Arquivos Cerveja - Página 2 De 4 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Laboratório Cervejeiro

A cervejaria pernambucana Ekaut vem se destacando e continua inovando em seu processo de expansão de rótulos e proporcionando experiências diferenciadas para os amantes das cervejas artesanais. Com criatividade, a marca vem abrindo espaços para que o público possa degustar seus produtos. Esses novos formatos de apresentação vêm agradando o cervejeiro pernambucano e fazendo com que novos hábitos sejam inseridos em sua forma de consumo. É o caso da Ekaut LAB, casa localizada na zona sul do Recife que tem o propósito de oferecer serviços exclusivos com uma divertida variedade de ações que vão desde apresentar novidades do segmento e depois embarcar nas experiências sensoriais com degustações (peça a tábua de cervejas) e harmonizações. Com isso, consegue muito bem captar de perto o feedback dos clientes, uma espécie de tasting room das marcas. O ambiente é agradável com uma área interna com mesas compartilhadas o que é ótimo para se fazer “as provas” e assim trocar ideais com os amigos ou outros frequentadores do local, e tudo isso abastecido por 15 torneiras. Esse formato, inclusive, é tendência mundial.    O intuito também é oferecer aos visitantes cursos, workshops e harmonizações com especialistas no setor. Umas das coisas que me chamou a atenção positivamente é o atendimento feito por beers sommeliers, isso é fundamental para que os profissionais que compõe o staff da casa consigam entender o que o cliente deseja e assim indicar a cerveja que melhor cai ao seu paladar ou a que vai harmonizar com o prato escolhido. Mas não só a marca Ekaut está presente. Em uma ação simpática, a cervejaria “abre” espaço para outros rótulos, chamadas de "cervejarias convidadas". Algumas receitas também são feitas em parceria como degustação. O cardápio da casa é variado e criativo e com propostas para todos os gostos, inclusive burguers veganos. O bolinho de feijoada é excelente, puxando o tom dos petiscos. E como também não podia faltar, bons queijos, caldinhos, sanduíches e o delicioso Porco Lab, feito com carne marinada na cerveja Coffe Stout da casa. E pra completar uma butique com camisetas, bonés, copos e kits. Na ocasião até o seu pet pode ser agraciado com uma cerveja feita especialmente para ele, no sabor “frango”. A disponibilidade de também levar o chope que mais lhe caiu bem também é possível. Se você possui um growler, é só encher a garrafa e levar pra casa que fica bem conservado por até três dias. O local também possui um Growler Station, técnica de envase com contrapressão, processo onde é injetado CO2 no recipiente para a retirada do oxigênio, evitando assim a oxidação do produto. E se você não ainda não comprou seu Growler, pode solicitar uma crowler, onde a lata é envasada pelo mesmo processo, também na hora. A Ekaut Lab vale demais a sua visita periódica. Bom ambiente e boa cerveja sempre combinam perfeitamente. Serviço: Av. Conselheiro Aguiar, 3572 - Boa Viagem, Recife – PE (Galeria Corta Jaca) Telefone: (81) 3877-6061

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RecBier Brewpub reforça cultura cervejeira em Pernambuco

O RecBier Brewpub, empreendimento capitaneado pelos sócios Marcelo Caldas e Lucas Santos pretende ser um ponto de encontro de marcas e consumidores de cerveja artesanal no Recife. Trabalhando com a fabricação própria das marcas Rootz e Oblipa, a casa também vai comercializar marcas regionais como Capunga, Navegantes, Ekout, e Debron. “Nossa proposta é de introduzir a cultura cervejeira na cidade do Recife, mesclando com características peculiares da cidade, pois aqui o clima é bastante propício para tomar uma boa cerveja, clima quente o ano inteiro, por isso REC (que vem de Recife), criando assim uma identidade própria para a casa”, destaca o publicitário e sócio da casa Marcelo Caldas. O RecBier Brewpub, será inaugurado na Avenida Domingos Ferreira, no Bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. O primeiro espaço BrewPub de Pernambuco vem com a proposta de trazer à cidade uma cultura cervejeira, como já acontece em cidades como Blumenau (SC) e Petrópolis (RJ). No dia 14 a casa abre apenas para convidados. Dia 15 já estará aberta ao público em geral.

