Arquivos Notícias - Página 506 De 665 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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A mãe de todas as reformas (por Francisco Cunha)

Confesso que sempre olhei com desconfiança a longa defesa que sempre fez o ex-governador, vice-presidente da República e senador Marco Maciel, da reforma política como a principal a ser feita no Brasil. Entendia eu que existia tanta coisa mais urgente para reformar no País que a política era de somenos importância. Continuei pensando assim, mesmo depois que, anos atrás, tive o insight de que ou o Brasil acabava com o modo de financiamento de campanhas políticas vigente ou ele acabaria com Brasil... Hoje, sou obrigado a reconhecer que Marco Maciel estava certo. Como antigo e profundo conhecedor da cena política nacional, ele percebeu, bem antes do senso comum, que manter o status quo de então não nos levaria a lugar muito bom como, de fato, não nos levou. Hoje, estamos atolados no pantanal político, num imbróglio que, pelo menos eu, nunca vi igual nos últimos 40 anos. Como sair da armadilha na qual entramos por falta de reforma no seu devido tempo? Depois de muito pensar no assunto, eu que não sou especialista mas que, por dever de ofício do planejamento empresarial, me vejo obrigado a especular sobre os desdobramentos futuros dos cenários nacionais, cheguei à conclusão de que pelo menos três medidas não podem deixar de ser adotadas: (1) cláusula de barreira; (2) voto distrital; (3) rígido disciplinamento do financiamento de campanha. A cláusula de barreira me parece imprescindível porque creio ser impossível administrar com mais de 30 partidos representados no Congresso Nacional, alguns deles com apenas um parlamentar. No que diz respeito ao voto distrital, além da melhor representação dos eleitores que possibilita, outro grande benefício de sua adoção está diretamente relacionado com os altos custos de campanha, já que os atuais distritos são os Estados inteiros, no caso das eleições de deputados. Em relação ao financiamento de campanha, a importância me parece óbvia: é fundamental que a clareza seja total ou, então, ficaremos eternamente reféns das delações premiadas... Trata-se, evidentemente, de um tema demasiado árido para quem não é do ramo mas, estou convencido, inescapável se tivermos a pretensão de desatar o nó atual. A reforma política é, sem dúvida hoje, a “mãe de todas as reformas” como nos queria fazer entender Marco Maciel e, infelizmente, não conseguiu. Sem ela, temo que as operações do tipo Lava Jato se perpetuem ad eternum. *Francisco Cunha é consultor e sócio da TGI

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Açaí made in Caruaru

A marca é Amazônia Frutos do Brasil, mas a empresa é de Caruaru. O produto é tipicamente brasileiro, mas o mercado externo é um grande consumidor. E mesmo enquanto os dias são de crise e recessão para o País, os números que estão nas planilhas do CEO Adilson Caetano da Silva são positivos. Em 2015, seu faturamento registrou 30% de crescimento. Em 2016, a margem foi menor, mas teve nova elevação de 5%, alcançando a marca dos R$ 40 milhões no ano. A oportunidade de negócio na Amazônia cruzou no caminho do empresário caruaruense quando ele foi trabalhar numa empresa de produção de cosméticos naturais em Manaus. Ao comercializar fitoterápicos e cosmecêuticos (um híbrido de cosméticos e produtos farmacêuticos, pois têm na sua composição elementos que comprovadamente trazem melhorias para a saúde e combatem doenças), ele se apaixonou pelos potenciais dos frutos do Norte e decidiu investir. “Fiquei impactado com algumas experiências que os índios têm com o uso de algumas substâncias na pele, como protetores solares naturais, que evitam rugas e até câncer de pele nessas populações”. O objetivo inicial era investir em cosmecêuticos, mas como capital disponível era reduzido, ele abriu uma lanchonete de sucos energéticos de frutas do Norte, a Amazônia Mix, em 2002. Desbravador do mercado do açaí no Nordeste, Adilson viu sua pequena unidade crescer. No ano seguinte, a procura de investidores o levou a criar a primeira franquia do interior pernambucano, que hoje tem 63 unidades em operação. Mas a participação do franchising representa hoje no seu negócio apenas 12% do faturamento. A empresa cresceu e adquiriu uma propriedade de mil hectares em Presidente Figueiredo, na Região Metropolitana de Manaus. Cem hectares são destinados à plantação apenas de açaí. Na fazenda existe ainda um viveiro de mudas de frutas amazônicas, desconhecidas da população brasileira. “Nosso maior patrimônio é o conhecimento de campo e dessa área. Eu me especializei em produtos dessa região e hoje muitos países são consumidores de frutas e frutos brasileiros”. Outros 800 hectares destinam-se a uma reserva ecológica particular. As frutas colhidas são processadas em duas unidades industriais (uma está em Caruaru e outra em Castanhal, no Pará) para fabricação de produtos gelados comestíveis, como os cremes de açaí, cupuaçu, guaraná e de diversas outras frutas menos conhecidas, como o bacuri e o mangustão. No mix de produtos estão cremes, bombons gelados, poupas, xaropes, sobremesas geladas, e produtos naturais, como granolas e guaraná em pó. “Nossa prioridade hoje é a exportação e a industrialização”, afirma. Esses dois braços movimentam hoje os demais 88% do faturamento da empresa. A soma da capacidade produtiva das duas fábricas é de 72 toneladas de produtos congelados por dia. Na forma de cremes, eles chegam em bares, hotéis, restaurantes, lanchonetes e supermercados. A empresa vende também tambores de 200 litros desses produtos como insumos para outras indústrias. Atualmente 30% da produção da empresa atravessa o oceano para chegar principalmente no mercado europeu (a partir de Portugal, os produtos são distribuídos para 16 países) e nos Estados Unidos, principal cliente. “O açaí ganhou visibilidade no mercado mundial a partir do trabalho que os norte-americanos fazem com o produto para uso em cosméticos”, explica o CEO. O reconhecimento do açaí no exterior tem atraído a atenção das indústrias e consumidores para os demais produtos cultivados em terras amazônicas. Para 2017, o objetivo do empresário é consolidar a marca como fornecedora de insumos. Até pouco tempo, era conhecida apenas pela franquia. “Por ter nascido do franchising, a marca Amazônia Frutos ficou ofuscada pela Amazônia Mix. Muita gente não sabe ainda que fornecemos insumos. Esse é um dos carros-chefes da empresa, que já fornece para outras franquias nacionais”. Um dos clientes é a rede de fast food Bob’s. Após recente expansão da fábrica em Castanhal, uma das novidades para 2017 é a ampliação da unidade em Caruaru, com um investimento até o momento de R$ 2 milhões. “A fábrica foi crescendo nos últimos anos como uma árvore que vai produzindo os seus ramos e se adequando à geografia do lugar”. Oito terrenos foram adquiridos ao longo do tempo para atender às necessidades de expansão. Para o futuro existem muitos projetos sendo semeados. Uma nova empresa de óleos essenciais – para o mercado de cosméticos e perfumaria – é a grande inovação do grupo Amazônia Frutos do Brasil a ser concretizada em breve. Das suas atuais fábricas, duas novidades chegarão às prateleiras: bebidas à base de frutas e chás terapêuticos. “Há essa demanda de mercado e já estamos desenvolvendo esses projetos. Existe um potencial imenso para as frutas brasileiras”. Na área de exportação a meta da empresa é de participar de mais feiras internacionais, para abrir novos mercados. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@revistaalgomais.com.br)

