Arquivos Arte - Página 2 De 10 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Cinema nacional ocupa o Sertão do Pajeú com exibições, oficinas e debates

Mostra Pajeú de Cinema chega à 9ª edição com programação gratuita em oito cidades pernambucanas e foco em diversidade e formação de público O Sertão do Pajeú está mais uma vez no centro das atenções culturais com a 9ª edição da Mostra Pajeú de Cinema (MPC), que segue até 23 de maio em oito cidades da região: Calumbi, Carnaíba, Flores, Iguaracy, Ingazeira, Tabira, Solidão e Afogados da Ingazeira. A iniciativa, que já se consolidou como uma das principais ações de difusão do audiovisual no interior pernambucano, traz uma programação inteiramente gratuita com 22 filmes — entre curtas e longas-metragens —, além de oficinas e encontros com profissionais do setor. Com foco na pluralidade e no debate, a mostra exibe as produções em praças públicas e no Cine São José, tradicional cinema de rua em Afogados da Ingazeira. Os filmes estão organizados em nove programas temáticos e contemplam uma ampla diversidade racial, étnica e de gênero, reunindo obras de realizadores negros, pardos, indígenas, brancos, mulheres, homens, travestis e pessoas não-binárias. “Chegamos a 9º edição da Mostra Pajeú adicionando mais duas cidades a nossa programação. Estamos muito orgulhosos com os passos demos até aqui. O recorte dos filmes traz discussões importantes de forma potente e muito atual, é muito bacana saber que estamos levando o cinema nacional a tantos lugares do Pajeú. Com certeza, será um reencontro com o público repleto de alegria”, destaca Bruna Tavares, diretora de produção da Pajeú Filmes e uma das curadoras. Entre as novidades deste ano, está a chegada da MPC às cidades de Calumbi e Flores, onde também serão realizadas oficinas de realização audiovisual com foco em animação, ministradas por Paulo Leandro. Os trabalhos desenvolvidos pelos participantes serão exibidos nas próprias cidades. Outro destaque é a oficina “Da Poesia ao Vídeo – Ocupação Pajeú”, coordenada por Eva Jofilsan com estudantes de Carnaíba. A formação é um dos pilares do evento, que ainda promove oito encontros com profissionais do audiovisual sobre temas como cinema e meio ambiente, cineclubismo, produção e literatura. As exibições no Cine São José acontecem de 19 a 23 de maio, com sessões diurnas voltadas ao público infantojuvenil, sessões noturnas com curta e longa-metragem e exibições com acessibilidade para pessoas com deficiência. A mostra aposta em uma programação mais enxuta, que privilegia a interação com o público e estimula reflexões sobre o cinema contemporâneo e suas múltiplas linguagens. Realizada pela Pajeú Filmes com apoio de secretarias municipais e incentivo da Lei Paulo Gustavo, a MPC reforça o papel do audiovisual como ferramenta de inclusão, formação e cidadania cultural no interior. A programação completa está disponível no site www.mostrapajeudecinema.com.br. Serviço9ª Mostra Pajeú de Cinema📅 De 28 de abril a 23 de maio📍 Calumbi, Carnaíba, Flores, Iguaracy, Ingazeira, Tabira, Solidão e Afogados da Ingazeira🎟️ Todas as atividades são gratuitas🔗 www.mostrapajeudecinema.com.br📱 @mostrapajeudecinema | @pajeufilmes✉️ pajeufilmes@gmail.com

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Sindnei Tendler

“A exposição Deolinda vi o Recife acontece em junho na Bélgica”

