Arquivos água - Página 2 de 3 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

água

Codevasf investe em sistemas que aproveitam água salobra para produção de palma e sorgo em PE

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) tem trabalhado na implantação de Unidades Demonstrativas (UD) que aproveitam a água salobra de poços para irrigar cultivos de baixa demanda hídrica, como palma e sorgo. A ação é desenvolvida por meio de parceria com a Prefeitura Municipal de Petrolina (PE). A Codevasf implantará cinco sistemas completos nesses moldes na região. Outro sistema, localizado no Sítio Carretão, na zona rural de Petrolina, já está em funcionamento e a primeira colheita resultou em 12 toneladas de ensilado – a Codevasf ofereceu suporte à comunidade com tubulação e caixa d'água. A expectativa é que ao longo do ano, apenas no Sítio Carretão, sejam produzidas 57 toneladas de ensilado e cerca de 90 mil raquetes de palma. O montante produzido apenas nessa UD é suficiente para alimentar um rebanho de 100 cabeças de caprinos e/ou ovinos por até seis meses. A agricultora Francisca Roselita, de Sítio Carretão, conta que o sistema de irrigação instalado em seu sítio renova as esperanças de quem estava desanimado. "As chuvas desses primeiros meses deram uma alimentação para os nossos animais, por conta da própria vegetação. Mas, no segundo semestre, eles sempre perdem peso, e valor também. Com essa irrigação a gente vai garantir que a criação tenha boa alimentação e não perca peso durante os próximos meses do ano. Há de dar certo, a gente está muito esperançoso", comemora. De acordo com o engenheiro agrônomo da Codevasf Osnan Ferreira, os sistemas de irrigação serão implantados com o uso de poços que já foram perfurados e instalados pela Companhia, mas que possuem água com uma pequena salinização – o que a impede de ser usada para consumo humano. "Esses poços possuem características que nos permitem irrigar palma e sorgo com qualidade. Alguns deles apresentam vasão de até três mil litros por hora", explica. As UDs possuem ainda um valor ecológico. De acordo com o secretário-executivo de Desenvolvimento Rural e Irrigação de Petrolina, André Jackson de Holanda, a produção de forrageiras em áreas irrigadas evita que produtores degradem áreas para cultivar. "O viés ecológico dessa ação é bastante forte. Além de evitar a degradação de áreas maiores, também estamos plantando pés de umbuzeiro ao redor das áreas. No Sítio Carretão, por exemplo, foram 96 pés de umbuzeiro, que está em forte processo de extinção. Trata-se, portanto, do repovoamento de uma cultura símbolo do sertão nordestino", afirma. Para que o processo de implantação e produção do sorgo seja realizado da melhor maneira possível, as equipes da Codevasf e da prefeitura de Petrolina fornecerão capacitação para os produtores que receberem as UDs. "É preciso implantar e explicar a respeito de técnicas de manejo de solos, mostrar que é importante só irrigar à noite para diminuir a perda por evaporação. Estamos escrevendo uma proposta pedagógica para levar esse conhecimento até as escolas rurais, produzindo cartilhas, folders. É importante que esse conjunto de medidas seja adotada pelos produtores para que a ação alcance os melhores resultados possíveis", ressalta Holanda.

Codevasf investe em sistemas que aproveitam água salobra para produção de palma e sorgo em PE Read More »