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Cerveja é tema de workshop da Premier Pack no Porto Digital

  Ceres on Tap é o nome do primeiro workshop em Recife (PE) realizado pela Premier Pack – empresa líder no fornecimento e fabricação de embalagens premium – em parceria com o Instituto Ceres de Educação Cervejeira – uma organização focada no estudo e disseminação das técnicas e cultura cervejeira – para falar sobre cervejas. Entre curiosidades sobre a bebida e cuidados com as embalagens de vidro, Marcelo Falcão, diretor comercial da Premier Pack e palestrante, falará sobre inovação nas embalagens para o segmento cervejeiro, decoração e modelos de garrafa, envelhecimento de cerveja em barricas de carvalho e subprodutos do carvalho para enriquecimento de bebidas O evento será realizado no Porto Digital, localizado na rua do Apolo n°235 - Recife Antigo, no dia 3 de maio às 19h. Com vagas limitadas, a organização espera receber 60 convidados. Os interessados devem reservar sua vaga pelo e-mail: institutoceres@gmail.com

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Cerveja pernambucana conquista prêmio em festival nacional

A cervejaria pernambucana Ekäut foi premiada mais uma vez no Festival Brasileiro de Cerveja, realizado em Blumenau - SC. A cerveja premiada foi a “Ekäut Extra Stout”, que levou a medalha de bronze na categoria “Export – Style Stout”. Na competição, foram inscritos cerca de três mil rótulos que concorreram em 148 estilos diferentes. A Ekäut foi a única pernambucana que conquistou prêmio no evento deste ano. Apenas 8% das cervejarias que concorreram ao concurso foram premiadas. Lançada o ano passado, a “Ekäut Extra Stout” é a primeira cerveja escura da cervejaria pernambucana. Após muito estudo e vários testes nas receitas criou-se uma bebida encorpada, de coloração escura e elaborada a partir de oito tipos de maltes especiais importados, e de diferentes torras, unindo corpo aveludado com aromas que remetem ao café e ao chocolate. A cerveja foi produzida em parceria com a Agraria Malte, maltearia brasileira, e desenvolvida internamente pelo time da Ekäut Completados dois anos de funcionamento em janeiro desde ano, Ekäut já levou seis premiações nacionais e internacionais para casa. A “APA 1817”, lançada para comemorar a Revolução Pernambucana de 1817, foi medalha de prata na categoria “Australian Pale Ale” no Festival Brasileiro de Cerveja de 2017. Já no Festival World Beer Award, realizado em Londres na Inglaterra, foram premiadas três cervejas: a “Coffee Stout Yaguara” como country winner Brazil (estilo Flavoured Stout), a “APA 1817” também como country winner Brazil (estilo Pale Ale) e a cerveja IPA recebeu a medalha de bronze. No South Beer 2017, na Argentina, a Ekäut também levou a medalha de bronze pela cerveja IPA. Recentemente a Ekäut anunciou que está triplicando a produção, passando dos atuais 30 mil litros por mês para 90 mil litros, para atender a demanda do mercado. A nova fábrica irá contar com uma estrutura de maior tecnologia permitindo o aprimoramento da qualidade e do frescor das cervejas. A expectativa é que a expansão da fábrica, localizada na Estrada da Mumbeca, em Guabiraba, fique pronta em meados do mês de maio.

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Uma cerveja para pensar melhor (por Rivaldo Neto)

