessário para aqueles irmãos que desejavam comprar a sua alforria. A irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Goiana tem sua origem no final do século 17, segundo se depreende de carta do vigário daquela paróquia, datada de 10 de setembro de 1802, constante do arquivo do Convento de Santo Alberto, na qual faz menção a existência dessa igreja em 1692. A sua igreja, construída no século 18, teve sua fachada e campanário refeito, segundo desenho em estilo rococó, quando da reforma de 1835. Possui uma única torre erguida do lado do evangelho, com janelas na sineira, esta coroada por bulbo de nervuras, ostentando pináculos diferentes dos existentes no frontispício. No seu frontispício, um óculo destinado à iluminação do interior do templo completa o conjunto no qual se encontram três portas e três janelas no coro. Além do altar barroco de São Benedito com dois nichos, há cinco retábulos de madeira em rococó tardio. Dois corredores dão acesso às suas duas sacristias, numa das quais encontra-se esculpida em pedra calcária uma fonte representando dois delfins.

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Carnaval infantil é destaque no Recife

A partir de hoje (12), os parques municipais reforçam a programação infantil do carnaval na capital pernambucana. Além do Paço da Alfândega, ponto tradicional no Recife Antigo, quatro locais oferecem programação diversificada para os pequenos foliões (veja lista aqui). Nos parques Dona Lindu, Santana, Jaqueira e Macaxeira, as atividades vão das 17h às 20h, com clássicos infantis em ritmo de carnaval. No Paço da Alfândega, os shows começaram ontem (11) e ocorrem até terça-feira (13), sempre às 15h. Fora do circuito infantil, haverá ainda os Tambores Silenciosos Mirins no Pátio do Terço. A cerimônia reúne nações de maracatu de baque virado formadas apenas por crianças, em uma tradição do candomblé, que silencia os festejos, em memória dos antepassados africanos mortos como escravos. A Gerência da Criança e do Adolescente do Recife vai distribuir 5 mil pulseiras de identificação infantil, com o objetivo de facilitar a localização de crianças em áreas de maior concentração de pessoas. No Marco Zero, Pátio do Livramento e Polo do Ibura também haverá espaços de proteção às crianças, onde as equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social atuarão para identificar situações de violação de direitos da infância. À noite, a programação para os adultos será no Marco Zero. Programação infantil: Local: Paço da Alfândega Recreação com o Palhaço Alfândega – das 15h às 16h Show de Tio Bruninho – das 16h às 19h Orquestra de Frevo de Mozart Flautista – das 19h às 20h Local: Pátio do Terço Tambores Silenciosos Mirins – das 15h às 16h Local: Parque da Jaqueira Spok com o Coral Passo de Anjos – das 17h às 17h40 Fadas Magrinhas – das 18h às 18h40 Kelly Benevides – das 19h às 20h Local: Parque Santana Tonho e Tonha - das 17h40 às 18h40 A Bandinha - das 19h às 20h Local: Parque Dona Lindu Jeane Siqueira - das 18h às 18h40 Local: Parque da Macaxeira Gurpo Infantil Sol Menores - das 18h às 18h40 Tio Bruninho - das 19h às 20h   Programação no Marco Zero: Show Frevibe – Silvério Pessoa convida: Antúlio Madureira: das 19h20 às 20h10 Almério: das 19h20 às 20h40 Flaira Ferro: das 19h20 às 20h40 Romero Ferro: das 19h20 às 20h40 Tiberio Azul: das 19h20 às 20h40 Ylana Queiroga: das 19h20 às 20h40 Maestro Forró & Orquestra Popular Bomba do Hemetério: das 20h30 às 21h30 Devotos: das 21h às 22h Almir Rouche com participação do Som da Terra: das 21h50 às 22h50 Natiruts: das 22h20 às 23h20 Alceu Valença: das 23h10 à 0h40 Skank: das 23h40 às 1h10 Nando Reis: das 1h30 às 3h Elba Ramalho: da 1h às 2h30 Orquestrão: das 3h às 5h (Da Agência Brasil)

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Dermatologistas ensinam como retirar o glitter do corpo no Carnaval

