Arquivos Notícias - Página 570 De 673 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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O charme das lojas de rua

Ninguém duvida que shoppings e hipermercados vieram para ficar, em razão da praticidade que oferecem. Mas o comércio de rua resiste e proporciona benefícios nem sempre tangíveis para as cidades e seus habitantes. Padarias, boutiques, mercadinhos e mercados municipais humanizam a boa e velha convivência entre donos dos estabelecimentos e seus vendedores com os clientes. Não raro, esses comerciantes atendem seus fregueses pelo nome e conhecem suas preferências. Mais do que pontos de referência, os pequenos comércios preservam a identidade das áreas urbanas onde estão inseridos. O Mercado Público da Madalena, por exemplo, é “a cara” do bairro que leva o mesmo nome, assim como o Bar 28 não pode ser dissociado do Recife Antigo. Por essa razão estudiosos afirmam que as lojas de rua conservam o patrimônio material e imaterial das localidades. Quem conhece a Mercearia Nabuco sabe que isso é uma realidade. Localizada numa antiga e charmosa casa na esquina da Rua Harmonia, em Casa Amarela, a bodega há 107 anos supre sua freguesia com uma infinidade de produtos que vai do detergente à cerveja. Entrar no seu ambiente de portas altas e um amplo balcão é retornar aos tempos dos armazéns. Os donos, o casal Lindalva Araújo – a dona Dalva – e Arthur Francisco de Araújo, estão à frente do negócio há inacreditáveis 45 anos. São verdadeiros anfitriões que recebem uma fiel e assídua clientela. “Somos o terceiro proprietário da mercearia. Na época que assumimos não havia supermercado. As pessoas faziam compras grandes e mandavam entregar”, conta dona Dalva. Para se adaptar aos novos tempos, o casal introduziu algumas mesas e o local virou também um bar. “Hoje o que nos sustenta é a venda de bebidas. Aqui vem de doutor a pedreiro, considero os clientes pessoas de casa”, diz dona Dalva com ar quase maternal. Logo cedinho, às 6h30, chegam os trabalhadores em busca do café da manhã. A partir das 10h, um divertido grupo de amigos aposentados começa aos poucos a ocupar uma mesa. “A gente bota conversa fora, mentindo de vez em quando”, brinca Antônio Cerqueira. Já o funcionário público Ranício Galvão sai de Olinda onde mora, se apossa de uma mesa da mercearia, enquanto espera sua mulher, professora do Colégio Apoio – situado nas proximidades – sair do trabalho para levá-la para casa. “É como se fosse meu escritório”, graceja. “Fico aqui resolvendo algumas coisas. Gosto do ambiente é como se eu ainda estivesse em Olinda”, compara Galvão. “A mercearia é um resquício do bairro”, resume Tadeu Caldas, outro integrante do assíduo grupo de clientes. “São pessoas que se conhecem há muito tempo e vêm aqui, onde as relações são mais pessoais, não tem gente em computador, nem no celular, tampouco máquina de cartão de crédito”. Por incrível que pareça seu Arthur conserva a tradicional caderneta para vender fiado. “Ainda temos esse sistema, mas que é usado discretamente, porque é preciso confiar na pessoa”, ressalva dona Dalva. Entretanto, a Mercearia Nabuco também inova para seduzir o público jovem, que frequenta o seu happy hour. As terças-feiras, um grupo musical de chorinho embala a conversa da freguesia, que costuma se deliciar com quitutes feitos por dona Dalva. Os encontros acontecem das 19h às 21h, porém, empolgada na diversão, a clientela costuma dar uma “esticadinha”, permanecendo mais tempo. Para desespero do filho do casal, Arthuzinho, que costuma implorar para que todos saiam, com uma costumeira frase: “Olha o horário!”. Situação que não resistiu ao humor dos clientes. Como bons pernambucanos, eles fundaram o bloco Olha o horário, que desfila próximo à mercearia depois do Carnaval. Tem até hino oficial criado pelo músico e frequentador da bodega Romero Andrade (ouça a música). TROCANDO EM MIÚDOS Ter um comércio de rua não é exclusividade de casas centenárias. As designers Juliane Miranda e Amanda Braga, jovens proprietárias da marca de acessórios femininos Trocando em Miúdos, fizeram a mesma opção. “Costumamos dizer que temos lojas afetivas”, conceitua Juliane. “Nossa relação com as clientes é muito próxima e estar na rua facilita essa proximidade”. A elegante ambientação da Trocando em Miúdos, que reflete essa preferência. Tanto a Casa Rosa, em Casa Forte – que engloba ateliê e local de venda – como as lojas da Jaqueira (que as sócias dividem com duas outras marcas) e a do Espinheiro seduzem pelo intimismo revelado por cortinas, sofás, abajures e flores. E, como o próprio nome da marca (inspirada numa canção de Chico Buarque e Francis Hime) sugere há muita troca com as mulheres de 20 a 70 anos que as frequentam. “Temos clientes que há dez anos compram conosco, que é o tempo de existência da marca. Elas mandam fotos do closet com várias de nossas peças, pedem sugestões de looks, uma delas até nos enviou a imagem do ultrassom quando ficou grávida”, conta Juliane. O afeto que envolve essa relação levou as designers a homenagear clientes batizando seus brincos com o nome delas. Uma das homenageadas é a arquiteta Sara Holmes. “Fiquei emocionada em ter um brinco com meu nome”, derrete-se a cliente. Sara acredita o fato de a marca ter lojas de rua contribuiu, de certa forma, para essa relação. “As vendedoras já me conhecem, me chamam pelo nome, sabem o estilo de coisas que eu gosto. O shopping tem a sua hora porque traz muita comodidade. Mas a loja de rua possibilita essa intimidade. Já foi comprovado que é interessante ter existir comércio numa área com residências, porque traz uma movimentação maior para as ruas, o que colabora até para tornar as vias mais seguras”, analisa a arquiteta.

