Arquivos Carnaval - Página 12 De 12 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Carnaval

Almir Rouge e Caboclinhos Carijós são os homenageados do Carnaval do Recife

  Uma das agremiações mais tradicionais da cultura do Recife e um nome que é referência para a música pernambucana em todo o País. Este é o perfil dos homenageados do Carnaval do Recife 2017, anunciados pelo prefeito Geraldo Julio nesta segunda-feira (12). Os Caboclinhos Carijós do Recife e o cantor Almir Rouche foram agraciados pela homenagem feita pelo povo do Recife. Durante o anúncio, o prefeito destacou a importância dos dois escolhidos para a cultura recifense. "É uma homenagem feita pelo povo do Recife a duas forças importantes do nosso Carnaval. De um lado temos os Caboclinhos Carijós, que completa 120 anos, ativo, ganhando prêmios no Carnaval e engajando as pessoas a participarem do movimento. E do outro lado temos Almir Rouche, que é um dos cantores recifenses mais conhecidos, completa 30 anos de carreira e viveu diversos momentos do nosso Carnaval. É uma homenagem justa e tenho certeza que o Carnaval no Recife em 2017 será muito bonito", ressaltou Geraldo. A notícia foi recebida com surpresa pelos homenageados. O presidente dos Caboclinhos Carijós do Recife, Jéfferson Nagô, lembrou que a homenagem reforça o movimento. "A gente não esperava, mas estamos muito felizes por esta homenagem a nossa agremiação, que completou 120 anos. Será uma honra muito grande para a gente participar do Carnaval como homenageados e vamos fazer uma belíssima festa. Vamos colorir a cidade e reforçando a nossa cultura indígena". Já Almir era só emoção. Completando 30 anos de carreira, o cantor recebe a primeira homenagem deste porte em sua vida. "Não esperava por esta notícia. Não achava que seria minha hora agora. Estou muito feliz e vamos fazer um grande trabalho para realizar um lindo Carnaval em 2017", lembrou. Almir ainda disse o que os recifenses e turistas podem esperar para a festa. "Vou pensar em muita coisa para o Carnaval, ouvir as pessoas e dobrar o serviço. Vamos ter um Carnaval com a essência da nossa cultura", finalizou.

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Abertas as inscrições para os concursos do Carnaval 2017 do Recife

