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Pandemia reduz a realização de transplantes

*Por Rafael Dantas “V ocê precisa fazer um transplante”. Essa frase assusta muitos pacientes. Ao mesmo tempo abre o caminho para uma nova vida, que só é possível graças ao avanço tecnológico e das ciências médicas e ao robusto programa do Sistema Único de Saúde. Havia um cenário crescente de cirurgias e de redução da fila de transplantes até 2019, quando chegou a pandemia que fez reduzir muito a realização de transplantes. Meses após o pico da Covid-19, o Brasil e Pernambuco vivem um período de retomada gradual das doações. No entanto, existem ainda 2.644 pacientes aguardando sua vez na fila apenas no Estado. Uma luta contra o relógio travada diariamente. De acordo com dados da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos), a mortalidade dos pacientes na fila de transplantes no Brasil cresceu de 2,5 mil mortes em 2019 para 4,2 mil mortes em 2021. A associação informa que ao menos nove pessoas faleceram por dia aguardando transplante no primeiro trimestre de 2022. “A pandemia trouxe um impacto monstruoso. Tínhamos avançado bastante no volume de transplantes por ano. Percebemos até uma redução da negativa familiar, aumentando a quantidade de doações. Mas a pandemia foi um tsunami. Regredimos em números a quase sete anos de trabalho. Desde 2020 estamos em recuperação gradual, mas ainda não voltamos ao patamar pré-pandemia”, afirmou Noemy Gomes, coordenadora da CT-PE (Central de Transplantes de Pernambuco). Ela conta que um dos maiores impactos foi na fila de transplante de córnea, que desde 2015 era considerada zerada (quando o paciente espera menos de 30 dias pela realização do procedimento). Após a chegada da Covid-19 ao Brasil, o tempo de espera chegou a ser superior a um ano. “Hoje temos uma fila de quase mil pessoas para transplante de córnea. Chegamos a fazer metade do volume de transplantes que a gente fazia antes”, afirma Noemy. A superintendente-geral do Imip (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira), Tereza Campos, conta que o serviço de transplantes da instituição sofreu com a situação nacional de falta de doadores e, consequentemente, com a queda na realização de cirurgias durante a pandemia. O hospital é o maior centro de transplantes do Norte e Nordeste. “A principal causa da queda na taxa de efetivação da doação foi o aumento de 60% da taxa de contraindicação à doação, que passou de 15%, em 2019, para 24% em 2021. Esse aumento foi devido às medidas tomadas no início da pandemia para evitar a transmissão da Covid-19 pelo transplante, pois o risco de transmissão era desconhecido. Diante desse contexto, o Imip adota todas as medidas necessárias para garantir a segurança do paciente, para recuperar a performance de 2019 e continuar salvando vidas. No momento, estamos desenvolvendo campanhas nas nossas redes sociais e na instituição para conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos.” O técnico em informática Ramon Carlos, 29 anos, alguns anos antes da pandemia fez o transplante de córnea nos dois olhos. O