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Banco do Brasil anuncia R$ 103 bilhões para Plano Safra 2017/2018

O Banco do Brasil anunciou ontem (11) que vai destinar R$ 103 bilhões de recursos para o Plano Safra 2017/2018. O anúncio foi feito em cerimônia no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, e é um detalhamento do Plano Safra lançado oficialmente no início do mês. O Banco do Brasil é um dos agentes financiadores. A maior parte dos recursos, R$ 91,5 bilhões, será para o crédito rural aos produtores e cooperativas. Deste montante, R$ 72,1 bilhões serão direcionados para operações de custeio e comercialização e R$ 19,4 bilhões para créditos de investimento agropecuário. Já os R$ 11,5 bilhões restantes serão destinados às empresas da cadeia do agronegócio. Entre os destaques está a redução das taxas em um ponto percentual para linhas de custeio, investimento e comercialização para a agricultura empresarial. O médio produtor rural terá direito à fatia de R$ 15,5 bilhões pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural. Já a agricultura familiar terá, pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), R$ 14,6 bilhões. Serão mantidas as taxas de financiamento de 2,5% a 5,5% ao ano. A linha de crédito Pronaf Mais Alimentos terá R$ 6,5 bilhões. O Programa Agricultura de Baixo Carbono terá R$ 1,5 bilhões em financiamento. Outro R$ 1 bilhão será voltado para o Programa de Construção e Ampliação de Armazéns. Será ofertado também R$ 1 bilhão por meio do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro). A abrangência do programa foi ampliada e inclui agora equipamentos de agricultura de precisão e de sistemas de conectividade para a gestão das atividades agropecuárias, entre as atividades financiadas. O Banco do Brasil estima aplicar R$ 700 milhões para operações de investimento pelo Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota). A cerimônia contou com a presença do presidente Michel Temer que, em seu discurso, ressaltou a importância do setor: "Nosso agronegócio nos estimula a superar a crise que herdamos", disse o presidente Michel Temer. Safra O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, comemorou os resultados agrícolas e se mostrou otimista sobre a quebra de recordes. Hoje a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou a previsão de que produção de grãos para a safra 2016/17 pode chegar a 237,2 milhões de toneladas, com aumento de 27,1% ou 50,6 milhões de toneladas frente a safra passada (186,6 milhões de toneladas). Os números são da 10ª estimativa da atual safra. "Cada vez mais os números crescem", disse o ministro. Seguindo estimativas, ele acredita que a safra poderá chegar a 240 milhões de toneladas. "Esse é o tamanho da safra que o Brasil terá. São 113 milhões de toneladas de soja, 97 milhões de toneladas de milho e muito provavelmente a gente consiga chegar a 100 milhões de toneladas de milho. Recorde na agricultura brasileira". "Uma safra se faz com planejamento. Sabemos que se não houver planejamento nas compras dos insumos, financiamento na hora certa, não adianta São Pedro colaborar que não vamos ter condições de fazer", disse o ministro que acrescentou: "A parte do governo estamos com ela totalmente pronta para uma nova e grande safra". Para Maggi, o país deve fortalecer as exportações: "O principal negócio de um país é fazer negócio fora do país. É aí que vamos crescer", disse no discurso. "O mercado não se faz dando beijinhos e dando abraços. O mercado se conquista na cotovelada e na butina. É assim que tem que ser feito. Claro que dentro das regras". (Agência Brasil)

