Arquivos Cinema - Página 5 De 18 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Os Ladroes

Mostra de Filmes coreanos invade a tela do Cinema da Fundação

Ao todo serão exibidos nove filmes em três dias de programação na sala Derby. (Da Fundaj)Há cerca de duas décadas, desde a virada do milênio, que a indústria cultural sul-coreana vem se estabelecendo como uma das mais efervescentes do mundo. Prova disso é o enorme sucesso dos idols do K-Pop na música, Round 6 fazendo história como a série mais assistida da Netflix de todos os tempos e o filme Parasita de Bong Joon Ho, levando a Palma de Ouro do Festival de Cannes e seis estatuetas do Oscar para casa. Numa parceria com a embaixada da Coreia do Sul, o Cinema da Fundação traz uma mostra exclusiva com 9 filmes coreanos, que acontece entre os dias 23 e 25 deste mês, na sala Derby. Os ingressos para a mostra serão distribuídos gratuitamente pelo site Eventbrite a partir de 72 antes de cada sessão do evento e na bilheteria local do cinema. “Recentemente, conteúdos coreanos têm ganhado grande fama no Brasil, aumentando o interesse dos brasileiros sobre a cultura coreana. Assim, a Embaixada da República da Coreia, com o intuito de proporcionar a oportunidade de o povo brasileiro ter contato com uma diversidade de filmes coreanos, resolveu promover a  Mostra de Cinema Coreano em Pernambuco”, explica Yu Hyun Kim, diplomata e Terceira Secretária da Embaixada da Coreia do sul no Brasil. Desde o começo dos anos 2000 que a produção cinematográfica coreana bate ponto na  programação do Cinema da Fundação. Foi nas salas Derby e Museu que os cinéfilos pernambucanos puderam assistir a filmes como Old Boy, O Hospedeiro, Em Chamas e Na Praia à Noite Sozinha, só para citar alguns dos cineastas Park Chan-wook, Bong Joon Ho,Lee Chang-dong e Hong Sang-soo. Diversos gêneros cinematográficos compõem  a seleção de filmes a serem exibidos no evento, dando ao público uma oportunidade única de conhecer sobre a pluralidade e peculiaridades do cinema produzido no país asiático. “A cinematografia sul-coreana está bem estabelecida com o surgimento de grandes autores, muitos deles consagrados em festivais mundiais. O interessante dessa mostra é a oportunidade que teremos em conhecer um pouco mais sobre a produção sul-coreana, que rivaliza de igual para igual com cinema hollywoodiano, a partir do trabalho de diretores que dificilmente chegarão ao circuito comercial”, analisa o jornalista Ernesto Barros, coordenador do Cinema da Fundação e da Cinemateca Pernambucana. A maior parte dos filmes, informa o coordenador, foi realizada na década passada, quando o cinema coreano estava conquistando o mundo. PROGRAMAÇÃO: 23/09 14h – A Linha de Frente 17h- Kundo: Era Fora de Controle 20h – Um Dia Díficil 24/09 14h – Tudo sobre Minha Esposa 17h – Os Ladrões 20h – Meu Amor, Minha Noiva 25/09 14h – Sinceramente, Grandemente 17h – O Túnel 20h – Luck- Key Endereço: Cinema da FundaçãoRua Henrique Dias, 609 – Derby Ingressos: www.eventbrite.com.br

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Filme premiado em Cannes reflete sobre a mentira

Todos sabem o que uma única e pequena faísca pode fazer a uma floresta. Da mesma forma, o que uma mentira, ainda que pequena e coberta por uma capa de verdade, quantas vidas é capaz de destruir. “Um Herói”, novo filme do cineasta iraniano Asghar Farhadi, trata do assunto através de uma narrativa, a princípio, tão calorosa quanto o sentimento de retorno pra casa, porém tão lancinante quanto uma agulha. Rahim (Amir Jadidi) é o personagem central da história. Ele é denunciado e preso após ser traído pelo sócio, que não pagou uma dívida. Durante um período de liberdade condicional, Rahim tenta convencer o credor a retirar a queixa, prometendo pagar a dívida. Sua namorada Farkhondeh (Sahar Goldust) encontrou uma bolsa com 17 moedas de ouro, e o pagamento seria realizado com essas peças. A consciência pesa, e Rahim decide devolver a bolsa à mulher que a perdeu. O fato chega ao conhecimento da imprensa e o homem é aclamado como bom exemplo a ser seguido. O que tem de incrível em devolver algo que não é nosso? Seria, no mínimo, nossa obrigação. Porém, numa sociedade doente de corrupção, é algo a se exaltar, a estampar manchetes. Mais uma vez, Asghar Farhadi é genial ao desenvolver sem pressa seu protagonista, e nos fazer sofrer com ele. Rahim poderia ser qualquer um de nós, tão imperfeito quanto eu e você. Dói vê-lo despencar a cada mentira contada ainda que com a boa intenção de corrigir um erro. O coração acelera com o prenúncio de que aquela história não terminará bem. Asghar Farhadi tem no currículo dois filmes vencedores do Oscar de melhor produção em língua estrangeira (“A Separação” e “O Apartamento”). “Um Herói” ganhou em Cannes o Grande Prêmio do Júri e o Prêmio François Chalais, este concedido a filmes dedicados aos valores do jornalismo. O longa chega aos cinemas brasileiros no dia 28 de julho.

