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Fundaj lança a coletânea “Natureza Sonhadora” e exibe o premiado “Leonardo Bastião, o poeta analfabeto”

De uma ponta a outra, Pernambuco é um celeiro cultural. Inúmeros são os nomes que contribuíram para a construção de uma identidade estadual e que garantem, até os dias atuais, a manutenção desta pluralidade. Por isso, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) recebe o lançamento de duas obras que celebram a música e a poesia popular do estado: a coletânea “Natureza Sonhadora - um tributo a Accioly Neto” e o documentário “Leonardo Bastião, o poeta analfabeto”, de Jefferson Sousa. O evento será promovido no dia 25 de novembro, às 19h, no Museu do Homem do Nordeste, localizado em Casa Forte, no Recife. O público poderá participar da audição, comprar e autografar o álbum duplo em tributo ao cantor Accioly Neto, que reúne 37 nomes da música pernambucana e nacional, de Flávio José a Zélia Duncan. “A intenção é manter viva essa obra e, também, demonstrar a diversidade dela. Para o público mais novo, Accioly ficou conhecido pelo forró e não é só isso”, destaca a produtora Talitha Accioly. Na sequência, às 20h, o Cinema da Fundação/Museu exibe o curta-metragem “Leonardo Bastião, o poeta analfabeto” (2019), do jornalista Jefferson Sousa. Após rodar em festivais da Ásia a Europa e ganhar prêmios de “melhor roteiro”, “melhor edição” e “melhor documentário em curta-metragem”, o filme terá sua terceira exibição oficial, em Pernambuco, e contará com a presença do cineasta. “Por mais que tenha rodado festivais e recebido prêmios, é um filme que funciona muito mais no seu discurso e mais do que nunca é popular”, reflete Sousa. Natureza Sonhadora Em meados dos anos 2000, o cantor Accioly Neto nos deixou precocemente aos 50 anos. Famoso por composições como “Espumas ao Vento” e “A Natureza das Coisas”, escreveu cerca de 800 músicas, das quais 300 foram gravadas por artistas de todo o Brasil. Quase duas décadas após sua morte, ele ressurge na coletânea “Natureza Sonhadora”, idealizado pela filha e produtora Talitha Accioly e pelo diretor musical André Macambira. Produzido com incentivo Funcultura, o álbum duplo reúne 33 faixas da obra do artista, interpretadas pelos amigos Maciel Melo; Santanna, O Cantador; Petrúcio Amorim e contemporâneos como Chico César, Elba Ramalho e Fagner. Além de novos nomes da música brasileira, dentre eles Almério, Clayton Barros (Cordel do Fogo Encantado), Flaira Ferro e Mariana Aydar, entre outros. Distribuído pela Tratore, a coletânea chega às lojas no dia 22, quando estará disponível também nas principais plataformas digitais. O poeta analfabeto Há 387 quilômetros da capital pernambucana, no Sertão do Pajeú, vive Leonardo Bastião. Sob uma casinha de taipa na zona rural do município de Itapetim, ele transforma os causos vividos nos seus 74 anos e a saudade em poesia. O “universo avassalador” que representa Bastião é composto dos contrastes de um sertanejo que não sabe ler ou escrever, mas que domina a complexa técnica da métrica. O prodígio observado pelo jornalista Jefferson Sousa, conterrâneo do poeta, rendeu, em 2017, a série de reportagens “Poetas analfabetos do sertão do pajeú de Pernambuco”, para o Jornal do Commercio. Dois anos depois, o jornalista retorna à terra natal para acompanhar Leonardo Bastião, que enfrenta uma depressão em meio ao isolamento enquanto se torna um fenômeno na internet. Filme: Leonardo Bastião, o poeta analfabeto Duração: 22 minutos Prêmios: "Melhor Roteiro" no Viva Film Festival, na Bósnia-Herzegovina; "Melhor Edição" no Indo-Global International Film Festival, na Índia; e "Melhor Documentário em Curta-metragem", no Top Indie Film Awards, no Japão. Serviço Lançamento “Natureza Sonhadora - um tributo a Accioly Neto” + exibição do documentário “Leonardo Bastião, o poeta analfabeto”, de Jefferson Sousa Local: Museu do Homem do Nordeste (Av. Dezessete de Agosto, 2187 - Casa Forte, Recife) Data: 25 de novembro de 2019 Horário: 19h Gratuito

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Biblioteca Pública do Estado apresenta filme em comemoração a Semana da Poesia

