Arquivos Notícias - Página 58 De 678 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Capacitação profissional para a consolidação dos negócios

Empregadores criam universidades corporativas e programas de desenvolvimento de liderança para aprimorar habilidades dos colaboradores À medida que as organizações reconhecem a necessidade de um aprendizado contínuo e personalizado para seus colaboradores, o treinamento corporativo e qualificação profissional se consolidam nos mais diversos setores empresariais como um diferencial sobre a concorrência. Com o objetivo de garantir a continuidade operacional, impulsionar a produtividade e a satisfação dos clientes, além de promover um ambiente de trabalho estável, as empresas pernambucanas têm se debruçado sobre projetos que, além de abrirem um leque de oportunidades de crescimento para as equipes, também asseguram uma força de trabalho mais preparada para os desafios. Diferenciando-se das instituições de ensino convencionais, as universidades corporativas desenvolvem programas e cursos personalizados, alinhados aos objetivos, desafios e cultura específica de cada empresa. Segundo um relatório recente divulgado pelo LinkedIn, intitulado "Aprendizagem no Local de Trabalho", 93% das empresas demonstram preocupação com a retenção de talentos. Além disso, a pesquisa indica que a adoção de atividades proativas contribui para a construção de uma cultura organizacional sólida e para a identificação de novos talentos em mercados cada vez mais competitivos. Teoria x prática“Essa crescente percepção empresarial mostra claramente a necessidade de uma troca maior com o mundo acadêmico. E o mundo acadêmico precisa estar mais conectado ao mercado de trabalho. A experiência teórica precisa se complementar com as necessidades práticas de cada perfil de negócio”, analisa Gustavo Delgado, coordenador dos cursos de gestão da UniFBV. Para preencher esta lacuna, Gustavo está em constante contato com empresas que buscam apoio para a execução de iniciativas focadas na qualificação customizada, de acordo com as necessidades de cada segmento, levando as empresas para dentro da universidade. Um dos caminhos para isto é a criação de grades específicas para o nicho das que buscam por orientação. “Junto a isso, alunos de cursos que se encaixem nos temas abordados participam e enriquecem seus conhecimentos. A ideia é gerar um ambiente de troca. O fato inegável é que a teoria fica muito aquém da prática e as empresas acabam tendo que preencher esta lacuna”, avalia o coordenador. MotivaçãoA proposta é clara: a capacitação personalizada fortalece a cultura empresarial, que gera funcionários engajados e motivados. Um exemplo de sucesso desta prática é da Locar Gestão de Resíduos, grupo com mais de quatro mil colaboradores, sediado em Recife e com filiais em diversas cidades do país e na Bolívia. A empresa lançou a sua Universidade Corporativa em dezembro, com o objetivo de capacitar todos os funcionários, independentemente do nível hierárquico ou área de atuação. A universidade da Locar oferece módulos abrangendo temas como educação financeira, planejamento e organização do trabalho e oratória. As ações incluem ainda cadernos de ativação com mensagens curtas e ilustrações para leituras rápidas e motivacionais, além de encontros quinzenais, promovendo palestras com assuntos que podem ser replicados no dia a dia. Em formato online, as explanações, voltadas para os gestores, ficam disponíveis a todos os funcionários, que podem acompanhar tudo pela plataforma da empresa. A trajetória dos gestores também é compartilhada com mensagens para estimular os colaboradores através das experiências vivenciadas pelas lideranças. “Não usamos modelos prontos. Tudo é elaborado por nós, em um projeto individualizado, pensado e planejado exclusivamente para a nossa equipe. Também usamos uma plataforma nossa, personalizada. Nossa meta é facilitar o acesso a novas oportunidades, com ferramentas que geram crescimento dentro do grupo”, resume Carolina Buarque, CEO da Locar Gestão de Resíduos, que abraçou a iniciativa e participa ativamente de todo o seu planejamento. Ainda de acordo com a executiva, cada módulo é pensado para chegar a todos os níveis hierárquicos e isso envolve desde os temas a serem abordados até a linguagem mais atrativa para cada setor. EngajamentoOutra empresa genuinamente pernambucana que investe no desenvolvimento de seus colaboradores é o Grupo Trino, especializado em logística, armazenamento e serviços há mais de 30 anos, por meio do Programa de Desenvolvimento de Liderança. O PDL é uma iniciativa criada para capacitar os colaboradores por meio de práticas estimulantes para o seu aperfeiçoamento. A ação conta com encontros mensais de equipes de lideranças, reunindo os funcionários do Recife e de outros estados em uma plataforma online. A cada ano, o Grupo modifica a metodologia de aprendizado e desenvolvimento dos temas abordados. "Um aspecto diferenciado que torna o projeto ainda mais eficaz é a participação ativa da diretoria. O envolvimento da gestão traz mais engajamento em uma metodologia que apresenta bons resultados há três anos e que prometem se repetir em 2024", destaca Cláudia Dowsley, diretora de Capital Humano do Trino. O Grupo também foca em iniciativas de capacitação para o aumento da participação feminina no seu quadro de colaboradores. Para elas, a iniciativa mais recente foi a segunda edição do curso de formação de Operadoras de Empilhadeira, realizado neste primeiro semestre, que selecionou 20 mulheres, que passaram por capacitação com direito a certificado de conclusão do curso. PadronizaçãoCom 15 unidades nas cinco regiões do Brasil, incluindo a localizada no Shopping RioMar, no bairro do Pina, o restaurante Pobre Juan também criou a sua metodologia de ensino própria através da Universidade Pobre Juan (UniPJ). A metodologia consiste na capacitação para os funcionários por meio de plataforma digital com temas relacionados à hospitalidade, gastronomia, processos internos e qualidade de vida. Além dos cursos online, o grupo também cria aulas de acordo com as necessidades das equipes, para a troca de experiências e conhecimento com especialistas presencialmente. “O projeto tem dado muito certo por dois motivos: ao mesmo tempo que a marca garante a padronização de seus treinamentos, também fomenta oportunidades de crescimento para seus colaboradores. Seu principal pilar é a constante busca por excelência” comenta Naiara Leal, head da equipe de Gente e Gestão do grupo.

