Arquivos cidadania - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Você é um cidadão pleno?

A Revista Algomais realizou uma pesquisa online no Instagram com o objetivo de entender o grau de consciência cidadã dos recifenses e moradores da região metropolitana, que são a maioria dos seguidores das nossas redes sociais. Fizemos 10 indagações sobre seus hábitos no espaço público e conversamos com uma especialista para analisar os resultados. Jogar lixo nas ruas, estacionar nas calçadas ou em vagas de deficientes físicos e furar fila são algumas das questões desse levantamento, que foi realizado com 113 pessoas no mês de agosto deste ano. “Quando as pessoas admitem que usariam a vaga de estacionamento de um idoso ou deficiente, param numa faixa de pedestres ou passam um sinal de trânsito fechado, vemos que estamos diante de um cenário desafiante. Falta um olhar mais cuidadoso de se colocar no lugar do outro. Há uma ausência dessa dimensão de cidadania e de coletividade que precisa ser construída”, afirmou Mariana Lyra, integrante do Observatório do Recife, que trabalha na área de desenvolvimento social há mais de 14 anos e é mestre em gestão do desenvolvimento local sustentável. A segurança das pessoas no trânsito, a limpeza das ruas, a fluidez dos deslocamentos nas calçadas ou mesmo nas avenidas não dependem só do poder público. Pequenas ações do cotidiano da população no volante, caminhando no espaço público ou mesmo em ambientes privados podem colaborar para os desconfortos diários que vivemos em grandes cidades, como no Recife. Acelerar para passar no semáforo que está se fechando é uma prática admitida por 39% dos respondentes da pesquisa, por exemplo. A maioria das pessoas que participou da enquete, porém, admitiu a adoção de práticas urbanas que contribuem para o bem-estar na cidade. Um total de 86,3% dos respondentes afirmou que “param para a passagem de pedestres na sua faixa, mesmo que não haja semáforo”. Outro número positivo no trânsito foi o de que 82% das pessoas negaram “parar em fila dupla ao perceber que a pessoa que irá buscar está perto da saída”. Mariana Lyra avalia que no seu cotidiano, como pedestre e usuária de transporte público, ela não observa algumas dessas práticas positivas levantadas na enquete. “Fiz uma escolha há alguns anos, não tenho carro e me locomovo muito a pé. Ou utilizo transporte público e Uber. No meu dia a dia não percebo esses 86% que param para os pedestres. Quando olhamos para o Código de Trânsito e para o Plano Nacional de Mobilidade, a prioridade é o pedestre. Mas na realidade, há um comportamento individualista muito forte ainda”, comenta. Outras boas práticas sinalizadas na pesquisa da Algomais também são bem difíceis de acreditar quando observamos a sujeira e o barulho nas vias da cidade do Recife. Apenas 1,8% dos participantes da enquete, por exemplo, admitiram jogar lixo na rua quando não há lixeira por perto. E somente 4% informaram que não pensam nos vizinhos, ou passantes, quando desejam aumentar o volume do seu aparelho de som. “Nas redes sociais, quando as pessoas são identificadas, há uma dificuldade dos internautas de admitirem algumas práticas que são incorretas e que prejudicam a própria rotina da cidade. Esses indicadores podem apontar também um nicho de público mais consciente que acompanham as publicações dos nossos canais”, afirmou a publicitária Débora Seabra, que foi a responsável pela execução do Quiz Cidadania e trabalha na gestão e monitoramento das redes sociais da Revista Algomais. Para Mariana Lyra a reversão desses comportamentos urbanos, em direção à prática de uma cidadania plena é um desafio a ser superado. “Na perspectiva de Milton Santos (famoso geógrafo já falecido), quando discutimos cidadania, estão contempladas as garantias dos direitos. Ele traz uma perspectiva de cidadania plena, dentro de um contexto de intensa desigualdade social, e defende os direitos sociais, econômicos e ambientais. É desafiador discutir o respeito aos direitos do outro de forma integral. No caso brasileiro, isso ainda é uma utopia. Para mudar esse cenário, temos que investir em momentos de encontros para refletir coletivamente sobre o que está acontecendo e alimentar o debate para construir uma perspectiva de futuro pensando no melhor para a cidade”.  