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Governo de Pernambuco apresenta Estratégia de Ciência, Tecnologia e Inovação para os próximos cinco anos

Promover condições de competitividade, favorecer a transformação, a pesquisa e a inclusão social através da ciência, tecnologia e inovação. Foi com esse objetivo que o governador Paulo Câmara apresentou, na manhã de ontem (11), a Estratégia de Ciência, Tecnologia e Inovação para Pernambuco 2017-2022. O programa, que é fruto de parcerias entre instituições públicas, privadas, universidades e entidades sociais, pretende orientar o planejamento e as ações de desenvolvimento baseado nas áreas tema. Durante a solenidade, realizada no Palácio do Campo das Princesas, Paulo assinou o decreto que oficializa a Rede Pernambucana de Pesquisa e Educação (Repepe), uma das vertentes da Estratégia, e convênios que vão permitir o funcionamento do projeto. “Apresentamos um importante plano de estratégia para a Ciência, Tecnologia e Inovação dos próximos cinco anos. Um trabalho feito em parceria com diversos setores que estão engajados na promoção da conectividade e da inclusão. Queremos ter condições de chegar a todas as regiões do Estado com mais rapidez. E toda essa estratégia vai ajudar nisso. Vamos dar um salto de qualidade enorme em termos de conectividade em todo o Estado, principalmente, no Sertão e no Agreste, que precisam desses avanços e vão poder contar com esse suporte para avançar, seja na área da educação, de pesquisa ou nos setores produtivos”, destacou Paulo Câmara. Inspirada e globalmente conectada, a Estratégia de Ciência, Tecnologia e Inovação para Pernambuco 2017-2022 foi elaborada também com a participação dos atores que se destacam na área, para orientar o planejamento e as ações de desenvolvimento baseado em ciência, tecnologia e inovação. Estão entre os colaboradores do projeto o Porto Digital, Parqtel, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade de Pernambuco (UPE), Universidade Católica, FCA, Fitex e o Senai. O macro-objetivo da Estratégia é promover condições para elevar a qualidade de vida e garantir a prosperidade da sociedade a partir de seis eixos estratégicos que orientam a seleção, a implementação e o monitoramento das mais de 50 linhas de ação. São eles: Governança e responsabilidade, Desenvolvimento de talentos e criatividade, Pervasiva expansão da economia e sociedade digitais, Aceleração da inovação nas atividades econômicas, Cooperação e transferência de conhecimentos, Ambiente favorável à inovação. A secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação, Lúcia Melo, reforçou a importância das parcerias feitas para o funcionamento do programa. “Na verdade, esse é um conjunto de orientações que nós temos que construir juntos e aportar recursos de uma forma conjunta, porque não há condições efetivas do Governo atuar de forma isolada. É preciso criar e desenvolver parcerias para que Pernambuco tenha a oportunidade de crescer e de mostrar que tem capacidade científico-tecnológica para dar respostas ao investimentos. Nós precisamos ser protagonista ativos desse futuro que as transformações tecnológicas nos impõe”, disse. REPEPE - A Rede Pernambucana de Pesquisa e Educação será a primeira no Estado a ser associada à nova configuração da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). A Repepe interligará - a partir de internet de alta velocidade (1 a 10 Gigabytes) – 20 municípios do Estado, podendo alcançar cerca de 400 entidades até 2018. A rede terá como diferencial um modelo de negócio inovador, baseado em parcerias público-privadas voluntárias, propiciando, inclusive, a redução de custos e o compartilhamento dos benefícios propiciados. Para garantir o funcionamento do projeto, foi assinado um convênio de cooperação técnica e integração de infraestrutura entre a Celpe, Rede Nacional de Ensino e Pesquisa e a Secti, para a utilização pela RNP das infraestruturas da Celpe, na área de concessão, mediante a utilização de postes, em áreas rurais com rede de distribuição/transmissão de energia elétrica. A partir desta parceria entre as instituições, o programa terá capacidade para alcançar 1.175 quilômetros, percorrendo 10 das 12 regiões de desenvolvimento do Estado de Pernambuco. Para atender a Repepe, o governador também assinou a liberação de R$ 10 milhões, que serão aportados pela Secti até o fim deste ano – dentro do Programa de Produção e Difusão de Inovações para a Competitividade de Arranjos Produtivos Locais do Estado de Pernambuco (PROAPL) financiado pelo BID -, para a aquisição de equipamentos de transmissão de dados. Inicialmente, a REPEPE viabilizará a interligação de entidades de educação e pesquisa, como os Centros Tecnológicos do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), além de escolas. A partir de parcerias com outros órgãos estaduais, municipais e demais entidades. Outros potenciais públicos-alvo são centros de inovação, a exemplo do Armazém da Criatividade, em Caruaru, escolas técnicas, a TV Pernambuco, hospitais de ensino, autarquias municipais, além de bibliotecas e arquivos públicos. “Eu acho que essa união vai fazer a transformação daquilo que a Estratégia fundamentaliza. Um projeto que é fundamental para estruturar a educação, não só de Pernambuco, mas do País como um todo. E agora, nós temos essa maravilhosa oportunidade de, em conjunto, construir uma infraestrutura de uma espinha dorsal da educação e pesquisa, que passa por diversas localidades, integrando milhões de alunos, professores e pesquisadores e que vão permitir um desenvolvimento mais igualitário para essas regiões”, ressaltou o diretor geral da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Nelson Simões. FINANCIAMENTO DE PESQUISAS – Também foi assinado durante o evento uma outorga para apoio financeiro, no valor de R$ 20 milhões, entre a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe), vinculada à Secti, e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os recursos serão destinados a oito projetos de pesquisa em Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) sediados no Estado com temáticas diversificadas, como inovação farmacêutica, nanotecnologia, engenharia de software, entre outras. Os INCTs fazem parte de uma rede de excelência nacional de pesquisadores que possibilitam, de forma articulada, a reunião dos melhores grupos de pesquisa em áreas de fronteira da ciência e estratégicas para o desenvolvimento sustentável do país. (Governo do Estado de Pernambuco)

