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EUA anunciam doação de vacinas para Ásia, América Latina e África

Da Agência Brasil O presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou hoje (3) que os Estados Unidos doarão quase 19 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 para o consórcio global de vacinas Covax Facility. A proposta de Biden é de que estas doses sejam compartilhadas entre países do sul e do sudeste asiático (7 milhões); América Latina e Caribe (6 milhões) e da África (5 milhões). O Brasil é citado entre os mais de 14 países latino-americanos e caribenhos que dividirão, entre si, as 6 milhões de unidades que o consórcio deverá destinar às duas regiões. Além das 19 milhões de doses, pouco mais de 6 milhões de unidades de imunizante serão fornecidas diretamente aos países com alto número de casos da doença e, nas palavras de Biden, “parceiros e vizinhos, incluindo Canadá, México, Índia e Coreia do Sul.” As 25 milhões de doses da vacina fazem parte dos 80 milhões de imunizantes que, no mês passado, o presidente norte-americano anunciou que compartilharia com outros países até o fim de junho. Países As quase 19 milhões de doses que serão entregues ao consórcio Covax Facility serão compartilhadas da seguinte forma: » Cerca de 6 milhões para os seguintes países das américas do Sul e Central: Brasil, Argentina, Colômbia, Costa Rica, Peru, Equador, Paraguai, Bolívia, Guatemala, El Salvador, Honduras, Panamá, Haiti. República Dominicana e outros países da Comunidade do Caribe; » Aproximadamente 7 milhões para os seguintes países asiáticos: Índia, Nepal, Bangladesh, Paquistão, Sri Lanka, Afeganistão, Maldivas, Malásia, Filipinas, Vietnã, Indonésia, Tailândia, Laos, Papua Nova Guiné, Taiwan e Ilhas do Pacífico; » Cerca de 5 milhões para países do continente africano que serão selecionados em coordenação com a União Africana. Já as seis milhões de doses prometidas a países “prioritários e parceiros” serão direcionadas para o México, Canadá, Coreia do Sul, Cisjordânia, Gaza, Ucrânia, Kosovo, Haiti, Geórgia, Egito, Jordânia, Índia, Iraque e Iêmen, e também para imunizar trabalhadores da linha de frente da Organização das Nações Unidas (ONU). Segurança Global “Compartilharemos essas vacinas para salvar vidas e para liderar o mundo no sentido de pôr fim à pandemia, com a força do nosso exemplo e de valores”, declarou Biden ao detalhar a iniciativa, esta manhã, e prometer, para os próximos dias, mais informações sobre os procedimentos de distribuição das doses. “Reconhecemos que extinguir esta pandemia significa acabar com ela em todos os lugares. Enquanto o vírus [da covid-19] continuar se alastrando em qualquer outra parte do mundo, o povo americano seguirá vulnerável”, acrescentou Biden. O presidente norte-americano lembrou que os Estados Unidos já transferiram mais de 4 milhões de doses de vacina para o Canadá e o México. E que seu governo apoia a renúncia temporária a direitos de propriedade intelectual no caso dos imunizantes como forma de acelerar a produção global de vacinas. “Meu governo apoia os esforços de renúncia temporária aos direitos de propriedade intelectual para as vacinas contra a covid-19 porque, com o tempo, precisaremos de mais empresas as produzindo para que possamos compartilhá-las de forma equânime”, comentou Biden durante seu pronunciamento. “A forte liderança norte-americana é essencial para acabarmos com esta pandemia e para fortalecermos a segurança global da saúde para o futuro – a fim de melhor prevenir, detetar e responder à próxima ameaça”, concluiu.

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Soluções ajudam a reduzir a emissão de gases poluentes de veículos

A ginástica que a frota logística faz nas vias para conduzir pessoas e entregar mercadorias é a mesma movimentação que o motor realiza internamente para garantir tal desempenho. O detalhe é que esse funcionamento ocorra com redução da poluição e menor impacto ao meio ambiente. Pelo menos duas iniciativas do Grupo Dislub Equador estão nessa direção: ajudar a diminuir os gases poluentes do escapamento para a natureza. Um deles é o Arla, uma solução que age e neutraliza os gases poluentes, que sairiam pelo escape de veículos pesados que usam diesel. Entre eles, caminhões, ônibus e carretas. Na prática, o líquido à base de ureia não se mistura com o combustível, nem é inflamável. Ele fica em um compartimento a parte e age no sistema SCR, reduzindo em 98% as emissões de NOX (Óxido de Nitrogênio). Segundo Lucemila Bonifácio – responsável técnica pelo Arla 32 da Dislub – existe obrigatoriedade desde 2012 para que esses tipos de veículos já saiam de fábrica com compartimento para abrigar o produto. O Arla 32 é um nome comum para o Agente Redutor Líquido de NOX Automotivo. O produto é desenvolvido em duas unidades fabris do grupo pernambucano para atender as regiões Norte e Nordeste. Uma fica em Porto Velho (RO) e outra fica em Paulista (PE), está abastece a região Nordeste. A produção é comercializada em postos de combustíveis, em recipientes de 20 litros. Outra maneira é em granel, via caminhões que abastecem, por exemplo, transportadoras e garagens de ônibus. Outra iniciativa da Dislub é a gasolina DuraMais, um combustível ecoaditivado, exclusivo do grupo pernambucano, reconhecido internacionalmente e certificado pelos organismos da ONU. Ela é fabricada com a tecnologia GreenPlus, espécie de catalisador que polui até 50% menos e ainda traz economia de combustível de até 10%. O resultado é a melhora do desempenho do motor, aumento de rendimento do combustível e redução da emissão de gases poluentes. Disponível em mais de 100 postos das regiões Norte e Nordeste, a DuraMais já é utilizada no transporte público da Alemanha, virou política pública na Colômbia e está disponível ao consumidor em postos nos Estados Unidos e Argentina, em países na Europa, Ásia e Oriente Médio. Além de estar presente em frotas de caminhões e navios, geradoras de energia e várias das maiores companhias de petróleo do mundo.