problema na visão foi percebido ainda na adolescência e trouxe prejuízos no desempenho escolar. O diagnóstico de ceratocone o levou inicialmente ao uso de uma lente de contato e a necessidade posterior do transplante, que foi realizado no Imip. “Usei lente de contato até que chegou a minha vez na fila. Estava tenso, obviamente, com medo que o organismo não aceitasse a córnea. Mas a cirurgia foi um sucesso. Passei alguns dias com tampão no olho e depois passei a usar óculos simples que já corrigiam a visão. Três anos e meio depois, tive a recomendação de fazer o transplante do outro olho também. Hoje enxergo muito bem. Acabaram as dificuldades de estudo, de prática de esportes, que eu não conseguia fazer sem as lentes”, conta Ramon Carlos. Anos após o transplante, ele precisa apenas manter o uso de um colírio e ter um acompanhamento médico anual. Enquanto a espera de Ramon era para ter melhor qualidade de vida, os pacientes de outros órgãos vivem uma corrida contra o tempo para se manterem vivos enquanto aguardam a cirurgia. Além de córnea, Pernambuco realiza transplantes de coração, fígado, rins, rim com pâncreas e medula. De forma excepcional, também realizou transplantes de osso no Hospital Otávio de Freitas, que está em processo de credenciamento para realização do procedimento. A ampliação do tempo de espera pela cirurgia de alguns desses órgãos tem uma relação direta com a taxa de mortalidade, segundo Noemy Gomes. DESAFIOS APÓS O AUGE DA PANDEMIA Com atuação há mais de 10 anos no setor, o médico Cesar Lyra, coordenador de Transplantes de Fígado no Real Hospital Português, considera que a conscientização familiar é a grande dificuldade para ampliar as doações. “O Sistema Nacional de Transplantes é muito bem estruturado do ponto de vista organizacional. As filas por gravidade e compatibilidade funcionam muito bem e quase 85% de todas as cirurgias são realizadas com financiamento do SUS, mesmo nos hospitais privados O maior desafio hoje é aumentar a oferta de órgãos. Sobretudo os que não têm tratamento substitutivo, como fígado e coração. As pessoas que desejam ser doadoras de órgãos devem disseminar a conscientização em suas famílias. Dizer sempre que é doador de órgãos. Isso é importante para a decisão afirmativa por parte dos familiares no momento da perda do ente querido”. O chefe do Programa de Transplante de Medula Óssea do Real Hospital Português, Rodolfo Calixto, afirma que nessa modalidade, o impacto da pandemia foi mais acentuado nos três primeiros meses da circulação do vírus. Após esse período, as cirurgias voltaram aos poucos e hoje estão normais. “Atendemos pacientes que não poderiam esperar a pandemia passar para receber o transplante.” Tereza Campos aponta entre os grandes desafios: “a dificuldade das famílias em autorizar a doação; o desconhecimento de parcela da sociedade sobre o assunto; o curto intervalo de tempo entre a retirada do órgão e sua implantação; além das constantes altas nos custos de insumos diretos e indiretos somados a uma tabela de repasses do SUS defasada em mais de uma década”. Um dos esforços em curso para

