Arquivos Z_Exclusivas - Página 81 De 363 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Finalizadas obras no Sobrado do Imperador de Igarassu

Do Iphan Traçado urbano irregular, casarões centenários e a primeira igreja construída no Brasil. Estes são apenas alguns dos atrativos do município de Igarassu, onde está localizado o imóvel conhecido como Sobrado do Imperador, parte da memória da cidade. A fim de preservar este legado do Centro Histórico igarassuano, a edificação acaba de passar por obras de conservação e manutenção. As intervenções receberam aproximadamente R$ 180 mil em investimentos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo. Iniciadas em janeiro de 2020, e após um período de suspensão em virtude da atual pandemia, as obras foram encerradas em outubro deste ano. As intervenções visam a conservação continuada do prédio, que passou por obras completas de restauração em 2009. O escopo dos trabalhos que acabam de ser finalizados contemplou limpeza e reparos no telhado e na cantaria; pintura de paredes; retificações e conservação em assoalho de madeira; conserto e pintura de esquadrias; imunização contra cupins, entre outros serviços. Destaca-se também a construção de um anexo com dois banheiros na parte externa junto ao Sobrado, que segue as normas de acessibilidade. Esta melhoria busca atender aos visitantes, pois havia apenas um sanitário na construção, no andar superior. Desde 2010 o prédio abriga o Escritório Técnico do Iphan em Igarassu, bem como a Casa do Patrimônio, espaço onde são promovidas diversas ações culturais e educativas. Com regularidade, oficinas, palestras e exposições movimentam o casarão: o trabalho continuado tem contribuído para aprofundar o conhecimento do público sobre Patrimônio Cultural, assim como estimula vínculos com o próprio sobrado, cenário de experiências marcantes para os frequentadores. O Sobrado do Imperador Construído entre os séculos XVII e XVIII, o bem consiste em um dos mais notáveis imóveis do Centro Histórico da cidade. O sobrado foi erguido com recursos advindos do imposto da carne no então povoado de Igarassu. Os primeiros usos foram diversificados, mas convergiram em abrigar instituições do poder oficial, como casa de aposentadoria, cadeia e Câmara. Em 1972, o Conjunto Arquitetônico e Paisagístico de Igarassu foi inscrito no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do Instituto. No século XIX, a edificação passou por transformações intensas. Acrescentou-se ao prédio uma ornamentação de referência neoclássica, vertente estilística que chega ao Brasil por influência da Missão Francesa em 1816 e permanece dominante ao longo daquele século. Mesmo com as alterações, foi mantida a essência da arquitetura seiscentista. Tais traços se mostram nos espaços permeados por jogos de cheios-e-vazios e pela conformação dos elementos em cantaria, que consiste em blocos de rocha bruta talhados de forma a constituir sólidos geométricos. O nome Sobrado do Imperador remete à visita de Dom Pedro II, que esteve no prédio em cinco de dezembro de 1859, quando realizava uma viagem pela região Nordeste. O evento ajudou a consolidar histórias de que a edificação foi construída no século XIX, o que não é historicamente acurado. Naquele ano o imóvel apenas foi preparado para recepcionar o monarca. A história de Igarassu Igarassu é considerada por alguns estudiosos como o primeiro núcleo de povoamento do País. Mais consensual é o título de segunda vila a ser criada no Brasil, após São Vicente, no atual estado de São Paulo. A cidade foi fundada em 27 de setembro de 1535, após a vitória dos portugueses sobre os índios Caetés. Na ocasião, o Capitão Afonso Gonçalves mandou erigir no local uma capela consagrada aos Santos Cosme e Damião, hoje a mais antiga existente no Brasil. Começa a surgir no alto da colina um modelo de implantação que materializava o poder administrativo e religioso colonial português. O estabelecimento de uma praça e de um largo delimitado por igreja, câmara, cadeia e demais prédios de propriedades e funções proeminentes consistia na estrutura inicial de povoamento, que se repetiria em Olinda e em outras cidades brasileiras. Há duas explicações para a origem do nome, ambas de tradição indígena. Segundo a primeira, teria como fonte os termos do tupi Igara e Assu, que significam, respectivamente, “canoa” e “grande”. Os historiadores acreditam que a designação teria vindo da exclamação de surpresa dos índios ao avistarem as imensas caravelas portuguesas. A outra possibilidade é de que remeta a três palavras indígenas: Ig = água ou rio; Guara = ave aquática; e Açu = grande. Desta forma, Igarassu significaria Rio dos Grandes Pássaros, também em alusão às embarcações que despontavam na costa durante os primeiros anos da colonização.

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Anvisa mantém suspensão de testes da CoronaVac

