Recife de olho no futuro

O impacto da crise foi muito forte do Recife, mas as expectativas para 2018 são de recuperação. O fechamento de vagas de formação profissional (voltadas ao ensino técnico) e o aumento da violência urbana são alguns fatores diretamente relacionados à contundente queda de 14 posições no ranking da competitividade da ONG Endeavor em 2016 e mais duas em 2017, ficando em 20º lugar. No entanto, o grande destaque do consultor Francisco Cunha para a capital pernambucana são os projetos de longo prazo que estão sendo desenvolvidos pelo poder municipal.

“A tendência é que o Recife se recupere no rastro do Brasil e de Pernambuco. Mas não podemos esquecer que estamos vivendo o aperto fiscal maior da história dos municípios do País. Isso tem um efeito direto sobre a capacidade de investimento do setor público”, afirma o consultor.

A qualidade de vida é outro fator de preocupação no Recife. De acordo com pesquisa do Ipea, a cidade aumentou o Índice de Vulnerabilidade Social, que é calculado a partir de três fatores: infraestrutura urbana; renda e trabalho; e capital humano. A cidade sofreu principalmente na avaliação da mobilidade, visto que a pesquisa identificou o aumento do tempo gasto nos deslocamentos urbanos. Outro fator apontado pelo estudo foi o aumento nas taxas de desocupação e de trabalho infantil, que triplicou entre 2011 e 2015.

De acordo com Francisco Cunha, um dos méritos da gestão municipal é a promoção de um planejamento de longo prazo. São nove projetos focados na próxima geração e não apenas no curto prazo, sendo os mais conhecidos pela população o Parque Capibaribe (a primeira etapa, com o Jardim do Baobá foi concluída. Foto ao lado) e o Recife 500 Anos. O consultor ressalta ser fundamental o apoio da sociedade organizada para que esse esforço de pensar a cidade no longo prazo não seja descontinuado. “O protagonismo da sociedade para desenhar um rumo consistente da cidade é muito importante”, defendeu. Ele ressalta que nos últimos anos surgiram grupos de bairros em Casa Forte, Graças, Setúbal, Casa Amarela, entre outros, e movimentos mais temáticos, como o Olhe pelo Recife – Cidadania a Pé e a Ameciclo que são cases de como a organização da população pode promover mudanças significativas de interesse público.

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