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Prejuvenescimento: a partir de qual idade é seguro realizar cirurgias estéticas?

Você já ouviu falar em prejuvenescimento? Enquanto vemos um movimento que reafirma a necessidade de se sentir bem com o inevitável envelhecimento natural, percebemos também que, cada vez mais, jovens de 20 a 30 anos estão buscando técnicas estéticas que visam tratar sinais de envelhecimento, tanto por meio de cosméticos quanto por procedimentos cirúrgicos. “A ciência dos cosméticos passa agora por nova transformação, com uma nova tendência de produtos antirrugas elaborados para a pele jovem, de até 35 anos, quando a maioria dos sinais ainda é imperceptível. Isso acontece porque é cada vez mais comum ver jovens dessa faixa etária interessados em realizar procedimentos estéticos, como por exemplo preenchimentos ou tratamentos com toxina botulínica”, explica o Dr. Paolo Rubez, cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (ASPS). A pergunta que surge é: essa tendência se dá por razões legítimas ou estão os jovens sendo influenciados pela pressão estética das redes sociais ou do mercado de trabalho? Seja como for, o Dr. Paolo esclarece que o que acontece não é um tratamento precoce dos sinais de envelhecimento, e sim uma forma de prevenção. “Começamos a produzir menos fibra de colágeno a partir dos 25 anos e essa perda começa a se tornar significativa aos 35. Por isso, iniciar os cuidados com tratamentos médicos nessa idade não é inadequado, não se trata de um prejuvenescimento, e sim de uma prevenção”, afirma. Segundo o Dr. Paolo, dentre os tratamentos menos invasivos o mais recorrente é a toxina botulínica, usada para prevenir a formação de rugas, marcas de expressão e preenchimento de áreas, a exemplo do nariz, olheiras e os lábios. "O profissional deve respeitar a fisiologia de formação do corpo. Ou seja, é exagero pensar em cirurgia plástica antes dos 15 anos, por exemplo. Após os 18 anos, quando a puberdade está estabelecida e consolidada, já não há grandes problemas”, diz. Porém, não são só os jovens adultos que estão recorrendo às cirurgias. Segundo dados publicados em 2016 pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), nos últimos dez anos houve um aumento de 141% em cirurgias plásticas na faixa etária de 13 a 18 anos, colocando o Brasil na liderança em números de jovens que passam por esse tipo de cirurgia. O médico esclarece que, quando o adolescente chega ao consultório com suas queixas, é necessário observar o quanto aquilo o incomoda e, a partir disso, conversar com os pais. "O cirurgião deve ser sincero. Quando o procedimento pode ser prejudicial ao adolescente eu digo que não deve ser feito e oriento-o a esperar mais um pouco. É importante frisar que, independentemente da idade, qualquer cirurgia estética deve ser feita sob acompanhamento de um cirurgião de confiança e que seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica”, finaliza. PAOLO RUBEZ: Cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) e da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), Dr. Paolo Rubez é Mestre em Cirurgia Plástica pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP. O médico é especialista em Cirurgia de Enxaqueca pela Case Western University, com o Dr Bahman Guyuron (em Cleveland – EUA) e em Rinoplastia Estética e Reparadora, pela mesma Universidade, e pela Escola Paulista de Medicina/UNIFESP. http://drpaolorubez.com.br/