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Virei escritor por causa da revolução

O romance A Noiva da Revolução tem sido responsável por tornar mais conhecido do público o movimento de 1817. Nesta entrevista, o autor da obra, Paulo Santos, comenta como concebeu o livro, analisa porque essa parte da história do País foi “deletada da memória nacional” e fala sobre seus projetos futuros. Como você começou no jornalismo? Eu havia entrado num curso de geologia e descobri que não tinha vocação.  Chegou um momento em que larguei tudo e resolvi trabalhar. Comecei como cartunista no jornal, aos 19 anos. Depois, passei dois anos em São Paulo. Voltei para o Recife, trabalhei no Jornal do Commercio, como cartunista, mas fazia reportagem eventualmente. Fui correspondente da imprensa alternativa, nos jornais Movimento e Em Tempo, nos anos 70. Nos anos 80, ajudei a fundar a ONG Equipe de Comunicação Sindical. Passei uma década trabalhando com sindicatos e associações de bairros. Nos anos 90,  me apaixonei por informática e fundei uma empresa de consultoria que atuava no uso da informática na comunicação. Depois, fundei outra empresa, dessa vez para desenvolver softwares. Aí a coisa não caminhou bem e daí já fiz um monte de coisas. Com a virada do século, resolvi escrever. Sempre gostou de escrever sobre história? Sempre fui apaixonado, cheguei até a cursar um ano de história na UFPE, mas trabalhava em jornal, fazia militância, gostava muito de namorar (risos), então, não havia tempo. Tive que abandonar o curso. Conversando com um grande amigo historiador, me interessei pela Revolução de 1817, comecei a ler e pesquisar sobre ela. Fiquei escandalizado com o tamanho da minha ignorância sobre o assunto, que era certamente igual à de 99,9% dos pernambucanos. Não sou um sujeito desinformado, mas não sabia nada sobre um dos eventos mais importantes da história do Brasil. Resolvi que tinha que escrever sobre isso. Num primeiro momento, seria algo  como “história contada por jornalista”. Depois percebi que teria que ter um tratamento romanceado, pelo próprio romantismo dos personagens e fatos. Não dava para escrever de forma estritamente descritiva, sem colocar emoção. Virei romancista por causa da vontade de contar essa história. A Noiva da Revolução foi seu primeiro livro? Sim. Faz 10 anos que foi lançado. Passei três pesquisando. Como foi esse trabalho de pesquisa? Eu li muito. Não fui em nenhuma fonte primária, pesquisei somente em livros, publicações, etc. Há muita informação. Tive que eliminar metade do que consegui pesquisar. Não é que a história de Pernambuco seja mal estudada. A historiografia do Estado é fantástica, é a mais rica do Brasil, e temos historiadores à altura dela: Joaquim Nabuco, Gilberto Freyre, Evaldo Cabral de Mello, Oliveira Lima. O que não existe é a divulgação dessa informação. Ela mora no universo acadêmico, falta um meio de campo para repassá-la para o povo. Se você perguntar a qualquer um quem foi Cruz Cabugá, Padre Roma, Gervásio Pires, quem vai saber? São personagens importantíssimos na história do Brasil. Por que a Revolução de 1817 é tão desconhecida e a Inconfidência Mineira não? Pernambuco possuía questões políticas avançadas. No primeiro dia de governo da revolução, decretou-se o fim dos tratamentos de “vosmicê” e “senhor” para as pessoas importantes. Todo mundo era igual. Essa era a mentalidade dos revolucionários. A Revolução Praieira falava de uma ideia de comunismo, em 1848. Karl Marx ainda estava escrevendo o Manifesto Comunista na Alemanha. Enquanto aqui já havia uma revista, chamada O Progresso, discutindo socialismo. Então, não interessava a muita gente que tudo isso fosse discutido e propagado. Existem anotações do Varnhagen, historiador oficial do Império, em que ele dizia que estava lendo sobre a Revolução de 1817, mas que ela não deveria ser divulgada. A revolução propunha a independência, então era interessante não falar dela no período colonial. Depois da independência, o Brasil se tornou império, mas a revolução era republicana. O único período em que foi prestigiada foi durante a República Velha, porque interessava politicamente. No centenário da revolução, o dia 6 de março foi decretado feriado nacional. Quando surgiu o Estado Novo, a revolução voltou a ser ocultada porque era federalista. Com o Golpe Militar fica ainda mais óbvio: a Revolução de 1817 era radicalmente democrática. Política é marketing e a República precisava de um símbolo. A candidatura de Frei Caneca foi lançada, só que ele era subversivo demais: padre casado com três filhos, brigão, provocador e revolucionário mesmo, de pegar em armas. Grande intelectual e poeta. A qualificação dele para ser símbolo do Brasil era superior à de Tiradentes. O que Tiradentes fez? Com todo o respeito, ele foi um mártir, mas não fez nada além de morrer. Ele não tinha imagem e é retratado como se fosse um Cristo. É um simbolo fake. Quais os aspectos progressistas da revolução? Em 1910, Oliveira Lima definiu 1817 como o único movimento no Brasil que pode ser chamado de revolução. Naquele tempo, não havia acontecido a Revolução de 1930, que considero que possa ser também chamada por esse nome. O projeto político da nossa revolução é muito mais avançado do que todos os outros propostos no País até então. Ela fez uma reforma tributária radical, criou a primeira polícia. E funcionou. Os governadores da revolução nem recebiam salário. Para eles, era uma honra exercer esse cargo. Ela se espalhou para a Paraíba e o Rio Grande do Norte. Na Paraíba, o governo revolucionário era mais radical. Eles chegaram a discutir a participação das mulheres. Naquela época, mulher não tinha direito a participar de luta política. Considero esse o primeiro passo para torná-las cidadãs. Mas o resultado foi terrível, porque os pais e maridos ficaram contra. Se o projeto político da Revolução de 1817 tivesse dado certo, o Brasil seria completamente diferente do que é hoje. Por que os revolucionários não extinguiram a escravidão? Porque era politicamente inviável. Toda a mão de obra era escrava. Não era possível acabar com a escravidão do dia para a noite, mas os escravos que quisessem entrar no Exército eram libertados. Então, foi assinado o primeiro ato abolicionista do Brasil. E o governo

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Ideais da Revolução de 1817 continuam atuais e necessários

