Arquivos Café - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Pernambuco, terra de café especial. Uma bebida nobre e popular

*Por Geraldo Eugênio Estudar a origem e domesticação das espécies cultivadas de plantas é uma viagem agradável pela história natural, econômica e social da humanidade. Conhecer um pouco do trabalho monumental do cientista russo Nikolai Vavilov que, na primeira metade do Século 20, estabeleceu as bases para o que se conhece como centros de origem das plantas é indispensável a quaisquer profissionais que se dediquem à agricultura. A parte horrenda dessa história é que Vavilov terminou seus dias em um campo de concentração soviético, tratado como um criminoso responsável por crimes contra sua pátria. Uma mancha na história da ciência e da humanidade. É dentro desta narrativa que surge a origem do café, uma espécie arbórea, originárias das montanhas da Etiópia, que se deslocou ao Iêmen, à Indonésia e Malásia, do Sudoeste da Ásia à Europa, às Guianas e da Guiana Francesa ao Brasil. Portanto, percorrendo um longo caminho. No caso brasileiro, a introdução se deu em Belém do Pará, por um adido militar brasileiro cujo nome é Francisco de Melo Palheta, um personagem que prestou uma das maiores contribuições a sua nação. Por mais de um século, o café foi se deslocando lentamente pelo litoral até chegar na capital, Rio de Janeiro, e se iniciar uma outra história sobre sua difusão e a importância para o Brasil, país que se orgulha de ser o principal produtor e exportador mundial. Duas espécies representam a produção comercial dessa bebida: o café arábica (Coffea arabica) e o café conilon ou robusta (Coffea canephora). O primeiro, amplamente cultivado em Minas Gerais, São Paulo e nas Serras do Espírito Santo, enquanto o segundo, mais rústico, pode ser plantado em altitudes mais baixas, tendo o estado do Espírito Santo como maior produtor nacional. No momento, a cafeicultura passa por uma transformação radical, o café se tornou uma bebida valorizada, nobre, de mercado e consumidores especializados, embora não deixe de ser a principal bebida entre todas, em todo o mundo. Por falar nisso, a revista Algomais publicou uma análise, em 12 de abril de 2018, sobre a situação do café em Pernambuco, na qual a analista do Sebrae PE, Valéria Rocha, previa a expansão do consumo do café e da valorização da cafeteria como um ambiente social, de negócios e de prazer. O cultivo do café em Pernambuco Historicamente a produção de café no Estado se concentra nas áreas mais altas do Agreste e do Sertão. Brejão, por exemplo foi o principal centro de produção, hoje quase irrelevante face ao crescimento ocorrido nos municípios de Taquaritinga do Norte, Saloá e Triunfo. Taquaritinga e Triunfo têm se destacado na difusão da cultura, focando na qualidade do produto e no seu apelo turístico. Em se tratando de Taquaritinga, há a peculiaridade de contar com um tipo especial da bebida, o café arábica typica, considerado uma iguaria no mundo cafeeiro. Aquele produto sui generis, conforme descrito pelo poeta Mário Quintana: “o café é tão grave, tão exclusivista, tão definitivo que não admite acompanhamento sólido”. Esta referência tirei de uma palestra proferida pelo também produtor Álvaro Eugênio, quando, na mesma lâmina, traz a reprodução da belíssima obra de Portinari, Café, pintada em 1935, hoje, no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. O município de Saloá, localizado no Agreste Meridional, é uma surpresa. Atualmente conta com a segunda maior produção do Estado, faltando-lhe, ao que parece, um maior esforço em mostrar o que representa a cultura e o fato de haver substituído municípios outrora produtores como Garanhuns e Brejão. Durante esta semana ocorrerá o Festival de Café de Taquaritinga do Norte, algo que deve ser realizado periodicamente nos municípios com maior produção e presença no mercado. Uma tendência de crescimento Há de se reconhecer o esforço e a energia que tem sido investida na articulação dos atores que fazem a cadeia produtiva do café em Pernambuco. Algo extremamente bem-vindo. Sempre fiquei admirado pelo papel do comentarista político e barista Romualdo de Souza que faz um belo trabalho trazendo os principais fatos da política brasileira a partir de Brasília e as notícias sempre agradáveis e boas de se ouvir sobre os cafés pernambucanos. Ele, por si só, tem feito um ótimo trabalho de divulgação. Agora, várias forças estão se mostrando interessadas em participar dessa coalização, a partir das prefeituras municipais, das agências de fomento e de crédito, dos agricultores e empresários envolvidos e, nada menos, do que a UFRPE, a UFPE e o IPA – Instituto Agronômico de Pernambuco. Alguns desafios merecem ser destacados. O primeiro deles é um trabalho de pesquisa que vise atualizar as regiões produtoras do Estado com o que existe de mais moderno em termos de material genético e novas cultivares do café arábica, cabendo um esforço conjunto das instituições e pesquisa e ensino. Não menos importante é a qualidade da bebida e sua caracterização. Já que Pernambuco conta com uma área restrita, o fundamental será investir num produto superior às demais regiões produtoras. Nesse sentido, entra o papel das instituições de extensão, a exemplo do IPA e das secretarias de Agricultura e Turismo dos municípios, bem como entes como as universidades, o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). Criar um circuito turístico para o café, valorizando a beleza regional, o artesanato, a música, a dança e a bebida como principal atrativo será uma iniciativa que trará resultados dentro de um prazo muito curto. Para que fiquem atentos a Empetur e o governo estadual na promoção de produtos e nichos que incentivem o deslocamento do turista para o interior do Estado. Um bom café Pernambuco tem a oferecer.

