Arquivos Notícias - Página 51 De 678 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Volta da bandeira amarela aumentará valor cobrado no consumo de energia em julho

Segundo especialista, o mercado livre de energia no Brasil não será afetado pela mudança. Por conta da previsão de chuvas abaixo da média até o final do ano, junto com o aumento de temperatura e maior consumo de energia, a bandeira amarela volta ao sistema de tarifas do consumo de energia elétrica após 26 meses. Esta alteração significa que a cada 100 kilowatt-hora (kWh) consumidos, terá um aumento de R$1,885 no valor cobrado.  No entanto, esse cenário não atinge o mercado livre de energia no Brasil. Como explica Uberto Sprung Neto, CEO da Spirit Energia, empresa que atua na assessoria de contratos para esse mercado, a comercialização de energia é feita de maneira livre, ou seja, não será afetada pela bandeira amarela. “Por se tratar de uma aquisição diretamente com as instituições geradoras de energia, o mercado livre não sofre este acréscimo no valor cobrado”. Além disso, o mercado livre, para as empresas, apresenta alguns fatores favoráveis frente ao mercado regulado e as mudanças de bandeiras tarifárias. “Essa flexibilidade é essencial para nossos clientes. Ao optar por este modelo de negócio, é possível estabilizar os custos de energia, protegendo-se contra as oscilações tarifárias e, muitas vezes, obtendo condições mais favoráveis. A possibilidade de escolher seus fornecedores também permite que as empresas priorizem fontes de energia renováveis, alinhando-se a práticas mais sustentáveis e responsáveis”, detalha Sprung. Portanto, apenas os consumidores do mercado regulado de energia terão os custos gerados pela bandeira amarela. Em Santa Catarina, a distribuidora do setor é a Celesc, ou seja, os clientes da empresa catarinense devem pagar R$1,885 a cada 100kWh. Bandeiras tarifárias no Brasil A mudança de bandeira foi anunciada pelo Governo Federal por meio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que alega que esse panorama climático irá fazer com que as termelétricas, com energia mais cara que as hidrelétricas, passem a operar mais.

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Camila Bandeira Fotos Marlon Amorim

Camila Bandeira: "A Fenearte está cheia de novidades"