Há 200 anos, Pernambuco viveu quase três meses de independência do Brasil e de Portugal. A primeira experiência republicana no País logo foi reprimida pela Coroa Portuguesa. Os ideais e contestações dos revolucionários, porém, não morreram. Repercutiram. E alguns problemas levantados pelos heróis da revolução permanecem sendo discutidos hoje. Afinal, que reticências deixadas por aqueles acontecimentos ainda são motivos de luta dos pernambucanos atualmente? A eclosão do movimento de 1817 aconteceu nove anos após o desembarque da família real portuguesa no Brasil. Esse fato, na análise dos especialistas, é marcante para que se acentuem as insatisfações da província, que era uma das mais prósperas na época. Desde que Dom João VI desembarcou no País, a população passou a sofrer com o aumento de impostos para sustentar o monarca e outras 15 mil pessoas que vieram com ele de Portugal.  “Havia uma grande exploração da Corte no Estado. Exemplo disso era o fato de a cidade do Rio de Janeiro ser iluminada com os impostos cobrados no Recife, que vivia às escuras”, exemplifica o historiador Leonardo Dantas. LEIA TAMBÉM Pernambuco falando para o mundo através de Cruz Cabugá Movimentos seguem na defesa da independência Um passeio pelos caminhos da Revolução Os clamores atuais do País por uma reforma tributária e uma melhor distribuição dos recursos da federação guardam semelhanças com o período revolucionário. “Quando a gente não resolve os problemas, os ciclos históricos tendem a se repetir. Os fatos se passam quase os mesmos, só que em camadas diferentes”, avalia o presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Luiz Otávio Cavalcanti, fazendo uma comparação com a insatisfação com os altos tributos sem o devido retorno para o Estado já no século 19. O advogado e especialista em direito público, Fábio Silveira, destaca que vários levantes que aconteceram naquele período se deram justamente pelo volume de tributos impostos aos cidadãos. “Eles chegavam ao ponto de tirar a capacidade econômica e produtiva da população.  Isso fez com que irradiasse aqui a Revolução de 1817. Hoje voltamos a ter uma carga tributária altíssima e um modelo complexo de tributação”. E outro problema que ainda não se resolveu no País é a instauração de um modelo consistente de federação, uma das principais bandeiras dos revolucionários pernambucanos, que contestavam o poder centralizador da Coroa.  “A ideia deles era criar um sistema federativo em que as províncias tivessem seu autogoverno e também uma representação parlamentar. Havia uma inspiração do modelo que se instaurou na América do Norte”, explica o presidente do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP), George Cabral. Uma das consequências dessa situação é a centralização pela União dos recursos arrecadados no País. “No século 19 o poder moderador da Coroa era centralizador, como toda monarquia. Dessa vez, a concentração é de outra forma, naquela época era politica e administrativa. Agora é financeira. A União consegue sugar quase todas as riquezas do modelo produtivo, que fortalece muito seu cofre e deixa os demais entes da Federação à mercê dela”, declara Fábio Silveira. Mas um debate para encontrar soluções tem crescido nos últimos anos. Entre elas, a rediscussão do chamado Pacto Federativo (mecanismo que define a relação fiscal entre os entes da Federação). O tema foi muito debatido na última eleição presidencial, principalmente por um pernambucano, o então presidenciável Eduardo Campos. Um dos defensores da ideia, o deputado Tadeu Alencar em recente discurso, lembrou que a situação parecia melhorar com a promulgação da Constituição de 1988. Pela nova Carta, 30% dos recursos arrecadados ficavam com a União, distribuindo os 70% restantes com os Estados e municípios. “Hoje, essa equação foi inteiramente subvertida, fazendo com que governos estaduais e prefeituras promovam, de tempos em tempos, a mais ultrajante caravana em busca de recursos junto ao Poder Central”, critica Alencar. A pauta chega em 2017 nas mãos do presidente Michel Temer, que se apresenta como líder de um governo reformista. “Agora, o Executivo quer se empenhar na reforma tributária. É mais uma reforma que queremos patrocinar e levar adiante”, prometeu o presidente no seu balanço de gestão em 2016. Porém, diferente do que pretendiam os revolucionários de 1817, a reforma em andamento foca mais na simplificação da legislação dos tributos do que na diminuição dos impostos ou na melhor partilha da arrecadação entre a União e os Estados. “A reforma de hoje significa tirar de um canto para colocar em outro. Isso sem perder arrecadação. É uma carga de País desenvolvido, mas com um retorno de serviços públicos muito baixo”, critica o professor do departamento de economia da UFPE, João Policarpo Lima. Para conseguir avanços no Pacto Federativo Luiz Otávio Cavalcanti avalia que há condições de reverter o quadro atual e sugere um caminho político. “Não estou defendendo a Confederação do Equador, mas defendo a Confederação do Nordeste. O que seria? Seria todos os Estados se unirem em torno de uma agenda comum, um projeto comum. Se a bancada nordestina é tão poderosa a ponto de eleger a mesa da Câmara ou de indicar ministros de Estado, por que a gente não se une programaticamente para promover mudanças?”     DEPENDÊNCIA Durante esses dois séculos, segundo Cavalcanti, o Nordeste manteve-se dependente. Primeiro em razão dos interesses lusitanos e atualmente com a política econômica do País, que beneficia a indústria paulista. Ele afirma que a legislação alfandegária do País prejudica Estados nordestinos, ao erigir uma barreira fiscal e tributária que dificulta a importação de bens produzidos no exterior. “Isso torna a região cativa dos produtos fabricados pela indústria paulista. Compramos assim produtos mais caros e de menor qualidade, em vez de termos acesso a bens produzidos na Europa e Estados Unidos. Então, o que existia na época era o colonialismo, o que existe hoje é o neocolonialismo interno”. É fácil compreender a comparação feita por Cavalcanti: a situação econômica  de Pernambuco se agravara com a seca de 1816 (veja matéria na página 18), que reduziu a produção de açúcar e algodão. Ao lado disso,  produtos pernambucanos passaram a conviver com a concorrência de outros países, com forte impacto na