O glitter é o grande protagonista do Carnaval. Sua presença está por todos os lados, desde as fantasias, até na pele dos foliões. No entanto, os adeptos do brilho sabem que eles permanecem no corpo durante vários dias. Pensando em ajudar os foliões a retirar a purpurina, as dermatologistas da Clínica Vanità, Camila Dornelas e Vanessa França, separaram algumas dicas para remover da maneira mais fácil para que também não agrida a pele. 1 – Use um pó compacto antes de aplicar o glitter. Dessa forma a remoção fica mais fácil pelo fato do produto não estar diretamente em contato com a pele; 2 – Quando for remover o glitter, o ideal é utilizar demaquilante bifásico. Uma dica para facilitar a ação na pele é colocar o produto em um algodão e deixá-lo sobre a região que tem glitter; 3 – O uso do óleo de amêndoas também é recomendado. Ele diminui a aderência do brilho e faz com que ele consiga sair com mais facilidade. A aplicação do óleo é fácil: deve ser nas áreas que tem glitter, sendo retirado com a ajuda de um algodão. O uso do óleo é ótimo, pois ainda tem função de hidratar a pele; 4 – Sabonetes adequados também são fundamentais para a retirada do glitter; 5 - Se após todas as tentativas ainda houver brilho na pele, uma fita adesiva aplicada sobre o local pode ser a solução. Escolha uma que seja hipoalergênica, pressione sobre a região e puxe, desse jeito o brilho sairá junto com a fita adesiva. Elas ainda fazem um alerta: “é importante também lembrar de que o ideal é testar se você apresenta alergia ao produto que será aplicado na pele”, finalizam.  

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Mais Vida nos Morros: Inovação que vem do alto