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BNDES investe R$ 1,8 bilhão no projeto Sertão Vivo, no semiárido do Nordeste

O projeto da Associação Programa Um Milhão de Cisternas para o Semiárido (AP1MC) foi escolhido no edital de seleção pública do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para implementar a Unidade de Planejamento, Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem (PMEL) da iniciativa "Sertão Vivo". Com o potencial de beneficiar mais de 400 mil famílias em situação de vulnerabilidade social na região, o programa "Sertão Vivo" possui um investimento total de cerca de R$ 1,8 bilhão para os nove estados do Nordeste. Esse montante é composto por recursos reembolsáveis e não reembolsáveis do BNDES, do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e do Green Climate Fund (GCF). Segundo a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, o “Sertão Vivo” é inspirado na exitosa experiência brasileira de enfrentamento à pobreza rural e combate à fome. “Através da iniciativa, são realizados investimentos de acesso à água e de assistência técnica em unidades da agricultura familiar, para elevar a produtividade e a renda das comunidades e a resiliência às adversidades climáticas no bioma caatinga”, explicou. Sob a gestão da AP1MC, a unidade PMEL atuará de forma abrangente em toda a iniciativa "Sertão Vivo". O projeto concentra-se na gestão do conhecimento, aprendizado, monitoramento e realização de verificações regulares, visando promover a harmonização entre os projetos estaduais, ampliar sua abrangência e facilitar a troca de experiências entre os beneficiários finais, os agricultores familiares.

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Prefeitura do Recife recebe Selo de Cidade Inteligente

O Recife reafirma sua posição como uma das principais capitais da inovação no Brasil ao receber um Selo durante o Connected Smart Cities GovTech, evento que destaca soluções digitais para o setor público. A Prefeitura do Recife foi premiada nesta segunda-feira (29) em São Paulo (SP), em reconhecimento ao seu engajamento em diversas áreas avaliadas, incluindo ações autodeclaradas e desempenho nos Rankings anteriores do Connected Smart Cities. Além do prêmio, a equipe da prefeitura, através da Emprel, está presente no evento, apresentando os principais projetos de inovação aberta da cidade, acessíveis através da loja de soluções da Emprel. Durante o evento, houve participação em diversos painéis abordando temas como Inovação Aberta, Soluções em IoT para Cidades Inteligentes, Acessibilidade e Cidadania Digital, além de um painel da ANCITI sobre Cidades Inteligentes. Algumas das soluções apresentadas durante o evento incluem o Absens, Integra.aí, Vamoo, Supervisão, Saúde Conectada, Regulação da Saúde da Sua Cidade e Prontuário Eletrônico de Saúde, cada uma contribuindo para melhorar diversos aspectos da vida urbana e dos serviços públicos na cidade do Recife. Bernardo D’Almeida, diretor-presidente da Empresa Municipal de Informática do Recife (Emprel) “Estamos muito felizes por mais um reconhecimento que estamos recebendo. Todas as premiações são fruto de um trabalho em que muitas pessoas estão envolvidas e estão na linha de frente da transformação digital do Recife. O Gov Tech é um evento muito importante, nacionalmente, e vamos levar este selo com muita alegria e com a certeza que estamos no caminho certo na democratização e digitalização dos serviços públicos municipais, dando acesso ao cidadão recifense”. Connectoway conquista quatro Prêmios em evento internacional da Huawei no México A Connectoway, empresa do mercado de Telecom, conquistou quatro prêmios durante o Huawei Eco-Summit Latam, que ocorreu na última quinta (25), no México. Os prêmios conquistados foram: Optical partner of the year; Comercial market partner of the year; Distribution partner of the year; e VAP partner of the year. As premiações foram concedidas pela gigante de tecnologia Huawei, que reconhece o compromisso da Connectoway com a inovação, a excelência e a entrega de soluções excepcionais aos seus clientes.  O CEO da Connectoway, Carlos Cartaxo, e o head de telecom, Igor Campos, estiveram presentes na solenidade. Para Carlos Cartaxo, a premiação demonstra o compromisso da empresa em oferecer a melhor experiência ao cliente. “Estamos muito felizes e gratos pelo reconhecimento da nossa dedicação em oferecer serviços de alta performance ao cliente. Este prêmio não só valida o nosso compromisso com a excelência, mas também fortalece ainda mais a nossa parceria com a Huawei e reforça a nossa posição como referência no mercado de tecnologia”, enfatizou. EXPOISP Brasil - Olinda prevê movimentar R$ 50 milhões na área de internet e telecom A EXPOISP Brasil - Olinda 2024, feira de negócios do setor de ISP e Telecom, está celebrando sua 8ª edição. Organizado pela Start Produções e Eventos, e com a montagem a cargo da Evolution Promoções e Eventos, o evento contará com a participação de mais de cem expositores, que apresentarão ao mercado produtos, tendências e soluções de marcas tanto nacionais quanto internacionais. Com uma expectativa de público visitante de 15 mil pessoas, a EXPOISP Brasil - Olinda 2024 acontecerá entre os dias 8 e 10 de maio, no Pernambuco Centro de Convenções. Profissionais da área podem se inscrever gratuitamente através do site do evento.