Sidnei Tendler: Artista plástico carioca, que morou no Recife nos anos 1990, quando abriu o restaurante Mafuá do Malungo, organiza uma mostra em Bruxelas inspirada na capital pernambucana e em Olinda. Ele fala da sua trajetória internacional – iniciada a partir de uma oportunidade quando estava em Pernambuco – do seu processo criativo e do mercado de artes no Brasil. Em 1990, o artista plástico carioca Sidnei Tendler e sua mulher Carla, que é de Pernambuco, decidem mudar-se para o Recife para que as filhas cresçam sob o convívio caloroso da grande família pernambucana materna. Um dia, passeando pelo bairro das Graças, onde morava o sogro, Tendler deparou-se com um belo sobrado antigo, que ostentava a placa: nesta casa nasceu o poeta Manuel Bandeira. “Aí, eu falei: Vamos alugar! não sabia nem o que faria com a casa”, relembra o artista. Não demorou muito para que o casal com o cunhado e sua mulher abrissem o restaurante Mafuá do Malungo que, durante 10 anos, foi um point balado da cidade, frequentado por intelectuais, artistas e políticos.   A decoração da casa contava com um grande painel criado por Tendler, denominado A Cinza das Horas, nome de um conhecido poema de Bandeira. Numa ocasião, um cliente belga viu o quadro, achou-o interessante e convidou Sidnei para uma exposição na Bélgica. O ano era 1993 e, desde então, o artista realiza uma profícua carreira internacional até o ponto de se mudar com a família para Bruxelas.  Depois de todos esses anos, Sidnei Tendler volta-se para um projeto cujo tema é a terra onde surgiu a oportunidade de atuar no exterior. Com o bem-humorado título Deolinda vi o Recife, ele prepara uma exposição que será inaugurada em junho na Bélgica. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele fala do seu fascínio pelas cidades – talvez por influência de sua formação em arquitetura – da sua preocupação ambiental, que também impacta na sua criação, e sobre o mercado brasileiro de artes. Muitos dos seus trabalhos, como artista plástico, têm como tema as cidades. Qual o motivo desse seu fascínio por elas? Sou arquiteto de formação e sempre gostei de urbanismo, meu trabalho de conclusão de curso, inclusive, foi sobre o bairro do Catete, no Rio de Janeiro, e ganhou uma menção honrosa na União Internacional dos Arquitetos na Polônia. Sempre me interessei por filosofia, pela temática do homem e das suas facetas.  Depois que terminei arquitetura, pensei em fazer antropologia urbana, mas decidi fazer um curso de pós-graduação em design, que liga todos os meus interesses.  Minha produção artística começa com a fotografia e a fotografia que eu fazia, na época, remetia aos lugares por onde passei, era essa coisa do flâneur, que viaja, das paisagens, da arquitetura.  Como é essa relação entre a fotografia e as artes plásticas no seu trabalho? A fotografia foi o despertar do meu lado artístico com a poesia porque eu também escrevia e era assim que liberava o artista em mim, mas nunca havia relacionado a fotografia com a literatura. Fiz arquitetura, continuei fotografando, mas sem maiores pretensões, e levei esse lado da fotografia despretensiosa para a pintura.  Quando comecei a fazer os projetos das cidades e outros, passei a usar a fotografia como elemento do meu processo criativo. Eu começo fotografando, passeando pelas cidades, depois faço aquarelas e, em seguida, parto para a tela, que é um percurso que chamo de “o que eu vejo para o que eu sinto”. Assim, ia evoluindo no meu trabalho, sempre buscando referências para dar conteúdo escrito aos meus projetos.  Antes eu mostrava apenas o final dos trabalhos, que eram as telas, mas acho que é interessante as pessoas conhecerem o processo. Então, comecei a mostrar fotografias, nas exposições, além das aquarelas. Há uns três anos, uma curadora de fotógrafos olhou meu trabalho e disse que eu deveria mostrar mais fotos para expor o processo e sugeriu que eu fizesse uma exposição só com as fotografias, já que representavam meu trabalho como artista. Então, comecei a levar mais a sério essa ideia de mostrar também as fotos. Em que consiste esse projeto das cidades?  A ideia surgiu de outro projeto, um livro chamado 365, Um Diário Visual, em que, durante um ano, ao final de cada dia, eu fazia uma aquarela. Eu já morava na Bélgica, e quando fazia viagens, fotografava e, nesse livro, mostrei as 365 aquarelas e algumas fotos. Assim, comecei a perceber a existência da fotografia nas minhas telas, nas minhas viagens, nos meus passeios e resolvi tentar ver o que muda na minha pintura, quando muda a geografia.  Então, escolhi seis cidades de seis continentes para passar 10 dias em cada uma delas fotografando e pintando no próprio local. As cidades escolhidas foram: Rio de Janeiro (América do Sul), Los Angeles (América do Norte), Bruxelas (Europa), Sidney (Oceania), Cidade do Cabo (África) e Tóquio (Ásia). Assim, escolhi essas cidades e vi que era interessante, que a geografia realmente muda meu trabalho, muda as cores, muda tudo.  Foi um projeto muito legal, resultou num livro e, então, parti para a segunda ideia de fazer seis religiões, que foi bacana também, pois a religião não é marcada geograficamente, há países com várias religiões, como o Brasil, por exemplo. Então, no segundo projeto, viajei a alguns lugares, estudei, fui, por exemplo, a um congresso com o Dalai Lama na Suíça, para ver o budismo, passeei pela Índia, fui a dois centros iorubá, um em Salvador e outro no Rio de Janeiro, passei por igrejas europeias, fui a Palestina, Jerusalém, rodei o mundo e fiz o 6 Religiões, que também se tornou um livro.  E aí foi legal porque eu fiz essas seis religiões, depois eu fiz as seis cidades e em seguida fiz seis monumentos. E passei a chamar o conjunto desses trabalhos de trilogia.  E foi interessante porque, embora em todos os trabalhos, a pintura final seja abstrata, eles partiram de algo concreto como um monumento ou uma cidade.  Sua estadia no Recife é um episódio interessante na sua trajetória.

