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Kleber Mendonça Filho estreia novo longa em Cannes com Wagner Moura no papel principal

Filme “O Agente Secreto” integra a Competição Oficial e disputa a Palma de Ouro no Festival de Cannes 2025 O cinema brasileiro volta aos holofotes internacionais com O Agente Secreto, novo longa-metragem do diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho, que terá estreia mundial na Competição Oficial do Festival de Cannes 2025. Estrelado por Wagner Moura, o thriller ambientado no Brasil de 1977 marca a primeira colaboração entre o ator e o cineasta, e disputa a cobiçada Palma de Ouro, prêmio máximo do evento, que acontece de 13 a 24 de maio, na França. Esta é a terceira vez que Kleber é selecionado para a mostra principal do festival — feito já alcançado com Aquarius (2016) e Bacurau (2019). Na trama, Marcelo (Wagner Moura) é um especialista em tecnologia que retorna ao Recife para fugir de um passado misterioso. Ao chegar, percebe que a cidade está longe de representar a paz que ele busca. O elenco reúne nomes como Gabriel Leone, Maria Fernanda Cândido, Udo Kier, Hermila Guedes e Thomás Aquino. Coprodução entre Brasil, França, Holanda e Alemanha, o filme tem distribuição nacional da Vitrine Filmes. A montagem foi assinada por Eduardo Serrano e Matheus Farias, e a pós-produção ocorreu em Berlim e Paris. “Esse filme é resultado de um desejo grande de continuar filmando o Brasil e o Recife, desta vez no contexto histórico do mundo de 50 anos atrás, de um Brasil do passado", destaca Kleber Mendonça Filho. Já Wagner Moura celebra o reencontro com o Recife e a realização do sonho de trabalhar com Kleber: "Filmar ‘O Agente Secreto’ foi uma das melhores experiências que tive em sentidos diversos. Trabalhar com Kleber era quase uma obsessão desde que vi ‘O Som ao Redor’.” A presença do filme em Cannes também celebra os 20 anos da estreia de Kleber no festival, com o curta Vinil Verde (2005), exibido na Quinzena dos Realizadores. Desde então, o diretor se consolidou como um dos principais nomes do cinema autoral brasileiro, com trajetória consistente no circuito internacional. Serviço:O Agente SecretoEstreia mundial: Festival de Cannes 2025 (13 a 24 de maio)Distribuição no Brasil: Vitrine Filmes

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Clériston inaugura sua primeira Bienal com exposição que une fantasia e crítica social

Mostra com curadoria de Wilson Freire estreia nesta sexta (11), às 18h, na Galeria do Coletivo Raiz, no Recife Antigo Reconhecido por suas charges afiadas e premiadas em Salões de Humor Gráfico, o artista visual Clériston abre uma nova fase em sua trajetória com a realização de sua primeira Bienal. A exposição, com entrada gratuita, será inaugurada nesta sexta-feira, 11 de abril, a partir das 18h, na Galeria do Coletivo Raiz, localizada na Rua da Moeda, 71, no Recife Antigo. Com curadoria do multiartista e médico Wilson Freire, a mostra apresenta obras em acrílica sobre tela e painel que exploram a hibridização entre seres vivos e objetos. O resultado é uma fusão entre realidade e fantasia, com obras que transitam entre o expressionismo e o abstrato. Segundo Clériston, a proposta é estimular uma leitura lúdica e expandida da condição humana, refletindo sobre o cotidiano e o papel de todos — humanos, objetos e natureza — na sinfonia da vida. A expografia da Bienal está dividida em três núcleos: o primeiro reúne os trabalhos inéditos produzidos em 2025, com destaque para uma pintura feita alla prima durante o projeto Pintando na Praça, em Palmares; o segundo núcleo exibe uma seleção de obras criadas nos últimos dois anos; e o terceiro resgata as raízes do artista, com HQs e charges publicadas na grande imprensa e em veículos alternativos nos anos 1980. A exposição é uma oportunidade para acompanhar a liberdade criativa de Clériston ao longo do tempo, que mesmo transitando por diversas escolas e estilos, mantém a identidade de um criador contemporâneo. SERVIÇO🖼 Primeira Bienal de Clériston📍 Galeria do Coletivo Raiz – Rua da Moeda, 71, Térreo, Recife Antigo🗓 Abertura: 11 de abril, às 18h🎨 Curadoria: Wilson Freire🎟 Entrada gratuita

