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Especialistas recomendam cuidado com festas de fim de ano

Da Agência Brasil Natal e ano novo são sinônimos de festa, reunião familiar com mesa farta, abraços e conversas longas madrugada adentro. Mas com a pandemia do novo coronavírus que atingiu o mundo inteiro, e ainda faz vítimas todos os dias, esse momento tradicional pode custar caro. Especialistas não recomendam reuniões nesse período, ao mesmo tempo em que sabem que muita gente não deixará essa tradição de lado. Por isso, saiba o que fazer para reduzir ao máximo os riscos de ir a uma celebração de fim de ano e sair de lá contaminado pela covid-19. Máscara, álcool e distanciamento Infectologistas ouvidos pela Agência Brasil foram taxativos: apenas um meio de proteção não é eficaz. Então, não adianta usar máscara e não higienizar as mãos com frequência. Tampouco resolve tomar essas providências mas sair abraçando, apertando mãos e se aglomerando em rodas de conversa. “A pessoa deve tentar restringir o risco de infecção, saindo o menos possível. Manter a máscara e retirar apenas na hora de se alimentar. Todas as estratégias são falhas, mas a soma delas ajuda, diminui o risco”, afirma Joana D'arc Gonçalves, médica infectologista e professora de medicina do UniCeub, em Brasília. Ela também ressalta a importância de manter distância das outras pessoas e não compartilhar objetos como copos e talheres. Joana D'arc vai além e recomenda que dias antes da festa de natal ou réveillon, caso seja possível, a pessoa faça o teste RT-PCR, que identifica a presença do vírus no organismo e confirma a covid-19. De acordo com os especialistas, a maioria das pessoas tem transmitido o vírus sem sequer apresentar sintomas. Por isso, estar assintomático no dia da festa não garante que a pessoa esteja sem o vírus no organismo. Sem abraços na virada do ano O próximo ano já chegará exigindo um esforço de todos. Quando o relógio marcar zero hora do dia 1º de janeiro de 2021, evite dar o tradicional abraço de feliz Ano Novo. “O contato próximo, de abraçar, beijar e apertar as mãos, deve ser evitado”, diz Marcus Antônio Cyrillo, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). “Porque a gente sabe que esse vírus se propaga por gotículas respiratórias, secreções. E abraçando outras pessoas, colocando a mão no rosto delas, ou mesmo no seu rosto, você tem a possibilidade de transmitir o vírus”, completa Cyrillo. “Este momento é sofrido, mas a gente não recomenda”, acrescenta Joana D'arc. Ambientes abertos e arejados A Organização Mundial da Saúde (OMS) não se posicionou em relação às festas de Natal e Ano Novo, apenas deu diretrizes para que os órgãos sanitários, como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Brasil, orientem os governos locais sobre como a população deve se prevenir. Em meio às recomendações e protocolos, não há meias-palavras: reuniões devem ser evitadas. “A OMS não recomenda aglomeração. E quando você fala em celebração, você fala em aglomeração. Aqui no Brasil a gente está relaxando demais e podemos ter consequências ruins”, afirma a infectologista. Caso a reunião da família no fim do ano seja inevitável, os anfitriões devem promover ambiente o mais seguro possível para os convidados. A festa deve acontecer, se possível, ao ar livre. No quintal ou na varanda de casa, por exemplo. Nesses ambientes bem arejados, o vento tende a levar o vírus para longe. Outra possibilidade é um ambiente fechado, mas arejado, com portas e janelas abertas. “Em lugares fechados existem condições de umidade, temperatura, de matéria orgânica onde o vírus pode se depositar. Ao ar livre essas condições são menos propícias para o vírus se multiplicar ou ser transmitido para alguém. Mas se você estiver em um ambiente fechado, mas arejado, com portas e janelas abertas, a chance diminui”, explica Cyrillo. Para Joana D'arc e Cyrillo, o número de convidados não é tão importante quanto as medidas de segurança. Ou seja, é mais seguro estar em uma festa com muita gente, mas todas se prevenindo em um espaço adequado, do que em uma festa com dez pessoas, sem máscara, sem ventilação e sem cuidados prévios. Embora pareça uma obviedade, não custa reforçar: se você tem sintomas do novo coronavírus, como tosse, dor de cabeça, nariz escorrendo, dor de garganta, febre, diarreia, seu lugar é longe das festas. O mesmo vale para pessoas do grupo de risco. Idosos, diabéticos, obesos ou portadores de doença imunossupressora.