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Café tem primeira queda de preço em 18 meses, aponta IBGE

Produto ainda acumula alta de mais de 70% em 12 meses e é o segundo maior peso da inflação (Com informações da Agência Brasil) O preço do café moído registrou queda pela primeira vez em um ano e meio, segundo dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho, o produto teve recuo de 1,01% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou o mês com alta geral de 0,26%. Antes dessa queda, o café havia acumulado elevação de 99,46% nos últimos 18 meses. Mesmo com o alívio recente, o café ainda apresenta forte pressão no bolso do consumidor. Nos primeiros sete meses do ano, o grão acumula alta de 41,46% e, em 12 meses, o avanço chega a 70,51%. Esse resultado faz do item o segundo maior impacto positivo na inflação anual de 5,23%, com contribuição de 0,30 ponto percentual, atrás apenas das carnes, que subiram 23,34% e responderam por 0,54 ponto percentual. De acordo com o gerente da pesquisa do IBGE, Fernando Gonçalves, a queda de julho é explicada pela safra, e não pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. “São números de julho”, afirma, ressaltando que a tarifa de 50% sobre o café e outros itens só começou em 6 de agosto. Segundo ele, “[em julho], já estava começando a colheita, uma oferta maior no campo. Pode ser efeito dessa maior oferta”, o que reduz a pressão da demanda e, consequentemente, os preços. A Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) lembra que a disparada anterior do produto foi influenciada por fatores como problemas climáticos, que prejudicaram a produção, e o aumento da demanda global, especialmente impulsionado pela China. A expectativa é que, com a colheita em andamento e possíveis dificuldades para exportar aos EUA, os preços possam recuar ainda mais, caso os produtores não encontrem novos mercados compradores.