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Amaury Lorenzo volta ao Recife com o monólogo “A Luta” no Teatro do Parque

Espetáculo baseado em Os Sertões de Euclides da Cunha faz única apresentação neste domingo (13), com narrativa intensa e atuação premiada. Foto: Nando Machado Após uma turnê nacional de dois anos, o monólogo A Luta, estrelado por Amaury Lorenzo, retorna ao Recife para uma apresentação única neste domingo, 13 de abril, às 19h, no Teatro do Parque. Com direção de Rose Abdallah e texto de Ivan Jaf, a peça é inspirada na terceira parte do clássico Os Sertões, de Euclides da Cunha, e reconstrói com potência épica a guerra de Canudos sob a ótica de um contador de histórias. Aclamado pela crítica e indicado aos prêmios Cesgranrio e FITA de Melhor Ator, Amaury Lorenzo — atualmente no ar como Chico, na novela “Volta por Cima” — incorpora um rapsodo moderno que narra, com voz, corpo e alma, os embates entre o exército da recém-proclamada República e os sertanejos liderados por Antônio Conselheiro. “Este texto fala da construção da identidade brasileira. [...] Muitos vão ao teatro porque me conhecem da televisão, mas acabam tendo uma aula de história, e se emocionam”, destaca o ator. A diretora Rose Abdallah ressalta o caráter simbólico da obra, que coloca em confronto duas forças históricas do Brasil: o militarismo e o fanatismo religioso. “O espetáculo ‘A Luta’ retrata um momento em que duas narrativas que sempre permearam nossa história entraram em conflito [...] será sempre atual para entender a formação do Brasil”, afirma. O monólogo é uma provocação sensível e visceral sobre os conflitos que ainda moldam o país. Para o produtor local Roberto Costa, que viabiliza a montagem no Recife pela segunda vez, A Luta vai além do teatro. “A narração perfeita e até a sonoplastia é feita por ele, com sua voz e expressões corporais intensas. O público fica extasiado e é uma verdadeira aula de teatro.” ServiçoA Luta – monólogo com Amaury Lorenzo📍 Teatro do Parque (Recife – PE)📅 Domingo, 13 de abril🕖 19h🎟️ Ingressos à venda na bilheteria do teatro e online (consultar plataformas oficiais)Classificação: 14 anos

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Projeto Mova promove vivência gratuita em improviso com linguagem do Soundpainting na UFPE

Iniciativa reúne música, dança, teatro e artes visuais em oficinas acessíveis durante o mês de maio O projeto cultural Mova oferece ao público uma oportunidade única de explorar a linguagem do Soundpainting — técnica de improviso baseada em sinais que une música, teatro, dança e artes visuais. A vivência acontece gratuitamente durante o mês de maio, no Centro de Artes e Comunicação (CAC) da UFPE, com 40 vagas disponíveis para quem quiser experimentar essa forma de criação coletiva. As inscrições começam no dia 1º de abril, pelo Instagram do projeto ou via formulário online. Idealizado com apoio dos Editais da SECULT/PE, por meio da Política Nacional Aldir Blanc, o Mova propõe dois encontros semanais, com foco na improvisação e co-criação em tempo real. A técnica, desenvolvida nos anos 1970 pelo compositor norte-americano Walter Thompson, permite a construção artística colaborativa a partir de sinais manuais, promovendo diálogos entre diversas linguagens e formas de expressão. Mais que uma oficina, o projeto é também um exercício de acessibilidade e inclusão: todas as atividades contarão com intérpretes de Libras, e a própria natureza visual do Soundpainting possibilita uma interação fluida entre surdos e ouvintes. O projeto culmina em uma performance ao vivo e na criação de uma videodança, que será divulgada online, expandindo os frutos dessa experiência para além dos muros da universidade. Serviço: 📍 Vivência criativa em Soundpainting – Projeto Mova📅 Período: Maio de 2025 | Encontros semanais no CAC/UFPE🔗 Inscrições gratuitas a partir de 1º de abril📲 Instagram: @movaprojeto | Formulário: https://forms.gle/pcLtJ66DUEfV1CGJ6✅ 40 vagas | Acessível para surdos e ouvintes | Com intérpretes de Libras🎥 Performance final + videodança digital