Em comemoração ao dia Nacional da Poesia 31/10, no próximo dia 6, a Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco (BPE) exibe o filme “O Silêncio da Noite é que Tem Sido Testemunha das Minhas Amarguras”, que trata sobre a poesia do Sertão do Pajeú e do Cariri paraibano. O evento inicia a partir das 17h e entrada gratuita. No auditório da BPE haverá às 17h um bate-papo descontraído com Petrônio Lorena, cineasta que produziu o filme, Antônio Marinho, poeta e participante do documentário e Marina Teles, poeta e mediadora do debate. Após a conversa, o filme será exibido às 18h, com duração de 80 minutos. O Silêncio da Noite conta uma narrativa das pessoas das cidades de São José do Egito (PE), Ouro velho e Prata (PB). Um povo cheio de histórias poéticas e cantorias faz contraponto entre o simples e o sofisticado nas rimas dos poetas. “É importante tratar da poesia sertaneja porque não é tratado nos livros didáticos como uma escola literária, ela também tem sua riqueza como o modernismo, romantismo e realismo e poder equiparar a estas e levar à tona toda sua beleza”, Petrônio Lorena, cineasta e diretor do Filme ressalta a importância do tema durante a Semana Nacional da Poesia. “A Biblioteca é um espaço que recebe todos os públicos. Aqui é ideal para abordar a poesia do Sertão porque é um espaço de expressão popular. ” Fala Sandra Veríssimo, chefe do Setor de Ação Cultural, sobre o papel da Biblioteca Pública em ser acessível e receber toda forma cultura. Serviço “O Silêncio da Noite é que Tem Sido Testemunha das Minhas Amarguras” Quarta-feira (6), 17h na Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco (Rua João Lira, s/n, Santo Amaro, Recife). Entrada gratuita. Informações : (81) 3181-2647.

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Janela Internacional de Cinema anuncia lista de filmes, venda de ingressos e programação

