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Faz-Me Rir (Netflix)

Que rir é o melhor remédio, todos já sabem, ou ao menos conhecem o ditado. Por isso nada melhor que procurar alguma comédia para relaxar e esquecer, ainda que por breve período, dos problemas. Aos que preferem caminho oposto ao que está em alta nos streamings, sugiro a série francesa “Drole”, no Brasil, Faz-Me Rir. A série acompanha quatro amigos comediantes na busca por espaço no cenário parisiense de stand-up. Nézir (Younès Boucif), um jovem de grande talento na escrita de roteiro e esquetes, Aïssatou (Mariama Gueye) bela comediante que fica famosa ao fazer piada de um momento íntimo de seu casamento, Apolline (Elsa Guedj), jovem de família rica que tem como sonho tornar-se comediante, ainda que contra a vontade da mãe e, por fim, Bling (Jean Siuen), comediante que, após curto momento de sucesso no passado, gerencia ao lado da irmã o clube de stand-up Drôle. Mas não só de piadas vive a produção. A relação entre Nézir e Apolline dão tom romântico à série, ainda que flertando com o clichê do romance entre o homem pobre e a mulher rica. “Faz-Me Rir” deixa a desejar quando propõe a discussão de temas sérios, porém não os aprofunda, como o racismo. Em uma das cenas, Aïssatou e a irmã são abordadas por dois policiais simplesmente por serem negras e estarem com sacolas de compras. Não são presas pois Aïssatou é reconhecida como comediante. O debate se esgota aí, não é desenvolvido na trama. Criada por Fanny Herrero, a mesma showrunner de “Dix Pour Cent” (também disponível na Netflix), “Faz-Me Rir” não está entre as dez mais vistas do catálogo da Netflix. Bom motivo para saber o porquê disso e ainda dar boas risadas, não acham?

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Lula é personagem central em novo documentário

“A partir do momento que a gente decidiu pensar com a nossa cabeça, olhar e ver as coisas com os nossos próprios olhos, nós começamos a incomodar.” Izaltina, líder quilombola de Sergipe, incorpora bem em seu discurso a alma do documentário “O Povo Pode?”, dirigido por Max Alvim. O documentarista encarou o desafio de propor algo novo em meio a tantos outros filmes já produzidos sobre o ex-presidente Lula. Ainda que em essência o longa trate de política, nomes comuns ao cenário político brasileiro ficaram de fora da lista de entrevistados. Como o próprio título sugere, o povo é protagonista. Personagens corriqueiramente tratados como coadjuvantes, aqui ganham destaque, com vez e voz para refletir sobre um Brasil que deixou de ser,  nostálgicos de um passado não tão apartado no horizonte. Além de Izaltina, assumem protagonismo o baiano João Pires, integrante do MST, a jovem camponesa Vani, do sertão pernambucano e a freira Aurieta, da comunidade Brasília Teimosa, em Recife. Lula é personagem central do doc, porém Alvim optou por focar nas imagens de arquivo e na construção da imagem do petista conforme o olhar particular dos quatro entrevistados. A figura do ex-presidente parece encarnar a representação do povo em mesma essência. É o que conclama a sertaneja Vani ao afirmar que “Lula é o povo”. Alvim entrega no segundo ato uma restrospectiva que abarca desde a controversa prisão de Lula até o atual governo. Com imagens de arquivo e manchetes dos principais jornais do país, vai costurando fatos como a, no mínimo, estranha relação de Sérgio Moro com o governo Bolsonaro, rompida logo depois. Mostra a saída de Lula da cadeia, como também as ações do ministério do meio ambiente e a missão de “passar a boiada”. Se por um lado a retrospectiva mostra-se rica em conteúdo, por outro parece desviar da proposta inicial que, acredito, seria focar no discurso dos quatro protagonistas. “O Povo Pode?” teve lançamento nacional no último dia 4. Já foi exibido em cidades como Recife e São Paulo. Max Alvim pretende promover exibições públicas e gratuitas, passando por sindicatos, universidades, cineclubes e praças públicas.