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Tarifaço dos EUA ameaça exportações brasileiras e pressiona agronegócio

Com sobretaxa de 50%, suco de laranja, café, carne bovina e frutas frescas estão entre os mais afetados A nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros coloca em xeque a competitividade de importantes cadeias do agronegócio nacional. De acordo com análise do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq/USP, as exportações de suco de laranja, café, carne bovina e frutas frescas correm risco de retração significativa, provocando prejuízos para produtores e instabilidade no mercado interno. O suco de laranja é apontado como o item mais vulnerável ao tarifaço. Atualmente, o produto já sofre uma tarifa de US$ 415 por tonelada para entrar no mercado norte-americano. Com a nova sobretaxa, os custos se tornam praticamente inviáveis. “Essa instabilidade ocorre justamente em um momento de boa safra no estado de São Paulo e Triângulo Mineiro: 314,6 milhões de caixas projetadas para 2025/26, crescimento de 36,2% frente ao ciclo anterior”, afirma a pesquisadora Margarete Boteon. No setor cafeeiro, o impacto é igualmente severo. Os Estados Unidos são responsáveis por cerca de 25% das exportações brasileiras, sobretudo da variedade arábica. A elevação dos custos ameaça a sustentabilidade da cadeia de produção americana, que não cultiva café. “A exclusão do café do pacote tarifário é não apenas desejável, mas estratégica, tanto para a sustentabilidade da cafeicultura brasileira quanto para a estabilidade da cadeia de abastecimento norte-americana”, diz Renato Ribeiro, pesquisador do Cepea. A carne bovina também figura entre os produtos atingidos. Os EUA, segundo maior comprador da proteína brasileira, chegaram a importar mais de 40 mil toneladas mensais entre março e abril, possivelmente antecipando estoques. Apesar de uma recente redução nas compras norte-americanas, países como China vêm ampliando seus volumes, abrindo caminho para redirecionamento de embarques, especialmente de frigoríficos dos estados de São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul. O mercado de frutas frescas, com destaque para manga e uva, também deve sentir os efeitos. A janela de exportação da manga para os EUA começa em agosto e já enfrenta atrasos por conta da incerteza tarifária. “A projeção otimista foi substituída por dúvidas. Além da retração esperada nas vendas aos EUA, há o risco de desequilíbrio entre oferta e demanda nos principais destinos, pressionando as cotações ao produtor”, explica Lucas de Mora Bezerra, do Cepea. Diante do cenário, o Cepea reforça a necessidade de uma “articulação diplomática coordenada” para reverter ou mitigar os impactos das novas tarifas.

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No Dia Nacional do Café, experiências sensoriais no TFC RioMar Recife

Hummm.. Cheirinho de café passado na hora, conversa boa e experiências que vão além da xícara. Neste dia 24 de maio, o Dia Nacional do Café será celebrado com campanha especial no TFC, café e mini market da Track&Field, no piso L2 do shopping RioMar Recife. Símbolo afetivo e cultural do Brasil, a data marca o início da colheita da iguaria nas principais regiões produtoras do país. Neste sábado, o convite é para que o público vivencie o café como parte de uma rotina mais saudável e prazerosa. Um encontro entre energia, aroma e uma celebração dos pequenos (e valiosos) prazeres do dia a dia.  Com experiência de oito anos como barista, Peterson Pompeu, responsável pelas delícias do TFC Recife, comemora a iniciativa da marca. “O café tem o poder de transformar momentos simples em experiências marcantes. Por aqui, nosso intuito é mostrar que ele vai além da bebida — é conexão, energia e afeto. Cada preparo carrega técnica, história e muito cuidado. No Dia Nacional do Café, a gente celebra tudo isso com o que mais gostamos de fazer: servir qualidade na xícara e criar boas memórias”, diz.  Se você acha pouco apreciar um saboroso pretinho, o TFC te ajuda com uma nova desculpa pra não ficar de fora da campanha do Dia Nacional do Café - ofertas exclusivas!! No mercado saudável, uma tentação:  15% de desconto em todos os produtos que tenham café na composição.  Na cafeteria, os benefícios nos conquistam - comprando bolo ou torta, ganha 01 espresso; e na compra de toast, o coado fica por conta da casa. Então, aproveita esse tempo de chuva, quando tudo fica ainda melhor acompanhado por uma xícara de café, e não perde as condições do TFC, que são válidas apenas no próximo sábado!  Dia Nacional do Café no TFC Recife (24/05):Mini Market15% OFF em todos os produtos com café na composição.CafeteriaNa compra de bolo ou torta, o cliente ganha um espresso.Na compra de toast, um coado é por conta da casa.