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Christal Café une a culinária natural e um ambiente imerso em arte

Com a assinatura da chef Maia Deva, especialista na gastronomia consciente, o Christal Café Bistrô, no Pina, aposta em um cardápio rico em produtos oriundos da agricultura familiar e em um charmoso local, dentro da Christal Galeria de Artes (na Rua Estudante Jeremias Bastos, 266) , fazendo a conexão da arte com a culinária conceitual. O menu foi montado em cima da experiência de Maia Deva na gastronomia macrobiótica e no uso de alimentos naturais, produzidos na agricultura local. "Tudo é preparado artesanalmente. O alimento, quanto mais natural, melhor, ajuda ao nosso organismo, fortalece a saúde, e não causa danos ao meio-ambiente. Criei os pratos valorizando os ingredientes da nossa terra de uma forma criativa e saborosa", completa a chef. Na parte de sobremesas, a chef Maia Deva faz uma releitura de doces já conhecidos, mas com matérias-primas naturais. "Acreditamos que a responsabilidade com o planeta pode conversar com a alta gastronomia. Pensamos no processo completo da produção de um prato, desde a aquisição dos ingredientes, a preparação, e o descarte do lixo produzido", afirma a empresária e galerista, Christiana Asfora Cavalcanti.  

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Pernambuco prorroga decreto até 13 de junho e Sertão também terá restrições

Do Governo de Pernambuco O Governo de Pernambuco, após análise do Comitê de Enfrentamento à Covid-19, informou, por meio de coletiva online, a prorrogação das medidas restritivas estabelecidas em todo o Estado, seguindo agora até o dia 13 de junho. Foi anunciado também que a Macrorregião 3, no Sertão, entrará no esquema válido para a Macrorregião 1. Agora, as regionais de Arcoverde, Afogados da Ingazeira e Serra Talhada seguirão as normas já vigentes no Recife, Região Metropolitana e áreas da Zona da Mata, com restrições aos sábados e domingos, quando somente serviços autorizados podem funcionar. As 65 cidades do Agreste, sendo 53 municípios das Gerências Regionais (Geres) de Caruaru e Garanhuns, além das 12 cidades da Geres de Limoeiro, seguem em quarentena rígida. Nesses locais, durante toda a semana, só poderão abrir as portas atividades autorizadas. A Macrorregião 4, que contempla a região do Vale do São Francisco e Araripe, permanece no esquema de funcionamento até 20h, de segunda a sexta, e até 18h nos finais de semana. De acordo com o secretário estadual de Saúde, André Longo, Pernambuco vive ainda um momento delicado em relação à pandemia. Segundo ele, a situação tem gerado uma crescente demanda por leitos, superando a capacidade das redes de saúde pública e privada. Na análise epidemiológica da Semana 21, o Estado ficou no mesmo patamar de casos graves da semana anterior, com a notificação de 1.975 casos graves suspeitos. “Na análise por Macrorregião, temos um cenário de estabilidade na 4ª, seguido de um estágio de platô, em níveis ainda muito elevados na 1ª. No Agreste, conseguimos interromper a aceleração exponencial e os indicadores ficaram estáveis, mas a região continua gerando muitos doentes graves, pressionando a rede de saúde. Na 3ª Macrorregião, tivemos uma aceleração mais rápida, com um crescimento de 19% em uma semana e de 21% em 15 dias no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, pontuou o secretário. Com relação às solicitações de UTI, a região da Macro 3 apresentou um aumento de 18% em uma semana e de 68% em 15 dias. Foram 47 na Semana 19 até chegar a 79 na semana passada. André Longo anunciou ainda a abertura de mais 10 leitos de UTI no Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru. “Somando com os da semana passada, já são 60 leitos de terapia intensiva, nos últimos sete dias, sendo 40 no Agreste e 20 no Sertão”, explicou o secretário, que também ressaltou outras ações do Governo de Pernambuco para o interior do Estado. “Distribuímos, até hoje, 154 concentradores de oxigênio para os municípios que mais precisavam. Montamos uma Central Emergencial de Fornecimento de Oxigênio que, do último sábado até o começo da tarde de hoje, já socorreu 40 municípios com o carregamento de 718 cilindros, totalizando 5.490 m³ de oxigênio”, detalhou. ECONOMIA A secretária executiva de Desenvolvimento Econômico, Ana Paula Vilaça, detalhou a prorrogação das medidas e explicou a importância da iniciativa para conter a aceleração do vírus. “Estamos mantendo o diálogo constante com os setores e respeitando a questão da previsibilidade. Para que todos possam se programar, estamos anunciando previamente essas novas medidas. Essas que têm surtido efeito, aliadas às outras ações, como vacinação e abertura de leitos. Mas o nosso comportamento é fundamental, principalmente em datas comemorativas, como o ponto facultativo de amanhã (Corpus Christi) e o Dia dos Namorados. O momento ainda é delicado. Estamos em um plano de convivência que pode ser alterado, pois há um acompanhamento diário dos números. Havendo mudanças, elas serão anunciadas”, esclareceu. Os 35 Municípios da Macrorregião 3 que passarão a seguir restrições nos finais de semana: Geres VI Arcoverde, Buíque, Custódia, Ibimirim, Inajá, Jatobá, Manarí, Pedra, Petrolândia, Sertânia, Tacaratu, Tupanatinga, Venturosa. Geres X Afogados da Ingazeira, Brejinho, Carnaíba, Iguaraci, Ingazeira, Itapetim, Quixaba, Santa Terezinha, São José do Egito, Solidão, Tabira, Tuparetama. Geres XI Betânia, Calumbi, Carnaubeira da Penha, Flores, Floresta, Itacuruba, Santa Cruz da Baixa Verde, São José do Belmonte, Serra Talhada, Triunfo.

