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Duas cidades de PE se estruturam para concorrer a voos da Azul

Dois aeroportos no interior estão sendo estruturados com o objetivo de ampliar a malha aérea em Pernambuco. Garanhuns, no Agreste, e Serra Talhada, no Sertão, são as duas cidades que se preparam para receber voos da companhia Azul, que instalou recentemente um hub na capital. Mas, afinal, quais as chances dessas operações vingarem e qual o impacto delas para os municípios em que estão inseridos esses aeródromos? O primeiro passo para que esses municípios possam solicitar operações aéreas é ter seus aeroportos com a infraestrutura adequada. O Governo de Pernambuco anunciou que estão sendo investidos R$ 6,3 milhões para adequação da pista de Serra Talhada às normas exigidas pela Infraero. De acordo com o diretor de operações do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Silvano Carvalho, o projeto total de recuperação no município sertanejo, enviado para o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil está na ordem de R$ 40 milhões. Para Garanhuns, está sendo elaborado um projeto semelhante para ser enviado à Secretaria de Aviação Civil. "Essas cidades são polos regionais e têm o potencial de unificar o Estado e viabilizar o desenvolvimento no interior", diz. Quando concluído, o campo aéreo de Serra Talhada terá capacidade de atender o tráfego de aeronaves com até 33 toneladas (atualmente ele opera apenas com aviões de pequeno porte). Com essa nova estrutura, poderá receber os aviões ATR-2, operados pela Azul, que transportam até 68 passageiros. A pista de Serra Talhada deve ficar pronta no início de 2017, mas todas as obras (que incluem investimentos no terminal de passageiros, estande de bagagens e estação meteorológica) têm previsão de conclusão em um ano e meio. O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil apresentou recentemente o novo Programa de Aviação Regional ao Palácio do Planalto e aguarda decisão do presidente Michel Temer. Após a aprovação, o ministério divulgará quais são os 176 aeroportos que formarão a carteira de projetos para investimentos e, desses, quais serão priorizados para receberem recursos em 2017. Os demais receberão aportes de acordo com a disponibilidade orçamentária. Apesar de o ministério não informar as cidades que serão beneficiadas, numa publicação de agosto da Folha de S. Paulo o aeroporto de Serra Talhada foi listado entre os 53 projetos prioritários. Para o próximo ano, o Governo Federal fala em investimentos na ordem de R$ 300 milhões. Até 2020 o programa deve receber R$ 1,2 bilhão. Sobre os dois municípios pernambucanos, o ministério emitiu nota oficial para a redação da Revista Algomais. “Com relação aos aeroportos de Serra Talhada e Garanhuns, em Pernambuco, contemplados no Programa, informamos que os aeródromos encontram-se na fase de Estudo Preliminar onde são feitas as medições do terreno e o detalhamento do cenário escolhido durante a etapa do Estudo de Viabilidade Técnica. Mais detalhes sobre os projetos somente após a conclusão dos estudos e do Anteprojeto”. De acordo com o diretor de planejamento da Azul, Daniel Tkacz, a companhia não tem estudos concluídos sobre os municípios pernambucanos, nem pedidos de voos formalizados. “A Azul sempre estuda novas possibilidades de operação e Serra Talhada e Garanhuns são cidades com potencial, embora ainda não tenham infraestrutura adequada para receber voos comerciais. O mais provável seria definir uma cidade para operar no médio prazo, quando as condições do aeroporto permitirem”. De acordo com Tkacz, quando os aeródromos são liberados para receber voos comerciais, as empresas aéreas emitem solicitação para a Agência Nacional de Aviação Civil e, após a aprovação, podem montar a estrutura básica para operação (área de check-in, lojas para venda de passagens, estrutura para manutenção de aeronaves, contratação de prestadores de serviços). A empresa é a que dispõe da malha aérea mais abrangente do Brasil, com mais de 100 destinos domésticos. “Muitas das operações ligam cidades remotas aos grandes centros urbanos”, diz. No Nordeste, a Azul opera em cidades como Juazeiro do Norte (CE), Valença (BA), Paulo Afonso (BA) e Lençóis (BA). BENEFÍCIOS. Além de permitir o deslocamento rápido e com maior conforto para os moradores nas cidades interioranas, uma das expectativas dos municípios que sediam esses aeródromos é a geração de empregos. De acordo com o diretor da Azul, um único voo gera cerca de 12 empregos na empresa aérea e mais 40 vagas na administração do aeroporto, além de fomentar a oferta de serviços relacionados à operação, como alimentação, transporte, hospedagem. O segmento turístico será o primeiro beneficiado, em caso de confirmadas as operações, mas outras atividades com potencial locais têm chance de decolar, na análise do diretor de relações institucionais da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Airton Pereira. "A chegada de um voo representa possibilidade de incremento e ativação do turismo. Não apenas de lazer, mas também de negócios. E o setor se relaciona com outros 54, como transporte, manutenção, abastecimentos”, sinaliza. Ele destaca ainda que regiões que possuam produção com alto valor agregado podem ganhar competitividade com a possibilidade de escoamento via aérea, a exemplo das frutas para exportação no São Francisco. Para o economista e professor da Unicap, Valdeci Monteiro, a expansão do setor aéreo regional integra o processo de desconcentração econômica e expansão do capital nas cidades do interior. “Em que pese as dificuldades atuais vivenciadas pela economia pernambucana, é importante observar a tendência de crescimento do interior, em especial dos polos de desenvolvimento regional. No cenário pós-crise, eles devem voltar a crescer e a presença de uma infraestrutura de transporte aéreo pode ser um importante elemento de estímulo local e na definição, no âmbito estadual, de eixos de desenvolvimento regional". (Rafael Dantas)

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Quais as dores mais sentidas pelos brasileiros?