Prepare a sua fantasia, acerte o passo e vá ensaiando aquele melhor sorriso em seu rosto, porque está chegando a hora de participar dos Concursos do Carnaval 2017 do Recife. A partir da próxima segunda-feira, dia 5 de dezembro, os interessados nas disputas de melhor Passista, Fantasia, Rei Momo e Rainha do Carnaval e, de Porta Estandartes, Flabelista, Mestre Sala e Porta Bandeira, já podem fazer sua inscrição no Núcleo de Cultura Cidadã, Casa 39, Pátio de São Pedro, bairro de São José, Recife, no horário das 9h às 17h, de segunda à sexta-feira. As inscrições vão até 29 de dezembro. A realização é da Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife. Concurso de Passistas – Aberto nas categorias Mirim (masculino e feminino), Infantil (masculino e feminino), Juvenil (masculino e feminino), Adulto (masculino e feminino) e Passista de Rua (masculino e feminino). No caso dos menores de 18 anos, a inscrição só pode ser feita com a autorização dos pais ou responsáveis. Outro detalhe importante: na categoria Passista de Rua só podem concorrer pessoas maiores de 18 anos. As disputas acontecem nos dias 2 e 4 de fevereiro, no Pátio de São Pedro. Os prêmios vão de R$ 840,00 à R$ 1.800,00. Concurso de Fantasias – Um dos concursos mais tradicionais do Recife chega a sua 4ª edição com as competições nas categorias Luxo e Originalidade. Podem participar quaisquer pessoas interessadas, maiores de 18 anos, pertencentes ou não às Agremiações Carnavalescas de Pernambuco, desde que as fantasias inscritas sejam inéditas e que se enquadrem em uma das categorias. Cada concorrente pode participar com, no máximo, duas fantasias na mesma categoria, desde que os desfilantes sejam pessoas diferentes. O concurso será realizado no dia 15 de janeiro, no Teatro Guararapes, do Centro de Convenções de Pernambuco. Serão premiados os primeiros, segundos e terceiros lugares de cada categoria, que desfilarão no Baile Municipal do Recife. Os prêmios vão de R$ 5 mil a R$ 8 mil para a categoria Originalidade e, de R$ 6 mil a R$ 10 mil para Luxo. Concurso do Rei Momo e Rainha do Carnaval – Para participar os candidatos tem que ser maiores de 18 anos. As majestades do Carnaval do Recife serão conhecidas depois de três eliminatórias: nos dias 13 de janeiro (Teatro Apolo), 20 de janeiro (Teatro Luiz Mendonça), e a grande final em 3 de fevereiro, no Pátio de São Pedro. Os candidatos eleitos como Rei Momo e Rainha do Carnaval 2017 farão apresentações nos principais bailes Carnavalescos, Escolas Públicas e Privadas, Comunidades e Agremiações Carnavalescas, agendados pela Coordenação do Concurso. Os prêmios aos escolhidos serão no valor de R$ 18 mil para cada vencedor. Concurso de Porta Estandarte, Flabelista, Mestre Sala e Porta Bandeira – Aqui participam aqueles que carregam o símbolo maiors das agremiações carnavalescas que embelezam o carnaval com um show de cores e música. E quem pode participar do concurso? Ai vai: Porta Estandartes de Clubes de Frevo, de Troças Carnavalescas, de Maracatus de Baque Virado, de Maracatus de Boque Solto, de Caboclinhos, de Tribos de Índios; Flabelista de Bloco de Pau e Cordas, Mestres Salas e Porta Bandeiras de Escolas de Samba. Os candidatos podem ou não representar uma agremiação. Menores de 18 anos só participam com autorização dos pais. O concurso acontece nos dias 30 de janeiro e 1º de fevereiro, no Pátio de São Pedro, bairro de São José. Os vencedores receberão prêmios que variam de R$ 960,00 a R$ 1,8 mil. Os regulamentos dos quatro concursos podem ser obtidos no Núcleo de Cultura Cidadã, no Pátio de São Pedro, ou na Prefeitura do Recife, Av. Cais do Apolo, 925, no 15º andar, Bairro do Recife. Informações pelo fone: 3355.4601/4551.

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Prefeitura lança convocatória de contratação artística para o Carnaval

Produtores culturais e artistas que desejem se apresentar no Carnaval do Recife 2017 devem ficar atentos. Foi publicada no Diário Oficial a Convocatória de Contratação Artística para o Carnaval 2017. As inscrições ficam abertas até o dia 30 de novembro pela internet através do site www.culturarecife.com.br. Portadores de deficiência podem também fazer a inscrição no Posto Credenciado, localizado no Prédio sede da Prefeitura do Recife, na Av. Cais do Apolo, 925, Bairro do Recife, no horário das 9h às 12h e das 13h às 17h, em dias úteis. A convocatória contempla todo o Ciclo Carnavalesco que começa no dia 12 de janeiro, com as prévias, passando pelos cinco dias totalmente dedicados à folia de Momo, 24 a 28 de fevereiro, e indo até o dia 5 de março de 2017. O processo de contratação é composto por quatro etapas: inscrição, habilitação documental, habilitação artística e montagem da grade. A relação com os habilitados deve ser divulgada na segunda quinzena de dezembro. A Programação Artística do Ciclo será feita pelo Grupo de Trabalho composto pela Secretaria de Cultura do Recife/SECULT, Fundação de Cultura Cidade do Recife/FCCR e Secretaria de Turismo e Lazer, com a participação do Conselho Municipal de Política Cultural. Para a seleção das atrações, a Comissão de Avaliação Artística irá avaliar a trajetória do Artista, do Grupo ou da Agremiação por meio dos documentos fornecidos: material de áudio e vídeo, matérias de jornais, panfletos e qualquer outro tipo de comprovação apresentada, que mostre a atividade profissional do Artista, Grupo ou Agremiação. Além do Posto Credenciado, na sede da Prefeitura, o Núcleo de Cultura Cidadã, localizado no Pátio de São Pedro, Casa 39, também estará disponível para orientar artistas, grupos e agremiações carnavalescas na emissão de seus documentos, inscrições e prestação de contas das apresentações realizadas. A convocatória e o material necessário para a inscrição podem ser acessados na página da Secult no site da PCR. Dúvidas e outras informações sobre a convocatória podem ser tiradas pelo endereço eletrônico inscricaofccr@recife.pe.gov.br ou nos telefones: 3355.4551/4601 para Agremiações Carnavalescas, e 3355.8582/9013 para produtores, artistas e grupos.