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Semas lança plano de ação para combater o coral-sol

Da Semas A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas) anunciou uma série de ações para conter o avanço do coral-sol, uma espécie exótica-invasora que ameaça a biodiversidade nativa aonde chega. O animal marinho foi identificado, no ano passado, em navios naufragados no Recife. Com investimento inicial de cerca de R$ 530 mil, o plano de combate prevê a realização de 59 campanhas de mergulho para remover a espécie e monitorar a costa do estado, Fernando de Noronha e áreas portuárias. A iniciativa foi detalhada durante o webinário Coral-sol e Naufrágios, que integra a programação da Semana do Meio Ambiente. O secretário da pasta ambiental do estado, José Bertotti, ressaltou que a espécie chegou ao Brasil há muito tempo, mas só agora em Pernambuco. A presença dela é um alerta por sua capacidade de comprometer a vida marinha nativa. “Temos um chamado pela restauração dos ecossistemas e isso inclui o bioma Marinho-costeiro. O coral-sol nos desperta preocupações. Mas, estamos prontos para agir e tomar as medidas necessárias em tempo para conter a disseminação dele. Essa é uma ação conjunta do governo, academia e sociedade civil, e acreditamos que ela é um motor importante para garantir a conservação dos nossos ambientes recifais”, afirmou. Segundo o levantamento feito pela Semas com o apoio de instituições não governamentais, até o momento, foi identificada a presença de indivíduos dessa espécie em cinco pontos de naufrágios. Trata-se das embarcações Walsa, Bellatrix, São José, Phoenix e Virgo, localizadas na costa do Recife. Também foi observada a existência do animal em estruturas do Porto de Suape. Para enfrentar o desafio de erradicar o coral, o plano prevê cinco etapas: Diagnóstico; Remoção; Monitoramento; Comunicação e Normas. Essas etapas serão realizadas simultaneamente como forma de garantir um controle mais efetivo do animal. Para o diagnóstico, serão realizados 28 mergulhos em pontos de naufrágios e também de ambientes naturais distribuídos na costa pernambucana, sendo três deles no Arquipélago de Fernando de Noronha. A ideia é ter uma visão do status da contaminação dos ambientes marinhos consolidado num relatório com mapa e medidas mitigadoras a serem adotadas. “Na nossa costa, existem mais de 100 naufrágios. Contudo, escolhemos os pontos a partir da análise de especialistas que indicaram os locais com maior probabilidade de aparecimento do coral-sol frente ao cenário hoje já posto”, explicou Sidney Vieira, analista da Semas/PE. Já a etapa de remoção deve começar ainda este mês, quando está prevista a primeira atividade de retirada de colônias localizadas no barco “Virgo”. A embarcação está em 16% de sua superfície contaminada, de acordo com o Projeto de Conservação Recifal. Além dessa, é certa a extração de indivíduos nos outros quatro naufrágios que abrigam o animal. Parte do material coletado será encaminhado às universidades e aos pesquisadores parceiros. O restante seguirá para destinação adequada. Após as ações de retirada, a Semas seguirá fazendo o monitoramento tanto de áreas já afetadas como de outros pontos estratégicos da costa. O plano contempla a realização de outras 25 campanhas de mergulho, além de um reforço na comunicação com as autoridades portuárias, mergulhadores profissionais, pescadores e instituições que atuam em ambientes recifais. A ideia é que esse acompanhamento gere dados para compor linhas de ações efetivas tanto no que diz respeito a melhor forma de erradicação da espécie, como no controle de uma eventual dispersão. O professor e pesquisador da UPE, Múcio Banja, que participou do debate, reconheceu a efetividade do decreto estadual sobre ações de prevenção e erradicação de espécies marinhas invasoras. Publicada este ano, a legislação foi construída a partir dos debates do plano de combate ao coral-sol, juntamente com a sociedade. “Já fui procurado por empresas devido à necessidade de se cumprir exigências previstas no decreto. Então, já estamos vendo medidas importantes se configurando nos portos, sendo respeitado o que foi definido em prol da preservação do ecossistema marinho. Esperamos que todas as iniciativas levem em conta o definido no decreto e nosso plano de ação”, disse. O diálogo online contou ainda com a presença de Pedro Pereira, coordenador do Projeto Conservação Recifal; Ninha Santhiago, mergulhadora tech; e do superintendente de Conservação da Biodiversidade, Maurício Guerra. O evento faz parte da programação comemorativa da Semana do Meio Ambiente, realizada conjuntamente pela Semas, Agência CPRH e Parque de Dois Irmãos. Coral-sol - Espécie exótica-invasora, originária do Oceano Pacífico Sul, o coral-sol é encontrado principalmente no Arquipélago de Fiji. Os vetores de introdução dele estão relacionados à plataforma e outras estruturas da exploração de petróleo, contudo, os navios também são tidos como vetores, através, principalmente, da incrustação da espécie em seu casco. Os indivíduos se fixam ao encontrar costão rochoso ou materiais artificiais como cimento, granito, aço e cerâmica, podendo ocupar áreas até onde não há incidência de luz. São capazes de se reproduzir em alta velocidade, ocupando o espaço da fauna nativa e provocando um efeito devastador na biodiversidade marinha brasileira.