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Oficinas gratuitas em inglês na UFPE

O Núcleo de Línguas UFPE (NucLi Isf) organiza nos próximos dias uma série de eventos que fazem parte da Semana Cultural de Língua Inglesa. De 22 a 24 deste mês, os professores do núcleo, junto com duas assistentes de língua inglesa, realizarão três oficinas de língua inglesa e cultura norte-americana. Serão oferecidos ainda o “Debate Days”, nos dias 28 e 29 deste mês, nos quais os professores e assistentes do núcleo guiarão os alunos para a construção de um diálogo sobre temas a serem definidos no momento do debate. Todos os eventos acontecerão no Centro de Artes e Comunicação (CAC), são gratuitos e abertos ao público. As oficinas serão majoritariamente ministradas em inglês, mas serão aceitos participantes que possuam qualquer nível de proficiência, de básico a avançado. Já nos debates, é necessário que os participantes possuam um nível maior de conhecimento do idioma, pois a interação será realizada totalmente em inglês. A quantidade de alunos participantes dos eventos dependerá da lotação dos miniauditórios do CAC. O Idiomas sem Fronteiras (Isf) isf.mec.gov.br é um programa do governo federal que tem por objetivo expandir o ensino de idiomas nas universidades brasileiras, bem como promover uma reestruturação da formação dos professores da área. As universidades operam o programa por meio de um NucLi, ofertando para a comunidade acadêmica (alunos e servidores) cursos on-line e presenciais e aplicação de provas de proficiência, tudo gratuitamente. Para mais informações: Programação Semana Cultural de Língua Inglesa De 22 a 24 de março, das 14h às 16h Quarta-feira: “Meet n' Greet the Gringas!” Quinta-feira: “How American Are you?” Sexta-feira: “College Life: US vs. Brazil” Local: Miniauditórios I e II - CAC (térreo) Debate Day 28 e 29 de março, das 13h às 15h Local: Miniauditório I - CAC (térreo)

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Algomais faz 11 anos com novo projeto gráfico e muitas novidades