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Sobre cidadãos & cidadania (por Cármen Cardoso)

A leitura de Milton Santos costuma ser muito instigante. O geógrafo brasileiro já falecido tinha uma perspectiva social muito acurada. Um texto seu de 1997, com o qual só tomei contato recentemente, inspirou-me a pensar sobre movimentos cidadãos, tema que me mobiliza porque participo de alguns desses movimentos e vivo na minha própria pele várias de suas dificuldades. Além disso, me desafia, por dever de ofício da atividade de consultoria. O nome do texto já é uma provocação – As Cidadanias Mutiladas – e gera um instantâneo desconforto. Mutilação é uma palavra pesada; como associá-la à cidadania, que evoca sentimentos positivos ligados a liberdade, direitos e conquistas sociais? Sendo psicanalista era inevitável que minha reflexão tomasse o rumo de uma perspectiva psicossocial; e assim foi. Milton Santos define cidadão como ¨um indivíduo que tem direitos¨ e que ser cidadão implica ter consciência desses direitos e ¨a capacidade de entender o mundo e sua situação no mundo¨, o que lhe permite se diferenciar do Estado e enfrentar o Estado. Um cidadão, então, seria sempre um protagonista, alguém capaz de se posicionar assertivamente para fazer valer os direitos dos quais tem clara consciência. Em consequência, movimentos de cidadania seriam movimentos por direitos; da sociedade de enfrentamento do Estado ou, quando possível, de diálogo com o Estado. Um protagonismo que acontece em diversas formas de participação social, buscando impacto sobre as políticas públicas em relação ao respeito, à preservação e à promoção dos direitos dos cidadãos. Mas ele diz, também, algo muito pesado: no Brasil, a classe média não tem cidadãos porque ¨não se preocupa com direitos, mas com privilégios¨. A busca de privilégios sustenta as desigualdades sociais e cria a categoria dos que ainda não podem ser cidadãos porque seus direitos são negados, limitados ou interditados. Essas são as cidadanias mutiladas; mutiladas no acesso à educação de qualidade, a serviços de saúde qualificados; à justiça, a transporte de qualidade, a espaços não segregados, à moradia qualificada no direito a oportunidades de trabalho... a lista das mutilações é grande. Essas afirmações nos fazem pensar em três fenômenos que são como pragas que afetam movimentos sociais, também chamados movimentos de cidadania. A primeira dessas pragas é o individualismo – só participo e me envolvo quando tenho clareza de que, pessoalmente, vou ganhar algo que me interessa; se vejo uma oportunidade para que algum ganho do movimento possa se reverter diretamente em meu benefício. A segunda é o voluntarismo – só me motivo se faço valer a minha vontade, fundamentada em convicções arraigadas, muitas vezes inflexíveis. Nada da disposição de dialogar, de admitir pontos de vista diferentes, de aceitar que outros argumentos prevaleçam. A terceira é o radicalismo que leva, quase inevitavelmente, a uma divisão maniqueísta: o bem e o mal, os que estão comigo e os que são contra mim. Daí para a intolerância a distância é pequena e para a violência, nem sempre física, um passo bem curto. A solução encontra-se no que está subjacente à concepção de cidadão formulada por Milton Santos – consciência clara dos direitos, compreensão do mundo e da própria situação do mundo. Isso supõe considerar o outro, dar ao outro o mesmo estatuto que assume para si próprio e reconhecer-lhe os mesmos direitos, em todos os planos. Esses são os requisitos essenciais para praticar uma cidadania plena e poder aderir a um projeto coletivo, pensando para além das próprias necessidades, sendo solidário e tolerante ao conviver com as diferenças. Sem isso, os movimentos sociais, por mais altissonantes e reivindicatórios que sejam, são apenas simulacro de cidadania; triste sintoma de uma cidadania mutilada nos seus fundamentos. . *Por Cármen Cardoso, psicanalista e sócia da TGI Consultoria em Gestão.