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Rinaldo Silva celebra 50 anos de arte com exposição inédita no Recife Antigo

“DE TANTO OLHAR VI” abre temporada na Arte Plural Galeria com obras que exploram o tempo, a memória e a identidade cultural pernambucana Após um intervalo de seis anos sem exposições individuais, o artista plástico Rinaldo Silva volta à cena com a mostra “DE TANTO OLHAR VI”, que inaugura hoje (6 de maio) para convidados, na Arte Plural Galeria (APG), no Recife Antigo. Com entrada gratuita para o público a partir do dia 7, a exposição reúne cerca de 20 obras inéditas entre telas, desenhos e cerâmicas, resultado de cinco décadas de trajetória e reflexão sobre o olhar como instrumento de aprisionamento e libertação no tempo. A proposta da exposição é provocar uma imersão sensível no conceito de memória e permanência, a partir de composições que conectam passado e presente. Algumas pinturas datadas de 1986 — como “PAPA RISO” e “BERRO RI” — serão reapresentadas ao público em diálogo com releituras contemporâneas. “Vivenciamos um excesso de olhar e isso, sem dúvida, nos aprisiona no tempo. Esse olhar nos finca em um momento, coloca o nosso simbólico nessa visão que levamos para o futuro”, afirma Rinaldo, que pretende, com a mostra, oferecer “uma nova oportunidade de salvaguardarmos novas memórias”. As raízes culturais do Agreste e do Sertão pernambucano, além das experiências do artista como geógrafo e seu contato com arqueólogos em registros de pinturas rupestres, inspiram parte da curadoria. Entre os destaques estão obras em cerâmica/terracota baseadas no mito de Ícaro e a série “EUTUDOAGORA”, que ocupa a sala principal da galeria com pinturas que se desdobram em múltiplas leituras do tempo presente. “Vou buscar inspiração também na arte popular, nas nossas raízes culturais”, explica o artista. Com passagens por exposições na Europa e nas Américas, e reconhecido desde os 19 anos como um dos artistas mais promissores de Pernambuco, Rinaldo Silva reitera em “DE TANTO OLHAR VI” o seu compromisso com a arte como ferramenta de reflexão social, poética e histórica. A mostra também reforça o papel da APG, em atividade desde 2005, como um dos principais polos de difusão cultural de Pernambuco. Serviço🎨 Exposição “DE TANTO OLHAR VI” – Rinaldo Silva📍 Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140 – Recife Antigo)🗓️ Abertura para convidados: 06/05, às 18h👀 Visitação pública: a partir de 07/05/2025🕘 Horários: seg. a sex., das 9h às 18h; sáb., das 14h às 18h🎟️ Entrada gratuita📲 Instagram: @arte_plural_galeria