A Algomais chega a seus 11 anos cheia de novidades. A começar por seu novo visual. Antenada com as atuais tendências do design e do jornalismo, a TGI, empresa responsável pela marca, estreou nesta edição comemorativa o moderno projeto gráfico da revista, elaborado pela renomada designer Neide Câmara. “Nosso intuito tem sido levar ao leitor informação de qualidade, de forma imparcial e defendendo os interesses de Pernambuco”, explica o sócio da TGI e diretor da Algomais Ricardo de Almeida. “Uma missão que realizamos sempre atentos às inovações e às recentes demandas do público. Por essa razão, decidimos repaginar a apresentação gráfica da revista”, justifica. E para executar mais esta modernização, Neide Câmara concebeu uma logomarca mais clean, simples e que segue as tendências contemporâneas do design. “Agora ela passa a ter apenas uma cor (antes eram duas que dividiam ao meio os vocábulos Algo e Mais). Dessa forma foi reforçada a ideia de uma única palavra. ” O mesmo estilo leve e elegante foi adotado no novo projeto gráfico, que torna a leitura ainda mais agradável. “O objetivo foi renovar a imagem gráfica de uma revista consagrada por sua qualidade editorial, dirigida tanto ao leitor maduro, bem-informado e formador de opinião, quanto ao público jovem e inteligente, acostumado a visuais modernos e sofisticados tão presentes nos filmes, jogos e anúncios internacionais”, explica a designer que também é professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A partir de fontes legíveis, páginas limpas e claras, introdução de uma paleta de cores definidas e de fotos que às vezes falam por si mesmas, o novo visual, como ressalta a designer “convida o indivíduo à leitura”. O compartilhamento com as várias mídias não foi esquecido. “A comunicação hoje é feita interagindo meios impresso e digital, levando o público à procura de mais informações através de diversas plataformas”, justifica Neide. Para aguçar essa integração, o leitor da Algomais vai encontrar no corpo de várias reportagens a indicação “veja mais”, mostrando a existência de conteúdo complementar no site www.revistaalgomais.com.br. “Dessa forma, o texto na revista fica mais breve e conciso, conseguindo atingir mais rapidamente a todos”, conclui a designer. Esta edição de aniversário brinda o leitor também com novas seções, que acompanham a velocidade das mudanças ocorridas no mundo empresarial e no trabalho. Carreira com Algomais traz dicas sobre como administrar a trajetória profissional e Perfil Corporativo, retrata uma empresa pernambucana que se destaca no mercado. Para manter o leitor atualizado sobre os impactos provocados pelas novas tecnologias no nosso cotidiano, Bruno Queiroz, presidente da Abradi-PE (Associação Brasileira dos Agentes Digitais) assina a coluna Vida Digital. O mundo tecnológico também vai estar entre as novidades do site da Algomais. A coluna Pernambuco Geek, produzida pelo jornalista Ivo Dantas, comenta o universo que cerca os aficionados por quadrinhos, jogos eletrônicos e filmes de ficção científica. E, falando em filmes, a coluna Cinema e Conversa, assinada pelo jornalista Wanderley Andrade, traz notícias, críticas, entrevistas e os filmes em cartaz. CONSELHO ESTRATÉGICO Na nova fase da Algomais, o compromisso com a “Terra dos Altos Coqueiros” é endossado. Um comprometimento firmado não apenas com reportagens analíticas sobre