Arquivos Z_Exclusivas - Página 88 De 363 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Z_Exclusivas

PwC: estudo revela reconfiguração da indústria de entretenimento e mídia

Os hábitos do consumidor podem levar uma vida inteira para serem formados – mas um evento como o lockdown provocado pela pandemia pode mudar tudo em poucos meses. De acordo com o Global Entertainment & Media Outlook 2020-2024, da PwC, a pandemia da Covid-19 acelerou e amplificou as mudanças no comportamento dos consumidores, impulsionando a ruptura digital e forjando pontos de transformação da indústria que não seriam alcançados por muitos anos. A digitização, uma das principais forças que moldam todas as indústrias, foi intensificada pelo distanciamento social e pelas restrições à mobilidade. Como resultado, a indústria do entretenimento e mídia em 2020 se tornou mais remota, mais virtual, mais transmitida sob demanda, mais personalizada e – pelo menos por enquanto – mais centrada no cenário doméstico do que qualquer previsão feita no início do ano. O crescimento da indústria se contrai de forma acentuada A pandemia fez com que o crescimento da indústria global de entretenimento e mídia fosse interrompido de forma abrupta – forçando também o desenvolvimento da pesquisa por mais três meses, de modo a tratar adequadamente dos impactos provocados pela Covid-19. Em meio a uma recessão global, 2020 terá a queda mais acentuada na receita de E&M nos 21 anos de história da pesquisa, com um declínio de 5,6% em relação a 2019 - mais de US$ 120 bilhões em termos absolutos. Em 2009, o último ano em que a economia mundial encolheu, os gastos globais com E&M caíram apenas 3,0%. Esse fenômeno também foi observado no Brasil: a recessão sobre a indústria de entretenimento e mídia em 2020 é esperada em 6,5% em relação a 2019, representando um declínio de US$ 2,5 bilhões apenas nesse ano. Apesar disso, as expectativas são positivas e a indústria E&M deverá se recuperar nos próximos 5 anos, com crescimento anual médio esperado de 2,47% com lastro principalmente na transformação digital. ...mas permanece forte a longo prazo Embora ainda tenhamos impactos na economia global, a previsão da PwC mostra que a trajetória de crescimento da indústria continua forte. Nos últimos anos, à medida que as experiências de mídia se tornaram cada vez mais centrais nas vidas das pessoas, o crescimento global de E&M geralmente ultrapassou o PIB. Da mesma forma, após os desafios de 2020, é esperado que o setor de E&M reassuma seu melhor desempenho. As projeções da PwC mostram que em 2021 os gastos com E&M crescerão 6,4%. Olhando para o período de 2019 a 2024, a previsão é de crescimento da receita geral em uma taxa composta de crescimento anual de 2,8% (CAGR). Os cronogramas dos pontos críticos aceleram Como é o caso da economia em geral, os desafios enfrentados pela indústria de E&M não são compartilhados de forma igualitária pelo setor. As dificuldades são mais eminentes em segmentos literalmente fechados pela Covid-19: música ao vivo, cinema e feiras. Os gastos com publicidade, por exemplo, terão queda de 13,4%. Já a transição dos jornais impressos para o digital foi acelerada em vários anos, reduzindo as receitas de impressão. Como resultado, os segmentos de E&M estão sendo transformados muito antes do que havia sido projetado inicialmente. Um exemplo é a bilheteria do cinema versus vídeo sob demanda por assinatura (SVOD). Em 2015, a receita de bilheteria era três vezes maior que o SVOD. A receita de SVOD ultrapassará a da bilheteria em 2020 e deve aumentar nos próximos cinco anos, atingindo mais do que o dobro da bilheteria em 2024. Outro exemplo é a quantidade de dados consumidos em smartphones em comparação com a banda larga fixa. Após uma pequena liderança em 2019, o smartphone agora deve se destacar como o principal dispositivo usado pelos consumidores para acessar a internet em nível global. Surgem vencedores e perdedores... Como as mudanças aceleradas pela Covid-19 estão acontecendo em diferentes segmentos da indústria? Com as pessoas ficando em casa, o vídeo over-the-top (OTT) viu a receita global crescer 26% em 2020 - e continuará crescendo nos próximos anos, quase dobrando de tamanho, de US$ 46,4 bilhões em 2019 para US$ 86,8 bilhões em 2024. O lançamento da plataforma de streaming Disney+ no final de 2019 não poderia ter vindo em um melhor momento: tendo projetado entre 60 milhões e 90 milhões de assinantes pagantes até 2024, o serviço alcançou 60,5 milhões no início de agosto de 2020. Dado o aumento do streaming, o consumo global de dados é outro beneficiário da aceleração digital provocada pela Covid-19 - a previsão é que haja um aumento de 33,8% em 2020, passando de 1,9 quatrilhão de megabytes em 2019 para 4,9 quatrilhões em 2024 (mais do que o dobro). Do outro lado da balança estão os segmentos mais atingidos. Com muitos cinemas fechados e lançamentos de filmes atrasados, as estimativas da PwC são que as receitas do cinema em todo o mundo cairão quase 66% este ano. E não é provável que o terreno perdido seja recuperado; a previsão é que em 2024 essa receita fique abaixo do nível de 2019. Outro impacto relacionado à Covid-19 é que o declínio contínuo e global da compra de jornais e revistas acelerou drasticamente em 2020, com as receitas caindo em mais de 14%, sendo as mais atingidas as revistas de variedades. Dessa forma, o digital oferece uma ponta de esperança: em 2023, essas publicações verão sua receita global de publicidade digital ultrapassar a da publicidade impressa. Outros setores importantes vão lutar para recuperar o crescimento perdido em 2019. No setor global de publicidade, por exemplo - que cairá 13,4% em 2020 para US$ 559,5 bilhões -, o crescimento não deve retornar ao seu nível de 2019 até 2022. ...enquanto uma vasta indústria se reconstrói Ainda assim, algumas mídias “tradicionais” se mantiveram, apesar dos efeitos da Covid-19 e da aceleração digital. Em meio a relatórios de alta de vendas de livros durante os lockdowns, a receita global nesse segmento deve continuar sua trajetória ascendente, aumentando 1,4% a cada ano, entre 2019 e 2024, para chegar a US$ 64,7 bilhões. De forma significativa, a tecnologia está desempenhando um