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Simpósio debaterá avanços na cirurgia bariátrica

Os principais nomes da cirurgia bariátrica do País estarão reunidos no Recife, no dia 5 de outubro, para o I Simpósio de Cirurgia Bariátrica Robótica do Hospital Esperança, no Hotel Luzeiros. A primeira palestra será ministrada pelo cirurgião Carlos Domene (SP), que irá falar sobre "Cirurgia do Futuro 4.0", onde o robô estará apto a comandar uma cirurgia, com menos participação do médico. Duas cirurgias também serão mostradas e comentadas, para que sejam debatidos os principais métodos utilizados na bariátrica. Além de Carlos Domene, participam ainda os cirurgiões Alexandre Elias (SP), Carlos Saboya (RJ), Walter França (PE), Álvaro Ferraz (PE). A primeira será apresentada pelo cirurgião Carlos Saboya, com o método Sleeve, ou Gastrectomia Vertical. Nesse procedimento, o estômago do paciente é grampeado, ganhando um formato de tubo, que vai do esôfago ao duodeno. O tamanho do órgão é reduzido em cerca de 80%. A redução do apetite se dá pela retirada de uma parte do estômago que produz um hormônio chamado grelina, responsável pela sensação de fome. Assim, o paciente tem o apetite reduzido. O Sleeve é indicado para pacientes com obesidade 3 que possuem problemas intestinais e anemia. A segunda cirurgia será a do método Bypass, pelo cirurgião Alexandre Elias. Esse método consiste num desvio do intestino delgado, levando o paciente a absorver menos gordura. O intestino continua funcionando normalmente, preservando a absorção de vitaminas e minerais. Esse tipo de cirurgia é mais indicado para os pacientes diabéticos. A perda de peso varia é, em média, de 40%. Outros temas que serão apresentados são Reganho de Peso, Gastroplastia Endoscópica e o Status da cirurgia robótica na visão do Conselho Federal de Medicina. Para essa última abordagem, foi convidado o conselheiro federal do CFM, Jorge Carlos Machado Curi. "Nossa ideia é que a plateia possa opinar a partir dos pontos que forem apresentados. Será bastante interativo", informa o cirurgião bariátrico do Hospital Esperança Recife, Walter França. O evento, que é realizado em parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, também é aberto a outros profissionais da equipe multidisciplinar que acompanham pacientes antes e após a cirurgia bariátrica, como psicólogos, nutricionistas e endocrinologistas. Dados de um relatório conjunto da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Pan-americana de Saúde (Opas), divulgado em janeiro de 2017, aponta que mais da metade da população brasileira está com sobrepeso. O sobrepeso em adultos subiu de 51,1% em 2010 para 54,1% em 2014. Em 2010, 17,8% da população era obesa e em 2014 o índice chegou a 20%. A prevalência é maior entre as mulheres, com 22,7%. Entre as principais doenças ligadas à obesidade, estão problemas cardíacos, diabetes, colesterol alto, depressão, câncer e dermatites, além de incontinência urinária, apneia do sono e disfunção hormonal e erétil (nos homens), refluxo gástrico e doenças articulares. "O ganho é para toda a saúde do paciente, que terá uma qualidade de vida melhor, além da autoestima", complementa Walter França. “A realização de eventos científicos como esses, reunindo os principais nomes da cirurgia bariátrica robótica do Brasil, evidencia a referência do Hospital Esperança Recife em oferecer os mais modernos e tecnológicos tratamentos aos nossos clientes, além de promover a melhor experiência médico-assistencial”, afirma o Diretor Regional da Rede D'Or São Luiz em Pernambuco, Alexandre Loback. A cirurgia robótica permite intervenções menos invasivas, com menor risco de hemorragias e infecções, menor dor pós-operatória, uma recuperação mais rápida e o retorno mais cedo às atividades cotidianas e ao trabalho. O procedimento garante ao cirurgião a execução dos movimentos de forma precisa, através da manipulação de um console, enquanto os braços do robô fazem movimentos que simulam as mãos do cirurgião. Os braços contêm câmeras que mostram imagens em 3D dos órgãos, garantindo maior precisão dos movimentos aos médicos. Em julho deste ano, o Hospital Esperança alcançou a marca de 500 cirurgias robóticas realizadas, sendo líder nesse tipo de procedimento nas regiões Norte e Nordeste. No hospital, são realizadas cirurgias robóticas urológicas, bariátricas, colorretais, torácicas e ginecológicas.