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Plaza Shopping celebra 10ª edição da Estação do Café com combos a preços especiais

Evento reúne cafeterias renomadas e oferece opções de R$25 e R$35 até o fim de maio O Plaza Shopping iniciou à décima edição da Estação do Café, uma iniciativa já tradicional entre os frequentadores do mall e que se estende até o dia 31 de maio. Com foco nos amantes da bebida mais querida do Brasil, o evento reúne uma seleção de cafeterias com combos especiais que custam R$25 ou R$35, ideais para um lanche saboroso entre um compromisso e outro. Participam desta edição nomes consagrados como Dalena, Deltaexpresso, Asmars, FriSabor, Havanna, Kopenhagen, São Braz, Bacio Di Latte, The Brownie Bakery e Cacau Show. As opções variam entre cafés tradicionais e criações autorais, acompanhadas por doces, salgados e sobremesas. “A ação está diversificada para atender o público que gosta tanto do tradicional, desde um expresso, quanto aquelas pessoas que buscam coisas diferentes, como um café turco, por exemplo. Todos os selos participantes com sugestões deliciosas para acompanhar, incluindo waffles, empanadas, esfirras, alfajor, fondue de frutas e muito mais”, destaca Carol Seabra, gerente de marketing do Plaza Shopping. Entre as combinações, é possível encontrar desde um espresso com fatia de torta, passando por cappuccinos com croissants e brownies, até delícias mais elaboradas, como fondue de frutas com café com leite. As sugestões foram pensadas para agradar a todos os gostos, reforçando a versatilidade do café e seu protagonismo no paladar dos brasileiros. A Estação do Café movimenta o setor de alimentação do Plaza e atrai tanto os consumidores em busca de experiências gastronômicas quanto os apreciadores de café em suas mais variadas formas. A programação completa pode ser acompanhada no site do shopping ou pelas redes sociais. Serviço📍 Estação do Café – Plaza Shopping Recife📅 De 13 a 31 de maio de 2025💰 Combos: R$25 e R$35📲 Mais informações: www.plazacasaforte.com.br | @plazacasaforte

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Café e ovos lideram alta de preços e pressionam orçamento das famílias no Nordeste

Estudo da Neogrid revela que alimentos básicos tiveram fortes reajustes em março, com destaque para a elevação de 12,1% no preço dos ovos na região Nordeste O bolso do consumidor nordestino sentiu em março o impacto da alta nos preços de produtos básicos. Segundo o levantamento “Variações de Preços: Brasil & Regiões”, da Neogrid, os ovos registraram aumento de 12,1% no Nordeste, liderando a lista regional de altas. O café em pó e em grãos, outro item essencial, teve reajuste de 6,4% no mesmo período. No cenário nacional, o café subiu 7,3%, atingindo o preço médio de R$ 67,39 por quilo, enquanto os ovos acumularam uma valorização de 32,4% desde dezembro de 2024. De acordo com Anna Carolina Fercher, líder de dados estratégicos da Neogrid, os aumentos são reflexo de pressões logísticas e efeitos climáticos adversos, como estiagens e ondas de calor em áreas produtoras. “O aumento reflete uma combinação de fatores na cadeia de abastecimento, como custos logísticos elevados e flutuações de oferta, que acabam pressionando o consumidor final”, explica. Outros produtos também apresentaram elevações na região Nordeste: leite UHT (2,9%), refrigerantes (1,8%) e biscoitos (1,6%). Já entre as quedas mais significativas de preços no Nordeste estão itens de ampla circulação, como sal (-7,6%), arroz (-7,0%), xampu (-4,4%), óleo (-4,4%) e feijão (-3,5%). Em âmbito nacional, os recuos mais expressivos ocorreram no arroz (-5,1%) e na carne bovina (-3,0%). O estudo mostra que, enquanto itens como café e ovos continuam a subir, pressionando o custo de vida, algumas categorias fundamentais no prato do brasileiro registram recuos que ajudam a equilibrar o cenário. Ainda assim, a alta acumulada de alimentos essenciais sinaliza alerta para o poder de compra das famílias, especialmente nas regiões mais vulneráveis.