PwC: estudo revela reconfiguração da indústria de entretenimento e mídia Read More »

Museus da Prefeitura do Recife reabrem hoje (1º)

A partir de hoje, os museus geridos pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, reabrem portas e retomam atividades presenciais, em cumprimento à determinação do Plano de Convivência com a Covid-19 do Governo de Pernambuco, após cinco meses de atendimento ao público interrompido pela pandemia. Devolvendo à população a possibilidade de viver sua cultura e sua história de perto, para procurar respostas sobre o porvir no âmago do que é produzido e elaborado por meio da arte, o Museu da Cidade, o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM) e o Museu Murillo La Greca prepararam esquemas e horários de atendimento especiais, com novos e mais rigorosos protocolos de controle de acesso do público. No Paço do Frevo, primeiro museu público de todo o estado a retomar atividades presenciais, desde o último dia 10 de setembro, o novo normal já sedimentou. Expedientes e capacidade de atendimento ao público foram reduzidas, a partir da suspensão de eventos presenciais, da sinalização do prédio com marcação de distanciamento social e da redução de áreas de circulação nos espaços expositivos. Entre as medidas adotadas para garantir a segurança sanitária das instalações, estão ainda a disposição de totens de álcool em gel, o uso obrigatório de máscaras e a medição da temperatura dos visitantes na entrada, além da venda de ingressos online para acesso ao museu, que agora abre de quinta a domingo. "Desde nossa abertura, temos nos deparado com uma volta gradual do público, que tem colaborado muitíssimo com todos os protocolos. Os visitantes têm vindo de máscara, têm permitido que sua temperatura seja aferida, além de estarem cumprindo os protocolos relativos ao percurso e distanciamento, dispostos em todo o prédio por meio de nossa 'sinalização brincante', que traz elementos da cultura carnavalesca para reforçar o cuidado com a vida, nosso maior patrimônio", disse Nicole Costa, gerente geral do Paço do Frevo, equipamento cultural da Prefeitura do Recife, gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão. O Paço do Frevo fica na Praça do Arsenal. Está funcionando de 10h às 16h na quinta e na sexta-feira e das 11h às 17h no sábado e no domingo. Ingressos custam R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia) e podem ser adquiridos no próprio museu ou pela internet, no site http://www.pacodofrevo.org.br/. Museu da Cidade Adotando todos os cuidados necessários para prevenção da disseminação do coronavírus, como o uso obrigatório de máscaras e o respeito ao distanciamento, o Museu da Cidade receberá o público de terça-feira a sexta-feira, das 10h às 16h nesta fase de reabertura. Já o atendimento presencial no Setor de Pesquisa será de terça a sexta, das 10h às 12h e das 14h às 16h. A programação em cartaz é a exposição Cinco Pontas, que celebra a indicação do forte a patrimônio cultural mundial da humanidade pela Unesco. A mostra reúne achados arqueológicos, pinturas e documentos ainda inéditos para o público, que comprovam a importância do Forte das Cinco Pontas em diversos momentos históricos da capital pernambucana. O Museu da Cidade fica no Bairro de São José. Tem entrada gratuita. MAMAM Centro de referência da produção moderna e contemporânea das artes visuais nordestina e brasileira, o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM) também volta a receber o público com horário reduzido. Neste primeiro momento de retomada, os expedientes de visitação serão de quinta a domingo, das 12h as 16h. Só será permitido o acesso com máscara. Para reforçar os protocolos de higiene, o museu firmou uma parceria com a Compesa para instalação de um lavabo no pátio do equipamento. O MAMAM fica na Rua da Aurora, 265, Boa Vista. O acesso é gratuito. Murillo La Greca O La Greca receberá o público de terça a sexta, das 9 às 17h, com a exposição “O que não é desenho?". A mostra de longa duração é focada nos desenhos produzidos por La Greca, patrono do museu, reunindo 50 trabalhos do artista pertencentes ao acervo geral, formado por mais de 1400 desenhos. A sala de exposição só pode ser visitada por, no máximo, 4 pessoas simultaneamente, para assegurar o distanciamento social que ainda se faz necessário. O Museu Murillo La Greca está localizado na Rua Leonardo Bezerra Cavalcante, 366, Parnamirim. A entrada é gratuita e visitas guiadas podem ser agendadas pelos telefones 33553126/3129.