A segunda edição da pesquisa A Dor no Cotidiano, realizada pelo Ibope Conecta em parceria com Advil, mostrou as dores que os brasileiros mais sentem. Dos entrevistados, 78% dizem ter tido dor de cabeça pelo menos uma vez nos últimos três meses, 63% relatam dor nas costas e 61% afirmam ter sentido dores musculares em outras partes do corpo. Sendo que, em 2015, 65% disseram que a dor de cabeça foi a que sentiram com maior frequência nos três meses anteriores à pesquisa, 41% dor nas costas e 40% dores musculares. De acordo com o estudo de 2016, o estresse é o principal fator que desencadeia a dor de cabeça, enquanto dor nas costas e dores musculares estão relacionadas principalmente à má postura. Quando perguntadas sobre a dor que sentem com mais frequência, a campeã foi dor nas costas, que atrapalha a rotina de 64% dos entrevistados pelo menos uma vez por semana. Mas as dores musculares e a dor de cabeça vêm logo atrás, com relatos de 55% e 58% dos participantes, respectivamente. O médico reumatologista Silvio Figueira Antonio explica que o estresse emocional é um fator determinante para o início, manutenção e amplificação da dor. “Quando estamos estressados, nosso organismo libera substâncias que alteram os neurotransmissores, aumentando a sensibilidade à dor”, esclarece. “Normalmente, sob situação de esgotamento, acabamos descuidando da alimentação, temos dificuldade para dormir e podemos apresentar ansiedade. Todas essas questões contribuem para o aparecimento e a piora do quadro de dor”, destaca o presidente da Comissão de Coluna Vertebral da Sociedade Brasileira de Reumatologia e médico do Serviço de Reumatologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Segundo o especialista, de uma forma geral, a lombalgia é uma das queixas mais frequentes nos serviços de saúde. “Tanto o uso excessivo de computador e celular quanto o mobiliário inadequado no ambiente de trabalho contribuem muito para o surgimento das dores nas costas e musculares. O condicionamento físico adequado é outra questão fundamental para evitar o problema”, destaca Silvio Figueira Antonio. Mesmo assim, os participantes da pesquisa relatam que a dor de cabeça é a menos tolerada e a que mais prejudica a qualidade de vida. A principal atitude da maioria daqueles que têm dor de cabeça e não querem desistir de suas atividades é tomar um medicamento. O efeito mais procurado é alívio rápido para poder ter de volta o controle da sua rotina (78% das respostas), seguido por efeito prolongado. Como a dor impacta o dia a dia Mesmo quando a dor aparece, precisamos seguir em frente com nossas diversas atividades, seja no trabalho ou nos compromissos com a família ou com amigos. Isso nem sempre é fácil, já que apenas um quarto dos entrevistados da pesquisa A Dor no Cotidiano diz conseguir realizar todas as atividades da forma como gostaria quando está sentindo dor, independentemente se é uma dor de cabeça, nas costas ou muscular. Para 63% dos participantes, o sentimento desencadeado por esse sofrimento é irritação e mau humor. O especialista esclarece que a dor diminui nossa capacidade de trabalho e disposição para as atividades de lazer. “Quando sentimos dor, processamos as informações de forma mais lenta e temos dificuldade de seguir uma sequência de pensamentos, fazendo com que tenhamos pouca paciência”. Metodologia da pesquisa Conduzida pelo Ibope Conecta-I, a segunda edição da pesquisa A Dor no Cotidiano foi elaborada para entender quais situações mais desencadeiam a dor, quanto ela pode atrapalhar a rotina das pessoas e como os brasileiros lidam com ela. A pesquisa contemplou 1.500 entrevistas, realizadas pela internet com homens e mulheres, acima dos 16 anos, das classes ABC, em todo país, com base proporcional à da população de internautas do Brasil. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais.

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Margem do rio Capibaribe, no Derby, se transforma em Parque