Casas, muros e espaços públicos do Morro da Conceição ganharam novas cores e luzes nos últimos meses. Intervenções urbanísticas e estéticas também estão previstas em outros espaços do Recife, fruto do Mais Vida nos Morros. Antenado com tendências de inovações urbanística internacionais, o programa promovido pela prefeitura, enche os olhos dos cidadãos que moram na parte baixa da cidade e mexe com a sensação de pertencimento e de cidadania dos moradores dessas regiões periféricas da cidade. Tudo começou no Alto do Maracanã, com o uso de geomantas coloridas – uma tecnologia made in Pernambuco mais barata que os muros de arrimo para conter encostas com risco de desabamento. Também foram criadas cinco áreas de convivência, além de 20 hortas colaborativas. O projeto já alcançou seis regiões de morro da cidade, como Córrego do Jenipapo, Mangabeira, Alto José do Pinho e Três Carneiros. No Morro da Conceição, além das pinturas, o projeto reformou duas praças públicas, instalou iluminação de LED, criou hortas comunitárias, parklet e áreas de convivência. A intervenção priorizou também a eliminação de pontos de acúmulo de lixo e investiu em arte urbana e paisagismo, com o apoio de mutirões populares. De acordo com o secretário de Inovação Urbana do Recife, Tullio Ponzi, o Mais Vida nos Morros é inspirado em cases da Colômbia, México e Venezuela que apontam para uma mudança de comportamento dos cidadãos quando o poder público cria uma nova ambiência. “No exterior as intervenções visavam a combater a insegurança ou o vandalismo. Aqui nosso desafio era associado à defesa civil, pois mais de 500 mil recifenses vivem nas áreas de morro. Nossas ações incluem como diferencial o ingrediente do engajamento e envolvimento do morador. Tentar fazer com que ele se observe como o grande agente de defesa civil”. Na prática, além de convidar a população para participar dos mutirões de pintura, o poder público tem uma ação de escuta dos moradores acerca das iniciativas a serem implantadas no local. “Além de reivindicar, convidamos o morador para ser parte da solução. Ser o grande protagonista de fato da transformação do seu bairro, pois ele é o especialista da sua comunidade”, argumenta Ponzi. Morador do Morro da Conceição, Fabiano Silva, 40 anos, é um dos entusiastas da iniciativa. Profissional autônomo e vice-presidente da Quadrilha Junina Tradição, ele destaca o impacto da iniciativa no olhar que a cidade passa a ter sobre a comunidade. “As pessoas passaram a enxergar o Morro não apenas como um lugar suburbano, periférico. Mas a observar o nosso patrimônio cultural e as manifestações artísticas”. Mais do que as melhorias de infraestrutura promovidas pelo projeto, Fabiano destaca a mudança na população. “O significado maior é esse legado de contribuir ainda mais para a politização da comunidade”, avalia Fabiano. Esse destaque dado pelo morador é percebido também na experiência das cidades colombianas, como foi destacado por Nathalie Renner, no livro As lições de Bogotá & Mendellín. “Para que as intervenções e seus equipamentos sejam legítimos, é imprescindível a participação social. (…) A comunidade se transforma em um ator fundamental da orientação do desenvolvimento”, afirmou a coordenadora da equipe de segurança cidadã do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), ao se referir à experiência de transformação urbana e cidadã de Mendellín. Uma das propostas do Mais Vida nos Morros é impulsionar também o turismo de base comunitária, que é aquele em que as comunidades se organizam enquanto arranjos produtivos locais e desenvolvem atividades de exploração turística. No País, um dos cases mais conhecidos são as visitas e hospedagens nos morros do Rio de Janeiro. Em Pernambuco há experiências nesse segmento na Ilha de Deus e na Bomba do Hemetério. O Morro da Conceição já possui uma vocação natural para o turismo religioso, com as festividades em torno do dia de Nossa Senhora da Conceição, além de uma força cultural associada às quadrilhas juninas e uma visão privilegiada da cidade. “Quando acontece uma intervenção dessa se fortalece bastante esse local enquanto roteiro turístico, que já tem um potencial cultural, religioso e gastronômico. E ele está articulado com outros lugares, como o Alto José do Pinho e o Alto Santa Isabel, que também são fortes culturalmente”, aponta o secretário. Ponzi destaca a possibilidade de impulsionar hostels nesses lugares, o que já acontece durante a Festa de Nossa Senhora da Conceição. Ele destacou ainda uma articulação do evento Restaurante Week em levar uma ação para a comunidade em 2018. “Por que um navio que chega ao Recife com alguns milhares de turistas, que trazem milhões para a nossa economia no Bairro do Recife e no Riomar não podem também visitar essa região e deixar R$ 100 mil em consumo no morro? Nos diálogos que estamos tendo com a comunidade já estão surgindo propostas de diversas atividades para potencializar isso”, revela. Mais que uma ação para resolver questões estritamente urbanas ou para dinamizar a economia, o projeto vai ganhando contornos de uma política pública de cidadania e desenvolvimento sustentável para os morros do Recife.

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Acabou a cerveja? Gele mais usando ciência!

A largada para a folia de Momo foi dada. O carnaval começou e agora é cair na folia e tomar aquela cerveja pra matar o calor. Com toda essa sede, com todo esse frevo e uma “lua” escaldante logo será necessário botarmos mais cerveja pra gelar, o pique não pode parar, são “só” quatro dias não é? Então como podemos fazer com que a cerveja fique gelada rapidamente para não deixar os ânimos esfriarem? O que vamos precisar? Vamos fazer uma conta menor, podendo aumentar com o tamanho do seu grupo e porque não dizer da sua sede. Então separe: 1 kg de sal Dois sacos de gelo 1 litro de Álcool E prepare assim. O ideal é fazer com uma caixa de isopor larga e com um tamanho que possa comportar um bom número de latinhas ou long necks. Acomode a bebida de uma forma em que fique um pequeno espaço para que a mistura possa entrar em contato com a superfície da embalagem.   Isso é um pouco de ciência, é só disso que você precisar para fazer a mágica acontecer. O sal se dissolve facilmente na água reduzindo o seu ponto de congelamento. A água pura congela em cerca de 0ºC, já quando inserimos sal essa temperatura muda para menos, podendo alcançar algumas dezenas abaixo de zero. Ao incluir o gelo, este quando entra em contato com o sal o mesmo derrete-se. Na realidade o que ocorre é que essa parte que derreteu “rouba” o calor durante a troca do estado físico esfriando toda a mistura, o sal provoca também uma reacão “endotérmica”. O papel do álcool é semelhante e diminui ainda mais a temperatura. Como o sal dissolve e tem um papel de acelerador, ele perde o efeito mais rápido, mas isso não ocorre com o álcool. É importante prestar atenção em dois pontos. Se a bebida for em garrafas long necks a tendência é que leve um pouquinho mais de tempo para gelar, mas se forem latinhas que em sua maioria são feita de uma liga metálica de alumínio, esse processo é muito rápido correndo o risco até do congelamento da bebida. Então essa receita é simples e prática e vai deixar a sua cerveja do carnaval, no ponto certo muito mais rápido. Diferente da bebida, essa receita pode usar sem moderação. Boa folia! *Rivaldo Neto é designer e apreciador de boas cervejas (neto@algomais.com)