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Explorando a dor na arte: Exposição "Pequena Coleção das Dores" abre no Mercado Eufrásio Barbosa

Mostra da artista Luciana Padilha reúne mais de 200 imagens e propõe uma ressignificação poética da dor A exposição "Pequena Coleção das Dores", da artista, pesquisadora e professora Luciana Padilha, abre no Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda, hoje (28 de março), às 19h. Com curadoria de Rebeka Monita, a mostra é um desdobramento do doutorado da artista, explorando a relação entre criação e dor por meio de um inventário visual e poético. Aprovada no edital da Lei Paulo Gustavo, realizado pela Prefeitura de Olinda com recursos do Governo Federal, a exposição reúne mais de 200 imagens, divididas em núcleos temáticos, além de outras obras que dialogam com os processos criativos e afetivos da artista. O ponto central da exposição é o Inventário das Dores, composto por palavras retiradas de um dicionário que contêm a sílaba "dor", como “adorável”, “caminhador” e “adormecida”. “Eu saí recortando de um dicionário todas as palavras que continham a sílaba ou as três letras em sequência para recortar e colar. Isso virou uma obra que vai estar lá presente”, explica Luciana. Esse levantamento, que reúne mais de 1.767 palavras, não apenas reflete sobre a dor, mas sugere um novo olhar sobre ela por meio da arte. A artista transformou essas palavras em imagens capturadas com uma câmera lambe-lambe, uma técnica analógica que remete à fotografia ambulante tradicional. Esse processo artesanal resgata memórias e afetos, conectando-se com o conceito da exposição. A curadoria de Rebeka Monita organizou a mostra em diferentes núcleos, como o Grupo dos Sonhadores, que traz retratos feitos no Coreto da Praça do Carmo, e o Grupo Redor, que reflete sobre o entorno das ladeiras de Olinda, cenário afetivo da artista. Além das fotografias e do inventário, a exposição incorpora um olhar cartográfico sobre as dores humanas, mapeando territórios emocionais e subjetivos. A metodologia do projeto se inspira em referências como Gilles Deleuze, Félix Guattari e Suely Rolnik, criando um fluxo dinâmico de conexões entre palavra, imagem e memória. Durante o período da mostra, será lançada uma publicação digital (ebook) com a coleção completa de imagens e textos críticos sobre o processo criativo, incluindo contribuições da Profª Dra. Ana Karenina Arraes. 📍 Serviço:🖼 Exposição: Pequena Coleção das Dores👩‍🎨 Artista: Luciana Padilha🎨 Curadoria: Rebeka Monita📅 Abertura: 28 de março, às 19h📍 Local: Mercado Eufrásio Barbosa – Olinda/PE📆 Período: 28 de março a 15 de abril🎟 Entrada gratuita

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Galeria Base chega ao Recife com exposição Coletiva Eixo

Inauguração marca a ampliação do cenário artístico na capital pernambucana A capital pernambucana celebra a chegada da Galeria Base, que inaugura sua filial em Recife na quinta-feira, 20 de março, com a exposição coletiva Eixo. A mostra reúne obras de artistas como Bruno Rios, Guilherme Almeida, Lucas Länder, Matheus Ribs, Luiz Martins e Rafael Vicente, todos inéditos na cena local. A iniciativa de trazer a galeria para o Recife é de Gabriela Maranhão, que, após anos atuando no setor gastronômico, decidiu se aprofundar no universo artístico. “Minha trajetória profissional foi construída numa área diversa. Agora, com o passar do tempo e o despertar de novos interesses, a arte foi ganhando mais espaço. Assim nasceu a ideia de trazer para o Recife o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Galeria Base em São Paulo”, destaca Gabriela. O fundador da Base, Daniel Maranhão, também pernambucano, expressa entusiasmo com a nova filial. “Eu acho uma ação inovadora e necessária, pois uma cidade tão rica culturalmente não pode se manter refratária ao que acontece fora de seu território. A Base Recife tem como missão ampliar o olhar do público sobre o que é arte, criar novos nichos e formar novos colecionadores”, afirma. Com essa proposta, a galeria busca apresentar artistas que já se destacam nacional e internacionalmente, como Guilherme Almeida, cujas obras estão no acervo do Museu Reina Sofia, em Madri. “Achamos importante começar trazendo nomes que não são conhecidos por aqui, mas que estão em ascensão”, complementa Gabriela. A exposição Eixo não apenas destaca a diversidade artística, mas também promove um diálogo entre obras e público, instigando reflexões sobre arte contemporânea. Lorraine Mendes, que assina o texto crítico da mostra, afirma: “O conceito de ‘eixo’ não se limita à ideia de um centro estático, mas se expande para um fluxo contínuo, onde o movimento, a transitoriedade e as diversas direções se entrelaçam.” Essa abordagem proporciona múltiplas interpretações, questionando as fronteiras entre o visível e o invisível, o físico e o imaterial. Para Gabriela, a abertura da galeria representa uma oportunidade de inserir a Base no circuito artístico recifense, promovendo novas intersecções com a produção local e contribuindo para o crescimento do cenário artístico da cidade. Serviço:

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"O trabalho que desenvolvemos com arte muda a vida das pessoas"

A bailarina e diretora do Aria Social, Cecília Brennand, conta como centenas de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social vislumbraram novas possibilidades em suas vidas ao frequentarem as aulas de dança e música do projeto. Ela também fala do desafio de obter patrocínios e dos espetáculos produzidos pela organização que fazem sucessos nos teatros do Recife e do Sudeste. Além de ser fonte de bem-estar, a arte é também um instrumento que realiza, de maneira prazerosa, o desenvolvimento cognitivo, ajudando as pessoas a pensarem com criatividade e a refletirem sobre o mundo. Um exemplo desse efeito transformador da arte pode ser constatado no trabalho realizado pela organização Aria Social. Ao oferecer aulas de dança, iniciação musical e língua portuguesa, o projeto abriu a percepção de crianças e jovens de comunidades em vulnerabilidade social que vislumbraram novas possibilidades para suas vidas. E são muitas as histórias de sucesso, como a de ex-alunos que seguiram o caminho das artes, a exemplo de Madson de Paula, que mora em São Paulo e atua em musicais no Sudeste, ou Bruna Camila, proprietária de uma escola de dança na sua comunidade onde ensina 70 alunos. Mas também há casos de pessoas que ao entrarem em contato com as expressões artísticas , sentiram-se estimuladas a seguir por diferentes áreas profissionais. É caso de Fred Ramon, que passou em nove universidades americanas e hoje estuda Ciência da Computação e Estudos Globais na Whittier College, em Los Angeles (EUA), ou Ruth Gomes, que faz mestrado na área de fisioterapia. “No Aria, 60% nos nossos alunos vão para a universidade”, orgulha-se Cecília Brennand diretora da entidade que atende 520 alunos, com idades a partir dos seis anos. Bailarina e ligada às artes, Cecília concebeu a organização inspirada num projeto da Edisca, de Fortaleza, e também inclui entre as atividades apresentações de espetáculos de dança, que já percorreram vários teatros no Recife e no País. Nesta conversa com Cláudia Santos, realizada na bela sede do projeto, situada no bairro de Piedade, ela conta a trajetória do Aria Social, fala dos desafios de obter patrocínio e dos planos para o futuro do projeto. Como começou sua trajetória no mundo das artes? Minha formação é em dança. Quando decidi me dedicar a essa arte, não havia faculdade de dança aqui, então fui aprender com Mônica Japiassú. Sou cria dela em todos os sentidos, na forma de pensar, de dançar valorizando a expressão verdadeira, a emoção, a beleza do movimento que vem de dentro para fora. Não conheço ninguém que deu aula para criança como ela. Com formação clássica, estudou na Rússia, fez arte dramática com Fernanda Montenegro e foi responsável por trazer a arte moderna para Pernambuco. Comecei como bailarina e, aos 16 anos, passei a dar aulas de dança no salão e no jardim da casa onde morava com minha mãe, na rua Benfica. Dei aulas de dança para crianças e de alongamento para adultos durante 10 anos, mas meu forte foi trabalhar com o público infantil. No final dos anos 1980, comecei a fazer produção de espetáculos, foi quando conheci o coreógrafo tcheco Zdenek Hampl, por meio de Mônica Japiassú. Em 1991, abri a produtora Sopro de Zéfiro. Depois, passou a se chamar Aria, quando abri o CNPJ para o Projeto Aria Social. Como produtora na Sopro de Zéfiro, fiz três espetáculos, todos coreografados por Zdenek Hampl. Um deles inspirado na obra de Francisco Brennand e os outros dois foram Peles da Lua e Lua Cambará, que é um conto de Ronaldo Correia de Brito com música composta por Zoca Madureira. Depois entrei para as artes plásticas, atuei 10 anos com uma galeria aqui onde funciona hoje o Aria Social. Fiz muitas exposições importantes, como a de Siron Franco. Mas amo dar aulas. Comecei o Aria dando aulas de dança para crianças. E como surgiu a ideia do Aria enquanto projeto social? Quando minha mãe alugou a casa, na época em que eu era bailarina e produtora, fiquei sem espaço para dançar e sem escritório. Então, surgiu a ideia de construir o Aria para ser um templo da arte, um espaço para produção de espetáculos. Compramos o terreno em Piedade, o bairro onde eu morava e que, na década de 1990, era um deserto, mas havia o projeto de construção do Shopping Guararapes e sabíamos que ia crescer. O nome era Ária Espaço de Dança e Arte porque era destinado à dança mas, por influência da minha mestra Mônica Japiassú, eu queria abrigar as outras artes, como artes plásticas e música. Em 2004, conheci em Fortaleza o Edisca, um projeto social com dança, aula de artes, refeitório para as crianças. Era incrível! Tinha até um trabalho com as mães. Fiquei louca pelo projeto e pensei: é isso que quero para minha vida. Até então, aqui, praticamente, só acontecia dança, porque as crianças não tinham tempo, faziam outras atividades como inglês, computação, e a maioria não tinha orçamento para fazer dança e música. Então, eu planejei: “com um projeto social, vou conseguir patrocínio para que as crianças possam vivenciar a música também”. Em parceria com a Escola Conviver, tinha indicações de quem estava precisando, como os projetos Casa Carolina e Pró-Criança. Comecei o Aria Social com 50 alunos de canto e havia 300 alunos particulares. Aos poucos foram entrando mais alunos no social e fui fazendo uma transição. Depois, além das aulas de dança, a escola toda passou a fazer aula de música. Qual é a configuração do Projeto Aria Social hoje? Quais atividades que vocês promovem? A escola inteira vivencia aulas de dança e canto. As crianças aqui têm aulas de dança, canto, flauta, violão, língua portuguesa. Temos a turma de Arte-Educação, com mais de 350 crianças, a partir dos 6 anos de idade, e a turma de Formação Artística, com cerca de 60 jovens, entre 16 e 17 anos de idade, que querem realmente vivenciar a vida artística, têm uma carga horária bem maior, de três dias na semana, a manhã toda, inclusive almoçam aqui. São