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Lula é personagem central em novo documentário

“A partir do momento que a gente decidiu pensar com a nossa cabeça, olhar e ver as coisas com os nossos próprios olhos, nós começamos a incomodar.” Izaltina, líder quilombola de Sergipe, incorpora bem em seu discurso a alma do documentário “O Povo Pode?”, dirigido por Max Alvim. O documentarista encarou o desafio de propor algo novo em meio a tantos outros filmes já produzidos sobre o ex-presidente Lula. Ainda que em essência o longa trate de política, nomes comuns ao cenário político brasileiro ficaram de fora da lista de entrevistados. Como o próprio título sugere, o povo é protagonista. Personagens corriqueiramente tratados como coadjuvantes, aqui ganham destaque, com vez e voz para refletir sobre um Brasil que deixou de ser,  nostálgicos de um passado não tão apartado no horizonte. Além de Izaltina, assumem protagonismo o baiano João Pires, integrante do MST, a jovem camponesa Vani, do sertão pernambucano e a freira Aurieta, da comunidade Brasília Teimosa, em Recife. Lula é personagem central do doc, porém Alvim optou por focar nas imagens de arquivo e na construção da imagem do petista conforme o olhar particular dos quatro entrevistados. A figura do ex-presidente parece encarnar a representação do povo em mesma essência. É o que conclama a sertaneja Vani ao afirmar que “Lula é o povo”. Alvim entrega no segundo ato uma restrospectiva que abarca desde a controversa prisão de Lula até o atual governo. Com imagens de arquivo e manchetes dos principais jornais do país, vai costurando fatos como a, no mínimo, estranha relação de Sérgio Moro com o governo Bolsonaro, rompida logo depois. Mostra a saída de Lula da cadeia, como também as ações do ministério do meio ambiente e a missão de “passar a boiada”. Se por um lado a retrospectiva mostra-se rica em conteúdo, por outro parece desviar da proposta inicial que, acredito, seria focar no discurso dos quatro protagonistas. “O Povo Pode?” teve lançamento nacional no último dia 4. Já foi exibido em cidades como Recife e São Paulo. Max Alvim pretende promover exibições públicas e gratuitas, passando por sindicatos, universidades, cineclubes e praças públicas.