O Janela Internacional de Cinema do Recife anuncia, nesta segunda-feira (04), a lista de filmes que compõem a décima-segunda edição do festival, que ocorre de 6 a 10 de novembro, nos cinemas São Luiz, Fundaj e Cinema da UFPE. A programação traz à tela clássicos, competição de longas-metragens, competição de curtas-metragens, sessões especiais e programas convidados. Neste ano, a curadoria primou por seguir realizando com esmero uma programação forte e plural, trazendo clássicos, lançamentos e estreias no Brasil, mesmo com recursos limitados. Ao todo, cinquenta filmes, entre curtas e longas, serão exibidos durante o evento. A noite de abertura, na quarta-feira (06), terá exibição do aguardado “O Farol” (The Lighthouse), com Willem Dafoe e Robert Pattinson, co-produção brasileira que exibido na mostra competitivo do Festival de Cannes. A sessão será precedida por apresentação especial do filme "Jogos Dirigidos", do artista alagoano Jonathas de Andrade, em primeira exibição aberta no Brasil. O longa, comissionado pelo Museu de Arte Contemporânea de Chicago, terá execução de trilha sonora ao vivo no São Luiz. Neste ano, a já tradicional programação de Clássicos do Janela terá como carro-chefe o longa “Easy Rider: Sem Destino”, filme emblemático do final dos anos 1960 e ícone da contracultura, com Dennis Hopper, Jack Nicholson e Peter Fonda. A exibição no festival marca os 50 anos de lançamento do longa, que será projetado em cópia restaurada 4K. Serão exibidos ainda longas celebrados como “Tudo Sobre Minha Mãe”, de Pedro Almodóvar, vencedor do Oscar e Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro, celebrando 20 anos de lançamento, cópia restaurada de "Losing Ground", de Kathleen Collins, longa-metragem de 1982 e primeiro de uma diretora negra a ser realizado nos EUA desde os anos 1920, exibido este ano no Festival de Locarno, além de cópia restaurada em DCP 4K de "A Idade de Ouro" de Luís Buñuel, vinda da Cinemateca Francesa, e "O Salário do Medo", de Henri-Georges Clouzot. Completa a lista o brasileiro “SuperOutro”, que celebra 30 anos e será exibido em 35mm. O diretor Edgar Navarro estará presente como convidado escial do evento. Entre outros destaques do festival, estão ainda as estreias brasileiras de "Vitalina Varela", de Pedro Costa, e do premiado "A Febre", de Maya-Da Rin, exibido em competição. Programas especiais O Janela oferece também sessões especiais comentadas dos elogiados “Bacurau”, de Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, e “Divino Amor”, de Gabriel Mascaro, em parceria com o Porto Digital, em datas e horários ainda a definir. A grade do festival terá ainda programas convidados como Brasil Distópico Vol. 2, apresentando o longa O Jardim das Espumas” (1970), de Luiz Rosemberg Filho, e o especial Fundação Bergman, trazendo dois documentários (Farodokument 1969, Farodokument 1979) do cineasta sueco em raras exibições no Brasil. O programa