Da Agência Brasil A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu manter a suspensão dos testes de estudo clínico da vacina CoronaVac. A suspensão ocorreu por causa de um “evento adverso grave” ocorrido. De acordo com o presidente da agência reguladora, Antonio Barra, a decisão foi tomada pela área técnica da Anvisa a partir de informações encaminhadas ao órgão pelo Instituto Butantan, laboratório que conduz os estudos no Brasil. Ainda não há previsão de retomada dos testes. As informações foram recebidas e analisadas pela gerência-geral de medicamentos da Anvisa, responsável por acompanhar os testes. Em coletiva de imprensa realizada sobre o assunto, Barra disse que a agência seguiu o que está previsto nos protocolos de Boas Práticas Clínicas para este tipo de procedimento. “Quando temos eventos adversos não esperados, aqueles que no primeiro momento não conseguimos estabelecer uma correlação, a sequência de eventos é uma só: a interrupção do estudo”, disse Barra. “O protocolo manda que seja feita a interrupção do teste e se nós não o fazemos, a responsabilidade obviamente é nossa diante da repetição desse mesmo evento”, afirmou Barra. A defesa foi acompanhada pela diretora da Anvisa, Alessandra Bastos, que justificou a decisão da agência dizendo que a única informação de que a agência dispunha era que um evento adverso grave não esperado havia ocorrido, o que, segundo o protocolo, determinava a suspensão. “Todos nós aqui queremos ter a saúde resguardada e quando estamos falando de uma vacina para o enfrentamento de uma doença nova não há, de fato, a menor possibilidade de dúvida. Quando a informação não nos da segurança para seguir, isso [a suspensão] é previsto em protocolos internacionais”, afirmou Alessandra. Durante a coletiva, o gerente-geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, reconheceu que as informações sobre o evento foram encaminhadas pelo Butantan, mas não foram recebidas pela agência em razão do ataque hacker ocorrido na semana passada, que atingiu diversos órgãos, entre eles o Ministério da Saúde. Mendes disse que, após o ocorrido, foi acionado um plano de contingência, e as informações foram recebidas no dia 9, no final da tarde. “Não poderíamos cometer o risco de que mais voluntários fossem vacinados sob o risco de que mais voluntários pudessem ter eventos adversos semelhantes. Usamos o princípio da precaução que parte do pressuposto de que, na dúvida, não podemos arriscar”, justificou. Questionado sobre informações noticiadas por diferentes veículos de comunicação de que o evento adverso grave foi um óbito, por suicídio, não tendo ligação com a vacina, Barra disse que a Anvisa não recebeu a informação por canais oficiais. Segundo ele, as informações vão ser analisadas por um comitê independente de especialistas que darão um parecer sobre a continuidade dos testes. Somente a partir daí a Anvisa vai decidir sobre a retomada dos procedimentos. “Diante do evento adverso grave, o comitê independente tem que atuar. Então a informação tem que vir daquele canal, os demais canais por mais que tenham informações relevantes, eles não são o comitê independente”, disse. Butantan Em outra coletiva de imprensa sobre o assunto, em São Paulo, na manhã de hoje, o Instituto Butantan afirmou que o evento foi reportado detalhadamente à Anvisa no último dia 6. O voluntário teria recebido a dose no dia 29 de outubro, 25 dias antes de o evento adverso acontecer. Por causa do ataque hacker, no entanto, a Anvisa só recebeu as informações ontem. Apesar de ter se referido ao evento como um óbito na noite de ontem, hoje o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, não confirmou a morte do voluntário. Ele garantiu que o evento ocorreu mais de três semanas depois da aplicação da dose e que efeitos adversos relacionados são esperados em até sete dias. O Butantan também reforçou que ainda não se sabe se o voluntário, que era paciente do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, tomou a vacina ou o placebo (uma substância que não apresenta interação ou efeito no organismo). Covas ressaltou que, por conta do sigilo, de aspectos éticos e de respeito à família do voluntário, não é possível divulgar dados do paciente. "Não podemos dar detalhes porque isso envolve sigilo e nos impede de dar as características do voluntário. O que afirmo é que esses dados estão todos com a Anvisa. A conclusão do relatório é exatamente isso: o efeito adverso grave foi analisado e não tem relação com a vacina". Covas ressaltou, que os dados foram enviados à Anvisa dentro dos protocolos determinados pela agência reguladora e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), com todas as informações exigidas para o esclarecimento e para evitar a necessidade de paralisação do estudo. Ele criticou a suspensão anunciada pela Anvisa sem a realização de uma reunião prévia para mais esclarecimentos, o que foi feito na manhã de hoje de forma virtual. "Eu fiquei sabendo disso pela imprensa ontem à noite. Nem eu nem os responsáveis pelo estudo recebemos nenhum telefone da Anvisa anteriormente. Ontem (9) o Butantan recebeu um e-mail às 20h40 para comunicar da reunião para tratar do assunto, mas anunciava ao mesmo tempo a suspensão do estudo. Vinte minutos depois essa notícia estava em rede nacional", disse. Para Covas, o anúncio da suspensão dos estudos clínicos foi precoce e não há motivo para a interrupção. "Aqueles que estão participando que continuem tranquilos. A reação não tem relação com o que eles receberam, eles não terão nenhum tipo de efeito adverso, isso eu afianço a eles. Aqueles que estavam na fila para receber, por favor, continuem, mantenham-se fiéis à vontade que vocês têm de ajudar o país, de ajudar esse desenvolvimento. A presença de vocês no estudo é fundamental. Nós precisamos concluir esse estudo agora mais rapidamente do que nunca", pediu.

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A paradiplomacia está na pauta dos prefeituráveis?