“Uma cerveja antes do almoço é muito bom pra ficar pensando melhor”. Essa célebre frase que está contida na música “A praeira”, do cantor e compositor pernambucano Chico Science, sugere muito claramente que a cerveja, como dizem os pernambucanos “clareia as ideias”. Mas será que essa afirmação que foi imortalizada na composição é verdade? Cerveja tomada moderadamente ajuda em nossa atividade cerebral. Uma pesquisa realizada em Helsinki, na Finlândia afirmou que beber cerveja protege o cérebro dos acúmulos de proteínas que desencadeiam os sintomas do Alzheimer. O estudo abrangeu 125 homens com idades entre 35 e 70 anos. E funcionam mais ou menos assim, os homens mais velhos tinham uma quantidade maior de beta-amilóides, isso é normal, pois a doença afeta geralmente a partir de 65 anos, tais placas envolvem neurônios que impedem a comunicação mútua que possuem. Com isso os neurônios presos ficam atrofiados com essa “barreira”, ocasionando assim distúrbios de comportamento, memória e personalidade. Mas o que realmente surpreendeu na pesquisa é que os homens que tinham por hábito beber cerveja continham uma concentração menor dessas tais placas e tal “feito” foi atribuído a cevada contida na bebida, isso porque vinhos e destilados não apresentavam essa redução. Essa relação ainda não ficou clara como funciona, mas sabem que é justamente pelo acúmulo dessas placas que o mal de desenvolve. E para fortalecer esse conceito afirma-se que para se ter uma boa ideia ou uma ideia inicial, em muitas situações, é bom estar relaxado. O álcool tem esse papel no relaxamento da mente, deixando o indivíduo menos preocupado, diminuindo a pressão do dia a dia. É aí onde entra a questão que os neurocientistas chamam de “Momento Eureka”. Ou seja, para produzir esses insights, o fator primordial é justamente esse tipo de momento happy hour. Então é daí que a frase no começo do texto faz todo o sentido. Um outro estudo referenda isso, dessa vez pela Universidade Austríaca de Graz, que afirmou que tais efeitos produzidos ajudam a limpar certos bloqueios mentais e geram assim um pensamento com mais criatividade. Foram usados 70 voluntários no estudo onde alguns bebiam cerveja com álcool e sem álcool, de forma que os mesmos não sabiam qual teor continha na bebida. Daí foram feitos testes com associação de palavras, os que estavam um pouco mais “altos” alcançou um resultado 40% superior as outras pessoas. Ao jornal inglês The Telegraph, Mathias Benedek, do Instituto de Psicologia e responsável pelo estudo acima, revelou que os efeitos com doses leves da álcool desbloqueiam os pensamentos e dão estímulos às ideias repentinas ou como chamei acima, os insights. Mas um alerta que a pesquisa afirma é que os efeitos benéficos provavelmente se restringem a quantidades muito modestas de álcool, enquanto o consumo excessivo geralmente prejudica a produtividade. Por isso, beba sempre com moderação. Sempre! *Rivaldo Neto é designer e apreciador de boas cervejas

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O Carnaval está chegando, de que cerveja você vai?

“Que Calor!” Com certeza será uma das palavras que você vai mais ouvir das pessoas que fazem parte da atmosfera que se forma ao redor de Pernambuco no período carnavalesco. Troças, blocos, festas e o folião fica em êxtase com a quantidade de opções para se divertir. De festas privadas ao melhor Carnaval de rua do mundo, tem para todos os gostos e bolsos. Mas então, para você que vai de cerveja no Carnaval, qual os melhores estilos para se beber no calorão? Opções não vão faltar, hoje temos um leque bem maior de cervejas para curtir a festa de Momo. Mas vale a pena então optar por alguns estilos que de certa forma, se encaixam melhor nas altas temperaturas da terra do frevo. Uma dica importante é que com esse calor é interessante se beber bastante líquido, então é bom optarmos por cervejas mais leves e refrescantes, isso não quer dizer que não vale uma IPA ou outra nos intervalos, mas com prudência. Então veja aqui alguns estilos: Pilsens: O estilo mais popular do Brasil é a “refrescância” em pessoa. Muito leve e clara e dourada, tem o sabor suave e equilibrado para o sobe e desce das ladeiras de Olinda ou nas ruas do Recife Antigo. Vienna Lager: Esse estilo que o nome já sugere vem de Viena, na Áustria, e segue a linha da tcheca Pilsen. Igualmente leve e refrescante tem um final mais seco, mas é igualmente gostosa. Witbier: Cítrica e refrescante por conter raspas de frutas como laranja, em sua composição, as wits cabem muito bem no calor, dos estilos das cervejas de trigo é a mais indicada para a folia. Pale Ale: Mesmo sendo cervejas da alta fermentação e ter uma graduação alcoólica maior que as cervejas acima, ela é mais leves que uma IPA por exemplo. Tem muito aroma e sabor e com boas doses de malte, o que lhe dá mais intensidade, deixando para o lúpulo presente fortemente nesse estilo fazer o seu papel no que diz respeito aos aromas característicos. Saison IPA: Ok, você não descola de uma boa IPA, então vá desse estilo que é menos alcoólico, tem mais suavidade sem deixar o amargor nas alturas. Nesta época do ano nada combina tanto quanto os três “Cs”: Calor, Carnaval e Cerveja! *Rivaldo Neto é designer e apreciador de boas cervejas (neto@algomais.com)