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Oscar 2022 The Nominations

Oscar 2022: novidades e apostas

Contagem regressiva para mais um Oscar que, refletindo a sociedade atual onde tudo se renova com grande velocidade, chega com algumas mudanças. O objetivo é atrair o público, que vem diminuindo a cada ano. A última edição, por exemplo, teve uma queda de 58% na audiência em relação a 2020. Diferente das últimas três edições, esta terá apresentador, ou melhor, um trio de apresentadoras: Amy Schumer, Regina Hall e Wanda Sykes serão as anfitriãs. Por sinal, é inédita a presença de um trio feminino a frente da premiação. Outra mudança diz respeito às categorias. No intuito de dinamizar a cerimônia, oito das 23 ficarão de fora da transmissão ao vivo. São as seguintes: Melhor Documentário em Curta-Metragem, Melhor Montagem, Melhor Som, Melhor Trilha Sonora, Cabelo e Maquiagem, Direção de Arte, Curta-Metragem em Animação e Curta-Metragem em Live-Action. A academia também lançou uma novidade, a Oscar Fan Favorite.  Até o último dia 3 de março, os fãs puderam votar em seu filme favorito da temporada passada. Entre os dez títulos, alguns que normalmente não figurariam na premiação, como “Army Of The Dead: Invasão Las Vegas”, da Netflix, e “Cinderela”, original Amazon Prime Video. Apostas Na última quarta (23), a Revista Algomais em parceria com o Cinegrafando promoveu uma live no Instagram com o Oscar como protagonista. Os jornalistas Houldine Nascimento e Wanderley Andrade conversaram sobre os indicados e apresentaram as novidades da premiação. Como é de costume, a dupla compartilha aqui suas apostas para as principais categorias da noite. Houldine Nascimento Melhor Filme: “Ataque dos Cães” Melhor Diretor: Jane Campion (“Ataque dos Cães”) Melhor Ator: Will Smith (“King Richard: Criando Campeãs”) Melhor Atriz: Penélope Cruz (“Mães Paralelas”) Melhor Ator coadjuvante: Troy Kotsur (“No Ritmo do Coração”) Melhor Atriz coadjuvante: Ariana DeBose (“Amor, Sublime Amor”) Melhor Roteiro Original: “Belfast” Melhor Roteiro Adaptado: “No Ritmo do Coração” Melhor Filme internacional: “Drive My Car”, de Ryûsuke Hamaguchi Melhor Animação: “Encanto” Melhor Documentário: “Summer of Soul (…ou, Quando A Revolução Não Pode Ser Televisionada)”, de Questlove Melhor Trilha Sonora: Hans Zimmer (“Duna”) Melhor Canção: “Dos oruguitas”, de “Encanto” Melhor Fotografia: Greig Fraser (“Duna”) Wanderley Andrade Melhor Filme: “No Ritmo do Coração” Melhor Diretor: Jane Campion (“Ataque dos Cães”) Melhor Ator: Will Smith (“King Richard: Criando Campeãs”) Melhor Atriz: Jessica Chastain (“Os Olhos de Tammy Faye”) Melhor Ator coadjuvante: Troy Kotsur (“No Ritmo do Coração”) Melhor Atriz coadjuvante: Ariana DeBose (“Amor, Sublime Amor”) Melhor Roteiro Original: “Não Olhe Pra Cima” Melhor Roteiro Adaptado: “No Ritmo do Coração” Melhor Filme internacional: “Drive My Car”, de Ryûsuke Hamaguchi Melhor Animação: “Encanto” Melhor Documentário: “Summer of Soul (…ou, Quando A Revolução Não Pode Ser Televisionada)”, de Questlove Melhor Trilha Sonora: Hans Zimmer (“Duna”) Melhor Canção: “No Time To Die”, de “007: Sem Tempo para Morrer” Melhor Fotografia: Greig Fraser (“Duna”)

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3 quadrinhos para ler antes (ou depois) de assistir o novo filme do Batman

