Sport volta a vencer, mas segue sem convencer

*Por Houldine Nascimento

No retorno de Claudinei Oliveira à Ilha do Retiro, deu Sport. O ex-técnico rubro-negro viu o Paraná, equipe que comanda desde sua saída do Leão, ser derrotada por 1 a 0. O gol foi marcado aos 14 minutos numa rara jogada inteligente do time pernambucano que se iniciou com Rogério pela esquerda. O atacante cruzou rasteiro, Andrigo fez o pivô e a bola sobrou para Gabriel chutar colocado.

O clube visitante, que teve chance clara de abrir o placar logo aos 5 minutos, marcou aos 23 em cabeçada de Grampola, mas a arbitragem erroneamente anulou o gol para desespero de Claudinei e seus comandados. Os volantes do Sport seguiam sem dar combate, o que permitia que o Paraná avançasse com liberdade, especialmente pela direita.

Aos 40, numa falha grotesta, Nonoca errou o passe e, junto com Fellipe Bastos, não conseguiu conter a arrancada de Alex Santana, que tocou para Carlos. Na “hora h”, o atacante paranista tentou dar um drible da vaca em Magrão ao invés de finalizar, para a sorte do Sport.

Mesmo numa fase tenebrosa, quase 14 mil rubro-negros compareceram à Ilha para empurrar o time da casa para a vitória diante do lanterna da Série A. O segundo tempo foi acompanhando com apreensão pelos torcedores leoninos. O visitante teve mais oportunidades de evitar o revés. A liberdade era tanta que o jogo parecia estar sendo disputado na Vila Capanema.

Apesar do desempenho pífio, o Sport voltou a ganhar após 11 partidas de jejum. Entre os ingredientes do triunfo, estiveram sorte, defesas providenciais de Magrão e ajuda involuntária da arbitragem. Não fosse o Paraná péssimo de finalização, ao menos o empate prevaleceria no fim.

A situação do Rubro-negro é tão dramática que a vitória não foi suficiente para tirá-lo da zona do rebaixamento. O resultado fez o Leão chegar aos 23 pontos, um a menos que o Vasco, primeiro time fora do Z-4. Mesmo vencendo, a sensação deixada é a de que Eduardo Baptista está distante de ajustar o Sport. O material humano que tem disponível aliado à desatenção dos jogadores faz pensar dessa maneira.

Se o rebaixamento vier, o que está posto em evidência é que o descenso não surgiu de ontem para hoje, mas vem sendo gestado há anos. De 2016 para cá, o Sport se livrou da queda nas últimas rodadas. No ano passado foi literalmente na última.

*Houldine Nascimento é jornalista

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