Atividades econômicas consumiram 3,2 trilhões de metros cúbicos de água em 2015

A pesquisa Contas Econômicas Ambientais da Água (Ceaa), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que 3,2 milhões de hectômetros cúbicos (hm³) de água, o equivalente a 3,2 trilhões de metros cúbicos, foram retirados do meio ambiente pelas atividades econômicas e famílias para distribuição e uso próprio em 2015. Um hectômetro cúbico corresponde a um milhão de metros cúbicos, enquanto um metro cúbico representa mil litros. O estudo inédito foi feito em conjunto pelo IBGE, Ministério do Meio Ambiente e Agência Nacional de Águas (ANA), contou com apoio da Agência Internacional de Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável e segue metodologia da Organização das Nações Unidas (ONU). O levantamento mescla informações de fluxo físico e monetário do setor de água. O pesquisador responsável pelo levantamento no IBGE, economista Michel Lapip, ressaltou que as informações obtidas são fundamentais para a sociedade e para a elaboração de políticas públicas pelos governos. Salientou que poucos países, além do Brasil, já elaboraram suas contas econômicas da água. O total de recursos hídricos renováveis no Brasil, isto é, toda a água disponível na superfície do território, era de 6,2 trilhões de metros cúbicos em 2015. Por habitante, isso equivale a 30,3 mil caixas d'água de mil litros. Em 2013, o total de recursos hídricos era de 7,4 trilhões de m³ e, em 2014, de 7,6 trilhões de m³. A atividade econômica que mais contribuiu em 2015 para o volume total de água retirada foi eletricidade e gás, com participação de 97,3%, em função da operação das hidrelétricas brasileiras. Michel Lapip destacou, entretanto, que esse setor se caracteriza pelo uso não consuntivo, em que a água é retirada de um rio e retorna na mesma qualidade e quantidade. “O consumo dele é ínfimo”, afirmou à Agência Brasil. Excluindo a atividade de eletricidade e gás e as águas das chuvas que passam pelas redes pluviais, o retorno global de água para o meio ambiente alcançou 27 mil hm³, sendo que 25,6% desse retorno ocorreram por meio dos sistemas de esgoto e 74,4% foram lançados diretamente no meio ambiente. Consumo de água atinge 30,6 bilhões de metros cúbicos em 2015 Já o consumo total de água, correspondente ao volume de água utilizada menos a água que volta para o meio ambiente, somou 30,6 bilhões de metros cúbicos em 2015, o que significa que empresas e famílias consomem apenas 0,5% dos recursos hídricos. As atividades econômicas que apresentaram maior consumo de água foram agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (77,6%); indústrias de transformação e construção (11,3%); água e esgoto (7,4%). O uso de água das famílias per capita, isto é, por pessoa, em 2015, foi de 108,4 litros por dia. Em 2013, atingiu 111 litros/dia e, em 2014, 114 litros diários. A pesquisa revela, ainda, que 68% da água do abastecimento correspondem às famílias e 32% a atividades econômicas. As famílias pagaram 58,7% dessa água de distribuição em 2015, ficando os restantes 41,3% de gastos para as atividades econômicas. Lapip destacou que a maior parte da água que chega na atividade econômica não vem do setor de abastecimento. “Ela capta direto. Então, ela não é paga para o setor de abastecimento”. Em relação à vazão de esgoto enviado, 78,6% são destinados às famílias e 21,4% às atividades econômicas. Do mesmo modo que ocorre com os gastos com a água de distribuição, as famílias ficam com o maior percentual de gastos com serviços de esgoto (58,8%), enquanto as atividades econômicas arcam com 41,2%. Valor da produção de água de distribuição e serviços de esgoto atinge R$ 42,5 bilhões O valor da produção de água de distribuição e serviços de esgoto somou R$ 42,5 bilhões em 2015, sendo que a água de distribuição respondeu por 67,2% do total. O custo médio por volume de água e esgoto da economia foi de R$ 2,49 por metro cúbico. O custo de água de abastecimento por volume de uso de água tratada fornecida foi maior para as atividades econômicas (R$ 3,52 por metro cúbico) em 2015 do que para as famílias (R$ 2,35 o metro cúbico). O pesquisador do IBGE explicou, também, que o custo é menor para as famílias porque a estrutura tarifária do país beneficia mais o uso da água para abastecimento humano do que para meios produtivos, devido a questões como sobrevivência. Em relação ao custo com serviços de esgoto por volume de águas residuais fornecidas à rede de esgoto, a diferença é ainda mais acentuada. Enquanto o custo para as atividades econômicas alcança R$ 4,01 por metro cúbico, para as famílias é de R$ 1,56 por metro cúbico. Segundo a pesquisa do IBGE, em 2015 a atividade econômica água e esgoto correspondeu a 0,5% do valor adicionado bruto total da economia. Lapip observou que, quanto menor for esse indicador, “melhor para o setor, para a economia, para a sociedade, para nós todos. Quer dizer que preciso de menos litros de água para gerar R$ 1 de valor adicionado ou de riqueza agregada”. Para a atividade de agricultura, pecuária, pesca, aqüicultura e produção florestal, o indicador de intensidade hídrica de consumo foi de 91,58 litros para gerar R$ 1 de valor adicionado; para as indústrias de transformação, 3,72 litros por real; para indústrias extrativas, 2,54 litros por R$ 1; e o indicador de eletricidade e gás foi 1,18 litro por real. Para a economia como um todo, foi necessário gastar seis litros de água para cada R$ 1 de valor adicionado bruto. Já o indicador de eficiência hídrica, que mostra quanta riqueza foi gerada para cada metro cúbico de água consumido pela economia, apresentou média de R$ 169 por metro cúbico. Segundo o IBGE, isso quer dizer que para cada mil litros de água que consome, a economia brasileira gera R$ 169. Entre as atividades, para cada mil litros de água consumidos pela agricultura, foram gerados R$ 11 de riqueza em 2015. O setor de eletricidade e gás gerou R$ 846 para cada metro cúbico consumido; as indústrias de transformação, R$ 269 por m³, e as

