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Therapy Training: exercício físico como terapia ganha espaço na saúde e reabilitação

Profissional de Educação Física e Fisioterapeuta cria método que alia exercício físico e reabilitação Com mais de duas décadas de experiência em Educação Física e Fisioterapia, Michelle Sousa Dias desenvolveu o conceito de Therapy Training. O método une diversas abordagens do exercício físico e da reabilitação para promover a saúde e a qualidade de vida, indo além da estética e do desempenho atlético. Inspirado por experiências em UTIs e academias, o Therapy Training busca um olhar personalizado sobre a condição clínica de cada paciente, trazendo um novo conceito de profissional: o Therapy Trainer. O exercício físico é amplamente reconhecido por seus benefícios à saúde, mas seu potencial terapêutico ainda não é plenamente explorado. Pensando nisso, Michelle Sousa Dias criou o Therapy Training, um método que integra diferentes técnicas para tornar o movimento uma ferramenta essencial na prevenção e no tratamento de diversas condições. "A necessidade de movimentação adequada dos pacientes transplantados para melhorar a perfusão e o funcionamento do órgão transplantado foi um divisor de águas no meu entendimento sobre o papel do exercício físico na medicina", destaca Michelle, que atuou na UTI de Transplante do Hospital Pedro II (IMIP). Atividade Física x Exercício Físico: entenda a diferença Antes de aprofundar o conceito de Therapy Training, é essencial compreender a diferença entre atividade física e exercício físico, dois termos frequentemente confundidos, mas com propósitos distintos para a saúde. De acordo com especialistas, a atividade física engloba qualquer movimento corporal que resulte em gasto energético acima do metabolismo de repouso. Isso inclui tarefas cotidianas, como caminhar, dançar, cozinhar e cuidar do jardim. Já o exercício físico é caracterizado como uma atividade planejada, estruturada e repetitiva, com o objetivo de melhorar ou manter componentes da aptidão física, como força muscular, resistência cardiovascular, equilíbrio e flexibilidade. É nesse contexto que o Therapy Training se destaca. A abordagem utiliza o exercício físico de forma planejada e personalizada, não apenas como uma forma de manutenção da aptidão física, mas também como um recurso terapêutico. Com um acompanhamento especializado, essa metodologia contribui para a reabilitação e prevenção de diversas condições de saúde, promovendo bem-estar e qualidade de vida. Compreender a distinção entre atividade e exercício físico é essencial para adotar práticas adequadas e obter os melhores resultados para a saúde física e mental. Contexto do método Diante dessa vivência, a profissional buscou especializações que complementassem sua prática. Entre elas, destacam-se o Pilates, a metodologia École du Dos do fisioterapeuta André Petit, a certificação CFSC (Certified Functional Strength Coach) de Michael Boyle e o método Rehab Barbell do Dr. Michael Mash. "Unindo esses conhecimentos, concebi o Therapy Training, que combina o melhor de cada método para oferecer um programa de exercícios altamente personalizado", explica Michelle. "Esse conceito traz uma nova categoria de profissional: o Therapy Trainer, aquele que aplica o exercício físico com um olhar clínico e personalizado, indo além do treinamento convencional". O papel do Therapy Trainer - Diferente do personal trainer tradicional, que foca principalmente em desempenho e estética, o Therapy Trainer trabalha com uma abordagem integrativa. Ele avalia histórico clínico, padrão respiratório, mobilidade e outras particularidades do paciente antes de elaborar um programa de exercícios. Os principais diferenciais desse profissional são: Para Michelle, o Therapy Training representa um avanço na maneira como o exercício é utilizado na saúde. "O movimento tem um poder transformador. Quando aplicado com precisão e conhecimento, pode ser um divisor de águas na reabilitação e na prevenção de doenças", conclui. Histórico: paixão pela reabilitação e movimento A inquietação em aprofundar os conhecimentos sobre o exercício físico como ferramenta terapêutica surgiu cedo para Michelle Souza Dias, filha de um médico cardiologista. Após a formação em Educação Física, a curiosidade a levou a ingressar também na faculdade de Fisioterapia em 2007. Ao longo da trajetória acadêmica e profissional, o interesse por compreender doenças, suas fisiopatologias e os processos de reabilitação e restauração de função se tornou cada vez mais evidente. Diante desse cenário, Michelle decidiu estruturar um método próprio de trabalho, combinando diferentes abordagens para potencializar os benefícios do exercício na reabilitação. Para isso, buscou certificações que complementassem sua prática profissional, trazendo embasamento técnico e inovação ao atendimento. Entre as especializações adquiridas, destacam-se: O método é um olhar atento à individualidade de cada paciente, sendo uma dinâmica atual e integrativa na área da reabilitação e do fortalecimento físico, unindo ciência e prática para promover qualidade de vida e recuperação eficaz. Michelle Sousa Dias @michellediastherapytrainer | Email: therapytrainermd@gmail.com 3ª edição do Difusora Running em Caruaru abre inscrições Já estão abertas as inscrições para a 3ª edição do Difusora Running, que este ano será realizado no dia 17 de maio. O evento que já está no calendário esportivo da cidade, abriu o primeiro lote de inscrições com valor promocional. Nesta primeira etapa, os interessados em participar podem realizar a inscrição através do site: https://www.ticketsports.com.br/. A inscrição custa R$ 110,00 mais 1kg de alimento não perecível que deve ser entregue no dia da retirada do kit. Os participantes PCD têm desconto de 50%.Este ano os competidores irão concorrer nas categorias de caminhada 3km e corrida, segmentados por masculino e feminino, em trajetos de 5km e 10 km. A premiação será destinada aos competidores da categoria corrida de rua. Nos dias 14, 15 e 16 de maio, os atletas devem retirar o kit corrida no Shopping Difusora, no stand de atendimento que será montado no shopping. O kit é composto de camisa Dry-Fit Sport, com 50% UV, sacochila, chip descartável, número de peito, medalha (entregue após a conclusão da prova). O kit só será retirado com a identificação do participante e a entrega do alimento não perecível. Não será entregue kit no dia do evento. A largada da corrida e  chegada será na Avenida Agamenon Magalhães, em frente ao Difusora, onde será montada uma estrutura para receber os corredores, que durante o percurso, receberão água e ao fim do evento, uma mesa com frutas será disponibilizada para hidratação dos atletas. Informações clique AQUI Hobbyterapia: como atividades manuais e criativas ajudam na saúde mental | Técnica