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The Chosen: nadando contra a corrente

Peixes cinza cruzam a tela escura da esquerda para a direita. Surge o primeiro, depois vários. Logo um peixe verde aparece, nadando em sentido oposto. Outros da mesma cor pontuam de verde toda a cena. Há um corte e vemos o cardume nadando em círculos, peixes cinza em sentido horário e um único verde no anti-horário. Se você já viu The Chosen, sabe que estou falando da bela abertura da série. Aos que ainda não a conhecem, “The Chosen” é uma produção independente financiada via crowdfunding, em 2019. Arrecadou cerca de 10 milhões de dólares só para a primeira temporada. Os episódios destacam o lado mais humano de Jesus, diferente do que já vimos em outras produções do gênero. Voltando aos peixes, não resisto e recorro ao clichê que nos conclama a nadar contra a corrente. Uma breve folheada no livro de Atos é suficiente para entendermos o porquê dos discípulos daquela época terem recebido o título de “cristãos”. Porém esses mesmos discípulos não imaginariam que o cair das páginas do calendário traria más notícias. No século XVII, Galileu foi condenado por heresia na Inquisição ao defender a teoria heliocêntrica. Nadou contra a corrente, todavia, para não morrer, teve de voltar e seguir o fluxo. Mais páginas caíram e, com elas, as Cruzadas e suas atrocidades em nome de Cristo. Estamos no século XXI e parece que pouco mudou. A guerra na Ucrânia prova que evoluímos em tecnologia, mas regredimos em amor, considerando que usamos muitos desses avanços tecnológicos para tirar vidas. O que fazer? Sabe aquele peixe verde lá do início? Seja. Onde ver:Baixe o aplicativo na Play StoreDisponível também no Globoplay

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Netflix: Rito de Passagem (crítica)

Maite Alberdi é daquelas cineastas de notável talento, que conseguem tratar de temas por vezes delicados com grande respeito e sensibilidade. Não à toa, seu filme Agente Duplo concorreu ao Oscar de Melhor Documentário ano passado. Antes dele, em 2016, a diretora chilena lançou The Grown-Ups, no Brasil, Rito de Passagem, doc que chegou recentemente à Netflix. O filme acompanha a rotina de uma escola exclusiva para jovens adultos com síndrome de down. Personagens igualmente complexos e adoráveis enfrentam problemas nos relacionamentos, nos conflitos do primeiro contato com o sexo e na busca por independência. Alberdi é feliz ao dosar momentos de humor e drama, o que dá bom ritmo ao filme. Difícil não se apegar a personagens tão ricos e complexos como Rita, que, apesar dos problemas de saúde devido ao consumo excessivo de doces, é flagrada escondendo chocolate nos bolsos nos momentos de trabalho na cozinha da escola. Difícil não se emocionar com a relação de Anita e Andrés, que, contrariando a vontade de seus familiares, planejam se casar. A fotografia atua como ferramenta narrativa ao destacar tão somente o ponto de vista e universo das personagens com síndrome de down. Os rostos dos educadores, pais e responsáveis pelos alunos aparecem embaçados, não conseguimos identificá-los. Rito de Passagem trata de inclusão com muita sensibilidade, dando voz e vez a personagens que têm muito a dizer e ensinar, com frequência silenciados pela sociedade.

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Duas novas espécies de lagartos são descobertas no Nordeste brasileiro