Atividades econômicas consumiram 3,2 trilhões de metros cúbicos de água em 2015 Read More »

Atividades de Educação Ambiental movimentarão a Semana da Água

Encenações teatrais e contação de histórias, teatro ambiental, exibição de vídeo, aula prática em uma Unidade de Conservação, soltura de animais silvestres, oficina para produção de mudas, jogos e atividades de Educação Ambiental (EA), aula-passeio com estudantes no Catamarã e uma trilha nas margens do Rio Una. Estas são algumas das atividades que serão realizadas nesta semana, de segunda (19) a sábado (24), no Recife e mais quatro municípios da Região Metropolitana, além de Barreiros, na Mata Sul, dentro de uma programação dedicada à Semana da Água. Para o secretário Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Carlos Cavalcanti, “as ações de sensibilização envolvendo estudantes, gestores públicos, ONGs e a sociedade em geral ressaltam o compromisso do Governo do Estado em cuidar do recurso natural mais precioso que temos no planeta: a água. Um exemplo disto é a construção da nossa Política Estadual de Educação Ambiental, que está sendo elaborada de forma participativa, envolvendo todas as regiões de desenvolvimento, do litoral ao sertão”, ressaltou. A programação será desenvolvida em conjunto pela Semas, Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e Parque Estadual Dois Irmãos (PEDI). Focadas no uso responsável dos recursos ambientais, as atividades serão realizadas em parceria com prefeituras municipais, por meio das redes de ensino. “Os eventos são diversificados para atender a diferentes públicos. Buscamos promover espaços de diálogos e de promoção de informações, inclusive sobre nossas ações de fiscalização, monitoramento e licenciamento na área de recursos hídricos”, destacou o presidente da CPRH, Eduardo Elvino. Este ano, a Semana da Água também marcará o lançamento do livro “Quem vai salvar o rio?”, da CPRH, e dos projetos Chuá – com ações de Educação Ambiental no município de Moreno, viabilizado por meio de um Termo de Compromisso assinado pela Ondunorte com a CPRH –, e O Sertão Vai Virar Mar, com produção de material audiovisual que resgata tradições culturais e folclóricas de regiões por onde passa o Rio São Francisco. Haverá, ainda, um seminário para a construção da Política de Educação Ambiental de Pernambuco e o início da nova edição do projeto Água no Meu Caminho, voltado para a comunidade escolar e que terá seu fechamento em junho, no Mês do Meio Ambiente. SEMANA DA ÁGUA – PROGRAMAÇÃO SEGUNDA (19/03) 8h30 – Seminário para construção da Política de Educação Ambiental de Pernambuco (PEAPE) Local – Fundação Joaquim Nabuco – Avenida 17 de Agosto, 2187 – Casa Forte, Recife 14h30 – Lançamento do Projeto Chuá, com lançamento do livro “Água! E eu com isso?”; narração da história “Quem vai salvar o rio?” e a atividade Pescaria Pesque e Pense (jogo de Educação Ambiental) Local – Auditório da Escola Estadual Dom Jaime - Moreno TERÇA (20/03) 9h30 – Projeto Chuá - “Quem vai salvar o rio?” e Pescaria Pesque e Pense Local – Escola Municipal Jornalista Édson Régis – Moreno 14h30 – Projeto Chuá - “Quem vai salvar o rio?” e Pescaria Pesque e Pense Local – Escola Estadual Sofrônio Portela – Moreno QUARTA (21/03) 9h – Reunião do Conselho Gestor da Esec Caetés e plantio de mudas da Mata Atlântica Local – Fábrica Frisabor – Av. Doutor Rinaldo de Pinho Alves, 60 – Paratibe - Paulista 9h30 – Projeto Chuá - “Quem vai salvar o rio?” e Pescaria Pesque e Pense Local – Colégio Municipal Baltazar Moreno – Moreno 10h30 e 16h30 – Preservar para não ficar só na memória: jogo com temática sobre água (atividade com alunos) Local – Colégio Estadual Dom Bosco – Casa Amarela - Recife 13h – V Conferência Infantojuvenil de Meio Ambiente, da EREM Professor Arnaldo Carneiro Leão – Palestrantes: Andreza Félix (CPRH), Francisco Machado, Amélia Tavares, Mozart Machado, Roberto Cavalcanti (EREM) e Severino Ramos (líder comunitário). Local – Faculdade Joaquim Nabuco (Bloco B) – Paulista 14h - Projeto Chuá - “Quem vai salvar o rio?” e soltura de animais silvestres Local – Escola Municipal Engenho Jardim – Moreno QUINTA (22/03) 9h30 – Projeto Chuá - “Água! E eu com isso?” Local – Escola Estadual Artur Mendonça - Moreno 10h – Projeto Chuá – “Quem vai salvar o rio?” - Água e pontes do rio Capibaribe – aula-passeio no Catamarã, com adolescentes atendidos pela Organização do Auxílio Fraterno (OAF) – Recife 10h – Lançamentos da mostra Água no Meu Caminho e do projeto O Sertão Vai Virar Mar – exposição fotográfica e mostra cultural Local – Espaço Cultural SinsPire – Rua da Guia, nº 234 – Praça do Arsenal – Recife 10h – Aula-prática – Aprendendo sobre Recursos Hídricos em uma Unidade de Conservação – com alunos do 4º Ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Maria Augusta Dutra, de Jaboatão dos Guararapes. Local: Sede do Refúgio de Vida Silvestre Matas do Gurjaú, no Cabo de Santo Agostinho 15h – Oficina de mudas Local - Espaço Cultural SinsPire – Rua da Guia, nº 234 – Praça do Arsenal – Recife 16h - Exibição do Curta O Sertão Vai Virar Mar * Local - Espaço Cultural SinsPire – Rua da Guia, nº 234 – Praça do Arsenal – Recife (* de 22 a 31 de março) SEXTA (23/03) 9h às 12h – Preservar para não ficar só na memória: jogo com temática sobre água Local: Espaço Ciência – Olinda 10h – Projeto Chuá – Palestra sobre rios de Pernambuco – monitoramento, fiscalização e licenciamento – Palestrantes: Sonali Pereira, Graça Cruz, Rodrigo Martins – Diretoria de Controle de Fontes Poluidoras/CPRH Local – Moreno SÁBADO (24/03) 14h – Preservar para não ficar só na memória: jogo com temática sobre água e trilha nas margens do Rio Una, nas imediações da Reserva Eduardo Campos, em Barreiros. (Governo do Estado de Pernambuco)