Diretora de Promoção da Economia Criativa da Adepe, Camila Bandeira, fala dos programas lançados na feira de artesanato que este ano terá ingressos vendidos pela internet, um concurso de moda e o queijo coalho será tema das atividades gastronômicas. Ela também informa sobre ações da sua gestão no setor audiovisual. Olhar a cultura como um negócio capaz de proporcionar uma transformação social tem sido a visão de Camila Bandeira como diretora-geral de Promoção da Economia Criativa da Adepe (Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco). Essa característica é perceptível nas mudanças que introduziu na edição deste ano da Fenearte, evento do qual é a diretora-executiva. Durante o feira, por exemplo, será lançado o Programa Pernambuco Artesão que vai oferecer oficinas, seminários, palestras, jornadas criativas para estimular o diálogo do artesanato com outras linguagens como o design e a arquitetura para fomentar a inovação, a sustentabilidade e o empreendedorismo. Outra novidade é a Escola de Economia Criativa que vai proporcionar qualificação ao setor, um gargalo detectado na sua gestão. A moda, amplia sua participação nesta edição com o lançamento do concurso Desafio Mape para estudantes de moda e design do Estado. “O intuito é revelar novos talentos”, explica Camila. Também haverá um desfile diferenciado que o especialista Nestor Mádenes fará com peças expostas na feira. Outra inovação que vai agradar aos visitantes é a compra de ingressos por internet, o que deve reduzir as tradicionais filas para o acesso da feira que acontece de 3 a 14 de julho e que recebeu investimentos de R$ 15 milhões. A expectativa é renovar os bons números alcançados no ano passado, quando foram registrados recordes de público, com cerca de 315 mil pessoas, e impacto econômico de R$ 52 milhões. Nesta entrevista a Cláudia Santos, Camila fala dessas inovações da Fenearte e de outras áreas da economia criativa, como a retomada da Câmara Setorial do Audiovisual da Adepe. Ainda este ano será feito um mapeamento da cadeia produtiva do setor e realizada uma rodada de negócios. “O audiovisual emprega muita gente, é uma indústria maior do que a automobilística”, ressalta. O tema da Fenearte, este ano, é Sons do Criar, Artesanato que Toca a Gente. Você poderia explicar esse conceito? Este ano, estamos homenageando todas as artesãs e artesãos, por meio da sonoridade, porque o artesanato toca a todos eles, literalmente, traz à tona os sonhos que surgem a partir do ofício. O talhar da madeira, o bater no barro, o ferro sendo polido, isso gera sons que tocam todos os artesãos, independente da técnica, da tecnologia. O tocar a gente, seja o toque físico ou sonoro, nos emociona, nos sensibiliza. Este ano, Nicinha de Caruaru e Saúba de Jaboatão dos Guararapes passaram a integrar a Alameda dos Mestres. Você poderia falar um pouco do trabalho deles? Nicinha desenvolve um trabalho em Caruaru, há cerca de 60 anos, que envolve também a questão social e política. Ela trabalha com o barro, a cerâmica e integra toda uma comunidade de mulheres e crianças por meio desse ofício. Ela forma pessoas e, inclusive, tem uma associação, no Alto do Moura, chamada Flor do Barro. Nicinha já é mestra reconhecida, mas ainda não havia estado na Alameda dos Mestres. E Saúba é uma figura! Ele também é mestre e seu trabalho é em madeira, com brinquedos populares, como o rói-rói e o mané- -gostoso, que são super-reconhecidos. Ele vai abrilhantar a Alameda com esse lado lúdico. Durante a Fenearte será lançada a Escola da Economia Criativa. O que vem a ser esse projeto? A Fenearte, este ano, está cheia de novidades. A Escola de Economia Criativa é uma delas. A ideia surgiu há um ano porque entendemos que a qualificação era um gargalo, não só para o artesanato, mas em todos os setores da economia criativa. Então, estruturamos o projeto, conversamos com especialistas e demos o primeiro passo dessa escola na Fenearte, com foco no artesanato. Vamos estudar a participação das prefeituras e associações na feira, onde haverá uma curadora com esse olhar, registrando, conversando e entendendo como os municípios que estão presentes trabalham o artesanato para culminar nessa exposição, nessa comercialização. A partir disso, ao longo do ano, desenvolveremos alguns cursos voltados para os gestores públicos municipais e estaduais, para gerar resultados na próxima Fenearte ou nas próximas feiras e mercados em que eles estiverem presentes. Pretendemos ampliar o leque da Escola de Economia Criativa para além do gestor, trabalhar com o empreendedor, o artesão, mas esse primeiro passo é voltado para gestores públicos, porque acreditamos que, dessa forma, há um poder de disseminação mais rápido e eficiente. Outro programa lançado é o Pernambuco Artesão. Qual é o objetivo dele? O objetivo é fomentar a cadeia produtiva do artesanato, tendo como centro o artesão. Desenvolveremos ações de formação em convênio com a Adepe e em parceria com o Sebrae. Haverá oficinas, seminários, palestras, jornadas criativas para estimular o diálogo do artesanato com outras linguagens como o design e a arquitetura, por exemplo. Dessa forma, a gente fomenta a inovação, a sustentabilidade e o empreendedorismo. Por meio do convênio do programa levaremos alguns artesãos para expor e vender seus produtos em feiras nacionais e internacionais. Além disso, vamos concluir o mapeamento da cadeia produtiva do artesanato. Será a conclusão da pesquisa que iniciamos na Fenearte do ano passado. Essa segunda etapa da pesquisa vai a campo, aos territórios, para termos uma visão completa. Será feito um mapeamento do setor de artesanato em todo o Estado? Isso. Por incrível que pareça, não existem dados locais com foco no artesanato. Há alguns trabalhos a nível nacional, mas não existe um mapeamento da cadeia produtiva de artesanato em Pernambuco. Então, vamos levantar essas informações. A importância desse estudo é nos direcionar para a tomada de decisões e realização de ações mais assertivas com base nessa realidade. Essa pesquisa tem quatro vertentes: o mercado, o artesão, o produto e o território. Com isso, teremos um olhar completo do artesanato do Estado. Esse mapeamento será divulgado na Fenearte do ano que vem.