Descobertas foram descritas em artigo cujo autor líder é o doutorando em Biologia Animal da UFPE Marcos Dubeux Por Ana Célia de Sá, da Ascom da UFPE Duas novas espécies de lagartos foram descobertas, nos estados da Bahia e de Alagoas, por um grupo internacional de pesquisadores que tem a participação de representantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O Phyllopezus diamantino e o Phyllopezus selmae estão descritos no artigo “Two new species of geckos of the genus Phyllopezus Peters, 1878 (Squamata: Gekkota: Phyllodactylidae) from northeastern Brazil”, publicado na revista científica neozelandesa Zootaxa (5120, vol. 3), em 28 de março, e cujo autor líder é o doutorando em Biologia Animal da UFPE Marcos Dubeux. O Phyllopezus diamantino foi encontrado e, até agora, é conhecido somente na Serra do Sincorá, na Chapada Diamantina, município de Mucugê, na Bahia. Já o Phyllopezus selmae foi localizado apenas na Mata Atlântica e em áreas de transição com a Caatinga no estado de Alagoas. Nessas localidades, existem outras dezenas de espécies de lagartos, mas, para o gênero Phyllopezus, as duas espécies novas são as únicas registradas. Tanto o Phyllopezus diamantino quanto o Phyllopezus selmae distinguem-se das outras espécies já conhecidas por diferenças genéticas e características de morfologia externa, como maior tamanho corporal; formato, posição e quantidade de escamas da cabeça; e também pela coloração do corpo. “As duas espécies novas são próximas entre si, evolutivamente. E as duas estão relacionadas com outras várias espécies do gênero. Algumas dessas sabemos que também são novas e, em breve, receberão novos nomes também”, explicou o professor Pedro Nunes, do Departamento de Zoologia e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal (PPGBA) do Centro de Biociências (CB) da UFPE, Campus Recife. O docente é orientador de Marcos Dubeux no doutorado e um dos autores do trabalho. “Apesar dessa distância geográfica entre as duas espécies, o conhecimento atual que nós temos revela que elas compartilham um ancestral comum e exclusivo. Então, elas, algum dia, provavelmente, pertenceram a uma mesma população, há muitos anos atrás, que, ao longo do tempo, se divergiu nessas duas espécies que acabaram isoladas em estados completamente diferentes”, ressaltou Marcos Dubeux. Para a identificação das novas espécies, foi utilizada uma abordagem metodológica denominada taxonomia integrativa, em que diferentes fontes de evidência são utilizadas de maneira integrada e precisa. Nesse trabalho, foram realizadas análises morfológicas (com medição dos espécimes, contagem de escamas, avaliação da cor e de outras características) e moleculares (com a comparação de fragmentos de genes entre os diferentes indivíduos, recuperando uma árvore filogenética) para a comparação com outras espécies do gênero. Os resultados indicaram que as duas novas espécies realmente se distinguem das demais desse gênero e, ao mesmo tempo, possuem proximidade morfológica e molecular entre as duas. Em 2012, o Phyllopezus diamantino já havia sido identificada como uma possível nova espécie pela pesquisadora Fernanda Werneck (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa) e colaboradores, com base em informações genéticas. Agora, em 2022, o doutorando Marcos Dubeux encontrou características morfológicas que suportam a nova espécie, somadas às informações moleculares. Já o Phyllopezus selmae foi coletado por alguns dos autores do artigo, e a nova espécie foi descoberta recentemente. Além de Marcos Dubeux e Pedro Nunes, também assinam o artigo os pesquisadores Tamí Mott (Universidade Federal de Alagoas – Ufal), que é coorientadora de doutorado de Marcos Dubeux; Fernanda Werneck (Inpa/Manaus), Tony Gamble (Marquette University e University of Minnesota, Estados Unidos) e Miguel Rodrigues (Universidade de São Paulo – USP), os quais já trabalhavam com o gênero; Ubiratan Gonçalves (Ufal), Cristiane Palmeira (Ufal e Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN) e José Cassimiro (USP), responsáveis por encontrar e coletar diversos indivíduos das duas espécies que foram descobertas. FAUNA – As novas espécies de lagartos ampliam a diversificada fauna da região Nordeste do Brasil. “A descrição de ambas as espécies é bastante importante para a compreensão da evolução do gênero e para políticas de preservação das áreas onde ocorrem”, disse o professor Pedro Nunes. No caso de Phyllopezus diamantino, a descoberta reforça a riqueza da biodiversidade da Serra do Sincorá e da Chapada Diamantina, inclusive com larga gama de espécies endêmicas, mas fica o alerta quanto à preservação ambiental. “Devido à área de distribuição de Phyllopezus diamantino ser bastante pequena, a nova espécie provavelmente já está ameaçada de extinção”, pontuou Nunes.