Área no bairro do Derby, conhecida como Capunga, começa a ser transformada em parque às margens do Rio Capibaribe. Após a realização do Workshop Internacional de Prototipagem Urbana, o local conta com mobiliário, iluminação e sinalização. A população poderá desfrutar do espaço durante o evento "Ativação Capunga" nesta sexta-feira (21/10), das 19h às 22h, e sábado (22/10), das 9h às 22h. O acesso ao local é feito pela Rua Doutor Osvaldo Lima, Derby – Recife (PE). Será o momento de celebrar a transformação do espaço público, uma oportunidade de contemplar a bela paisagem do rio Capibaribe e da vegetação nativa e ainda realizar atividades de lazer, esportivas e culturais. Já estão confirmadas apresentações do Coco da Resistência e Duo Mundo Negro na sexta-feira (21/10). Uma praça de alimentação com foodtrucks e comércio ambulante de alimentos foi montada em frente ao edifício garagem da Uninassau. O convite é para que os cidadãos ativem as margens do rio Capibaribe com sua atividade favorita como, por exemplo, piquenique, jogos e brincadeiras ao ar livre. Artistas, grupos culturais e demais interessados podem integrar a programação. Para isso é necessário preencher o formulário http://bit.ly/AtivacaoCapunga para que as atividades possam ser divulgadas no evento no facebook. A iniciativa é realizada pelo INCITI, grupo da Universidade Federal de Pernambuco dedicado à pesquisa e inovação para as cidades, em parceria com a UNINASSAU, com apoio da Prefeitura do Recife, Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU/PE), Consulado Geral de França em Recife, Aliança Francesa e o Coletivo dos Vendedores de comida sobre rodas da Capunga. O Workshop Internacional de Prototipagem Urbana integra as ações do projeto Parque Capibaribe, desenvolvido pelo INCITI/UFPE, por meio de parceria com a Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife. Esta iniciativa objetiva a recuperação ambiental dos 30 km de margens do Rio Capibaribe, associada a um plano de urbanização e melhoria da qualidade dos espaços públicos existentes, além da implantação de novos ambientes. O projeto se articula em função de cinco estratégias de intervenções que se traduzem na necessidade de chegar, percorrer, atravessar, abraçar e ativar a ocupação consciente nas margens do Rio Capibaribe. Debate - No sábado (22/10), às 17h, haverá novo debate sobre a transformação do território, o público poderá fazer perguntas e compreender o processo de idealização e prototipagem urbana desenvolvido. A conversa contará com representantes do INCITI, Parque Capibaribe, Prefeitura do Recife, Uninassau, moradores e comerciantes da região e estudantes. Desde o dia 10 de outubro, estão sendo criados protótipos de iluminação, sinalização e mobiliário urbano. O workshop tem sido ministrado por renomados urbanistas, designers e coletivos do Brasil e estrangeiros: Da Sein (França), Dominik Vögele (Suíça), Piseagrama e Micropolis (Belo Horizonte), A Cidade Precisa de Você (São Paulo), Cajueiro (João Pessoa), L.O.U.Co, AtelierVivo, Diego Bís, FabLab e O Norte - Oficina de Criação (Recife), Coletivo Madeira (Olinda). Confira o que o que foi construído: Bancos com jardineiras: Bancos de pallets com jardineiras integradas feitas com cubas de inox para pias. São posicionadas na Rua Dr. Osvaldo Lima que dá acesso à margem do rio. Beira de Sabores: Uma praça de alimentação com bancos composta por várias formas de mobiliário urbano feito de palets e de madeira pinus. A infraestrutura de sombra e a iluminação foi integrada com tecidos e ligações entre os mobiliários. A Beira de Sabores conta com foodtrucks, trailers e vendedores ambulantes de alimentos, que antes ocupavam a Rua Dr. Osvaldo Lima. Boca de Jacaré: Um barracão de obra já existente no local foi transformado, paredes foram retiradas, foi instalada uma pérgola e feita uma pintura. O local terá uso versátil podendo servir de espaço para shows e pequenas apresentações artísticas ou apenas para encontros e bate-papo nas margens do rio. Em frente, uma arquibancada de pedra foi construída na beira do rio, possibilitando que as pessoas possam sentar próximas ao mangue e contemplar a paisagem. Baranguejo - Um balcão de bar foi construído para permitir aos vendedores ambulantes se instalar no local com mais comodidade. O mobiliário foi feito com tronco de eucaliptus e placas de madeira pinus. Os comerciantes de bebidas que antes ficavam na Praça João Pereira Borges se deslocam para área em frente ao rio. Gambiarras de luzes foram instaladas na área em frente ao mangue. Caminho da Capivara: área na margem do rio, frequentada por famílias de capivaras, ganhou esculturas elevadas com estruturas de ferro e madeira, que dão suporte a iluminação. Estruturas de concreto foram colocadas no chão evitando o estacionamento de carros. Dragão de 2 Cabeças ou Monstrinho: Brinquedo para as crianças construído com troncos de eucaliptos e tubos de concreto. Refúgio da Capunga: área para brincadeiras de crianças e bancos com pneus de carros que possibilitam descanso e contemplação do rio. Faro: É a entrada do Parque. Trecho da Rua Guilherme Pinto, em frente ao Bloco C da Uninassau e à Praça João Pereira Borges, foi interditada para a passagem de carros. O asfalto foi pintado transformando em mini-campo de futebol e área para jogos e brincadeiras. Serviço: Ativação Capunga Quando: Sexta-feira (21 de outubro), das 19h às 22h, e sábado (22 de outubro), das 9h às 22h. Acesso: Rua Doutor Osvaldo Lima, Derby – Recife (PE) – próximo ao edifício garagem e Bloco E da UNINASSAU Acesso gratuito

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Teatro infantojuvenil ganha leituras dramáticas e debate na Fiandeiros