*Por Eduardo Martins Enfim, vamos voltar a falar de quadrinhos. A saudade estava grande, estimados leitores. E nada melhor que recomeçar a Coluna Gibitown com o assunto mais quente do momento na cultura pop, no cinema e nos quadrinhos. Com estreia no dia 3 de março, THE BATMAN, dirigido por Matt Reeves e protagonizado por Robert Pattinson, é o mais novo blockbuster de sucesso de 2022.  Na primeira semana de exibição, o longa-metragem já arrecadou mais de 31 milhões de reais. Se juntar com a pré-estreia do filme, realizada no dia 1º de março, o valor total vai para 45 milhões de reais. Mais de 2,2 milhões de espectadores foram aos cinemas assistir ao novo filme do morcegão, segundo dados da pesquisa realizada pela ComScore. No calor do hype, nada melhor que entender quais são as referências que ajudaram a moldar a película de Reeves. Como aqui o assunto é quadrinhos, vamos nos ater apenas ao formato e não vamos falar do filme, “SEM SPOILERS”. Essa lista é tanto para você, que ainda não viu o filme, quanto para quem já assistiu. A ideia é mesclar quadrinhos lançados recentemente com outros nem tanto, tentando fugir dos clássicos que aparecem em todas as listas do Homem-Morcego. E assim, agradar, tanto o fã mais “raiz”, quanto o novo leitor.  Batman – O Impostor Dentro dessa linha de raciocínio, a primeira HQ da lista tinha que ser essa, lançada aqui no Brasil pela editora Panini em outubro do ano passado. ⁣Há tempos que não lia algo tão legal do homem-morcego. História bem amarrada, desenhos realistas, cores sensacionais. Páginas que saltam do papel, tamanha é a semelhança com os movimentos vistos no novo longa-metragem. As aparências não param por aí, o jovem Bruce Wayne desenhado pelo artista Andrea Sorrentino tem o rosto praticamente idêntico ao de Robert Pattinson. Isso porque “Batman: O Impostor”, é escrita por Mattson Tomlin, que também é o roteirista do novo filme do morcego.  Contudo, mesmo que as aparências e o tom da série sejam reais, o quadrinho não é uma cópia da história vista nos cinemas. Em “Batman, O Impostor”, vemos o jovem Bruce Wayne como Batman há menos de um ano. Na página de abertura, já podemos sentir como será essa minissérie: realista e violenta, mesmo que o protagonista, por mais ridículo que isso possa parecer, use uniforme e máscara. As semelhanças, digamos, mais bobas param por aí. ⁣ Um fake Batman está aterrorizando Gotham City, sem piedade, e tudo feito diante das câmeras. Assassinatos a sangue frio ao vivo em vídeo. Na mira de poderosos criminosos e do Departamento de Polícia de Gotham City, o verdadeiro Batman trava um jogo de investigação para conseguir descobrir quem é o impostor e, assim, limpar seu nome. ⁣ Dividida em três partes, ainda conta com arte de Andrea Sorrentino (Gideon Falls e Coringa: Um Sorriso De Matar) e cores de Jordie Bellaire (Superman e Authority). Batman – Ego O maior inimigo do Batman é o próprio Batman. Em Batman – Ego, o vencedor do prêmio Eisner, Darwyn Cooke está no auge da sua curta carreira como quadrinista (ele faleceu aos 53 anos de idade, em 14 de maio de 2016, vítima de câncer), e faz uma viagem nas profundezas da mente perturbadora do herói. Não se engane com o traço mais cartunesco do artista, achando que apenas uma história para crianças.  Não é à toa que EGO foi o quadrinho escolhido por Matt Reeves e Robert Pattinson para guiar a criação da mentalidade do novo Batman dos cinemas. Antes do filme entrar em exibição, Reeves disse em entrevista a DC FANDOME que a história lançada no ano de 2000 por Cooke:  “Eu queria entrar na mentalidade do personagem e queria pensar na psicologia. Para mim, uma HQ que combina esses elementos é ‘Ego’. Ele está enfrentando a fera que é o Batman e é esse tipo de dualidade que eu procurava. Há muito no que está tentando fazer na história sobre ele confrontando o lado sombrio de si mesmo e o grau que você tem de autoconhecimento.”  Já Pattinson disse ao Den of Geek que ‘Ego’ o influenciou para criar a abordagem psíquica justaposta de Batman com Bruce Wayne: “Bruce está totalmente comprometido em ser o Batman, que simplesmente não liga em ser visto pela cidade. Ele não deseja ser Bruce. Ele acha que é assim que ele pode se salvar, vivendo nesse tipo de estado zen como Batman, onde é apenas puro instinto e nenhuma bagagem emocional”.  “Batman: Ego e outras histórias” foi relançado em maio de 2021, também pela Editora Panini, como um compilado de histórias mais curtas. Batman: Ego (2000) 1, Batman: Gotham Knights (2000) 23 (II), 33 (II), Solo (2004) 1, 5, Harley Quinn Holiday Special 1, Selina’s – Big Score 1. Essa última, é uma ótima HQ referência da Mulher-Gato do novo filme.   Batman – Terra de Ninguém É claro que, com o sucesso do novo filme do Reeves, uma continuação é mais do que esperada. Isso porque o final de THE BATMAN pode ter sido inspirado no extenso arco “Terra de Ninguém”, lançado em 1999. No total, “Terra de Ninguém” teve 80 edições mensais regulares, que foram reunidas posteriormente em uma enorme coleção de capa dura em cinco volumes, lançada no Brasil pela Editora Eaglemoss. Nos quadrinhos, a história começa com o arco “Cataclismo”, que descreve um grande terremoto que atingiu Gotham City. Como resultado, o governo dos EUA evacua oficialmente Gotham e depois abandona e isola aqueles que optaram por permanecer na cidade. Gotham é colocada em quarentena do resto do país com lei marcial em vigor. Cenário perfeito para estabelecer o caos, com uma galeria implacável de inimigos e poderosos tentando conquistar seus territórios. “Terra de Ninguém” mostra, em detalhes, um período da vida dos moradores da cidade, explicando todos os acontecimentos desde o momento do isolamento, até o momento da reabertura e o início da reconstrução. Sem querer entrar em detalhes, para evitar os malditos spoilers, Terra de Ninguém é