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1964: Vozes dos cárceres, templos e do exterior contra a Ditadura em Pernambuco

Segunda reportagem da série Memórias do Golpe em Pernambuco registra movimentos de resistência durante a ditadura civil-militar, que completou 60 anos. *Por Rafael Dantas O Estado que viu seu governador deposto no Golpe de 1964, que chorou os primeiros assassinatos do novo regime e assistiu à primeira tortura pública na sua capital, também responderia aos ditadores com uma forte resistência. Da ruptura política até a reabertura, em 1985, em Pernambuco brotaram movimentos estudantis, nos presídios ou mesmo nas igrejas. A repressão castigava, retirava algumas lideranças de cena, mas não conseguia sufocar as críticas internas e do exterior. Os pernambucanos exilados também fizeram barulho no cenário internacional. O time de lideranças com atuação no Estado que firmaram posição contrária à ditadura civil-militar de 1964 incluía nomes como o ex-governador Miguel Arraes, o religioso Dom Helder Camara (ambos cearenses, mas com atuação em Pernambuco), o educador Paulo Freire, entre outros tantos intelectuais, militantes e políticos. O termo ditadura civil-militar tem sido empregado por estudiosos para ressaltar que o golpe teve participação e aderência de setores civis, como imprensa e mesmo a igreja e a classe empresarial no golpe. As críticas ao regime operavam nas brechas que a censura não conseguia calar, como nos comunicados internos da ala progressista da Igreja Católica, nas pichações que povoavam os prédios e viadutos do Recife, entre outros tantos ringues de batalha. “Ao longo da ditadura, o protagonismo da resistência foi mudando. No primeiro momento vemos a importância do movimento estudantil, que era muito atuante. Os trabalhadores urbanos e rurais também ganharam notoriedade internacional, com figuras como Gregório Bezerra, Francisco Julião e Paulo Freire. Há também os sindicalistas, militantes políticos e do movimento feminista pela anistia, além da Igreja Católica”, destacou o professor de história da UPE (Universidade de Pernambuco) Thiago Nunes Soares. MOVIMENTOS ESTUDANTIS ATIVOS O movimento estudantil pernambucano vivia um momento de grande efervescência no início dos anos 1960, quando foi duramente afetado pelo golpe. A intervenção nas direções das universidades e escolas secundárias, perseguições e a repressão policial às lideranças passaram a marcar esse novo período. Organizações como a Ares (Associação Recifense dos Estudantes Secundaristas) e a Ubes ( União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) passaram a ser permanentemente monitoradas pela força policial nos encontros e seminários que promoviam. O relatório da Comissão da Verdade Dom Helder Camara sobre os movimentos estudantis relata que: “As proibições de reuniões e de manifestações estudantis dentro das universidades chegaram a considerar conversas entre três pessoas nos corredores das escolas como ‘reunião’ e, nesse sentido, proibidas de acontecer. Os restaurantes universitários eram pontos de encontros importantes para o movimento estudantil e, por essa razão, eram permanentemente vigiados, sendo monitorados por funcionários da própria faculdade ou por policiais travestidos de estudantes à serviço da repressão, sempre na tentativa de localizar ‘estudantes considerados subversivos’, que vinham sendo procurados pela polícia, ou visando se antecipar às iniciativas de mobilização para a realização de quaisquer tipos de eventos ou manifestações públicas”. Após os primeiros momentos pós-ruptura de 1964, com as perseguições políticas e o fechamento de estruturas sociais de reivindicação, o então estudante secundarista Marcelo Mário Melo é convocado sigilosamente para ajudar a reorganizar a luta estudantil. Ele conta que os movimentos populares sofreram muito com a repressão nas universidades e escolas, que eram ambientes típicos para convocação e formação de novos quadros de militantes. “Não tínhamos nenhuma experiência de clandestinidade. Cada um vivia se escondendo, era um salve-se quem puder. Com o tempo, entre maio e junho, fui convocado para reunião com velhos dirigentes do PCB (Partido Comunista Brasileiro). Íamos de olho fechado, em um carro, para o encontro. Fiquei encarregado de reestruturar o partido na área do movimento secundarista”, afirmou Marcelo, que teve que adotar um nome falso e, a partir daí, pintar os cabelos de loiro e usar um bronzeador que deixava sua pele avermelhada. Toda essa atuação de reestruturar o movimento estudantil já era considerada ilegal desde 1964 pelas novas leis aprovadas pela ditadura, que foram ficando mais rígidas a cada ano. Apesar da repressão, o estudante lembra que nos primeiros anos da ditadura, o regime não conseguiu abafar completamente os esforços de organização popular. O relatório da Comissão da Verdade também afirmava isso, ressaltando que mesmo diante da repressão, o movimento comandado por organizações políticas clandestinas desenvolvia uma política eficaz de aproximação junto aos estudantes. “As mobilizações dos anos 1965, 1966, 1967 e 1968 envolveram várias reivindicações: aumento de vagas; absorção dos excedentes (alunos aprovados além do número de vagas oferecidas); melhoria dos restaurantes universitários (na qualidade e preço cobrado por refeição); democratização em todos os órgãos e instâncias universitárias (até então comandados pelos professores por meio das chamadas congregações e conselhos universitários); e a mais importante, a Reforma Universitária, bandeira antiga do movimento estudantil, agora retomada de modo mais incisivo face às investidas da ditadura no sentido da privatização das universidades públicas”, descreveu o relatório. Durante a ditadura não foram poucos os casos de prisões, desaparecimentos, torturas e assassinatos de estudantes. No período de 1968 a 1974 ocorreu um progressivo processo de desmantelamento do movimento estudantil devido à intensa repressão sobre suas lideranças e organizações representativas. A UNE (União Nacional dos Estudantes), já operando clandestinamente, organizou o Congresso de Ibiúna em 1968, resultando na prisão de numerosos líderes estudantis, incluindo toda a delegação de Pernambuco, composta por 30 estudantes das diversas instituições de ensino superior na região. Mesmo assim, a UNE permaneceu em operação no País durante todo o período ditatorial. O GRITO DOS PRESÍDIOS O militante Marcelo Mário Melo atuou nesse esforço de reorganização do movimento estudantil e do Comitê Regional do PCB e depois na formação do PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário) até ser encontrado no Rio Grande do Norte, em Nísia Floresta, e ser preso pela ditadura, já em 1971. Começava então um segundo campo de batalhas pelo qual ele atuou e que muitos outros pernambucanos deixaram suas marcas: os presídios. É difícil imaginar como pessoas encarceradas conseguiam incomodar o governo. Mas suas reivindicações, críticas e denúncias escapavam pelos ferrolhos que os prendiam.