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Encontro esclarece dúvidas sobre a cirurgia bariátrica

  O Brasil tem mais da metade da população acima do peso e emagrecer é o desejo de muitos brasileiros sejam por questões estéticas ou de saúde.  De acordo com mais recente pesquisa do Ministério da Saúde, 1 em cada 5 brasileiros adultos está obeso. Cada vez mais eficaz e popular entre os tratamentos para combater a obesidade, a cirurgia bariátrica ainda é cercada de muitas dúvidas, principalmente por parte dos pacientes. Será que posso me submeter a esse procedimento? Vou poder comer como antes após a cirurgia? E a mulher que passa por uma cirurgia de estômago pode engravidar? Ela deve ter algum cuidado extra nesse período? Essas e outras questões poderão ser esclarecidas nesta segunda-feira (24), a partir das 19h, no Hospital Esperança (7º andar do anexo 3), durante encontro aberto ao público realizado pelo  cirurgião bariátrico Walter França. Na ocasião, haverá palestra de nutricionista e psicóloga, bem como, depoimentos de pacientes já operados. Além de fazer uma explanação geral e esclarecer dúvidas sobre a bariátrica, o cirurgião Walter França irá repassar informações sobre o procedimento com uso da robótica, técnica minimamente invasiva capaz dar uma visão de 360 graus ao profissional, permitindo um campo 10 vezes maior da área a ser operada e uma recuperação mais rápida ao paciente. Entre os procedimentos mais usados na cirurgia bariátrica estão o Bypass Gástrico  e o Sleeve.  No Sleeve ou Gastrectomia Vertical, o estômago do paciente é grampeado em forma de tubo que vai do esôfago ao duodeno. Assim se reduz o estômago em até 80% do seu tamanho. O novo órgão fica com 150 ml a 250 ml e com  forma parecida a um tubo gástrico.” Nessa  redução se retira parte do fundo gástrico, região que produz o hormônio grelina, responsável pela sensação de fome. Após a cirurgia, o apetite diminui. Esse procedimento é indicado para paciente com obesidade 3 e mórbida principalmente o que possuem problemas intestinais ou quadro de anemia importante”, enfatiza. No Bypass intestinal de Forbi Capella há um desvio do intestino delgado fazendo com que o paciente absorva menos gordura do que antes. Todo o intestino continua funcionando normalmente e a absorção de vitaminas e minerais permanece a mesma. “A média de perda de peso do paciente  que se submete ao Bypass, oscila entre 40%, mas pode variar entre 25% e  55%”, relata a profissional. De acordo com o cirurgião bariátrico Walter França os quilos a mais não interferem apenas na autoestima dos pacientes mas, colaboram para desencadear várias doenças como problemas cardiovasculares, câncer, depressão, hérnias, diabetes II, dermatites e dislipidemia(alteração do colesterol). Apnéia do sono, incontinência urinária, disfunções  hormonais e erétil nos homens, doenças articulares e do refluxo, entre outros problemas, acometem que está bem acima do peso. Hoje já é possível operar um paciente com índice de massa corpórea (IMC) partir de 30, com doenças correlatas e, como qualquer outra cirurgia, a bariátrica tem riscos, mas as doenças relacionadas ao excesso de peso, matam muito mais. “O risco de óbito numa  cirurgia bariátrica é de 0,3, já a obesidade mata 10 vezes mais”, relata o profissional. SERVIÇO Reunião Multidisciplinar da Obesidade Quando: Nesta segunda-feira (24/09), às 19h Local: Hospital Esperança Ilha do Leite(7º andar do anexo 3) Informações: (81) 3424.9796/ 3423.2772/ 3131.7887

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Avanços na cirurgia plástica ocular melhoram saúde e autoestima do paciente

A região dos olhos é uma das primeiras a apresentar sinais de envelhecimento, pois os tecidos são muito finos e a musculatura periocular está em constante movimento, desde piscar até acompanhar o riso ou qualquer outra emoção que se expresse. “Fatores genéticos e a falta de uso de óculos escuros para proteger os olhos dos raios ultravioletas também podem contribuir para o aumento de rugas de expressão e envelhecimento periocular”, explica a oftalmologista Marília Coutinho, especialista em cirurgia de pálpebras e de vias lacrimais do Instituto de Olhos do Recife. A aparência cansada ou desanimada pode decorrer do mau posicionamento de estruturas perioculares tais como: sobrancelhas caídas, pálpebras abaixo da posição habitual e, ainda, protuberância de bolsas de gordura que dão o aspecto de inchaço ao redor dos olhos. Essas alterações podem influenciar de forma negativa a vida e relacionamentos do paciente, afetando até sua autoestima. “Felizmente, esses problemas podem ser resolvidos facilmente. A pele redundante que pesa nas pálpebras e também no semblante pode ser corrigida com a blefaroplastia”, afirma a doutora Marília. Nesse procedimento é realizada a correção cirúrgica da pele em excesso, sendo personalizado de acordo com as características de cada pessoa. “Em alguns casos só é preciso remover a pele. Já em outros o resultado cirúrgico pode ser otimizado associando-se técnicas para melhorar outras alterações que o paciente possa apresentar”, explica a oftalmologista. Visão Segundo a doutora Marília, normalmente, as cirurgias estéticas não interferem negativamente na visão, podendo até melhorar o campo visual do paciente: “Sem falar do alívio no peso das pálpebras, que os pacientes descrevem após a intervenção”, comenta. Qualquer que seja o caso, a médica orienta que a avaliação e indicação médica são indispensáveis para realizar o procedimento, que pode ser feito por um oftalmologista especializado em cirurgia das pálpebras, também chamada de Oculoplástica. “Esse profissional é treinado para conciliar o procedimento estético ao bom funcionamento das estruturas perioculares e da saúde ocular”, complementa. Serviço: Dra. Marília Coutinho Instituto de Olhos do Recife Fone: (81) 2122.5000 (Espinheiro) (81) 2121.7300 (Boa Viagem) www.ior.com.br

