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Ministério melhora previsão de queda da economia

Da Agência Brasil O Ministério da Economia espera por queda menor na economia este ano. A previsão de recuo do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 4,7% em setembro para os atuais 4,5%, segundo o boletim MacroFiscal, divulgado hoje (17) pela Secretaria de Política Econômica, em Brasília. Para 2021, a previsão foi mantida em 3,2%. “Conforme destacado no último boletim, a forte recuperação da indústria e varejo foram confirmadas. As pesquisas mensais do IBGE para estes setores mostraram que o crescimento no terceiro trimestre de 2020 superou a taxa de 20%, apontando que a indústria e o varejo ampliado recuperaram os níveis do começo do ano. O setor de serviços também apresentou bom desempenho após a forte retração no segundo trimestre de 2020, no entanto, vale destacar que a produção dos serviços está bem aquém ao nível de fevereiro deste ano”, disse o governo. Inflação A projeção de taxa de inflação - medida por meio da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - para 2020 é de 3,13%. Em setembro, a previsão estava em 1,83% “Novamente, o principal responsável pela elevação da projeção é o preço dos alimentos. A evolução do IPCA [a inflação oficial do país] ao longo do ano mostra que a taxa acumulada em 12 meses do grupo Alimentação no Domicílio, após atingir um valor mínimo de 5,06% em março, acelerou até alcançar 18,41% em outubro (último dado disponível). Contudo, o comportamento das demais categorias de produtos continua contribuindo de forma a manter a variação do índice geral dentro do intervalo de tolerância [da meta de inflação para este ano]”, disse. Atualmente, a meta de inflação é de 4% ao ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

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João Campos e Marília Arraes fazem o segundo turno do Recife

Os primos João Campos (PSB), com 29,17% dos votos, e Marília Arraes (PT), com 27,95%, se enfrentarão no segundo turno das eleições municipais do Recife. Os candidatos que defendem o legado de Miguel Arraes farão o único duelo de duas correntes que atuam no campo político da esquerda no País. Terminou em terceiro lugar Mendonça Filho (DEM), com 25,11%; e em quarto lugar a Delegada Patrícia Domingos (Podemos), com 14,06%. Na sequência, ficaram o Coronel Feitosa (PSC), com 1,74% dos votos válidos, Carlos (PSL), com 1,18%, Charbel (Novo), com 0.48%, Thiago Santos (UP), com 0,15% e Claudia Ribeiro (PSTU), com 0,15%. O segundo turno acontecerá no dia 29 deste mês. Mais informações dos resultados das eleições ao longo do dia.

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“Ter uma vice-presidente negra na maior potência mundial é extremamente importante”

“O fato de termos uma vice-presidente negra na maior potência mundial é extremamente importante e relevante para as crianças, para os jovens e para os adultos que estão em processo de formação da sua identidade e de ser negro e negra”. A análise é de Auxiliadora Martins, líder do Gepar (Grupo de Estudos e Pesquisas em Autobiografias, Racismo e Antirracismo na Educação) da UFPE. Auxiliadora, que é doutora em educação pela universidade, acredita também que a chegada de Kamala Harris à vice-presidência dos Estados Unidos vai fazer com que mais pessoas possam estar na luta de frente da educação das relações étnico-raciais e da mudança de política e de práticas racistas no Brasil e no mundo. A acadêmica, no entanto, ressaltou que a persistência do racismo estrutural ainda dita as relações humanas, sociais, políticas e culturais no Brasil e que as ações afirmativas adotadas no País são fruto da luta do movimento negro. “Ao mesmo tempo em que o movimento denuncia práticas racistas, também anuncia possibilidades de fazermos diferente e de viver de forma diferente, respeitando a todos os espectros de cores de pele da população e da sociedade brasileira”, afirma. Essa pressão social, segundo Auxiliadora, fez com que algumas leis que instituem ações afirmativas e políticas públicas racialmente equitativas fossem promulgadas no Brasil, como a que traça objetivos e metas de promoção da saúde da população negra, que possui doenças prevalentes como a diabete, a hipertensão a anemia falciforme. Outro marco de políticas públicas racialmente equitativas considerada importante pela educadora foi a promulgação da lei 10.639 que orienta escolas públicas e particulares de todos os níveis e modalidades de ensino, a ensinar a história e a cultura afro-brasileira e africana. “Na esteira dessas demandas do movimento social negro, em 2012, também foi promulgada a lei que institui as cotas sociais e étnico-raciais no ensino superior, fazendo com que hoje nós possamos ter 50,3% de estudantes pretos e pardos na universidade pública brasileira, o que é um feito histórico e importante no combate às desigualdades étnico-raciais que ocorriam nas universidades públicas que foram pensadas por uma elite para atender aos interesses da própria elite”, salienta Auxiliadora Martins. Ela também ressalta a importância das cotas nos concursos públicos e para as eleições proporcionais. Apesar dessas conquistas, Auxiliadora Martins frisa, porém, que ainda há muito o que ser conquistado por negros e negras no Brasil. Ela explica, por exemplo, que o Gepar realiza estudos, pesquisa e extensão no sentido da denúncia contra o racismo institucional no ensino superior e contra o chamado epistemicídio acadêmico (um conceito, elaborado pelo professor português Boaventura de Souza Santos, que trata da destruição de formas de conhecimento e culturas que não são assimiladas pela cultura do Ocidente branco). “Um exemplo é que a UFPE não incorporou nas suas teorias e metodologias a lei 10.639. A universidade forma professores e professoras, que farão concurso público e serão cobrados e cobradas acerca do que está disposto nas diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais”, alerta a acadêmica. Entretanto, ela também visualiza alguns avanços recentes em outas áreas, como a decisão do Magazine Luiza em instituir um programa de trainee só para negros. “Constitui-se num feito histórico que será lembrado e celebrado pela população negra no Brasil. É pioneiro e é importante que todas as empresas possam fazer políticas públicas racialmente equitativas semelhantes ao do Magazine Luiza”.