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Tenho projeto de escrever um livro

Conhecido pelo virtuosismo com que interpreta desde frevos, MPB até o Hino de Pernambuco, o músico Cláudio Almeida nem sempre dedicou-se à arte. Durante muito tempo eram os números e não as notas musicais que faziam parte do seu trabalho como economista. Nesta conversa com a Revista Algomais, ele conta como fez essa virada na carreira, suas parcerias com artistas como Spok , Zeca Baleiro e Alceu Valença e até a participação que teve no cinema. Como foi ser criança em Pesqueira? Muito bom. Meu pai, Osvaldo de Almeida, era músico. Tocava clarinete, saxofone e trombone. Mas não queria que a gente estudasse música. Acabei tocando guitarra em conjuntos de iê-iê-iê. Eu gostava de bateria, ele ainda comprou uma para mim. Toquei bateria, um tempo depois. A arte de minha mãe era com as mãos, tudo o que for de bordado, doces, culinária ela fazia. Foi uma das pioneiras que vendeu renda renascença. Chegou a vender uma toalha para a rainha Elizabeth, quando veio ao Brasil. Tive três irmãos. Só o mais velho toca piano, conhece muito música erudita. Seu pai era profissional de música? Não. Ele trabalhava e tocava nas horas vagas, tocava também num programa de rádio famoso. Era muito respeitado. Nunca quis vir para o Recife. A felicidade dele era tocar em Pesqueira. No rádio era líder de audiência por 13 anos. Era solista, tocava clarinete ou saxofone no rádio e trombone no Carnaval. Quando você veio para o Recife e o que mais o marcou? Tinha 18 anos, vim fazer cursinho. Meu pai faleceu em junho do mesmo ano. O que me marcou musicalmente foram as músicas que eu ouvia. A Rádio Jornal do Commercio já era muito boa. Tinha muito status. Ainda está lá um auditório grande. Iam muitos cantores daqui ou mesmo de fora. Tínhamos facilidade de ouvir tudo, de Tom Jobim a Elis Regina e Luiz Gonzaga. Como foi a formação musical? Meu pai sempre me passava as músicas. Eu ia ouvindo, assimilando, sendo influenciado. Ele gostava até de música erudita, mas tocava também músicas populares. Meu primeiro instrumento foi a bateria e eu ensaiava com os meninos da cidade, com uns 16 anos. Mas não tocava em público. Não tive professor de violão, meu irmão começou a aprender, não dava muito para a coisa. Mas eu aprendi muito rápido. Meu pai se admirava como eu estava avançando. Ele vibrava muito no fundo. Ele chorava, quando me ouvia já mais velho. Vim para o Recife estudar economia na UFPE. Passei também na Unicap. Nem esperava, pois não tinha cabeça. Meu pai estava recém-falecido, mas minha mãe me deu força para enfrentar a vida. No Recife, passei 10 anos sem pegar em instrumentos, entre 1969 a 1979, quando comprei meu primeiro violão. Nem o de Pesqueira era meu. Mandei comprar em São Paulo, com o meu salário, e fui buscar no aeroporto. Já estava tocando choro uns amigos.Trabalhei muito tempo em empresa privada, depois em 1985 comecei a compor mais. Por que ficou 10 anos sem tocar? Algo em relação à morte de seu pai? Só se for inconsciente. Mas acho que quando viemos para cá foi para estudar. Estudando e trabalhando não dava para ficar tocando violão. Eu não tinha instrumento, morava em casa de estudante. Não tinha nem clima para tocar. Sempre fui muito dedicado em colégio e faculdade. Ao me formar, logo fui empregado. Trabalhei fazendo projetos para Sudene, BNDES. Por que a opção por economia? Acho que tinha influencia do meu tio, que foi chefe do IBGE em Pesqueira. Era uma pessoa muito culta, apesar de ter apenas o primeiro grau. Teve influência de pesquisas dele. E também tinha jeito para matemática e projetos. Como foi a carreira em economia? Foi boa, trabalhei uns 12 anos em empresa privada. Depois atuei no Condepe e me aposentei no Estado. Ao chegar no Estado, tive facilidade para desenvolver a minha carreira musical. Compus o primeiro frevo de bloco. Após 10 anos sem pegar no violão, lancei no primeiro disco, um compacto, as três músicas que meu pai tinha deixado escritas e fiz um choro, em 1979. Investi também no Carnaval e, como solista de violão, só depois. Meu primeiro disco solo no violão só aconteceu em 1998. Tem algum momento na carreira que deu uma virada? Quando comecei a fazer solos em shows. Quando ninguém falava no Hino de Pernambuco, toquei para 10 mil pessoas no Festival da Seresta, só com o violão. Depois no Teatro Guararapes da mesma forma. Daí nasceu o projeto Pernambuco Imortal, que era para gravar o hino. Aquela história toda começou comigo. Em todos os meus shows eu terminava com um solo do hino. Muito antes daquele projeto que divulgou bastante o hino no Estado. Após assumir esse lado solista, acredito que minha carreira virou. Apesar de não ter estudado, faço arranjos por intuição. Faço em partitura também. O computador me ajudou. Quando tenho dúvida, falo com algum maestro. No meu último disco, uma homenagem a Zé Dantas, todos os arranjos são meus. Entre os cantores com que você tocou, quais o marcaram mais? Cauby Peixoto. Fiz a música Dançando na rua. Fiz o instrumental, um amigo fez a letra, Fernando Azevedo, que é pediatra, autor daquela música do Galo: Acorda, Recife. Acorda. Ele fazia muitos shows comigo. Cauby disse que foi uma das músicas mais bonitas que ele ouviu. Entrou nos supersucessos dele. Isso foi em 1997. Gravei também com Alceu Valença. Geraldo Azevedo também gravou música minha. Zeca Baleiro gravou o primeiro frevo dele através de mim. Escrevi a harmonia e Spok fez um arranjo para sopro. Sugeri ainda colocar uma gaita, e Zeca adorou. É uma música de Nelson Ferreira que ele gosta muito. Tentamos modernizar, trazer uma linguagem nova para o frevo. Como foi a experiência com o Carnaval? Papai já tocava Carnaval, era considerado um dos melhores trombonistas de Pernambuco. Ele tocava nos quatro dias e levava muitos frevos em casa para ensaiar. Meu primeiro frevo, aliás, nunca foi gravado. Cheguei