Museus da Prefeitura do Recife reabrem hoje (1º) Read More »

Mais voos para Pernambuco no feriadão de 12 de Outubro

Do Governo de Pernambuco Depois de alcançar bons resultados com a retomada do turismo no feriado de 7 de setembro, cresce a expectativa para o feriadão de 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora Aparecida. Entre as companhias aéreas, a Azul foi a primeira a anunciar 38 voos extras contemplando o Aeroporto do Recife. O terminal da capital pernambucana - principal centro de conexão da Azul no Nordeste do País – será a base com maior número de pousos e decolagens adicionais. Recife terá ligações extras para Fortaleza, Maceió, Natal, Aracaju, Teresina, Campina Grande, Brasília, Salvador, Congonhas e Rio de Janeiro. “A recuperação do turismo em nosso Estado passa pela união de muitos colaboradores de todo o trade turístico. E esse aumento nas operações da Azul no aeroporto da capital pernambucana é de grande importância nesse processo de reconstrução de nossa malha aérea”, ressalta o secretário de Turismo e Lazer do Estado, Rodrigo Novaes. Pensando em aprimorar o atendimento aos clientes, a companhia implementou no aeroporto do Recife, no último mês de agosto, o “Tapete Azul”, tecnologia composta por um conjunto de projetores e monitores. Por meio de realidade aumentada, os equipamentos formam um tapete virtual colorido e móvel, que convida a pessoa a se posicionar na fila de acordo com seu número de assento. A inovação vem proporcionando uma diminuição de cerca de 25% no tempo em que o passageiro leva entre embarcar e sentar dentro da aeronave.

Mais voos para Pernambuco no feriadão de 12 de Outubro Read More »

A Covid-19 internacionalizou o trabalho em conhecimento. E agora?

*Por Silvio Meira Em 1971, quando vim morar no Recife, meu pai veio trabalhar num escritório na Rua Marquês de Olinda (um dia eu ainda consigo comprar o prédio onde estava sediada a empresa que era líder no mercado de algodão no País). Mas, ao desistir de competir globalmente, o negócio deixou de ser competitivo no Brasil e acabou fechando. Resultado: desemprego de todos os funcionários no Nordeste, com muitos migrando para as novas zonas do algodão no Cerrado. . Em 1972, a Ilha do Recife abrigava a sede de cinco bancos, quatro regionais e um banco regional/nacional. Nenhum desses cinco bancos decidiu competir nacionalmente. Pelo menos um deles poderia ter feito isso. Nenhum nem tentou. Estavam contentes em serem pequenos bancos e isso os levou a uma inviabilidade de modelo de negócios e à venda, à falência ou ao fechamento de todos. Resultado: perda total de capacidade de decisão local para investimentos; perda total das competências fin+tech para o espaço econômico local; migração em massa para São Paulo e fora do Brasil e – ainda bem! – um bom número de competências em empresas e organizações que hoje fazem parte do Porto Digital. . . A destruição criativa do setor financeiro do Recife – que tinha tido até uma Bolsa de Valores, criada em 1967 – talvez tenha sido uma das fundações para a criação do que hoje é o Porto Digital, por muitas vias. . . Em 2020, a Covid-19 nacionalizou o mercado de trabalho em software e globalizou o mercado de trabalho de conhecimento para quem fala inglês. A deslocalização e a dessincronização de boa parte do trabalho em conhecimento foi acelerada (na minha opinião) de 5 a 10 anos. Ao globalizar o trabalho, a pandemia globalizou, inequivocamente, as empresas porque, na economia do conhecimento, as empresas não competem por clientes mas por trabalhadores. A verdadeira disputa global por colaboradores começou agora. "Na economia do conhecimento, as empresas não competem por clientes mas por trabalhadores. A verdadeira disputa global por colaboradores começou agora." Qual é o desafio das empresas de software (e de conhecimento), no mundo inteiro? Escrito de forma muito simples e, consequentemente, incompleta, é criar e evoluir um ambiente cultural digital de classe mundial, capaz de manter o capital humano que ainda tem e atrair o capital humano que precisar, quando precisar, seja lá de onde for, para ir, física ou digitalmente, para onde elas estiverem. No nosso caso, no Recife, para o Porto Digital. . . Sem nem entrar em detalhes de como se chega lá e no subproblema (sim, é só um subproblema) de salários, a sobrevivência de negócios de conhecimento, na economia do conhecimento, em qualquer lugar do mundo, vai depender de cultura. Em quase todos os negócios e em todos os lugares, cultura depende de lugar. De espaço físico. De contexto. Da casa, do bar, da praça e do Carnaval; a rua, o restaurante e o festival, como o Rec’n’Play. Nós não somos digitais. Não tomamos café de bits. Churrasco não é um download e o dá-o-loud (nome do bloco carnavalesco fundado por colaboradores do CESAR) é Carnaval de gente, frevo, suor e cerveja. Podemos ser – nos nossos negócios – processadores simbólicos. Mas isso somos os “nós-como-fim”, que é ameaçado por robôs e, talvez, conquistado pra trabalhar remoto, pra uma empresa que pouco importa onde fica, porque nos paga mais pra ficar longe, em casa e, não, criar os problemas contextuais (como de relações de trabalho) lá onde a empresa está, fisicamente, porque em algum lugar há de. Por um tempo, acho que vai ser muito massa pra todo mundo que participar. Mas... depois de um tempo, para os “nós-como-meio”, quase todo mundo vai sacar que esse é, em parte, um processo desumanizante. E isso não tem nada a ver com as relações de trabalho, está relacionado ao status de cada pessoa como cidadão de primeira classe (que tem todos os direitos e deveres), seja lá onde estiver. "Mas será que o futuro do trabalho (de conhecimento, em especial) é puramente digital? Não sabemos. Talvez seja. Eu acho que não será." Mas será que o futuro do trabalho (de conhecimento, em especial) é puramente digital? Não sabemos. Talvez seja. Eu acho que não será. Não completamente. Mas, seja como for, só há um caminho para as empresas sobreviverem que é serem tão boas para atrair pessoas quanto as melhores empresas do mundo atraem para elas, seja digital ou fisicamente ou no modo figital, o físico, estendido pelo digital, articulado pelo e no social, em tempo quase real. Três exemplos? A Amazon já está tentando criar o melhor ambiente de trabalho físico possível. Google está construindo um novo megacampus físico que, em si, é uma atração para o trabalhador. Paris está montando a maior rede de incubadoras em grandes cidades do mundo e um campus físico (Paris-Saclay, https://econ.st/2DVxkGy), com nove mil professores, pra ser “o MIT” da Europa... Tudo físico. Local. Prédios, gente, bares, labs, ruas, bikes, empresas, escolas, de classe global, como no Porto Digital. . . O campus de tecnologia do Recife – e do Nordeste – é o Porto Digital. Nosso maior problema de sobrevivência, desde sempre e para sempre, é atrair talentos para trabalharem nas empresas do Porto, começando a fazer isso desde o ensino fundamental, no Recife e região, e criando as condições para que as pessoas possam trabalhar nas empresas daqui, aqui e para o mundo. Isso vai exigir que as empresas locais aumentem dramaticamente sua competitividade? Disso eu não tenho dúvida. A Covid-19 nos pôs, a todos, no mesmo campo de competição por talento, que passou a ser o mundo. E eu vi o mundo e ele começava no Recife. Para ser mais exato, no Marco Zero. Tá escrito lá no Marco, no chão. E é um quadro de Cícero Dias. Lindo, por sinal! *Silvio Meira é Presidente do Conselho de Administração do Porto Digital. . LEIA TAMBÉM O futuro é pra quem tem capacidade de aprender José Carlos Cavalcanti: “Porto Digital tem perspectiva