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Magiluth Aquilo Que Meu Olhar Guardou Pra Voce Foto Pritty Reis

Encontro das Artes: Grupos Magiluth e Atores à Deriva promovem temporada conjunta no Recife

Residência artística e apresentações teatrais fortalecem intercâmbio cultural entre Pernambuco e Rio Grande do Norte. Na imagem acima, destaque para o espetáculo Aquilo Que Meu Olhar Guardou Pra Você – Foto Pritty Reis O teatro como espaço de resistência, criação e afeto ganha novo fôlego com o projeto Magiluth Recebe, que em maio une dois importantes coletivos nordestinos: o pernambucano Grupo Magiluth e o potiguar Atores à Deriva. A iniciativa promove uma residência artística e apresentações no Teatro Hermilo Borba Filho, no Recife, fortalecendo o intercâmbio cultural e abrindo espaço para novas conexões entre artistas e públicos. O projeto é destaque na cena teatral brasileira por reunir grupos com forte atuação autoral e compromisso político com a arte. A programação começa com uma residência entre os dias 5 e 8 de maio, culminando em uma apresentação inédita no dia 8, às 20h. Nos dias 9, 10 e 11, o Atores à Deriva apresenta Fábulas de Nossas Fúrias, espetáculo que subverte estruturas clássicas para afirmar a fúria como força criativa. Já o Magiluth sobe ao palco nos dias 15, 16 e 17 com Aquilo Que Meu Olhar Guardou Para Você, uma obra construída a partir de memórias e improvisações que dialogam com o tempo, a ausência e o afeto. “Essa ideia nasce como um desejo antigo de compartilhar nosso espaço e nossa cidade com outros grupos que admiramos. Receber os Atores à Deriva é mais do que acolher um espetáculo potente, é estabelecer pontes criativas e políticas com artistas que têm uma escuta e uma prática muito alinhadas com a nossa trajetória”, afirma Giordano Castro, ator e fundador do Magiluth. Com 17 anos de atuação, o grupo Atores à Deriva foi contemplado pelo Prêmio Funarte Myriam Muniz, que viabilizou a circulação do espetáculo pelo Nordeste. “Nosso espetáculo é um grito urgente de subjetividades dissidentes, uma fabulação de raivas historicamente negadas. Estar no Recife, em intercâmbio com o Magiluth, nos fortalece como grupo e como coletivo que acredita na arte como forma de reexistir e transformar”, afirma Alex Cordeiro, diretor e dramaturgo do grupo potiguar. ServiçoO quê? Intercâmbio artístico entre os coletivos Magiluth (PE) e Atores à Deriva (RN)Quando? De 5 a 17 de maio de 2025Onde? Teatro Hermilo Borba Filho – Bairro do Recife – PEQuanto? R$ 60 (inteira) | R$ 30 (meia). Parte dos ingressos é distribuída gratuitamente para pessoas trans, negras, periféricas e estudantes de teatro.Ingressos: À venda pelo Sympla e na bilheteria do teatroMais informações: @grupomagiluth

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Pesquisa artística resgata a resistência de mulheres no contextos repressivos do passado e do presente