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Decoração natalina toma conta do Recife Antigo

Da Prefeitura do Recife O Recife Antigo se vestiu de luzes para celebrar o fim de ano. Com o tema Natal da Solidariedade, a decoração preparada pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, tomou conta da Avenida Rio Branco e do Cais da Alfândega. Nas duas vias, projeções luminosas desenham os símbolos natalinos nas fachadas dos prédios do entorno e nas copas das árvores, imprimindo a magia do Natal sobre a malha urbana e interferindo nas paisagens e na rotina do bairro por onde o Recife começou para lembrar da urgência dos sentimentos evocados pelo ciclo, como a solidariedade e a esperança. Como nos anos anteriores, a árvore de Natal está posicionada no final do Cais da Alfândega, perto da ponte Giratória, com estruturas de ferro e policarbonato, que formam quatro faces, unidas por esferas luminosas. Em cada face, a imagem de um Jesus Cristo ajoelhado, mãos em prece, se projeta para fora da estrutura, para chegar mais perto dos recifenses, em sintonia com os pedidos de renovação de esperanças, de fé e da chegada de tempos mais amorosos e compassivos. Todo o corpo da árvore é coberto por tubos luminosos com movimento de queda constante, evocando a sensação de uma chuva de luzes caindo do céu. O projeto de decoração é assinado, pelo sexto ano consecutivo, pelas arquitetas Fabiana Ramalho e Cynthia Lebsa, da Gerência Geral de Arquitetura e Engenharia da Fundação de Cultura Cidade do Recife. E seguirá enfeitando algumas das mais características paisagens recifenses até o próximo dia 6 de janeiro.

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Baile do Menino Deus lança filme para todo o Brasil

Em tempos onde a clausura domiciliar é necessária por conta da pandemia, o Baile do Menino Deus se reinventa para garantir que a alegria, a diversão e toda a sua esperança e ludicidade chegue nas casas dos brasileiros na noite de natal. Produzido pela Relicário Produções/Carla Valença e dirigido por Ronaldo Correia de Brito, o espetáculo que costuma reunir mais de 70 mil de turistas e conterrâneos no Marco Zero do Recife virou um filme que estreia hoje (23), às 20h, para todo Brasil, pelo canal do YouTube do Baile e através do site: www.bailedomeninodeus.com.br (em formato com libras e audiodescrição). A transmissão ocorre também nos dias 24 e 25 e, no dia 26 de dezembro, às 14h, na Globo Nordeste. Em um ano desafiador, principalmente para os profissionais da cultura, o Baile do Menino Deus garante além da continuidade de 17 anos de espetáculo, a preservação de mais de 300 empregos diretos, com o seu formato alternativo. São costureiras, montadores, maquiadores, profissionais de limpeza, cozinheiras, aderecistas, produtores, músicos, fotógrafos, cinegrafistas, artistas e diversos profissionais que vivem diretamente da renda do baile, todos os anos. Uma equipe coordenada por 6 médicos também foi montada para as gravações do filme. Mais de 100 caixas de máscaras e álcool 70 foram comprados. Além de capacetes, testes, capotes, borrifadores, roupas especiais e todo o aparato necessário para que a saúde dos profissionais fosse preservada. “Havia uma preocupação grande em não deixar essas pessoas sem trabalho. Nós não tínhamos escolha: ou interrompíamos o ciclo de 17 anos no Marco Zero, não fazendo nada, ou inventávamos outra maneira de apresentar o espetáculo. Topamos o filme. Mas confesso que não foi nada fácil montar o espetáculo a ser filmado, realizar o filme e cumprir os protocolos da Covid. Foi desafiador”, comenta Ronaldo Correia de Brito, criador e diretor do Baile do Menino Deus. Como muitos, o Baile teve que se reinventar. Para o público que precisa de sua mensagem e por sua equipe. Também foi criado um berçário para que as mamães da equipe não precisassem deixar suas crianças sob os cuidados de outras pessoas, pois não sabiam se estavam se cuidando. Neste berçário, ficou Sereno, filho da atriz Isadora Melo (intérprete de Maria), que com apenas 3 meses ingressou na carreira de ator estreando no Baile como Jesus Cristinho. “Tivemos de vencer a inércia, o medo e a paralisia que tomaram conta dos trabalhadores de arte. O protocolo da Covid foi rigorosamente obedecido. Trabalhamos com uma equipe de 6 médicos, que passaram a acompanhar os artistas e técnicos 45 dias antes das filmagens, num plantão permanente, e 15 dias depois das filmagens, quando todos receberam alta. Não houve um único contágio. Por essa estatística vocês podem avaliar o nível de nossa produção”, revela Ronaldo. O longa inédito da grande ópera popular nordestina, que conta a história mais famosa do mundo - o nascimento de Jesus Cristo, resgatando o sotaque, a forma de fazer, de dançar e de cantar, do brasileiro, se orienta nas tradições de festas e representações teatrais do ciclo natalino, incorporadas às mais diversas culturas do Brasil. O projeto preserva várias formas de celebração do Natal, que sobreviveram e se guardaram apenas no Nordeste do Brasil, à exemplo do reisado, lapinha, pastoril, cavalo marinho, guerreiro, chegança, boi de reis e outras representações de brincadeiras e tradições que fogem do monotema “congelado” com neve de isopor, pinheiros, renas, trenós e Papai Noel, que reproduzem a cultura americana, do leste europeu e do consumo. O evento é uma tradição lúdica de final de ano, sendo que a cada nova montagem, são reveladas surpresas. Este ano, por exemplo, o Baile incorporou a tecnologia ao espetáculo. Projeções de um “Céu Divino”, “Paisagens do Sertão” e a “Floresta Amazônica”, são algumas das oito cenas que serão projetadas em um cenário digital, que traz características clássicas e ecléticas da cidade para a apresentação. "O Baile é um espetáculo de rua que se integra com a cidade no espaço do Marco Zero e trazendo o cenário para dentro do teatro a gente quis trazer a cidade como cenário para o fundo do teatro", conta Sephora Silva, que assina a direção cenográfica do evento. O que faz o Baile do Menino Deus ser único na cena natalina brasileira é o seu projeto de resgatar várias formas de celebração do Natal, que sobreviveram e se guardaram apenas no Nordeste do Brasil. Reisado, lapinha, pastoril, cavalo marinho, guerreiro, chegança, boi de reis e outras manifestações. Criado há 36 anos, o texto faz parte da Trilogia das Festas Brasileiras, série de peças que retratam as manifestações populares nordestinas, em que se incluem a Bandeira de São João e o Arlequim de Carnaval. No Baile do Menino Deus, a dupla de personagens principais, Mateus, é interpretada pelos atores Sóstenes Vidal e Arilson Lopes, que se revezam com Paulo de Pontes e Daniel Barros. Juntos, eles buscam uma forma de abrir a porta da casa onde estão José, Maria e o recém-nascido Jesus, e celebrar a vida em clima de festa. Uma saga que recorre a sortilégios, brincadeiras, invocação de criaturas fantásticas – como a Burrinha Zabilin, o Jaraguá e o Boi – e muita música e dança. O corpo de baile, composto por onze bailarinos, também está renovado, bem como o figurino e a cenografia. Entre os solos da peça, outro destaque também é Silvério Pessoa, que estará em quatro atos, sendo que há 16 anos integra a rede de artistas do Baile. Além do grupo Bongar que mistura a cultura africana ao auto de natal. O telefilme do Baile conta com direção geral de Tuca Siqueira (Amores de Chumbo e Fashion Girl) e direção de fotografia de Pedro Sotero (premiado em Cannes com o filme Bacurau). Produtora, roteirista e diretora de cinema, a pernambucana Tuca Siqueira iniciou sua carreira em 2003. Sua trajetória conta com diversas séries, filmes e documentários premiados. Entre eles, “Amores de Chumbo”, seu primeiro longa de ficção, considerado uma verdadeira pérola cinematográfica pela crítica. Diretor de fotografia desde 2006