será apresentado por Helen Beltrame-Linné, que dirigiu a Fundação Bergmancenter, na Suécia. Ingressos e horários O festival também abre a partir desta segunda, às 18h, as vendas antecipadas de ingressos através da plataforma online www.sympla.com.br/xiijaneladecinema, exclusivas para sessões no Cinema São Luiz. Cada pessoa terá direito à compra de duas entradas, pelo valor de R$ 5 (longas) e R$ 3 (curtas). A esses valores, será acrescida a taxa de R$ 2,50 da plataforma. As vendas online estarão disponíveis durante todo o evento, e se encerram 30 minutos antes do início de cada sessão. Na quarta-feira (06), a partir das 14h, começa a venda física dos ingressos, disponíveis nas bilheterias dos cinemas. No Cinema da Fundação, os valores passam para R$ 10 e R$ 5 (meia). Abaixo,lançamos a grade de horários para as exibições no Cinema São Luiz, disponíveis para pré-venda, além da lista completa de filmes a serem exibidos. As grades dos demais cinemas serão divulgadas nos próximos dias. Estamos juntos com a Fundação Joaquim Nabuco tentando resolver problema técnico nos equipamentos da sala do Derby. Isso impactou a divulgação da nossa programação e ainda aguarda uma definição nas próximas 24 horas. O Janela Internacional de Cinema do Recife é uma realização Cinemascópio e Jaraguá Produções, com patrocínio da Prefeitura do Recife, BRDE e Fundo Setorial Audiovisual (FSA)/Ancine. LISTA COMPLETA DE FILMES: http://bit.ly/janela-listadefilmes PROGRAMAÇÃO CINEMA SÃO LUIZ Quarta-feira (06) 14h- Noite Passada te Vi Sorrindo (Competitiva Longas) + Curtas Internacionais: Resista Num Pálido Ponto Azul 17h15- Especial Curtas: Programa Farol Aceso 19h30 - ESPECIAL: Jogos Dirigidos + trilha ao vivo 21h - ABERTURA: O Farol (The Lighthouse) Quinta-feira (07) 14h- CURTAS INTERNACIONAIS: Programa Tudo Tem Febre 15h40- CURTAS BRASIL: Programa Criar as Leis + debate 17h40- CLÁSSICOS: Sem Chão (Losing Ground) 19h30- ESPECIAL: Casa + debate 21h45- COMPETITIVA LONGAS: Koko-di Koko-da + CURTA ESPECIAL: A História do Pequeno Puppetboy Sexta-feira (08) 14h- CURTAS INTERNACIONAIS: Programa Avistados por Vagalumes 16h- CURTAS BRASIL: Programa Mudar de Rota 17h45- COMPETITIVA LONGAS: Um Filme de Verão + CURTA BRASIL: Ilhas de Calor 20h10- ESPECIAL: Synonymes 22h30- COMPETITIVA LONGAS: So Pretty Sábado (09) 11h- FUNDAÇÃO BERGMAN: Farödokument 1969 + comentário 14h- ESPECIAL: Indianara + Rosário + debate 16h25- ESPECIAL: Vitalina Varela 18h50- CLÁSSICOS: SuperOutro + CURTA ESPECIAL: A Cristalização de Brasília 20h30- COMPETITIVA LONGAS: A Febre 23h- CLÁSSICOS: Easy Rider: Sem Destino Domingo (10) 11h- ESPECIAL: Passagens + debate 14h- ESPECIAL: State Funeral 17h- CLÁSSICOS: A Idade de Ouro 18h30- ESPECIAL: Abismo Tropical + debate 20h30- CLÁSSICOS: Tudo Sobre Minha Mãe

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Recife Assombrado: diretor conta detalhes do primeiro longa pernambucano de terror