“Com-dor, mas sem medo” conecta história, performance e resistência de mulheres em quatro regiões de Pernambuco Mulheres, memória e arte se entrelaçam no projeto “Com-dor, mas sem medo: mulheres, memória, performance e política”, conduzido pelas artistas e pesquisadoras Silvia Góes e Roberta Ramos. A investigação percorre quatro macrorregiões de Pernambuco — Recife, Goiana, Caruaru e Afogados da Ingazeira — em uma escuta sensível das experiências de mulheres atravessadas pelos traumas e resistências da repressão política nas ditaduras militares sul-americanas, especialmente aquelas ligadas à Operação Condor, aliança repressiva firmada em 1975 entre regimes autoritários da América do Sul. A pesquisa é motivada por uma conexão pessoal e histórica: Silvia e Roberta nasceram no mesmo ano em que a Operação Condor se instaurou oficialmente e o feminismo ganhava força no continente. A partir dessa intersecção entre biografia e história coletiva, as artistas investigam as cicatrizes deixadas pela repressão e os modos como as mulheres resistiram — e resistem — por meio da arte, da memória e da escuta ativa. “A nossa pesquisa nasce do desejo de olhar criticamente para o passado a partir do presente que habitamos como mulheres, artistas e pesquisadoras…”, afirmam as criadoras. Com rodas de conversa, oficinas práticas e online, laboratórios de performance e uma apresentação pública de culminância, o projeto busca reconstruir narrativas silenciadas e revelar o corpo como território de resistência. As ações ocorrem entre maio e junho de 2025, com apoio de artistas locais e parcerias institucionais em cada município. A orientação é do diretor e pesquisador Rodrigo Dourado, com articulação regional da historiadora Karuna de Paula. Ao final, será produzido um registro audiovisual que sintetiza as memórias coletadas e os caminhos performativos percorridos. Mulheres interessadas podem se inscrever gratuitamente pelo e-mail com.dor.mas.sem.medo@gmail.com. SERVIÇO📍 Com-dor, mas sem medo: mulheres, memória, performance e política🗓️ Maio e junho de 2025📌 RMR, Zona da Mata, Agreste e Sertão de Pernambuco📨 Inscrições gratuitas: com.dor.mas.sem.medo@gmail.com🎭 Ações: rodas de conversa, oficinas, laboratórios e apresentação final pública

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Rebeca Gondim credito foto 6 Filipe Gondim

Espetáculo “Revinda” estreia no Ibura com dança, poesia e denúncia social

Nova criação de Rebeca Gondim percorre bairros do Recife e destaca a potência artística das periferias. Foto: Filipe Gondim A partir de 26 de abril, o espetáculo Revinda dá início à sua circulação por seis bairros da periferia do Recife, começando pelo Ibura. A obra, idealizada pela artista Rebeca Gondim, mescla dança, música e poesia para denunciar o genocídio da população negra e celebrar a resistência das comunidades periféricas. Inspirada pela história de Tereza Maria da Conceição, mãe que perdeu o filho morto pela polícia no Rio de Janeiro, Revinda transforma dor em arte e memória coletiva. O espetáculo nasce do solo “Terezinha”, criado por Rebeca em 2015, e amadurecido durante a pandemia em um processo que integrou novas linguagens e afetos. Agora, em sua versão presencial e coletiva, Revinda agrega artistas locais em cada apresentação, criando um espetáculo único a cada edição. No Ibura, por exemplo, Rebeca divide a cena com o músico Pajé IB e a cantora e dançarina Lua Maria, em um tributo à efervescência cultural do território. A circulação segue por Morro da Conceição (3/5), Água Fria (10/5), Alto Santa Terezinha (17/5), Bomba do Hemetério (24/5) e Beberibe (31/5). Em cada local, artistas da própria comunidade se unem ao espetáculo, ampliando a narrativa e fortalecendo vínculos. “Quis voltar com a força do coletivo. Trouxe meu irmão, amigos, meus pais, e artistas que admiro. Revinda é uma encruzilhada de histórias e afetos”, diz Rebeca. Além de emocionar, Revinda propõe uma reflexão sobre as violências vividas nas periferias brasileiras e o papel das manifestações culturais como espaços de resistência. Com acessibilidade em Libras, todas as apresentações são gratuitas e acessíveis, reafirmando o compromisso com o direito à arte e à memória. Serviço🎭 Revinda – Espetáculo de dança, poesia e resistência📅 Estreia: 26 de abril, às 17h30 – Ibura (Praça da UR 06)📍 Circulação: Morro da Conceição (3/5), Água Fria (10/5), Alto Santa Terezinha (17/5), Bomba do Hemetério (24/5) e Beberibe (31/5)⏰ Sempre às 17h30 | Classificação: Livre | Acessibilidade em Libras📲 Mais informações: @rebecagondim__