O imaginário e a poesia do universo teatral com contornos de ludicidade. Esta é a proposta do projeto Dramaturgia, da Companhia Fiandeiros de Teatro, que em sua terceira edição aborda o tema Infância e Juventude e traz premiados e inéditos textos infantojuvenis. Serão três leituras dramáticas e um debate que acontecem entre os dias 28 e 30 de outubro, com direção assinada por cada um dos fundadores/diretores da Fiandeiros, André Filho, Manuel Carlos e Daniela Travassos. Toda a programação é gratuita e acontece no próprio Espaço Fiandeiros, na Rua da Matriz, 46, bairro da Boa Vista. Haverá tradução simultânea em Libras, a Língua Brasileira de Sinais, durante toda a programação. O Dramaturgia, que possui incentivo do Funcultura, já enfocou autores pernambucanos em sua primeira edição, em 2013. A seguinte, em 2015, trouxe clássicos da dramaturgia mundial - Shakespeare, Sófocles e Tchekhov. O projeto tem início no dia 28, às 19h, com a leitura de “Antes de ir ao baile”, de Vladimir Capella, direção de André Filho. No dia seguinte, 29, às 16h, acontece o Painel de Debates intitulado “Panorama do Teatro para Infância em Pernambuco”, com participação de Leidson Ferraz, Luiz Felipe Botelho e João Denys e mediação de André Filho. Logo depois, às 19h, leitura de “Um conto de Marias ou de Maria Flor”, de Raphael Gustavo, direção de Manuel Carlos. A programação termina no dia 30, às 17h, com apresentação de “O sonho de Ent”, de André Filho, direção de Daniela Travassos. O texto da estreia é de Vladimir Capella, autor paulistano, falecido em 2015, aos 63 anos. Expoente do teatro infantojuvenil brasileiro, escreveu e dirigiu produções que se transformaram em clássicos, como "Panos e lendas" (1978), "Como a lua (1984) e "Avoar" (1985). Recebeu mais de cem prêmios em sua carreira. Os outros dois textos foram o primeiro e o segundo lugar no 1º Prêmio Ariano Suassuna de Cultura Popular e Dramaturgia, lançado este ano pelo Governo do Estado. Ambos são inéditos. “Um conto de Marias ou de Maria Flor” é de autoria de Rafael Gustavo, natural do município de Vitória de Santo Antão. “O sonho de Ent” é assinado pelo dramaturgo André Filho, ator desde 1990, formado pelo curso de Formação de Atores da UFPE. Em 2003, foi um dos fundadores da Companhia Fiandeiros de Teatro, onde participa desde então da criação e realização de todos os espetáculos como diretor artístico, diretor musical, ator ou professor de teatro. É autor de “Outra vez, era uma vez...", "Noturnos" e "O prisioneiro do tempo". Nesta edição do “Dramaturgia”, o elenco que realizará as leituras é formado por atores profissionais, estudantes e ex-alunos da Fiandeiros, incluindo crianças, do curso de teatro para os pequenos da instituição. “São profissionais com estrada consolidada misturados a estudantes e pessoas que já estudaram na Fiandeiros. Acredito, então, que a grande sacada é promover este encontro entre os artistas. Para que os que estão em aprendizado, por exemplo, possam ter essa troca e ver como os atores mais experientes trabalham. É um verdadeiro intercâmbio de possibilidades, exercício e diálogo”, explica Daniela Travassos, coordenadora geral do projeto.

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Emenda destina R$ 300 milhões para revitalizar São Francisco

