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Luiz Gonzaga

Filme sobre Luiz Gonzaga estreia com turnê nacional e pré-estreia especial no Recife

“Légua Tirana Tour” reúne sanfoneiros e elenco em celebração à trajetória do Rei do Baião, com apoio da Sungrow e da Secretaria de Cultura de Pernambuco A cinebiografia Luiz Gonzaga – Légua Tirana estreia nos cinemas no dia 21 de agosto e será lançada com uma turnê nacional que une cinema e música. A Légua Tirana Tour passará por várias cidades brasileiras com pré-estreias e pocket shows protagonizados pelos intérpretes de Gonzagão. O primeiro evento acontece no dia 2 de agosto, em Recife, data simbólica do encantamento do artista, no Cine São Luiz, com apoio da Secretaria de Cultura de Pernambuco. O longa, dirigido por Diogo Fontes e Marcos Carvalho, mergulha na infância e adolescência de Luiz Gonzaga, destacando suas raízes familiares em Exu e sua relação profunda com o sertão. A narrativa é conduzida por diferentes intérpretes: Kayro Oliveira (infância), Wellington Lugo (adolescência), Chambinho do Acordeon (fase adulta) e Joquinha Gonzaga (encantamento). “É uma grande honra iniciar essa jornada no dia 2 de agosto, em Recife, data simbólica que marca o encantamento de Luiz Gonzaga, e reunir os intérpretes do nosso eterno Gonzagão — cada um representando uma fase dessa trajetória lendária”, afirma Fontes. Distribuído pela O2 Play e produzido pela Mont Serrat Filmes e Instituto Cinema no Interior, o filme também conta com nomes como Luiz Carlos Vasconcelos, Cláudia Ohana, Tonico Pereira, Ivanildo Gomes Batoré (in memoriam) e Mestre Bule Bule. “Para nós, da Mont Serrat Filmes e do Instituto Cinema no Interior, Luiz Gonzaga – Légua Tirana é mais do que um filme: é um tributo vivo à força cultural do nosso povo”, destaca o diretor Marcos Carvalho. “Com a Légua Tirana Tour, queremos atravessar o Brasil levando essa celebração — não apenas por meio das pré-estreias, mas também através da música, do encontro e do diálogo com o público.” A turnê inclui ainda as cidades de São Paulo (SP), Brasília (DF), Aracaju (SE), Salvador (BA), João Pessoa (PB), Juazeiro do Norte (CE), Serra Talhada (PE), Maceió (AL), Caruaru (PE), Fortaleza (CE) e Petrolina (PE). O patrocínio é da Sungrow do Brasil, que vê no projeto uma oportunidade de unir energia limpa e cultura. “Essa iniciativa reforça o nosso compromisso de contribuir para a valorização da cultura brasileira e de promover o desenvolvimento social na região Nordeste”, afirma Samuel Costa, gerente de marketing da empresa no Brasil. Mais do que uma cinebiografia, o filme é um manifesto audiovisual sobre o legado de Luiz Gonzaga, a riqueza do sertão e a importância da memória cultural nordestina. Com cenários na Chapada do Araripe, o longa traz à tona ritmos, paisagens e sonoridades que moldaram a identidade musical do Rei do Baião — e que continuam pulsando no coração do Brasil. 🎬 Luiz Gonzaga – Légua Tirana📅 Estreia nacional: 21 de agosto📍 Pré-estreia em Recife: 2 de agosto, Cine São Luiz🎶 Pocket show com os intérpretes após a sessão

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Memorial Luiz Gonzaga celebra o aniversário do Rei do Baião

Para homenagear aquele que conseguiu cantar a luta do povo nordestino para o mundo inteiro, o Memorial Luiz Gonzaga preparou uma programação especial, em celebração aos 105 anos, que Gonzagão completaria nesta quarta. Ao longo de todo o dia de amanhã, acontecerão visitas guiadas, exibição de vídeos e audição de músicas originais do Rei do Baião, sorteios de brindes nas redes sociais, além de apresentação do Trio de Forró de Toinho do Baião. Para disseminar o legado deixado pelo velho Lua, o equipamento cultural da Prefeitura do Recife, mantido pela Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife, oferecerá ainda uma oficina gratuita de apreciação musical, intitulada O Fole Roncou, nos dias 14 e 15. Os alunos receberão noções básicas de acordeon, a sanfona de 120 baixos, aproximando admiradores e curiosos do instrumento que marca a identidade nordestina. Para participar, os interessados devem se inscrever pelo e-mail: educativo.mlg@gmail.com ou presencialmente, das 10h às 16h, no próprio Memorial Luiz Gonzaga. O Memorial fica localizado na casa 35, no Pátio de São Pedro. Confira a programação completa: 13 de dezembro Visitas guiadas - das 9h às 17h Sorteios de brindes nas redes sociais - 14h Apresentação artística – das 14h30 às 18h 13 a 15 de dezembro Exibição de vídeos – das 9h às 17h 14 e 15 de dezembro Oficina de Sanfona- das 14h às 16h Local: Memorial Luiz Gonzaga, Pátio de São Pedro, nº 35, Bairro se São José

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Luiz Gonzaga: um rei na paisagem