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Após a folia, cuide dos pés

Depois da folia, cuide dos pés Como começar o ano com todo gás se seus pés estão exaustos após o Carnaval? De acordo com a dermatologista Daniela Ribeiro, membro da American Academy of Dermatology (AAD), o primeiro sinal de que seu pé foi castigado pela folia é a dor e o inchaço. Mas não se desespere há solução, o inchaço (ou edema) pode ser resolvido colocando as pernas para cima, para facilitar o retorno venoso e deixando as veias funcionarem melhor. Uma drenagem linfática também ajuda, bem como a ingestão de alimentos diuréticos e diminuição da ingesta de sal “A dor pode ser, diminuída massageando bastante a região da planta do pé com um creme refrescante a base de mentol”, acrescenta a médica. Porém, se você acabou abusando e machucando seu pé o que resultou em bolhas tome bastante cuidado. Veja as dicas da dermatologista: -  Evite usar qualquer sapato que possa apertar a região; -  Não fure a bolha pois assim você evita o aumento da dor e o aparecimento de infecção. -  Se a bolha furar sozinha lave bem a região com sabonete antisséptico e faça um curativo no local (nada de colocar somente um band-aid). -  Na hora de trocar o curativo, tire-o no banho para que se solte da pele e não cause uma nova lesão. - Se algum sapato provoca machucados, mesmo que pouco, e tem risco de causar mais bolhas aplique vaselina sólida na região do pé para evitar o atrito. Os calos geralmente também são causados por um excesso de atrito na pele do pé somado a uma pisada errada. Nesse caso, você pode usar bastante hidratante na forma de pomadas ou vaselina sólida contendo ureia e ácido salicílico (substâncias queratolíticas, ou seja, capazes de afinar a camada córnea que neste caso, está muito espessa). Agora, uma das piores coisas para seu pé é levar um pisão na unha. E dói. Mas não é nada incomum, principalmente para aqueles que passam o Carnaval em locais com muita aglomeração. Se esse foi o seu caso e uma das lembranças da folia é uma mancha roxa ou marrom escura na sua unha, Daniela sugere consultar um médico urgente. Isso porque muito provavelmente você está com um hematoma subungueal (hematoma embaixo da unha) o que pode infectar (formar pus) e depois surgem a dor e a inflamação, o que pode, inclusive, causar deformidades definitivas nessa unha. Nesses casos, em geral, o ideal é drenar o hematoma e muitas vezes o médico prescreverá antibióticos e anti-inflamatórios.