a realidade pernambucana, mas também com as ações do Conselho Estratégico Algomais – Pernambuco Desafiado. Esse fórum – composto por lideranças pernambucanas que fazem a diferença na cadeia produtiva do Estado e em movimentos sociais – tem o objetivo de refletir sobre os desafios do Estado. O Conselho já se reuniu em algumas oportunidades no ano passado, com a presença de autoridades relevantes –como o governador Paulo Câmara e quatro ministros pernambucanos (Bruno Araújo, Fernando Filho, Mendonça Filho e Raul Jungmman). Neste momento em que o País, de forma lenta e gradual, começa a sair de uma longa recessão, a Algomais resgata o projeto Empresas & Empresários para debater o tema: Pernambuco além da crise. “O projeto, que se desdobrará ao longo deste ano, vai investigar como as empresas estão superando a difícil conjuntura econômica e criando condições para chegar ao futuro”, detalha Ricardo. Também serão mapeados os gargalos dos setores e a necessidade de ações do Estado para aumentar a competitividade local e melhorar o ambiente de negócios. “Como conclusão desse trabalho, o projeto Empresas & Empresários vai reconhecer as empresas que se destacaram, conferindo a elas o Prêmio Quem Faz Algomais por Pernambuco”, informa o diretor da revista, acrescentando que a seleção dos homenageados contará com a participação dos conselheiros.

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Deputados têm até hoje para apresentar emendas à reforma da Previdência

Termina hoje (17) o prazo para que os deputados apresentem emendas à comissão especial que analisa a proposta de reforma da Previdência. O prazo, que havia terminado na última terça-feira (14), foi prorrogado até esta sexta (17), às 18h30, pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Maia reabriu o prazo depois de sucessivos pedidos de deputados que não conseguiram as 171 assinaturas de apoio às suas emendas. As propostas visam a alterar pontos específicos, suprimir ou modificar a totalidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, que trata do sistema previdenciário. Até o início da noite de ontem (16) foram apresentadas 151 emendas. O texto da reforma da Previdência fixa, entre outros pontos, a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e mulheres, com contribuição mínima de 25 anos, e estabelece regras de transição para o novo regime. Elas valerão para homens com idade acima de 50 anos e mulheres com mais de 45. Nesses casos, haverá um pedágio entre 40% e 50%, ou seja, terão de trabalhar por um período adicional para requerer o benefício pelas normas atuais. A maior parte das emendas tenta assegurar direitos previstos na legislação atual e que o texto encaminhado pelo governo pretende mudar. Entre os pontos que mais receberam emendas estão a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem, as aposentadorias especiais, como a de professores e pessoas com deficiência, as regras para a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), do não acúmulo de aposentadorias e a alteração na idade mínima para a concessão da aposentadoria rural. O relator da proposta na comissão, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), afirmou que para facilitar o trabalho dividirá as sugestões por assuntos. “E, a partir daí, começaremos a estabelecer uma conversa com a possibilidade de melhorar o texto”, acrescentou. (Agência Brasil)