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Alternativas ao café: como economizar sem abrir mão do sabor

Nutricionista sugere opções mais acessíveis e saudáveis para substituir a bebida Com a alta no preço do café, que acumulou um aumento de 40% em 2024 segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), muitos consumidores buscam alternativas mais econômicas para manter o hábito de consumo. Além do impacto financeiro, especialistas alertam que o excesso de cafeína pode causar efeitos adversos, como insônia, nervosismo, aumento da pressão arterial e gastrite. A nutricionista Simone Almeida, da Hapvida, recomenda substitutos que oferecem sabor e benefícios à saúde. “Dentre eles temos o chá verde, que contém cafeína em menor quantidade; o chá de canela, com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias; a cevada, rica em fibras e vitaminas do complexo B; o mate, fonte de antioxidantes, vitaminas C e E; e até o chocolate, que estimula a serotonina e melhora o humor”, explica. Outra alternativa acessível é o café instantâneo ou solúvel, que contém menos cafeína do que os grãos torrados e moídos. “Além de serem mais benéficos, possuem um preço mais acessível e são uma boa alternativa de substituição”, destaca a especialista. Diante da alta nos preços, experimentar novas opções pode ser uma forma de equilibrar o orçamento e ainda apostar em bebidas com propriedades nutritivas que trazem energia sem os efeitos colaterais do excesso de cafeína.

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Uma café especial no mercado público