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Garanhuns: Magia do Natal em novo formato neste ano

Uma das principais festividades do calendário turístico de Garanhuns, a Magia do Natal, ganhou um novo formato neste ano devido à pandemia. A decoração e iluminação especial do Palácio Celso Galvão, sede do Poder Executivo, e de praças, como a Tavares Correia - que abriga o Relógio das Flores - e Souto Filho, popularmente conhecida como Fonte Luminosa, foram mantidas e estão abertas para visitação. A partir desta semana está programada uma grade de apresentações reduzidas que serão realizadas no Relógio de Flores, Fonte Luminosa e na avenida Santo Antônio. A apresentação segue até o Dia de Natal, 25 de dezembro. A apresentação da Ave Maria, por exemplo, acontecerá a partir desta sexta-feira (20), às 18h. Nesta edição, a Orquestra Manoel Rabelo também fará uma breve apresentação, que dará início ao passeio do Trem do Papai Noel, que receberá uma criança por assento, mantendo o distanciamento obrigatório em relação à Covid-19. Os passeios acontecerão sempre às sextas e sábados. Para garantir a segurança de moradores e visitantes durante o evento, a Secretaria Municipal de Saúde estabeleceu uma série de medidas preventivas ao contágio pela Covid-19. Rotineiramente, a Vigilância Sanitária, estará realizando supervisões e abordagens de caráter orientativo, junto aos comerciantes de alimentos e bebidas cadastrados, além de bares, restaurantes e lanchonetes. Também será realizado o trabalho orientativo de inspeção nos hotéis e pousadas do município. Outra ação, consistirá na sanitização de ruas e espaços públicos da cidade, com foco nos locais com maior fluxo de pessoas. O trabalho será realizado com desinfetantes profissionais de baixa toxicidade, que reduzem os riscos de contaminação, eliminando micro-organismos como vírus, bactérias e fungos.

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Exportações de frutas tendem a crescer para o Oriente Médio, Ásia e Emirados Árabes