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Aumenta em 46,7% o número de cirurgias bariátricas no Brasil

Um dos reflexos do crescimento da obesidade no Brasil é a busca - cada vez maior – por tratamentos para redução de peso. Neste cenário, o número de cirurgias bariátricas realizadas entre os anos de 2012 e 2017 aumentou 46,7%. De acordo com a mais recente pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) foram realizados 105.642 mil cirurgias no ano de 2017 no país, ou seja,  5,6% a mais do que em 2016, quando 100 mil pessoas fizeram o procedimento no setor privado. E os números são crescentes: em 2015 foram realizadas 93,5 mil cirurgias; em 2014, o número foi de 88 mil procedimentos; em 2013, 80 mil cirurgias e, em 2012, 72 mil cirurgias. Para a pesquisa foram utilizados dados do Sistema de Informações Hospitalares e Datasus.   Cirurgia pelo SUS Pelo SUS o número de cirurgias bariátricas disparou. Entre os anos de 2008 e 2017, o número de cirurgias bariátricas cresceu 215%. O crescimento anual médio é de 13,5%. “Em 2017 muitos brasileiros deixaram de ter planos de saúde, o que levou ao aumento da procura pelo Sistema Único de Saúde, principalmente nos estados do Paraná, com 47%; São Paulo, com 20,2%, Minas Gerais, 8.7% e Espírito Santo 6,8%”, conta o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Caetano Marchesini. Segundo ele, estes são os estados que mais realizam cirurgias bariátricas pelo SUS. “Juntos, eles fazem mais de 82% das cirurgias bariátricas pelo SUS no país”, informa Marchesini.   População elegível no Brasil A pesquisa realizada pela SBCBM também apontou que a população elegível a cirurgia bariátrica no Brasil é de 4,9 milhões de pessoas. Pessoas com diabetes mellitus Tipo 2 (DM2), com Índice de Massa Corporal entre 30 Kg/m2 a 35 Kg/m2, e ausência de resposta ao tratamento clínico podem ter indicação para a cirurgia bariátrica. Já os pacientes com IMC maior que 35, com doenças associadas a obesidade ou acima de 40, considerada obesidade mórbida – também são elegíveis a cirurgia bariátrica. Para que se tenha ideia, em São Paulo 1.078 milhão de pessoas são elegíveis para fazer uma cirurgia bariátrica como forma de tratar a obesidade mórbida e doenças associadas. No Rio de Janeiro o número é de 448 mil pessoas, no Rio Grande do Sul são 295 mil.   No nordeste, Pernambuco é o estado com maior número de pessoas elegíveis a realizar a cirurgia bariátrica, totalizando 315 mil. O segundo estado em número de pessoas aptas a operar é a Bahia, com 283 mil pessoas, seguida do Ceará com 196 mil pessoas, Alagoas  com 106 mil pessoas , Paraíba 87 mil pessoas, Rio Grande do Norte 82 mil pessoas e Sergipe com 65 mil pessoas. A cirurgia realizada imediatamente após sua indicação contribui para a cura ou remissão de diversas doenças associadas à obesidade como, por exemplo, a hipertensão, problemas nas articulações, coluna e diabetes tipo2. Apenas no Brasil são gastos anualmente cerca de R$500 milhões pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar pacientes diagnosticados com Diabetes tipo 2 e doenças associadas, conforme estudo da Universidade de Brasília (UNB) e Ministério da Saúde. Obesidade no Brasil dispara De acordo com o presidente da  Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Caetano Marchesini a obesidade é uma realidade para 18,9% dos brasileiros. “Já o sobrepeso atinge mais da metade da população (54%). Entre os jovens, a obesidade aumentou 110% entre 2007 e 2017. Esse índice foi quase o dobro da média nas demais faixas etárias (60%)”, destaca o presidente da SBCBM, Caetano Marchesini. No mesmo período, o sobrepeso foi ampliado em 26,8%. Esse movimento foi maior também entre os mais jovens (56%), seguidos pelas faixas de 25 a 34 anos (33%), 35 a 44 anos (25%) e 65 anos ou mais (14%). Os dados foram divulgados no último dia 18 de junho e integram a mais recente Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde. Marchesini lembra que a o excesso de peso tornou-se a doença adquirida que mais preocupa os pesquisadores no mundo, se tornando uma questão de saúde pública. “O Brasil é considerado o segundo país do mundo em número de cirurgias bariátricas realizadas e as mulheres representam 76% dos pacientes”, reforça Caetano Marchesini.