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FIEPE espera recuperação da indústria em 2021

Da Agência Brasil Mesmo com a confiança do empresário industrial em ascensão, o ano de 2021 será desafiador para o segmento. Isso porque, mesmo que haja uma solução para a imunização contra a Covid-19, especialistas avaliam que as dificuldades ainda terão ressonância por todo o ano. O fim do auxílio emergencial deve impactar a população e, consequentemente, o setor produtivo. A maior expectativa, portanto, está na aprovação das reformas administrativa e tributária, que darão o tom e podem, se aprovadas, ser essenciais para a economia sair do cenário de recessão. De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Ricardo Essinger, a recuperação está em andamento, mas o crescimento econômico no terceiro e quarto trimestres não serão suficientes para salvar este ano. O resultado do PIB do Brasil deve cair 4,3% na comparação com 2019, enquanto que o PIB industrial, 3,5%. A queda do PIB projetada em 2020 ficou muito próxima à prevista no cenário base do primeiro Informe Conjuntural do ano, de maio. Em 2021, a expectativa é de crescimento de 4,0% do PIB e de 4,4% do PIB industrial – números que poderão ser revisados ao longo do próximo ano. Estes dados foram divulgados recentemente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que, além desses entraves, trouxe informações da dívida pública com relação ao PIB, que passou de 75,8%, em 2019, para 92,8%, em 2020, com oscilação para 92,6%, em 2021. “Será necessário equilibrar as contas públicas e atrair investidores que aceitem o risco do País. Para elevar a confiança dos investidores será necessário consolidar a reforma trabalhista e tirar do papel algumas reformas estruturantes, como as reformas administrativa e tributária, além do pacto federativo e as privatizações”, ressaltou Essinger. No âmbito estadual, a expectativa é que a Produção Industrial encerre 2020 com saldo positivo, já que o desempenho de Pernambuco vem sendo bom com uma alta de 2,4% no acumulado do ano, muito em razão da demanda reprimida. O resultado mais recente, de outubro, também foi positivo, de 7,2%. A confiança dos empresários do segmento industrial também vem dando sinais de melhora, atingindo a marca de 58,9 pontos em dezembro, mas ainda permanece abaixo do apresentado antes da pandemia, em fevereiro deste ano, quando a confiança atingiu 62,3 pontos. Embora as indústrias de Pernambuco venham reagindo com estabilidade dentro do cenário de crise, existe uma preocupação em torno do fechamento dos pontos de trabalho. O Estado perdeu quase 15 mil postos de emprego entre janeiro e outubro de 2020. No Brasil, foram mais de 170 mil. A taxa de desocupação pernambucana ficou em 18,8% no terceiro trimestre deste ano, se configurando como um dos estados com a taxa mais alta do País, atrás apenas da Bahia, de Sergipe, de Alagoas e do Rio de Janeiro. O Brasil está quase com 15%. "Esse cenário é sinal de alerta, pois sem renda as pessoas deixam de consumir e o setor poderá, mais uma vez, ser penalizado sem ter como escoar os seus estoques”, relembrou o presidente da FIEPE. No começo do isolamento social, boa parte das empresas ficou sem vender e, com a retomada, foram pegas de surpresa pela demanda represada e, naturalmente, pelo aumento dos insumos por conta do efeito do dólar”, concluiu Essinger, reforçando que uma segunda onda do coronavírus penalizaria, além das vidas, drasticamente o setor. A CNI projeta ainda que a dificuldade de se obter insumos deverá terminar no segundo trimestre de 2021, assim como a pressão sobre os preços, como resultado tanto da valorização do real, como da reorganização das cadeias produtivas.