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Ciclo das Paixões leva espetáculos da Paixão de Cristo a 10 cidades de Pernambuco

Com investimento de R$ 380 mil, iniciativa incentiva cultura, turismo e inclusão social no interior e no litoral do Estado A tradição da Semana Santa ganha novos palcos em Pernambuco com a realização do Ciclo das Paixões, que contemplou 10 grupos teatrais com recursos para encenar a Paixão de Cristo em diferentes regiões do Estado. Com investimento total de R$ 380 mil, o edital foi lançado em novembro de 2024 pela Secretaria de Cultura de Pernambuco e recebeu 40 propostas de todo o território estadual. Foram selecionados três espetáculos na Categoria A, voltados a grandes montagens (até R$ 45 mil), e outros sete na Categoria B, com produções de médio porte (até R$ 35 mil). As apresentações ocorrem de 16 a 20 de abril, com encenações em cidades como Limoeiro, Paudalho, Gravatá, Serra Talhada, Fernando de Noronha, Recife, Petrolina, Cabo de Santo Agostinho, Belo Jardim e Petrolândia. “Ao incentivar a tradição das artes cênicas, o edital Pernambuco de Todas as Paixões não apenas valoriza a cultura popular, mas também movimenta o turismo, gera renda e promove a inclusão social”, destaca a secretária estadual de Cultura, Cacau de Paula. A ação fortalece ainda a economia criativa, beneficiando artistas, produtores, técnicos e comunidades locais. Os espetáculos, que vão do Agreste ao Sertão e ao Litoral, reforçam a importância das manifestações religiosas como ferramenta de identidade cultural e acesso democrático à arte. A programação inclui produções inovadoras como Jesus Sertanejo, Paixão de Cristo dos Bonecos e Brejinho da Serra no Caminho da Fé, Orações e Graças, encenada em área indígena. ServiçoCiclo das Paixões 2025 – Espetáculos da Paixão de Cristo em Pernambuco📍 Confira a programação completa no site da Secult-PE ou nas redes sociais dos grupos participantes🗓️ De 16 a 20 de abril de 2025🎭 Entrada gratuita, com horários variados por cidade Confira a programação completa:PAIXÃO DE CRISTO DO MONTE DA FÉ – 18º EDIÇÃO Concurso Paixões 16, 17 e 18 de Abril de 2025 20h Paudalho | Monte da Fé – Vila PAIXÃO DE CRISTO DE DONA NANETE – FERNANDO DE NORONHA/PEConcurso Paixões 16, 17 e 18 de Abril de 2025 21hFernando de Noronha | Terminal Turístico do Cachorro PAIXÃO DE CRISTO DE LIMOEIROConcurso Paixões 16, 17, 18 e 19 de Abril de 202520h Limoeiro JESUS SERTANEJO – PAIXÃO DE CRISTOConcurso Paixões 17 e 18 de Abril de 2025 20hSerra Talhada | Sítio PAIXÃO DE CRISTO DOS BONECOSConcurso Paixões 17 e 18 de Abril 2025 16h30Recife | Teatro Apolo Não A CRUCIFICAÇÃOConcurso Paixões 17 e 18 de Abril 2025 20hPetrolina | Concha Acústica Não A NOSSA PAIXÃOConcurso Paixões 17, 18 e 19 de Abril de 2025 20h30Gravatá | Pátio de Eventos Não BREJINHO DA SERRA NO CAMINHO DA FÉ, ORAÇÕES E GRAÇASConcurso Paixões 20/04/2025 19h30Petrolândia | Sítio Brejinho da Serra, Zona Rural de Petrolândia, área indígena | A PAIXÃO DA PONTE – 2025 Concurso Paixões 18 e 19 de Abril de 2025 20hCabo de Santo Agostinho | Loteamento Cidade Jardim, Ponte dos Carvalhos PAIXÃO DE CRISTO DE XUCURU Concurso Paixões 18/04/2025 19hBelo Jardim | Praça Justino, Comunidade Xucuru. Próximo à Igreja São Manoel da Paciência