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Iniciativas diminuem as desigualdades e fortalecem a democracia a partir das periferias brasileiras

Pesquisa "Emergência Política Periferias" mapeou 100 iniciativas que reduzem a distância entre o cidadão e o governo e apresentam soluções inovadoras a partir das periferias para os problemas socioeconômicos do País. A 30 quilômetros do Plano Piloto, região "nobre" de Brasília em que vivem à margem do poder quase meio milhão de pessoas, é editado o Ceilândia em Foco – jornal comunitário com tiragem de 10 mil exemplares mês. Democratizar o acesso à comunicação nas periferias, mostrar a Ceilândia através de notícias mais humanas e construtivas e evidenciar a cidade viva e pulsante com seus projetos sociais, culturais e empreendedores locais são as diretrizes do jornal produzido por moradores e colaboradores da comunidade. O periódico é uma entre as 100 iniciativas que integra a pesquisa "Emergência Política Periferias", levantamento do Instituto Update, com patrocínio da Fundação Ford e Fundação Tide Setubal, que mapeou inovações políticas nas periferias de 5 regiões metropolitanas do país: Belo Horizonte, Brasília, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. A pesquisa foi produzida entre fevereiro e agosto deste ano e será lançada na próxima terça-feira, 28 de agosto, durante evento na Galeria Olido, no Centro de São Paulo, às 9h30. "Começamos as entrevistas nos territórios no dia 13 de março, véspera do assassinato de Marielle, fato que, por se tratar de uma liderança representativa do público entrevistado, permeou toda a pesquisa", comenta Beatriz Pedreira, cofundadora e diretora do núcleo de Inteligência do Instituto Update. No decorrer do estudo, temas críticos para a implementação de políticas públicas de redução das desigualdades e para o desenvolvimento sustentável das periferias urbanas foram abordados. São exemplos a representatividade política, redução das violências, uso de tecnologias, Constituição Federal, democracia, racismo estrutural, machismo na sociedade, acesso a direitos, disputa de narrativas, fake news, entre outros. Uma perspectiva marcante da pesquisa é a percepção não apenas da necessidade de transformação política do Estado, mas a relevância de fazê-lo conjuntamente com a população das periferias, uma vez que os governos, de forma geral, desconhecem ou desvalorizam a profundidade dos problemas vividos nestes territórios. Realizado por pesquisadores que atuam nas próprias regiões mapeadas, a iniciativa se divide entre as pautas de Participação Política, Redes de Colaboração, Movimentos Sociais e Culturais, Meio Ambiente, Empreendedorismo Social e Mídia Independente e Alternativa. São realizadas por ONGs, coletivos informais, indivíduos ou estão ligadas à política institucional. E emergem a partir de cinco principais gatilhos: a dor, o mentor, coletivos de cultura, ONGS e políticas sociais. "Ao optar por uma equipe que tem sua origem nos territórios periféricos e produz comunicação e conhecimento a partir deles, a pesquisa enfatiza o direito que cada um tem de contar e revelar a sua própria história", observa Fernanda Nobre, coordenadora de Comunicação da Fundação Tide Setubal. Segundo Nobre, a escuta permanente, o diálogo e o fazer com as comunidades são princípios que geram um conjunto de experiências e de conhecimentos determinantes para o exercício da cidadania e estimulam as forças locais para uma atuação mais democrática. "A busca interpretativa é de que os territórios periféricos sejam reconhecidos como ‘cidade’ carregada de memórias, inventividade e potencialidade, distanciando-a meramente de uma perspectiva de fragilidade". Jessica Cerqueira, pesquisadora do Instituto Update, explica que a partir da gestão das urgências, do direito à existência, memória, ancestralidade, cultura, economia, bem viver e participação, fazedoras e fazedores revelam a emergência de práticas que transformam os territórios periféricos em laboratórios de soluções para os problemas do país. "Eles buscam, em essência, a garantia de direitos já previstos na Constituição brasileira. E são espaços de criação, experimentação e modelos de ações e iniciativas para reduzir as desigualdades presentes no dia a dia. Uma política feita a partir dos problemas reais e por vozes que foram sistematicamente silenciadas pelo Estado. Se as instituições olhassem para as soluções propostas por essas iniciativas, as políticas públicas teriam muito mais impacto e seriam mais efetivas", avalia. Os Laboratórios de Direitos foram classificados em: Direito à Existência: defender os direitos humanos básicos para garantir a vida. Exemplos: Fala Roça (Rio de Janeiro),  Assessoria Popular Maria Felipa (Belo Horizonte), Santuário dos Pajés (Brasília) e Quilombo Manzo (Recife). Direito à Memória, Educação e Cultura: defender os direitos conquistados  para garantir a dignidade e identidade. Exemplos: Casa Frida (Brasília) e Beth de Oxum (Recife). Direito à Economia e Bem Viver: defender o acesso ao capital e recursos naturais para garantir a qualidade de vida. Exemplos: Vela (Rio de Janeiro) Saladorama (Recife), Reciclação (Rio de Janeiro) e Desenrola e Não me Enrola (São Paulo). Direito à Participação Social: defender e criar espaços para influenciar políticas públicas, garantir voz nos espaços de decisão e incidência. Exemplos: DUCA (Brasília), Cursinho Popular Transformação (São Paulo), Centro de Comunicação e Juventude (Recife), Iniciativa Negra por Uma Nova Política sobre Drogas (São Paulo) e Jovem de Expressão (Brasília). Direito à Ocupação do Poder: defender o direito a legislar, ocupar e  pautar a política nacional para garantir a continuidade e institucionalidade. Exemplos: Nós, Mulheres da Periferia (São Paulo), Marcelo Rocha (SP), Pretas em Movimento (Belo Horizonte) e Frente Autônoma LGBTQ (Belo Horizonte). "Os laboratórios são processos contínuos e simultâneos. Quem ocupa os espaços de poder, por exemplo, passa a garantir o direito à existência, como Marielle Franco, que ao se tornar vereadora atuava para que todos os outros direitos fossem garantidos pelo Estado", explica Well Amorim, também pesquisador do Instituto Update. Confira o relatório e a lista completa das iniciativas mapeadas em: www.emergenciapolitica.org