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Liberdade de expressão nas redes sociais: entre o remédio e o veneno, a diferença está na dosagem

*Por Gabriel Vasconcelos da Costa Filho e Daniela Pinheiro Ramos Vasconcelos Recentemente tem sido comum nos depararmos com a mensagem em qualquer das redes sociais de que determinada postagem fora excluída por violar as diretrizes da comunidade e/ou por desrespeitar as regras da plataforma. Perfis banidos, contas bloqueadas, posts apagados. Muitas tem sido as medidas adotadas pelas empresas responsáveis pelas redes sociais para, de alguma forma, exercer um controle sobre as informações expostas pelos usuários, a fim de aplicar fielmente as suas diretrizes de conteúdo. Tal medida visa coibir o uso de tais plataformas para propagação de conteúdos notadamente falsos, desvirtuados, preconceituosos, discriminatórios, dentre outros tipos nocivos. Ocorre que o governo federal prepara decreto para limitar a exclusão de conteúdo das redes sociais e engessar decisões de empresas como Youtube, Twitter, Facebook e Instagram. O texto - contido no Ofício Circular nº 88/2021/GM escrito pela Secretaria de Cultura, parte integrante do Ministério do Turismo - tem por objetivo impedir que as companhias retirem informações do ar, somente por julgarem que as próprias políticas foram violadas pelos usuários, sem a existência de ordem judicial para tanto. Em síntese, o ofício - base do decreto ainda não publicado e que alterará o Marco Civil da Internet (lei 12.965/14) - dispõe que, para apagar conteúdo ou remover usuários, as redes sociais se embasem em decisões judiciais específicas e não apenas em suas políticas e regras de uso, salvo algumas hipóteses elencadas no texto do decreto, bem como a pedido do usuário ou de terceiros, quando a publicação for nociva à imagem e privacidade. Além disso, o decreto dá a Secretaria de Cultura o poder para fiscalizar o cumprimento da normativa e determina sanções por seu descumprimento. O Ministério do Turismo baseou-se na Constituição Federal e na Lei nº 12.965, de 2014 (Marco Civil da Internet), bem como na Lei nº 8.078, de 1990 (Código de Defesa do Consumidor) e na Lei nº 13.709, de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados) para formular o decreto, alegando que a política interna de uma empresa, muitas vezes baseadas em leis estrangeiras, não podem embasar sua decisão de exclusão de conteúdo ou de remoção de usuários. Exclusão e remoção De fato, o debate sobre a exclusão de conteúdo e remoção de usuários das redes sociais se faz necessário. Entretanto, é extremamente importante que se tenha em mente que, por mais que a liberdade de expressão deva, a todo custo ser preservada, esta unicamente não possui o poder de alçar o cidadão a figura de inatingível e nem tão pouco apaga a função social da Internet e a importância da manutenção da ordem social e o benefício da coletividade. Tendo surgido com o objetivo de interligar computadores e fornecer acesso ao usuário a diversas informações, a Internet, dinâmica como é, tem passado por extensas e profundas transformações no seu uso, as quais impactaram profundamente no comportamento da nossa sociedade, tendo, inclusive, papel vital na formação das novas gerações. Produção de conteúdo Antes, um instrumento tecnológico capaz apenas de nos conectar aos grandes portais da WEB, proporcionando acesso a diversos conteúdos. Hoje, com o surgimento das redes sociais, a internet passou a ser não somente uma ferramenta de consumo, mas também de produção de conteúdo. Tal situação possui impactos extremos em nossa sociedade, uma vez que, no cenário atual, as informações de propagam em velocidade e alcance inestimáveis, onde um simples post em redes sociais pode “viralizar” a ponto de ser mundialmente conhecido. Transformação social Sem dúvidas que essa transformação social tem agregado bastante valia ao nosso cotidiano. Entretanto, há se observar os efeitos colaterais dessa mudança de panorama, posto que, hoje, o nosso acesso à informação é irrestrito e, muitas vezes, sem qualquer tipo de filtro, curadoria ou até mesmo credibilidade. Mas, quem é o responsável pelo impacto dessas informações? O Governo? As grandes corporações que controlam as redes sociais? O autor das postagens? A pergunta não encontra resposta óbvia, uma vez que, ainda que as redes sociais proporcionem esse ambiente livre e democrático, o usuário é quem revela através dos códigos binários a sua manifestação de vontade, a sua opinião... Ah, e como falar de opinião sem mencionar a liberdade de expressão? Nesse contexto, caberia as redes sociais o controle sobre o conteúdo das postagens do usuários? Ou caberia ao governo ou ao judiciário limitá-las? Tal medida poderia ser considerada censura? Liberdade, segundo a filosofia, “[…] é o conjunto de direitos de cada indivíduo, seja ele considerado isoladamente ou em grupo, perante o governo do país em que reside; é o poder que qualquer cidadão tem de exercer a sua vontade dentro dos limites da lei.” (SÉRGIO, 2017, online). Direito à privacidade É interessante analisarmos a maneira que atualmente as pessoas expressam suas opiniões, e ainda, como isto tem afetado o restante dos usuários. A conscientização do que pode ser dito ou não se mostra extremamente relativa, surgindo brevemente o conflito entre o que pode ser considerado liberdade de expressão ou discurso de ódio e passando ainda pelo debate sobre o direito à privacidade de cada um. Entre o veneno e o remédio, a única diferença é a dose... Não deve ser interpretado de maneira diversa o conceito de Liberdade de Expressão. Sob o pretexto de garantia de liberdade ao cidadão, o decreto governamental visa proibir que as redes sociais exerçam o seu papel fundamental de curadoria sobre o conteúdo ali presente e fortaleça aqueles que utilizam a rede social de forma diversa ao que se espera dela: o uso em prol do bem comum, da sociedade. Critérios Evidentemente que os critérios utilizados para tais exclusões e bloqueios de perfis necessariamente devem ser claros, objetivos e sobretudo razoáveis. De modo que a liberdade de expressão do usuário seja sim, bem como o seu direito a privacidade e o direito de terceiros sejam de fato preservados. Entretanto, não se pode confundir a liberdade com o ato de expor discursos de ódios e informações notadamente falsas, postagens socialmente perigosas, desrespeitosas e, sobretudo, incitando um estado de convulsão social. É