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O boom das cervejas artesanais

Em pouco mais de dois anos, a produção de cerveja artesanal deixou de ser um hobby de amigos para se tornar um segmento produtivo promissor em Pernambuco. Várias das atuais marcas locais, que já estão nas prateleiras de casas especializadas ou mesmo dos supermercados, nasceram para consumo caseiro. Mas encontraram um mercado ansioso por experimentar bebidas mais sofisticadas. Atualmente, os apreciadores de cervejas têm a sua disposição mais de 20 rótulos tipicamente pernambucanos, que juntos produzem entre 80 mil e 100 mil litros por mês, de acordo com a Dimer & Fialho Consulting. O pernambucano Tiago Gomes, 37 anos, já experimentou pelo menos 10 marcas de cervejas artesanais do Estado, influenciado por familiares. Começou pelas importadas. “Depois de conhecer também as produções nacionais, comecei a consumir as pernambucanas em festas e eventos. Hoje posso dizer que alguns dos rótulos locais têm o mesmo nível das cervejas artesanais estrangeiras, inclusive com sabor bem melhor”, elogia. Além de consumir em casa, ele bebe semanalmente com um grupo de 30 apreciadores da “gelada”. “Frequentamos alguns lugares especializados, que têm feito o movimento de priorizar as marcas pernambucanas”, conta Tiago até já se arriscou a produzir cerveja na cozinha de casa para consumo próprio. Apesar do crescente interesse do público, a demanda da bebida artesanal em terras pernambucanas representa apenas 0,1% do market share, segundo informações da Apecerva (Associação Pernambucana de Cervejarias Artesanais de Pernambuco). No Brasil, a produção já alcança 0,7% de participação. Números ainda muito distantes de mercados mais amadurecidos, como dos Estados Unidos, que já superaram a marca dos 12,3%, segundo dados da Brewers Association de 2016. Essa sofisticação do consumo da bebida do Brasil foi vivenciada, num passado recente, entre os apreciadores de vinhos e uísques, como recorda Luciano Fialho, mestre cervejeiro e sócio da Dimer & Fialho Consulting. “Beba pouco e beba melhor. Essa é a mensagem dada pela produção artesanal. O brasileiro está aprendendo a tomar uma boa cerveja. E Pernambuco é o Estado com maior número de cervejarias do Nordeste e tem toda capacidade de se tornar um polo para a região”, avalia o especialista. Além do aquecimento do mercado atual, Luciano lembra que o Estado tem uma história de pioneirismo com a bebida. Isso porque no longínquo ano de 1641 foi montada no Recife, nas Graças, uma estrutura de produção de cerveja a pedido de Maurício de Nassau, que teria durado até 1654, com a queda do regime holandês. Para aproveitar o interesse do consumidor e gerar novas oportunidades dentro do segmento, as empresas produtoras organizaram recentemente a Apecerva, presidida pelo cervejeiro da Babylon, Filipe Magalhães. “Juntas, as cervejarias pernambucanas produzem cerca de dois milhões de litros por ano. As pioneiras nasceram no ápice da crise econômica brasileira. O segmento está em franca expansão porque a procura pelos nossos produtos é cada vez maior”, avalia. Sua marca, a Babylon, em um ano dobrou a produção de 10 mil litros para 20 mil litros por mês. A parceria dos players