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Resgatando Cidadania promove emissão de carteiras de identidade em Recife e Olinda

Moradores de diversos bairros de Recife e Olinda serão beneficiados com o trabalho do Projeto Resgatando Cidadania, a partir desta quinta-feira (21/09). A expectativa é que, até o sábado (23/08), 750 carteiras de identidades sejam emitidas, de forma gratuita, nessas ações, que fazem parte de uma iniciativa conjunta de diversos órgãos da Secretaria de Defesa Social, como a Polícia Científica, a Gerência de Prevenção e Articulação Comunitária (GPAC) e o Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB). Nesta sexta-feira (22/09), a ação se realizará nos bairros do Pina e Afogados, em Recife, e no bairro de Rio Doce, em Olinda, das 8h às 12h. No Pina, o trabalho será realizado no Instituto JCPM de Compromisso Social e vai beneficiar 100 pessoas. Já em Afogados, a ação será na Escola de referência Amaury de Medeiros e prevê a emissão de 50 carteiras de identidade dentro do Projeto Colmeia, do Sesc Pernambuco. Já em Olinda, a ação será na Vila Olímpica de Rio Doce, em parceria com a Prefeitura de Olinda. Ao todo, há 100 carteiras de identidades previstas para emissão. Finalizando os trabalhos da semana, no sábado (23/08), o Resgatando Cidadania aporta nos bairros de Boa Viagem, Imbiribeira e Alto Santa Terezinha, no Recife, e volta a Rio Doce, em Olinda. Sempre das 8h às 12h. Na Imbiribeira, a ação ocorrerá dentro das ações do Dia da Responsabilidade Social na Universidade Salgado de Oliveira. A previsão é emitir 150 carteiras de identidade. No Alto Santa Terezinha, o Resgatando Cidadania integra as ações do Governo Presente e será realizado na Escola Estadual Rosa Magalhães, ao lado do Compaz, com previsão para emitir 200 carteiras. Já em Boa Viagem, o Resgatando Cidadania será realizado em parceria com a Uninassau, oferecendo 50 carteiras de identidade para os moradores da área. Na volta ao bairro de Rio Doce, a ação ocorrerá na Igreja Presbiteriana de Rio Doce e prevê a emissão de 100 carteiras de identidade. Importante lembrar que, para obter a nova carteira de identidade, o cidadão precisa comparecer ao local da ação cidadã portando a certidão de nascimento ou casamento (original e cópia), comprovante de residência (original e cópia) e duas fotos 3x4. SERVIÇO: 22 de setembro – 8h às 12h RECIFE: Instituto JCPM de Compromisso Social Endereço: Av. República do Líbano 251- Pina Serviços: Emissão de 100 carteiras de identidades, de forma gratuita Escola de Referência Amaury de Medeiros Endereço: Rua são Miguel nº 720 - Afogados Serviços: Emissão de 50 carteiras de identidades, de forma gratuita OLINDA: Vila Olímpica de Rio Doce Endereço: Av. Brasil s/n, III Etapa Serviços: Emissão de 100 carteiras de identidades, de forma gratuita 23 de setembro – 8h às 12h RECIFE: Universidade Salgado de Oliveira - UNIVERSO Endereço: Av. Mascarenhas de Morais, 1919, Imbiribeira, Recife Serviços: Emissão de 150 carteiras de identidades de forma gratuita Escola Estadual Rosa Magalhães Endereço: Avenida Aníbal Benévelo - Alto Santa Terezinha Serviços: Emissão de 200 carteiras de identidades de forma gratuita (Governo do Estado de Pernambuco)

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Justiça Eleitoral promove cidadania – Eleitor do Futuro em Garanhuns