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Prefeitura do Recife apresenta projeto Parque Capibaribe ao corpo consular da cidade

Da Prefeitura do Recife Com o objetivo de estreitar parcerias para promover o desenvolvimento urbano sustentável da cidade, a Prefeitura do Recife apresentou o Parque Capibaribe aos cônsules gerais e honorários de países que possuem representação no município. O projeto pretende transformar a forma como as pessoas convivem com a cidade, ao conectá-las com as águas do Rio Capibaribe, resgatando a bacia hidrográfica como a espinha dorsal do Recife através de áreas de lazer, descanso e bem-estar. A reunião foi articulada pela vice-prefeita Isabella de Roldão, responsável pela área de relações internacionais da Prefeitura do Recife e contou com a participação do prefeito João Campos. O prefeito destacou que a apresentação trouxe a oportunidade de solidificar um projeto que revoluciona a relação dos recifenses com o rio e o espaço urbano. “É muito importante esse momento, em que a gente pode apresentar um projeto que, sem sombra de dúvidas, é o projeto mais estruturante da nossa cidade enquanto território e enquanto integração das pessoas com o espaço urbano. É uma ação que verdadeiramente possibilita que um patrimônio imenso que nós temos, que é o rio Capibaribe, possa ser acessado, utilizado, conhecido e explorado pelos recifenses. Queremos fazer o fortalecimento dos espaços de convívio na nossa cidade e poder consolidar o Recife como uma cidade parque, um lugar cada vez mais para as pessoas”, afirmou na abertura do encontro, que ocorreu de maneira remota. O gestor fez uma saudação ao corpo consular e foi, em seguida, representado pela vice-prefeita, Isabella de Roldão, que também exerce a função de Coordenadora Estratégica das Relações Internacionais do município. A vice-prefeita pontuou a importância de compartilhar com o corpo consular as políticas ambientais da cidade. “Não há como a gente tratar nenhuma pauta no Recife hoje sem passar pela sustentabilidade. Então, um dos nossos objetivos ao apresentar o projeto foi prover os consulados de informações sobre as nossas ações ambientais, para identificarmos possíveis parcerias com o foco no desenvolvimento sustentável e numa cidade construída com as pessoas e para as pessoas”, disse. A apresentação do Parque Capibaribe foi dividida em dois momentos. O primeiro, mais conceitual, ficou a cargo do sócio consultor da TGI, Francisco Cunha. Já o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Rafael Dubeux, detalhou as etapas do projeto. O secretário destacou a capacidade que o Parque Capibaribe tem para integrar a cidade através do rio. “É uma iniciativa que tem potencial de costurar os bairros do Recife. A ideia é que ao longo de toda a margem, as pessoas possam fazer o percurso caminhando ou de bicicleta. Para isso, estamos criando espaços que interligam as margens através de passarelas e lugares de convivência como mirantes. É um projeto muito sensível às pessoas e à natureza”, declarou. O secretário de Meio Ambiente, Carlos Ribeiro, também valorizou a ação e enfatizou o caráter ambiental dela em sua totalidade. “Toda grande cidade tem um rio como elemento emblemático utilizado pela população. Podemos classificar esse projeto com o viés ambiental em sua plenitude pelo resgate social que traz ao nosso principal rio, que tem uma rica história envolvida.” Entre as potenciais parcerias identificadas, a cônsul-geral da China, Yan Yuqing, citou o interesse em áreas como energia limpa, infraestrutura e finanças. “Na minha concepção, uma cidade parque é uma cidade moderna com desenvolvimento complexo. Gostaria de colaborar com a construção dessa cidade verde, inteligente e saudável. Estou ansiosa para realizar uma edição do Dragon Boat (tradicional festival chinês de corrida de barcos) no Rio Capibaribe”, enfatizou Yan Yuqing. Outro que se colocou à disposição para estabelecer sinergias foi o cônsul-honorário da Eslovênia, Rainier Michael, que também preside a Aliança Consular, entidade formada por representantes consulares de 25 países. “Realmente é um orgulho estar reunido para essa conquista, que tem trazido inovação para a cidade. Agradeço a oportunidade e parabenizo o prefeito João Campos e a vice-prefeita Isabella de Roldão. Fico contente que temos uma agenda pública e política aliada ao corpo consular da cidade”, afirmou.