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Veja como identificar e tratar os principais problemas urológicos masculinos

Uma das doenças que mais atingem os homens a partir dos 50 anos é o Câncer de Próstata. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), ele já é a segunda maior causa de morte por câncer na população masculina. O urologista Guilherme Maia, do Hospital Santa Joana, ressalta que o perigo é que ele não apresenta sintomas até que alcance um nível avançado. O diagnóstico é realizado através do exame de toque retal e da dosagem do antígeno prostático específico, chamado PSA. Quando identificado, o câncer pode ser tratado através da Prostatectomia radical (remoção completa da próstata), Radioterapia externa e Braquiterapia. “No quesito cirurgia, a mais indicada é a robótica. Os braços mecânicos do robô reproduzem os movimentos das mãos humanas com corte mais preciso, sem tremor e visão tridimensional ampliada”, explica. Além disso, graças às pequenas incisões no corpo, o tempo de recuperação no pós-operatório é muito menor e o paciente fica menos tempo no hospital. O papel dos exames de imagens, mais precisamente da ultrassonografia e ressonância magnética, é fundamental para um diagnóstico mais preciso. Com eles é possível detectar, de forma mais completa, a localização de tumores e outros problemas. “Existem algumas partes do corpo que não conseguem ser visualizadas. No toque retal, por exemplo, somente a porção posterior e lateral da próstata pode ser palpada. Com o toque, o urologista tem a impressão pessoal da consistência da glândula do seu paciente e se o tumor estiver nas áreas acessíveis ao método. Assim, os exames de imagem tornam-se extremamente importantes na prática clínica urológica e sem os quais o urologista ficaria limitado na avaliação global”, afirma o doutor Lucilo Maranhão Neto, radiologista da Clínica Lucilo Maranhão Diagnósticos. Popularmente conhecida como próstata crescida, a Hiperplasia Prostática Benigna é uma doença que atinge cerca de 80% dos homens. Caracterizada pelo crescimento não canceroso da glândula masculina, ela comprime a uretra, obstrui o fluxo de urina e pode levar a infecções e insuficiência renal. Entre os sintomas, estão a dificuldade para urinar, ardência, diminuição da intensidade do jato, incontinência urinária, noctúria e até sangramento. O diagnóstico é feito através do exame do toque retal e ultrassonografia para avaliar o tamanho da glândula. De acordo com Guilherme Maia, além do uso de medicamentos, a melhor forma de tratamento é com a cirurgia com o laser Greenlight. “O laser atualmente é a melhor opção porque garante menos complicações, não existem incisões no corpo e, assim, não há sangramento”, explica. Outra doença temida e muito recorrente entre os homens é a Disfunção erétil. Também conhecida como impotência sexual, o problema caracteriza-se pela incapacidade de obter ou manter uma ereção satisfatória para o ato sexual. O urologista Filipe Tenório, da Clínica Andros Recife, explica que as causas podem ser orgânicas ou psicogênicas. “Na orgânica, ela é ocasionada por lesões nas artérias, veias e nervos ou pelo uso de drogas, anabolizantes, bebidas alcoólicas ou cigarro. Já na psicogênica, é provocada pelo excesso de ansiedade, stress e alto nível de adrenalina”, revela. O tratamento pode ser realizado através de terapia psicológica, medicamentos orais ou injetáveis e com cirurgia, para os casos mais graves. “A operação é chamada de implante de prótese peniana. Nela inserimos próteses infláveis ou maleáveis no corpo cavernoso do pênis e elas simulam o funcionamento natural do órgão. A taxa de sucesso e satisfação é altíssima”, esclarece ressaltando que o tratamento deve ser realizado precocemente porque se o pênis passar muito tempo sem ter ereções, o dano pode ser irreversível. A Infertilidade também é uma doença frequente no sexo masculino. Ela acomete 15% de todos os casais e em metade deles, o problema está relacionado ao homem. “A causa mais comum é a varicocele, dilatação das veias do testículo que faz com o sangue fique preso e aumente a temperatura, diminuindo a produção de espermatozoides”, aponta Tenório ressaltando que obstruções no epidídimo, no ducto deferente e na próstata também podem acarretar o quadro. “Além disso, a infertilidade pode ter origem genética e pode ser motivada por outros fatores, como uso de drogas, anabolizantes, quimioterapia e radioterapia”, aponta. O tratamento ideal vai variar de acordo com a causa, podendo ser cirúrgico ou com medicamentos.