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Kleber Mendonça Filho estreia novo longa em Cannes com Wagner Moura no papel principal

Filme “O Agente Secreto” integra a Competição Oficial e disputa a Palma de Ouro no Festival de Cannes 2025 O cinema brasileiro volta aos holofotes internacionais com O Agente Secreto, novo longa-metragem do diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho, que terá estreia mundial na Competição Oficial do Festival de Cannes 2025. Estrelado por Wagner Moura, o thriller ambientado no Brasil de 1977 marca a primeira colaboração entre o ator e o cineasta, e disputa a cobiçada Palma de Ouro, prêmio máximo do evento, que acontece de 13 a 24 de maio, na França. Esta é a terceira vez que Kleber é selecionado para a mostra principal do festival — feito já alcançado com Aquarius (2016) e Bacurau (2019). Na trama, Marcelo (Wagner Moura) é um especialista em tecnologia que retorna ao Recife para fugir de um passado misterioso. Ao chegar, percebe que a cidade está longe de representar a paz que ele busca. O elenco reúne nomes como Gabriel Leone, Maria Fernanda Cândido, Udo Kier, Hermila Guedes e Thomás Aquino. Coprodução entre Brasil, França, Holanda e Alemanha, o filme tem distribuição nacional da Vitrine Filmes. A montagem foi assinada por Eduardo Serrano e Matheus Farias, e a pós-produção ocorreu em Berlim e Paris. “Esse filme é resultado de um desejo grande de continuar filmando o Brasil e o Recife, desta vez no contexto histórico do mundo de 50 anos atrás, de um Brasil do passado”, destaca Kleber Mendonça Filho. Já Wagner Moura celebra o reencontro com o Recife e a realização do sonho de trabalhar com Kleber: “Filmar ‘O Agente Secreto’ foi uma das melhores experiências que tive em sentidos diversos. Trabalhar com Kleber era quase uma obsessão desde que vi ‘O Som ao Redor’.” A presença do filme em Cannes também celebra os 20 anos da estreia de Kleber no festival, com o curta Vinil Verde (2005), exibido na Quinzena dos Realizadores. Desde então, o diretor se consolidou como um dos principais nomes do cinema autoral brasileiro, com trajetória consistente no circuito internacional. Serviço:O Agente SecretoEstreia mundial: Festival de Cannes 2025 (13 a 24 de maio)Distribuição no Brasil: Vitrine Filmes

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Clériston inaugura sua primeira Bienal com exposição que une fantasia e crítica social