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Manifestações e repressão violenta ligam sinais de alerta

Milhares de pessoas tomaram as ruas do País no último sábado (29) em uma manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro. A cobrança por mais vacinas contra a Covid-19 e as críticas à fome e a crise econômica provocada pela pandemia estiveram no centro das reivindicações. Apesar dos protestos pacíficos, no Recife foram registradas reações violentas da Polícia Militar de Pernambuco, com uso de balas de borracha, bombas de efeito moral e spray de pimenta, deixando alguns manifestantes feridos no ato. A vereadora Liana Cirne (PT) foi uma das agredidas. As agressões tiveram repercussões imediatas nas redes sociais, com duras críticas à PMPE. O governador Paulo Câmara e a vice-governadora Luciana Santos reagiram rápido também à crise, informando em suas redes sociais que a ação não foi autorizada pelo Governo do Estado e que abririam inquérito para investigar o caso. Ainda no domingo, o governador determinou que os feridos nos protestos recebam assistência e indenização por parte do Estado. "Sempre pratiquei na minha condição de governador de Pernambuco, os mesmos princípios que defendo como cidadão e democrata. Repudiamos todo ato de violência, de qualquer ordem ou origem. Sobre o ocorrido durante manifestação no Centro do Recife, na manhã deste sábado, determinei a imediata apuração de responsabilidades. A Corregedoria da Secretaria de Defesa Social já instaurou procedimento para investigar os fatos. O oficial comandante da operação, além dos envolvidos na agressão à vereadora Liana Cirne, permanecerão afastados de suas funções enquanto durar a investigação", afirmou o governador no twitter. Dois alertas ficam acesos com as manifestações. O primeiro é do volume das manifestações contra o Governo Bolsonaro, que pela primeira vez depois do início da pandemia ganham às ruas, mesmo em meio aos riscos da crise sanitária. O ato reuniu milhares de pessoas nas capitais e em várias outras cidades brasileiras em um momento de fragilidade do Governo Federal diante das constatações de negligência na compra das vacinas que estão sendo expostas na CPI do Senado. O outro alerta fica por parte das reações aos movimentos anti-Bolsonaro. A luz amarela para o que pode ser enfrentado em 2022, durante à campanha eleitoral, em termos de violência está acesa.

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"Dá para aplacar a fome e ganhar muito dinheiro com a biodiversidade brasileira"