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Crítica| Eternos

E se o universo fosse dominado por seres ditos celestiais que na ânsia por criar novos mundos terão de destruir outros tantos em nome de uma causa “maior”? A História Mundial é permeada por personagens de motivações semelhantes, ditadores que a favor de uma ideologia ou projeto ceifaram a vida de milhões. Eternos, nova aposta da Marvel, reflete sobre o tema e estabelece uma nova fase para o MCU. A história acompanha a jornada dos Eternos, uma raça de super-humanos concebida por Arishem, representante de seres cósmicos chamados Celestiais. O grupo tem como missão livrar a humanidade da presença dos Deviantes, criaturas também criadas pelos Celestiais. Porém os planos de Arishem para os humanos são outros. A descoberta abalará os Eternos, que se voltarão contra seu criador. Logo na famosa abertura (a que mostra o folhear de páginas de HQs da Marvel) a primeira mudança: o tema épico escrito por Michael Giacchino dá lugar à melodia suave e ancestral composta por Ramin Djawadi, responsável pela trilha de Game of Thrones. A direção é de Chloé Zhao, ganhadora do Oscar por Nomadland. É possível notar a mão da diretora em sequências quase documentais, contemplativas, pouco comuns em filmes da Marvel. O filme tem elenco de peso, a começar por Angelina Jolie, que estreia no MCU. A atriz encarna Thena, imortal que manipula energia e tem domínio sobre armas como uma lança dourada. Richard Madden, o Robb Stark de Game of Thrones, interpreta Ikaris, integrante mais poderoso do grupo, capaz de voar e lançar raios pelos olhos (algo parecido na concorrência?). Salma Hayek encarna Ajak, matriarca da equipe, única capaz de se comunicar com os Celestiais. Gemma Chan, de Podres de Ricos, vive a personagem de maior peso para a história, Sersi, imortal que terá de assumir a liderança do grupo. Alguns personagens mereciam tempo maior de tela, como o ator sul-coreano Don Lee, conhecido por Invasão Zumbi. Em Eternos ele é Gilgamesh, imortal de grande força, por vezes alívio cômico da história. O ator irlandês Barry Keoghan, é Drug, imortal telepata que se refugia em uma floresta na América do Sul. Kumail Nanjiani (Silicon Valley, Doentes de Amor) é o ator que mais provocou burburinho ao postar nas redes sociais a preparação pela qual passou para viver Kingo, imortal que assumiu a carreira de astro de Bollywood. Representatividade é palavra forte em Eternos. Chloé propõe personagens de gênero diferente das HQs. É o que acontece com Lia McHugh (O Chalé) no papel de Duende, imortal que carrega o fardo de nunca envelhecer, e Lauren Ridloff (The Walking Dead) como Makkari, a mulher mais rápida do universo. Lauren é a primeira atriz surda a atuar em um filme da Marvel. Brian Tyree Henry, da série Atlanta, interpreta Phatos, inventor de grande talento, e primeiro herói gay da Marvel nos cinemas. O ritmo lento de algumas sequências deverá desagradar a parcela de público acostumada a cenas de ação de produções como Vingadores: Ultimato. Soma-se a isso o desafio de desenvolver em pouco tempo (ainda que em mais de 2h30) um universo de personagens complexos. Por outro lado, considero válido o esforço da Marvel em reformular esse universo, transgredindo a máxima popular de não mexer em time que está ganhando. Origem Os Eternos surgiram na década de 70, criação de Jack Kirby que, em parceria com Stan Lee e Joe Simon, lançou personagens como o Capitão América, Hulk, Thor e Homem de Ferro. A centelha criativa que originou esse universo vem da mitologia grega. Thena é inspirada na deusa grega Atena. Ikaris, como o próprio nome aponta, vem de Ícaro, personagem mitológico que morreu ao voar próximo ao Sol com asas de cera. Da Literatura Inglesa veio a inspiração para Duende, das histórias de Peter Pan, personagem criado por J. M. Barrie.