Mostra com curadoria de Wilson Freire estreia nesta sexta (11), às 18h, na Galeria do Coletivo Raiz, no Recife Antigo Reconhecido por suas charges afiadas e premiadas em Salões de Humor Gráfico, o artista visual Clériston abre uma nova fase em sua trajetória com a realização de sua primeira Bienal. A exposição, com entrada gratuita, será inaugurada nesta sexta-feira, 11 de abril, a partir das 18h, na Galeria do Coletivo Raiz, localizada na Rua da Moeda, 71, no Recife Antigo. Com curadoria do multiartista e médico Wilson Freire, a mostra apresenta obras em acrílica sobre tela e painel que exploram a hibridização entre seres vivos e objetos. O resultado é uma fusão entre realidade e fantasia, com obras que transitam entre o expressionismo e o abstrato. Segundo Clériston, a proposta é estimular uma leitura lúdica e expandida da condição humana, refletindo sobre o cotidiano e o papel de todos — humanos, objetos e natureza — na sinfonia da vida. A expografia da Bienal está dividida em três núcleos: o primeiro reúne os trabalhos inéditos produzidos em 2025, com destaque para uma pintura feita alla prima durante o projeto Pintando na Praça, em Palmares; o segundo núcleo exibe uma seleção de obras criadas nos últimos dois anos; e o terceiro resgata as raízes do artista, com HQs e charges publicadas na grande imprensa e em veículos alternativos nos anos 1980. A exposição é uma oportunidade para acompanhar a liberdade criativa de Clériston ao longo do tempo, que mesmo transitando por diversas escolas e estilos, mantém a identidade de um criador contemporâneo. SERVIÇO🖼 Primeira Bienal de Clériston📍 Galeria do Coletivo Raiz – Rua da Moeda, 71, Térreo, Recife Antigo🗓 Abertura: 11 de abril, às 18h🎨 Curadoria: Wilson Freire🎟 Entrada gratuita

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Amaury Lorenzo volta ao Recife com o monólogo “A Luta” no Teatro do Parque

Espetáculo baseado em Os Sertões de Euclides da Cunha faz única apresentação neste domingo (13), com narrativa intensa e atuação premiada. Foto: Nando Machado Após uma turnê nacional de dois anos, o monólogo A Luta, estrelado por Amaury Lorenzo, retorna ao Recife para uma apresentação única neste domingo, 13 de abril, às 19h, no Teatro do Parque. Com direção de Rose Abdallah e texto de Ivan Jaf, a peça é inspirada na terceira parte do clássico Os Sertões, de Euclides da Cunha, e reconstrói com potência épica a guerra de Canudos sob a ótica de um contador de histórias. Aclamado pela crítica e indicado aos prêmios Cesgranrio e FITA de Melhor Ator, Amaury Lorenzo — atualmente no ar como Chico, na novela “Volta por Cima” — incorpora um rapsodo moderno que narra, com voz, corpo e alma, os embates entre o exército da recém-proclamada República e os sertanejos liderados por Antônio Conselheiro. “Este texto fala da construção da identidade brasileira. […] Muitos vão ao teatro porque me conhecem da televisão, mas acabam tendo uma aula de história, e se emocionam”, destaca o ator. A diretora Rose Abdallah ressalta o caráter simbólico da obra, que coloca em confronto duas forças históricas do Brasil: o militarismo e o fanatismo religioso. “O espetáculo ‘A Luta’ retrata um momento em que duas narrativas que sempre permearam nossa história entraram em conflito […] será sempre atual para entender a formação do Brasil”, afirma. O monólogo é uma provocação sensível e visceral sobre os conflitos que ainda moldam o país. Para o produtor local Roberto Costa, que viabiliza a montagem no Recife pela segunda vez, A Luta vai além do teatro. “A narração perfeita e até a sonoplastia é feita por ele, com sua voz e expressões corporais intensas. O público fica extasiado e é uma verdadeira aula de teatro.” ServiçoA Luta – monólogo com Amaury Lorenzo📍 Teatro do Parque (Recife – PE)📅 Domingo, 13 de abril🕖 19h🎟️ Ingressos à venda na bilheteria do teatro e online (consultar plataformas oficiais)Classificação: 14 anos

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