Se você é de Recife e região, certamente já ouviu histórias sobre seres assustadores como a Perna Cabeluda e a Galega de Santo Amaro. Conhece lugares na capital pernambucana considerados, por muitos, assombrados como a Cruz do Patrão no Bairro do Recife. Na década de 50, muitas dessas histórias foram relatadas no livro Assombrações do Recife velho, do sociólogo Gilberto Freyre. Obra que serviu de inspiração para o filme de estreia do jornalista e produtor cultural Adriano Portela, o longa Recife Assombrado, primeiro longa de terror feito em Pernambuco. Em entrevista, Adriano conta detalhes do projeto, que chega aos cinemas em 21 de novembro.     Como surgiu a ideia para o projeto do Recife Assombrado? A ideia do filme surgiu em 2015, quando participei de uma oficina sobre monstros na literatura com o professor André de Sena, lá em Garanhuns. Eu já havia observado que existia muita coisa em formato pequeno, muitos curtas, mas não existia um longa catalogando todas essas assombrações, como Gilberto Freyre fez na década de 20 com o livro “Assombrações do Recife Velho”, na época que era editor do jornal “A Província”. O jornalista Oscar Mello fez uma série de reportagens sobre assombração e o tema depois virou pauta do livro de Gilberto Freyre. Dos filmes produzidos em Pernambuco, poucos são de terror. Por que a opção pelo gênero? A opção pelo gênero, primeiro é que sou apaixonado pelo tema assombração, desta história da oralidade que Freyre, Carneiro Vilela, Jaime Gris e outros autores vêm pesquisando há muito tempo. Fizemos também uma pesquisa sobre o que o público queria ver em Pernambuco. Observamos que os gêneros terror e suspense, mais especificamente, são muito solicitados por aqui.     Considerando a crise atual no audiovisual brasileiro, quais foram os principais desafios enfrentados do início à conclusão das gravações? O desafio maior sempre é conseguir um incentivo. O boom do cinema pernambucano facilitou a aprovação do projeto na Ancine em 2016. Do Nordeste, foram três projetos aprovados, Recife Assombrado, Organismo de Jeorge Pereira, que inclusive é diretor assistente do meu filme, e um projeto do Ceará. O dinheiro do incentivo só caiu na conta em 2017 e o restante para a finalização agora em 2019. Ao longo dos anos, desde a retomada da produção audiovisual em Pernambuco, marcada pela estreia do longa “Baile Perfumado”, os filmes produzidos por aqui têm chamado a atenção não só no Brasil, mas também lá fora. Como explicar essa vocação do estado para a sétima arte? Essa vocação está ligada à vontade de fazer, ver a coisa acontecer. Certa vez eu estava na Academia de Cinema em São Paulo e perguntaram como a gente fazia os filmes por aqui, pois, até então, só tinha curso de cinema na UFPE e Aeso. Respondi que a gente aprendia com a cabeça no sol mesmo. Pernambuco é um celeiro multicultural e é essa vontade de realizar, fazer arte e acontecer.  

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Janela de Cinema anuncia longas The Lighthouse e Vitalina Varela para programação

O Janela Internacional de Cinema do Recife anuncia, nesta quarta-feira (30), os dois primeiros filmes de sua décima-segunda edição, a ser realizada entre os dias 6 e 10 de novembro. O terror psicológico O Farol (The Lighthouse), com Robert Pattinson e Willem Dafoe, será exibido na noite de abertura do evento, em sessão especial. O longa de Robert Eggers (A Bruxa) tem trajetória de sucesso em festivais como Cannes, Toronto e Atlantic Film Festival. A sessão no Janela será uma das primeiras exibições do filme no circuito brasileiro. O longa “Vitalina Varela”, do português Pedro Costa, também terá exibição especial. O filme retrata a vida de uma mulher cabo-verdiana de 55 anos que luta para reconstruir a vida após a morte do marido. “Vitalina Varela” recebeu dois Leopardos de Ouro no Festival de Locarno. XII Janela A edição deste ano será realizada entre os dias 6 e 10 de novembro, nos cinemas São Luiz, Fundaj Derby e o recém-inaugurado Cinema da UFPE. A programação completa, com datas, horários e venda de ingressos, será divulgada nos próximos dias. O festival segue ainda em reta de final de sua campanha de financiamento coletivo, através do benfeitoria.com/janeladecinema. O Janela Internacional de Cinema do Recife é uma realização Cinemascópio e Jaraguá Produções, com patrocínio da Prefeitura do Recife, BRDE e Fundo Setorial Audiovisual (FSA)/Ancine.