Melão, uva, manga e limão tahiti são as principais frutas exportadas para o Oriente Médio, Ásia e Emirados Árabes de acordo com informações da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas). “Há uma grande expectativa de crescimento nas exportações de frutas para o bloco do Oriente Médio (Arábia Saudita, Bahrein e Emirados Árabes Unidos) e para o continente asiático, especificamente, China e Coreia do Sul. Nossas frutas têm qualidade e são muito apreciadas por estes países”, ressalta o presidente da Abrafrutas, Eduardo Brandão. O montante do ano de 2020 (janeiro a outubro) trouxe fôlego para a recuperação com um aumento de 2,8% comparado ao mesmo período de 2019. No total foram exportadas 725.759 mil toneladas este ano. A manga teve seu destaque com 163.758 mil toneladas, e em segundo lugar o melão fresco com 155.043 mil toneladas e na terceira posição os limões e lima com 105.426 mil toneladas. “A tendência é que o pico das exportações esteja sempre no último trimestre do ano, quando há uma demanda maior dos países. A intenção é fechar o ano com US$ 1 bilhão de dólares em receita. Se não atingirmos o valor total, ficaremos muito próximo. Tudo vai depender do câmbio”, comenta Brandão. Eduardo também fala sobre o potencial de mercado dos países do Oriente Médio, que foram responsáveis pela importação de cerca de 15 mil toneladas de frutas em 2019. Os Emirados Árabes Unidos foram o maior importador dos países árabes, em 2019, se posicionou em 13º lugar de países importadores de frutas brasileiras.

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Comercialização de gás natural em Pernambuco volta a níveis pré-pandemia

O recente crescimento da comercialização de gás natural no Estado, alcançando um desempenho semelhante aos níveis de antes da pandemia da covid-19, aponta principalmente para a retomada mais forte da indústria em Pernambuco. A Copergás registrou a comercialização de 1,238 milhão de m³/dia no último mês de setembro. Esse volume é superior ao registrado no mesmo mês de 2019, que atingiu 1,228 milhão de m³. O crescimento continuou também em outubro, quando bateu a venda de 1,243 milhão de m³/dia, contra 1,207 milhão de m³/dia em outubro do ano passado. “As indústrias que são nossas clientes já voltaram totalmente. Algumas estão até produzindo mais do que antes, para poder atender a demanda”, afirmou o presidente da Copergás, André Campos. De acordo com os dados da companhia, os segmentos que estão puxando esse consumo são da produção de aço, cerâmica e vidro. Com a retomada aos níveis pré-pandemia desde agosto, o executivo afirmou ter ficado surpreso, pois as projeções eram de uma recuperação lenta. A expectativa era de retornar a comercialização de antes da pandemia apenas no mês de fevereiro do próximo ano. Atualmente a Copergás tem 106 indústrias interligadas a sua rede de fornecimento, com a perspectiva de fechar o ano com 113. Para 2021, o planejamento da companhia é de ampliar interiorização do gás natural, levando o fornecimento até Petrolina, no Sertão de Pernambuco, e a Garanhuns, no Agreste. Essa meta deve ser viabilizada a partir da uma parceria firmada no mês de julho entre a Copergás e a Golar Power, que transportará o gás natural liquefeito (líquido) em caminhões-containers até o município de destino. Na cidade haverá uma estação de regaseificação o transformará para a forma gasosa (gás natural) e a distribuição será realizada por uma rede local de gasodutos.

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Planejamento de Longo Prazo para o Recife?