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IBGE contratará 26,4 mil pessoas para Censo Agropecuário

O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão autorizou a contratação temporária de 26.440 profissionais para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fazer o Censo Agropecuário 2017. As contratações serão feitas por meio de processo seletivo simplificado, e a duração dos contratos será de até um ano, com possibilidade de prorrogação limitada a três anos. Serão 19.013 vagas para o posto de recenseador, 4.946 para agente censitário supervisor, 1.285 para agente censitário municipal, 381 para agente censitário administrativo, 375 para agente censitário regional, 266 para analista censitário e 174 para agente censitário de informática. O valor das remunerações ainda não foi definido. A portaria com a autorização foi publicada hoje (17) no Diário Oficial da União. (Agência Brasil)

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Apenas 22 municípios têm cobertura adequada contra o HPV

Apenas 22 cidades, o equivalente a 1% dos 5.570 municípios brasileiros, têm 80% ou mais das meninas de 9 a 14 anos com esquema vacinal do HPV completo, ou seja, que tomaram as duas doses necessárias para que fiquem imunes ao vírus. Os dados foram divulgados ontem (15) em entrevista coletiva conjunta dos ministérios da Saúde e Educação. Em números absolutos, isso significa que 5,5 milhões de meninas não estão completamente protegidas. Segundo o Ministério da Saúde, 92,4% das meninas tomaram a primeira dose e 55% a segunda, garantindo a imunização. Quando considerados os municípios, apenas 1% têm cobertura vacinal considerada adequada; 2.403 (43%) têm cobertura baixa, com 50% a 80% das meninas com o esquema completo; e 2.906 (52%) cobertura muito baixa, até 50% de meninas que tomaram as duas doses. "São 16 mil mulheres que têm câncer provocado por HPV, 5 mil mortes por ano por esses cânceres provocados por HPV. Portanto, a vacinação do HPV é fundamental para diminuir o impacto na saúde dos brasileiros", enfatizou o minsitro da Saúde, Ricardo Barros. De 2014 a 2016, 5,8 milhões de meninas de 9 a 14 anos foram imunizadas com as duas doses, o que equivale a 55% do total dessa faixa etária. A meta da pasta é chegar a 80%. Nas escolas Para reforçar a importância e tentar alcançar mais meninas, os ministérios da Saúde e da Educação reforçaram parceria e lançaram hoje campanha publicitária e de conscientização. Além disso, haverá vacinação nas escolas. Serão distribuídas 10,5 milhões de doses contra o HPV para vacinar 8,3 milhões de meninas e meninos – incluídos este ano no esquema de vacinação. As pastas têm parceria permanente pelo programa Saúde na Escola. Uma intensificação da campanha fez com que grande parte das meninas recebesse a primeira dose. Agora os ministérios querem reforçar o compromisso e ampliar também a aplicação da segunda dose. "A vacina só é efetiva se tem cobertura acima de 70% e se as duas doses são tomadas pelas meninas", reforça a coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações substituta, Ana Goretti Maranhão. A campanha será em escolas públicas e privadas. "Vamos mudar o enfoque. Levar essa vacina para aonde o adolescente está é fundamental para essa cobertura". A ampliação da cobertura para garotos este ano inclui meninos de 12 e 13 anos. A faixa etária será ampliada até 2020, quando chegará a meninos de 9 a 13 anos. A expectativa é imunizar mais de 3,6 milhões de meninos. Também serão imunizadas 99,5 mil crianças e jovens de 9 a 26 anos vivendo com HIV/aids, além de pessoas imunocomprometidas, transplantadas de órgãos ou medula óssea e pacientes oncológicos. A inclusão de meninos, segundo Ana Goretti, traz equidade. "Todos os estudos evidenciam que o HPV tem desfecho negativo não só nas meninas como nos meninos", diz. Meningite C O governo também decidiu conjugar esforços e ampliar a vacinação contra meningite C. Atualmente, são aplicadas duas doses: aos 3 e aos 5 meses de idade. Depois, um reforço aos 12 meses, podendo se estender até os 4 anos. Aos 12 e 13 anos, é aplicada uma dose de reforço. Como se trata da mesma faixa etária do HPV, será feito um esforço conjunto também para o reforço da vacinação contra meningite C. A meta é vacinar 80% da faixa etária. Ajuda de Youtuber A campanha publicitária do governo incluirá games – o jogo Detona Vírus estará disponível para iOS e Android a partir do dia 19 deste mês – webséries, cartazes, jingles, outdoors e conteúdos especiais para WhatsAppp e para as redes sociais do Ministério da Saúde, entre outras ações. As escolas receberão material informativo sobre as doenças e suas consequências, e serão enviadas cartas para professores, alunos e familiares alertando sobre a importância da vacinação. Outra estratégia adotada pela pasta será a contratação do youtuber Zangado, que tem um canal sobre games. Com mais de 3,5 milhões de seguidores, Zangado dará dicas de como passar de fase no jogo do ministério. (Agência Brasil)