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Presença alarmante de microplásticos no litoral pernambucano, revela estudo do IATI

O Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação (IATI) divulgou hoje (29/06) resultados preocupantes de uma pesquisa que mapeou a presença de microplásticos nas praias do litoral pernambucano. Sob a coordenação do biólogo Múcio Banja e da pesquisadora Jéssica Mendes, o estudo revelou uma contaminação significativa que exige ações urgentes para mitigar seus impactos ambientais. Iniciada em 2019, a pesquisa focou inicialmente em naufrágios na costa pernambucana. A partir de 2022, as coletas de sedimentos se expandiram para diversas praias, incluindo Paiva, Suape, Porto de Galinhas e Tamandaré. Os resultados indicam uma média alarmante de mais de 300 fragmentos de microplásticos por amostra de 200 ml de sedimento, destacando uma contaminação disseminada. Surpreendentemente, a praia do Paiva, uma área pouco habitada, apresentou a maior quantidade de microplásticos, com 695 fragmentos, superando até mesmo praias com intensa atividade turística como Porto de Galinhas. Além de analisar sedimentos, o estudo também investiga a presença de microplásticos em organismos marinhos, como esponjas filtradoras. Os dados preliminares mostram uma quantidade preocupante desses resíduos acumulados nesses animais, indicando sérios riscos para a fauna marinha e, consequentemente, para a saúde humana. "A quantidade de microplásticos encontrados em nossas amostras é extremamente preocupante," afirmou Jéssica Mendes. "Essa contaminação representa um sério risco para o ecossistema marinho e para a saúde humana." Impacto dos Microplásticos e Necessidade de Ação Imediata Os pesquisadores do IATI destacam que o impacto dos microplásticos no meio ambiente é frequentemente subestimado. "Esses pequenos fragmentos representam uma ameaça real à vida marinha e ao equilíbrio dos ecossistemas costeiros," alertou Múcio Banja. Os resultados atuais são apenas o início de um estudo mais abrangente, mas já apontam para a necessidade de ações imediatas para mitigar os efeitos negativos dos microplásticos no litoral pernambucano. O estudo utilizou técnicas avançadas, como a coleta de sedimentos por mergulho autônomo e análise granulométrica, para identificar e classificar os microplásticos presentes. Das 1.406 partículas encontradas, o nylon azul representou 63% do total, com todas as praias estudadas mostrando registros significativos desses poluentes. A pesquisa também identificou uma correlação direta entre a presença de microplásticos e a dinâmica costeira, com a praia do Paiva se destacando como uma área particularmente sensível aos impactos antrópicos. O IATI está desenvolvendo tecnologias inovadoras para separar microplásticos dos organismos marinhos, utilizando métodos que incluem vibrações e produção de microbolhas ultrassônicas para otimizar os resultados. Esses avanços tecnológicos são essenciais para aprofundar a compreensão sobre a extensão da contaminação e desenvolver estratégias eficazes de mitigação.

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O impacto da Propriedade Intelectual na indústria musical

Um dos eventos mais comentados na indústria da música nos últimos anos, envolvendo a super estrela do pop Taylor Swift e seu ex-empresário Scooter Braun, virou série documental que chegou ao Brasil pelo serviço de streaming HBO Max. A série "Taylor Swift vs Scooter Braun: Bad Blood" trouxe à tona questões importantes sobre a Propriedade Intelectual e os direitos dos artistas em relação às suas criações, que não afetam apenas grandes estrelas, mas podem alcançar todos os níveis da indústria. O caso de notoriedade mundial começou em 2019, envolvendo uma disputa de US$ 300 milhões. A cantora alega que o magnata da indústria musical adquiriu os direitos sobre seus primeiros seis álbuns sem consultá-la previamente. Swift afirmou que a venda de seus masters foi realizada sem seu conhecimento e que isso a privou do controle sobre sua própria arte. Por outro lado, Braun e sua equipe alegaram que Swift se recusou a negociar quando teve a oportunidade. A série documental "Taylor Swift vs Scooter Braun: Bad Blood" não apenas narra os eventos, mas também destaca a importância de entender e proteger os direitos de Propriedade Intelectual. "Este caso serve como um alerta para artistas emergentes e estabelecidos, entre tantos outros segmentos, ressaltando a necessidade de se estar bem-informado e vigilante sobre os aspectos legais de seus acordos na indústria musical ou fora dela", analisa Gustavo Escobar, especialista em Propriedade Intelectual. O debate se expandiu para incluir discussões sobre contratos de gravação, práticas de negócios na indústria musical e a necessidade de maior transparência e justiça para os artistas. Taylor Swift, ao relançar seus álbuns sob o título "Taylor's Version", buscou reaver parte do controle sobre seu trabalho e chamar a atenção para a importância dos direitos autorais. A Propriedade Intelectual, especificamente os direitos sobre as gravações master, é um tema central neste conflito. Masters são as gravações originais de uma música ou álbum, e quem detém esses direitos tem poder sobre como e quando essas gravações podem ser usadas comercialmente. No caso de Swift, a perda de controle sobre suas gravações originais significou que decisões sobre licenciamento, reedições e uso em mídia ficaram fora de seu alcance. Gustavo Escobar alerta ainda que o impacto deste caso se estende além da música, alcançando outras áreas do entretenimento e da criação artística, onde a Propriedade Intelectual continua sendo um campo de batalhas intensas e muitas vezes controversas. “A série é um lembrete poderoso de que, em um mundo cada vez mais digital e conectado, proteger os direitos sobre a própria criação é mais necessário do que nunca e ter uma orientação especializada para evitar transtornos futuros é fundamental", conclui o advogado.