Atividades de Educação Ambiental movimentarão a Semana da Água Read More »

Após crescimento no auge da crise, inadimplência com contas de água e luz recua no país

A crise econômica dos últimos anos fez com que muitas famílias brasileiras deixassem de pagar não apenas prestações de compras realizadas no comércio e faturas do cartão de crédito, mas também atrasassem o pagamento de serviços básicos da casa, como contas de água, luz e gás de cozinha. Passado o auge da crise, no entanto, o volume de atrasos com esse tipo de compromisso começa a recuar. Dados detalhados por setor do Indicador de Inadimplência apurado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram que no último mês de fevereiro, o volume de atrasos com essas contas caiu -4,25% na comparação com o mesmo período do ano passado. Ao final de 2017, ano que marcou o início da retomada econômica, o número total dessas pendências recuou -4,32%. Com exceção do ano passado, desde 2014 o volume de atrasos com as contas de água e luz vinham crescendo ano após ano. Em 2014, a alta fora de 7,74%, seguida de 4,79% em 2015 e uma expansão ainda maior em 2016, com alta de 13,62% na quantidade de atrasos. “Gradativamente, a economia brasileira começa a melhorar e os números menores da inadimplência com serviços básicos é um reflexo positivo desse cenário. No entanto, o impacto sobre a inadimplência de maneira geral ainda é tímido e isso ocorre porque o retorno aos níveis de renda e emprego que tínhamos em uma fase anterior à crise ainda demandará mais algum tempo e esforço”, pondera a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Para o SPC Brasil, apesar do recuo do número de atrasos com contas básicas, o estoque de inadimplentes no país ainda é elevado e rompe a marca dos 61,7 milhões de pessoas com o CPF restrito. Do total de pendências registradas nos cadastros de devedores, aproximadamente 8% são devidas ao setor de Água e Luz. Além do impacto da crise nas finanças do brasileiro, o crescimento expressivo desses atrasos nos últimos anos estimulou as companhias dos setores de água e luz a utilizarem a negativação de CPFs como forma de acelerar o recebimento atrasado antes de realizarem o corte no fornecimento. Dívidas em atraso com água e luz são mais frequentes entre pessoas acima de 30 anos e no Nordeste Os dados por gênero do indicador mostram que do total de pendências com serviços básicos de água e luz, 52% estão em nome de mulheres e 48% no nome de homens. Quanto a faixa etária, a proporção de devedores aumenta conforme a idade: do total de inadimplentes com idade superior a 30 anos, 10% deles devem para companhias de água e luz, ao passo que esse percentual cai para apenas 3% entre os de 18 a 29 anos. Outro dado é que o Nordeste é a região que apresenta a maior proporção de dívidas em atraso com contas de água em luz: em fevereiro de 2018, o número chegou a 14% nessa região. Em seguida, aparece o Norte (9%); o Centro-Oeste (7%); o Sudeste (7%) e o Sul (2%).