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Home Office: tendência para o mercado de trabalho em 2021

A continuidade do trabalho em home office, a valorização de competências comportamentais e a alfabetização digital são algumas das tendências apontadas para o trabalho em 2021. As mudanças ocasionadas durante a pandemia, ocasionaram mudanças irreversíveis. Segundo o advogado trabalhista, Erick Marques, com o fim do estado de calamidade, as empresas e trabalhadores que quiserem permanecer na modalidade de trabalho remoto terão que adaptar os contratos de trabalho de acordo com as leis trabalhistas, inclusive realizando acordos coletivos ou individuas. “O home office foi adotado no susto logo no início da pandemia, mas provou seu valor ao longo do ano e não deve desaparecer tão cedo”, comenta. . . Além da adequação jurídica, para realizar o trabalho remoto de forma segura, é necessário estabelecer regras, além de preparar a infraestrutura e ferramentas a serem utilizadas para garantir a segurança das informações trocadas entre empresa e funcionário. Não se pode deixar de lado a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que é a legislação brasileira que regula as atividades de tratamento de dados pessoais. Ainda de acordo com Erick, a reforma trabalhista passou a regulamentar na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) o trabalho na modalidade home office, que se caracteriza pela prestação dos serviços fora das dependências da empresa. O artigo 75-C da CLT determina que a prestação de serviços na modalidade de home office deve constar expressamente do contrato individual de trabalho. “Esse contrato especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado, podendo ser elaborado termo aditivo de contrato de trabalho, por exemplo. A Empresa e funcionário normalmente negociam essa questão, não havendo alteração salarial, caso o empregado mantenha as mesmas atividades e carga horária”, explica. Mas, os funcionários devem ficar atentos, pois a CLT não especifica quem deverá arcar com as despesas relacionadas à aquisição, manutenção e fornecimento dos equipamentos para o trabalho, como computadores, internet e telefone. "Contudo, pelos princípios do direito do trabalho, não faz sentido que o empregado arque com essas despesas", alerta. Contudo, o home office precisa ser bem administrado e compreendido dentro de suas regras, assim como o trabalho presencial. Falar de excessos é sempre válido e a empresa deve avaliar a adoção do trabalho remoto e o empregado, quando houver abusos, deve o empregado denunciar ou procurar a justiça do trabalho se sentir seus direitos usurpados. Sendo assim, as empresas devem continuar seguindo as regras de segurança e saúde do trabalhado, inclusive fornecendo um manual indicando todas as regras ergonômicas do trabalho home Office. “Uma das questões que geram dúvidas em muitas organizações é sobre o pagamento de benefícios ao trabalhador, especialmente porque muitas empresas também estão apertando seus orçamentos neste cenário crítico, realizando esforços, inclusive, para manter os colaboradores longe de demissões”, conclui, acrescentando que é importante que os benefícios sejam mantidos, pois não há distinção entre trabalho realizado na empresa ou em home office.

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Entrevista: "A geração Z não está imunizada das armadilhas do mundo digital"