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Pernambucast trata sobre Modismos na Gestão Empresarial

No quarto episódio da temporada sobre Carreiras e Gestão, o Pernambucast discute os riscos das corporações aderirem na direção dos seus negócios os "modismos de gestão". Esse fenômeno, bem comum no mundo empresarial, é caracterizado pelo surgimento de práticas e tendências temporárias em administração que ganham popularidade rapidamente, mas podem carecer de eficácia comprovada a longo prazo. Para tratar do assunto, o jornalista Rafael Dantas conversou com os consultores e sócios da TGI Francisco Cunha e Fábio Menezes. Ambos assistiram o surgimento e o sumiço de vários desses modismos. Além de comentar sobre os problemas que as empresas podem estar se submetendo ao embarcar em uma dessas ondas, os consultores apresentam algumas diretrizes de como escapar delas e manter a corporação na estratégia correta. Assista o episódio no nosso Youtube:

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Modelos de Trabalho Pós-Pandemia: Equilibrando Produtividade e Engajamento

*Por Jessica Couto A pandemia de Covid-19 forçou empresas e colaboradores a se adaptarem rapidamente ao trabalho remoto. Investimentos em novas tecnologias e alto engajamento tornaram essa transição bem-sucedida, com muitos especialistas observando um aumento na produtividade individual dos trabalhadores remotos, que encontram maior foco e concentração em casa devido a menos barulho e interrupções externas. Segundo a pesquisa Engaja S/A, realizada entre agosto e outubro de 2023, 69% dos entrevistados estão satisfeitos com o trabalho a distância, 61% preferem o modelo híbrido e 51% o presencial. No entanto, a Associação Brasileira de Recursos Humanos revelou que apenas 4,2% das empresas operam integralmente em home office, contra 23,9% em 2022. Isso levanta questões sobre a discrepância entre a preferência dos colaboradores e as práticas das empresas. A produtividade e o engajamento dos colaboradores, sejam remotos ou presenciais, dependem do ambiente de trabalho. Em home office muitos enfrentam interrupções de filhos, animais, baixa iluminação e barulho, afetando sua produtividade. Além disso, com o trabalho remoto muitas empresas notaram uma desaceleração na aprendizagem. Interações espontâneas podem interferir nas tarefas, mas também aceleram a resolução de problemas e atualizam informações, reduzindo o número de falhas e retrabalhos.A pesquisa também revelou índices de desengajamento: 8% no ambiente presencial, 7% no modelo híbrido e 5% no trabalho remoto. Empresas que exigem a volta presencial enfrentam impactos, em seus casos mais graves, pedidos de demissões. A geração Z mostra-se cada vez mais inflexível, abrindo espaço para uma força de trabalho mais madura (40-55 anos). Empresas que adotaram o modelo remoto estão sendo desafiadas a investir em happy hours, encontros mensais e eventos. Da mesma forma, empresas que adotam o trabalho presencial precisam remodelar sua estrutura, priorizando ambientes de integração, áreas para concentração e itens que promovam conforto e bem-estar à equipe.O engajamento e a produtividade vão muito além das horas trabalhadas. Eles revelam a capacidade da equipe em "vestir a camisa" da empresa e entregar mais do que foram contratados para fazer. Os desafios da liderança em acompanhar a equipe nesses diversos cenários são grandes, mas a busca pelo melhor cenário, considerando os tipos de atividades realizadas, o nível de dependência entre atividades, o momento da empresa, o orçamento disponível, o perfil da equipe e do produto ou serviço, fará desse líder um profissional cada vez mais preparado e antifrágil. Unir profissionais da geração Z, que têm maior facilidade com tecnologia e buscam propósito no que fazem, a colaboradores mais maduros, que prezam por um ambiente seguro, são mais estáveis e possuem vasta experiência de vida, pode gerar uma equipe de sucesso. Estimule o estudo e a aprendizagem da equipe 40+ e a maior flexibilidade e capacidade de escuta dos integrantes mais jovens. Tenho certeza de que colherá bons frutos. *Jessica Couto é Diretora no Grupo Trino e especialista em Liderança e Gestão Empresarial