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Edson Cedraz

"Acreditamos no mercado local e queremos participar da transformação do Centro do Recife"

Edson Cedraz, Sócio líder da Deloitte para o Nordeste, explica por que a empresa escolheu o Recife para instalar o seu segundo centro tecnológico, comenta a adesão ao programa Embarque Digital e analisa o ambiente de negócios no País e os impactos da reforma tributária e da inteligência artificial. Em 1917, a Deloitte chegava ao Bairro do Recife, junto com os ingleses que vieram para ampliar a malha ferroviária no Brasil. Em janeiro passado, 107 anos depois, a empresa retornou ao seu local de origem na capital pernambucana, instalando-se no Moinho Recife, no Porto Digital, realizando um verdadeiro upgrade ao abrigar na nova sede um centro tecnológico. Nessa sua trajetória de inovação durante mais de um século, hoje, além dos serviços tradicionais de consultoria empresarial, a empresa constrói soluções customizadas para os clientes com o uso de tecnologia. “Se a gente continuasse fazendo o que o Sr. Deloitte, fundador da empresa, fazia há 180 anos, não estaríamos aqui para contar a história”, ressalta Edson Cedraz, sócio líder da Deloitte para o Nordeste. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele explica os motivos que levaram a empresa ao escolher o Recife para sediar o centro tecnológico (é o segundo do País, o primeiro fica em Campinas) e a participar do projeto Embarque Digital, financiado pela Prefeitura do Recife e liderado pelo Porto Digital, que forma jovens de baixa renda para atuar na área de tecnologia. Edson Cedraz também analisa o atual ambiente de negócios no País e os impactos da inteligência artificial e da reforma tributária. A Deloitte está há quase dois séculos no mercado. A que se deve essa longevidade? Fundada em 1845, a Deloitte tem quase 180 anos de existência. Em relação ao faturamento, é a maior firma de serviços profissionais do mundo. Para se manter nesse ritmo, a Deloitte vem ajudando os clientes a superarem desafios que os novos tempos trazem. A empresa já nasceu inovadora pois praticamente criou a profissão de auditoria. Ao longo de todos esses anos, continuamos com o mesmo DNA inovador. Cinquenta por cento do que a Deloitte fatura no Brasil são serviços que não existiam anos atrás. Se a gente continuasse fazendo o que o Sr. Deloitte, fundador da empresa, fazia há 180 anos, não estaríamos aqui para contar a história. Então, metade do que produzimos é referente a demandas que provavelmente nossos clientes nem sabiam que tinham cinco anos atrás, pois o dinamismo dos negócios é muito mais acelerado hoje. Dessa forma, conseguimos manter nossa liderança e sobreviver nos próximos 180 anos ou mais daqui para frente. A Deloitte inaugurou recentemente um Centro de Tecnologia no Recife. É o segundo do Brasil e o primeiro do Nordeste. Fale um pouco desse novo espaço e por que o Recife foi escolhido para sediá-lo? A manutenção do nosso espírito de inovação passa por iniciativas como centros de tecnologia dedicados a prover serviço ao cliente, trazendo todo processo de pesquisa e desenvolvimento. Afinal, consultores só entram em cena quando o cliente precisa de algo novo. O Recife foi escolhido como segundo centro de tecnologia da Deloitte por alguns motivos, o primeiro deles é a conexão com todo o ecossistema que foi formado a partir do Porto Digital. Enxergamos aqui um celeiro de oportunidades para nos aproximarmos de empresas e startups bastante promissoras. O segundo motivo é o capital humano, a capacidade que a região tem de prover profissionais qualificados, pessoas que, além de conteúdo, bagagem e capacidade técnica, têm um engajamento muito maior do que em outras localidades. Além disso, acreditamos na região, a Deloitte está no Recife desde 1917, são 107 anos de presença física. A empresa não está aqui para se aventurar ou apenas para servir como ponto de apoio para atender clientes de fora. Estamos fortalecendo investimentos. Queremos contribuir com o desenvolvimento econômico local apoiando as empresas daqui, ajudando-as a prosperar. Acreditamos no mercado local e queremos participar do processo de transformação do tecido urbano do Centro do Recife, que é uma área próspera e estamos fazendo a nossa parte para requalificá-la. Outro motivo para escolhermos o Recife é a possibilidade de contribuir ativamente com impactos sociais. Há também a questão emocional, a Deloitte tem a oportunidade de se instalar no Centro da cidade, o mesmo local onde se instalou em 1917, quando desembarcou aqui junto com os ingleses que vieram ao Brasil para ampliar o número de ferrovias. Isso é uma questão emblemática, simbólica de voltar para as nossas origens. E está dando muito certo. Antes da pandemia, quando esse centro ainda não estava na pauta, tínhamos um terço da quantidade de profissionais que temos hoje. Nós triplicamos de tamanho e acreditamos que esse número irá crescer muito, dará saltos maiores em curto prazo. Estamos aqui para reforçar o compromisso que temos de, há 100 anos, investir e estar sempre presente. Agora a gente vai viver talvez o melhor momento dessa história com um aporte de investimentos e confiança para continuar contribuindo com a economia, com a sociedade e com as empresas locais. O senhor falou em capital humano e em contribuir socialmente com o Recife. A Deloitte participa de algum projeto social nesse sentido? Sim. Há um projeto de educação muito bonito, do qual a Deloitte faz parte, chamado Embarque Digital, financiado pela Prefeitura do Recife e liderado pelo Porto Digital. Nós compramos essa ideia, estamos totalmente dentro e trazendo para a Deloitte profissionais que foram formados nesse projeto. Grande parte deles vem da escola pública, tem origem humilde e fatalmente não teria chance de ingressar no mercado de trabalho numa área privilegiada, de alto nível profissional, se não fosse por esse programa. Quantos profissionais a Deloitte tem e quantos foram ou serão contratados no programa Embarque Digital? No Brasil, temos um pouco mais de sete mil profissionais, dos quais, cerca de 500 são da região Nordeste, onde há bases com 50 a 100 pessoas em Salvador e Fortaleza, mas o grande volume na região está no Recife devido ao Porto Digital, onde temos em torno de 400 profissionais. O

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Caixa Econômica leiloa mais de 50 imóveis na região Nordeste com descontos de até 50%