A Covid-19 internacionalizou o trabalho em conhecimento. E agora? Read More »

Recife recebe Centro de Tecnologia da Deloitte com previsão de 80 novas vagas

Da Prefeitura do Recife Polo nacional em inovação e tecnologia, o Recife recebe um importante investimento na área. A Deloitte, maior organização de serviços profissionais do mundo em receita (US$ 47,6 bilhões), número de profissionais (335 mil) e portfólio de serviços (ampla gama em consultoria e auditoria), implementará na capital pernambucana seu segundo Centro de Tecnologia do País, o primeiro no Norte e Nordeste. Após experiência bem-sucedida com a primeira unidade do gênero, em Campinas, no interior paulista, a capital de Pernambuco – onde a Deloitte está presente desde 1917 – foi a escolhida para receber o segundo hub de serviços tecnológicos da empresa. O anúncio foi feito pelo prefeito Geraldo Julio, junto aos executivos da Deloitte: Edson Cedraz, sócio-líder da organização no Nordeste; Carlos Hunka, sócio da área de Financial Advisory no Recife; e, participando remotamente, Altair Rossato, CEO da Deloitte Brasil. Também participaram da reunião o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach, o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena, o secretário de Planejamento e Gestão, Jorge Vieira, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Carlos Ferreira, e o presidente da Emprel, Eugênio Antunes. Durante a reunião, o prefeito Geraldo Julio destacou que a chegada da empresa faz parte da estratégia de desenvolvimento da cidade e é uma oportunidade de emprego e renda para a população. “Uma excelente notícia para o Recife, a Deloitte, maior empresa de serviços profissionais do mundo, traz para cá um hub de tecnologia. Um escritório para prestar serviços de tecnologia, que começa com 80 pessoas trabalhando. Isso é muito importante para nossa estratégia de cidades e tem tudo a ver com nosso parque tecnológico. Recife é uma cidade inovadora e a chegada da Deloitte fortalece isso”, afirmou o prefeito Geraldo Julio. O novo projeto da Deloitte no Recife irá gerar 80 novos empregos diretos, dos quais 50 ainda em 2020. O empreendimento marca o início de uma nova fase da Deloitte em Pernambuco e se inicia neste ano dentro da estrutura atual da Deloitte na capital do Estado, no RioMar Trade Center, devendo se expandir posteriormente para o Porto Digital. O Centro de Tecnologia da Deloitte envolve a criação de um Delivery Center da sua prática de Consultoria, que atenderá a clientes de todo o Brasil nos seguintes serviços: Application Management Services (AMS), Software as a Service (SaaS), Fábrica de Melhorias e Projetos, Fábrica de Testes, Fábrica de Business Intelligence/Analytics, System Integration e outras frentes. O projeto passa a consolidar, ainda, o centro de tecnologia para serviços relacionados à gestão de riscos empresariais da Deloitte, com equipes locais para a entrega de soluções ligadas a Canal de Denúncias e a ferramentas de apoio a compliance. “Recife, onde a Deloitte mantém o seu maior escritório no Nordeste, tem uma forte vocação para inovação e atividades de tecnologia da informação. O Estado de Pernambuco e toda a Região Nordeste representam, por sua vez, um forte polo econômico de negócios, cada vez mais relevante para a nossa base de clientes e serviços”, destaca o sócio-líder da Deloitte na região Nordeste, Edson Cedraz. “O estabelecimento de um Centro de Tecnologia na cidade reafirma nossa posição como uma organização conectada com os grandes centros de inovação do País e líder na oferta de soluções tecnológicas de alto impacto. Nós temos planos agressivos de crescimento em toda a região, que inclui, no médio prazo, o embarque de nosso Centro de Tecnologia no Porto Digital do Recife”, completou. “É muito importante a chegada da Deloitte com seu posto de inovação aqui na cidade do Recife. No primeiro momento eles vão se instalar no Pina, mas depois eles vem para o Porto Digital, fortalecendo nosso parque tecnológico, nesse plano de dobrar de tamanho até o ano de 2025. São 80 postos de trabalho imediatamente contratados, mas com a possibilidade de se tornar uma das maiores empresas do Porto Digital. Para a gente é um motivo de muito orgulho essa chegada”, pontuou o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach, afirmou estar feliz com a chegada de mais uma empresa para a cidade. “Uma escolha muito importante, para nossa cidade, que tem essa característica de ser um polo de tecnologia com o Porto Digital, atraindo as empresas que estão querendo olhar esse capital humano. A Deloitte já tem escritório aqui, mas agora está trazendo um centro de inovação. Temos certeza que a empresa vai ter muito sucesso no Recife e vai poder crescer junto com a cidade”.