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Aria Social brilhou no espetáculo de Natal no Instituto Ricardo Brennand

Concerto reúne quase 80 artistas celebra o Natal com clássicos musicais e dança, fortalecendo o projeto cultural e social idealizado por Cecília Brennand há 30 anos. Fotos: Ricardo Nascimento *Por Rafael Dantas O Aria Social apresentou um belíssimo espetáculo natalino no Instituto Ricardo Brennand, deixando um desejo no público pernambucano de conhecer mais da arte e das ações do projeto criado por Cecilia Brennand há três décadas. O Concerto de Natal, realizado na área externa da Capela Nossa Senhora das Graças, trouxe clássicos natalinos, executados pelos cantores, músicos e bailarinos do projeto. Ao todo, quase 80 artistas subiram ao palco, sendo 28 músicos, 44 bailarinos-cantores e seis solistas. O espetáculo teve a direção artística e coreografia de Ana Emília Freire e a direção musical e a regência de Rosemary Oliveira. Além da direção geral, a bailarina Cecília Brennand é um dos destaques do espetáculo. O evento, que marca o encerramento das atividades do ano do projeto social, está em sua terceira edição, mas com apelo de se tornar uma das atrações culturais de final de ano da capital pernambucana. Com toda renda de ingressos revertida para a continuidade das atividades do Aria, o espetáculo une a sofisticação artística e com a responsabilidade social.