Uma emenda ao Projeto de Lei Orçamentária para 2017 no valor de R$ 300 milhões foi aprovada pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado Federal. O recurso, direcionado à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), é voltado a ações de recuperação e preservação da bacia do rio São Francisco. A proposta segue para deliberação na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) antes ir ao plenário na sessão conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados que aprova o conjunto global de emendas parlamentares ao Orçamento Geral da União para o próximo ano. A emenda destinada à Codevasf foi uma das quatro aprovadas pelo colegiado de senadores, e a de maior valor. No total, a CMA aprovou R$ 414 milhões; além da Codevasf, há destinações de recursos indicadas para o Ministério Público Federal (MPF), o Comando da Marinha e o Tribunal de Contas da União (TCU). O prazo para os deputados e senadores apresentarem emendas à proposta orçamentária de 2017 começou no dia 3 de outubro e prossegue até as 20 horas do dia 20. “Só se produz água plantando árvores nas nascentes e matas ciliares”, ressalta o senador baiano Otto Alencar, propositor da emenda e autor de diversas outras propostas de revitalização do São Francisco. “Lembro que a revitalização não é apenas desassorear o rio e nem seus afluentes, mas também preservar, plantar árvores nas nascentes e cercá-las para evitar que a atividade econômica, por meio da retirada das árvores e plantio da braquiária (capim), leve ao assoreamento dos rios”, acrescenta. A presidente da Codevasf, Kênia Marcelino, participou, nestas terça (18) e quarta (19), de reuniões no Congresso Nacional com o objetivo de assegurar mais recursos de emendas parlamentares no Orçamento Geral da União para que a Companhia possa reforçar as ações em benefício da população ribeirinha das bacias dos rios São Francisco, Parnaíba, Itapecuru e Mearim. Juntamente com a presidente, estiveram no Congresso os diretores de Revitalização das Bacias Hidrográficas, Inaldo Guerra; de Gestão dos Empreendimentos de Irrigação, Luís Napoleão Casado; de Desenvolvimento Integrado e Infraestrutura, Marco Aurélio Ayres Diniz; e os superintendentes da Codevasf Rodrigo Rodrigues (Minas Gerais); Aurivalter Cordeiro (Pernambuco); César Mandarino (Sergipe), e João Francisco Jones Fortes (Maranhão). Parlamentares e bancadas dos estados da área de atuação da Codevasf estiveram com a presidente. Nesta quarta, após reunião com o líder do governo na Câmara dos Deputados André Moura, na qual esteve presente também o superintendente regional da Codevasf em Sergipe, César Mandarino, a presidente da Companhia conversou no Congresso com prefeitos dos estados de Alagoas e Sergipe. Na ocasião, os gestores municipais puderam saber mais sobre a atuação da empresa em seus estados. “Acho uma iniciativa de grande importância [a Codevasf buscar recursos de emendas para realizar suas ações]. Nós, da bancada de Sergipe, elegemos duas prioridades para o orçamento impositivo deste ano. Uma foi para a Prefeitura de Aracaju e outra para a Codevasf – prova de que nós temos certeza da importâncias das ações que a Codevasf vai realizar”, avaliou o deputado André Moura. Kênia Marcelino apresentou aos parlamentares os principais programas e ações da Companhia para alocação de recursos de emendas, tanto individuais como de bancadas ou de comissões – entre eles o apoio a projetos de desenvolvimento sustentável local integrado, a reabilitação de projetos de irrigação, a implantação de obras de infraestrutura hídrica e a revitalização das bacias hidrográficas. “São diversas as ações que a Codevasf desenvolve, desde revitalização, passando por desenvolvimento regional com atividades como apicultura, ovinocaprinocultura e piscicultura, até obras estruturantes. Em Alagoas e Sergipe, por exemplo, nós temos centros integrados de recursos pesqueiros e aquicultura, que desenvolvem pesquisa, melhoramento das espécies, peixamentos e projetos de produção. O impacto disso na região é muito importante. Com nosso trabalho, precisamos realmente dar mais qualidade de vida a essas famílias da zona rural”, pontuou a presidente. Emendas ao orçamento Cada parlamentar pode apresentar até 25 emendas de execução obrigatória (impositivas), no valor global de R$ 15,3 milhões. As emendas contemplam demandas que chegam das bases eleitorais dos parlamentares e de grupos organizados que procuram interferir no projeto orçamentário. O valor das emendas por congressista equivale a 1,2% da receita corrente líquida (RCL) prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo. O percentual é determinado pela Constituição. Além dos 594 congressistas (513 deputados e 81 senadores), as comissões permanentes da Câmara dos Deputados, do Senado, do Congresso Nacional e as 27 bancadas parlamentares podem propor emenda ao orçamento do próximo ano, estas últimas direcionadas para projetos de interesses dos estados. Revitalização do São Francisco A Codevasf vem executando ações de revitalização na bacia do São Francisco para melhorar a oferta de água em qualidade e em quantidade do manancial. Desde 2007, diversas iniciativas são desenvolvidas para a preservação dessa bacia nos estados de Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Sergipe. As estratégias são realizadas em quatro eixos – sistemas de esgotamento sanitário, gestão de resíduos sólidos, controle de processos erosivos e sistemas de abastecimento de água – e já beneficiaram a população de 319 localidades nos cinco estados. Desenvolvimento A Codevasf, empresa pública vinculada ao Ministério da Integração Nacional, tem por missão promover o desenvolvimento e a revitalização das bacias dos rios São Francisco, Parnaíba, Itapecuru e Mearim com a utilização sustentável dos recursos naturais e estruturação de atividades produtivas para a inclusão econômica e social. As ações da Companhia beneficiam uma população de 26,7 milhões de pessoas, em 894 municípios, nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí e Sergipe e no Distrito Federal. A atuação da empresa abrange uma área de 1,09 milhão km² (13% do território nacional); desse total, 48% estão no semiárido. Na área da agricultura irrigada são 34 projetos públicos de irrigação no Vale do São Francisco sob responsabilidade da Codevasf, alguns deles implantados na década de 70. Em 2015, esses projetos alcançaram 3,5 milhões de toneladas de alimentos produzidas – frutas, em sua maior parte –,

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Senador cobra inclusão de Pernambuco no PPI

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) subiu à tribuna ontem (19) para protestar contra a exclusão de projetos de Pernambuco no Programa de Parceria de Investimentos (PPI), lançado em setembro pelo governo federal. Como explicou, os 34 projetos previstos no programa, que tratam de concessões em áreas como transporte, energia, saneamento e mineração, não incluem as demandas de seu estado. Como exemplo, o senador citou obras como o arco metropolitano, que visa integrar os polos industriais de Suape, do litoral norte e a oeste da capital, de forma a evitar que o tráfego de cargas passe por Recife. O parlamentar criticou ainda a redução de 22% dos recursos orçamentários previstos para investimentos em infraestrutura de transporte em seu estado, no próximo ano. — Como explicar a ausência de Pernambuco no programa de concessões do governo federal e uma queda tão significativa na dotação de recursos orçamentários, quando o governo de estado e a sua base parlamentar federal atuaram ativamente no processo de impeachment? — questionou. Para ele, houve deficit de articulação política do governo do estado e falta de um projeto estratégico para Pernambuco. No pronunciamento, o senador também alertou para as consequências da seca enfrentada por 70% dos municípios do estado e pediu a liberação de recursos para obras que ajudem a minimizar os problemas enfrentados pelos pernambucanos. (Agência Senado)

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Artista franco-brasileira Dulce Araujo realiza exposição no Recife