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Projeto Quartas da Dança apresenta mais dois espetáculos a partir de hoje

Nesta quarta-feira (12), às 20h, os admiradores da dança e da arte poderão assistir a mais dois espetáculos que fazem parte do Projeto Quartas da Dança. O teatro Barreto Junior, equipamento cultural da Prefeitura do Recife, recebe o espetáculo O Homem Sambaqui, da Trapiá Cia de Dança, e o Teatro Arraial Ariano Suassuna será palco para Os Guerreiros, do Balé Afro Raízes. O Quartas da Dança é uma parceria entre a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, e o Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura e da Fundarpe. O projeto dedica a pauta de equipamentos culturais da cidade à cena local de dança, com condições especiais. Os grupos selecionados têm direito à bilheteria das apresentações, pagando apenas 10% da arrecadação pela ocupação dos teatros. Em cena amanhã, O Homem do Sambaqui propõe uma releitura do Brasil atual, convidando o público a se questionar sobre as causas que levaram à turbulência que o país atravessa. O projeto contou com uma rigorosa investigação através de trabalhos desenvolvidos por antropólogos e historiadores brasileiros. A encenação fica em cartaz nas quartas-feiras 12, 19 e 26 de julho, sempre às 20h, no Teatro Barreto Junior. O espetáculo Os Guerreiros, do Balé Afro Raízes, retrata a história da luta pela sobrevivência nas tribos africanas, além das tradições daquele aguerrido povo, que faz da dança e de suas crenças as maiores armas para enfrentar as dificuldades cotidianas. A encenação fica em cartaz nas quartas-feiras 12, 19 e 26 de julho, às 20h, no Teatro Arraial Ariano Suassuna. Serviço - Quartas de Dança O Homem do Sambaqui, Trapiá Cia de Dança Onde: Teatro Barreto Junior Quando: 12, 19 e 26 de julho, às 20h Os Guerreiros, Balé Afro Raízes Onde: Teatro Arraial Ariano Suassuna Quando: 12, 19 e 26 de julho, às 20h   (PCR)

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Recife recebe a primeira edição do Ilustra Plaza

Os amantes do universo dos quadrinhos e ilustrações terão a oportunidade de apreciar os trabalhos e trocar ideias com 20 renomados quadrinistas locais e nacionais, em encontro nos dias 15 e 16 de julho, no Plaza Shopping. É a primeira edição do “Ilustra Plaza”, evento especialmente pensando para os admiradores da cultura geek. O encontro será no Piso L4 do mal com entrada gratuita. Durante todo fim de semana, roteiristas, desenhistas, arte finalistas, ilustradores e coloristas com diversas temáticas vão expor suas produções e atender o público. A turma convidada é a mesma que participou da última edição da Comic Com Experience Tour Nordeste – CCXP, realizada no Centro de Convenções. Umas das atrações são os artistas Téo Pinheiro e André Balaio. Especialistas em ‘malassombro em quadrinhos’, os quadrinistas irão trazer ao “Ilustra Plaza” o universo que misturar super heróis com lendas da cultura pernambucana como Comadre Florzinha e a Perna Cabeluda. Os quadrinhos são inspirados nos contos de Gilberto Freyre. Outro convidado é o ilustrador e quadrinista Laerte Silvino. Entre os seus trabalhos destacados estão A Lenda de Lara, A Lenda do Boto Cor-de-Rosa, além das histórias infantis em linguagem de cordel, “Conto de Escola” e “O Soldadinho de Chumbo”, em parceria com João Bosco Bezerra Bonfim. Também na linha terror, uma das representantes da mulherada é a quadrinista Roberta Cerni. Autora do site “Sombras do Recife”, ela é mestre nos quadrinhos de assombração e casos pitorescos da história do Recife. Roberta também ilustrou o projeto “Fatos Perdidos de Uma história desenhada”, da Fundarpe, que conta a história da presença judaica em Pernambuco. O evento “Ilustra Plaza” ainda contará com a presença de outros nomes novos consagrados do setor como Ary Santa Cruz Netto, Erika Ferreira, Carlos Eduardo Cunha, Clari Cabral, Eduardo Schoesser, Felipe Soares, Igor Tadeu, Glaydson Gomes, José Carlos Braga, Leo Santana, Lorde Jimmy, Luciano Félix, Milson Marins, Roger Vieira, Thony Silas, Eron Vilar e Silvio DB. No espaço os visitantes ainda poderão participar de sessão de autógrafo com os consagrados Thony Silas, desenhista da editoria norte-americana Marvel Studio, e também com roteirista Eron Vilar, que juntos comandam o quadrinho “A Noiva”, produzido pela UEON Productions/VillaLux. O espaço de autógrafos começará das 14h e vai até as 16h. SERVIÇO: EVENTO - “Ilustra Plaza” QUANDO - 15 e 16 de julho ONDE - Piso L4, do Plaza Shopping HORÁRIOS: sábado das 10h às 22h, e domingo das 12h às 20h.