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Prefeitura do Recife inaugura o Desenvolve Recife Centro

Localizado em Santo Amaro, equipamento oferece serviços integrados para trabalhadores e empreendedores, com foco na qualificação, inovação e inclusão A Prefeitura do Recife inaugurou o Desenvolve Recife Centro nesta terça-feira (25), no bairro de Santo Amaro. Instalado no antigo prédio da Faculdade Fama, o espaço, gerido pela Secretaria de Trabalho e Qualificação Profissional do Recife (STQP), visa atender trabalhadores em busca de emprego formal e empreendedores que desejam iniciar ou expandir seus negócios. Durante a cerimônia de inauguração, o prefeito João Campos destacou a importância do novo equipamento para o desenvolvimento econômico da cidade, ressaltando a variedade de serviços oferecidos, que incluem áreas de qualificação, assistência contábil e formação de currículo. Adynara Gonçalves, secretária de Trabalho e Qualificação Profissional do Recife, enfatizou o papel fundamental do Desenvolve Recife Centro para os pequenos empreendedores e trabalhadores. “Esse é um espaço fundamental para o empreendedor de uma forma geral, o pequeno empreendedor e para o trabalhador. Pensamos em um espaço de aceleração para que essas pessoas possam ter a chance de desenvolver seus negócios ao lado de consultores e facilitadores renomados”. O espaço conta com uma moderna infraestrutura que abriga a Agência de Emprego, responsável por cadastramento, intermediação de mão de obra, orientação para seguro-desemprego e inscrições em cursos de qualificação. Além disso, oferece a Sala GO, destinada à elaboração de currículos e apoio psicológico, e a Sala do Empreendedor, que auxilia microempreendedores individuais (MEIs) na gestão de suas empresas. O Desenvolve Recife Centro também abriga iniciativas inovadoras como a Sala de Podcast Recife Amostrado, que visa promover histórias inspiradoras de empreendedores locais, e o Cobogó Recife Café, uma aceleradora de negócios gastronômicos que apoia empreendedoras no desenvolvimento de seus produtos e serviços. A barista Tatiana Brasil, uma das selecionadas pelo Cobogó Recife Café, expressou seu entusiasmo pela oportunidade de gerenciar um negócio real e colaborar com outras empreendedoras. Além disso, o espaço oferece serviços de captação de vagas para empregadores e a Escola de Turismo do Recife, um hub de inovação no setor turístico. Para celebrar a cultura popular, o programa Colorindo o Recife está transformando os muros do centro em um grande mural de arte urbana. JOÃO CAMPOS “Na agência do Desenvolve Recife Centro, que fica no coração da cidade, esperamos gerar muitas oportunidades para quem quer uma vaga de trabalho formal, ter sua carteira assinada, ou para quem quer empreender. É um espaço para o empreendedorismo, para a formação profissional, para a qualificação e para as oportunidades de trabalho, reunindo conceitos modernos e espaços para gerar oportunidade para as pessoas. Aqui, temos área de qualificação, acesso à informação, assistência contábil, assistência de formação de currículo, tudo isso à disposição dos recifenses”.

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Bruno Veloso

"O programa Nova Indústria Brasil é muito bom, mas é preciso transformá-lo em realidade"