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Crítica: Duna

Escrita por Frank Herbert, Duna é considerada uma das obras mais importantes da ficção científica. Ao todo, foram mais de 22 milhões de cópias vendidas em todo o mundo. O sucesso entre os fãs do gênero resultou na adaptação cinematográfica dirigida por David Lynch. O longa estreou em 1984 e fracassou em crítica e público. Nem o próprio Lynch gostou do recorte final, que sofreu consideráveis interferências dos produtores. Resultado: narrativa confusa, diálogos carregados de exposição e fãs enfurecidos. Mas há esperança. Ao menos é o que acredita e vende o diretor Denis Villeneuve com sua versão de Duna que estreia esta semana nos cinemas. Na trama, em meio ao domínio de um império intergaláctico feudal, a família de Paul Atreides (Timothée Chalamet) recebe a missão de administrar o planeta-deserto Arrakis. Do lugar brota a especiaria mais valiosa de todo o universo, conhecida como “melange”. A substância desperta a ganância de outro clã, os Harkonnens, que lidera uma conspiração contra a Casa Atreides. Porém, algo maior está em curso, o cumprimento de uma profecia relacionada ao futuro de Paul e aos nativos do planeta Arrakis. Sob as cenas grandiosas e efeitos especiais é possível enxergar o subtexto: imagine um lugar que tenha suas riquezas exploradas por outra nação e que a “solução” para os conflitos locais será a chegada de outros estrangeiros. Lembra de algo parecido no mundo real? A história será contada em duas partes, decisão acertada do diretor franco-canadense. O filme de Lynch (ou seria dos produtores?) falhou ao tentar condensar a grandiosa jornada de Paul Atreides em pouco mais de duas horas. Só o primeiro livro na versão em português tem quase 700 páginas. Villeneuve escalou elenco de primeira para o projeto. Além de Timothée Chalamet no papel de Paul Atreides, estão no filme o excelente Oscar Isaac, firme como o Duke Leto Atreides, a atriz sueca Rebecca Ferguson, encarnando Jessica Atreides, Jason Momoa, que interpreta o guerreiro e amigo de Paul, Duncan Idaho, personagem com maior peso e presença na nova adaptação e Zendaya como Chani, personagem ainda pouco explorada na primeira parte. Completam o cast, Stellan Skarsgård, Javier Bardem, Josh Brolin e Dave Bautista.     Duna é o grande projeto de Villeneuve, nome de peso da nova geração de diretores. Sicario, A Chegada, Blade Runner 2049 dispensam apresentações. Em 2016, o diretor revelou à revista Variety o sonho de levar a obra à tela grande. Tela grande que foi pivô de grande polêmica. Duas semanas antes da estreia no Festival de Veneza, Villeneuve não permitiu à imprensa acesso a qualquer link de visualização do filme. Dessa forma, a obra só poderia ser vista, no primeiro momento, nas telonas. Reconheço que essa é daquelas obras que precisam ser vistas no cinema, com som e imagem de qualidade. A experiência não será a mesma na pequena tela de um celular. O longa deve se destacar nas grandes premiações, principalmente nas categorias técnicas como design de som, que aqui auxilia no processo de imersão, atuando como ferramenta narrativa. A trilha sonora é assinada pelo eclético Hans Zimmer, que já compôs para gêneros diversos como terror (It, Annabelle 2), animação (O Rei Leão, Kung Fu Panda) e ficção científica (A Origem, Blade Runner 2049). Duna tem aura de blockbuster, ainda assim, dificilmente agradará ao público que costuma procurar produções do gênero, como Os Vingadores e a franquia O Senhor dos Anéis. Cenas contemplativas como as que acontecem no deserto, momentos de ação pontuais, além do universo complexo criado por Herbert, podem entediar o espectador que não está familiarizado com os livros do autor.  

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III Fincar anuncia programação com filmes nacionais e internacionais