A paradiplomacia é uma espécie de diplomacia que corre em paralelo ao poder federal, sendo conduzida pelas autoridades municipais e estaduais. É a primeira vez que o projeto O Recife que Precisamos pauta esse tema. Perguntamos aos candidatos: A paradiplomacia é um assunto que passou a entrar recentemente na pauta dos municípios. Anteriormente era restrito aos governos nacionais. Com algumas dezenas de consulados presentes no Recife, o(a) Sr(a). visualiza a possibilidade de desenvolver uma atuação na cidade no campo da paradiplomacia? Caso, sim, o que o(a) Sr(a). pretende realizar?” DELEGADA PATRÍCIA Como disse anteriormente, estamos abertos às boas ideias. Já nos reunimos com representantes de diversos consulados. O Recife é a capital do nordeste com o maior número de consulados e representações internacionais. Essas organizações têm projetos educacionais, de turismo, tratamento de água, e diversas outras áreas. Nossa gestão tem o compromisso de implementar projetos em parceria com os consulados, assim como com as empresas que quiserem investir em melhorias para a nossa população. Trabalharemos com os países que tiverem representação aqui na cidade. Vamos aproximar nossa gestão dessas organizações, em benefício do Recife. JOÃO CAMPOS De antemão, a criação da Invest in Recife atende a essa demanda com uma proposta de atração de empresas e possíveis investidores que venha de fora. Sem impactar em novas despesas à Prefeitura, teremos uma agência de fomento para a atração de novos investimentos para a capital pernambucana. Vamos atuar na apresentação das potencialidades do Recife, inclusive fora do país, e na construção das condições necessárias para a instalação de novos projetos na cidade. Por meio da nossa agência, discutiremos com as empresas que já têm interesse em investir no Nordeste e buscaremos outras com capacidade de expansão para a nossa região. Apresentaremos o Recife e suas potencialidades, destacando a nossa mão de obra qualificada como um grande ativo. Além disso, nada impede que o tema da paradiplomacia seja melhor estudado e aprofundado para que novas ações nesse sentido também sejam criadas. MENDONÇA FILHO O Consulado Americano mais antigo do Brasil fica em nossa cidade, o Consulado Alemão completou em 2020, 152 anos de sua chegada. Esses fatos, são importantes provas da tradição consular do Recife. Com 43 consulados, somos considerados a capital diplomática do Nordeste. Quando eleito irei manter uma estreita interlocução com a comunidade consular em nossa cidade, procurando estabelecer parcerias que ajudem o Recife a captar investimentos estrangeiros, a promover o comércio entre os povos, e divulgar o potencial turístico local. MARÍLIA ARRAES A gente vive hoje um cenário em que o atual prefeito do Recife não exerce o seu papel institucional de sequer dialogar com o Governo Federal, ou com o Congresso Nacional, com a bancada federal de Pernambuco. E isso é muito ruim para a cidade. Eu faço oposição clara e contundente ao Governo Bolsonaro. Voto contra essa pauta atrasada e anti-povo que ele tenta implementar no País. Lutei por exemplo para que o auxílio-emergencial fosse ampliado de R$ 200, como Bolsonaro e Paulo Guedes queriam, para R$ 600. Eu na prefeitura vou é atrás de recursos para o Recife, vou bater na porta do Governo Federal e do Governo Estadual. E vou cobrar muito. Vou reunir a bancada federal e mostrar quais são as nossas prioridades imediatas, vou gastar sola de sapato e exigir resultado de todas as secretarias municipais, sem exceção. Eu sempre tive aptidão para o diálogo, sempre fiz política assim, e com certeza vou exercer a diplomacia em sua plenitude, vou sentar com os consulados e traçar programas que tragam resultados para a população, como parcerias em programas sociais, e também ações que fortaleçam os laços entre o Recife e a comunidade internacional, levando nossas potencialidades para fora, estimulando o turismo e também o nosso comércio. Toda parceria será bem-vinda, e terei uma atitude proativa, vou atrás. Essa será uma marca nossa na prefeitura a partir de 2021. CHARBEL MAROUN Pretendo sim, já conversei com diversos cônsules e vamos trabalhar principalmente em ações para trazer grandes eventos internacionais para o Recife, nas diversas áreas empresariais, esportivas e artísticas. Teremos um diálogo constante com todos os países e entidades internacionais com interesses comerciais, esportivos, culturais e artísticos em nossa cidade. CORONEL FEITOSA A paradiplomacia é uma excelente oportunidade para o Recife aproveitar o potencial que tem de viabilizar novas oportunidades com outras cidades e países, sendo os consulados presentes no município um possível meio de construir essas pontes com o futuro. A capital pernambucana tem, por exemplo, o Porto Digital, que possui destaque internacional pelas grandes ideias e soluções tecnológicas. Sendo assim, na minha gestão, buscarei dialogar com toda esfera de poder público e privado como também com instituições institucionais, ouvindo as ideias deles e verificando o que se pode trazer do exterior para a nossa cidade, bem como, apontar o que é possível levar do Recife para fora.

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“Em breve chegaremos à Idade Média”, diz Ignácio de Loyola Brandão