Novo presidente da Fiepe, Bruno Veloso, fala de seus planos à frente da entidade, como estimular a exportação e a abertura de novas cadeias produtivas, além de incentivar a instalação de indústrias no interior. Também aborda os gargalos enfrentados pelas empresas e critica a demora de execução dos projetos do Governo Federal voltados ao setor industrial. Na segunda-feira (17/06), Bruno Veloso tornou-se presidente da Fiepe (Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco) numa concorrida cerimônia que reuniu representantes de vários setores econômicos. Nesta entrevista a Cláudia Santos, o empresário – que é do ramo da indústria da construção civil – falou sobre os seus planos à frente da entidade e dos desafios enfrentados pelo setor industrial no Estado, como a desendustrialização. Ele criticou a alta tributação das indústrias como um fator que impede que realizem investimentos na transformação digital. Embora tenha elogiado o Nova Indústria Brasil, programa do Governo Federal que visa tornar o setor mais competitivo, inovador e sustentável – o novo presidente da Fiepe reclamou da demora na sua execução, em especial na liberação dos recursos previstos que chegam a R$ 300 bilhões. Veloso também comentou os desafios na área de infraestrutura, como o estado precário das rodovias e a lentidão de projetos como a Transnordestina e o Arco Metropolitano, além do abastecimento de energia que, embora com abundância de oferta, o sistema apresenta problemas de distribuição. Veloso também analisou os gargalos na qualidade da mão de obra e ressaltou o trabalho nessa área realizado pelo Sesi (Serviço Social da Indústria) e Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). Quais são seus planos e desafios nestes próximos quatro anos à frente da Fiepe? A Fiepe representa pequenas, micro, médias e grandes empresas e as pautas dessas empresas são nossas pautas. Trabalhamos para atender suas reivindicações de forma eficiente para que nos vejam como aliada. Há muitos desafios. Um deles é buscar sempre um ambiente favorável aos negócios na região, entendendo as dificuldades das empresas que pretendem se instalar no Estado e das que já estão instaladas. Então temos sempre que lutar pelo protagonismo da indústria na economia, precisamos frear a desindustrialização, entendendo a realidade e apoiando a indústria para que haja diversificação da base produtiva. Por meio da nossa inteligência de dados, vamos estimular as empresas a produzirem o que já vêm produzindo e abrir novas cadeias de produção para aumentar o leque de oferta. Também pretendemos trabalhar fortemente na exportação. Temos muitas ferramentas que podem identificar mercados externos para as empresas que aqui produzem e poderiam exportar. Outro desafio é levar a indústria para o interior do Estado, buscando apoio para que as empresas se instalem de forma consciente com infraestrutura e condições básicas necessárias. Quais são essas condições básicas para instalação e interiorização das indústrias? É preciso quatro pilares para escoar a produção: um modal de transporte, fornecimento de energia compatível com a empresa instalada no local, água, que é necessária a todas as indústrias e, por fim, internet de qualidade, ferramenta de que não se pode abrir mão para que haja comunicação eficiente entre clientes, fornecedores e outras unidades da empresa. O senhor mencionou várias questões relacionadas à infraestrutura. Na questão da logística, especificamente, como avalia os problemas das rodovias e da Transnordestina, que há anos é aguardada pelos empresários nordestinos? Muitas empresas necessitam de logística de transporte eficiente para viabilizar seu produto. As estradas em Pernambuco estão muito deficitárias, precisando de forte investimento. A Transnordestina é uma pauta de todos os pernambucanos, ela pode fazer grande diferença para transportar de maneira eficiente do Sertão do Araripe a Suape, para uma exportação a baixo custo. As obras da ferrovia tiveram uma paralisação no final do ano passado, e nós da Fiepe, o Governo do Estado, parlamentares e outras entidades nos mobilizamos e conseguimos colocar no PAC o valor de R$ 450 milhões para a retomada da Transnordestina. Porém, ainda são necessários cerca de R$ 6 bilhões para que ela seja concluída. Os R$ 450 milhões foram liberados, mas é importante ressaltar que a licitação para as obras desse valor menciona dois anos para a conclusão do projeto para, então, começar o processo licitatório. É muito tempo. Por isso, estamos novamente nos mobilizando, discutindo internamente maneiras para sugerir um projeto mais ágil e que também agilize o início das obras. Outro projeto que precisa ser colocado em prática urgentemente para melhorar a logística e atrair mais indústrias é o Arco Metropolitano. A governadora disse que vai licitar ainda este ano, mas é necessário ir além da discussão do projeto. Uma das premissas para instalar a fábrica da Jeep em Goiana era o Arco Metropolitano. Há quantos anos a Stellantis está lá e as dificuldades de deslocamento permanecem? A dificuldade de transporte é tão grande que as pessoas estão morando em João Pessoa e a gente aqui não consegue nem transportar os veículos que são sendo produzidos porque as estradas não comportam, só podem ser transportados de madrugada. Isso não é logística. Como é que nós vamos atrair a indústria dessa forma? Então estamos entendendo as dores das indústrias e buscando diálogo com governantes prefeitos, Câmara de Vereadores, deputados estaduais, para saber o que a gente pode fazer para melhorar nosso Pernambuco. E como é que está essa articulação do setor com as instâncias governamentais? Eu diria que está num processo de crescimento. Recentemente tivemos uma comissão parlamentar da Assembleia Legislativa, o Comitê da Indústria Pernambucana, ou seja, existe uma comissão com alguns deputados e com isso nós vamos poder levar um assunto importante da indústria para discutir na Casa. Em relação a Suape, quais as perspectivas? Suape é um patrimônio pernambucano que teve a atenção de todos os governantes do Estado. É um grande complexo industrial, o porto é bem situado e tem calado, por isso, temos tudo para ser um grande exportador na região. Não existe nenhum porto aqui com a qualidade de Suape. Entretanto, não há nenhum porto importante no mundo que não tenha um ramal ferroviário. Para transformar Suape em grande importador e