Recife recebe Centro de Tecnologia da Deloitte com previsão de 80 novas vagas Read More »

Pernambuco tem 9% da força de trabalho em home office

Pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que 8,4 milhões, ou seja, apenas 10% dos ocupados no Brasil, ainda estão trabalhando em home office. Pernambuco não se distancia da média nacional, com 9% de trabalhadores 'em casa'. O número total de pernambucanos no mercado de trabalho é 3,1 milhões. Em outros estados do país, o número de ocupados em home office é bem superior, como é o caso do Distrito Federal (22%), Rio de Janeiro (17%) e São Paulo (15%). De acordo com o advogado João Varella, especialista em Direito Trabalhista, a decisão de voltar ou não ao trabalho presencial cabe à empresa. "A empregadora pode unilateralmente retirar o empregado do teletrabalho e determinar seu retorno, porém o ambiente organizacional deve observar as normas de saúde e segurança do trabalho e todos os protocolos sanitários exigidos pela Portaria 20/2018 do Ministério da Saúde e Secretaria e Especial de Previdência e Trabalho, que prevê uma série de medidas preventivas e de combate à Covid-19", destaca João Varella. . . Se a volta é decisão da empresa, os cuidados também recaem sobre ela. Por isso, Varella reitera que, para um retorno presencial, a empresa precisa focar na "criação de um plano de retomada, informação e treinamento aos trabalhadores, distanciamento mínimo, ventilação e limpeza dos ambientes, higiene das mãos, entrega de máscaras e de outros equipamentos", explica. Além do valor quantitativo, a pesquisa também traça um perfil desses trabalhadores. E quando analisamos outros indicadores, Pernambuco, no geral, se alinha aos dados nacionais. É o caso por exemplo da porcentagem de mulheres x homens. No Brasil e no Estado, 56% do total são mulheres e 44% são homens. Das decisões que pesam sobre o retorno às atividades presenciais estão os fatores de risco à saúde de empregados com comorbidades. De acordo com o Ministério da Saúde, "pessoas acima de 60 anos se enquadram no grupo de risco, mesmo que não tenham nenhum problema de saúde associado", como também "de qualquer idade que tenham doenças pré-existentes, como cardiopatia, diabetes, pneumopatia, doença neurológica ou renal, imunodepressão, obesidade, asma, entre outras", afirma o MS. Mas o advogado João Varella reforça que, mesmo esses funcionários podem ser convocados a retornar aos trabalhos presenciais. "O retorno dos funcionários do grupo de risco é uma questão polêmica, não existe, no país, norma expressa e direta que trate do assunto, porém entende-se que aqueles que pertençam a eventual grupo de risco por comorbidades ou idade, se bem documentada, a recusa pode ser de maior importância que o poder de comando do empregador", explica. Sobre esse ponto da documentação, o jurista reforça: "O afastamento do local de trabalho daqueles do chamado 'grupo de risco' - pessoas acima de 60 anos e portadores de doenças crônicas - deve ser bem justificado, com parâmetros médicos, que incluem laudos e atestados". As empresas, entretanto, precisam ficar atentas. Mesmo que funcionários do grupo de risco recebam liberação médica e retornem ao trabalho presencial, em caso de contaminação, a empregadora pode ser responsabilizada. "Contudo, para responsabilizar a empresa, o empregado necessariamente precisa comprovar que o contágio se deu nas dependências ou em razão do trabalho". Outro ponto que o advogado reforça é a inviabilidade de assinaturas de termos de responsabilidades por parte do funcionário. Segundo Varella, o documento "poderá ser inválido, caso o empregado comprove que o contágio se deu nas dependências da empresa ou em razão do trabalho. Uma vez tal prova realizada, o termo não seria capaz de isentar o empregador da devida responsabilização", explica. "Trabalhadores que comprovarem que foram contaminados no ambiente de trabalho terão direito a 15 dias de afastamento pagos pela empresa e o auxílio-doença pago pelo INSS, a partir do 16º dia. Após o período fora de serviço, o funcionário tem 12 meses de estabilidade no emprego e não pode ser dispensado sem justa causa", finaliza o advogado.

Pernambuco tem 9% da força de trabalho em home office Read More »