Mais tempo nas redes sociais e conectados, mais preocupados com o futuro (e com o presente), mais ansiosos e tensos. A Geração Z está com os nervos à flor da pele como revelou uma pesquisa da änimä e da On The Go recentemente. A partir das revelações desse estudo com mais de 400 jovens e adolescentes brasileiros, conversamos com o psicólogo Rodrigo Lima para entender como esse momento da pandemia afetou esse público e o que fazer para atravessar esse momento ainda anormal com menos sofrimento. Tínhamos uma percepção de que a geração Z não era ligada em trabalho fixo, por exemplo. Não estava preocupada com alguns dos alvos de desejo dos jovens da geração passada. Mas uma pesquisa recente realizada pela änimä e pela On The Go apontou que mais da metade dos adolescentes e jovens de 15 a 18 anos quer uma profissão estável. O que estaria promovendo essa mudança de comportamento? A insegurança da pandemia pode ter afetado essas perspectivas para vida profissional? Para entendermos melhor essa equação complexa, primeiro precisamos salientar algumas características da geração Z e em que mundo essas pessoas estão inseridas. Diferente dos nascidos na geração X (1960-1980) e Y (1985-1999) a Geração Z é nativa da tecnologia. No mundo onde nasceram não existe uma realidade sem internet, computadores ou smartphones. O fácil acesso à informação e o poder de argumentação gerados dessa enxurrada de possibilidades a qual são expostos diariamente caracterizam essa geração como questionadora dos padrões estabelecidos pelas gerações passadas. Padrões esses que se estendem ao mercado de trabalho. Apenas o salário no fim do mês já não é o suficiente para motivar essa geração quando o assunto é emprego. Valores como flexibilidade de horários, ambientes dinâmicos, plano de saúde e, principalmente, propósito de impacto são necessidades crucias para uma vida “feliz” no âmbito profissional. Entendo que as consequências da pandemia no mercado de trabalho colocaram uma lupa que ampliou a urgência de suprir as necessidades básicas do ser humano. O medo de não ter recursos para alimentação, moradia e saúde são fatores que pressionam o jovem a abrir mão desses valores vistos como secundários por outras gerações para ir em busca do dinheiro e estabilidade. Apesar da gravidade da situação em que vivemos, vejo que a médio e longo prazo esse cenário tende a favorecer os jovens a criar soluções criativas e tecnológicas que promovam a busca por estabilidade financeira, sem se desgarrar dos valores tão importantes e característicos da Geração Z. Como exemplo desse movimento, podemos observar o mercado milionário de streaming de jogos eletrônicos e da utilização do poder de influencia nas redes socias como um trabalho que vem se solidificando cada vez mais e que cresceu avassaladoramente nos tempos de pandemia. O isolamento social impactou a todos, mas mesmo essa geração tão conectada e imersa nas redes sociais está sofrendo. A pesquisa disse que: "Quase 70% dos jovens estão à flor da pele, sentindo-se tristes, inseguros, ansiosos, nervosos ou com alteração de sentimentos, o que gera um alerta para as famílias, escolas e médicos sobre a necessidade de apoiar o jovem durante este momento e no período pós pandêmico." Qual a relação da pandemia com esses sentimentos, mesmo numa população tão digital? Precisamos compreender que o fato de a geração mais jovem ser nativa da tecnologia e conseguir navegar com mais facilidade não a imuniza das armadilhas contidas no mundo digital. Podemos observar que o poder de influência que as redes sociais provocam nas crianças a adolescentes tendem a gerar sérios problemas psicológicos nesses indivíduos quando não existe uma supervisão de conteúdo e exposição adequada. Com a vinda da pandemia, as possibilidades de expressão ficaram ainda mais limitadas à vivencia digital. Espaços como escola, escolinhas de esportes ou simples se divertir na rua foram retirados do repertório já limitado de uma geração que passa maior parte do tempo na frente de uma tela. É crucial para o desenvolvimento de habilidades biopsicossociais a troca, a experimentação a referência do contato com outro ser humano. Apesar da tecnologia possibilitar o contato a distância com imagem e som de alta qualidade, algumas coisas são insubstituíveis e promovem um espaço singular no nosso crescimento. O que fazer para atravessar esse momento com menos sofrimento e mais equilíbrio? É possível? Primeiramente aceitação. Precisamos aceitar que estamos aprendendo a lidar com tudo isso e não temos respostas prontas pra essa situação, seja pela perspectiva de um adolescente ou adulto estamos sujeitos aos desafios e desabores do mundo através da pandemia. Criar espaços de convivência que privilegie o momento fora do mundo digital, mas sem deixar de reconhecer a necessidade de haver o espaço digital supervisionado. O dialogo ainda é uma ferramenta de ouro. Não adianta proibir, arrancar e negar a importância do espaço tecnológico. Essa é uma realidade que veio pra ficar, mas não quer dizer que não possa ser melhor ajustada para um funcionamento saudável. Nunca deixe de avaliar a possibilidade de buscar uma orientação profissional. A boa intenção de ajudar não deve sobrepor a importância da avalição de um profissional de saúde. A pesquisa indicou que "42% dos jovens estão passando mais tempo nas redes sociais, mas mais da metade diz sentir falta dos amigos, da vida de antes e da rotina de escola ou trabalho, deixando claro a falta que faz o contato físico, algo que o digital não pode substituir. 30% dos jovens relacionam o mundo atual à imagem de pessoas conectadas em seus celulares e, dentre esses, 40% relacionam a atividade ao tédio, indicando que o celular serve como refúgio, mas não ajuda a melhorar o ânimo". O mundo real e o mundo virtual na cabeça dos jovens estão mais misturados do que imaginávamos? Alguma coisa te surpreende nessa revelação? Qual o impacto dessa vida imersa nas redes sociais no comportamento dos jovens e adolescentes nessa pandemia? Várias pesquisas vem correlacionando o tempo de exposição a rede sociais com o menor indicie de felicidade da população. A relação é simples, quanto mais tempo expostas às telas, menos satisfeitas com

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UPE concede título de Doutor honoris causa a Manoelzinho Salustiano