Paulista de Araraquara, jornalista, romancista e crítico mordaz do governo federal, Ignácio de Loyola Brandão abre hoje (10), às 17h, a terceira etapa do Circuito Cultural Digital de Pernambuco. Aos 84 anos, o imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) participa da live O professor pode criar um escritor, que tem mediação do jornalista Fellipe Torres. Na conversa, ele vai falar sobre o papel do professor na formação de leitores e escritores, os mestres que contribuíram para sua formação e o descaso do ministro Milton Ribeiro com a Educação. O Circuito Cultural é uma iniciativa da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) com curadoria da Fundação Gilberto Freyre e apoio de mais de 20 livrarias, editoras e instituições. As atividades oferecidas são gratuitas, com atrações para todas as idades, e podem ser acompanhadas pelo portal www.circuitoculturalpernambuco.com.br. Confira a entrevista concedida por Ignácio de Loyola, autor com 46 livros publicados, traduzido para diversos idiomas e vencedor do Prêmio Jabuti de Melhor Ficção com o livro O Menino que Vendia Palavras, em 2008, e do Prêmio Machado de Assis da ABL pelo conjunto da sua obra, em 2016. Há pouco mais de um mês, na coluna que assina no jornal O Estado de São Paulo, o senhor sugeriu que o ministro da Educação pedisse desculpas aos professores pela lamentável declaração dada (“Hoje, ser um professor é ter quase uma declaração de que a pessoa não conseguiu fazer outra coisa”). As desculpas não vieram… O que esperar de um governo que não tem a educação como prioridade e de um ministro que demonstra não conhecer a realidade educacional do País, referindo-se dessa forma aos mestres? Ignácio - As respostas não vieram por duas razões, por arrogância e por não haver respostas. Toquei na ferida, na chaga exposta que apodrece, gangrena. O ministro, que pertence a uma das mais respeitáveis instituições de ensino e São Paulo, conservadora ao extremo, é também pastor religioso. Quando eu disse que ele jamais percorreu o País, jamais conversou com secretários de educação, jamais soube da real situação dos professores, e prega inclusive o castigo físico aos alunos, ele nada disse, porque nada tem a dizer. É um burocrata fechado numa sala do bairro de Higienópolis, um dos mais elitistas e São Paulo. Bairro que recusou uma estação de metrô, porque iria denegrir a imagem local com o povo transitando por ela. Desde que assumiu, o presidente – presidente? – pouco se incomodou com a Educação. Odeia ensino, porque é ignorante, analfabeto. Faz dois anos que não existe ministério, ministros, projetos, discussões. Zero sobre Zero. Achincalhou as universidades, “pontos em que se planta maconha”. Cancelou verbas, combate pesquisas. É um trator que passa sobre tudo que forma um país. Átila, aquele rei dos hunos, que conquistava e deixava terra devastada. Para que educar, se o ensino o cidadão abre a cabeça, forma o pensamento? Quem quer formar cidadãos? Estes pensam, raciocinam, conhecem, protestam, manifestam e portanto incomodam. Quanto mais ignorante um povo, mais fácil de ser manipulado, enganado, traído. Em breve chegaremos à Idade Média. Não bastasse tudo, no final de quarta-feira passada (4), Bolsonaro tirou R$ 1,8 bilhão da verba da Educação, passando para obras. Eleitoreiras. Em função do isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus, professores tiveram de aprender de uma hora para outra uma nova forma de dar aulas: virtualmente. Ao mesmo tempo, o ministro da Educação, faz uma declaração desse tipo. Com um ministro que tem esse pensamento e leva o País ao caos educacional, qual o futuro da educação brasileira? O senhor crê em mudanças positivas? Ignácio - Há muitos anos o ensino vem sendo esquecido. Desde a ditadura (talvez) se montou um projeto de acabar com ele, que neste momento chega ao máximo da derrocada. Também o ensino privado, uma indústria, vem trabalhando subterraneamente para isso. Há quanto tempo se abandonou a formação de professores, preparando-os para um ensino moderno? Desde os anos 80 o digital vem crescendo, se impondo em todos os setores. Quando algum ministério pensou na modernização do ensino? Quantas escolas têm computadores e professores preparados com tecnologia para trabalhar com eles? Entre a população mais pobre, quantos têm computadores em casa? Com a pandemia, de um momento para o outro, todos se recolhem e as aulas são on-line. O professor não sabe dar aulas on-line, porque é uma situação inteiramente nova, súbita, o aluno não sabe frequentar, os pais não querem ou não têm tempo de ajudar, a internet é de quinta categoria, falha. O que esperar? E há dois anos um Ministério inerte, incompetente, burro fica lá... Olhando, talvez rindo… Mudanças? Sim. Com pessoas preparadas pedagogicamente, conhecendo o País, as diferenças regionais, as necessidade locais. Do ministro ao secretário estadual, ao municipal, aos diretores de escolas, ao professor. Mudar toda a estrutura e colocar dinheiro nisso e não nos desejos do Centrão ou dos filhos do presidente vai e vem, fala hoje, desmente amanhã. Em Araraquara, minha terra, no interior, dizia-se, um homem que caga para trás toda hora... No Brasil, professores são mal remunerados e não têm o devido reconhecimento por parte do governo federal pelas atividades que desempenham. O senhor já viajou por vários cantos do País e já viu professores que se desdobram para dar boas aulas com poucos recursos. Ser professor no Brasil, num governo que não investe em educação, é um ato de resistência? A paixão pelo ensino consegue superar as dificuldades? Ignácio - Já falei nisso em minha carta ao Ministro sem resposta. O que existe de professor bom, dedicado, maluco, inventando, criando, renovando por este Brasil afora não está escrito. Professores que têm paixão e professores que sentem necessidade, a custas de sacrifícios pessoais enormes, de levar adiante o projeto Educação. Sim, eles praticam a resistência, ainda que os salários sejam assim ó ... Lembram o gesto de Chico Anysio na Escolinha do Professor Raimundo com os dois dedos quase grudados. Os apaixonados, os que não desistem, sim existem. Mas por quanto tempo? Porque há professores que passam fome. Quero

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Suape faz aniversário e comemora o crescimento até setembro de 7%