Masterboi projeta aumentar o faturamento em 24% em 2020

Não houve crise na Masterboi. A gigante pernambucana atravessou a pandemia com um aumento de demanda interna e externa por seus produtos. Mesmo com a queda dos pedidos de hotéis e restaurantes, o aumento do consumo nas residências impulsionou as vendas em supermercados. Com a alta do dólar e a necessidade de carne no mercado internacional, as exportações subiram 30%. "Nossa distribuição no Recife atende supermecados, hotéis, restaurantes, food services. Esses últimos setores tiveram queda, mas foram compensados pelo varejo e supermercado. Também exportamos para mais de 40 países e o dólar favoreceu muito a exportação. Nosso maior mercado é a China. Na média, o crescimento total de vendas foi de 17% no periodo da pandemia. Achávamos que teríamos uma queda, com muita gente ficando desempregada, muito preocupados sem saber o que iria acontecer. Mas o Auxílio Emergencial injetou muito dinheiro na economia, houve um aquecimento geral", afirma o  presidente da Masterboi, Nelson Bezerra. Além da China, ele destaca que Hong Kong e o mercado asiático de forma geral são importantes destinos dos produtos da marca pernambucana. Com o desempenho surpreendente no ano, a Masterboi prevê um faturamento de R$ 1,8 bilhão em 2020. Os números projetados são 24% superiores aos alcançados em 2019. Além de manter seu quadro de funcionários, a empresa - que empregava 3 mil pessoas antes do início da pandemia - precisou contratar mais de 200 novos trabalhadores. Foi um crescimento de 7% do quadro para atender o crescimento da demanda e também para compensar a ausência dos funcionários afastados pelo isolamento social. INVESTIMENTO Na entrevista para a Algomais, Nelson destacou o otimismo de todo o setor agropecuário da região e afirmou que a Masterboi está investindo na construção de um frigorífico em Pernambuco que terá capacidade de abater 500 animais por dia, que ficará em Canhotinho. Na primeira etapa, que deve ser concluída no próximo ano, serão investidos R$ 50 milhões em terraplanagem e estrutura. O empresário afirma que serão abatidos na nova estrutura bovinos, caprinos e suínos. Atualmente a empresa tem um frigorífico no Pará (capacidade de abate de 1000 cabeças por dia) e em Tocantins (capacidade de abate de 600 cabeças por dias). A infraestrutura da empresa conta ainda com dois Centros de Distribuição, sendo um em Pernambuco e outro na Paraíba, além de cinco lojas de varejo e atacado (4 em Pernambuco e uma na Paraíba). Nos investimentos da marca, a Masterboi adquiriu também a antiga fábrica da São Mateus, que fica na BR-101, no Recife. "Estamos em reforma e a unidade deverá estar funcionando em 2021. Essa fabrica é da linha de embutidos, hamburguer e almôndegas. Ela irá processar também alguns produtos que já produzimos na nossa unidade, como carne moída, carne de sol, espetinho, já que a nossa fábrica já ficou no gargalo. Vamos distribuir um pouco da produção para lá", explica Nelson.

Masterboi projeta aumentar o faturamento em 24% em 2020 Read More »

Gustavo Escobar: “Se sua empresa sequer começou a implantar a LGPD, então corra!”

Vivemos, no cotidiano, informando nossos dados pessoais a todo momento: quando entramos num prédio empresarial e nos identificamos, quando fazemos uma compra online, ou quando nos cadastramos numa rede social, só para ficar em alguns exemplos. Com a instituição da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigência semanas atrás, as empresas passaram a ter uma série de obrigações para preservar a privacidade dessas informações das pessoas, sejam clientes, fornecedores e até empregados. Muitos empresários, porém, segundo o advogado Gustavo Escobar, ainda não atentaram para a urgência da sua adequação às exigências da nova lei. O que é temerário: entre as penalidades previstas está a multa de até R$ 50 milhões. Nesta entrevista a Cláudia Santos, Escobar, que é especialista em propriedade intelectual e proteção de dados, explica detalhes da LGPD, o que é necessário para se adaptar às suas determinações e alerta que essa adequação já deveria ter sido feita pelas empresas. Você poderia dizer, em linhas gerais, o que estabelece a Lei Geral de Proteção de Dados? A LGPD cria um sistema de proteção e regula o uso dos dados pessoais pelas empresas. Até hoje, o tratamento desses nossos dados não tinha uma proteção mais robusta. Com a vigência da lei, há uma mudança de cultura que coloca as pessoas (titulares dos dados), ou seja, todos nós, no centro da atenção e no controle das nossas informações. A legislação, em síntese, determina que o consentimento para uso dos dados pessoais deve ser a regra e cria todo um sistema legal para fazer valer essa previsão, inclusive com multas pesadas. A lei considera dados pessoais toda informação que identifique ou possa identificar uma pessoa física. Ela se aplica a todos que fazem tratamento de dados de clientes, funcionários, fornecedores etc. Na verdade, na prática, todas as empresas serão impactadas e precisarão se adequar à LGPD. Usando o teor da própria legislação, podemos dizer que a lei tem como fundamentos: “o respeito à privacidade; a autodeterminação informativa; a liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião; a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem; o desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação; a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor; os direitos humanos, o livre desenvolvimento da personalidade, a dignidade e o exercício da cidadania pelas pessoas naturais”. Por que a lei foi criada? Desde a década de 90, na Europa, existem iniciativas que visam a preservar a privacidade e a proteção aos dados pessoais. À medida que o uso desses dados foi crescendo por parte das empresas, também aumentou a preocupação de todo o mundo civilizado com a necessidade de impor limites e regras. Com o crescimento exponencial do tratamento de dados, a partir do desenvolvimento tecnológico e da velocidade da internet, com o surgimento do chamado big data, redes sociais e depois dos escândalos envolvendo o Facebook e a empresa Cambridge Analytica, que foi acusada de usar massivamente os dados de usuários daquela rede social para manipular a opinião política e influenciar no resultado de eleições, houve praticamente um consenso de que era necessário se fazer algo para impor limites a esse uso indiscriminado de nossos dados pessoais. É nesse cenário que, na Europa, surgiu o RGPD (Regulamento Geral de Proteção de Dados), criando as bases para várias legislações nacionais, inclusive, para a nossa LGPD. É preciso compreender que no cenário de globalização e interconectividade, os dados transitam sem fronteiras entre servidores e computadores que estão localizados em países e mesmo continentes diferentes. Dessa forma, para preservação de tratados internacionais e reciprocidade entre as nações, o Brasil foi induzido a se adequar ao status quo que regula a proteção de dados pessoais. É assim que temos a atual legislação. Os países mais avançados impõem essa regra aos demais, as empresas multinacionais se adequam e passam a pressionar a sua cadeia de fornecedores a se adequar para poderem continuar a fazer negócios e, desta forma, de cima pra baixo, vai surgindo um movimento que passa pela legislação até às cláusulas dos contratos e obrigações de compliance, chegando às pequenas e médias empresas. O que é ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados)? A Autoridade Nacional de Proteção de Dados é o órgão criado pela LGPD que, com autonomia técnica, tem várias funções associadas à implementação, cumprimento e eficácia da proteção de dados no Brasil. A ANPD tem funções que vão desde “elaborar diretrizes para a Política Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade”, passando por “editar regulamentos e procedimentos sobre proteção de dados pessoais e privacidade”, como também “editar normas, orientações e procedimentos simplificados e diferenciados, inclusive quanto aos prazos, para que microempresas e empresas de pequeno porte, bem como iniciativas empresariais de caráter incremental ou disruptivo que se autodeclarem startups ou empresas de inovação, possam adequar-se a esta Lei”, até à imposição de pesadas sanções em casos de violações à lei, vazamento de dados, etc. Quais as consequências da LGPD para as pessoas físicas? O que acontece se os dados de alguma pessoa vazar? Na verdade, para as pessoas físicas, desde que não sejam responsáveis por tratamento de dados, a lei não tem consequências, mas sim, proteção. A LGPD protege os dados pessoais das pessoas naturais (pessoas físicas) e regula como e quando esses dados podem ser usados. Dessa forma, havendo vazamentos por parte de empresas que façam tratamento de dados pessoais (atualmente praticamente todas empresas), surge a possibilidade de que os titulares dos dados (pessoas físicas) possam acionar as empresas pedindo uma reparação moral pelo uso ou exposição indevida de seus dados. Assine a Revista Algomais e leia a entrevista completa na edição 174.4