O Conselho Superior da Universidade de Pernambuco aprovou a outorga do título de Doutor Honoris Causa ao artista popular Manoelzinho Salustiano, na última sexta-feira (18). Mestre da cultura popular, ele representa o Maracatu de Baque Solto, do bordado das golas dos caboclos de lança e de diversas outras expressões da cultura. Os trâmites para o título iniciaram com a proposta dos professores Carlos André Silva de Moura, Mário Ribeiro dos Santos e Sandra Simone Moraes de Araújo, do Curso de História, que apresentaram um dossiê sobre a vida, atividades culturais e contribuições do artista para Pernambuco e o Brasil. Com apoio dos diretores do Campus Mata Norte, professores Maria Auxiliadora Leal e João Allyson, o pedido foi encaminhado ao Conselho de Gestão Administrativa da unidade e aprovada por unanimidade. Cumprindo os trâmites burocrático, a Prof. Maria Auxiliadora apresentou o pedido ao CONSUN, que foi colocado em discussão pelo Reitor Prof. Pedro Falcão, com defesa dos professores Carlos André Silva de Moura, Mário Ribeiro dos Santos e Sandra Simone Moraes de Araújo. . . “Manoelzinho Salustiano representa a cultura com pés no chão, que muitas vezes foram silenciadas e esquecida por um processo educacional conservador. Com a concessão do título de Doutor Honoris Causa, a Universidade de Pernambuco faz história ao reconhecer as diversidades de saberes”, afirmou o hitoriador e professor Carlos Moura. Para os docentes proponentes, Manoelzinho Salustiano tem atuado de forma excepcional para a formação cultural no Estado, do Litoral ao Sertão, com contribuições singulares para discentes e docentes de diferentes instituições de ensino, especialmente, da Universidade de Pernambuco. Com a UPE, tem contribuído com pesquisas, realização de oficinas e palestras fundamentais para a comunidade acadêmica. “Este título representa a potência das manifestações culturais da Zona da Mata, representa o povo negro, indígena, toda a comunidade de resistência e existência. Em meio ao caos, este título trouxe um alento com gosto de azougue”, considera o Mário Ribeiro dos Santos. Para Profa. Sandra Simone, “o título de Doutor Honoris Causa concedido a Manoelzinho Salustiano se constitui no reconhecimento da sua trajetória de vida que é dedicada a aprender, ensinar e preservar as expressões da cultura popular de Pernambuco”. O dossiê produzido pelos docentes será publicado em livro no primeiro semestre de 2021, em uma versão bilingue (português e inglês), com as narrativas, imagens e depoimentos coletados em quase um ano de trabalho. Será um obra de sentidos e significados sobre um dos principais representantes da cultura de Pernambuco, que oferecerá subsídios para novas pesquisas e os usos em sala de aula. . Documento da concessão de título de Doutor Honoris Causa . PERFIL Manoelzinho Salustiano é nome artístico de Manoel Salustiano Soares Filho, mestre da cultura popular de Pernambuco, com atuação em diferentes segmentos artísticos, de formação e gestão cultural. O seu trabalho está fundamentado em uma extensa atuação nacional e internacional, com representação do Estado e do Brasil em diferentes cidades e países. Nascido em 1969, na cidade de Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife, desde cedo esteve envolvido com os grupos culturais. Em 1977 acompanhou o Mestre Salu, seu pai, na criação do Maracatu Piaba de Ouro, o qual conduziu como secretário, tesoureiro e presidente por diversos anos. Com influência dos Mestres João Calumby e Rubens Martins iniciou o aprendizado da arte de bordar golas de caboclo de lança e estandartes de agremiação carnavalescas, ofício que desenvolve atualmente. Contribuiu com a organização das manifestações culturais na Zona da Mata Norte de Pernambuco, com participação na fundação da Associação dos Maracatus de Baque Solto, na qual ocupou diversos cargos de gestor, inclusive presidente. Com o trabalho junto aos mestres e folgazões, colaborou com o processo de pacificação das manifestações populares das cidades da Mata Norte. Tal procedimento contribuiu com a organização dos encontros de Maracatus em Nazaré da Mata, Aliança e Olinda, com movimentação da economia e do turismo nas localidades. Foi docente na Casa da Criança de Olinda, projeto que tinha como objetivo retirar crianças e adolescestes das condições de vulnerabilidade social. Na instituição, organizou diferentes grupos artísticos, como ciranda, mamulengo e maracatu, contribuindo com o processo de formação de diferentes produtores culturais que estão em atuação. Com o seu trabalho, credenciou-se para atuar a frente de diferentes instituições culturais em Pernambuco. A partir de 2002 passou a coordenar o palco de cultura popular do Festival de Inverno de Garanhuns – FIG, com ações para os grupos das manifestações populares. Foi representante de Pernambuco em diferentes cidades do país, com atividades de formação cultural e acadêmica. Também representou o Brasil em quase todos os continentes, com atividades em países como Argentina, Venezuela, Estados Unidos, Cuba, Cabo Verde, França, dentre outros. Em 2011 realizou a exposição do estandarte “Diversidade Cultural”, peça afixada no Largo da Lapa – Rio de Janeiro, com medidas de 10 m x 5,80 m, considerado o maior estandarte confeccionado à mão no mundo. Em 2012 a sua obra deu origem a exposição “Arte de Manoelzinho Salustiano Pede Passagem”, exibida no Centro Cultural dos Correios do Recife.