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Dia Mundial de Combate ao Diabetes ganha cirurgia bariátrica como aliada

Hoje, 14 de novembro, comemora-se o Dia Mundial de Combate ao Diabetes, e na luta contra essa doença, o Conselho Federal de Medicina (CFM), publicou parecer favorável, no último dia 01 de novembro, que autoriza a realização da cirurgia bariátrica para diabéticos com obesidade leve. Agora, pacientes com Índice de Massa Corpórea (IMC) entre 30 e 34,9, podem se submeter ao procedimento para tratar a diabetes do tipo 2. De acordo com o cirurgião bariátrico Walter França essa decisão foi positiva para pacientes, que mesmo não tendo uma obesidade grave, já se submeteram a tratamentos clínicos com medicamentos e mudanças no estilo de vida e não conseguiram controlar ou sanar a doença. “ Agora, com a liberação da cirurgia da obesidade, isso pode ocorrer”, salienta. O parecer do CFM classifica a cirurgia como de alta complexidade, necessitando de equipes multidisciplinares experientes e hospitais de grande porte para a sua realização. Os métodos a serem utilizados são reconhecidos e estabelecidos há anos pelo CFM que são o by-pass gástrico e a gastrectomia vertical (Sleeve). Esse novo parecer restringe a operação para abusadores de álcool, pacientes dependentes químicos, depressivos graves com ou sem ideação suicida e também para pessoas com doenças mentais e que sejam aconselhadas pelo psiquiatra a não realizar o procedimento. Sobre a Diabetes- Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta . A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta portanto em acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos de hiperglicemia. A grande maioria dos casos está dividida em dois grupos: Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2. A Diabetes Tipo 1 tem como principais sintomas sede, diurese e fome excessivas, emagrecimento importante, cansaço e fraqueza. Se o tratamento não for realizado rapidamente, os sintomas podem evoluir para desidratação severa, sonolência, vômitos, dificuldades respiratórias e coma. Esse quadro mais grave é conhecido como Cetoacidose Diabética e necessita de internação para tratamento. A Diabetes Tipo 2 se destaca pela sede, aumento da diurese, dores nas pernas, alterações visuais e outros - podem demorar vários anos até se apresentarem. Se não reconhecido e tratado a tempo, também pode evoluir para um quadro grave de desidratação e coma. Ao contrário do Diabetes Tipo 1, há geralmente associação com aumento de peso e obesidade, acometendo principalmente adultos a partir dos 50 anos. Contudo, observa-se, cada vez mais, o desenvolvimento do quadro em adultos jovens e até crianças. Isso se deve, principalmente, pelo aumento do consumo de gorduras e carboidratos aliados à falta de atividade física.