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Pediatra, folião, cantor e compositor

Acorda Recife, Acorda/ Que já é hora de estar de pé/Levanta o Carnaval começou/No Bairro de São José. Carnavalesco pernambucano que se preze certamente já cantou esses versos do Frevo do Galo, seguindo o cortejo do maior bloco do mundo. O que poucos foliões talvez saibam é que um dos compositores da canção, Fernando Azevedo, é um renomado pediatra. Mas não é difícil perceber, logo no primeiro contato, o artista que existe neste médico elegante de sorriso largo. Sua voz forte e tranquila revela o cantor de serestas e clássicos da música popular. Um talento que foi descoberto ainda na infância por sua tia, que o estimulou a tocar piano. “Aos 5 anos já fazia audições no Teatro Santa Isabel com outros alunos e professores”, recorda o médico cantor. A carreira de pianista, porém, foi interrompida por um velho preconceito muito presente na sociedade recifense dos anos 50: piano não era homens, mas exclusividade do universo feminino. “Era o presente de 15 anos das mulheres”, resume. Para preservar a imagem de sua masculinidade, ele resolve desistir do piano, para desconsolo da tia. Inconformada com a desistência e ciente que o sobrinho era um músico nato, presenteou-o com um violão. “Tive, então que enfrentar outro preconceito, já que se dizia na época que violão era instrumento de vagabundo e boêmio. Mas essa barreira enfrentei e acabei virando um militante da boemia”, conta sorrindo, Fernando Azevedo, recordando-se do período em que frequentava os bares famosos do centro do Recife como o Canavial e Capibaribe. Com seu violão, ele se apresentava em programas de rádio e tv cantando bossa nova e serestas. Porém, aos 18 anos, veio o momento de decidir a profissão e o legado do pai médico, fundador da Faculdade de Ciências Médicas, falou mais alto. Nessa trajetória encontrou com o mestre Fernando Figueira, fundador do Imip, que despertou nele o interesse para ser pediatra. “A pediatria tornou-se uma paixão”, revela, categórico. Hoje, aos 75 anos atende a terceira geração de muitas famílias. “Fui médico da avó de pacientes atuais. Esse é o lado bom da pediatria, participo da vida desses familiares e faço com gosto”, afirma o médico, ostentando orgulhoso mais de 50 anos de medicina. E a aposentadoria não consta dos seus planos. A medicina, no entanto, não o fez separar da sua outra paixão, a música. E, nesse meio tempo, até voltou a dedilhar um piano. Afinal, os tempos são outros. A retomada aconteceu quando a amiga Josefina Aguiar, famosa pianista erudita, pediu para guardar o seu instrumento na espaçosa residência onde o médico morava com a mulher e os filhos. Anos depois, casa foi vendida a uma construtora que ergueu no local, um edifício em que Azevedo hoje possui um apartamento. Mas na decoração do novo lar, um piano tem um lugar de destaque. Seu talento o levou também a compor canções inspiradas como o Frevo do Galo – bloco em que desfila desde a fundação. Teve composições gravadas por intérpretes como Amelinha e se apresentou com artistas como Cauby Peixoto. Há um momento também em que as duas paixões – a arte e a medicina – se entrelaçam. Ele e outros seis médicos criaram a Orquestra de Médicos do Recife, que se apresenta em hospitais dentro da filosofia da musicoterapia. “A música é uma terapia para quem faz e para quem ouve. Alegra o paciente e alivia seu sofrimento”, constata o médico, cantor, músico e compositor