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STF descriminaliza porte de maconha para uso pessoal

(Da Agência Brasil) Por maioria de votos, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (25) descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal. O julgamento foi concluído após nove anos de sucessivas suspensões. O número de juízes que votaram a favor e contra a descriminalização ainda não foi oficialmente divulgado. Com a decisão, o porte de maconha continua como comportamento ilícito, ou seja, permanece proibido fumar a droga em público, mas as punições definidas contra os usuários passam a ter natureza administrativa, e não criminal. Dessa forma, deixam de valer a possibilidade de registro de reincidência penal e de cumprimento de prestação de serviços comunitários. A Corte deixou para a sessão de amanhã (26) a definição sobre a quantidade de maconha que deve caracterizar uso pessoal e diferenciar usuários e traficantes. Pelos votos já proferidos, a medida deve ficar entre 25 e 60 gramas ou seis plantas fêmeas de cannabis. Entenda O Supremo julgou a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006). Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo. A lei deixou de prever a pena de prisão, mas manteve a criminalização. Dessa forma, usuários de drogas ainda são alvos de inquérito policial e processos judiciais que buscam o cumprimento das penas alternativas. A maioria dos ministros decidiu manter a validade da lei, mas entendeu que as punições previstas contra usuários não possuem natureza criminal. Não é legalização Durante a sessão, o presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, ressaltou que a Corte não está decidindo sobre a legalização da maconha e que o consumo permanece como conduta ilícita. "Em nenhum momento estamos legalizando ou dizendo que o consumo de drogas é uma coisa positiva. Pelo contrário, nós estamos apenas deliberando a melhor forma de enfrentar essa epidemia que existe no Brasil e que as estratégias que temos adotado não estão funcionando porque o consumo só faz aumentar e o poder do tráfico também", afirmou. Votos O julgamento começou em 2015, quando o relator, ministro Gilmar Mendes, votou pela descriminalização do porte de qualquer tipo de droga. No entanto, após os votos que foram proferidos pelos demais ministros, Mendes restringiu a liberação somente para a maconha, com fixação de medidas para diferencial consumo próprio e tráfico de drogas. No mesmo ano, votou pela descriminalização somente do porte de maconha, deixando para o Congresso a fixação dos parâmetros. Em seguida, Luís Roberto Barroso entendeu que a posse de 25 gramas não caracteriza tráfico ou o cultivo de seis plantas fêmeas de cannabis. Após pedidos de vista que suspenderam o julgamento, em agosto do ano passado, o ministro Alexandre de Moraes propôs a quantia de 60 gramas ou seis plantas fêmeas. A descriminalização também foi aceita pelo voto para ministra Rosa Weber, que está aposentada. Em março deste ano, os ministros Cristiano Zanin, André Mendonça e Nunes Marques defenderam a fixação de uma quantidade para diferenciar usuários e traficantes, mas mantiveram a conduta criminalizada, conforme a Lei de Drogas. Novamente, o julgamento foi suspenso por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli. Na semana passada, o julgamento foi retomado com o voto do Toffoli, que abriu uma terceira via. Para o ministro, a Lei de Drogas é constitucional e já descriminalizou o porte. No entanto, Toffoli sugeriu dar prazo para o Congresso definir a quantidade para diferenciar usuário e traficante. Na sessão de hoje, Toffoli esclareceu seu voto e disse que está com a maioria contra a descriminalização. Em seguida, Luiz Fux e ministra Cármen Lúcia também votaram pelo reconhecimento da descriminalização. 

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Total de sindicalizados em 2023 alcança menor patamar desde 2012