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Dia Mundial da Atividade Física visa estimular a prática regular do exercício

O Dia Mundial da Atividade física é comemorado no dia 6 de abril e tem como um dos objetivos, conscientizar as pessoas sobre a importância da prática de exercícios para a saúde e o bem estar. Carlos Alves, professor da Cia Athletica, explica algumas vantagens do hábito. “A atividade física é capaz de melhorar a aparência da pele, ajuda a diminuir e controlar o peso corporal, diminui o risco de doenças do coração, pressão alta, osteoporose e diabetes”, diz. A prática também aumenta o colesterol bom (HDL) e ajuda a produzir o hormônio do bem estar, a serotonina. Segundo um levantamento realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), sete em cada dez brasileiros não praticam atividade física com regularidade. A estatística chama atenção porque a prática de exercício é uma maneira de prevenir uma série de doenças como a hipertensão, diabetes e até o câncer. Para estimular as pessoas a ter um hábito mais saudável, o professor da Cia explica quais são os exercícios mais incentivados para cada faixa etária. Na infância são indicadas as atividades que desenvolvam a resistência, coordenação motora e agilidade. Normalmente, a prática de esportes do gosto da criança é uma oportunidade de fazer com que os pequenos tomem gosto por praticar atividade física. Já para os adultos, as atividades sugeridas são as que melhorem a resistência aeróbia, flexibilidade e a força muscular. Esses exercícios podem ser feitos em ambientes fechados (academias) e ao ar livre como praias e parques. Para os mais experientes, Carlos explica os pontos que devem ter mais atenção. “É importante praticar atividade física onde a pessoa tem que deslocar ou vencer uma resistência com alguma carga, como por exemplo, musculação, natação e pilates”, comenta. Na maioria dos idosos, é percebida que a força muscular é a maior necessidade a ser trabalhada. Atualmente o treinamento funcional tem promovido bons resultados ao condicionamento físico do idoso. As demais atividades também devem ser trabalhadas com a resistência, flexibilidade, equilíbrio, entre outros. É importante lembrar que a prática de atividade física feita de maneira eventual não consegue promover os benefícios para o corpo como a prática realizada regularmente. A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda se exercitar no mínimo três vezes na semana, com a intensidade leve a moderada, alternando os exercícios aeróbios com os de força muscular. Caso o praticante tenha alguma doença músculo esquelética e/ou sistêmica, tem que ter uma adequação da atividade física levando em consideração a doença pré existente.