Os mercados públicos têm uma clientela e características mais populares. No entanto, há seis anos o Mercado da Encruzilhada, na zona norte do Recife, ganhou a operação de uma cafeteria especial. O Café do Bonde, que tem à frente as sócias Cláudia Magalhães e Ana Cláudia Martins, funciona no mesmo lugar que há 51 anos já eram servidos os tradicionais cafezinhos. Anteriormente, porém, sem a proposta de sofisticação dos pratos e da bebida mais querida do Brasil. Os grãos servidos no espaço são pernambucanos, vindos do Sítio Recanto da Ingazeira, de Taquaritinga do Norte. A maioria dos itens do cardápio são de produção do próprio estabelecimento e com um toque de receita da família. O cuidado com o café, do grão à xícara, típico das cafeterias especiais, também está presente no Café no Bonde. Um dos diferenciais do espaço, está no relacionamento do público com o local, bem tradicional tal qual o mercado. "Na primeira geração das cafeterias, as pessoas iam para se reunir e conversar sobre política. Nesse aspecto temos um público típico da primeira geração. Gostam de discutir política. Tem tanto um público mais idoso, que vem há muitos anos ao mercado, como também seus filhos, que costumavam vir com os pais na infância", conta Ana Cláudia. Ela conta que os clientes que frequentam o café são predominantemente de orientação política de esquerda. E que não falta um bom debate no balcão. "Temos uma relação de muita afetividade com os clientes". O estabelecimento tem uma pequena estante de livros que ficam à disposição dos clientes, que podem levar para ler e trazer posteriormente. Podem dar uma folheada, enquanto apreciam o café. E podem trazer também algumas leituras para compartilhar com outros clientes do espaço. A literatura é uma arte apreciada pelas médicas e pelos clientes típicos do local. "Trocamos livros com os clientes. É uma ciranda da literatura", afirma Ana Cláudia. No cardápio, um dos destaques do espaço são os bolos. O de macaxeira, inclusive, tem a receita e é produzido pela mãe de Ana Cláudia, a Sra Zilda Martins, de 85 anos. As comidinhas de época, como os quitutes de milho no período junino, também são uma marca do local. Um dos destaques do cardápio, a foto abaixo, é a torta de maçã com ameixas, regado com mel de laranja e canela. . . Uma novidade recente do espaço que é bem apreciada pelos coffee lovers é a oferta da bebida preparada por grãos especiais vindos de outras regiões. Atualmente, estão no cardápio os cafés da Colômbia, do Espírito Santo e de Minas Gerais. "Nós abrimos a cafeteria com cafés especiais de Minas Gerais. Mas quando dissemos que tinha uma opção de grão pernambucano, bairrista como é o público local, não vendemos mais nenhuma xícara de fora. Hoje essas opções de cafés são apreciadas mais pelo público especializado", conta Ana Cláudia. Outra novidade do espaço mais recente é a venda de equipamentos de métodos de preparo dos cafés. Assim, os clientes que gostam da bebida preparada pelo Café do Bonde podem levar essa experiência para suas casas. O nome do local foi escolhido porque no passado passava e parava na Encruzilhada um bonde. "Aqui era uma estação de bonde. Escolher esse nome para o espaço é uma forma também de resgatar essa memória", conta Ana Cláudia. Para quem não conhece ainda o Mercado Público da Encruzilhada, trata-se de um espaço mais organizado que a maioria dos mercados do Recife e que opera de uma forma bem tradicional ainda. É uma experiência cultural na capital pernambucana. O prédio tem uma fachada no estilo da Art Déco. Vale a pena visitar também por esse motivo. E, claro, aproveitar para tomar um bom café e trocar uma ideia sobre política. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com) . VEJA TAMBÉM   Café Mais Prosa: Um café familiar na Zona Norte . Na Venda, tradicional café das Graças inova no cardápio . Leiva: um café artesanal e uma inspiração familiar . Lalá, o café afetivo do bairro das Graças . Cordel, o novo recanto dos cafés especiais no Parnamirim  

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Café Mais Prosa: Um café familiar na Zona Norte