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Muitos empreendedores começam na Fenearte

Entre 6 e 16 de julho acontece no Recife a 18ª edição da Fenearte, considerada a maior feira de artesanato da América Latina. Apesar do curto período em que os trabalhos dos artesãos são expostos, o evento garante aos expositores a chance de serem mais conhecidos e terem pedidos de compras de suas peças durante o ano inteiro. A feira, na verdade, tornou-se um pontapé inicial para muitos empreendedores que hoje têm uma clientela cativa e viram sua produção artesanal transformar-se num empreendimento próspero. O designer de sapatos Jailson Marcos, por exemplo, começou a sua atividade na feirinha de Boa Viagem, por meio do Programa de Desenvolvimento do Artesanato (Prodarte). Eram tempos difíceis. “Precisei trabalhar por um momento em outra área, mas nunca deixei de produzir as minhas coisas. Mesmo sem condição, eu ia para os eventos em outros Estados com a passagem só de ida e sem saber como voltar, mas nunca desisti”, recorda. Em 1996, ele ingressou no Mercado Pop, evento que reunia arte, moda e cultura e passou a produzir sandálias conceituais. Essa participação rendeu ao designer o convite da comissão de moda da Fenearte para expor na feira num espaço coletivo, juntamente com outros dois artesãos. O evento tornou-se uma grande vitrine. “Pessoas ligadas à moda local puderam conhecer minha arte. E, vendo de perto a qualidade das produções, pude levar o que vi e vivi como experiência e inspiração para aperfeiçoar o meu trabalho”. Ele passou a participar de todas as edições da Fenearte, sendo que na terceira vez o Sebrae-PE (Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas) ofereceu um espaço, já que não tinha condições de bancar o custo. Na quarta, ele adquiriu um estande próprio. A partir daí, suas criações ganharam o mundo fashion, sendo, inclusive, comparado a artistas europeus. Seus sapatos descolados figuraram em editoriais de moda da Vogue, Claudia e Elle, graças à divulgação da mídia local na cobertura da feira. “A Fenearte dá grande visibilidade ao trabalho do artista. Se hoje consigo me manter com minhas produções, ter dois espaços no Recife (um ateliê e fábrica na Torre e uma loja na Galeria Joana D’Arc), além de uma franquia no Rio de Janeiro, é porque a feira ajudou nisso”, reconhece. Jailson também emprega 13 funcionários, distribuídos na administração e produção. Outro entusiasta do evento, Leo Pinheiro costuma dividir sua empresa em duas fases: antes e pós-Fenearte. Há 25 anos, o administrador de formação e artesão de coração, com o curso de confecções de peças, deu início ao trabalho com joias. De porta em porta, Leo carregava uma sacola, visitando os clientes para vender seus produtos. Em uma dessas visitas, na extinta Legião Assistencial do Recife (LAR), ele se encontrou com Jane Coelho Magalhães, advogada e mulher do ex-governador Roberto Magalhães. Ela lhe apresentou a proposta da Fenearte e o projeto da Prefeitura do Recife que reunia num estande vários artesãos. De imediato ele aceitou a ideia. “Depois da estreia da feira, não paramos mais. Fazemos questão de participar todos os anos”, compara o artesão. Melhor que as vendas no evento, ressalta, é a divulgação. “Você conquista uma clientela muito boa e tem o feedback o ano inteiro. À medida que o tempo passa, o público acompanha o seu trabalho”, relata. Hoje, ele e sua mulher vivem das produções do ateliê/joalheria localizado na Galeria Estação Jaqueira. Outra empresa que teve seus negócios impulsionados pela Fenearte foi a Oficina de Formas, cujo trabalho envolve modelagem em argila, cerâmica e pinturas em telas. A estreia na feira foi em 2002, sob o comando das proprietárias Adelina Raquel de Figueiredo, a Delly, e Eduarda Figueiredo. Agraciada nacionalmente, em 2016, pelo Sebrae Nacional como prêmio Top100, pela qualidade e gestão, a empresa participa, hoje, de feiras e exposições no exterior e de publicações em revistas de decoração e catálogos de arte. “A Fenearte abriu novos horizontes, porque antes as vendas eram restritas a um determinado grupo, mas com a visibilidade do evento observamos o potencial do nosso trabalho e com isso expandimos o negócio para o território nacional e internacional”, comemora Delly. No início, as proprietárias começaram como visitantes do evento e logo depois como expositoras. “Até hoje submetemos o nosso trabalho para ser exposto na Fenearte. Esse ano ainda terá um diferencial porque, devido à premiação, estaremos também no espaço do Top100 do Sebrae”, acrescenta. Já a Trocando em Miúdos, loja de acessórios femininos, participou daJuliane, da Trocando em Miúdos, conta que a feira possibilitou a divulgação da marca Fenearte, apenas em 2010. Mas foi o suficiente para alavancar as vendas. A marca surgiu quando as sócias Juliane Miranda e Amanda Braga cursavam design na UFPE e confeccionavam as bijouterias que usavam. Um dia resolveram se unir para produzir as peças. “Era mais como um hobby, tínhamos uma pequena demanda”, recorda Juliane. Mesmo não tendo perfil empresarial, por meio de uma exposição realizada na casa de Amanda, em 2006, cerca de 90% das peças foram vendidas. A ideia de participar da Fenearte surgiu depois que as proprietárias perceberam que a proposta do negócio se aproximava com à da feira. “A produção era toda manual, com acabamento em linhas, tecidos e botões. Na época não tínhamos uma pegada tão industrial”, salienta Juliane. Apesar de ter participado da Fenearte somente numa edição, a empresária confessa que após a feira a demanda aumentou. “Clientes que compraram nossos produtos durante a feira foram ao nosso ateliê para conhecer o espaço”, recorda. “Durante anos continuamos ouvindo comentários sobre a nossa participação na Fenearte. Colhemos muitos frutos do evento, foi muito bom para os negócios, porque apesar de a Trocando em Miúdos ser querida por amigas e parentes, não tínhamos uma visibilidade tão grande”, complementa a empresária. Graças ao faturamento obtido nos 11 dias do evento, as sócias tiveram recursos suficientes para construir o ateliê. “Além disso, fizemos clientes em outros Estados”, acrescenta Juliane. Hoje, a Trocando em Miúdos possui quatro lojas físicas, uma loja virtual e 25 funcionários. *Por Paulo Ricardo Mendes, repórter da Revista Algomais (algomais@revistaalgomais.com.br)  