Apresentamos a seguinte pergunta aos prefeituráveis: “A maioria dos programas de governo alcançam o máximo o período do mandato. Qual a sua percepção sobre a necessidade de um planejamento de longo prazo para o Recife?” Confira abaixo as respostas na íntegra. DELEGADA PATRÍCIA Nossa ideia de gestão é organizar a casa e dar condições para que as próximas dêem continuidade ao que dá certo. Estamos abertos às boas ideias. Não vamos dar fim ao que funciona. Pelo contrário, vamos dar continuidade e otimizar os projetos, implementando e dando condições para as ideias que dêem qualidade de vida à nossa população. JOÃO CAMPOS Pensar o Recife para daqui a 10, 15, 20 anos é fundamental para garantir o desenvolvimento sustentável em áreas estratégicas, a exemplo da educação. Em 2007, ao assumir o Governo de Pernambuco, Eduardo Campos encontrou a educação do ensino médio em 21° lugar no ranking nacional do Ideb. O trabalho feito com planejamento, meta e resultado, foi o que levou a educação de Pernambuco ao 1° lugar neste mesmo ranking. Nesse mesmo sentido, percebemos que a educação no Recife passa por um processo de transformação. Em 2013, a situação era crítica e, agora, Ideb para a o ensino básico já registra o Recife como a capital que mais cresce em relação aos anos finais. Caberá a próxima gestão o desafio de avançar na alfabetização na idade certa e na ampliação do número de creches, algo que temos como prioritário, inclusive com a meta de dobrar o número atual. Para seguir avançando, não só nessa área, mas também em todas as outras, já foi assumido o compromisso com o Plano Recife 500 anos, iniciativa que nasceu em 2015 através de parceria entre a Prefeitura do Recife e a Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES), e que tem por objetivo pensar a cidade a longo prazo, como foco em projetos para serem desenvolvidos até 2037. MENDONÇA FILHO Pensar a longo prazo é uma obrigação de qualquer gestor. Sempre atuei na administração pública combatendo os problemas do presente, mas com um olhar para o futuro. Foi graças a essa preocupação que consegui tirar do papel a Reforma do Ensino Médio e a Base Nacional Comum Curricular, projetos estruturadores e que vão impactar positivamente a educação brasileira no médio e longo prazo. Qual a visão de futuro que Geraldo Júlio deixou para o Recife? Depois de oito anos de mandato não conseguiu entregar um plano de mobilidade, mesmo o Recife figurando entre os piores trânsitos do mundo. Na educação estamos entre as piores capitais brasileiras segundo o IDEB, o Plano Diretor prefeitura tenta aprovar de maneira atropelada, em pleno processo eleitoral. Como é possível ver, planejamento de longo prazo não é a marca do PSB. Como compromisso para o futuro, minha primeira bandeira é que a discussão do Plano Diretor deva ficar para o próximo ano. o Projeto de Lei nº 28/2018, apresentado à Câmara dos Vereadores em dezembro de 2018, não pode ser votado em 3 meses, durante uma pandemia e no fim de um mandato. O novo prefeito precisa ter a oportunidade de discutir alternativas fundamentais para a gestão do município, tendo em vista que o Plano Diretor é a ferramenta central para o planejamento das cidades. MARÍLIA ARRAES Eu represento a única candidatura que desde o início do ano, mesmo antes da pandemia, começou a debater o Recife de verdade, unindo a sociedade, as comunidades e segmentos organizados. E dei a esse debate o nome de Recife Cidade Inteligente. Desde o início dessa conversa coletiva, que na pandemia se intensificou por meio de lives e entrevistas a rádios comunitárias, nosso maior propósito foi colocar as pessoas no centro das decisões, escutar o que os recifenses querem de verdade, não apenas no sentido da necessidade imediata, mas como podemos planejar o futuro. E de todo esse debate nasceu o nosso plano de governo, de longe o melhor entre todos os candidatos, e até um livro que tive a felicidade de apresentar neste período de campanha chamado “Recife – horizonte de desafios”. São dois documentos que estão disponíveis em plataformas virtuais, como as nossas redes sociais, que falam de como planejamos o futuro do Recife, colocando como eixo central o combate às desigualdades. Recife já teve grandes gestores e obras que entraram para a história da cidade, como a retirada das palafitas e a via mangue, que são obras que o PT legou à cidade com a contribuição decisiva do ex-presidente Lula. É preciso investir em obras que tenham continuidade ao longo do tempo, que não se restrinjam ao horizonte de um governo, e isso se faz olhando principalmente para a necessidade real das pessoas. É esse o Recife Cidade Inteligente que todos queremos e que vamos implementar a partir de 2021. CHARBEL MAROUN É tradição de prefeitos buscarem criar obras ou programas para darem uma marca a sua gestão e com isso se projetarem politicamente. Assim, referidos programas duram apenas o período do mandato. A nossa proposta é trabalhar com a estrutura existente e extinguir o que não deu certo. Como marca queremos mostrar uma gestão eficiente e não obras e monumentos. Recife precisa de planejamento de longo prazo para resolver problemas de estado que em uma ou duas gestões não seriam possíveis resolver como o trânsito, saneamento básico, melhorias da educação, melhoria da saúde, alagamentos, moradias em áreas de risco, vagas em creches, regularização fundiária urbana, dentre outras. Assim, nossas ações serão realizadas trabalhando três premissas, rapidez para início de implementação, com base em evidências e que sejam duradouras e não terminem com o mandato. Não vincularei programas a imagem da gestão, para evitar que prefeitos futuros abandonem o programa por ser bandeira de outro gestor. CORONEL FEITOSA É crucial haver um bom planejamento na gestão de uma cidade, pois é por meio dele que é possível enxergar as melhores opções para os setores de economia, saúde, educação, mobilidade, entre outros. Quatro anos é tempo suficiente para se executar boas ações e planejar futuras gestões. É fundamental