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Janela Internacional de Cinema anuncia datas

Em reta final de sua campanha de financiamento coletivo, o Janela Internacional de Cinema do Recife que sua décima-segunda edição será realizada entre os dias 6 e 10 de novembro, nos cinemas São Luiz, Cinema da Fundação (Derby) e o recém-inaugurado Cinema da UFPE. O evento já arrecadou cerca de 80% da meta estabelecida de R$ 30 mil. O crowdfunding é apoiado por personalidades importantes do audiovisual brasileiro como Sonia Braga, Maeve Jinkings, Irandhir Santos, Bruna Linzmeyer e Carla Salle. As colaborações podem ser feitas pelo link.benfeitoria.com/janeladecinema. A campanha, no entanto, é no formato “tudo ou nada”, o que significa que o valor arrecadado só será disponibilizado após a primeira meta ser atingida. O crowdfunding fica no ar até o dia 7 de novembro. O festival também terá patrocínio especial da Prefeitura do Recife, disponibilizado após a divulgação da falta de recursos. Parceira anual do evento, a PCR ofereceu um montante especial, de R$ 100 mil, para patrocinar o festival. Além de recursos solicitados via convocatória do Fundo Setorial Audiovisual, somando cerca de R$ 120 mil. O financiamento coletivo, no entanto, segue importante para a realização de um festival cada vez melhor.     Queridas Amigas e Amigos do Janela, Os tempos são difíceis mas há notícias boas. Após lançarmos a campanha de financiamento coletivo para o próximo Janela, obra de um mutirão de gente que quer ver o festival acontecer, recebemos três. A primeira, a imediata reação de apoio nas redes, e que fizeram atingirmos 80% de nossa primeira meta. As outras duas, gratas surpresas, que tornam nossa narrativa mais alegre: com o anúncio de que o Janela estava sem incentivos para ser realizado, a Prefeitura do Recife, parceira anual, entendendo a importância de que o pensamento artístico não perca agentes, de que o mercado audiovisual local não perca fôlego e de que a rede de acesso à Cultura não encolha, nos ofereceu um montante especial, de R$ 100 mil, para patrocinar o evento. Em seguida, nova notícia: recursos solicitados via convocatória do Fundo Setorial do Audiovisual, com que já não contávamos, foram concedidos ao Janela. Teremos mais cerca de R$ 120 mil. R$ 220 mil já garantidos para fazer a décima segunda edição do festival. É importante termos claro: festivais como o Janela são realizados sem fins lucrativos. Trabalhamos mediante cachês condizentes com os valores de mercado, previamente estabelecidos e aprovados em mecanismos de incentivo e sobre os quais prestamos contas aos devidos sistemas de aporte. Somos trabalhadores, justamente. Eventos de cultura, como festivais de cinema, não custam barato. Logística, remuneração, direitos de exibição, muitos e muitos detalhes. Um festival como o Janela, em especial, tem ao menos dois traços particulares: O Janela é um festival internacional, que exibe filmes estrangeiros, inclusive cópias restauradas de grandes clássicos, em diálogo direto com arquivos e distribuidoras internacionais, e arca com custos como pagamentos de direitos, transporte internacional de sempre excelentes cópias, tradução e legendagem, isto em cenário de desvalorização da moeda brasileira. Nossa equipe de produção sempre deu um jeito de viabilizar o Janela com bem menos dinheiro que festivais do mesmo perfil e porte. O Janela é como um fórum de cinema. Encontros, discussão e produção crítica são importantes, e por isso buscamos garantir que realizadores, produtores, críticos, programadores, possam estar entre nós. São custos de passagem e hospedagem para dezenas de pessoas. Cada festival faz parte da cadeia que faz o cinema feito no Brasil chegar tão longe. Um festival como o Janela está na história de muitos filmes. Quando o Janela pôde contar com incentivo da Petrobras e do Funcultura Audiovisual, chegamos a um orçamento de algo em torno de R$ 450 mil. Com isso, pudemos fazer edições de 10 dias de duração com convite a realizadores de todos os filmes brasileiros programados, filmes internacionais de diversos perfis, produção de catálogo, convidados. Dando um jeito de fazer. No ano passado, sem apoio da Petrobras, nosso orçamento foi reduzido a mais da metade. Fizemos um lindo Janela, num momento em que precisávamos nos fortalecer uns aos outros. Mas não pudemos trazer ao Recife todas as pessoas importantes. Não tivemos como produzir um catálogo do festival. Precisamos reduzir a programação à metade. Conquistamos uma edição memorável. Nos bastidores, não foram as melhores condições. Este ano, faríamos um belo e importante Janela de qualquer jeito. Mesmo que ainda menor, em condições mais difíceis ainda. Com as boas notícias, ganhamos a oportunidade de fazer novos planos. Assim como na última edição, o Janela terá 5 dias de duração. Ocorrerá entre os dias 6 e 10 de novembro, no Cinema São Luiz, no Cinema da Fundação do Derby e no recém-inaugurado Cinema da UFPE, alegria especial ocupar este equipamento sensacional em ambiente universitário. Temos muito, muito trabalho pra fazer até lá. O segundo foi reformular nossa campanha. Podemos fazer um festival mais próximo do que o Janela é, mas você ainda pode contribuir com os custos do festival, em troca de recompensas. As metas podem ser acessadas na página da campanha. A cada colaboração, esta se torna uma edição mais forte, uma edição para tempos de reforçar a importância de estar junto. Aproveitamos para agradecer dois grandes parceiros que nos apoiam desde a primeira edição, o CCBA (Centro Cultural Brasil Alemanha) e a Embaixada da França no Brasil, assim como as centenas de pessoas que colaboraram através do Benfeitoria.