A artista digital franco-brasileira Dulce Araujo volta a expor no Recife com a mostra Regard Urbain, no Bogart Café, em Santo Amaro, na região central do Recife, com abertura nesta terça-feira (25). Na exposição, a artista, considerada uma das pioneiras na arte digital em Pernambuco, apresenta seus trabalhos que integram a série Autour de la Ville, em que suas graphiephotos revelam aspectos diferentes das paisagens urbanas. Desta vez, os personagens e as paisagens do metrô de Paris, cidade onde a artista mora há mais de 40 anos, são a principal matéria-prima das obras. No primeiro dia da exposição, a partir das 18h, serão exibidos quatro títulos de videoarte da artista. A mostra ficará em cartaz até o próximo dia 25 de novembro e a entrada é gratuita. A artista, que também é fotógrafa, intitula o formato de trabalho que estará na exposição de graphiephotos. “O resultado é uma união de artes visuais e digitais (graphie) à fotografia (photo). Há vários anos venho fazendo um trabalho sobre o lado urbano, não como fotojornalismo, mas com uma visão mais gráfica da cidade. Pictórica. O elemento banal transforma-se em arte”, explica Dulce. “As pessoas presentes numa graphiephoto nunca se encontraram e não estavam na mesma hora, no mesmo dia, nem na mesma estação de metrô. São parcelas íntimas e de solidão”, revela. O público poderá conferir na mostra as diversas visões de Dulce através de portas e janelas envidraçadas, de quando os vagões chegam e saem das estações do metrô parisiense. “Nas obras, utilizo entre mim e a personagem e a paisagem fotografadas um elemento integrante do meio de transporte utilizado. As janelas com suas sujeiras, riscos e reflexos que a urbanidade nos deixa como herança do cotidiano estão presentes. Procuro captar também a nitidez e a não nitidez. Como dizemos em francês, o ‘Le net et le flou’”, conta a artista. A exposição Regard Urbain, de Dulce Araujo, tem produção da produtora cultural Dulce Reis e montagem do designer Walton Ribeiro. A mostra ainda conta com o apoio do Grão Coletivo e do Bogart Café. Sobre a artista - Dulce Araujo nasceu no Recife, onde se formou na então Escola de Belas Artes. Após vários anos morando em Paris, tornou-se cidadã francesa. Na capital da França e também no Canadá, atuou como fotógrafa free lancer para a imprensa. Desde 1990, trabalha com arte digital, tendo o computador como suporte. As obras e fotografias de Dulce já foram expostas em mais de 10 países, como França, Estados Unidos, China e Portugal, entre exposições individuais e coletivas. No Brasil, suas obras já foram expostas nas feiras especializadas em arte contemporânea SP-Arte e Artigo Rio, entre outros locais. Durante um período de 10 anos, Dulce Araujo integrou o quadro de artistas da Dumaresq Galeria de Arte, onde realizou varias exposições individuais e coletivas. Ainda no Recife, a artista também expôs na galeria Massangana – da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Como fotógrafa, a artista participou diversas exposições, com destaque para a mostra coletiva Brésil des brésiliens, no Centre Georges Pompidou, em Paris.

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Financiamento de veículos volta a crescer em PE

Pernambuco fechou o terceiro trimestre do ano com 33.686 veículos financiados, queda de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com isso, o estado manteve a terceira posição no ranking de financiamentos de veículos no Nordeste. O levantamento é da Unidade de Financiamentos da Cetip, que opera o maior banco de dados privado de informações sobre financiamentos de veículos do país, o Sistema Nacional de Gravames (SNG). O estado manteve o segundo maior volume de financiamentos de automóveis leves, entre novos e usados, no Nordeste, com 25.137 unidades negociadas no terceiro trimestre, ficando atrás da Bahia. O resultado apontou uma queda de 11,4%, em relação ao mesmo período do ano passado. No terceiro trimestre também foram financiadas 7.199 motos, baixa de 28% na mesma base de comparação. Em setembro, o volume de financiamentos de veículos em Pernambuco somou 10.374 unidades, entre automóveis leves, motos e pesados. O resultado apresentou queda de 20,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. O Nordeste atingiu 199.034 veículos financiados no terceiro trimestre do ano, queda de 18,3% em relação ao mesmo período de 2015. A região manteve a liderança nos financiamentos de motos em todo o Brasil, ao somar 59.641 unidades negociadas entre julho e setembro. O total de veículos financiados no Brasil no terceiro trimestre de 2016 somaram 1.167.070 unidades, entre automóveis leves, motocicletas, pesados e outros, queda de 11,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Desse total, veículos novos somaram 431.698 unidades vendidas a crédito, enquanto os usados chegaram a 735.372.

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Cachaça gourmet ganha as mesas