do segmento é vista como um potencial pelo diretor da Capunga, Dante Peló. “Esse é um movimento muito interessante, pois somos parceiros. Não concorrentes. É uma união que nos ajuda a trocar ideias e buscar benefícios para todos. Nossa concorrência hoje é com as grandes cervejarias que dominam 99% no mercado”. A Capunga, que é pioneira na comercialização de cerveja artesanal em garrafa, possui hoje uma produção de 12 mil litros por mês, sendo comercializada principalmente na Região Metropolitana do Recife. EXPERIMENTAR Um dos pernambucanos que migrou das cervejas “tradicionais” para as artesanais é o jornalista José Henrique Mota, mudança de hábito iniciada numa visita à Alemanha em 2005. “Fui para um festival de heavy metal e tive o primeiro contato com as cervejas de trigo, algumas pretas mais sofisticadas e daí em diante comecei a procurar marcas diferentes. E sigo nessa busca desde então”. José Henrique experimentou quase todas as cervejas pernambucanas, inclusive algumas que ainda não têm registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Na sua lista estão inclusive marcas menos conhecidas como a Patt Lou, de Vitória de Santo Antão.O jornalista conhece as novidades em eventos, mas o consumo semanal normalmente é em casa mesmo. Para Thomé Calmon, diretor da Debron, um dos esforços do segmento é de levar os consumidores a experimentarem. “Quem prova a artesanal não consegue mais beber a cerveja de massa. Esse primeiro passo demora devido às barreiras de preço e até de acesso, que ainda é um pouco restrito”. A Debron, que tem capacidade instalada para 55 mil litros por mês, busca conquistar consumidores participando de eventos e abrindo sua própria fábrica para visitação diariamente e com visita guiada aos sábados. Em 2018 a marca lança três novos rótulos ainda no primeiro semestre. DESAFIOS Além de estimular que novos consumidores conheçam as bebidas artesanais, as cervejarias locais têm como meta ultrapassar cada vez mais as fronteiras do Estado e vencer algumas barreiras tributárias, que encarecem o produto. “A questão dos impostos é um problema. Hoje as grandes cervejarias têm incentivos muito maiores para estar em Pernambuco, condições diferenciadas. Mas os produtores artesanais não contam com tantas facilidades e temos um produto mais caro, pois precisamos de mão de obra especializada, que é uma oferta escassa, além de termos que diluir nossos custos em escalas menores”, explica o empresário Diogo Chiaradia, da cervejaria Ekaüt. A reivindicação de incentivos tributários é de todos os produtores. A fábrica da Ekaüt tem capacidade de produção de 30 mil litros por mês, mas está realizando uma expansão para ter capacidade de produzir 100 mil litros mensais. Atualmente a empresa comercializa oito rótulos diferentes, tendo 90% do seu público consumidor dentro do Estado. Apesar das reivindicações, a Apecerva avalia que o alinhamento com os representantes do poder público tem sido um fator positivo. Bruno Schwambach, secretário de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Recife, afirma que o poder municipal e o Governo do Estado estão trabalhando numa pauta comum para apoiar o arranjo produtivo. Entre as ações planejadas estão a inclusão das