A equipe do programa Eleitor do Futuro promoveu uma série de ações e aulas em Garanhuns na última semana com apoio da Secretaria de Educação do Estado, para promover a palestra-aula Exemplos de Superação, uma ação do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), implantada pela Escola Judiciária Eleitoral (EJE). O TRE-PE, desde 2006 através da EJE/PE, implantou e vem promovendo, com as escolas públicas e particulares do estado de Pernambuco, a capacitação de crianças e adolescentes - de 07 a 17 anos de idade - ações educativas como palestras e simulações de eleições com urnas eletrônicas. O objetivo do programa é esclarecer aos jovens o papel que tem o voto para uma cidadania efetiva e sua importância na realização de avanços para a sociedade. Para o coordenador da EJE, Eduardo Japiassú, “Dialogar com os jovens sobre o ato de votar e ser votado, da escolha dos nossos representantes, da consolidação da democracia, tudo isso faz do Programa Eleitor do Futuro um importante veículo na formação de eleitores mais conscientes dos seus direitos e deveres”. Nos dias 04/09, 05/09 e 06/09, antes do encontro com o presidente do TRE-PE, o secretário da EJE Eduardo Japiassú e o servidor Jeovane Ramos fizeram palestras do Programa Eleitor do Futuro em escolas do Agreste Meridional. O servidor do TRE-PE e chefe de cartório Álvaro Pastor do Nascimento foi o convidado para conversar com os jovens sobre sua história de superação. As escolas contempladas foram: EREM Sebastião Tiago de Oliveira, em Jupi, Escola Elpídio Barbosa Maciel, em São Bento do Una, EREM Francisco Madeiros e Escola Senador Aderbal Jurema, em Garanhuns, EREM Luiz Pereira Júnior, em Caetés, EREM Regina Pacis, em Palmeirinha e EREM João Fernandes da Silva, no município de São João. Durante o encontro que serå realizado dia 14/09, após assistirem e entenderem os conteúdos previamente palestrados nas escolas participantes, alguns alunos farão apresentações para o presidente do TRE-PE, desembargador Luiz Carlos Barros Figueiredo, sobre o que entenderam do Programa Eleitor do Futuro e a importância de exercer a democracia de forma consciente. Os depoimentos motivacionais serão ministrados pelos convidados do presidente; o vice-diretor da EJE e desembargador eleitoral Dr. José Raimundo dos Santos Costa e o juiz da vara da infância e juventude da comarca de Caruaru Dr. José Fernando Santos de Souza. O desembargador eleitoral e diretor da EJE, Dr. Delmiro Dantas Campos Neto, ressalta que "Em 2017 o Projeto Eleitor do Futuro recebeu uma nova abordagem, com a participação das autoridades percorrendo a região do Araripe, Vale do São Francisco, Região Metropolitana do Recife e o Arquipélago de Fernando de Noronha. Agora, chegando no Agreste do Estado teremos em Garanhuns a primeira palestra do Eleitor do Futuro Exemplos de Superação e uma inédita apresentação." O evento será realizado em parceria com a Secretaria de Educação de Pernambuco, com apoio da Gerência Regional de Educação em Garanhuns (GRE-Garanhuns) e terá apoio da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), que disponibilizará uma maquete virtual interativa sobre o uso consciente dos recursos hídricos. Serviço: Programa Eleitor do Futuro: Quinta-feira (14/09), às 14 horas Auditório da Autarquia de Ensino Superior de Garanhuns (AESGA)