O Complexo Industrial Portuário de Suape chegou aos 42 anos, no último sábado, acumulando recordes de movimentação, atraindo novos negócios e passando por uma grande transformação digital e socioambiental. Até setembro de 2020, Suape ocupava o quinto lugar entre os portos públicos, conforme dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), e obteve um crescimento de 7% na movimentação portuária em comparação com o período de janeiro a setembro de 2019. Foram 18.743.032 de toneladas movimentadas, o maior volume de cargas já movimentadas na história do porto, em plena pandemia. “Nesse ano atípico, passamos por uma série de mudanças para garantir o abastecimento da população e a segurança dos trabalhadores portuários. Tem sido um período de muitas parcerias, muita articulação, criatividade e trabalho duro, que vêm garantindo não só excelentes resultados na movimentação de cargas, mas o andamento de quase todos os nossos projetos. Graças ao apoio de toda a comunidade portuária e da sensibilidade do Governo do Estado e Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que vêm tratando esse momento de crise com tanta responsabilidade e competência, Suape chega aos 42 anos como um termômetro de que a economia de Pernambuco vai bem e no rumo certo”, afirma o presidente de Suape, Leonardo Cerquinho. No cenário nacional, o Porto de Suape aparece em primeiro lugar na movimentação de cabotagem (entre portos do mesmo país), com 12.412.046 de toneladas movimentadas entre janeiro e setembro - 10,5% a mais que no mesmo período do ano passado. Também mantém a liderança na movimentação de granéis líquidos no país, com aumento de 8,5% até setembro, somando 14.032.515 de toneladas. No Nordeste, é líder no embarque e desembarque de contêineres e de veículos. Entre novas empresas instaladas e ampliações, R$ 696,5 milhões em investimentos privados estão sendo alocados no território. Além do Laboratório Aché, que inaugurou uma primeira etapa e continua em obras (um investimento de R$ 660 milhões com geração de 3 mil empregos), chegaram ao complexo a Ziralong, empresa de armazenamento e transporte de contêineres, com investimento de R$ 15,5 milhões e geração de 95 empregos diretos e 120 indiretos, e a SIW Kits Eólicos, sistema da LM Wind Power, com R$ 10 milhões de investimentos e 40 empregos diretos gerados. A ampliação da fábrica de embalagens plásticas para bebidas, alimentos, cosméticos e farmacêuticos Plastamp terá R$ 11 milhões aportados. Entre os investimentos previstos em novos terminais, está a instalação de um Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) pela Golar Power, com investimento de R$ 1,8 bilhão, no primeiro trimestre. (Complexo Industrial Portuário de Suape)

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Janelas Casacor em exposição até dezembro em Pernambuco

Enquanto a Casacor 2020 foi adiada devido à pandemia, o projeto “Janelas”, que tem o objetivo de refletir sobre a casa a partir do pós pandemia, já chegou à Pernambuco. No Brasil 12 cidades estão envolvidas na ação que começou na última sexta-feira (6) e segue até o dia 20 de dezembro. Entre as novidades deste ano estão as instalações em Brasília Teimosa e na Comunidade de Entra Apulso. O Shopping Recife concentra a maior parte dos ambientes. Com a CASACOR adiada em função do momento atual, o conceito da edição “Janelas” é propor experiências físicas e digitais, batizada de “figital”, para expor as reflexões do nosso tempo e para o futuro. Além de contemplar os ambientes através das vitrines, gratuitamente, as pessoas poderão usar QR Code para fazer tour virtual e ainda acompanhar a produção de vários conteúdos, através das redes sociais. Serão gerados vídeos com narrativas dos arquitetos sobre seus espaços e direcionamento dos visitantes ao Marketplace dos patrocinadores e fornecedores envolvidos. Os 13 Ambientes “Janelas CASACOR” serão instalados em contêineres com fachadas de vidro, que vão poder ser contemplados em vários pontos estratégicos e de grande visibilidade do Recife. No total, serão sete unidades com 15 metros quadrados e outras seis unidades com 30 metros quadrados de área. “O mais gratificante é que, em um ano cheio de dificuldades, o Janelas CASACOR de Pernambuco será recheado de belas novidades e está sendo planejado para interagir de forma harmônica com a cidade e sua paisagem”, explicam Isabela Coutinho e Carla Cavalcanti. O projeto “Janelas”, idealizado pela CASACOR Brasil, ganhou adesão e apoio logístico da Prefeitura do Recife, que autorizou a instalação dos contâiners em áreas estratégicas da cidade. Todo o planejamento e viabilidade do projeto foram acompanhados de perto pelo secretário Túllio Ponzi, de Inovação Urbana. “Não poderíamos deixar de apoiar um projeto que está totalmente alinhado com as normas de biossegurança e, ao mesmo tempo, oferece experiências diversas tanto para os recifenses, quanto para os turistas que passarão pela nossa cidade nesse período”. O Shopping Recife será o local com maior concentração de ambientes. Cinco espaços estarão estrategicamente visíveis no primeiro piso do mall, além de espaço para exposição de objetos e utilitários de arte e design dos artesãos, apoiados pelo SEBRAE, por Michele Gil Rodrigues. “Estamos sempre em busca de novidades para os nossos clientes. Mais uma parceria com a CASACOR, que promete fazer sucesso aqui no Shopping, com grandes oportunidades e ideias de decoração neste novo momento”, adianta Renata Cavalcanti, gerente de Marketing. Ainda no centro de compras, uma caixa de vidro projetada pela arquiteta Marylia Nogueira para a Deca, um dos patrocinadores nacionais da exposição. Na área social C (próximo do acesso aos cinemas) mais dois espaços, sendo um assinado por Dubeux e Vasconcelos para o Minha Casa Financiada, e outro da UNINASSAU, com projeto de estudantes e seus orientadores do curso de Arquitetura. Completando o conjunto de vitrines do Shopping Recife, na área externa da 5ª, estará o ambiente da Moura Dubeux, com ambientação de Zirpoli Arquitetura. Circuito social e navegabilidade Os outros contâiners estarão em pontos de grande visibilidade no Recife. No Parque Dona Lindu, a proposta das Arquitetas PE trás a moradia pós COVID. No 2º Jardim de Boa Viagem, dois ambientes: André Carício será o arquiteto do espaço da Haut Incorporadora, e Ju Nejaim. Márcia Nejaim e Suzana Azevedo prometem um belo projeto para o ambiente da Vivix Vidros Planos, no Marco Zero. We Arquitetos é o escritório da vitrine da Rua da Aurora. Na Jaqueira, Romero Duarte Arquitetos. Um dos destaques é a alternativa dos visitantes fazerem um circuito fluvial, por alguns ambientes. Através da navegabilidade, é possível acessar pontos de para próximos a algumas vitrines, às Margens do Capibaribe. “Teremos barcos credenciados, com todos os equipamentos de segurança, para fazer o circuito fluvial CASACOR, com paradas em todos os conteiners acessíveis através do Rio”, explica Isabela. Outro destaque do Janelas CASACOR, são dois ambientes com função social e propostas de moradias de baixo custo, com soluções criativas, funcionais e estéticas. Em ambos os casos, os espaços serão doados para as comunidades. Um desses espaços ficará em Brasília Teimosa, com projeto de Josemar Costa e André Azevedo, para as Tintas Coral. O projeto de Luiza Nogueira também será implantado no Entra Apulso, em uma parceria com o Instituto Shopping Recife. “Poder proporcionar essa experiência aos moradores de Entra Apulso é motivo de muita alegria. Uma novidade que também estará no Shopping Recife e seu entorno, democratizando o acesso à arquitetura para todos os públicos”, celebra Ione Costa, presidente do instituto. Uma das novidades desta edição é que a mostra ganha destaque regional, com um dos ambientes no Agreste, mais precisamente no Difusora Shopping, com espaço da Copergás, assinado pelo escritório PMZ Arquitetura. “Este é o primeiro passo rumo à interiorização da CASACOR em Pernambuco. A nossa ideia é expandir e contemplar outras cidades do estado já a partir do próximo ano”, finaliza Carla. VIVIX O Marco Zero do Recife, principal cartão postal da capital pernambucana, abraça o sofisticado Studio VIVIX da Vivix Vidros Planos, empresa patrocinadora da edição especial “Janelas CASACOR”, . O ambiente da Vivix, que é um Studio completo, tem assinatura do escritório Nejaim Azevedo Arquitetos Associados das arquitetas Marcia Nejaim e Suzana Azevedo. Às margens do Rio Capibaribe e com vista privilegiada para o Parque das Esculturas Francisco Brennand, o Studio VIVIX promete chamar a atenção de turistas e recifenses. A vitrine do espaço foi construída com os vidros laminados da linha VIVIX Lamina e poderá ser contemplada tanto em terra firme, para quem estiver circulando pelo Marco Zero, como também em passeios de barcos credenciados pela mostra, que farão o circuito fluvial CASACOR passando por ambientes próximos ao rio. Além disso, o público também poderá ter acesso ao espaço da Vivix em visita virtual guiada pelas autoras do projeto, no site oficial da CASACOR. SERVIÇO: JANELAS CASACOR 6 DE NOVEMBRO A 20 DE DEZEMBRO 13 AMBIENTES - Shopping Recife (Seis ambientes) Dubeux Vasconcelos Arquitetura –