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Baile do Menino Deus anuncia espetáculo natalino dentro das casas

Em um momento de isolamento social vivido no mundo inteiro, o Baile do Menino Deus convida os brasileiros para “abrirem suas portas” para a chegada do “Menino Divino”. O espetáculo natalino que reúne milhares de turistas e conterrâneos no Marco Zero do Recife, se prepara para contar a história mais famosa do mundo, de uma forma desafiadora. Este ano, o Baile que faz uma leitura irreverente do nascimento de Jesus Cristo chegará nas casas dos brasileiros entre os dias 23, 24 e 25 de dezembro, através de um telefilme. O longa inédito da grande ópera popular nordestina, que se orienta nas tradições de festas e representações teatrais do ciclo natalino, incorporadas às mais diversas culturas do Brasil, começa a ser gravado a partir desta quinta-feira (12) e conta com direção geral de Tuca Siqueira (Amores de Chumbo e Fashion Girl) e direção de fotografia de Pedro Sotero (premiado em Cannes com o filme Bacurau). Produtora, roteirista e diretora de cinema, a pernambucana Tuca Siqueira iniciou sua carreira em 2003. Sua trajetória conta com diversas séries, filmes e documentários premiados. Entre eles, “Amores de Chumbo”, seu primeiro longa de ficção, considerado uma verdadeira pérola cinematográfica, pela crítica. “Eu tive a sorte de ter pais que sempre me levaram ao teatro e minha relação com a consciência do coletivo sempre foi muito forte por causa do meu envolvimento com a dança e o teatro, desde pequena. Acho que isso foi o que me levou para o audiovisual que é uma arte tão coletiva. Assisti o Baile pela primeira vez no ano passado. Me emocionou muito pela ousadia e coragem política de se apresentar uma Maria negra e um José rastafari. Tudo isso me dá muito mais orgulho de ter recebido o convite para dirigir o espetáculo. Foi um presente pra mim e será uma grande surpresa para o público. Diretor de fotografia desde 2006 no Recife, lugar onde desenvolveu uma consistente filmografia de curtas e longas-metragens, Pedro Sotero fotografou filmes que incluem três seleções oficiais no festival Cannes, à exemplo de “Aquarius”, “Bacurau” e “O Som ao Redor”. Em 2018 ganhou o prêmio de melhor fotografia no SSIFF, com longa argentino “Rojo” e em 2019, trabalhou na pesquisa, roteiro e fotografia do filme instalação SWINGUERRA, obra selecionada pra representar o Brasil na Bienal de Veneza e finalista do prêmio ABC 2020. A diretora de produção Carla Valença e Ronaldo Correia de Brito, criador e roteirista do Baile, oficializaram a ideia de transformar o espetáculo em filme, no mês de agosto. “Estremecemos só em pensar, mas partimos para o desafio de realizar três produções, dentro de uma mesma e gigante produção, que é a do Baile”, para não deixar o público sem o espetáculo”, comenta Ronaldo. A proposta do telefilme é encenar a apresentação da mesma forma que ela é todos os anos no Marco Zero, usando a linguagem do cinema mas sem perder nenhuma característica própria da montagem. Preocupados com a segurança dos artistas e de todos os profissionais envolvidos na produção, as gravações do Baile contam com todos os critérios de segurança, exigidos em tempos de pandemia e uma equipe médica formada por cinco profissionais e dois consultores foi contratada para criar um protocolo de segurança e prevenção à Covid19. “Quebramos a cabeça, pensamos muito com toda a nossa equipe, para que a consagração de um trabalho que começou há 37 anos não fosse interrompida e que fosse realizada de forma segura para os mais de 300 artistas e profissionais envolvidos em sua realização” reforça Ronaldo. Em sua edição de 2019, o Baile do Menino Deus quebrou mais um recorde de público levando mais de 70 mil pessoas, de todos os lugares do país, para a Praça do Marco Zero do Recife. “Era um desejo mais antigo de fazer o espetáculo num formato de filme, estamos felizes e ansiosos pois a oportunidade de realização chegou. Quando se deu a pandemia, eu e Ronaldo nos reunimos com muitas pessoas com o objetivo de vislumbrar caminhos e agregar profissionais com a expertise do teatro e do audiovisual, já prevíamos a possibilidade de não poder acontecer presencialmente”, revela a produtora Carla Valença. Parte da Trilogia das Festas Brasileiras, que retratam manifestações populares nordestinas como, a Bandeira de São João e Arlequim de Carnaval, no Baile do Menino Deus, a dupla de “Mateus” (personagens principais) é interpretada pelos atores Sóstenes Vidal e Arilson Lopes, que se revezam com Paulo de Pontes e Daniel Barros. Juntos, eles buscam uma forma de abrir a porta da casa onde estão José, Maria e o recém-nascido Jesus, para celebrar a vida em clima de festa. Uma saga que recorre a sortilégios, brincadeiras e invocação de criaturas fantásticas – como a Burrinha Zabilin, o Jaraguá e o Boi. Tudo com muita música e dança. O que faz o Baile do Menino Deus ser único na cena natalina brasileira é o seu projeto de resgatar várias formas de celebração do Natal, que sobreviveram e se guardaram apenas no Nordeste do Brasil. Reisado, lapinha, pastoril, cavalo marinho, guerreiro, chegança, boi de reis e outras manifestações.