Após crescimento no auge da crise, inadimplência com contas de água e luz recua no país Read More »

Pernambuco investe em tecnologia para melhoria dos sistemas de abastecimento de água

Bastante difundida em diversos setores da indústria, a automação ainda é um recurso pouco presente no saneamento brasileiro. Mas não em Pernambuco. Até o final de 2018, o Governo Paulo Câmara fará com que a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) tenha 60% de suas unidades operacionais de água automatizadas. O Programa de Automação (PROAUT) está inserido no planejamento estratégico da empresa e já possibilitou a automação de 450 unidades, como Estações Elevatórias (bombeamento), Estação de Tratamento de Água, captações (em rios e barragens), reservatórios e poços. E está em andamento o processo de automação de outras 300 unidades, somente na Região Metropolitana do Recife e no município de Goiana, na Zona da Mata Norte, no qual o investimento é de R$ 30 milhões. Os recursos são viabilizados pelo Governo Paulo Câmara, por meio de financiamentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e CAIXA. Hoje, a Compesa é uma das quatro companhias do país que mais avançou na aplicação de recursos de automação em sistemas de abastecimento de água. O PROAUT é uma iniciativa inédita na área do saneamento do Brasil e prevê investimentos em automação no valor de R$ 210 milhões com a execução de 37 projetos até o ano 2020, dentre os quais R$ 90 milhões já foram investidos. “Trata-se de um grande programa de investimentos em tecnologia, cuja meta é tornar o nosso sistema mais eficiente, melhorando a continuidade do abastecimento e oferecendo um serviço mais satisfatório para a população. O nosso objetivo é chegar a 750 unidades automatizadas até o final do próximo ano”, informou o presidente da companhia, Roberto Tavares, acrescentando que outros benefícios com o programa são a redução de perdas e de custos operacionais. Com a automação, os sistemas de abastecimento são modernizados e funcionam de forma autônoma com a supervisão, o controle e o comando realizados de forma remota pelos Centros de Controle Operacionais (CCOs). Equipamentos inteligentes são aplicados nas unidades operacionais para fazer o controle do acionamento de bombas e válvulas, e ainda coletar as informações mais relevantes dos sistemas de abastecimento - medição de níveis de reservatórios, vazões e pressões nas tubulações, níveis de qualidade da água e consumo de energia elétrica. Hoje, a Compesa conta com um Centro de Controle Operacional no Recife, que supervisiona e controla os sistemas da RMR, e com cinco centros regionais localizados em Paudalho, Caruaru, Belo Jardim, Ouricuri e Petrolina. Os sistemas produtores de água de Pirapama, Tapacurá e Suape, situados na RMR, além dos sistemas adutores do Oeste, Jucazinho, Belo Jardim, Siriji e Afrânio/Dormentes, situados no interior do estado, já contam com unidades automatizadas e interligadas aos Centros de Controle.