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Suape terá investimento de R$ 59,8 milhões com arrendamento do Terminal de Granéis Sólidos

Área a ser licitada tem 72 mil metros quadrados e fica localizada na retroárea do Cais 5. Será destinada à movimentação de granéis vegetais e minerais, além de carga geral Do Complexo de Suape O Porto de Suape, localizado em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, receberá, nos próximos meses, investimentos da ordem de R$ 59,8 milhões com o novo arrendamento do Terminal de Granéis Sólidos de Suape (TGSS), localizado na retroárea do Cais 5, um espaço de 72 mil metros quadrados. O edital de licitação foi anunciado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) na última sexta-feira (4) e as informações do certame estão disponíveis a partir de hoje. O leilão acontecerá no dia 30 de março deste ano, na B3, em São Paulo (SP), e o valor mínimo de outorga será de R$ 1,00. O terminal a ser licitado, atualmente sob contrato de transição à empresa pernambucana M&G São Caetano, foi projetado para movimentar e armazenar granéis vegetais e minerais, e carga geral. O prazo contratual será de 25 anos, com celebração de contrato previsto neste ano e início das operações em 2024. O edital e os anexos estão disponíveis nos sites do Ministério da Infraestrutura (www.gov.br/infraestrutura) e Antaq (https://www.gov.br/antaq/pt-br/assuntos/leiloes). A área está localizada no porto interno de Suape, na margem oposta ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS). A futura arrendatária deverá realizar investimentos para que o terminal seja dotado de capacidade estática mínima total de 12 mil toneladas, além da aquisição de sistemas de recepção rodoviária, sistema transportador de correias e equipamentos equivalentes para garantir a produtividade (prancha média geral) de 549 t/h (toneladas por hora) e 128 t/h, para a movimentação de coque de petróleo e açúcar ensacado, respectivamente. “Com este novo arrendamento, Suape vai dar um passo importante para diversificação de cargas e aumento significativo na movimentação portuária. O porto terá incremento na exportação e importação de vários tipos de granéis sólidos. É um investimento importante, que vai gerar novos negócios para o porto e empregos para a região. Esse processo também faz parte do nosso projeto de modernização dos cais e píeres, em curso desde o ano passado”, pontua o diretor-presidente da estatal, Roberto Gusmão. Regularizado e cumprindo todas as exigências de licenciamento ambiental, o TGSS está apto ao armazenamento de açúcar e granéis diversos, como soja, farelo de soja, trigo, milho, malte, cevada, arroz, feijão, farinha, cereais, coque de petróleo e fertilizantes, por meio da operação do shiploader, equipamento portuário utilizado no transporte de granéis dos armazéns para os navios. O terminal está operando desde junho do ano passado. O espaço foi oferecido para contratação sob o regime de transição após a devolução da área pela Agrovia do Nordeste e autorização da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA). A M&G São Caetano participou do chamamento público em 2020 e ofereceu o maior preço do certame transitório. O terminal tem capacidade para movimentar de 500 a 600 mil toneladas de carga por ano. Caso tenha a intenção de continuar a explorar o espaço, a empresa terá que participar e vencer o leilão do próximo dia 30.