No Estado da capital brasileira que mais consome uísque, a cachaça tem garantido, pouco a pouco, seu lugar de protagonismo nas mesas de bares e eventos mais sofisticados. Pernambuco é o segundo maior produtor da bebida destilada genuinamente brasileira e, desde 2008, ostenta seu valor como Patrimônio Cultural e Imaterial. No País, a cachaça ocupa o segundo lugar no ranking de bebida alcoólica mais consumida, perdendo apenas para a cerveja. Os dados são do Programa Brasileiro de Desenvolvimento da Aguardente de Cana, Caninha ou Cachaça (PBDA). Na obra Açúcar, publicada em 1939, o pernambucano Gilberto Freyre apresentou a cachaça como o maior “mata-fome” do Brasil, com o poder de fazer a população pobre esquecer a escassez de comida e voltar ao trabalho. Décadas depois, seu neto e também sociólogo Gilberto Freyre Neto, especialista na bebida, revela que mais de 800 milhões de litros de cachaça são gerados por ano no Brasil e o mercado tem se voltado cada vez mais à produção artesanal. "Nos últimos anos, a cachaça começou a concorrer fortemente com outros destilados, como vodca, uísque, conhaque. As empresas estão desenvolvendo produtos premium e extra premium, com um grande valor mercadológico", informa. Segundo Freyre Neto, além de investir na fabricação sofisticada, os produtores se especializaram no armazenamento (em barris de aço) e no envelhecimento (em barris de madeira) da bebida, etapas posteriores à destilação. "Ela pode ser guardada durante anos. É nessa fase que o produto adquire um diferencial, uma 'personalidade'", especifica. No País, há mais de 40 opções de madeiras para envelhecimento, a exemplo de umburana, bálsamo e castanheira. "Cada espécie imprime um grau de cor e sabor próprio. A sua coloração, por exemplo, pode variar de transparente ou prateada até uma cor âmbar bem escura", revela. "Essa diversidade tem surpreendido os que militam no campo da degustação da bebida", completa o especialista. Cada tipo de cachaça pode ser harmonizada com diferentes pratos. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento restringe a cachaça à denominação exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil, com graduação alcoólica de 38% a 48% em volume, obtida pela destilação do mosto fermentado de cana-de-açúcar. "Há uma diferença entre aguardente, que é simplesmente a bebida destilada proveniente da cana, e a cachaça. Esta segunda deve estar nos moldes exatos de produção, considerando-se indicativos de volume e temperatura por exemplo", explica Gilberto Freyre Neto. As cachaças podem se dividir, de maneira genérica, em dois tipos: artesanal e industrial. A bebida fabricada em maior escala, de maneira mecanizada, é conhecida como cachaça de "coluna", aludindo ao equipamento em que é destilada. Na elaboração do produto artesanal, a destilação acontece em alambiques de cobre, após o corte manual da cana, moendas simples e processos de fermentação natural. RESERVA ESPECIAL. A cachaça Vitoriosa, idealizada em 2013 para celebrar os 75 anos da Pitú, é um exemplo do recente investimento das cachaçarias em rótulos gourmet. "A bebida teve origem numa reserva dos fundadores da Pitú e era oferecida apenas a amigos e familiares em momentos especiais", revela o diretor comercial e de marketing da empresa, Alexandre Ferrer. De acordo com Ferrer, a ideia é produzir um produto diferenciado a partir de uma seleção rigorosa da matéria-prima até o processo de envelhecimento de no mínimo cinco anos em barril de carvalho francês. "Após essa fase, a cachaça é transferida para barris de carvalho americano com a finalidade de aprimorar sua qualidade sensorial. Ao final, é engarrafada artesanalmente com embalagens de design exclusivo. As garrafas são de cristal francês e as tampas, de cortiça portuguesa", detalha o diretor. A história da Reserva 51 também é muito mais antiga do que a data de seu lançamento, em 2009. "A bebida se manteve por um longo tempo em segredo. Depois de sete anos de pesquisa intensa, a versão Premium da marca 51 passou por um processo de aprimoramento. Foi desenvolvida uma linha exclusiva com cachaças envelhecidas em barris de carvalho americano com finalização especial em três diferentes tipos de barris, de acordo com cada edição: a Rara (vinho), a Única (carvalho) e a Singular (umburana)", explica o diretor comercial e de marketing da 51, Rodrigo Maia. Outra marca que segue o processo artesanal é a Quilombo, produzida em Chã Grande, no Agreste Pernambucano. Sua produção chega a envelhecer de um até seis anos em barris de carvalho. Adilênio Sukar Junior, proprietário da cachaçaria revela que o consumidor pernambucano está começando a entender o diferencial de uma cachaça especial. "Por ser artesanal, nosso produto não contém nenhum conservante", conta. Segundo ele, a empresa fabrica cerca de 5 mil litros por ano. A história da cachaça se confunde com a história do Brasil, desde a sua colonização. A chegada do português forasteiro, que trouxe consigo a plantação da cana-de-açúcar; o consumo dos escravos africanos e dos indígenas e a tradição mantida até hoje fez com que a bebida se tornasse símbolo importante da nossa cultura. Hoje, vem ganhando espaço no mercado mundial, podendo ser apreciada de várias formas, seja pura ou resfriada, misturada nos mais diversos drinques ou acompanhada de frutas, cafés e chás. (Por Maria Regina Jardim, Fotos: Diego Nóbrega)  

Cachaça gourmet ganha as mesas Read More »