Pernambuco investe em tecnologia para melhoria dos sistemas de abastecimento de água Read More »

A importância da água na cerveja (por Rivaldo Neto)

Nos áureos tempos em que aqui no Recife se comercializava a deliciosa “Antarctica de Olinda”, sempre ouvia dos mais velhos a seguinte frase: A diferença é a água. Naquele tempo o mercado de cervejas era muito restrito, se resumia em duas marcas apenas, ou era Antactica ou era a Brahma. A Antactica tinha uma tradicional e uma chamada Pilsen Extra, assim consequentemente a Brahma , uma igualmente tradicional e a Brahma Extra, todas duas com grande aceitação na época, mas lembro muito bem das colorações e sabores quem nem de longe parecem com as que hoje tomamos desses mesmos rótulos, com exceção da Pilsen Extra, da Antactica, que não existe mais, infelizmente. Vez por outra surgia uma “Malt 90” da vida, e como disse um amigo meu recentemente, quando lembramos dela solto um: “ Era levinha!” Mas logo saíam do mercado e eram substituídas por outros rótulos, digamos, mais comerciais pra época. Então saindo do saudosismo e voltando ao assunto da questão da água na cerveja. Podemos afirmar que é o principal ingrediente, já que sem ela, não poderíamos produzi-la. Começando que a cerveja é composta por 90% a 95% de água. Na produção comercial, para cada 1 litro de cerveja produzida, são utilizados cerca de 20 litros de água. Não tudo usado nos tanques, mas em seu processo de produção em geral, como por exemplo, na limpeza e pasteurização, somente para citar alguns processos. Bom que se diga que os estilos das cervejas estão intimamente ligadas com as propriedades da água utilizada no processo de fabricação. Os íons dos elementos químicos que fazem parte das composição da água reagem entre si com os demais insumos presentes na fabricação da cerveja, modelando as características que se queira atingir ou não. Vamos adiante para esclarecer melhor: Saiba que a água é classificada conforme a quantidade de sais minerais que ela possui e definida assim: - 0 – 50 ppm: água “mole” - 51 – 110 ppm: agua “média” - 111 – 200 ppm: água “dura” - 201 ppm em diante: água “super dura E é justamente esses minerais que determinam alguns estilos de cerveja, justamente reagindo com os insumos como citado acima. Sulfato: Principal responsável em intensificar o amargor do lúpulo, deixando-o mais seco. Pode deixar um sabor adstringente que é aquele que causa a contração das mucosas da boca, que ocorre quando algum alimento tem uma elevada quantidade de tanino. Isso acontece quando há ingestão de frutas verdes, por exemplo. Cálcio: É o que determina o que chamamos de “dureza” da água, influi no sabor e na clareza do líquido e tem uma efeito acidificante. Magnésio: Também responsável pela “dureza” da água. É a principal fonte de nutrientes das leveduras da cerveja. Se presente em grande quantidade, produz um amargor intenso. Bicarbonato: Grande dominante da composição química das fontes usadas na fabricação, por pertencer a família dos carbonatos. Cloreto: Dá o “start” na acentuação da doçura do malte. E não de deve ter mais de 250 ppm, ultrapassando esse valor pode impactar no “trabalho” das leveduras e estragar a cerveja. Sódio: Também ajuda na doçura do malte, não podendo ultrapassar 150 ppm, pois faz com que o líquido fique salgado no final do processo de produção. Importante dizer também que antigamente a qualidade da água era determinante para produzir alguns estilos de cerveja. Porém, hoje em dia, isso não faz mais sentido. A tecnologia é capaz de ajustar corretamente as propriedades da água para cerveja, dependendo de como o cervejeiro quer a água e qual estilo quer chegar.   MUNDO CERVEJEIRO Devassa parte na frente Depois de um ano de tantas mudanças, a Cervejaria Devassa, que faz parte do portfólio da Brasil Kirin, encerra 2016 com uma novidade que promete agitar os cervejeiros. Com inspiração numa tendência que tem ganhado cada vez mais força fora do Brasil, a marca agora lançará o Growler 2 Go, um recipiente de cerâmica, que se assemelha a um galão de vinho, feito especialmente para o armazenamento de chopp. Com esta novidade, Devassa pretende colaborar ainda mais com a disseminação da cultura cervejeira no país e possibilitar uma experiência muito além do bar. Disponível em todas as franquias da marca a desde do dia 20 de dezembro, a garrafa armazena até 2 litros de chopp e possui tampa de pressão, que evita a perda de gás carbônico, conservando frescor, sabor e qualidade por até dois dias. O lançamento traz a liberdade de se tomar um chopp de qualidade, fresquinho, na reunião com os amigos ou em casa. O Growler 2 Go permite também que o sabor da bebida seja apreciado com mais calma, tornando a experiência ainda mais agradável. “Hoje em dia as pessoas estão buscando cada vez mais levar as experiências para dentro de casa e com o Growler 2 Go sabemos que podemos oferecer exatamente isso para os nossos consumidores. Agora eles vão poder levar para casa o chopp Devassa e usufruir quando quiser e da forma mais fresca possível”, afirmou Jussara Calife, gerente de marketing de Devassa. Para garantir a qualidade do chopp, toda vez que o Growler 2 Go for reutilizado, ele receberá uma tag com informações sobre qual data e qual estilo foi envasado. O consumidor poderá escolher entre as 5 opções de chopes especiais da casa, todos puro malte: Loura Tropical Lager, Ruiva Tropical Red Ale, Negra Tropical Dark Ale, Sarará Tropical Weiss e Índia Tropical IPA, cuidadosamente tirados com creme, que ajudará na conservação do líquido. O valor do Growler 2 Go poderá variar de acordo com a região. *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas