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A velocidade é o problema

Embora não seja especialista em trânsito, nos mais de 20 anos de consultoria em estratégia e gestão prestados a empresas de transporte de passageiros e ao sindicato do setor, terminei aprendendo por osmose. Além disso, depois que há mais de 10 anos me tornei caminhante e militante da causa da mobilidade a pé na cidade, passei a estudar o assunto e a cotejá-lo com a realidade. E quando fui convidado para falar regularmente sobre mobilidade na CBN Recife, passei a confrontar esse conhecimento com a situação de outras cidades do Brasil e do mundo. Depois de tudo isso, a conclusão a que cheguei foi a seguinte: a velocidade é a principal causa de mortes no trânsito, sendo o seu limite e controle a forma mais fácil e rápida de reduzir drasticamente o número de mortos e feridos nas ruas. Para ilustrar, três exemplos recentes do final de janeiro publicados nos jornais: em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Recife. Em São Paulo: idoso atropelado e morto na faixa de pedestre. Causa primária apontada: o atropelador estaria praticando pega/racha. No Rio de Janeiro: carro sobe o calçadão de Copacabana atropela 18 e mata criança de oito meses. Causa primária apontada: o motorista, epilético, alegou crise ao volante. No Recife: caminhão sobe a calçada na Av. Rosa e Silva e esmigalha um poste de iluminação (eu vi o resultado depois porque na hora, felizmente, estava bem longe do local!). Causa primária apontada: o condutor estaria alcoolizado. Três causas primárias diferentes e uma secundária comum que provocou as tragédias e os danos materiais: a velocidade acima do permitido e/ou modernamente aceitável. Uma prova pelo absurdo: se nos três casos as velocidades fossem, por exemplo, de 40 km/h os danos seriam infinitamente menores e talvez não tivessem havido mortes. A própria Organização Mundial de Saúde recomenda velocidade urbana máxima de 50 km/h. Sei muito bem pelas reações que enfrento quando falo no assunto que a causa talvez seja a mais difícil que já defendi publicamente mas não posso me eximir depois que entendi a natureza do problema: é preciso reduzir as velocidades máximas permitidas e praticadas nas cidades brasileiras para reduzir o número de mortos e feridos no trânsito do País (cerca de 50 mil mortos, mais de 12 mil pedestres, uma tragédia monumental!). Infelizmente, enquanto isso não for feito, as tragédias continuarão.

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Carnaval: PRIVADO ou de RUA?