Gustavo Escobar: “Se sua empresa sequer começou a implantar a LGPD, então corra!” Read More »

Estudo revela tendências na digitalização do Brasil pós-Covid-19

Estamos melhor preparados para enfrentar desafios futuros e o ‘novo normal’ será digital, é o que aponta o estudo da Cisco realizado pela Deloitte denominado ‘Digitalização, Resiliência e Continuidade dos Negócios: o que aprendemos com a pandemia da Covid-19’. O levantamento, baseado em entrevistas com representantes dos setores público e privado, fontes públicas e uma pesquisa primária, está sendo lançado nesta semana e traz dados inéditos sobre como os impactos da pandemia tornaram os brasileiros mais resilientes e digitalizados em quatro setores avaliados − educação, justiça, saúde e governo −, levando em consideração sempre três fatores: ‘nível de resiliência’, ‘fatores aceleradores’ e ‘fatores inibidores’. A análise revela ainda uma série de megatendências que devem influenciar o modo de vida do brasileiro frente ao ‘novo normal’ nos próximos anos, como os caminhos da telemedicina e do ensino a distância, o uso de inteligência artificial no judiciário, e até mesmo a oferta do governo para acesso a sistemas digitais integrados em diversas esferas. O estudo conduzido pela Deloitte integra o programa global de aceleração digital da Cisco, que consiste em ajudar o País a se preparar para uma nova era de hiper conectividade e economia digital, além de apoiá-lo na recuperação social e econômica, à medida que entrar em uma nova realidade pós-pandemia. "Esse estudo é de extrema relevância para todos, governo, empresas e a sociedade em geral, pois ajuda a termos um melhor entendimento de como a tecnologia e as plataformas digitais nos apoiaram no enfrentamento da crise da COVID-19 e a manter os negócios e serviços públicos. Precisamos nos preparar para uma nova realidade digital e este estudo, uma contribuição da Cisco para o país, visa compartilhar algumas reflexões e propostas para juntos construirmos um Brasil mais resiliente, digital e mais inclusivo", explica Rodrigo Uchoa, Head de Novos Negócios e Digitalização na Cisco Brasil. "O estudo consolida uma visão muito abrangente sobre como a pandemia da Covid-19 impactou esses quatro segmentos analisados no âmbito da digitalização. Ao mesmo tempo, ele captura a maneira pela qual os agentes desses mesmos setores vêm reagindo ao novo contexto trazido pela pandemia, ao desenvolver alternativas que levam, de modo geral, a uma transformação acelerada de tecnologias, processos e interações", descreve Heloisa Montes, sócia-líder de Consultoria em Estratégia e Inovação da Deloitte, responsável técnica pelo estudo. "Crises como esta que hoje vivenciamos acabam geralmente impulsionando mudanças de mentalidade e, a partir delas, abre-se espaço para inovar na busca de soluções", destaca. O estudo pode ser acessado na íntegra neste hiperlink. Conheça algumas das megatendências apresentadas no estudo que apontam como será o ‘novo normal’: Saúde: A liberação completa da telemedicina durante a pandemia, aliada à ampla disponibilidade de soluções no cenário brasileiro de tecnologia em saúde, foram essenciais para facilitar a adoção de recursos tecnológicos no setor e garantir sua continuidade. O aumento acentuado de teleconsultas tornou a telemedicina uma ferramenta de apoio à continuidade dos serviços de saúde durante o período. Esse movimento abre espaço para a tendência de que, nos próximos anos, a medicina a distância seja potencializada por outras tecnologias, como dispositivos vestíveis que monitoram a saúde de pacientes, crescimento de mercado das ‘health techs’ e redução de gastos de saúde ao priorizar acompanhamentos e cuidados básicos. Educação: Já na área de educação, o estudo mostra que o ensino a distância durante a pandemia acelerou a transformação digital do setor, acentuou a adoção de novas tecnologias e fez com que professores pudessem flexibilizar suas práticas e, até mesmo, gerar renda extra com cursos online. Levando-se em consideração que, durante a pandemia, o método de ensino de Educação Básica tenha se adaptado ao modelo 100% remoto em caráter emergencial, o estudo mostra que, nos próximos anos, a educação básica poderá não ser mais totalmente presencial, mas sim um modelo híbrido entre o presencial e o online. Alguns modelos de educação apontam para o ensino colaborativo, baseado em projetos e salas de aula ‘invertidas’, usadas pelos professores para levantar discussões e fornecer explicações em maior profundidade. Os alunos, por sua vez, aprenderão parte do conteúdo em casa. Judiciário: O setor judiciário, por sua vez, teve uma forte transformação digital durante a última década, mas o avanço não foi uniforme, o que deixou uma parcela significativa de processos ainda no papel. No entanto, o elevado grau de digitalização dos processos pré-pandemia permitiu que o setor mantivesse as operações internas nos últimos meses, e a disponibilização de uma plataforma de videoconferência foi essencial para garantir a continuidade de audiências. Consequentemente, a transformação digital aponta para tendências como processos judiciais 100% eletrônicos, amplo uso de videoconferências, plena integração entre os tribunais e uso de IA para automatizar e acelerar processos que hoje são feitos por humanos. Governo: Antes da pandemia, a digitalização já estava na pauta e em diversos programas conduzidos no setor público federal e dos maiores Estados, ainda que a maior parte dos Estados e os municípios menores encontrassem dificuldades. No entanto, a existência de programas de digitalização prévios e os investimentos realizados nessa frente foram essenciais para que garantissem um bom nível de resiliência durante a crise. No futuro, a integração plena dos serviços digitais entre governos federais, estaduais e municipais será uma necessidade e não uma opção. Com isso, podemos esperar por aplicativos e sistemas mais amigáveis e simples de se utilizar, mais agilidade em processos que envolvem esferas do governo e diretrizes mais amplas sobre uso e segurança de dados dos cidadãos. Metodologia. O estudo "Digitalização, Resiliência e Continuidade dos Negócios: o que aprendemos com a pandemia de COVID-19" foi desenvolvido com base em entrevistas com especialistas dos setores público e privado. Além disso, contou com uma pesquisa secundária − a partir de notícias, relatórios, dados públicos e diversas análises acadêmicas sobre como os brasileiros lidaram com a pandemia, em comparação a outros países, e como a aceleração da digitalização ajudou a manter o funcionamento de muitos serviços essenciais. O estudo contou, ainda, com uma fonte primária, que consistiu em pesquisa online para coletar insights a partir de respostas de alunos, pais,