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Crítica| Eternos

E se o universo fosse dominado por seres ditos celestiais que na ânsia por criar novos mundos terão de destruir outros tantos em nome de uma causa “maior”? A História Mundial é permeada por personagens de motivações semelhantes, ditadores que a favor de uma ideologia ou projeto ceifaram a vida de milhões. Eternos, nova aposta da Marvel, reflete sobre o tema e estabelece uma nova fase para o MCU. A história acompanha a jornada dos Eternos, uma raça de super-humanos concebida por Arishem, representante de seres cósmicos chamados Celestiais. O grupo tem como missão livrar a humanidade da presença dos Deviantes, criaturas também criadas pelos Celestiais. Porém os planos de Arishem para os humanos são outros. A descoberta abalará os Eternos, que se voltarão contra seu criador. Logo na famosa abertura (a que mostra o folhear de páginas de HQs da Marvel) a primeira mudança: o tema épico escrito por Michael Giacchino dá lugar à melodia suave e ancestral composta por Ramin Djawadi, responsável pela trilha de Game of Thrones. A direção é de Chloé Zhao, ganhadora do Oscar por Nomadland. É possível notar a mão da diretora em sequências quase documentais, contemplativas, pouco comuns em filmes da Marvel. O filme tem elenco de peso, a começar por Angelina Jolie, que estreia no MCU. A atriz encarna Thena, imortal que manipula energia e tem domínio sobre armas como uma lança dourada. Richard Madden, o Robb Stark de Game of Thrones, interpreta Ikaris, integrante mais poderoso do grupo, capaz de voar e lançar raios pelos olhos (algo parecido na concorrência?). Salma Hayek encarna Ajak, matriarca da equipe, única capaz de se comunicar com os Celestiais. Gemma Chan, de Podres de Ricos, vive a personagem de maior peso para a história, Sersi, imortal que terá de assumir a liderança do grupo. Alguns personagens mereciam tempo maior de tela, como o ator sul-coreano Don Lee, conhecido por Invasão Zumbi. Em Eternos ele é Gilgamesh, imortal de grande força, por vezes alívio cômico da história. O ator irlandês Barry Keoghan, é Drug, imortal telepata que se refugia em uma floresta na América do Sul. Kumail Nanjiani (Silicon Valley, Doentes de Amor) é o ator que mais provocou burburinho ao postar nas redes sociais a preparação pela qual passou para viver Kingo, imortal que assumiu a carreira de astro de Bollywood. Representatividade é palavra forte em Eternos. Chloé propõe personagens de gênero diferente das HQs. É o que acontece com Lia McHugh (O Chalé) no papel de Duende, imortal que carrega o fardo de nunca envelhecer, e Lauren Ridloff (The Walking Dead) como Makkari, a mulher mais rápida do universo. Lauren é a primeira atriz surda a atuar em um filme da Marvel. Brian Tyree Henry, da série Atlanta, interpreta Phatos, inventor de grande talento, e primeiro herói gay da Marvel nos cinemas. O ritmo lento de algumas sequências deverá desagradar a parcela de público acostumada a cenas de ação de produções como Vingadores: Ultimato. Soma-se a isso o desafio de desenvolver em pouco tempo (ainda que em mais de 2h30) um universo de personagens complexos. Por outro lado, considero válido o esforço da Marvel em reformular esse universo, transgredindo a máxima popular de não mexer em time que está ganhando. Origem Os Eternos surgiram na década de 70, criação de Jack Kirby que, em parceria com Stan Lee e Joe Simon, lançou personagens como o Capitão América, Hulk, Thor e Homem de Ferro. A centelha criativa que originou esse universo vem da mitologia grega. Thena é inspirada na deusa grega Atena. Ikaris, como o próprio nome aponta, vem de Ícaro, personagem mitológico que morreu ao voar próximo ao Sol com asas de cera. Da Literatura Inglesa veio a inspiração para Duende, das histórias de Peter Pan, personagem criado por J. M. Barrie.

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Marília Parente volta aos palcos em show com banda no Recife