Festival realiza sua terceira edição de 19 a 28 de novembro. O público poderá assistir a 47 filmes gratuitamente através da plataforma online Embaúba Play. Via assessoria de imprensa. O Festival Internacional de Cinema de Realizadoras (Fincar) anuncia a programação de filmes da sua terceira edição. O festival disponibiliza ao público 47 filmes nacionais e internacionais, longas e curtas-metragens, divididos em três mostras não-competitivas. O III Fincar será realizado no formato online, de 19 a 28 de novembro, através da plataforma Embaúba Play. Toda a programação é de obras realizadas por mulheres cis e trans, travestis, pessoas não-binárias e trans-masculinas. Nas primeiras edições o festival exibiu filmes dirigidos por mulheres e em 2021 amplia a participação de pessoas com outras identidades de gênero. O III Fincar é realizado pela Vilarejo Filmes e tem incentivo do Funcultura, Secretaria de Cultura, Fundarpe, do Governo de Pernambuco. O festival conta com conselho político formado pelos coletivos Mulheres no Audiovisual Pernambuco (Mape) e Negritude do Audiovisual PE e pelo Fórum Itinerante de Cinema Negro  (FICINE).    PROGRAMAÇÃO – O III Fincar traz uma programação com produções audiovisuais contemporâneas e históricas com investigações estéticas não-hegemônicas. Da produção audiovisual brasileira, a programação reúne filmes da Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, São Paulo e Sergipe. Entre os estrangeiros, o festival conta com realizações da Argentina, China, Costa Rica, Cuba, França, Irã, México, Peru, República Dominicana, Turquia e coproduções Brasil-Colômbia, Brasil-EUA, Marrocos – França – Quatar. Pela primeira vez o Fincar fará debates com realizadoras estrangeiras. Os debates serão feitos através da plataforma Zoom, com transmissão ao vivo pelo Youtube. Integrantes da curadoria farão a mediação das conversas em torno dos filmes exibidos. “Um dos aspectos positivos do formato online é que nos proporciona encontros mesmo na distância geográfica. Outro aspecto é que os debates serão gravados e isso gera um arquivo importante sobre as produções audiovisuais e suas realizadoras. O maior exemplo disso é o debate da Mostra Olar que faremos com a realizadora cubana Gloria Rolando. Glória irá conversar conosco a partir de Cuba e a conversa ficará registrada e disponível na internet para pessoas que queiram se aprofundar no trabalho dela”, ressalta Maria Cardozo, diretora do Fincar. Na Mostra Fincar são disponibilizados 38 filmes nacionais e internacionais selecionados pela curadoria do festival, incluindo um programa infantil, com classificação livre. São oito longas e 30 curtas, que ficam disponíveis gratuitamente por 48h via streaming na Embaúba Play, possibilitando que o público faça sua sessão de cinema em casa no horário que preferir. É possível assistir ao festival facilmente, sem obrigatoriedade de cadastro prévio na plataforma. O acesso pode ser por Smart TV, notebook ou celular. Duas mostras especiais com filmes históricos completam a programação disponível na Embaúba Play. Na Mostra Olar – Observatório de Realizadoras Latino-Americanas, serão exibidos cinco obras raras dirigidas pelas cineastas negras e cubanas Sara Gómez  (1942 – 1974) e Glória Rolando, que constroem, a partir de suas experiências, uma cinematografia decolonial latino-americana. Os filmes de Sara Gómez foram cedidos pelo Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica (ICAIC). A curadoria é do Observatório de Realizadoras Latino-Americanas. Sara Gómez é realizadora negra precursora na América Latina e Gloria Rolando é uma referência na realização do cinema afrocubano desde a década de 1990.  “Selecionamos a partir destas duas cinematografias, obras que buscam construir pensamentos a respeito da racialidade em seu país, e que apesar das especificidades da história cubana, nos revelam as indissociáveis semelhanças na formação das sociedades da América Latina”, afirmam as curadoras da Mostra Olar, Cíntia Lima e Lílian de Alcântara, no texto do catálogo. Já a Mostra Mape difunde quatro filmes produzidos pelo Instituto SOS Corpo e a TV Viva na década de 80 e 90, tendo sido curada pelo coletivo Mulheres no Audiovisual de Pernambuco (Mape). “Para nós, revisitar as produções do SOS Corpo em parceria com a TV Viva é uma honra e ao mesmo tempo um dever. Os dois sentimentos se misturam porque estamos diante de um resgate de obras que compõem parte da memória da luta feminista em Pernambuco. Esperamos que o público divida conosco o encantamento em torno destes filmes, seja pelas imagens e marcantes da população brasileira, ou pela consciência de que a luta vem sendo travada há tantos anos”, assina o coletivo Mape. O catálogo do III Fincar, com textos sobre cada mostra, será disponibilizado em formato virtual para download gratuito no site do festival. CURADORIA – Para criar a sua mostra central, o Fincar formou um time de curadoria com Anti Ribeiro, Kalor Pacheco, Patrícia Yxapy, Emilly Guilherme, Luly Pinheiro e Maria Cardozo, que interagiram virtualmente durante o trabalho de seleção. Lully destaca a qualidade dos filmes diante do contexto de pandemia e da desestruturação das políticas públicas para o setor audiovisual: “A gente recebeu uma grande quantidade de filmes produzidos nesse último ano, nesse período pandêmico. Confesso que me surpreendi com a qualidade dos filmes, a qualidade inventiva mesmo de produzir ‘apesar de’. Pois me parece cada vez mais difícil, mais complicado produzir cinema hoje no Brasil”. O Fincar traz ainda “filmes fronteiriços, que bagunçam um pouco os nomes que dão para as linguagens, que transitam, misturam, recortam, fazem colagem entre as linguagens”, afirma Anti Ribeiro. A curadora Maria Cardozo ressalta que o Fincar também selecionou filmes de encontros como Pausa para o café (Brasil, Paraná, 2020, 5 min, Direção: Tamiris Tertuliano| Festival de Brasília e Festival do Rio), filmes sobre mulheres no trabalho como os curtas Pega-se facção (Brasil, Pernambuco, 2020, 13 min, Direção: Thaís Braga | Mostra Tiradentes) e Vila das mulheres pedreiras (Brasil, Pernambuco, 2019, 18 min, Direção: Nathália Machado), entre outros. Anti Ribeiro lembra ainda que algumas obras selecionadas contam com uma presença fantasmagórica. “Essa presença de uma estrutura que não se apresenta totalmente, mas que consegue ser sentida na atmosfera dos filmes. Três filmes que têm essa presença fantasmagórica e se apresentam em preto e branco são Per Capita (Brasil, Pernambuco, 2021, 15min14s | Festival de Gramado e Festival de Curtas de SP), de Lia Letícia;

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Documentário premiado em Sundance acompanha corrida eleitoral no Quênia