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PIB da construção civil deve crescer 4% em 2021

Da Agência Brasil Depois de um ano de retração por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19), a construção civil deverá ter, em 2021, o maior crescimento para o setor em oito anos. Segundo projeções divulgadas pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), o Produto Interno Bruto (PIB) do segmento deve avançar 4% no próximo ano, depois de recuar 2,8% em 2020. Caso a estimativa se confirme, essa será a maior expansão para a construção civil desde 2013, quando o setor tinha crescido 4,5%. O setor deverá ter desempenho melhor que o restante da economia. Segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o PIB brasileiro de 2021 crescerá 3,2%. O presidente da Cbic, José Carlos Martins, classificou de “otimista conservadora” a postura da entidade. A expansão ocorrerá sobre uma base de comparação fraca, com o nível de atividade da construção civil nos níveis observados no início de 2007. Além disso, o encarecimento de matérias primas e o desabastecimento de alguns insumos podem prejudicar a recuperação do setor, avalia. Martins ressaltou que o custo de materiais e equipamentos dentro do Índice Nacional da Construção Civil (INCC), índice que mede a inflação no setor, registrou alta de 17,72% de janeiro a novembro. Esse foi o maior encarecimento desde o Plano Real. Os preços dos insumos, segundo Martins, começaram a disparar no fim do primeiro semestre. De janeiro a maio, os custos subiram 2,75%, mas acumularam alta de 14,58% de junho a novembro. Segundo o presidente da Cbic, a pressão de insumos como cimento, cabos de aço e tubos de PVC sobre a construção civil impacta os novos contratos, podendo resultar em obras mais caras e atrasos no cronograma. “Aí entra com todos desajustes, busca de reequilíbrio, que são custosos, novos prazos atrasam cronograma”, advertiu. Pandemia No início da pandemia da covid-19, a Cbic chegou a prever encolhimento de até 11% no PIB do setor, informou Martins. Mas para ele, chegar ao fim do ano com projeção de recuo de 2,8% e criação de 138,4 mil postos de trabalho acumulada até outubro, representa uma vitória da construção civil. Ele destacou que o segmento liderou a criação de postos de trabalho em 11 estados e no Distrito Federal, de janeiro a outubro, e ficou em segundo lugar em sete estados. No terceiro trimestre, a construção civil cresceu 5,6% em relação ao trimestre anterior, marcado pelo auge das restrições sociais provocadas pela pandemia. Apesar da expansão significativa, o presidente da Cbic observou que o nível de atividades do setor ainda está 4,5% abaixo do último trimestre de 2019 e acumula retração de 36% em relação ao pico observado no primeiro trimestre de 2014.

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"Queremos dobrar o comércio entre os EUA e o Brasil nos próximos 5 anos"