A Caixa Econômica Federal, em parceria com a Globo Leilões, está disponibilizando 226 imóveis com descontos de até 50% em todo o país, sendo 52 oportunidades localizadas na região Nordeste. Os interessados poderão acessar as ofertas a partir das 10h00 do dia 2 de maio, por meio do site https://globoleiloes.com.br/. Neste leilão, o pagamento deve ser feito à vista, embora em alguns casos seja possível utilizar o FGTS como parte do valor, sujeito a condições específicas para cada lote. Todos os imóveis estão livres de dívidas, proporcionando uma aquisição segura e transparente para os participantes. Nesta fase, os lances são ainda mais reduzidos e as condições se tornam mais flexíveis, ampliando as oportunidades para os interessados. Na região Nordeste, os imóveis disponíveis estão distribuídos em Alagoas (2), Bahia (3), Ceará (6), Paraíba (14), Pernambuco (13), Piauí (5), Rio Grande do Norte (7) e Sergipe (2). Entre as opções destacadas, uma casa em Itaberaba, BA, com 259,35 m², três quartos e quatro vagas de garagem, a partir de R$ 200 mil; um apartamento em Maceió, AL, com 71,75 m², dois quartos e lance inicial de R$ 64 mil; e um apartamento em Jaboatão dos Guararapes, PE, com 91,78 m², três quartos e valor de R$ 288 mil. "A oportunidade deste leilão abre caminho não só para investidores, mas também para aqueles que almejam realizar o sonho da casa própria por um preço mais convidativo", ressalta Joabe Balbino, leiloeiro da Globo Leilões.

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Serviços privados de educação e saúde terão imposto reduzido em 60%

(Da Agência Brasil) Com o objetivo de evitar aumento de preços após a reforma tributária, serviços privados de educação e de saúde terão o Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) reduzido em 60%. Atividades com cadeia produtiva curta, como serviços culturais, audiovisuais, jornalísticos e de eventos, também terão imposto reduzido na mesma intensidade, para não serem punidos com um aumento excessivo da carga tributária com o fim da cumulatividade (cobrança em cascata). As reduções constam do projeto de lei complementar que regulamenta a reforma tributária sobre o consumo, enviado ao Congresso na última quarta-feira (24). Embora a emenda constitucional promulgada no fim do ano passado estabelecesse os serviços gerais que teriam alíquota reduzida, a proposta do governo detalhou as atividades. Durante as discussões da reforma tributária, o governo e o Congresso concordaram que, por prestarem diretamente serviços aos consumidores e serem intensivos em mão de obra, o setor seria punido com a cobrança da alíquota cheia, que ficará em média em 26,5%. Isso resultaria em repasse elevado de preços aos consumidores. Um dos pilares da reforma tributária é o fim da cumulatividade, por meio da qual a empresa terá o abatimento dos tributos pagos sobre os insumos, o que evita a tributação múltipla de um mesmo bem ao longo da cadeia produtiva. Esse sistema, criado na França na década de 1960 e parcialmente em vigor no Brasil desde o fim da mesma década, beneficia a indústria, com cadeia produtiva longa, mas prejudica os serviços, com cadeia produtiva curta. No caso da prestação direta de serviços ao consumidor, que estão na ponta final da cadeia, o problema se agrava porque o abatimento de créditos tributários quase não ocorre. Dessa forma, a alíquota cheia de 26,5% será reduzida para 10,6%, reduzindo o impacto sobre o consumidor. A proposta do governo agora será discutida no Congresso nos próximos meses, com previsão de votação na Câmara até julho e até o fim do ano no Senado. Durante a tramitação, os parlamentares poderão incluir ou retirar serviços com redução de alíquotas. Confira os serviços de saúde e educação com