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Nos passos do frevo

As sombrinhas coloridas e os passistas que se equilibram nas notas aceleradas dos instrumentos de metais são os símbolos de uma das principais manifestações culturais do Estado. O frevo, com seus mais de 100 anos de tradição, foi reconhecido em 2012 pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Apesar dessa e de tantas honrarias, essa expressão artística pernambucana tem uma característica sazonal e bem local. Levar o frevo a outros territórios e a permanecer vivo num calendário mais longo que os quatro dias de Carnaval é um desafio ainda a ser decifrado.

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Cuidados com a alimentação no Carnaval

A nutricionista Sylvia Lobo dá algumas dicas preciosas para se manter bem alimentado e saudável durante a folia de Momo: A mistura de sol e Carnaval é a pedida preferida pelos foliões de plantão. Mas, para a alegria durar além dos dias de festa, é preciso cuidados especiais com a alimentação. A recomendação diária é a ingestão de 2 litros de água para um adulto, nesta época do ano passa para 3,5 litros. Como as pessoas pulam e suam muito, o organismo fica desregular, causando desidratação e cãibras musculares. Entre as dicas para manter o equilíbrio corporal e garantir a hidratação, combinar sucos de frutas com água de coco, que é um isotônico natural e rica em minerais. Por exemplo, pode-se misturar a água de coco com suco de laranja e limão, que tem muita vitamina C, ou com suco de couve-folha, pois contém ferro. O alerta também deve ser direcionado para a origem dos alimentos, já que a maioria acaba comendo na rua. O folião deve evitar comer em locais abertos, onde ele não conhece a procedência, pois podem surgir as conhecidas, mas muito perigosas, intoxicações alimentares. Assim, é importante não sair em jejum para as festas, sejam nas ruas ou em locais fechados, para não ter hipoglicemia. Recomenda-se uma refeição rica em vitaminas, carboidratos e proteínas, mas leve, como frutas, inhame, queijo e sanduíches naturais. Porém, se o exagero fez parte da festa, principalmente, regada de bebida alcoólica, no outro dia a opção é por uma dieta rica em líquido. O que chamamos da lei da compensação, evitando comida com muito sal e gordura, pão e massas, em geral. Uma ótima opção seria o refresco de melancia. PEQUENOS FOLIÕES – Entre confetes e serpentinas, a folia de Momo também abre espaço para a garotada brincar. Mas no meio da farra, os pais não podem esquecer-se de ter bastante cuidado com o que os pequenos foliões vão comer durante o carnaval. Com a grande oferta e o pouco tempo, é comum que as crianças se alimentem de guloseimas e frituras, o que pode prejudicar a saúde dessa turminha. A orientação é que as famílias evitem os salgados prontos, como coxinhas e empadas, cujo recheio não pode ser avaliado. Fuja de frituras e comidas com muito sal: elas retêm líquidos e a criança pode ficar inchada, se sentindo mal. Também é importante não esquecer de dar bastante água e refrescos para que seu filho não desidrate com o calor. O ideal é levar o lanche das crianças de casa, em uma bolsa térmica. Pode ser um sanduíche de queijo branco – menos gorduroso que o amarelo, diminuindo o risco de uma dor de barriga indesejada, acompanhado de uma bebida natural, que repõe as energias e refresca. A bebida pode ser um suco de acerola, ou laranja, que tem vitamina C e ajuda na prevenção a gripes. Se não for possível levar já pronto, prefira comprar os alimentos que são feitos na hora, como espetinhos de carne e frango ou queijo branco no palito. A tapioca de queijo coalho também vale, mas sem o coco. RECEITAS: Suco de água de coco com couve-folha: cozinhar a couve-folha e passar no liquidificador com um pouco de água mineral. Após peneirar, adicionar a água de coco, que neutraliza o gosto da couve-folha. Não é necessário adoçar. Refresco de melancia: para cada 100 gramas de melancia (uma fatia com a espessura de “dois dedos”), adicionar dois copos de 200ml de água e bater no liquidificador.

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