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A importância da atividade física para deficientes físicos

11 de outubro é o Dia da Pessoa com Deficiência Física, uma data para debater sobre a importância da acessibilidade e inclusão social. Profissionais de saúde também aproveitam o dia para lembrar sobre a importância da prática de atividades físicas para essas pessoas, já que muitos, por possuir algum tipo de limitação motora, acabam achando que sedentarismo é consequência. Segundo o professor do núcleo de pós-graduação em Educação Física do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE) *Humberto Gomes, não se mexer pode até acentuar ainda mais os efeitos da limitação motora. “O paralítico, como um dos exemplos, passa maior parte do tempo sentado, logo a circulação sanguínea para os membros inferiores pode ficar comprometida, acentuando os riscos de doenças vasculares, o que pode acentuar os riscos de doenças cardiovasculares”. Segundo o professor, outro aspecto a destacar é que em muitos casos o aumento do peso corporal pode ser observado, levando a efeitos deletérios ocasionados pelo sobrepeso e obesidade, como elevação dos níveis de colesterol LDL (ruim), aumento da glicemia (açúcar no sangue) e dores articulares. Entre os comprometimentos ocasionados pelo sedentarismo é que, a depender da deficiência física, observa-se um desequilíbrio corporal (desalinhamento), situação observada em algumas patologias. “Nesse caso, pode haver o desenvolvimento de doenças relacionadas ao sistema osteomioarticular, que engloba os ossos, músculos e articulações) levando, geralmente, a dores lombares. Assim, o recomendado fortalecimento da musculatura dos membros superiores e região do tronco, denominada mais atualmente como CORE, são estratégias que devem ser adotadas”, explica Humberto. O professor do IDE lembra ainda que, em se tratando de deficiências cognitivas, relacionadas principalmente ao processo de aprendizagem, o sedentarismo mostra-se mais prejudicial ao processo de formação e fortalecimento das relações interpessoais. Por isso, o ideal seria que o deficiente físico fosse acompanhado por uma equipe multidisciplinar, incluindo médico, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo e profissional de educação física para que esses profissionais possam buscar e discutir as diferentes formas de intervenção. “Entre as atividades realizadas por um profissional de Educação Física que podem ajudar a melhor a qualidade de vida do paciente, atividades lúdicas, recreativas, esportivas e atividade física de alto rendimento, como o Brasil vem se destacando como potência paraolímpica”, esclarece o professor do IDE. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que o Brasil tem 6,2% de sua população com algum tipo de deficiência. As políticas públicas de inclusão no país ainda são precárias, e as cidades estão longe de uma acessibilidade ideal. Mas a dica do professor é que a pessoa busque, primeiramente, a superação em diferentes dimensões, como comportamental, emocional e física entre outras. “Assim, o exercício físico surge para muitos deficientes como um suporte, principalmente para os que ficaram deficientes após um acidente”. Já a fisioterapia, outra grande aliada, vem para harmonizar os músculos e articulações, com o objetivo de tornar o movimento o mais funcional possível, segunda conta a coordenadora da pós-graduação em fisioterapia neurofuncional do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE), Adriana Maciel. “Costumo dizer que todo tratamento tem que ter começo, meio e fim. E no caso dos pacientes neurológicos, mesmo quando as metas funcionais são atingidas, é interessante que o paciente passe por revisões mensais, apenas para acompanhamento, mas sempre na dependência do tipo de patologia apresentada”. Segundo a fisioterapeuta, movimento é vida. “Portanto, movimente-se bastante, nas mínimas atividades da vida diária, respeitando, claro, as limitações de cada um. Além disso, lembro de aliar com uma alimentação saudável para uma saúde e bem-estar”.

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Gestante pode e deve fazer atividade física