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A caminho da geração de energia limpa

A maior parte da produção de energia no Nordeste provém dos ventos. O recente crescimento da fonte eólica (responsável por 37,2% da geração em 2016, segundo estudo do Banco do Nordeste), associada à redução do desempenho das hidroelétricas (que respondeu por 31,5%), modificou a matriz energética que move a região. Um cenário que tende a se diversificar ainda mais com os recentes anúncios de investimentos em parques solares e os incentivos públicos para a microgeração distribuída, quando o consumidor residencial, comercial ou industrial passa a ser também produtor. Somam ainda nessa composição de alternativas a geração a partir do lixo – com o aproveitamento de resíduos sólidos urbanos – e da biomassa, conectada ao tradicional setor sucroenergético pernambucano. De acordo com o vice-presidente da Associação Mundial de Energia Eólica, Everaldo Feitosa, nos últimos quatro anos o Brasil passou a ser um dos países do mundo que mais investiu na matriz dos ventos e o Nordeste joga como protagonista desse novo momento. “Em alguns meses do ano, a produção eólica já corresponde a 50% de todo o consumo da região. O Brasil ainda não sabe disso. Passar desses 50% para 100% é um processo que pode acontecer rapidamente. Em 5 ou 10 anos, teremos capacidade de gerar toda energia a partir do vento e do sol”, prospecta o empresário, que é presidente da Eólica Tecnologia. De acordo com números da Associação Brasileira de Energia Eólica, Pernambuco é o sexto Estado do País com maior capacidade instalada de geração. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), há 31 parques eólicos em operação no Estado, gerando mais de 670 mil kW. Outros quatro estão em construção e há três novos previstos, que deverão adicionar 190 mil kW à geração total. Se alguém tem dúvida de que o papel da matriz eólica veio para ser protagonista, as cifras de alguns dos novos investimentos convencem qualquer incrédulo. No mês passado, a empresa Casa dos Ventos inaugurou na Chapada do Araripe, entre Pernambuco e o Piauí, um dos maiores complexos eólicos da América Latina. “Trata-se de um investimento de R$ 1,8 bilhão em 14 parques, capaz de abastecer 400 mil casas. A capacidade instalada deste complexo (359 MW), chamado Ventos do Araripe III, é maior do que a de todos os parques eólicos instalados em países como África do Sul, Grã-Bretanha e México”, afirma o secretário-executivo de Energias Renováveis de Pernambuco, Luiz Cardoso Ayres Filho. Esse empreendimento fecha o ciclo de investimentos da Casa dos Ventos programado para Pernambuco. De 2015 para cá, a empresa havia inaugurado outros dois complexos (Ventos de São Clemente e Eólico Caetés) no Agreste do Estado, onde investiram mais de R$ 2 bilhões. No ranking dos cinco Estados mais produtivos estão quatro nordestinos. O Rio Grande do Norte lidera, seguido pela Bahia e Ceará. O Rio Grande do Sul é o único sulista bem classificado, em quarto lugar. “Tratando-se da produção de energia propriamente dita, os principais polos são Nordeste e Sul, sendo o Nordeste responsável por mais de 70% da energia gerada por essa fonte. Importante entender que a cadeia de energia, ou seja, a produção industrial de máquinas e equipamentos, abrange de Nordeste a Sul do País”, afirma a presidente da Abeólica, Élbia Gannoum. Se Pernambuco não ocupa um lugar de liderança na geração das energias renováveis na região, o Estado possui um papel relevante na produção de equipamentos para essa cadeia produtiva. Além de ter diversas experiências pioneiras. De acordo com Ayres, o cluster industrial de Suape dispõe de quatro empreendimentos: LM Wind Power (pás para turbinas eólicas), Gestamp (torres eólicas), Iraeta/GRI (flanges) e S4 Solar (painéis solares), caçula no polo, tendo sido anunciada em setembro do ano passado. “Mesmo em um cenário de retração de investimentos, Pernambuco se mantém atrativo e competitivo. A produção de equipamentos faz parte de uma cadeia que consideramos fechada, no sentido de que temos praticamente todas as fases sendo realizadas no Estado: política energética, produção, geração e comercialização”, diz o secretário. “A presença de fábricas perto dos polos produtores é importante, no sentido logístico, inclusive, além de propiciar desenvolvimento tecnológico para a região, uma consequência muito positiva do desenvolvimento da energia eólica”, ressalta Élbia. Uma novidade na experiência pernambucana de diversificação da matriz energética é a construção do parque híbrido de Tacaratu, que abriga equipamentos para produção solar e eólica. O parque foi o grande fruto do leilão pioneiro promovido pelo Governo do Estado há dois anos. O empreendimento Fontes Solar I e II, da Enel Green Power, possui uma potência instalada de 10 MW. O parque, destinado à geração fotovoltaica, está ligado a uma planta eólica de 80 MW. A planta é capaz de gerar 340 GWh por ano, volume suficiente para abastecer 250 mil residências, reduzindo também em grande número a quantidade de emissão de gás carbônico. Além dos empreendimentos solares de Tacaratu, estão previstos mais 6 parques, com 150 mil Kw. Os especialistas ressaltam que há um potencial de desenvolvimento desses parques (eólicos, solares ou híbridos) justamente em regiões com características mais desérticas de Pernambuco, que sofreram nos últimos anos com poucas alternativas para se desenvolver. “A implantação dessas centrais em regiões sem perspectiva de desenvolvimento resulta na chegada de uma grande quantidade de empresas, além dos investimentos em infraestrutura no momento da construção. Posteriormente esses empreendimentos geram empregos de alto nível, para engenheiros e técnicos de manutenção dos sistemas. Isso garante uma mudança no perfil socioeconômico desses locais”, avalia Methodio Varejão, doutor em eficiência energética e coordenador do curso de engenharia elétrica da Devry/FBV. POTENCIAL No segmento solar não são apenas esses empreendimentos que estão despontando. Apesar de ter uma participação ainda muito reduzida na região, todos os especialistas apontam que a energia produzida a partir da luz do sol é uma das que têm maior potencial e viabilidade para o Nordeste. “A geração solar começa a despontar. Não só com projetos de médio e grande porte, mas também num formato que vem revolucionando, que é a microgeração distribuída (energia gerada pelo consumidor). Isso não