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Crítica| Os Espetaculares (Amazon Prime Video)

Quem costuma frequentar o metrô do Recife provavelmente já deve ter se deparado com uma campanha publicitária da Amazon Prime Video estampada nos trens e nas plataformas. De olho no grande público, o serviço de streaming está investindo em produções brasileiras de apelo mais comercial. Entre as apostas, a comédia Os Espetaculares. A história acompanha Ed Lima (Paulo Mathias Jr.), um comediante de stand-up egocêntrico que, na intenção de provar seu talento ao filho Theo (DJ Amorim), decide participar de um concurso de comédia. Para isso, fará parte de um grupo formado por um ator dramático (Rafael Portugal), uma comediante nerd (Luísa Perissé) e um atendente de padaria nada normal (Victor Meyniel). O filme é dirigido por André Pellenz, diretor do primeiro Minha Mãe é Uma Peça, longa recordista de público no Brasil. O roteiro, escrito por Sylvio Gonçalves (Confissões de Adolescente, S.O.S. Mulheres ao Mar) é raso e previsível. Em meio aos poucos momentos engraçados, destaque para uma sequência hilária de stand-up dentro de uma igreja evangélica.  Quanto ao elenco, Paulo Mathias Jr. não tem o carisma necessário ao posto de protagonista. Diferente de Luísa Périssé, que consegue imprimir na tela o mesmo talento e bom humor da mãe, Heloísa Périssé. Rafael Portugal fica aquém do bom trabalho que faz no Porta dos Fundos. Os Espetaculares estreou na Amazon Prime Video no início do mês ao lado do terror "A Gruta". A proposta é aumentar o número de produções brasileiras na plataforma. Mais dois filmes ainda estrearão em novembro: Carlinhos e Carlão (12/11) e No Gogó do Paulinho (19/11).

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A preservação da história que precisamos