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Será que dá pra aprender a gostar de cerveja? Por Rivaldo Neto

Em um passado não muito distante, quando os bares e restaurantes tinham uma escassa variedade de cervejas, muitas pessoas começavam a se aventurar nas bebidas alcoólicas, e assim, podemos dizer, definir seu paladar pessoal. Em sua maioria esmagadora, as cervejas eram compostas de cervejas Pilsens. Até com uma certa lógica, isso porque nosso clima tropical, e principalmente estando no Nordeste, a tendência natural era que partíssemos para algo mais leve e refrescante.     Com isso, grande parte das cervejas comercializadas nesse tempo eram claras e leves. O que acontecia era que, de certa forma, quando algumas pessoas experimentavam bebida e não gostavam, fechavam questão e diziam: Não gosto de cerveja! Mas será que realmente devemos “bater o pé” e fechar questão em cima disso? A resposta é: Jamais! Mas por que esse questionamento agora? Hoje com as cervejas caseiras, artesanais e a entrada de diversos rótulos importados, a bebida abriu um imenso leque de variedades em sua composição. Hoje, as cervejas variam demais de sabores! Os insumos são os mais diversos. Podemos ter uma cerveja com aroma de Churrasco, ou casca de laranja ou até bacon. Cervejas de trigo, Stouts com rapadura, e fruitsbiers com graviola e outras mais. São mais de 140 estilos. E vez por outra surgem outros.   E como gosto não se discute, nisso a velha frase se encaixa perfeitamente, já vi pessoas que não gostavam da Pilsen, abrirem uma IPA (que é um estilo muito mais robusto e intenso, com um alto índice de amargor) e simplesmente adorar. Pessoas que gostam de café começam a curtir cervejas Stouts. Nada mais lógico, até porque são escuras, aromáticas com um retrogosto intenso de café e grãos torrados. Então dê uma chance a seu paladar, libere sua imaginação e mergulhe nos novos sabores deste mundo criativo que a cerveja proporciona.   Mundo Cevejeiro O "mercado da cerveja artesanal de Pernambuco" foi o tema da reunião da Rede Gestão, realizada no dia 9 passado na TGI. O encontro contou com a presença Thomé Calmon, da Debron, Felipe Magalhães, da Babylon e presidente da Apecerva e Dante Peló Júnior, da Capunga.  

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Quem não lembra da Antárctica de Olinda?

Lembro de quando vi pela primeira vez um tipo de cerveja diferente das quais eu estava habituado a beber. As prateleiras eram restritas, poucos rótulos e uma ferrenha concorrência entre as cervejarias Antárctica e Brahma. Eram basicamente essas duas, pois aqui o mercado não era abastecido com variedades de rótulos. Vez por outro uma Cerpa (carinhosamente apelidada de “Cerpinha”, da cervejaria do Pará). Lembro quando a Brahma, em torno de 1985, lançou a Malt90. Eu e alguns amigos na época gostávamos dela, recordo que dizíamos que ela era “levinha”, em embalagens de 600ml e 300 ml, mas ela não foi bem aceita pelos consumidores e sua vida útil foi bem curta e logo foi retirada do mercado. Nos bares eram vendidas também garrafas de cerveja de 300ml, eram “buchudinhas”, chamadas de chopinho. Nos estádios de futebol eram comercializadas pelos gasoseiros (como era e ainda são chamados os vendedores de bebidas em isopor nos estádios). O ritual para por no copo era interessante, pois se abria a garrafa e mergulhava o gargalo no copo e, aos poucos, iam retirando até sair todo o líquido. Cervejas escuras basicamente apenas a Malzebier, que até hoje vemos no mercado, que é uma cerveja doce e caramelizada. Fazia parte do folclore dizer que fazia bem a mulheres grávidas, pois ajudava na amamentação. Um fato interessante é que na Alemanha ela não é considerada cerveja e sim um energético.   Mas voltando à “guerra” que existia entre Brahma e Antárctica, em que, pelos menos aqui em Pernambuco, a chamada “Antárctica de Olinda”, era disparadamente a mais apreciada. Era uma cerveja muito gostosa, uma pilsen que agradava muito o paladar de quem a bebia, se afirmava que o grande diferencial era a água que usava na sua produção, a água mineral Santa Mônica. Infelizmente, devido a uma questão fiscal, deixou de ser produzida aqui e por um tempo mudou a produção para a Paraíba. Quando isso ocorreu as últimas grades produzidas pela Cervejaria, sediada na Avenida Presidente Kennedy, em Olinda, eram muito disputadas, tendo até preços diferenciados e, para se certificar da sua procedência, conferia-se a tampa. Entre meus amigos cervejeiros tinham os que gostavam da Brahma, lógico, mas a mais popular era mesmo a Antárctica de Olinda.   Então para dar uma mexida no mercado em mais uma capítulo do que foi essa disputa acirrada, a Brahma lançou a Brahma-Extra. Era uma cerveja opaca, que chegávamos a ver os insumos dela no copo. Lembrava apenas na tonalidade uma weiss, mas bem mais clara. Não era fácil de se encontrar, mas ela era mais apreciada que a sua irmã, Brahma Chopp. Do lado da Antárctica veio a pilsen Extra. Pela tonalidade era parecia uma cerveja Ale, não tão avermelhada, mas bem mais encorpada, forte e saborosa. Era a que tinha a maior graduação entre todas. Era uma verdadeira disputa conseguir grades nas antigas distribuidoras, pois se dava-se a preferência de vendas para bares e restaurantes. Aposto que muita gente que leu esse relato lembrou de muitas experiências que viveu. Talvez quem não bebesse na época, pode ter se recordado do seu pai no domingo ou em um estádio de futebol, curtindo uma cerveja gelada. A tradição de consumir cervejas em Pernambuco é muito intensa, faz parte de nossa cultura, das nossas praias e do nosso convívio familiar. O alicerce do desenho do Polo Cervejeiro que hoje vive o Estado talvez venha daquela velha “Antarctica de Olinda” que você bebeu. O futuro agradece!