Estudo revela tendências na digitalização do Brasil pós-Covid-19 Read More »

Grupo Olho D'água completa 100 anos e amplia exportações em 2020

Mesmo em meio às dificuldades de 2020, o setor sucroenergético tem motivos a comemorar. Um dos gigantes do setor em Pernambuco, o Grupo Olho D'água está completando 100 anos. O empresário e presidente Gilberto Tavares de Melo, neto do fundador, revela os desafios deste ano atípico e destaca o avanço no setor de exportações. Em plena safra nas suas três unidades, o grupo empresarial totaliza neste momento um total de 7.809 funcionários. A safra atual deve alcançar a marca de 4,2 milhões de toneladas e produzir 255 mil toneladas de açúcar. A companhia projeta também alcançar o patamar de produção de 175 milhões de litros de etanol e gerar 196 GWH de energia. Ele respondeu algumas perguntas à Algomais sobre como tem sido a travessia da empresa neste período. Vocês estão completando o centenário do grupo em meio a um período difícil do País com a pandemia. Como o Grupo Olho D'água tem atravessado esses últimos meses? Gilberto Tavares de Melo - Tem sido bastante difícil, tivemos que adaptar a empresa e a equipe a nova realidade. Mas graças ao comprometimento da equipe e dos parceiros (clientes, fornecedores, produtores rurais, banco, entre outros) estamos conseguindo superar. . O setor sucroalcooleiro experimentou um momento positivo nas exportações. Isso também aconteceu com o grupo Olho D'água? Vocês aumentaram as exportações em 2020? Gilberto Tavares de Melo - Sim, aumentamos em 50% nossa exportação de açúcar na unidade de Pernambuco. . Alguma inovação foi desenvolvida nesse período da pandemia? Gilberto Tavares de Melo - Passamos a utilizar frequentemente os aplicativos de conferência, o que permite uma maior interação, agilidade e menor custo. . O setor sucroalcooleiro é o mais tradicional da economia pernambucana, com uma história que se mistura com a do próprio Estado. Ao mesmo tempo, muitas empresas fecharam em meio às inúmeras crises do último século e do atual. O que você apontaria de diferenciais do Grupo Olho D'água para se manter não apenas funcionando, mas bastante forte nesses 100 anos? Gilberto Tavares de Melo - Acreditamos que o Brasil é uma grande fazenda, ou seja, totalmente favorável para o agronegócio, e o Grupo Olho D'água tem priorizado os investimentos neste segmento: alimento com o açúcar e energia limpa com o etanol. E na rotina da empresa prezamos pelo: Foco, Determinação, Profissionalismo e Seriedade. . Quais os planos futuros do grupo? No setor há um destaque para a importância do RenovaBio, como esse programa poderá impactar os negócios do Grupo Olho D'água? Gilberto Tavares de Melo - Fundamental para o reconhecimento da energia limpa que o setor produz que é o nosso etanol, porém precisa ser valorizado, o preço atualmente está em média de R$ 30 por CBIO, enquanto nos EUA o programa pioneiro vale mais de USD 200.

Grupo Olho D'água completa 100 anos e amplia exportações em 2020 Read More »