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Emprel passa a integrar Porto Digital com nova sede no Bairro do Recife

A Emprel (Empresa de Informática do Recife) é a nova integrante do Porto Digital, com a mudança para nova sede na Rua do Brum 123, no Bairro do Recife. A inauguração do novo espaço aconteceu na última sexta-feira, com a presença do prefeito Geraldo Julio, do presidente do Porto Digital, Pierre Lucena, do Secretário de Finanças do Recife Ricardo Dantas e do presidente da Emprel Eugênio Nunes. A proposta de mudar a Emprel para o Porto Digital – visto que a antiga sede era no bairro do Bongi - facilita que a  expertise em soluções de TIC para Gestão Pública possa ser oferecida ao estabelecer parcerias e consultoria a empresas locais. A Emprel também teráa capacidade de oferecer incubação de Projetos de Negócios Inovadores na área de produtos e serviços públicos, submetidos por startups locais, além de participar de projetos de formação de mão-de-obra especializada, para atender as demandas na região. “É um prazer o Porto Digital receber a Emprel dentro do Bairro do Recife. A gente já tinha falado da importância de trazer não apenas as empresas privadas para cá, mas também trazer os organismos estaduais e municipais que trabalhassem com tecnologia para fazer essa interação com as empresas que estão no Porto Digital. Já somos aqui 11.600 pessoas, a Emprel está chegando aí com mais 300 pessoas, aumentando o portfólio de empresas no nosso ecossistema e isso para a gente é muito relevante.", destacou o presidente do Porto Digital Pierre Lucena. “A Emprel não poderia estar fisicamente longe do Porto Digital. É muito importante que nós estejamos aqui. A Emprel mostra que tem a característica de uma empresa prestadora de serviço para a administração municipal. E, como prestadora, respondeu às responsabilidades que teve. Mas a Emprel mostra também que pode ser uma start-up e está pronta para atuar naquilo que for demandada e naquilo que aparecer de oportunidades dentro da cidade. Passa a ser uma empresa de ponta que apresenta soluções, que vai para dentro da sociedade, que olha para o futuro da cidade e que olha para os recifenses”, afirmou o prefeito Geraldo Julio. (Da Prefeitura do Recife)

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Feijoeiros , Feijoadas e os paladares cotidianos.