A importância da água na cerveja (por Rivaldo Neto) Read More »

Investimentos para garantir água em Pernambuco crescem 245%

O Ministério da Integração Nacional ampliou em 245% a média mensal de repasses financeiros para a Adutora do Agreste, em Pernambuco, desde o início do governo do presidente Michel Temer. Só entre os meses de junho e dezembro do ano passado, os investimentos federais em uma das maiores obras hídricas em execução no Brasil somaram R$ 113,2 milhões. Entre janeiro a maio, R$ 23,4 milhões foram destinados ao governo estadual, executor das obras. O último repasse da União, no valor de R$ 42 milhões, foi depositado na conta do estado na última semana de dezembro, cumprindo a decisão de antecipar R$ 230 milhões para obras de combate aos efeitos da seca em estados do Nordeste. A ampliação de recursos e o novo ritmo das obras vão possibilitar, segundo o estado de Pernambuco, a chegada da água do rio São Francisco no município de Toritama em maio deste ano e, em setembro, Capibaribe. Quatro mil empregos diretos e indiretos serão criados em canteiros de obras na região. A expectativa é de que mais um trecho de 40 quilômetros da adutora comece a ser implantado também em maio, entre Belo Jardim, São Bento do Una e Lajedo. A Adutora do Agreste é um dos empreendimentos estruturantes para garantir o fornecimento de água à população pernambucana que sente os impactos da irregularidade de chuvas no estado. Ao todo, o projeto completo da adutora terá cerca de 1,3 mil quilômetros de extensão, atenderá a 68 municípios e beneficiará mais de dois milhões de habitantes em áreas urbanas e rurais. A obra também será conectada ao Ramal do Agreste do Projeto de Integração do Rio São Francisco – atualmente em fase de licitação pelo governo federal.

Investimentos para garantir água em Pernambuco crescem 245% Read More »

Água com açúcar acalma. Mito ou verdade?

Mito. Tomar água com açúcar para acalmar os nervos é crendice popular. Na verdade, o açúcar é metabolizado pelo organismo e se transforma em frutose e glicose, duas importantes fontes de energia, mas que não possuem nenhum poder tranquilizante. “A pessoa fica mais calma mesmo pelo poder da sugestão, efeito psíquico ou placebo, mas um simples copo de água teria o mesmo resultado”, explica o diretor médico do Hospital Esperança Olinda, o clínico Marcos Reis. Apesar da combinação água com açúcar ter esse efeito popular de acalmar, a prática não deve ser incentivada, principalmente quando oferecida a desconhecidos. “A ingestão de água com açúcar pode fazer muito mal em caso de pessoas diabéticas, hiperglicêmicas, que possuem alta taxa de açúcar no sangue”, alerta Reis.

Água com açúcar acalma. Mito ou verdade? Read More »