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Projeto aprovado pelo Senado permite fechar farmácia que vende produto pirata

O plenário do Senado aprovou ontem (15) projeto de lei que permite que farmácias que vendam medicamentos falsificados sejam fechadas por tempo indeterminado. Atualmente, a lei prevê prazo máximo de 90 dias de interdição do estabelecimento ou suspensão da venda do item sob suspeita, período após o qual, se nada ficar comprovado, a farmácia pode ser reaberta. O projeto aprovado acaba com esse prazo máximo, permitindo que o estabelecimento fique fechado sem limite de prazo. O texto é originário do Senado e já passou pela Câmara dos Deputados, onde recebeu emenda para ampliar o escopo de produtos que podem levar à interdição da farmácia. Inicialmente, o texto previa apenas para casos de medicamentos falsificados, mas os deputados incluíram também cosméticos e itens de higiene pessoal. Os senadores optaram por não retomar o texto original por considerar que a modificação feita na Câmara não alterou o objetivo principal do projeto, que é o combate à pirataria. Assim, aprovaram em definitivou a matéria e ela seguirá agora para sanção presidencial. (Agência Brasil)

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O clichê do primeiro post

Chega a ser clichê o que se espera da primeira edição de uma coluna. O autor fala um pouco sobre ele, explica o motivo que o fez assinar este espaço, os assuntos que farão parte da rotina de tópicos discutidos ao longo da vida da coluna. Normalmente, fica para o final uma pequena amostra do que o leitor pode esperar. Consciente de que falar de um clichê é tão ordinário quanto o próprio, iniciemos pelo final. Todo Geek que se preze já leu alguma obra de Douglas Adams. Provavelmente, você já teve acesso a alguma edição da sua famosa série O Guia do Mochileiro das Galáxias. Se não, corra logo no seu Kindle ou em sua livraria favorita, sob a pena de perder a carteirinha de Geek por falsidade ideológica. Não à toa toda uma campanha criada há alguns anos definiu o Dia Nerd como o Dia da Toalha (se não entendeu, a resposta provavelmente está escondida em algum dos cantos do número 42). Gênio criativo que era, Douglas Adams trabalhou ainda como editor de roteiro da série britânica Doctor Who (conversaremos sobre ela em um futuro). Falecido em 2001, Douglas Adams representa um pouco do que nossa comunidade tanto ostenta. Personagens espertos, deslocados, temas complexos. Tudo isso destilado em um texto agradável, cheio de segundas intenções e ironias. Assim, não poderia deixar de estar presente nesta primeira coluna. Para os interessados em seus personagens, assistam à série Dirk Gently's Holistic Detective Agency, disponível no Netflix (veja trailer abaixo). Baseado em um livro de mesmo nome, o seriado já teve sua segunda temporada confirmada. Curiosamente, a obra original assinada por Douglas Adams data de 1987, ano de nascimento do autor desta coluna. E assim chegamos a mim. Meu nome é Ivo Henrique Dantas. Sou jornalista, geek nas horas vagas (e às vezes na minha profissão), mestre em comunicação e professor. Acho que você já percebeu o que poderá encontrar neste espaço. Todas as quartas-feiras, a gente vai conversar um pouco sobre livros, séries, filmes, jogos, tecnologia. Então, pegue sua toalha, e bem-vindo à Pernambuco Geek.    

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