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Atendimentos envolvendo escorpião aumentam

Entre janeiro e junho deste ano, o Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox-PE), que funciona 24 horas por dia e presta informações à população pelo 0800.722.6001 (ligação gratuita), atendeu 706 chamados envolvendo acidentes com escorpiões. O quantitativo é 25,8% maior do que o mesmo período de 2016, com 561 atendimentos. Com esse período chuvoso, o Ceatox alerta o público para tomar os devidos cuidados para evitar ocorrências. “Com as chuvas, os escorpiões são desalojados das galerias de esgoto e águas pluviais, procurando abrigo dentro das residências, seja em sapatos, roupas ou na tubulação, podendo ocasionar acidentes. Além de tomar alguns cuidados com a casa, para evitar a entrada do animal, a população precisa saber que, em casos de acidente, é imprescindível lavar o local da picada apenas com água e sabão e seguir para a unidade de saúde mais próxima, para que seja feito o tratamento para dor local. No caso de criança de até 12 anos, que tem risco de morte, pode haver indicação do uso do soro contra o veneno”, afirma a coordenadora do Ceatox, Lucineide Porto. Vale ressaltar que menores picados por escorpiões obrigatoriamente não necessitam tomar o soro específico para picadas de escorpiões. A equipe de saúde deve discutir o caso com os técnicos do Ceatox e verificar se o quadro tem indicativo para fazer o uso do tratamento. No Estado, o soro está disponível no Hospital da Restauração (Recife), Hospital e Policlínica Jaboatão-Prazeres (Jaboatão dos Guararapes) e Hospital João Murilo (Vitória de Santo Antão). No interior, nos hospitais regionais de Limoeiro, Palmares, Garanhuns, Arcoverde, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, Salgueiro, Ouricuri e Petrolina, além do Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru. “Com a descentralização do soro para o interior e região metropolitana do Recife, demos mais agilidade ao atendimento aos pacientes que sofreram picada de escorpião e evitamos que seja preciso se deslocar até a capital”, pondera Lucineide. O Ceatox conta com uma equipe multiprofissional trabalhando 24 horas por dia para prestar todas as orientações à população sobre acidentes com animais peçonhentos ou intoxicações exógenas. Os profissionais ainda fazem todo o acompanhamento do caso. “Seguir as recomendações corretamente é essencial para evitar o agravamento do quadro, que o paciente fique com sequelas ou até mesmo óbitos”, ressalta Lucinede Porto. Importante lembrar que se a população observar presença de escorpiões nas residências é necessário entrar com contato com a vigilância ambiental municipal e solicitar uma visita ao imóvel. Cuidados para evitar a presença de escorpião nas residências: • Manter sempre limpas as instalações da propriedade, principalmente a área em volta da casa; • Conservar o quintal e o jardim sempre limpos; • Evitar o acúmulo de lixo e não amontoar objetos antigos em volta da casa; • Vistoriar cuidadosamente roupas e principalmente calçados antes de vesti-los, e toalhas antes de utilizá-las; • Usar telas e vedantes em portas e janelas, procurando tapar buracos e frestas existentes na casa; • Não andar descalço; ao adentrar em mata, utilizar calçado com a calça comprida por dentro das meias, perneiras ou botas de cano longo (que protejam até o joelho); • Não colocar as mãos em buracos, tendo o cuidado ao sentar em pedras; • Não manusear esses animais, por mais inofensivos que eles pareçam ser; • Examinar cuidadosamente o local onde for apoiar ou encostar-se, quando fizer trilhas ou caminhadas em ambientes conservados.   (Governo do Estado de Pernambuco)

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