Sob as denominações de feijoeiros e feijões estão incluídas plantas e sementes de diversas espécies, reunindo dezenas de tipos. As espécies principais são do gênero Phaseolus. Phaseolus aconitifolius Jac. var. – origem americana Phaseolus angulares Wild – origem japonesa Phaseolus aureus Roxhg – cultivado a muito tempo na Índia Phaseolus lunatus L – origem na Guatemala Phaseolus vulgaris L – origem na América do Sul Levado para Portugal, Phasedus vulgaris L, no século 16 resulta em profundas transformações na agricultura e na alimentação, combinando-se com o milho e a abóbora, substituindo algumas leguminosas como as lentilhas, resultando em novos cardápios. Para Angola, introduzido pelo brasileiro chega o Phasedus aureus Roxhg, bem como a nossa mandioca, nativa que também compõe com o feijão a dieta mais popular e nacional desse país africano Os pratos misturados, reunindo diferentes tipos de carnes, pescados, crustáceos, temperos, leguminosas, é uma antiga tradição européia, reunindo assim em uma mesma panela ingredientes que se complementam, intercambiando sabores e adquirindo rica e especial identidade. Exemplos: o cozido português, o cozido espanhol, ou ainda o cassoulet na França, feito de feijão branco, incluindo carnes de carneiro, porco, toucinho de porco, pato, ganso e muitos outros temperos. Certamente, em contextos históricos no Brasil Colônia e Império os cardápios dos escravos eram variáveis conforme as opções dos ingredientes. Contudo vigorava uma base formada de pirões de milho, de farinha de mandioca, opções de peixes salgados e frutas que integrando-se aos outros cardápios, digam-se os europeus, trazendo dos muitos contatos com especiarias, receitas e modos de fazer e de servir orientais, ampliando assim os gostos e as opções gastronômicas. O homem português, já habituado as misturas de legumes e carnes variadas, de certa maneira, é um agente civilizador do comer no Brasil, estando também sensível aos aspectos econômicos e sociais para novos pratos e novas misturas. Atribui-se o valor nutritivo e aceitação nacional da feijoada, que é muito além de um prato, sendo verdadeiro cardápio. O feijão e misturas, reflete também uma grande mistura de povos, etnias e culturas que caracterizam o brasileiro em diferentes cenários ecológicos do litoral atlântico aos sertões, serrados, pantanais, grandes bacias hidrográficas como a amazônica entre outros. Além de forte inspiração na cozinha ibérica, Portugal e Espanha, os encontros com a África, com a vida brasileira fazem da feijoada um prato/cardápio que traduz aspectos desse ser brasileiro. Desse encontro plural, complexo e de identidades tão marcadas pelo que come e se manifesta pelos rituais diversos da alimentação Spix e Von Martius, falam de uma alimentação grosseira de feijão preto, fubá de milho e toucinho de porco, sendo um cardápio bem popular, semelhante ao cardápio de escravos em Minas Gerais e na Bahia, constando de feijão, banana, toucinho e carne-seca. Aí está a base da nossa tão celebrada feijoada brasileira, segundo um estilo à carioca, feita de feijão preto, porco em diferentes interpretações: orelhas, pés, rabinhos, toucinho todos devidamente bem salgados para assim conservar as iguarias, acrescentando-se carne fresca, daí o nome verde e de boi; carne-seca ou carne-de-charque, também salgada, além dos embutidos tais como: lingüiças de carne de porco de diferentes tipos: defumada, do tipo paio entre outras. O feijão bem cozido, deixando aquele caldo grosso, generoso e as carnes em quantidade, pois comer feijoada é o mesmo que comer muito e com muita gente, pois se há um prato socializador é, sem dúvida, a feijoada. Atribui-se a feijoada uma procedência afrodescendente, trazendo, em especial, os miúdos do porco para um aproveitamento gastronômico, ampliando e enriquecendo as opções da dieta alimentar dos escravos, sempre combinadas com as frutas disponíveis como banana entre outras. Há ainda uma combinação obrigatória na feijoada histórica e na contemporânea que é a do acompanhamento de frutas cítricas. A laranja em pedaços e o limão misturado com cachaça e açúcar, certamente para apurar e apontar sabores das carnes salgadas, do arroz, da farinha de mandioca que cobre o feijão ou em forma de farofa acrescida de ovos e demais temperos. Ainda as pimentas, sempre frescas, especialmente vermelhas, como vermelho é o fogo e o sabor que amplia o gosto e estimula comer, comer muito em tempo quase mágico que a comida indica e traduzindo inúmeros significados para o cotidiano e a festa. Além da nacional feijoada de feijão preto, notadamente no Nordeste há a feijoada de feijão mulato ou feijão mulatinho, seguindo o mesmo princípio de carnes, contudo prevalecendo carne-de-charque, carne fresca e acréscimos com as chamadas verduras – quiabo, abóbora ou jerimum, jiló, maxixe entre outros. Essa feijoada caracteriza-se pelos adubos frescos.  

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Lançamento do livro “Parque Capibaribe: A Reinvenção do Recife Cidade Parque”