Divide et impera, dividir para conquistar. Proferida, a princípio, pelo filósofo estoicista, Epicuro, a frase ficou conhecida quando proclamada por líderes militares do porte de Júlio César e Napoleão Bonaparte, servindo de norte e estratégia para vencer inimigos e subjugar nações. Os ingleses também seguiram rigidamente a máxima quando chegaram ao continente africano, mais especificamente ao Quênia. Entre as estratégias, dividiram o país em diferentes grupos, como conta o documentário Softie, exibido na 10ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema. Dirigido por Sam Koko, o longa documental, ainda que se debruce brevemente sobre a história do país africano e da dominação inglesa, tem como foco a difícil jornada de Boniface Mwangi, um ativista político outrora fotojornalista da CNN, candidato a uma vaga no parlamento. Boniface enfrentará uma eleição manchada por corrupção e constantes ameaças à família. Já no primeiro ato, o doc aponta o Quênia como um dos países mais corruptos do mundo. E não fica apenas no dito. Em uma das cenas, Boniface, em campanha, é abordado por pessoas que querem trocar voto por dinheiro. Em outra sequência, uma multidão invade o posto eleitoral às 5h da manhã à procura de suborno. Os desafios não se limitam à corrupção no processo eleitoral. O jovem candidato terá de encarar crises também na própria casa. “Quais são as suas prioridades?” O questionamento de Njeri, esposa de Boniface recebe rápida resposta: “Deus, país e família.” A pressão aumenta no momento em que toda a família é ameaçada de morte. Njeri e os filhos seguem imediatamente para os EUA. Boniface resiste e continua em campanha no Quênia. “Softie” é um grito contra a corrupção, doença que pode se espalhar facialmente em qualquer país, de primeiro mundo ou não. Doença que deve ser combatida não pela força, mas pela consciência política e respeito à democracia. A Mostra Ecofalante de Cinema segue de forma online até 14 de setembro. Na programação, além de “Softie”, que ganhou o prêmio de melhor montagem no Festival de Sundance, filmes como “Jogo do Poder”, de Costa-Gavras, e o brasileiro “A Bolsa ou a Vida”, produção mais recente de Silvio Tendler. Confira a programação completa no site.

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Oscar 2021| Confira as apostas de jornalistas para as principais categorias

Mais uma edição do Oscar à porta, desta vez afetada pela pandemia do novo coronavírus. Como resultado, muitos filmes independentes na lista, boa parte ligada a plataformas de streaming. Só a Netflix recebeu 35 indicações, 11 a mais que em 2020. A 93ª edição será marcada pela diversidade. Para começar, duas mulheres foram indicadas no mesmo ano na categoria melhor direção: Chloé Zhao (“Nomadland”) e Emerald Fennell (“Bela Vingança”). É a primeira vez em toda a história da premiação que isso acontece. Na categoria melhor ator, Riz Ahmed (“O Som do Silêncio”), muçulmano, e o ator asiático Steven Yeun (“Minari”), estão entre os indicados. Entre os coadjuvantes, três atores negros: Daniel Kaluuya e LaKeith Stanfield de “Judas e o Messias Negro” e Leslie Odom Jr. (“Uma Noite em Miami…”). Como fazemos todos os anos, convidamos os jornalistas e críticos de cinema Houldine Nascimento e Wanderley Andrade, editores do Cinegrafando, que lançarão suas apostas para a premiação. Wanderley Andrade Melhor Filme: “Nomadland” Melhor Diretor: Chloé Zhao (“Nomadland”) Melhor Ator: Chadwick Boseman (“A Voz Suprema do Blues,”) Melhor Atriz: Frances McDormand (“Nomadland”) Melhor Ator Coadjuvante: Daniel Kaluuya (“Judas e o Messias Negro”) Melhor Atriz Coadjuvante: Glenn Close (“Era uma Vez um Sonho”) Melhor Roteiro Original: “Bela Vingança” Melhor Roteiro Adaptado: “Nomadland” Melhor Filme Internacional: “Druk – Mais Uma Rodada” Melhor Documentário: “Time” Melhor Animação: “Soul” Melhor Fotografia: “Mank” Melhor Trilha Sonora: “Soul” Melhor Canção: “Speak Now” de “Uma Noite em Miami…”   Houldine Nascimento Melhor Filme: “Nomadland” Melhor Diretor: Chloé Zhao (“Nomadland”) Melhor Ator: Chadwick Boseman (“A Voz Suprema do Blues,”) Melhor Atriz: Viola Davis (“A Voz Suprema do Blues”) Melhor Ator Coadjuvante: Daniel Kaluuya (“Judas e o Messias Negro”) Melhor Atriz Coadjuvante: Yuh-Jung Youn (“Minari”) Melhor Roteiro Original: “Bela Vingança” Melhor Roteiro Adaptado: “Meu pai” Melhor Filme Internacional: “Druk: Mais Uma Rodada” Melhor Documentário: “Professor Polvo” Melhor Animação: “Soul” Melhor Fotografia: “Mank” Melhor Trilha Sonora: “Soul” Melhor Canção: “Io sí” de “Rosa e Momo”

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