A Petrobras fechou o terceiro trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 6,6 bilhões, resultado mais de 2.300% superior aos R$ 266 milhões obtidos no mesmo período no ano passado. Assim, a estatal encerra os primeiros nove meses do ano com um lucro líquido de R$ 23,6 bilhões, crescimento de 371% em relação a igual período de 2017.
A Petrobras fechou o terceiro trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 6,6 bilhões, resultado mais de 2.300% superior aos R$ 266 milhões obtidos no mesmo período no ano passado. Assim, a estatal encerra os primeiros nove meses do ano com um lucro líquido de R$ 23,6 bilhões, crescimento de 371% em relação a igual período de 2017.
O resultado reflete maiores margens na comercialização de derivados no mercado interno e o aumento das exportações, além da alta do preço do barril do óleo no mercado externo e da depreciação do real frente ao dólar. Os números foram divulgados hoje (6) pelo presidente da empresa, Ivan Monteiro, e indicam que o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu o recorde histórico de R$ 85,7 bilhões, com margem de 33%.
Segundo a Petrobras, o resultado “decorre de maiores margens nas exportações e vendas de derivados no Brasil, impulsionadas pelo aumento do Brent [petróleo cru] e pela depreciação do real”. Além disso, contribuíram para esse resultado “o aumento nas vendas de diesel, a disciplina de controle de gastos e as menores despesas com juros, por conta da redução do endividamento”. Para Ivan Monteiro, o resultado só não foi ainda maior em razão de acordos firmados em setembro para encerramento das investigações iniciadas nos Estados Unidos, abrangendo R$ 3,5 bilhões, o que reduziu os riscos para a estatal.
Excluindo-se esses acordos, bem como os efeitos da Class Action (ação coletiva), o lucro líquido seria de R$ 10,3 bilhões no trimestre e R$ 28 bilhões no acumulado do ano.
“Nossos resultados financeiros comprovam que já estamos colhendo uma série de frutos decorrentes de nossa recuperação. É o terceiro trimestre seguido em que registramos lucro líquido”, disse o presidente da companhia.
A avaliação de Ivan Monteiro é que a empresa arrumou a casa. “A retomada do nosso crescimento é positiva não só para a Petrobras, como também para o país, uma vez que a empresa gera recursos para a sociedade por meio de tributos e participação nos lucros, contribuindo para o desenvolvimento do Brasil pela cadeia de valor do nosso negócio”, afirmou.
Endividamento
Outro ponto abordado pelo presidente da estatal como positivo envolve a redução contínua e segura do endividamento da empresa. Segundo os números divulgados, o endividamento líquido da companhia caiu 14% nos primeiros nove meses deste ano em relação a dezembro do ano passado, atingindo US$ 72,9 bilhões em setembro último, “o menor nível desde 2012”, disse Monteiro.
Com a queda do endividamento, a despesa com o pagamento de juros caiu de US$ 5,7 bilhões nos nove primeiros meses de 2017 para US$ 4,5 bilhões no mesmo período de 2018. Paralelamente à redução do endividamento, a gestão ativa da dívida possibilitou o alongamento do prazo médio para 9 anos, com taxa média dos financiamentos de 6,2%.
A relação entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado (geração de caixa) prosseguiu em queda, passando de 3,67 em dezembro de 2017 para 2,96 em setembro de 2018. Excluindo-se os recursos provisionados para o acordo de Class Action, a Petrobras apresentaria relação entre dívida líquida e Ebitda de 2,66, perto da meta anunciada no planejamento estratégico de reduzir para 2,5 vezes até o fim de 2018.
Melhor resultado
“Além de ter sido o melhor resultado da empresa desde 2011, se a gente excluir do resultado os dois acordos feitos no âmbito internacional com as autoridades americanas, o lucro líquido teria sido de R$ 28 bilhões e a dívida líquida de US$ 73 bilhões, mantendo a meta de ter um valor abaixo dos 70 bilhões dólares até o final de uma relação [dívida/geração de caixa] no menor nível desde dezembro de 2012”, ressaltou Monteiro.
O Balanço da Petrobras indica, ainda, que o Fluxo de Caixa Livre permaneceu positivo pelo décimo quarto trimestre consecutivo, totalizando R$ 37,5 bilhões no acumulado do ano devido ao aumento da geração operacional. Houve, ainda, maior realização de investimentos nos nove primeiros meses do ano, somando R$ 32,3 bilhões, total 10% superior ao mesmo período do ano anterior. E 89% foram destinados para a área de exploração e produção.
A Petrobras informou ainda que, nos primeiros nove meses do ano, gerou R$ 116,2 bilhões em tributos municipais, estaduais e federais, além das participações governamentais, e mais R$ 10,6 bilhões em participações nos lucros, atingindo R$ 126,8 bilhões.
Agência Brasil