Por Yuri Euzébio O casal Taciana e Adriano Soares sempre teve o desejo de empreender. Com a recessão econômica do país, Adriano se viu fora do mercado de trabalho e resolveu embarcar de cabeça no desejo de sua mulher de abrir um negócio próprio. Para isso, resolveu apostar num ramo pelo qual era apaixonado: os cafés. Depois de um período de estudo do mercado, surge o Café Mais Prosa, aconchegante e autoral espaço no bairro do Espinheiro, Zona Norte da cidade. “Eu, como Coffe Lover, sempre gostei de experimentar cafés e admirava alguns espaços da cidade e na época, já vislumbrava a possibilidade de um dia empreender nesse segmento”, recorda Adriano. Desde o início de sua formação, o Café Mais Prosa se caracteriza como um empreendimento familiar. As mães de Taciana, Dona Rosa, e de Adriano, Dona Ângela, são boleiras e embarcaram junto dos filhos na empreitada. “Os nossos produtos, os doces, a maioria são produções próprias. Os sanduíches, os escondidinhos também. Casamos os produtos caseiros com a ideia de um espaço intimista”, destaca o proprietário do local. Os bolos caseiros e recheados produzidos por Dona Rosa fazem grande sucesso entre os clientes. “O bolo vulcão red velvet é um dos que mais sai, que é um bolo com cobertura de brigadeiros”, pontua o proprietário do espaço. O ambiente é um caso à parte, charmoso e acolhedor, foi criado especialmente pela decoradora Sara Freitas com o intuito de projetar um ambiente caseiro. Ambiente charmoso e aconchegante Porém, engana-se quem pensa que a participação do casal empreendedor se resume a administração do espaço. Eles também estão à frente do atendimento do café e acompanham de perto o dia a dia do espaço. “Nós atuamos muito forte na operação. Estamos nos bastidores também, mas bem presentes no cotidiano da cafeteria”, pontua o empresário. “Acabamos criando clientes fiéis, que veem aqui muitas vezes pra bater papo conosco”, celebra. “Começamos a criar esse vinculo aqui com os moradores do Espinheiro e da Zona Norte, e isso é fruto de estarmos à frente, participando da rotina do café e entendendo o que o cliente gosta”, pontua. Bolo Vulcão Red Velvet, um dos queridinhos da casa O café do Café Mais Prosa é torrado em Pernambuco, da marca Café do Brejo. A carta de bebidas do espaço é bem diversificada, com cafés filtrados e expresso. Ainda são ofertados cafés gelados. Os destaques são o Café Dedo De Prosa, um café servido em um copo de cookie comestível, e o cappuccino Café Mais Prosa, o cappuccino da casa. O cardápio é formado por algumas receitas autorais, como escondidinhos, croissant com recheio de produção autoral e sanduíches com recheios de produção própria. O recheio dos salgados são produzidos artesanalmente Os destaques dos salgados ficam por conta do sanduíche de pão ciabatta com recheio de filet mignon, queijo do reino e cebola caramelizada, o escondidinho de carne de sol e queijo coalho e a entrada dupla sertaneja. “Temos um casal de clientes, vizinho aqui da casa, que se tornaram amigos. Eles sempre veem aqui e uma vez pediram queijo coalho maçaricado. Decidimos incrementar com mel de engenho ou cebola caramelizada e colocar no cardápio. Em homenagem a eles, colocamos dupla sertaneja porque eles se chamam Fábio e Fabiana”, conta Adriano. Nos doces, os queridinhos dos clientes são o Prosa de Leite Ninho, Prosa de Chocolate e Prosa de Cappuccino, que são feitos de um brownie tradicional com uma bola de sorvete e um brigadeiro com farofa crocante em cima. Dedo de Prosa, café expresso dentro de um copo de cookies de chocolate Nesse mês de Agosto, o café comemora dois anos de funcionamento e prepara algumas novidades no cardápio para celebrar a data. “Para a comemoração já reformulamos o cardápio, mas não de maneira drástica. Tem produtos novos, tanto na parte de cafés, quanto na de comidas”, revela Adriano. No próximo dia 26 está programado um evento de lançamento dos novos produtos do estabelecimento. “Vamos ter uma semana de comemoração de aniversário, durante os dias estaremos divulgando os novos componentes do cardápio”, revela o empresário. O Café Mais Prosa participa há dois anos do Recife Coffe e é membro da Associação dos Empresários do Cafés Especiais de Pernambuco (Ascape) SERVIÇO: Café Mais Prosa - Galeria Chalé, Rua Barão de Itamaracá, 284. Espinheiro. Segunda a Sexta – 13hrs às 21 hrs Sábado e Domingo – 14 hrs às 21 hrs

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Projeto Café & Choro no Lalá Café e Cozinha Afetiva acontece nesta quarta (9/05)

José Demóstenes (Pouca Chinfra), Rafael Marques e Bruno Nascimento se apresentam, nesta quarta (dia 9 de maio​),​ no projeto Café & Choro do Lalá Café e Cozinha Afetiva, na Rua Amélia nas Graças, a partir das 18h30. O repertório, harmonizado com as novas opções do menu da casa, como o escondidinho de carne de sol e de cogumelos, e o caldinho de batata, reverencia ainda o aniversário de um ano no novo CEP ​da cafeteria ​nas Graças em maio.​ As apresentações devem acontecer sempre quinzenalmente às quartas-feiras no local. No som​, muito chorinho, samba e MPB, entre outros ritmos. O couvert opcional é de R$ 6. Mais informações: (81) 3426-6708.

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