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Shows e espetáculos encerram a Ocupação Espaço O Poste 2024

Apresentações celebram a cultura afroindígena e marcam os 20 anos do grupo O Poste Soluções Luminosas. Na imagem, o artista Lêpe Correia (Foto: Erlânia Nascimento) A Ocupação Espaço O Poste 2024 encerra sua programação neste fim de semana com apresentações marcantes no Recife. Na sexta-feira (13), o espetáculo teatral “Se eu fosse Malcolm” será encenado às 19h, seguido no sábado (14), no mesmo horário, pelo show “Canto do Reencanto”, de Lepê Correia. O projeto, promovido pelo grupo O Poste Soluções Luminosas, celebra 20 anos do coletivo com foco na valorização da cultura afroindígena em Pernambuco. O espetáculo “Se eu fosse Malcolm” traz o ator Eron Villar e a DJ Vibra em uma performance decolonial que revisita a trajetória de Malcolm X, ícone da luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Com cenas minimalistas e músicas pontuais, a peça propõe reflexões sobre identidade e resistência. A entrada custa R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), e os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria ou via Sympla. Já no sábado (14), Lepê Correia apresenta o show “Canto do Reencanto”, com entrada gratuita. A performance, que conta com produção de Afonjah e participação especial dos filhos do artista, explora as vivências e sabedoria de Lepê, acumuladas ao longo de uma trajetória iniciada na década de 1970. Além de músico, Lepê é Mestre em Literatura e Doutor em Educação, reconhecido como uma voz essencial para a negritude no Brasil. Desde maio, a Ocupação Espaço O Poste 2024 movimentou a cena cultural recifense com 28 eventos que exaltaram a arte e a história afroindígena, consolidando o grupo O Poste como referência regional e nacional em Teatro Negro. “Ao longo do ano, pudemos ver pessoas pretas e indígenas frequentando o Espaço O Poste e se vendo representadas nas mais diversas linguagens artísticas (...). Completamos 20 anos de luta e resistência na arte”, destaca Naná Sodré, uma das fundadoras do grupo. Serviço:Finalização da Ocupação Espaço O Poste 2024 Local: Espaço O Poste – Rua do Riachuelo, 641, Boa Vista, Recife/PE

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Festival de Cinema Takorama apresenta nova edição

O Festival Takorama, ganhador do 1° lugar do prêmio Global da UNESCO MIL, está de volta com uma nova edição. O evento é voltado para espaços educativos e tem como objetivo engajar estudantes por meio do cinema, promovendo o uso saudável, criativo e responsável das telas. Com uma cuidadosa seleção de filmes de animação que abordam temas como ecologia, tolerância, empatia, amizade e cidadania, o Takorama oferece uma oportunidade para escolas de todo o Brasil explorarem o poder educativo da sétima arte. Nessa quarta edição, o Festival Takorama apresenta 15 curtas-metragens de diversos países, com duração média de cinco minutos, e sem publicidade. Disponível até o dia 30 de junho, o programa é dividido em cinco categorias, abrangendo crianças, adolescentes e jovens de 3 a 18+ anos. Todo o conteúdo é gratuito e pode ser acessado no site do festival. Além dos filmes, o Takorama oferece materiais pedagógicos alinhados à Base Nacional Comum Curricular, auxiliando educadores e famílias na promoção de reflexões com o público infantil. Preparar o público jovem e infantil para o mundo das telas, combater as fake news e promover uma sociedade conectada, responsável e criativa são objetivos fundamentais do Festival Takorama. Reconhecido pela Unesco e premiado como a melhor iniciativa no mundo de letramento midiático e educação da imagem, o festival se destaca como uma ferramenta lúdica e educativa para ensinar por meio do cinema. Pais, professores e alunos podem participar desse evento cultural, ampliando seu repertório e desenvolvendo habilidades críticas e criativas. COMO PARTICIPAR O acesso ao Festival Takorama é simples. Basta entrar no site do festival até 30 de junho, preencher um rápido cadastro e aguardar uma mensagem que chegará por email. No email são liberados os links para cada faixa etária e o acesso também ao material pedagógico. Pais e crianças também podem se cadastrar para assistir aos filmes, gratuitamente, em casa.  SERVIÇO Takorama - Festival Internacional de Cinema Acesso gratuito até o dia 30 de junho pelo site www.takorama.org

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