alíquota reduzida: •     ensino infantil, inclusive creche e pré-escola; •     ensino fundamental; •     ensino médio; •     ensino técnico de nível médio; •     ensino para jovens e adultos destinado àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria; •     ensino superior, compreendendo os cursos e programas de graduação, pós-graduação, de extensão e cursos sequenciais; •     ensino de sistemas linguísticos de natureza visual-motora e de escrita tátil; •     ensino de línguas nativas de povos originários; •     educação especial destinada a portadores de deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, de modo isolado ou agregado a qualquer das etapas de educação; •     serviços cirúrgicos; •     serviços ginecológicos e obstétricos; •     serviços psiquiátricos; •     serviços prestados em unidades de terapia intensiva; •     serviços de atendimento de urgência; •     serviços hospitalares não classificados em subposições anteriores; •     serviços de clínica médica; •     serviços médicos especializados; •     serviços odontológicos; •     serviços de enfermagem; •     serviços de fisioterapia; •     serviços laboratoriais; •     serviços de diagnóstico por imagem; •     serviços de bancos de material biológico humano; •     serviços de ambulância; •     serviços de assistência ao parto e pós-parto; •     serviços de psicologia; •     serviços de vigilância sanitária; •     serviços de epidemiologia; •     serviços de vacinação; •     serviços de fonoaudiologia; •     serviços de nutrição; •     serviços de optometria; •     serviços de instrumentação cirúrgica; •     serviços de biomedicina; •     serviços farmacêuticos; •     serviços de cuidado e assistência a idosos e pessoas com deficiência em unidades de acolhimento. Confira os serviços de produções nacionais, artísticas, culturais, de eventos, jornalísticas a audiovisuais com alíquota reduzida: •     serviços de produção de programas de televisão, videoteipes e filmes; •     serviços de produção de programas de rádio; •     serviços de agências de notícias para jornais e periódicos; •     serviços de agências de notícias para mídia audiovisual; •     serviços de produção audiovisual, de apoio e relacionados não classificados em subposições anteriores; •     serviços de organização e promoção de atuações artísticas ao vivo; •     serviços de produção e apresentação de atuações artísticas ao vivo; •     serviços de atuação artística; •     serviços de autores, compositores, escultores, pintores e outros artistas, exceto os de atuação artística; •     serviços de museus; •     serviços de assistência e organização de convenções, feiras de negócios, exposições e outros eventos; •     licenciamento de direitos de obras literárias; •     licenciamento de direitos de autor de obras cinematográficas; •     licenciamento de direitos de autor de obras jornalísticas; •     licenciamento de direitos conexos de artistas intérpretes ou executantes em obras audiovisuais; •     licenciamento de direitos conexos de produtores de obras audiovisuais; •     licenciamento de direitos de obras audiovisuais destinadas à televisão; •     licenciamento de direitos de obras musicais e fonogramas; •     cessão temporária de direitos de obras literárias; •     cessão temporária de direitos de autor de obras cinematográficas; •     cessão temporária de direitos de autor de obras jornalísticas; •     cessão temporária de direitos conexos de artistas intérpretes ou executantes em obras audiovisuais; •     cessão temporária de direitos conexos de produtores de obras audiovisuais; •     cessão temporária de direitos de obras audiovisuais destinadas à televisão; •     cessão temporária de direitos de obras musicais e fonogramas.