A nova cônsul geral dos Estados Unidos no Recife, Jessica Simon, conta na coluna do Iperid quais os seus planos para o trabalho na região e aponta algumas perspectivas de parcerias entre o seu País e a região Nordeste. Nascida em Oregon, ela é formada no bacharelado em Psicologia e possui mestrado em Relações Internacionais. Na carreira diplomática já atuou no Consulado Geral dos EUA no Rio de Janeiro, trabalhou em Washington como Diretora Assistente de Comunicação no Escritório do Representante Especial para o Afeganistão e Paquistão. Ela também trabalhou nas Embaixadas dos Estados Unidos em Tel Aviv, em Israel, e Cabul, no Afeganistão. Quais as suas perspectivas para a condução do Consulado Geral dos Estados Unidos no Recife? Há alguma área que pretende priorizar, como a diplomacia econômica ou cultural? O Consulado Geral dos Estados Unidos no Recife foi fundado há mais de 200 anos. É o primeiro consulado americano no Brasil e um exemplo do duradouro e forte relacionamento entre Brasil e os Estados Unidos. Por isso é tão especial estar no Nordeste como cônsul-geral e ter a oportunidade de trabalhar junto com instituições locais para avançar interesses mútuos que beneficiem brasileiros e americanos. Uma dessas áreas é a diplomacia econômica, pois queremos intensificar nosso comércio bilateral para criar oportunidade de bons negócios para todos, além de gerar mais empregos aqui na região. Dentre outras prioridades, quero destacar também nosso apoio para projetos, feito através de edital, em setores diversos, como empreendedorismo e STEAM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), do incentivo do ensino de inglês e capacitação de professores, concretizado a partir de parcerias com governos estaduais e com especialistas americanos e do centro binacional no Recife, a ABA.  Como pode-se notar com esse exemplo, não podemos alcançar resultados sem grandes parcerias, e tenho ficado realmente impressionada com o comprometimento e liderança de nossos parceiros locais. Nos próximos anos, vou trabalhar para estreitar parcerias já existentes, descobrir potencialidades emergentes na região e ampliar o diálogo com todos os membros do Consorcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste. Você já conhecia a região? Quais os principais temas que pretende atuar entre as questões de cooperação internacional aqui em Pernambuco? Esta é a segunda vez que moro e trabalho no Brasil como diplomata americana. Já atuei no Consulado Geral dos EUA no Rio de Janeiro e meu marido e filhos são brasileiros. Já conhecia algumas praias do Nordeste como turista - e já achava a região linda!  E agora estou tendo uma nova perspectiva sobre os oito estados que fazem parte de nosso distrito consular: Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Piauí e Maranhão. Em todos esses estados vamos buscar cooperações nas áreas de energia renovável, tecnologia (proteção das redes do 5G, por exemplo), portos e infraestrutura (principalmente água e saneamento). Quero continuar a aprender mais sobre os interesses que os Estados Unidos e o Nordeste têm em comum para poder trabalhar ainda mais juntos.  Desde minha chegada, viajei para João Pessoa, na Paraíba, e para Natal, no Rio Grande do Norte - em companhia do embaixador Todd Chapman, que também participou de reuniões no Recife.  Já fiz encontros online com governadores e representantes de instituições da região. E participei de eventos virtuais, como o CEO Forum, promovido pela Amcham-Recife; o Diálogos de Comércio Exterior, da Apex; e o 12 Fórum Nacional Eólico, a convite do Centro de Estratégias de Recursos Naturais e Energia (Cerne). Em todos esses eventos tratamos sobre questões de relevância para a cooperação entre nossos países. Estamos também trabalhando em parceria com os estados de Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste. Um exemplo de nossas cooperações são as bolsas de estudos para curso de Inglês que recentemente oferecemos para governadores de cada estado: cada um poderá nomear um grupo de funcionários afro-brasileiros ou indígenas do governo para apoiar a profissionalização de suas habilidades em inglês. E espero que em breve possamos a promover mais um U.S. Business Forum, evento quadrimestral organizado pelo escritório Comercial (FCS, Foreign Commercial Service) e que reúne mais de 40 empresas norte-americanas que operam na região, o que possibilita o constante debate sobre os principais desafios e oportunidades no Nordeste. Brasil e Estados Unidos estreitaram as relações nos últimos anos. Em 2020, vivemos um período difícil de travessia da pandemia. Como você observa a relação entre Brasil e Estados Unidos nesse novo contexto de muitas dificuldades sanitárias e econômicas? Cheguei em um momento de desafios para todo o mundo, em que precisamos nos unir para combater a pandemia da Covid-19. Combater a Covid é um desafio compartilhado, e os EUA tem apoiado o Brasil desde o início da pandemia. Entre essas iniciativas de apoio, está a doação feita à Pernambuco. Contamos com a parceria do SAMU e do Centro Comunitário da Paz (Compaz) para que profissionais da saúde recebessem equipamentos de proteção individual (25 mil máscaras, 14 mil luvas e 12 mil aventais); e para apoiar famílias afetadas economicamente pela pandemia. Foram distribuídas 2.310 cestas de alimentos e 5.700 kits de higiene em 32 comunidades de 15 bairros do Recife. As duas doações somam um total de 98.500 dólares (aproximadamente 550 mil reais). E outras ações semelhantes foram feitas em todo o país. Mesmo que este ano tenha sido desafiador, nós ainda identificamos nossos objetivos na área comercial: queremos dobrar o comércio entre os EUA e o Brasil nos próximos cinco anos. Os desafios atuais não mudam o fato de que os Estados Unidos e Brasil têm muitas oportunidades ainda inexploradas para aumentar o comércio bilateral, e de que os EUA são o principal destino das exportações brasileiras de bens manufaturados de valor agregado. Estamos aqui para dar continuidade dessa relação e criar novas oportunidades.   Com a vitória de Joe Biden na presidência dos EUA, o que deve mudar na condução da historicamente diplomacia internacional americana? Algo muda em relação ao Brasil? Os Estados Unidos e o Brasil compartilham uma parceria vibrante que se estende por dois séculos de interesses mútuos e valores compartilhados. Este relacionamento continuará sólido e forte.

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Governo destina R$ 20 bi para vacinação da população contra covid-19

Da Agência Brasil Uma Medida Provisória (MP) que abre crédito extraordinário de R$ 20 bilhões, em favor do Ministério da Saúde, foi assinada ontem pela presidência para a vacinação da população contra a covid-19. Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência explicou que o valor cobrirá as despesas com a compra das doses de vacina, seringas, agulhas, logística, comunicação e todas as despesas que sejam necessárias para vacinar a população. O montante, ainda segundo a pasta, não é destinado a nenhuma vacina específica e poderá ser utilizado conforme o planejamento e as necessidades do Ministério da Saúde. “A medida permitirá que as autoridades de saúde brasileiras fiquem em condições de adquirir as primeiras vacinas que tenham o seu uso autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que apresentem possibilidade de rápida disponibilização à população brasileira”, diz a nota. De acordo com o governo federal, o valor será financiado com o uso de superávit financeiro de exercícios anteriores e, como se trata de um crédito extraordinário, ele não depende da aprovação da Lei Orçamentária de 2021. “Embora a medida em tela seja enviada ao Legislativo para posterior confirmação, os recursos já ficarão disponíveis imediatamente e poderão ser utilizados desde já pelo Ministério da Saúde. A medida é mais uma das ações empreendidas pelo governo federal visando diminuir os graves impactos econômicos pela pandemia do covid-19”, explicou a Secretaria-Geral. De acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19, apresentado esta semana pelo Ministério da Saúde, o governo federal já disponibilizou R$ 1,9 bilhão de encomenda tecnológica associada à aquisição de 100,4 milhões de doses de vacina pela AstraZeneca/Fiocruz e R$ 2,5 bilhões para adesão ao Consórcio Covax Facitity, associado à aquisição de 42 milhões de doses de vacinas. Além disso, há outros R$ 177,6 milhões para custeio e investimento na Rede de Frio, na modernização dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs), no fortalecimento e ampliação da vigilância de síndromes respiratórias. Também outros R$ 62 milhões foram investidos para aquisição de mais 300 milhões de seringas e agulhas.

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