Fevereiro. Segundo mês do ano, época de volta às aulas, ajustar a rotina, mas também, o período mais aguardado para boa parte dos brasileiros. A folia, ao mesmo tempo, que reúne tribos e diferentes classes sociais, propicia um ambiente para todos os gostos. Desde aquele que passa os cinco dias de festas nas ladeiras de Olinda e nas ruas do Recife, como os que preferem as festas particulares, com open bar e shows vips. Cada um desses públicos tem seus argumentos para defender a sua preferência. Samuel Costa, 40, por exemplo, conhecido como “Mãozinha”, pela fantasia que usa há 20 carnavais, é adepto da folia gratuita a céu aberto. “Frequento uma festa ou outra nas prévias, mas o meu Carnaval é na rua atrás dos blocos. Porque a graça dessas festas é esperar o ano inteiro para ouvir as mesmas músicas, ir atrás das orquestras, naquele mesmo calor e no aperto. Só vivenciamos isso uma vez no ano!”, justifica Samuel. Para ele, camarotes e festas privadas que trazem artistas de repercussão nacional não contemplam o verdadeiro espírito carnavalesco. “Essas bandas poderiam se apresentar o ano inteiro. Já a essência dos blocos de ruas é que eles não são atemporais. Não vou organizar a Mulher na Vara para desfilar em abril, por exemplo, porque não teria sentido”, explica o folião. A folia para ele tem endereço certo, mas sem hora para acabar. Isso porque, Samuel relata que já saiu de casa às 9h do sábado e só voltou às 7h do domingo. “Fui emendando um bloco atrás do outro. Fico nessa pisadinha até a festa acabar”, conta. O gosto pelo Carnaval surgiu ainda na adolescência quando estudava no colégio São Bento em Olinda, e foi crescendo à medida que passou a conhecer e frequentar com os amigos a festa de Momo. Tamanha paixão fez com que tatuasse o homem da meia noite no seu braço e nas costas um caboclo de lança. Como não bastasse guardar para si, ele também registrou na parede da sala versos de músicas carnavalescas, como a do conhecido hino do Elefante de Olinda. “Para se ter ideia, sou apaixonado por futebol, mas nesse período de Carnaval não tem quem me faça perder a folia na rua para assistir algum jogo”, admite Samuel Costa. Como organizador do Mulher na Vara, ele assume que promove uma festa privada do bloco. “O intuito, na verdade, é arrecadar dinheiro para sairmos no Carnaval da forma como ele merece: organizado, com segurança e bastante alegria”, argumenta. Outro apaixonado por Carnaval de rua, Fabiano Guerra também organiza uma festa para seu bloco predileto, o Eu Acho é Pouco, com o mesmo objetivo de arrecadar fundos para o desfile. Entretanto, apesar da grande procura do público pelo baile de Carnaval, Guerra admite que se não fosse pela necessidade de custear a saída do bloco, nem faria a festa particular. “Com mais de 40 anos de tradição do Eu Acho é Pouco, acredito que a graça é a brincadeira na rua com os amigos, todo mundo junto pulando e curtindo a folia, momento esse que só o Carnaval proporciona”, explica Fabiano. A devoção pela folia é tão grande, que, em 2007, casou com a fonoaudióloga Adriana Fairbancks na concentração da festa em frente ao Mosteiro de São Bento. Ambos vestidos nas cores vermelhas e amarelas, em homenagem ao bloco. “Casamos dois dias antes no cartório, mas fizemos questão de comemorar no sábado, em consideração à festa, com direito a altar improvisado, oficial de justiça e bolo”, recorda Guerra. Há também um perfil de folião que aprecia o Carnaval de rua, mas sem a aglomeração da folia olindense. O bloco Fika Trankili, por exemplo, possui cordão de isolamento e oferece ao público algumas regalias, como open bar de cerveja, cachaça, água e refrigerante. Ainda na concentração uma orquestra de frevo anima o público e, logo em seguida, um sambão puxa o trio elétrico que percorre o bairro de Boa Viagem até chegar à Cachaçaria Carvalheira. O empresário de entretenimento e um dos sócios do bloco, Jorge Peixoto, 32, explica que o Fika Trankili surgiu em 2007 como forma de reunir os amigos, entretanto, a partir do terceiro ano começou a aumentar o número de participantes. O ingresso para o bloco que custa em torno de R$ 200 é concorrido, mas Peixoto ressalta que procura não intensificar a divulgação para manter a essência de ser um bloco entre amigos. Um outro tipo de folião prefere o conforto dos camarotes privados. A Carvalheira na Ladeira é um desses modelos. A festa, que este ano acontece de 9 a 13 de fevereiro, conta com uma mega estrutura no parque Memorial Arcoverde, no Complexo de Salgadinho, com atrações musicais nacionais, regado a open bar premium de bebidas importadas, cachaça artesanal e cerveja. A responsável pela festa é a empresa Carvalheira, que além de ser conhecida pela cachaçaria, nos últimos 13 anos passou a organizar festas, algumas dentro do espaço. O primeiro evento da Carva, como é conhecida pelos seus frequentadores, surgiu a partir da ideia de um dos sócios, Geraldo Bandeira, de criar uma festa para os amigos na véspera do Natal. O diretor executivo, Vitor Carvalheira, 30, conta que a escolha da Cachaçaria, empresa da família, no bairro da Imbiribeira, Recife, se deu pela localização e capacidade do espaço, 2.500 pessoas. Depois de uma conversa com o outro sócio, desenvolveram o Natal da Carva, pensando em atender os amigos. “Surpreendeu muito o resultado das vendas de ingresso. Com isso, pensamos em criar outros eventos na Cachaçaria utilizando a marca. Surgiu assim o São João da Carvalheira, Carvalheira Fantasy e o Fika Trankili, entre vários outros projetos realizados ano a ano”, conta Vitor. Em 2013, os sócios tiveram a ideia de levar a marca para dentro dos festejos de Olinda com a edição do Carvalheira na Ladeira, que geralmente atrai um público de classe média alta, entre 20 e 40 anos. Os ingressos que costumam ser vendidos dois meses antes da festa custam na faixa de R$ 350