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CESAR School oferece quase 2 mil vagas gratuitas em cursos de tecnologia

Estão abertas as inscrições para o FAST Aceleração de Carreiras, em que profissionais de inovação serão capacitados, e para o FAST Transição de Carreiras, que ajuda na mudança para o setor de tecnologia A oportunidade de se aprofundar em áreas altamente requisitadas pelo mercado de tecnologia, de maneira ágil e com instrutores experientes. E melhor: com cursos gratuitos e realizados na modalidade ao vivo, com aulas online transmitidas em tempo real. Em parceria com a Softex e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a CESAR School está com inscrições abertas para novas turmas do FAST, a Formação Acelerada em Soluções TechDesign. Ao todo, são 1.950 vagas disponíveis nesta edição. O programa tem o propósito de auxiliar profissionais de tecnologia a impulsionar suas carreiras ou realizar transições para estas áreas de inovação. Em um mercado em constante mudança e exigindo cada vez mais noções de tecnologia, a formação visa oferecer novas possibilidades a quem atua ou quer atuar no setor. As pessoas interessadas podem escolher entre duas opções: FAST Aceleração de Carreiras ou FAST Transição de Carreiras. “O FAST é uma oportunidade de se aprofundar nas áreas mais demandadas pelo mercado de tecnologia, de forma rápida e com profissionais que atuam no mercado. São aulas que trazem formação acelerada e que apresentam conteúdos focados na prática das habilidades e na construção de projetos reais”, afirma Rodrigo Cursino, head de Projetos e Soluções Educacionais e professor da CESAR School. As inscrições podem ser feitas até o próximo dia 6 de maio e, após esta etapa, há uma análise dos inscritos - os aprovados serão comunicados por e-mail. Ao final do FAST, os participantes estarão capacitados a atuar no mercado de trabalho, em uma área do conhecimento onde há demanda por profissionais de maior senioridade, aprofundar conhecimentos específicos nas principais tendências tecnológicas da atualidade, aplicar ferramentas efetivas de agilidade nos seus processos de trabalho, além de promover soluções inovadoras e inteligentes para problemas reais. ACELERAÇÃO Com carga horária de 72 horas, o curso habilita profissionais a acelerarem suas carreiras através de bootcamps, nas áreas de Front-End, Engenharia de Plataforma e Design de Produto. É focado no público com carreira iniciada nas áreas de TICs e Design, estudantes dos últimos anos ou recém-concluintes de instituições de ensino técnico e superior em cursos relacionados às trilhas. Serão três turmas ofertadas, com carga horária de 72 horas, na modalidade ao vivo, com aulas às segundas, quartas e quintas, das 19h às 22h. O início da primeira turma será no dia 13 de maio. TRANSIÇÃO O FAST Transição habilita profissionais a iniciarem a sua mudança de carreira para a área de cibersegurança, com o foco no desenvolvimento de conhecimentos necessários e fundamentais da área. O foco formativo é o desenvolvimento de hard e soft skills, a mentoria coletiva de carreira, a criação de portfólio e desafios práticos. Serão quatro turmas, com carga horária aproximada de 100 horas, também na modalidade ao vivo e com encontros às segundas, quartas e quintas, das 19h às 22h. As aulas da primeira turma começam também no dia 13 de maio. SERVIÇO Fast - Formação Acelerada em Soluções TechDesign Inscrições: até 6 de maio, no site cesar.school/fast Turmas: Fast Aceleração (3 turmas, carga horária de 72 horas) e Fast Transição (4 turmas, carga horária de 100 horas) Início das aulas: 13 de maio

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Mais de 24 milhões de pessoas deixaram de passar fome no país