A atividade física durante a gestação controla o ganho de peso, reduz as dores lombares, previne contra algumas doenças, como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia, facilita o trabalho de parto e melhora o sistema cardiovascular beneficiando mamãe e bebê. “Porém, é fundamental conversar com o médico antes de iniciar qualquer exercício. Só ele pode dizer o que a paciente tem condições de fazer, pois, em alguns casos, há restrições como a gravidez de gêmeos e contraindicações quando há o risco de parto prematuro, por exemplo”, alerta a Dra. Karina Hatano, médica de exercício e do esporte e especialista em gestante. Os treinos devem ser relaxantes e bem orientados, além de respeitar as limitações da mulher. Os intensos precisam ser evitados porque podem prejudicar o desenvolvimento fetal. Após o nascimento do bebê também é importante dosar a intensidade para não afetar a produção do leite materno. Para melhorar a circulação sanguínea e diminuir os inchaços, as melhores atividades são as aeróbicas principalmente caminhadas, natação, hidroginástica e bicicleta. Associando-as, sempre que possível, à musculação e ao alongamento. “Com o passar dos meses o centro da gravidade se altera e consequentemente a postura. Essa mudança provoca dores nas costas. O alongamento e os exercícios de fortalecimento muscular, ajudam a relaxar e prevenir incômodos próprios da alteração anatômica na gestação, principalmente nas costas e nas pernas. Evitam ainda a incontinência urinária e diástase na barriga, quando a parede dos músculos do abdômen se divide ao meio, na vertical, partindo o umbigo”, explica Karina. A médica alerta, porém, para ficar longe dos exercícios com forte contração no abdômen, como os abdominais hipopressivos pois aumentam a chance de hérnia umbilical. Na pós-gestação a atividade física também é fundamental. “Nos seis meses após o parto, os hormônios da gestação que ainda estão no organismo da mamãe aceleram a perda de peso e propiciam maior definição da silhueta. A volta à forma de quem pratica atividades nesse período é muito mais rápida se compararmos com quem espera mais tempo para recomeçar a se exercitar”, comenta a especialista. Para a prática de exercícios é importante ainda tomar certos cuidados como estar sempre bem hidratada, usar roupas adequadas, evitar esportes com traumas na barriga e se alimentar antes das atividades Sinais de alerta durante a atividade física na gravidez No caso de apresentar pelo menos um destes itens, deve parar imediatamente e consultar o médico para saber se pode ou não continuar a fazer a atividade física. · Visão turva ou embaçada; · Enjoo; · Falta de ar; · Palpitações; · Tontura; · Dor abdominal; · Desmaio; · Dor no peito; · Sangramento vaginal; · Contrações uterinas; · Perda de líquido amniótico; · Dor de cabeça; · Dor no peito; · Dor na panturrilha e inchaço; · Queda do movimento fetal; · Fraqueza muscular. Situações em que não se deve fazer atividade física na gravidez · Doença cardíaca, pulmonar ou ortopédica; · Gravidez de gêmeos, com risco de prematuridade; · Placenta prévia depois das 26 semanas de gestação; · Pré-eclâmpsia; · Sangramento uterino ou vaginal; · Diminuição dos movimentos do feto; · Retardo no crescimento intrauterino; · Hipertensão e hipotireoidismo mal controlados.

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Nabuco engajada na Paulista Run North Way

Acontece no próximo dia 29 de abril a primeira corrida de rua da cidade de Paulista. Com objetivo de incentivar a prática do esporte e promover lazer e entretenimento para a população da região, a Faculdade Joaquim Nabuco Paulista, por meio da Coordenação de Educação Física, firmou parceria com o Paulista North Way Shopping para participar da primeira Paulista Run North Way. Para o coordenador de Educação Física da NABUCO, Wagner Lima, este evento é importante não só para incentivar hábitos saudáveis e disseminar o curso entre a população da cidade de Paulista, mas também para apresentar aos estudantes e a própria comunidade, na prática, algumas das tantas modalidades que a profissão engloba. “Com esta atividade podemos apresentar aos alunos mais um viés que o mercado de trabalho oferece para o profissional de Educação Física”. A concentração para percorrer o percurso de 5km acontece a partir das 15h, no estacionamento do shopping (local de partida e chega). Antes da corrida, que terá início às 16h, estudantes dos demais cursos de saúde da Faculdade Joaquim Nabuco estarão em um stand da instituição realizando atividades como aferição e pressão arterial e medição do índice glicêmico. No total, 50 discentes vão prestar apoio em toda a organização da ação e receberão complemento acadêmico de 10 horas de atividades complementares. O coordenador diz ainda que ultimamente é comum observar uma grande aceitação das corridas de rua por parte da sociedade. A interação, sociabilização, motivação elevada após uma corrida com esse perfil, são fatores psicossociais fundamentais para o sucesso da ação. “Uma instituição do porte da NABUCO não poderia deixar de participar de uma atividade como essa e, por meio dela, divulgar para os jovens que sonham em seguir a profissão que eles podem realizar suas expectativas de se tornarem profissionais de Educação Física”, conclui Wagner. A abertura do evento contará ainda com a apresentação de atividades culturais e atividades como aulas de dança e outros meios entretenimentos físicos. Cerca de 1000 corredores, entre profissionais e amadores, estão sendo esperados pela organização do evento, que simbolicamente entregará uma medalha para todos os participantes da prova. Além de medalhas, os primeiros colocados serão premiados com troféus. Já os três primeiros colocados por faixa etária receberão um medalhão e ainda as três equipes com maior número de corredores inscritos receberão um troféu.