Na próxima quinta (9), compositora pernambucana apresenta repertório autoral, incluindo canções inéditas, no Bar Iraq, localizado na Boa Vista Via assessoria de imprensa. A próxima quinta-feira (9) marcará o retorno da cantora e compositora pernambucana Marília Parente aos palcos. A artista se apresentará, acompanhada por sua banda de apoio, no Bar Iraq, localizado no bairro da Boa Vista, área central do Recife, a partir das 20h. O evento contará ainda com discotecagem de Juvenil Silva. Na ocasião, Marília fará seu primeiro show aberto ao público desde março de 2020, quando tiveram início as medidas sanitárias de prevenção à covid-19 em Pernambuco e na maior parte do Brasil. “Eu tinha lançado meu primeiro disco no fim de 2019, de modo que a pandemia comprometeu completamente nosso planejamento de circulação e divulgação do trabalho. O público teve poucas oportunidades de assistir a esse show, motivo pelo qual resolvemos insistir nesse repertório, que foi enriquecido com algumas canções inéditas e singles posteriores ao álbum”, explica a artista. No show, Marília canta e toca violão, craviola e teclado. Ela será acompanhada pela guitarra de Juvenil Silva, o baixo de Diego Gonzaga e a bateria de Caio Wallerstein. Artistas como Isadora Lubambo e Nívea Maria (Verdes & Valterianos) farão participações especiais. O evento integra o projeto “Na Medida do Possível”, que ocupa o Iraq às quintas. Em dezembro, a iniciativa promoverá ainda shows da bandas Jambre e Verdes & Valterianos, respectivamente, nos dias 16 e 23. Serviço//Marília Parente e Banda + DJ Juvenil Onde: Rua do Sossego, 179, Boa Vista, Recife-PE Quando: 9/dez (quinta-feira), às 20h Ingressos: Na hora ou garantido antecipadamente no Sympla, através do link: https: //www.sympla.com.br/show-marilia-parente—projeto-na-medida-do-possivel__1429667  

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Rio Capibaribe em verso e na tela

Figura imponente em postais sobre o Recife, o Rio Capibaribe parece encarnar uma serpente que rasga e divide regiões em todos os sentidos. Testemunha ocular de quão desigual pode ser uma cidade, o rio cruza bairros ditos nobres e, seguindo o fluxo, desliza sob humildes palafitas. Imponência que, de longe, anuvia o que, de perto, faz arder nossas narinas: o odor acre de águas enfermas de poluição, contaminadas pela ação do homem de consciência e moral igualmente enfermas. Extremos que serviram de matéria prima a João Cabral de Melo Neto ao escrever o poema O Cão Sem Plumas, e, anos depois, inspiraram a cineasta Katia Mesel a produzir o curta-metragem Recife de Dentro pra Fora. O Cão Sem Plumas foi lançado em Barcelona, em 1950, antes da peça em versos, Morte e Vida Severina, trabalho mais conhecido do poeta, publicado cinco anos depois. O poema é dividido em quatro partes: a primeira e segunda recebem o título de Paisagem do Capibaribe. A terceira e quarta, Fábula do Capibaribe e Discurso do Capibaribe, respectivamente. Ainda que protagonista nos versos, o rio sempre tem sobre as margens a sombra do homem. A ligação rio-homem é intensa e íntima de tal maneira que os torna única essência, rio, homem, lama e pele. Recife de Dentro pra Fora estreou em 1997. Com trilha sonora de Geraldo Azevedo, passou por grandes festivais, ganhando prêmios como o de Melhor Documentário no Festival de Vitória, Melhor Fotografia em Gramado e o Prêmio Multishow de Melhor Trilha sonora no Festival de Brasília. É possível considerar o curta uma adaptação cinematográfica do poema de João Cabral, até porque, para ser classificada assim, a obra fílmica não precisa necessariamente ser fiel a cada estrofe do texto. O curta desvela, já no primeiro ato, detalhes da relação entre João Cabral e o Capibaribe, nas palavras do próprio poeta, que nasceu e viveu testemunha do correr das águas turvas e sujas do rio. Relação que, ouso dizer, não se deu por completa, pois, como revela, nunca se banhou naquelas águas. Protagonista de uma grande tragédia, o Capibaribe avança e atua para uma plateia que, por vezes, participa do espetáculo. Público que assume o arquétipo de antagonista ao lançar no rio o pior de si. Como fez João Cabral em O Cão Sem Plumas, Katia Mesel inverte o ponto de vista que agora é do rio e não do homem. O rio encara a cidade e geme de dor. O cão em decomposição boiando é metáfora perfeita para um rio que corre, porém sem vida.

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