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Educação cidadã

*Por Eduardo Carvalho, diretor da ABA Global Education/Harvard Advanced Leadership Fellow Cidadania envolve pessoas agindo juntas para resolver problemas que afetam a sociedade. A educação cidadã é fundamental para que o país seja considerado desenvolvido. Um indivíduo que seja um referencial em educação cidadã é um cidadão digno, bem  informado, ponderado, consciente dos seus direitos e deveres. Ele participa do processo democrático e está pronto para questionar leis e atos impostos pelos poderes, caso entenda que esses prejudicam o povo em benefício de uma minoria. O processo de educação cidadã deve compreender o aprendizado sobre o papel das instituições políticas, religiosas, sociais e econômicas e como esses sistemas influenciam a vida e o dia a dia da comunidade. Aprender sobre os sistemas tributários, trabalhista, previdenciário, orçamentário, político e como afetam o funcionamento da cidade, do Estado e da nação. A educação cidadã também compreende o zelo pelo espaço e dinheiro públicos e o respeito ao meio ambiente. Vários atos irresponsáveis cometidos pelos gestores públicos e cidadãos (corrupção, jogar lixo nas ruas, buzinar, desrespeitar a fila, falar alto em celular,etc.) precisam ser expostos e discutidos para o processo educacional acontecer. Decisões financeiras adequadas representam outro aprendizado essencial no exercício da cidadania: gastar menos do que ganha, poupar, analisar alternativas de compra com base em custo/benefício e não ser movido por impulsos de consumo. Faz também parte do aprendizado o desenvolvimento das habilidades de pensar criativa, crítica e imparcialmente; agir de forma colaborativa; capacitar-se a perguntar e a comunicar-se bem com audiências diversas; respeitar a diversidade; refletir sobre problemas; aprimorar a competência para decidir; e desenvolver e implantar planos coletivos. Sobre qualquer aprendizado deve ser estimulada a pesquisa sobre outros modelos mundo afora e dessa forma uma visão crítica estará sendo desenvolvida com o  objetivo de aperfeiçoar o sistema local. Fazer turismo é muito bom, mas aprender com o turismo e obter experiências de cidadania global agregam valor intrínseco que poderá ter melhor repercussão na sociedade. O programa de educação cidadã é apropriado para qualquer idade, aplicado ao longo do currículo ou de forma independente, e focado no processo de aprender a partir da observância, da pesquisa, do diálogo e do conscientizar. Vamos colocar o tema como prioridade. Certamente, teremos como resultado comunidades das quais orgulharemos. Teremos o povo educado. *Todas as segundas-feiras estaremos publicando artigos sobre as transformações e tendências da educação   Leia também: Escola deve focar na aprendizagem e não no ensino Alunos estão mais autônomos  

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