Luiz Gonzaga do Nascimento, conhecido pelo Brasil inteiro como o Rei do Baião, falecido no Recife, em 2 de agosto de 1989, foi considerado por muitos como o Pernambucano do Século quando da passagem do ano de 2000. Em 12 de março de 2015, quando a cidade do Recife festejava o seu 378º aniversário, a prefeitura resolveu homenagear o Rei do Baião com um imenso painel de 77 metros de altura, oito metros de largura e 3,6 de profundidade, com sua imagem em cores vivas fixada no edifício sede. A monumental obra é de autoria do muralista paulista Eduardo Cobra, conhecido internacionalmente por seus trabalhos estampados em 14 países, em cidades como Nova York, Los Angeles e Moscou. O Gonzagão, como foi intitulado o painel da Prefeitura da Cidade do Recife, é a lateral de prédio com mural mais alta da América Latina. O trabalho mostra o cantor e compositor Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, com seu chapéu de couro e sua inseparável sanfona branca de 120 baixos. Para a confecção do mural, Eduardo Kobra usou cerca de 900 latas de spray e mais de 200 galões de esmalte sintético na fachada da prefeitura. "O equipamento foi instalado na face do prédio voltada para o rio e para a Rua da Aurora. É a maior imagem exposta em uma fachada na América Latina”, diz o artista. Nos dias atuais, quem quer que aviste o edifício da Prefeitura, localizado no Cais do Apollo, em qualquer hora do dia ou da noite, vai contemplar a monumental imagem de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião emoldurada pelo céu azul do Recife e pela mansidão do Capibaribe no seu caminhar em busca do oceano Atlântico. DE EXU PARA O MUNDO. Nascido em 13 de dezembro de 1912, no dia em que a Igreja Católica Romana celebra a festa de Santa Luzia, Luiz Gonzaga do Nascimento veio a tornar-se maior divulgador da música rural nordestina. Acompanhando o pai Januário, por bailes e feiras da região, o menino foi, aos poucos, afeiçoando-se aos oitos bai­xos e aos costumes. Cenas e usanças da região que viera des­crever mais tarde. Ao completar 17 anos, fugindo de um castigo de seu pai, o menino Luiz segue para Fortaleza onde se alista no Exército. Em outubro de 1930, com a Revo­lução Liberal é transferido para a Paraíba, percorre vários Estados do Norte, viajando, logo de­pois, para o Centro-Sul aonde vem fixar-se em Minas Gerais. Já no Rio de Janeiro, em 1939, deixa o Exér­cito e vai ganhar a vida como sanfoneiro. Passou a frequentar programas de rádio e surgiu assim o convite de Ja­nuário Franca para acompanhar Genésio Arruda numa gravação na RCA Victor; onde é convidado por Ernesto Matos para participar como solista: Em 1941, Luiz Gonzaga gravou os seus dois primeiros discos 78 RPM. Deixando a Rádio Clube passou para Rádio Tamoio, com um contrato de seiscentos mil réis acrescido da proibição de cantar; tão somente instrumentista. A sua primeira gravação como cantor veio acontecer em 1943, na mazurca Dança Mariquinha, feita de parceria com Miguel Lima. No ano seguinte deixa a Rádio Tamoio, passando para o cast da Rádio Nacional, onde Paulo Gracindo o apelida Luiz "Lua" Gonzaga, numa referência ao rosto redondo. Em 1945, quando do final da Segunda Guerra Mundial, Gonzaga com­põe com Miguel Lima o calango Dezessete e setecentos. No mesmo ano e com o mesmo parceiro, compõe Penerô xe­rém e a mazurca Cortando o pano, tornando-se parceiro, a partir daquele ano, do cearense Humberto Teixeira com quem compôs gran­des sucessos. Dessa parceria surgiu Baião, gravado pelos Quatro Ases e um Coringa na Odeon, gravado em 1946. Inspirado na vestimenta do cangaceiro nordestino e nos vaqueiros do Araripe, Luiz Gonzaga passou a apresentar-se encourado firmando-se como uma marca registrada em todo Brasil. No final dos anos 40 do século 20, surge o encontro com o então estudante de medi­cina José de Souza Dantas Filho... “Estávamos no ano de 1947, no Grande Hotel do Recife, e assim surgiu a parceria Zé Dantas-Luiz Gonzaga responsável pelos maio­res sucessos do baião nos anos 50”. Ao lado de Zé Dantas e Paulo Roberto, Gonzaga par­ticipou, em 1953, do programa da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, depois se transferiu para São Paulo quando suas apresenta­ções ficaram, cada vez mais, restritas a cidades do interior e ao ciclo junino. No mercado discográfico os seus discos con­tinuaram a ser reprensados e, com o aparecimento dos novos discos 33 RPM, os seus maiores sucessos tornaram a ser reeditados pela RCA. Com o aparecimento da bossa nova, da Jovem Guarda, da música dos Beatles e do Elvis Presley, nos anos 50 do século 20, Luiz Gonzaga eclipsou o seu talento e sumiu no cenário da música brasileira. Coube a Carlos Imperial chamar a atenção para o que muitos julgavam... “superado e obsoleto”: A música dos Beatles têm nítidas semelhanças com a música nordestina. Na se­gunda metade dos anos 60 foi o próprio Carlos Imperial que se encarregou de espalhar o boato de que os rapazes cabe­ludos do conjunto The Beatles iriam gravar Asa Branca. Na linguagem dos jornais, de uma "barriga" o Brasil despertou para a grande figura de Luiz Gonzaga. Daí em diante Luiz Gonzaga vol­tou a crescer, e voltou às paradas de sucesso com Ovo de codorna. Nestes três últimos discos, Luiz Gonzaga chegou atingir a mais de 200 mil cópias vendidas em cada lançamento. No âmbito discográfico suas gravações passaram a contar por vezes, com a participação de seu filho Gonzaguinha, Humberto Tei­xeira, Emilinha Borba, Carmélia Alves, Nélson Valença, José Marcolino, Fagner, Gal Costa, Elba Ramalho, Dominguinhos, Sivuca, Dorinha Gadelha, Alcione, dentre outros. O Rei voltou ao seu trono; novamente o baião vol­tou a reinar.

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