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O milho é o vilão da cerveja? (por Rivaldo Neto)

A mudança de hábito dos consumidores em relação ao mercado de cervejas é algo que estamos vivenciando no nosso dia a dia. Há alguns anos o nosso mercado nacional era extremamente restrito e as variações de marcas quase não existiam. Por muitos anos as marcas mais populares eram a Antactica e a Brahma. Depois da fusão das cervejarias e o surgimento de outros rótulos encabeçados pela gigante AMBEV deram um novo impulso ao cenário nacional. Marcas como Schincariol e Itaipava, só para citar algumas, também tinham uma fatia fiel do mercado em algumas classes de consumidores. Hoje com o mercado aquecido pelas cervejarias artesanais e caseiras e a entrada cada vez maior de rótulos importados, o consumidor passou a se informar mais sobre os insumos na produção de nossas cervejas e cereais como milho e arroz estão na maioria de suas receitas. O termo “Cereais não Maltados” dão um frio na barriga dos cervejeiros de plantão. Segundo a lei de pureza alemã a cerveja é composta por água, malte, lúpulo e levedura. Mas assim como a cevada, o milho e o arroz são responsáveis como fonte de açúcar na produção da cerveja na fase da mostura, que é o cozimento dos grãos.   A legislação brasileira deu o aval para inclusão de outros componentes no processo de produção das cervejas, com isso uma pesquisa recente feita pala USP aponta que as grandes cervejarias brasileiras usam 45% de milho em suas fórmulas em vez da cevada (malte). O limite é de 50%. Para ser considerada premium, uma cerveja deve conter a quantidade máxima de 25% de cereais não maltados. Mas o porque da inclusão destes outros cereais? O motivo disso é um só, o custo. O milho gira em torno de 30% mais barato que a cevada, sendo assim as grandes cervejarias optaram em baratear esses custos. Entre milho e a cevada nutricionistas afirmam que ambas trazem benefícios. A sensação de “estufamento” não necessariamente é motivado pelos cereais, pode ser também relacionada ao processo de fermentação. Muito mestres cervejeiros de grandes companhias afirmam que o milho dá leveza a cerveja, e que o consumidor brasileiro prefere cervejas leves. Mas isso está mudando, mesmo que sutilmente. Hoje muitas pessoas preferem investir numa cerveja mais elaborada (obviamente mais cara) que em uma mais barata. O popular “bebe-se menos, mas melhor”. O sabor começa a ser o carro chefe na escolha da bebida. Não que as cervejas com milho sejam ruins, longe disso , já bebi e logicamente beberei em algumas ocasiões. Recentemente experimentei uma cerveja da cervejaria mineira Wäls a Wäls Hop Corn, que faz justamente uma brincadeira com esse debate. Trata-se de uma IPA com milho e três tipos de lúpulo (Columbus, Cascade e Amarillo) e que realmente ficou excelente. Mas prefiro escolher rótulos com mais insumos de qualidade em suas fórmulas. Isso porque eu como consumidor e amante de boas cervejas, prefiro priorizar o sabor e um processo de produção mais elaborado. Isso é o uma opção mais pessoal, que pode não ser a da maioria dos consumidores que achem que isso não afeta o produto final. O importante é beber a cerveja que você gosta. *Rivaldo Neto é designer e apreciador de boas cervejas (neto@revistaalgomais.com.br)

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