(Da Agência Brasil) O total de sindicalizados no Brasil registrou, em 2023, o menor patamar desde 2012. É o que aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua - Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2023. O levantamento, divulgado nesta sexta-feira (21), no Rio de Janeiro, indica que 8,4 milhões de trabalhadores tinham filiação a alguma entidade sindical no último ano. A primeira edição do estudo que apurou esses dados ocorreu em 2012. O número de 2023 indica, portanto, o menor contingente de sindicalizados registrado pelo IBGE em um ano. Em comparação com 2022, houve uma queda de 7,8%, o que representa 713 mil filiados a menos. Essa redução atinge todos os segmentos da ocupação, sejam públicos ou privados. O primeiro levantamento - realizado em 2012 - constatou 14,4 milhões de trabalhadores sindicalizados. Na época, eles representavam 16,1% do total de pessoas ocupadas. Os dados de 2023 indicam que, ao longo de uma década, a sindicalização perdeu quase metade de sua força entre os trabalhadores. No ano passado, apenas 8,4% das pessoas ocupadas possuíam filiação sindical. Em toda a série histórica apurada pelo IBGE, apenas em dois anos houve alta na comparação com o ano anterior: em 2013 e em 2015. Desde 2016, portanto, a sindicalização enfrenta sucessivas quedas. Esse cenário ocorre mesmo com a recuperação do mercado de trabalho nos últimos anos, após um período de retração. Em 2023, a população ocupada somou 100,7 milhões, o maior patamar desde 2012. Reforma trabalhista Pesquisadores do IBGE envolvidos no levantamento consideram que a implementação da última reforma trabalhista - através da Lei Federal 13.467/2017 - pode ter influência sobre a queda do número de associados aos sindicatos, tendo em vista que a contribuição sindical se tornou facultativa e houve uma intensificação de contratos mais flexíveis. Segundo eles, a análise dos dados deve levar em conta mudanças na forma de inserção no mercado de trabalho, que envolve alternativas de ocupação que não passam pela carteira assinada e também o aumento da informalidade. Um crescimento de contratos temporários tem sido registrado, por exemplo, em áreas como administração pública, educação, saúde humana e serviços sociais. Também chamam atenção dos pesquisadores que atividades que tradicionalmente registram maior associação sindical, como a indústria, vêm retraindo sua participação total no conjunto de trabalhadores. As maiores taxas de sindicalização em 2023 foram registradas entre empregados no setor público: 18,3% do total estavam vinculados a alguma entidade. Mesmo entre esses trabalhadores, no entanto, houve queda: eram 19,9% em 2022 e 28,1% no início da série histórica em 2012. Já as menores coberturas sindicais estavam entre os empregados no setor privado sem carteira assinada (3,7%) e os trabalhadores domésticos (2,0%). Atividades No recorte por atividades, o grupamento de transporte, armazenagem e correio foi o setor que registrou a maior queda na taxa de sindicalização na comparação entre 2012 e 2023. A redução foi de 12,9 pontos percentuais, saindo de 20,7% para 7,8%. Uma hipótese levantada pelos pesquisadores do IBGE é de que o surgimento dos motoristas por aplicativos tenha contribuído para elevar a informalidade na atividade de transporte, impactando na sindicalização desse grupamento. Na sequência, aparece a indústria geral: os sindicalizados, que eram 21,3% do total de trabalhadores, passaram a ser 10,3%. Uma queda de 11 pontos percentuais. O terceiro maior recuo foi anotado no grupamento de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais. A proporção de associados aos sindicatos caiu de 24,5% para 14,4%. São 10,1 pontos percentuais a menos. Outro grupamento que também acusou queda significativa entre 2012 e 2023 é o de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura. São atividades que historicamente registram grande participação dos sindicatos de trabalhadores rurais. Ao longo do período, a proporção de sindicalizados saiu de 22,8% para 15%. Os pesquisadores observam que as taxas de sindicalização não estão associadas necessariamente ao tamanho da população ocupada. Segundo eles, deve-se observar a forma de atuação dos trabalhadores, bem como as relações trabalhistas mais comuns em cada setor. Um exemplo é o comércio. Embora reúna 18,9% das pessoas ocupadas no país, é um setor sem tradição de sindicalização. Os dados de 2023 mostram que apenas 5,1% desse contingente está associado a algum sindicato. Gênero e região O levantamento também apresentou um recorte de gênero. No país, 8,5% dos homens ocupados possuem filiação sindical. Entre as mulheres, a proporção é de 8,2%. Em duas regiões, contrariando a tendência nacional, a taxa de sindicalização em 2023 foi maior entre a população ocupada feminina. No Nordeste, 10,1% delas encontram-se vinculadas a algum sindicato, contra 9,1% entre os trabalhadores do sexo masculino. No Sul, a taxa é de 9,5% entre as mulheres e de 9,3% entre os homens. Tradicionalmente, as duas regiões são também as que registram os maiores percentuais totais de sindicalização. No Nordeste, 9,5% da população ocupada tinha vínculo como alguma entidade em 2023. No Sul, a taxa era de 9,4%. No entanto, na comparação com 2022, elas tiveram os maiores recuos entre todas as regiões do país.

Total de sindicalizados em 2023 alcança menor patamar desde 2012 Read More »