Chuvas retiram barragem em Arcoverde do colapso

As chuvas registradas no mês de maio em Arcoverde, distante 265 km do Recife, trouxeram uma boa notícia para os moradores do município. A barragem Riacho do Pau, que estava em colapso há 25 meses, armazenou água e encontra-se hoje com 5,75% da sua capacidade total, que é de 16,8 milhões de metros cúbicos. As precipitações acumuladas, de 184 mm, e, consequentemente, a recuperação do manancial, permitiram a Compesa a retomar o funcionamento da Estação de Tratamento de Água-ETA Arcoverde imediatamente. A iniciativa permitiu a redução do calendário de abastecimento da cidade neste mês de junho, para cinco dias com água e 10 dias sem. A medida dará um grande alivio a cidade, que é um dos mais importantes polos dos festejos juninos de Pernambuco. Com a falta de chuvas na região, o município estava sendo atendido apenas pela bateria de poços do Frutuoso, localizada no município de Ibimirim, com uma vazão de 100 litros de água por segundo, passando Arcoverde a enfrentar um rigoroso racionamento, com um regime de distribuição de quatros dias com água contra 22 dias sem. A soma da produção dos poços e de Riacho do Pau, a Compesa conseguiu incrementar a vazão para Arcoverde em 80 litros de água por segundo, o que garantiu um aumento de 80% na produção hídrica para o município. Segundo o diretor Regional do Interior, Marconi de Azevedo, o novo calendário já entrou em vigor e se estenderá neste mês de junho. A expectativa da Compesa é que o ciclo chuvoso permaneça na região. Se isso acontecer, o novo calendário será mantido para os próximos meses. “Assim que a barragem Riacho do Pau pegou água, os nossos técnico se desdobraram para reduzir o racionamento da cidade o mais breve possível. Entendemos que a situação era crítica e precisávamos fazer com que a agua armazenada chegasse rapidamente na casa das pessoas”, observou Marconi de Azevedo,

Chuvas retiram barragem em Arcoverde do colapso Read More »

Crise pernambucana no saneamento básico

Das 100 maiores cidades brasileiras analisadas no novo "RANKING DO SANEAMENTO NAS 100 MAIORES CIDADES" publicado pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a com a consultoria GO Associados, seis estão em Pernambuco (Recife, Caruaru, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista e Petrolina). Três deles - Jaboatão dos Guararapes (94º), Olinda (84º) e Paulista (81º) - estão entre os 20 piores do país em saneamento básico, segundo o ranking que é baseado em indicadores oficiais do SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico - do Ministério das Cidades - ano base 2014.  Outras três cidades, a capital Recife (73º), Caruaru (64º) e Petrolina (45º), estão na parte intermediária da tabela. Na capital, Recife, os indicadores de 2014 mostravam que  83,27% da população tinha acesso à água tratada, mas a coleta de esgoto estava acessível para apenas 38,69% da população. A cidade também ostentava um índice elevado de perdas na distribuição, de 51,88%. Olinda, cidade que é patrimônio cultural da humanidade, investiu pouco em saneamento básico no período de 2010 a 2014, apenas 6,03% do que arrecadou com os serviços de água e esgotos. O  atendimento de água tratada era disponibilizado para 84,64% da população e apenas 33,7% das pessoas tinham acesso às redes de coleta de esgotos em 2014. Já na cidade de Paulista, 84,71% da população era servida por água tratada e 37,52% com coleta de esgotos. Os investimentos em saneamento em relação à arrecadação em Paulista atingiu a média de 8,95%. Em Caruaru, 93,57% das pessoas tinham água tratada, mas apenas 43,4% tinham coleta de esgotos. A melhor situação entre as grandes cidades pernambucanas estava em Petrolina, onde 88,3% das pessoas tinham acesso à água tratada e 59,8% com coleta de esgotos. A situação mais crítica foi a de Jaboatão dos Guararapes, onde apenas 73,19% da população tinha acesso aos serviços regulares de água tratada. Mais grave foi ver que apenas 7% da população era atendida por coleta de esgoto, índice muito aquém da média nacional de 49,8%. Um indicador que ajuda a explicar o atraso do município em saneamento básico é a relação entre arrecadação com os serviços e os investimentos em saneamento. Nos 5 anos do estudo (2010 a 2014) a cidade reinvestiu nos serviços de água e esgotos, em média, 8,22% do que arrecadou (contra uma média de 23% nos 100 municípios). Uma outra situação crítica das grandes cidades pernambucanas são os elevados índices de perdas de água no processo de distribuição. Caruaru perdia 53,56%, Jaboatão 41,06 %, Olinda 59,24%, Paulista 65,37% e Petrolina 48,64%. Apesar dos grandes desafios do saneamento básico em Pernambuco, um ponto muito positivo é que no estado está acontecendo a maior Parceria Público-Privada em água e esgotos do País, avaliado em R$ 4,5 bilhões. O programa, segundo informações dos envolvidos e na imprensa local, abrange todos os 14 municípios da RMR e a cidade de Goiana, tendo como destaque na região metropolitana o Programa Cidade Saneada. Há, portanto, perspectivas de avanços significativos nos próximos anos.

Crise pernambucana no saneamento básico Read More »