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Afoxés e Maracatus encerram semana pré-Carnavalesca

Hoje, a cidade do Recife se despede das prévias carnavalescas com pedidos de proteção e desejos de purificação através da inédita cerimônia Ubuntu – Uma Consagração ao Povo Negro, que irá culminar em uma apoteose com lavagem simbólica do Marco Zero com águas sagradas, realizada pelos 24 Afoxés que integram a programação oficial do Carnaval do Recife. Após a cerimônia, o Marco Zero vira palco do espetáculo Tumaraca – Encontro de Nações, que encerra oficialmente as atividades pré-Carnavalescas da capital pernambucana. Manifestação cultural do Candomblé, os afoxés fazem parte da programação do Carnaval do Recife. Pela manhã representantes dos 24 grupos que integram o tradicional encontro de Afoxés que movimenta o Pátio do Terço na segunda de Carnaval se reúnem no Pátio de São Pedro, onde irão preparar o Amaci/ Omi Eró (Banho com Ervas), feito pelos Babalorixás e Ialorixás. Segundo as tradições míticas dos cultos de influência Nagô (Ioruba), as águas, mais conhecidas como Omi dentro das Comunidades de Terreiro se constituem em elemento fundamental na gênese da vida. Seus sentidos estão ligados à: fertilidade, manutenção, renovação e principalmente a purificação. Quando essas águas são misturadas às Ewé (Folhas Sagradas) atuam como elemento propiciatório dentro dos rituais de Matriz Africana sacralizando e catalisando o Axé. Às 16h, o cortejo dos 24 grupos parte da altura da Mariz e Barros rumo ao Marco Zero e abrem os caminhos para os foliões, evocando bênçãos para a festa do Carnaval. Com a chegada no Marco Zero, há a lavagem do ponto 0km da cidade sob os batuques dos mais de 20 afoxés que sobem a rampa do palco com a missão de entoar os cânticos para os Orixás com a mensagem de Paz e Amor para o Carnaval 2018 de nossa Cidade Recife. Às 18h, o Marco Zero vira palco para o Tumaraca – Encontro de Nações, espetáculo que reúne 13 agremiações de Maracatu de Baque Virado e 700 batuqueiros no coração dos festejos de Momo. No palco, os 13 mestres irão fazer uma autorregência com participações do Coral Voz Nagô, da cantora Isaar e dos cantores Guitinho de Xambá (Grupo Bongar) e de Zé Brown. O espetáculo começa com a clarinada, que soa às 18h para convocar os 700 batuqueiros, que partem da Rua da Moeda em direção ao palco. A partir das 18h50, o espetáculo começa com o Hino de África do Sul, Saudação aos Orixás e Recife Nagô com as vozes do Coral Voz Nagô. O espetáculo segue com a participação do Bongar, liderado por Guitinho, que entoará a Saudação a Ogum, Uma Só Nação e Malunguinho. Em seguida, a diva Isaar sobe ao palco para interpretar loas diversas e as cançõ0es Anum Azul, Copo de Espuma e Recife Manhã de Sol (Jota Michiles). O espetáculo culmina com a participação de Zé Brown, que mistura suas rimas de rap ao peso do baque do Maracatu Nação.

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