Num momento em que se discute os caminhos para Pernambuco e o Brasil saírem dessa crise sanitária e econômica, a química de produtos naturais Cláudia Sampaio Lima aponta o uso racional e sustentável da biodiversidade brasileira como solução. Cláudia, que é professora da UFPE, alerta que existe um mundo de oportunidades em bionegócios que podem beneficiar de pequenos produtores às grandes indústrias, mantendo a floresta em pé. Para isso é necessária a união da sociedade, da academia e do governo. E é com essa filosofia que o ITCBio (Instituto Tecnológico das Cadeias Biossustentáveis) foi criado. Nesta conversa com Cláudia Santos, Cláudia Lima que é diretora do instituto, fala dos projetos da entidade, analisa os gargalos da inovação no País, cuja iniciativa privada não costuma investir em pesquisa, e aponta saídas com a bioeconomia. Na sua opinião quais os principais gargalos para o desenvolvimento da inovação no Brasil e, especialmente, em Pernambuco? No Brasil temos um problema muito sério de comunicação entre universidades e empresas. Fora do País, quem investe em inovação é a iniciativa privada. Tive a oportunidade de conhecer alguns centros de pesquisas, tanto na Europa quanto nos EUA, e o que observei é que a inovação é financiada pelas empresas que precisam se colocar no mercado e lançar novos produtos. E quem é que pode colocar as empresas à frente do mercado? São as universidades, são as cabeças pensantes que trabalham fazendo pesquisa básica, mas também pesquisa aplicada. Existe uma preocupação dos governos no exterior de também incentivar a pesquisa pública. Mas no Brasil, o que acontece é que o governo financia tudo: pesquisas básica e aplicada. Por que São Paulo tem um nível de comportamento empreendedor mais arrojado que as outras cidades brasileiras? É porque lá as universidades são financiadas pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), existe um polo industrial muito forte e uma parte dos impostos das empresas vão para essa fundação, para as universidades, para financiar projetos de pesquisa. Ou seja: impostos são revertidos em ciência e inovação. O que impede uma maior participação da iniciativa privada nos investimentos de ciência e pesquisa e da academia em atuar com inovação com as empresas? Professor universitário tem a mania de achar que a sua pesquisa é a coisa mais importante do universo. Eles pensam algo como: “quem tiver interesse que venha até a mim porque eu tenho vários artigos publicados em revistas nacionais e internacionais”. Só que a comunicação dessa forma não funciona. Por outro lado, as empresas têm muita pressa, não financiam pesquisa básica, eles querem a solução pronta, não entendem que existem pesquisas que estão patenteadas, que levaram 15 anos, com muita gente trabalhando. É aquela história de tentativa e erro, tentativa e acerto. E, muitas vezes, a pesquisa leva 15 anos porque os recursos são minguados, não há como pagar uma equipe. Por que outros países do Brics, como a Índia, Rússia, China, desenvolveram vacinas contr a Covid e o Brasil, não? Ouvi uma frase, já conhecida, que me bateu muito forte esta semana: brasileiro tem síndrome de vira-lata. Não valorizamos o trabalho local. Será que o Brasil não tem condições de desenvolver a vacina? Ele tem e já tinha há muito tempo. E por que o Brasil não estava fabricando vacina e o IFA (insumo farmacêutico ativo)? Por falta de incentivos. Fazia-se o feijão com arroz, e muito bem- -feito, porque erradicamos muitas doenças com vacinas do Instituto Butantan, da Fiocruz. Veja, eu tenho mestrado e doutorado em farmácia, faço palestras há muito tempo sobre insumos naturais nas quais sempre digo: se houvesse um bloqueio internacional, o País iria morrer doente. O que é o ITCbio? O instituto foi concebido dentro da UFPE, com trabalhos multidisciplinares. Todavia, não foi muito bem na universidade porque um grupo de professores ficou incomodado com essa situação de a pesquisa ser levada para a sociedade. Eu digo para meus alunos: “temos a obrigação de devolver para a sociedade os investimentos que ela fez em nós porque o meu salário e a universidade de vocês quem paga é a sociedade”. Como a gente pode retribuir, ao menos, minimamente, esse investimento? É fazendo ciência de qualidade e levando para a sociedade. Com esse pensamento, aprovamos dois grandes projetos com a Sudene, envolvemos num deles mais de 60 pessoas e atuamos em três Estados – Pernambuco, Bahia e Piauí – com projetos colaborativos. Foi a partir deles que nasceu o ITCbio (Instituto Tecnológico das Cadeias Biossustentáveis). Focamos em bioeconomia. A proposta do ITCbio é atender a sociedade, sem discriminações, desde agricultores familiares que precisam de um apoio em inovação até grandes indústrias. A sociedade é quem precisa de ciência, tecnologia e inovação e a partir dessa demanda, o ITCbio busca, com especialistas das universidades e dos institutos de pesquisas, ferramentas para resolver os problemas demandados. Sempre digo que ao se reunirem três ou quatro pessoas de áreas distintas para analisar um mesmo problema, cada uma terá um toque diferente. Se você consegue trabalhar de forma colaborativa, ouvindo todos os parceiros, você consegue uma solução muito mais ampla. A essência da bioeconomia é utilizar ferramentas científicas tecnológicas para apoiar cadeias produtivas sustentáveis, desde o básico, a produção do alimento, do bioinsumo até o consumidor final, passando pelas empresas. Você poderia falar um pouco dos projetos que desenvolvem? Temos uma diversidade grande de projetos. Vou falar de um simples, mas que promoveu uma diferença para a sociedade: o Jequiá Sustentável. O Jequiá é uma área do Recife que tem a única torre intacta de atracação do Zepelim do mundo. Existem três comunidades com vulnerabilidade socioeconômica muito alta que habitam o entorno do parque, que tem um conteúdo histórico fabuloso, mas, por não ter investimento, parecia um local abandonado. O que as pessoas fazem com um terreno que parece abandonado? Normalmente jogam lixo. Fizemos um trabalho nas comunidades e instauramos hortas suspensas de espécies orgânicas e medicinais junto com a Secretaria de Meio Ambiente do Recife. Elas eram suspensas porque, dessa forma, ficam protegidas de animais, e o

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Suape lança projetos para celebrar a Semana do Meio Ambiente