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Prefeitura do Recife dobra apoio ao Festival Internacional Janela de Cinema

Para assegurar fôlego a um dos mais potentes mercados produtivos do audiovisual em todo o Brasil e garantir a manutenção de uma tradição que completa 12 anos em 2019, a Prefeitura do Recife irá multiplicar o apoio assegurado todo ano ao Festival Internacional Janela de Cinema. Para suprir a lacuna deixada por importantes patrocinadores, que deixaram de investir no evento, em resposta a um cenário nacional de retrocessos nas políticas culturais, o apoio dado ao Festival pelo poder municipal, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, que variou ao longo dos anos entre R$ 20 mil e R$ 50 mil, saltará este ano para R$ 100 mil. “O Janela é fundamental para mantermos cada dia mais amplos os horizontes do audiovisual pernambucano, que tanto tem dito e tanto mais tem a dizer ao mundo inteiro”, diz o presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha. Tendo como cenários inequívocos o histórico Cinema São Luiz e o cinema da Fundação Joaquim Nabuco, o Festival Internacional Janela de Cinema sagrou-se por trazer para a cidade importantes novidades do audiovisual do mundo e relembrar os clássicos que não podem ser perdidos de vista.

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Literatura e cinema: afinidades e diferenças

Audiovisual e literatura sempre trocaram figurinhas. Mas nem tudo é preto no branco: as palavras contidas em um livro não vão para a telona de forma literal. Afinal, como resumir uma obra de 500 páginas em duas horas? Esse, porém, não é apenas o único dilema. “Muita gente assiste a um filme baseado em um livro e comenta ‘gostei mais do filme’ ou ‘o livro é melhor’. Não dá para fazer esse tipo de comparação pois são linguagens diferentes”, explica o roteirista Nelson Caldas. Ele estará ao lado da cineasta Kátia Mesel, dentro da programação da 3ª edição da Feira Literária do Sertão (Felis), na Praça Winston Siqueira. O evento é uma co-realização da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) com o Coletivo Cultural de Arcoverde (Cocar). O Diálogo Alimentação e Identidade, dia 26 de outubro, às 17h30, ocorre na Praça Winston Siqueira. O cinema é uma das muitas linguagens que dialoga com a literatura dentro da Felis (ver programação ao final da matéria). Realizada em Arcoverde de 24 a 27 de outubro, nesta edição a Felis aborda o tema Literatura, Preservação e Memória. “O atual momento político do Brasil e do mundo reflete uma tendência ao revisionismo da história e a literatura pode ser um grande antídoto à tentativa de se apagar o passado. Há também uma discussão local que a Felis propõem uma reflexão geral: estamos cuidando da nossa memória patrimonial?”, destacou Kleber Araújo. É o primeiro evento a ser realizado dentro do Circuito Cultural de Pernambuco, que reúne ações da Cepe, Secretaria de Cultura de Pernambuco e Fundarpe nas diversas linguagens artísticas. Serão mais de 40 horas e quase 60 atividades dentro de uma programação totalmente gratuita, que abrirá espaço para lançamentos de livros de autores locais e convidados, palestras, rodas de conversas, debates, apresentações musicais, oficinas, teatro, dança e gastronomia. A cineasta recifense Kátia Mesel enxerga a proximidade entre audiovisual e literatura a partir do roteiro. “No início de um filme tudo é escrito: primeiro o argumento, depois o roteiro. O cinema já nasce com a palavra escrita”, observa Kátia. Mas como nasce o roteiro? “De uma fofoca sai um mito, depois um livro, a seguir um filme. Essas trajetórias fazem parte da humanidade”, acredita Nélson. O pernambucano é roteirista da TV Globo e já adaptou 20 novelas da emissora para DVD. “A novela possui a linguagem de ganchos. Por isso acabo contando a minha novela dentro de outra novela. Conto minha história como acho que deve ser contada”, explica. Premiada internacionalmente, Kátia é reconhecida como a primeira diretora pernambucana, e já realizou mais de 300 filmes, desde a década de 1960. Mas dessa gama apenas três foram inspiradas em obras literárias, o que não exime o realizador de inevitavelmente produzir literatura ao escrever o roteiro. “Cacá Diegues, por exemplo, é membro da Academia Brasileira de Letras por causa dos seus roteiros”, ressalta. Isso, claro, para quem realiza filmes da maneira formal, como Kátia ressalta. “Sem esquecer de todas as licenças poéticas para uma ideia na cabeça e uma câmera na mão. Para resguardar a autoralidade da obra cinematográfica é preciso registrar por escrito”. Dentre os filmes inspirados em literatura, Kátia destaca seu premiado documentário Recife de dentro pra fora (1997), inspirado no poema Cão sem Plumas (1940-1950), de João Cabral de Melo Neto. “Basear-se em uma obra escrita por outra pessoa é desvendar seu conceito. Fiz grandes transtornos na obra poética. Mudei o sentido do rio, troquei estrofes de lugar. São olhares reversos”, explica a cineasta, que depois se encontrou pessoalmente com o autor e ele disse: ‘A obra de arte é como um filho. Depois que você coloca no mundo não é mais sua’”. Kátia também fez outras duas obras inspiradas em literatura. Rosana (2008) é baseada no livro de poemas de Cida Pedrosa, As filhas de Lilith (2008). Já Oh de Casa (1985) é baseado em textos de Gilberto Freyre, e traz imagens do escritor. Apesar de íntimas, para Nélson literatura e audiovisual são duas narrativas totalmente diferentes. “O importante é não haver preconceito entre as linguagens. É uma linguagem em cima de outra linguagem”, diz. O filme Através da Sombra (2016), dirigido por Walter Lima Jr. e com roteiro de Nélson Caldas Filho, é inspirado no clássico livro A volta do parafuso (1898), do inglês Henry James. “O desafio foi transportar para outra época”. No momento, o roteirista está adaptando o conto A queda da casa de Usher, do escritor americano Edgar Allan Poe. “Trago ele para o litoral recifense do começo do século 20”, adianta o roteirista, para quem a maioria dos filmes que assistimos são baseados em livros. “Só que são títulos desconhecidos, portanto ninguém se dá conta”.

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Filme pernambucano ‘Piu Piu’, que conta a história do primeiro transformista do Recife, estreia em Brasília