Desde a sua primeira edição, o projeto O Recife que Precisamos faz uma defesa da preservação dos marcos históricos e culturais da cidade, com um destaque para a necessidade de um olhar mais atencioso para o Centro. Sobre esse tema, perguntamos aos candidatos: “O centro do Recife guarda muito da história pernambucana, embora tenha muitos problemas de preservação. Quais as suas propostas para a preservação e exploração de todo o acervo histórico de cidade, em especial do Centro do Recife? DELEGADA PATRÍCIA Temos uma proposta de ocupação dos edifícios históricos do centro do Recife. Os térreos serão ocupados pelo comércio e os andares superiores por moradia. Para isso, vamos reduzir o IPTU nesses locais e incentivar que as pessoas voltem a morar no centro. Nossa proposta de segurança, o Blinda Recife, também vai atender a essa demanda. Com uma cidade mais iluminada e mais segura, as pessoas terão a possibilidade de ocupar novamente esses locais históricos. JOÃO CAMPOS Primeiro, é importante reforçar novamente a proposta do Projeto Antônio Vaz, que compreende uma gestão territorializada e integrada do centro da cidade: o Bairro do Recife e os bairros que compõem a Ilha de Antônio Vaz (São José, Santo Antônio, Joana Bezerra e Cabanga). O objetivo é dar uma atenção ao centro expandido da cidade com uma proteção por completo. Precisamos olhar essas localidades de forma integrada. Precisamos ter um cuidado específico de zeladoria urbana, de segurança e proteção do comércio. Vamos promover um escritório específico para poder focar no centro do Recife, de otimização para licenças e autorizações, contando também com a instituição de um conselho consultivo com órgãos como Ademi, Fecomércio, CDL, universidades, movimentos, associações e entidades com representação social. Assim, preservação e exploração da área serão feitas de forma adequada. Mas, além disso, vejo com muito otimismo a construção do Centro de Convenções de médio porte e do hotel-marina no Bairro do Recife, que vão impulsionar o turismo da região e reforçar a realização de eventos culturais dos mais diversos. MENDONÇA FILHO A cidade do Recife possui um conjunto arquitetônico, urbano e paisagístico que diz muito sobre a memória não apenas do nosso estado, mas também da formação da sociedade brasileira. E a prefeitura tem um papel fundamental na preservação desse patrimônio. Infelizmente, o que temos visto é a negligência da gestão do PSB com a nossa cultura. O Teatro do Parque é o mais representativo exemplo desse abandono. Fechado em 2010, completou 100 anos (em 2015) sem festa e sem público, pois está a mais de 10 anos fechado. Em nossa gestão trabalharemos em estreita parceria com o IPHAN para preservação do patrimônio cultural de nossa cidade. Iremos promover a reestruturação dos mercados públicos e seus entornos, para que o cidadão veja esses espaços como impulsionadores da economia local e elementos da identidade cultural. Para o centro do Recife, vamos realizar uma radical estruturação, promovendo a geração de emprego, habitação em prédios abandonados e trazendo entes públicos para ocuparem o centro. Já estabeleci conversas com o IFPE para a vinda de todos os estudantes dos cursos superiores da instituição. Isso dará um novo ânimo ao bairro, garantindo maior circulação, e impulsionando a economia local. MARÍLIA ARRAES A retomada econômica do Recife passa diretamente pela revitalização e reurbanização do Centro da Cidade. E isso também significa retomar o valor histórico, turístico e comercial que o nosso centro da cidade possui. Tenho conversado muito com entidades e segmentos que atuam no centro, como o CDL e o Porto Digital. E sempre digo a estes atores, que estão interessados na recuperação do centro, que não podemos abrir mão também do investimento em habitação. Precisamos levar as pessoas para morar no centro. São vários prédios abandonados que têm o valor venal abaixo do valor de débito da Prefeitura. Podemos fazer uma parceria com a construção civil, por exemplo. Também podemos fornecer incentivos fiscais para que o comércio volte a ter o protagonismo no centro, além de fazer convênios para que trabalhadores que já são da região possam morar nessas habitações. Assim também diminuiremos o problema do trânsito na cidade. Esse é um processo que só irá acontecer com uma parceria entre a Prefeitura e parceiros que também queiram mudar a cara da nossa cidade. A CDL, o Porto Digital e setores da construção civil, por exemplo, pensam o Centro como a gente pensa. CHARBEL MAROUN Para valorizar o centro do Recife, necessitamos trazer as pessoas novamente para morar na região. Pessoas de todas as classes sociais. E para isso, precisamos permitir que empreiteiras e construtoras possam reformar e construir moradias, retirando todas as normas que inviabilizam. Assim, já começaremos a tornar novamente atrativos os imóveis da região. Através de um compromisso firmado com o Porto Digital permitiremos que investidores revitalizem ruas e calçadas do centro e do Recife Antigo, sendo remunerados com a Contribuição de Melhoria a ser criada. Sem burocracia os imóveis abandonados terão atratividade comercial o que possibilitará a venda, reforma, construção e manutenção pela iniciativa privada. CORONEL FEITOSA Eu tenho um projeto de habitação no centro do Recife para recuperar os prédios antigos e levar as pessoas para morarem nesses prédios. Mas para que as pessoas sejam incentivadas de ir para o centro, vamos levar, inicialmente, como exemplo, empresas e órgãos públicos para o Centro do Recife. Irei transformar o centro do Recife em um referencial turístico, com segurança 24h. Também haverá saneamento e embutimento da fiação; fomento do comércio e de eventos que valorizem a cultura e os artistas locais. Quero transformar os espaços abandonados em espaços gastronômicos, comerciais, turísticos e culturais a exemplos de bares, restaurantes, museus, cinema, livrarias, lojas, etc.

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