Do Complexo de Suape Viveiro florestal abastecido por energia limpa, anúncio de reflorestamento de uma área degradada de 61 hectares, plantio de 1.800 mudas nos municípios de Ipojuca e do Cabo de Santo Agostinho, lançamento do selo Amigo dos Oceanos, além de palestras virtuais sobre temas diversos. É com essa extensa programação que o Complexo Industrial Portuário de Suape vai celebrar, de hoje (31) até 11 de junho, a Semana do Meio Ambiente, data comemorada em todo o mundo. Os eventos reforçam o compromisso da empresa com a sustentabilidade, que tem 59% do seu território de 13,5 mil hectares voltado para a preservação ecológica. A abertura da programação ocorrerá na manhã de hoje (31), com a inauguração do novo sistema de energia do viveiro, viabilizado com a instalação de 22 placas fotovoltaicas no telhado do prédio onde é desenvolvido o projeto de pedagogia ambiental. A sementeira de Suape funciona numa área de 1,7 hectare, às margens da rodovia PE-60, e tem capacidade para produzir 450 mil mudas de 78 espécies da Mata Atlântica por ano, garantindo as ações de reflorestamento no território do complexo. Já na terça-feira (1), será dada a ordem de serviço para que o Viveiro Florestal conquiste duas importantes certificações: ISO 14001 e NBR 16001 (Sustentabilidade Ambiental da Mata Nativa e Social com a Comunidade Anexa ao Viveiro). A primeira é específica aos requisitos mínimos relativos ao sistema de gestão ambiental e tem foco na redução do consumo de recursos e no ganho econômico com o uso da energia solar. Já a segunda estabelece critérios para gestão da responsabilidade social. Para isso, o espaço verde deverá implementar ações para promoção da cidadania e do desenvolvimento sustentável. “É uma semana inteira de entregas importantes, reiterando o que está na estrutura e na missão de Suape, que é pensar crescimento econômico com responsabilidade socioambiental. São ações em diversas áreas, contemplando tudo que uma liderança nos tempos de hoje precisa aplicar, como ampliação de áreas de mata, uso de energia de fontes renováveis, medidas de proteção ao oceano, entre outras. O mais importante é que, assim como o que foi feito lá atrás, os projetos novos vão fazer diferença para o Complexo de Suape do futuro. Muito feliz que, mais uma vez, esse movimento tem a nossa digital”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Julio. Nos dias 2 e 3 de junho, respectivamente, representantes de Suape participarão do plantio de mudas nativas da Mata Atlântica, doadas pela empresa às Prefeituras de Ipojuca e do Cabo de Santo Agostinho. As áreas beneficiadas foram indicadas pelas gestões municipais. Essa ação faz parte do Seminário de Arborização ocorrido nos últimos dias 26 e 27, numa parceria com a Prefeitura do Recife, e tem por objetivo o intercâmbio de conhecimentos e fortalecer a consciência ecológica de gestores públicos e da população das duas cidades. Pau-brasil, ipê roxo, algodão-da-praia, aroeira-da-praia e mutamba são algumas das espécies nativas concedidas aos dois municípios. Na sexta-feira, na véspera do Dia Internacional do Meio Ambiente (5), a empresa portuária dará início a mais uma importante etapa do plano de reflorestamento da Zona de Preservação Ecológica de Suape (ZPEC), beneficiando uma área de 61 hectares. Nessa etapa, está previsto o plantio de 71 mil mudas. Na ocasião, será anunciada a conclusão, até o fim de junho, da restauração de outros 200 hectares da ZPEC, onde foram utilizados mais de 300 mil mudas de espécies da Mata Atlântica. SELO AMIGO DO OCEANO O lançamento do selo Amigo dos Oceanos, que acontecerá de forma virtual no dia 7, é um dos pontos altos da programação, que também homenageia o Dia do Oceano, na terça-feira (8). A iniciativa tem por objetivo incentivar as boas práticas ambientais por parte dos terminais arrendatários do Porto Organizado. No total, serão avaliados 22 critérios que contemplam a gestão ambiental portuária, incluindo o uso de água e energia e práticas de combate ao lixo no mar. Ao longo desse mês, os terminais serão formalmente convidados pelo diretor-presidente de Suape, Roberto Gusmão, a pleitear a certificação de sustentabilidade de suas operações. “O selo digital, com validade de um ano, será concedido aos terminais comprometidos com os cuidados com o ecossistema marinho e estuarino e com a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável, aprovada pela assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015. É mais uma importante ação para celebrar a Semana do Meio Ambiente e reforçar nosso compromisso de equilíbrio entre o crescimento econômico e a preservação da natureza, incentivando as boas práticas ambientais também entre nossos parceiros”, pontua Roberto Gusmão. PALESTRAS Para os colaboradores e convidados de Suape, haverá várias palestras on-line. O primeiro encontro virtual acontecerá no dia 4, no horário da tarde, e terá como tema “10 anos do Pacto Mata Atlântica em Suape”, contando com a participação de Severino Ribeiro, coordenador técnico do Centro de Pesquisa Ambiental do Nordeste e professor da University of British Columbia , no Canadá. A segunda palestra ocorrerá no Dia dos Oceanos (8), com o tema “Cultura Oceânica e o Trabalho Portuário”, com a professora Mônica Ferreira da Costa, doutora em ciência ambiental pela University of East Anglia Norwic, no Reino Unido. No dia 10, o professor e pesquisador da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Fábio Hazin apresentará aos colaboradores o projeto Megamar. “Essa iniciativa é uma parceria com o Porto de Suape e contempla, entre outras atividades, educação ambiental e pesquisas sobre a megafauna marinha”, destaca o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da empresa, Carlos Cavalcanti. Ele acrescenta que os estudos terão duração de dois anos. A Semana do Meio Ambiente será encerrada no dia 11, com a assinatura de um protocolo de intenção do Programa Suape Sustentável entre a UFRPE e a estatal portuária.

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