(Da Agência Brasil) O número de pessoas com insegurança alimentar e nutricional grave no Brasil recuou de 33,1 milhões em 2022 para 8,7 milhões em 2023, passando de 15,5% da população para 4,1%, uma queda de 11,4 pontos percentuais.  Os dados de 2023 são do módulo Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já os números de 2022 foram colhidos pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan).  A pesquisa do IBGE foi realizada em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDA), usando como referencial metodológico a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), que permite a identificação e classificação dos domicílios de acordo com o nível de segurança alimentar de seus moradores.  Recorde De acordo com o ministro do MDA, Wellington Dias (foto), este é o segundo melhor resultado de toda a série da EBIA. "Sair de 15,5% da população em situação de fome para 4,1% em apenas um ano é recorde. Importante pontuar que, de 2019 a 2022, não deixaram o IBGE fazer o EBIA, mas o Brasil não ficou sem pesquisa. Os pesquisadores brasileiros, incluindo cientistas e técnicos de várias universidades e técnicos do próprio IBGE, foram a campo e fizeram pela Rede Penssan", disse o ministro à Agência Brasil.   Ele também lembrou que os dados apresentados são resultado do esforço do governo federal em retomar as políticas públicas de redução da fome e da pobreza. "No ano de 2023, tiramos dessa situação 24,4 milhões de pessoas que passaram a tomar café, almoçar e jantar todos os dias", assinalou.  Segundo o IBGE, em 2023 o país tinha 27,6% (ou 21,6 milhões) dos seus domicílios em situação de insegurança alimentar, sendo 18,2% (ou 14,3 milhões) com insegurança alimentar leve, 5,3% (ou 4,2 milhões) com insegurança alimentar moderada e 4,1% (ou 3,2 milhões) com insegurança alimentar grave.  Para a secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, os números indicam que - em um período curto - as políticas públicas de combate à fome e à pobreza foram muito efetivas. Ela lembra que o país passou por um período muito grande, a partir de 2016, de retrocesso de políticas públicas no setor.  “A gente comemora, mas nós sabemos que ainda tem muito trabalho pela frente, e vamos continuar fazendo para conseguir vencer a situação de fome e também garantir alimentação como direito, garantir segurança alimentar e nutricional para a população brasileira”, diz a secretária, que é responsável pelo plano Brasil Sem Fome.

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Cesta básica nacional terá 15 alimentos com imposto zerado

(Da Agência Brasil) Quinze alimentos in natura ou pouco industrializados vão compor a cesta básica nacional e pagar imposto zero, com a reforma tributária. O projeto de lei complementar que regulamenta o tema, enviado na noite desta quarta-feira (24) ao Congresso, trouxe ainda 14 produtos com alíquota reduzida em 60%. Na justificativa do projeto, o governo informou que se baseou nos alimentos in natura ou “minimamente processados” para definir a cesta básica nacional. O texto destacou que o governo seguiu as recomendações de alimentação saudável e nutricionalmente adequada do Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde. Embora tenha citado motivos de saúde, alguns alimentos com gordura saturada, como óleo de soja e manteiga, ou com substâncias que criam dependência, como o café, foram incluídos na cesta básica nacional. Nesse caso, a justificativa é a de que esses itens são essenciais na alimentação do brasileiro e já fazem parte da cesta básica tradicional. Confira a lista dos alimentos da cesta básica nacional: O governo propôs uma lista estendida de alimentos com alíquotas zero. Eles não estão na cesta básica nacional, mas também não pagarão a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) nem o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). São eles: Outros 14 tipos de alimentos tiveram alíquota reduzida em 60% no projeto de lei: O projeto também propôs alguns produtos de limpeza que pagarão alíquota reduzida em 60%. Segundo o governo, esses itens são bastante consumidos pela população de baixa renda: Em todos os casos, o governo optou por listas reduzidas, com prioridade para alimentos sadios ou o consumo pela população mais pobre. No início de abril, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) encaminhou um pedido ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para ampliar o conceito de cesta básica e incluir alguns itens de luxo. Os supermercados defendiam a isenção de impostos para itens como fígados gordos (foie gras), camarão, lagostas, ostras, queijos com mofo e cogumelos. Já itens como caviar, cerveja, vinho, champanhe e chocolate teriam redução de 60% na alíquota. Ultraprocessados Apesar da justificativa de preservar a saúde, em outro ponto do projeto de lei, o governo excluiu alimentos ultraprocessados do Imposto Seletivo, que incidirá sobre alimentos considerados prejudiciais à saúde. Apenas bebidas com adição de açúcar e conservantes sofrerão a incidência do imposto. Em março, um manifesto assinado por médicos como Drauzio Varella e Daniel Becker, além de personalidades como as chefs Bela Gil e Rita Lobo, pedia a inclusão dos produtos ultraprocessados no Imposto Seletivo. Intitulado “Manifesto por uma reforma tributária saudável”, o texto teve apoio de organizações como a Associação Brasileira de Nutrição (Asbran), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

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