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Está com preguiça de malhar? Veja essas dicas

Você não curte fazer atividade física? Ou é daqueles que se empolga para entrar na academia, mas não resiste a duas semanas levantando pesos? A dificuldade de manter-se disposto para se exercitar é um problema recorrente dos brasileiros.De acordo com o IBGE, apenas 28,5% da população pratica atividades físicas e somente 4% está matriculada em alguma academia ou centro de treinamento esportivo. Cientes desse quadro desafiador, os especialistas da área tem se debruçado para entender os motivos desse comportamento “preguiçoso” e para criar mecanismos motivacionais para essa pretensa geração saúde. De acordo com o professor da UPE e dono da Academia Plataforma, Cláudio Barnabé, estudos indicam as razões que fazem a maioria das pessoas não conseguiu ultrapassar as primeiras semanas de exercícios. “Os primeiros 45 dias são apenas calor, suor e cansaço. Esse é um período sem resultados, além de não haver ainda a aptidão nem a habilidade por parte do aluno. Isso desmotiva e faz o indivíduo pensar: Não nasci para isso”. Para combater esse problema, o professor explica que é necessário ter um trabalho fortemente motivacional e sem dor no período de adaptação. “Hoje 33% dos clientes abandonam a academia com 5 dias de exercício, mesmo que tenham pago o ano inteiro. Para reverter isso, propomos um início com cargas absolutamente leves, menos tempo de musculação e mais exercício de flexibilidade e alongamento. Nesse começo o aluno terá uma melhora na qualidade do sono e na capacidade de raciocinar”, sugere. Além dessa frustração inicial daqueles que tiveram essa experiência negativa do início ou retomada da academia, o especialista indica que a falta de uma cultura de realizar atividades físicas entre os brasileiros desde a infância dificulta que passem a gostar quando adultos. “Sem uma educação física adequada na escola, o indivíduo só buscará uma atividade quando ouvir do médico que precisa, porque está hipertenso, com sobrepeso ou cardiopatia. O exercício é um remédio, não um prazer”, explica. De acordo com Cláudio Barnabé, essa barreira cultural não está presente nos países desenvolvidos, onde é com uma prática esportiva desde a infância. Promover um ambiente descontraído, que favoreça a rede de relacionamentos, é outra preocupação das academias. Tanto ajuda a fidelizar aqueles que estão na luta dos primeiros dias, como motiva os mais experientes. Kialdo Lemos, 49 anos, sempre gostou de atividades físicas, desde o período colegial, quando jogava voleibol. Hoje, ele corre três vezes por semana, além de malhar até quatro dias. “Para mim a atividade é prazerosa. Quem busca uma academia, deve fazer novas amizades por lá, como fazia na infância quando se juntava para brincar ou jogar bola”, sugere. Além do ciclo de relacionamentos e do prazer em fazer exercícios, Kialdo destaca que a consciência de que precisa cuidar da saúde é outra motivação para se manter na ativa. A participação eventual em competições de pedestrianismo também o anima. A identificação das modalidades que mais agradamos clientes e a diversidade das atividades propostas é outro segredo para vencer a desmotivação. “Como muita gente não curte malhar, as academias foram levadas a promover outras alternativas, como o crosfit, aulas de ginástica, treinamento funcional. Isso  é importante para que eles não fiquem presos só ao ambiente da musculação. Tem aluno que pratica um pouco de cada aula”, afirma o personal trainer da Academia Santeé, Fábio Siqueira Campos. Funcionária da Prefeitura do Recife, Erika Crisóstomo, 38 anos, é do tipo que não suporta fazer academia. “Malho todos os dias por conta da saúde e também por motivação estética. Mas não vou com prazer”, conta. Com a prática de fazer exercícios há alguns anos, ela se habituou. Entrou na rotina e quando passa algum tempo longe da malhação, ela já sente falta. “O organismo já está habituado ao condicionamento”. Com apenas 40 minutos por dia na academia Treno Fitness, nas Graças, ela conta que a diversificação dos exercícios é um dos segredos para não cair na desmotivação. “Meus professores sempre modificam meus treinos para não ficar monótono. Se dependesse só de mim não pegava embalo”, afirma. Associado às atividades, ela mantém uma alimentação sob orientação de uma nutricionista para ficar em forma. Essa dobradinha com outros profissionais, além do personal ou orientador da academia, ajuda também a acelerar os resultados almejados pelos alunos. Encontrar espaços que com horários de funcionamento que se encaixem na sua rotina, que disponham de alternativas de modalidades do seu gosto e invistam em trabalho motivacional pode ser o empurrãozinho que faltava para você voltar à ativa. Por Rafael Dantas

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