“Quando a cortina se abria, sob um universo colorido de plumas e paetês, ela surgia no palco, serpenteando movimentos lascivos, ao som de uma rumba ou de um merengue” (Leda Rivas, Diario de Pernambuco, 1986). Piu Piu, como era conhecido o ator, cenógrafo e figurinista Elpídio Lima foi, talvez, um dos primeiros transformistas do Recife. Nos anos 1950 e 1960, ele atuou na Companhia Barreto Junior, nos palcos dos teatros Almare e Marrocos, onde imitava as cantoras e atrizes Sarita Montiel e Carmem Miranda. Foi também um dos criadores da Companhia Tra-la-lá, de teatro rebolado. “Descobri a existência de Piu Piu a partir de uma matéria publicada, em fevereiro de 1986, no caderno Viver, do Diario de Pernambuco, de autoria da jornalista Leda Rivas. Nela, Elpidio Lima, já com 65 anos, aposentado e vivendo de maneira modesta como costureiro numa pensão na Rua da Glória, contava, em entrevista, um pouco de sua vida nos palcos iniciada ainda muito jovem, com apenas oito anos de idade, num internato em São José da Laje, Alagoas”, conta o diretor Alexandre Figueirôa. O filme “Piu Piu”, que estreia na Mostra Diversidade do Festival de Cinema do Paranoá, em Brasília, no próximo sábado (26), tem como principal intenção homenagear esse artista, cujos vestígios de sua carreira, com exceção da matéria de Leda Rivas, são apenas algumas poucas fotos e notas publicadas nos jornais do Recife nos anos 50 e início da década de 1960. No Recife, está a produção participa da sétima edição do Recifest, data de exibição marcada para o dia 21 de novembro, no Cinema São Luiz. Piu Piu segue também o caminho de outros trabalhos audiovisuais que Figueirôa tem realizado – “Eternamente Elza” (2013) e “Kibe Lanches” (2017) – no sentido de trazer aos dias de hoje, personagens que, bem antes das conquistas dos movimentos LGBTQI+, assumiram de alguma forma, uma atitude pioneira e libertária, diante da forte discriminação e opressão aos homossexuais. Piu Piu não é, todavia, um documentário biográfico dentro dos padrões clássicos do gênero. É um docudrama poético cujas imagens evocam o espírito de um artista vivenciando um Recife do passado e do presente, ou seja, um personagem real que vagueia por um tempo não determinado e que, apesar de estar mergulhado numa sociedade conservadora, expressou seus desejos através da arte. “A realização deste curta foi um trabalho prazeroso de descoberta de um personagem e de revisitação a uma época em que a moral e os costumes conservadores vigentes eram subvertidos pelos artistas de teatro das comédias populares, revistas e chanchadas”, explica o diretor. E ele se concretizou graças à dedicação de uma equipe pequena que abraçou a brincadeira com muita garra e alegria: Alexandre Figueirôa, na direção; Túlio Vasconcelos, na produção; Sérgio Dantas e Jonatan Oliveira, na direção e assistência de fotografia; Chico Lacerda, na montagem; e principalmente, o ator Julio César no papel de Piu Piu, cujo desempenho mostra como ele encarnou pra valer esse personagem que não conhecemos em vida, mas merece toda nossa admiração e respeito. Também assinalamos nossa reverência aos entrevistados Luís Maranhão e Valdi Coutinho, cujos testemunhos foram fundamentais para a composição da narrativa. Nossos agradecimentos vão ainda a Fernando de Albuquerque, Cleberson Rafael, Duda Correia, Cristiano Arthur da Silva, Fred Nascimento, Lau Veríssimo, Marcos André F. de Albuquerque, Cícero Belmar, João Batista de Lima, Eliú, Luiz Carlos Ferreira, Paulo D’Arce, Taína Veríssimo e Yeda Bezerra de Melo

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FestCine recebe inscrições para a cena audiovisual pernambucana

Com o objetivo de incentivar a produção, a criatividade e a difusão da produção audiovisual pernambucana, além de apresentar as diversas realizações de curtas-metragens oriundas da produção independente do estado, a 21ª edição do Festival de Curtas de Pernambuco (FestCine) estão com processo seletivo aberto. As inscrições poderão ser feitas até o dia 31 de outubro, pela plataforma Mapa Cultural de Pernambuco. O festival é uma realização conjunta do Governo de Pernambuco e da Prefeitura do Recife e acontece de 9 a 14 de dezembro, no Cinema São Luiz, na capital pernambucana. “O FestCine é um grande encontro da cadeia do cinema e da produção audiovisual pernambucana, principalmente os que estão iniciando sua carreira. O FestCine chega à sua vigésima primeira edição ressalta a força da produção local”, comemora Gilberto Freyre Neto, secretário Estadual de Cultura (Secult-PE). “Ao longo de sua história, o FestCine representou uma das poucas iniciativas na difusão dos produtos culturais audiovisuais produzidos no estado e foi uma janela de exibição de filmes de cineastas, hoje reconhecidos, como Camilo Cavalcanti, Marcelo Gomes, Antônio Carrilho e Adelina Pontual”, ressalta Marcelo Canuto, presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). “Especialmente num momento como o que vivemos agora, em que o cinema pernambucano é festejado no mundo inteiro, conquistando público, crítica especializada e prêmios em diversos países, o FestCine confirma sua importância. É preciso e urgente investirmos na formação de novas gerações para o audiovisual do Recife e de Pernambuco”, celebra o presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha. Os selecionados concorrem a um total de R$ 58,5 mil em premiações, divididas na Mostra Competitiva Geral e na Mostra Competitiva de Formação. Será concedido ainda o Troféu Fernando Spencer para os filmes concorrentes na Mostra Competitiva Geral em diversas categorias. O resultado dos curtas escolhidos será divulgado no dia 10 de novembro. Dúvidas sobre este edital deverão ser tiradas pelo e-mail: festcinepe@gmail.com. O FestCine é realizado por meio da Secult-PE, Fundarpe, Secretaria de Cultura do Recife e Fundação de Cultura Cidade do Recife. No ano passado, 209 filmes de várias regiões do estado foram inscritos. --

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