Da Prefeitura do Recife Um projeto para o futuro é feito com as ideias, o esforço e a vontade de muitas pessoas. Ele é concebido, nasce, se desenvolve e nunca para de evoluir. O Parque Capibaribe é um desses projetos para o futuro. Um projeto para um Recife mais sustentável, mais integrado com o meio ambiente, trazendo as pessoas para o centro desta vivência. Iniciado em 2013 em um convênio da Prefeitura do Recife com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), através do INCITI - Pesquisa e Inovação para as Cidades, sob gestão atual da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, e com previsão de conclusão para 2037, data comemorativa dos 500 anos do Recife, o Parque Capibaribe ganha agora seu primeiro registro em formato livro: “Parque Capibaribe: A Reinvenção do Recife Cidade Parque”. A publicação foi lançada ontem, na Prefeitura do Recife. O prefeito Geraldo Julio fez o lançamento em uma reunião online com representantes da sociedade civil e atores públicos ligados ao projeto tais como o Reitor da UFPE Alfredo Gomes; os coordenadores do projeto Roberto Montezuma, Circe Monteiro e Luiz Vieira e o arquiteto, coordenador da reunião e representante da sociedade civil pelo Observatório do Recife, Francisco Cunha. O novo olhar sobre a cidade e sua relação com o rio já rendeu resultados concretos para a cidade em espaços públicos como o Jardim do Baobá, pedra fundamental do Parque Capibaribe, nas Graças e da Praça Otávio de Freitas, no Derby, remodelada com base nas diretrizes do projeto. “Hoje é um dia histórico, a gente está muito feliz, eu sei que é um dia de emoção para todos que estão participando dessa reunião por tanto trabalho, dedicação e suor. Foi muito importante mexer com as pessoas no ambiente físico, nas reuniões e oficinas, nos espaços de participação da população, dentro da Universidade, os movimentos que aconteceram nos bairros, as caminhadas conduzidas por Chico com a participação de todos nós, tudo isso mexeu muito com a cidade e muito com cada um. E esse é o ponto principal desse projeto, ele marca não só pelo produto, mas pela forma, a forma como chegamos até aqui” comentou o prefeito Geraldo Julio durante a reunião. “A gente está vivendo o momento mais crítico da vida urbana do Planeta, com a pandemia piorou, então tudo o que puder ser feito para a melhorar a vida nas cidades e para transformar as cidades em cidades mais humanas vão ter grande mérito. Precisamos dessa transformação para morar na cidade que queremos para os nossos filhos, nossa família e para os cidadãos”, complementou ele. Já o reitor da UFPE Alfredo Gomes comentou sobre a importância da perspectiva de integração do projeto. “É uma alegria estar com a Prefeitura nesta parceria e estamos à disposição para dar continuidade a esta parceria. Entregamos com muita alegria esse livro. Quero fazer o reconhecimento a todos, tivemos mais de 300 pesquisidores envolvidos nessa ação. Muita pesquisa e cruzamento de dados. O trabalho dá uma grande esperança de que os rios promovam a integração e a união da cidade, e não de divisão da cidade. Parabenizo aos envolvidos nessa ação tão importante, em especialmente aos coordenadores. Que possamos construir uma cidade cada vez mais justa, igualitária e inclusiva”, disse ele. Representando a sociedade civil organizada, Francisco Cunha afirmou que o lançamento do livro é um marco histórico do “mais importante plano urbanístico da história do Recife. “Terminamos descobrindo por essa extraordinária pesquisa realizada que o rio, que corta a cidade, é o meio de realizar a conexão da cidade, uma forma de sutura. Queria homenagear a todos que estão participando e dizer que para mim este é o maior estudo e o mais importante plano urbanístico feito no Recife. Esta é uma iniciativa de reinvenção da cidade. Esse trabalho chegou onde chegou porque o prefeito Geraldo Julio, pessoalmente, foi patrocinador desse projeto.” A Reinvenção do Recife Cidade Parque narra a origem e as diretrizes que construíram o projeto Parque Capibaribe. Fala sobre essa visão de futuro que carrega em si os elementos necessários para a promoção de um reencontro com o Capibaribe e a reestruturação da cidade ao redor deste rio nas próximas duas décadas. Um projeto de uma cidade mais verde, que favorecerá a conexão com a natureza através da gradativa recuperação das águas e matas ciliares e na criação de espaços abertos, coletivos, inclusivos. Uma iniciativa que abraça processos sustentáveis para o enfrentamento dos desafios de um planeta em transformação, com efeitos tanto climáticos quanto econômicos. “Foi um trabalho histórico de mais de 300 pesquisadores durante oito anos para entregar uma visão de futuro. Um projeto inovador, inclusivo, que tem o objetivo de transformar Recife em uma cidade mais saudável, pacífica e próspera. O Parque Capibaribe é uma tentativa de redescobrir a alma de vanguarda do Recife nestas águas do rio”, explicou o urbanista Roberto Montezuma, coordenador do INCITI. Também à frente da coordenação do Parque Capibaribe, Circe Monteiro avaliou que o livro é um dos produtos do projeto Parque Capibaribe com produção de conhecimento transversal, envolvendo áreas como economia, sociologia, engenharia, comunicação, design. “Esse projeto foi uma experiência extremamente inovadora e quebrou vários paradigmas na forma de se pensar a cidade”, comentou ela. E Luiz Vieira, mais um coordenador do Parque Capibaribe, fez a apresentação do conteúdo do livro: “é uma grande honra apresentar esse livro, o resultado do projeto Parque Capibaribe”. Em mais de 300 páginas com textos e amplo material fotográfico, pesquisadores do INCITI, atores públicos e profissionais que trabalharam no processo de criação do projeto fazem um grande ensaio, registro e diagnóstico dos primeiros anos desta ação duradoura para o Recife. Desde a concepção até as ativações de novos espaços da cidade, como no caso do Jardim do Baobá, nas Graças, e da Praça Otávio de Freitas, no Derby. Mas o livro não deixa de fora as ações pontuais, como as reuniões e atividades que fortaleceram ao longo dos anos a identidade do projeto junto aos recifenses. Além disso tudo, “Parque

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Confira as Lives Algomais com os candidatos à Prefeitura do Recife

Para contribuir no debate das Eleições Municipais 2020, as últimas quatro Lives Algomais foram com os candidatos à Prefeitura do Recife. Conversamos com João Campos (PSB), Mendonça Filho (DEM), a Delegada Patrícia (Podemos) e Charbel Maroun (Novo). Convidamos também a candidata Marília Arraes (PT), mas não houve agenda disponível da candidata. Assista abaixo as lives ou siga para o nosso canal do Youtube para conferir. Charbel (Novo) . João Campos (PSB)   Delegada Patrícia (Podemos)     Mendonça Filho (DEM). (

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