10 anos do Balanço Empresarial em Pernambuco

Há uma década, Pernambuco vivia o último ano do Governo Jarbas Vasconcelos e elegia Eduardo Campos para o primeiro mandato. Um momento de transição econômica, quando o Estado começava a receber grandes investimentos industriais. Desde 2006, o consultor José Emílio Calado (JBG & Calado Gestão e Negócios) realiza o Balanço Empresarial, mapeando ativos, receitas e lucros das organizações com atuação local, que publicam suas demonstrações financeiras no Diário Oficial de Pernambuco. O resultado tem sido divulgado na Algomais e hoje (17/10) foi apresentado pelo pesquisador em evento no Mercure Recife Mar Hotel. Comemorando a marca, trazemos uma análise do que mudou neste período, quais segmentos surgiram na economia pernambucana e quais companhias se mantiveram no ranking das melhores. Duas empresas se sobressaíram na década, permanecendo nas três listas de 2006 para 2015. “Nesse período destaca-se o desempenho de Baterias Moura e Grupo Raymundo da Fonte pois ultrapassaram e muito os seus indicadores em todos esses três ranqueamentos”, constata Calado. No ranking que mapeia os 35 maiores ativos do Estado, a pesquisa indicou 10 empresas que melhoraram em relação ao ano de 2006 (já corrigidos o Índice Geral de Preços – Mercado), com destaque para Baterias Moura, que saltou de um ativo de R$ 358 milhões para R$ 1,59 bilhão da demonstração de 2015. Um crescimento de 344% na década. “O ativo representa as contas da organização, o imobilizado, os seus investimentos, estoques e contas a receber. É tudo aquilo que ela tem. É um indicador que reflete bem o que aconteceu na empresa”, aponta o consultor. PERFIL ECONÔMICO. Ao analisar os setores das 35 empresas que apareceram no ranking da década, é perceptível a mudança no perfil econômico do Estado. Há 10 anos, cinco empresas do ramo sucroalcooleiro despontavam na lista. Permaneceram apenas duas na lista atual, o que sinaliza a perda de competitividade no segmento. Por outro lado, o setor de energia dobrou o número de empresas no ranking, passando de quatro para oito representações. Entre os maiores ativos de Pernambuco, surgiram companhias dos segmentos de óleo e gás , cimento, naval, entretenimento, financeira, veículo, varejo, shopping, vidros, hotelaria, saúde, loteamento e infraestrutura. Na comparação entre as receitas, o estudo identificou que somando-se o volume das 35 empresas listadas no ranking, houve um crescimento de 81,8% acima do IGP-M. A Celpe, Via Sul, Baterias Moura, Raymundo da Fonte, Usina Central Olho D'água, Eurovia Veículos e a EBBA foram as únicas empresas que permaneceram na lista 10 anos depois do primeiro balanço. A análise do lucro líquido mostra que enquanto em 2006, o acumulado das 35 empresas resultou em um montante de R$ 1,52 bilhão, em 2015 o balanço alcançou a marca de R$ 2,47 bilhões. Um crescimento de 62%. Sete organizações permaneceram na lista dos maiores lucros do ano: Baterias Moura, Celpe, Raymundo da Fonte, Tecon Suape, Mercofricon, Usina Central Olho D’Água e Tramontina Delta. SEGMENTOS. Entre os setores que despontaram no ranking dos lucros, Calado identificou o surgimento de novos segmentos, conectados com as mudanças na matriz econômica pernambucana, como óleo e gás, naval, vidros e infraestrutura. Ancorado com o crescimento do consumo da década e com o avanço do varejo moderno em Pernambuco, o segmento de shoppings entrou também nessa lista, representado pelo RioMar e pelo Plaza Casa Forte. Empresas das áreas de saúde, loteamentos e cimento, que também passaram a ter representação nessa lista. Já na comparação entre os anos de 2014 e 2015, quando as empresas sofreram com a recessão econômica, alguns segmentos surpreenderam e aumentaram seus ativos, receitas e lucros. Das 35 empresas do ranking dos maiores ativos no ano passado, 26 delas apresentaram desempenho superior ao do ano de 2014. O Hipercard manteve a liderança e cresceu de R$ 8,4 bilhões para R$ 9,5 bilhões, em apenas um ano. “A Odebrecht Ambiental, o Vard Promar, a Petrogal e o Grupo Ser Educacional foram as empresas que mais investiram no ano da crise”, diz Calado. Mesmo num ano em que o PIB caiu 3,5%, o volume acumulado de ativo das 35 maiores empresas teve crescimento real de 0,8%. Após um período de vasto investimento no segundo setor do Estado, as indústrias são maioria na lista, ocupando 21 lugares. Os setores de energia (8 representantes) e óleo e gás (3) são outros destaques nesse ranking. CRESCIMENTO. Já a soma das 35 maiores receitas fecharam o balanço com um crescimento negativo de 6,5% em 2015. O volume caiu de R$ 33,9 bilhões para R$ 31,9 bilhões. “A maioria das empresas ranqueadas nos ativos (77%) também está na lista das maiores receitas líquidas, o que demonstra que os investimentos realizados estão também gerando grandes receitas”, avalia Calado. Apesar disso, algumas empresas exibiram boa performance no ano da crise. Citepe superou o desempenho anterior em 160%, Energética Suape em 126%, o Grupo Ser Educacional em 43% e Hospital Esperança, 35,5%. A representante do setor sucroalcooleiro, a Usina Olho D’água, apresentou avanço de 38% no indicador. Em volume, a Companhia Energética de Pernambuco foi a que liderou esse ranking, com receita na casa dos R$ 4,6 bilhão. Por outro lado, o Estaleiro Atlântico Sul foi a empresa que mais retraiu suas receitas em 2015, caindo de um faturamento de R$ 1,9 bilhão para R$ 599 milhões, o que resulta numa redução de 72%. Como um sintoma da queda da receita, o lucro líquido também foi menor em 2015. O montante das 35 maiores empresas de Pernambuco nesse indicador apresentaram um rendimento 6% inferior ao de 2014. A retração desse total foi de R$ 2,63 bilhões para R$ 2,47 bilhões. “Nesse recorte, 21 empresas estão ranqueadas no lucro líquido e receita líquida, o que demonstra consistência na gestão dessas organizações”, afirma o consultor. CARTÃO DE CRÉDITO. A liderança na lista dos maiores lucros em Pernambuco foi do Hipercard. No ano da crise, a empresa do setor de crédito registrou um rendimento de R$ 460 milhões. Mais que duas vezes em relação ao ano anterior, quando fechou com R$ 182,7 milhões (elevação de 154%). Em segundo lugar ficou a empresa

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