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Livre-se da dor na coluna

Se você alguma vez na vida já sofreu com dores nas costas, saiba que não está sozinho nesse martírio. Estatísticas comprovam que 94% da população algum dia vai se queixar dessa sensação dolorosa. Não por acaso, um estudo realizado nos Estados Unidos mostrou que os custos causados somente pela dor na região lombar (no final da coluna) chegam a assustadores US$ 90 bilhões, o que inclui gastos como terapias e afastamento no trabalho. A boa notícia é que o tratamento evoluiu muito nos últimos tempos a ponto de a cirurgia ser recomendável para apenas 0,5% dos casos. Mas, afinal, por que a dor na coluna vertebral é tão prevalente? Um dos motivos é que pagamos o preço pela nossa evolução, desde que o nosso antepassado Homo erectus ficou de pé. Na verdade, a coluna foi concebida para ficarmos em posição horizontal e mesmo quando há milhões de anos a espécie humana adotou a posição vertical, nossas vértebras não estão totalmente desenvolvidas e adaptadas para tal mudança. Aguentamos bem a ousadia de ser bípede durante as duas ou três décadas de vida, depois dos 30 podem surgir os problemas. Por isso, é bom prevenir . Outros fatores são obesidades (o peso sobrecarrega a região), fumo (que acomete os ossos ) estresse, tensão, além de fatores genéticos. Sem falar no sedentarismo. O fato de ficarmos tanto tempo sentados diante da TV, do computador ou do smartphone tem levado muitos especialistas a brincarem que de Homo erectus passamos a ser Homo sentatus. Brincadeiras à parte, o importante é entender que existem vários tipos de dor, que pode surgir em diferentes áreas das costas: coluna cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea (veja quadro ao lado). “A grande parte das queixas está relacionada à cervical e a lombar”, informa Luciano Braun, coordenador clínico da Clínica de Dor do Hospital Esperança . A sensação dolorosa pode ser muscular (chamada pelos médicos de miofacial) que é a mais comum. Para detectá-la, segundo Braun, basta realizar o diagnóstico clínico com exame físico e ouvir a história paciente. Nos demais casos são pedidos testes complementares, como raio-x, tomografia, ressonância magnética, cintilografia e eletroneuromiografia. A dor pode ainda acontecer no disco intervertebral. Ele tem um formato de anel, composto por um tecido cartilaginoso e elástico e serve como uma espécie de amortecedor entre as vértebras. Por razões como esforço excessivo, traumas e idade, o disco pode se deslocar, formando uma hérnia, e comprimir as raízes nervosas que emergem da coluna. Outra causa pode estar nas articulações que são responsáveis por esticar, dobrar e movimentar a coluna. Elas podem sofrer degeneração em razão do processo de envelhecimento, causando dor. Para alento dos que forem com essas dores, a medicina e outras áreas da saúde dispõem de alternativas que na grande maioria dos casos dispensa a necessidade de cirurgia. Hoje em dia são realizadas técnicas minimamente invasivas, em regime ambulatorial, sem necessidade de anestesia geral, apenas local. “O paciente faz o procedimento e no mesmo dia já é liberado para ir para casa e no outro dia pode ir trabalhar, porque já não se queixa de dor”, informa Luciano Braun. As técnicas tiveram um desenvolvimento tão grande que impulsionaram o surgimento de uma nova especialidade: a medicina intervencionista da dor. “São procedimentos que podem ser empregados desde casos de hérnia de disco até fraturas de vértebras”, detalha Braun, que é presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Intervencionista em Dor e vice-presidente da Academia Latino-americana de Medicina Intervencionista em Dor. Nesses procedimentos o médico utiliza agulhas e cateteres para introduzir medicamentos e outras substâncias no local da dor, guiado pelo auxílio de imagem de ultrassonografia, raio-x, ressonância magnética ou tomografia computadorizada. Nos casos de hérnia de disco, por exemplo, o especialista introduz anti-inflamatórios no canal espinhal. “A técnica reverte 90% dos casos”, assegura Braun. Para os 10% restantes existe um leque grande de alternativas, entre elas a injeção de ozônio, um gás que desidrata o disco, reduzindo-o, além do uso do laser. Já nos casos de fratura de vértebra, é feita a injeção no local fraturado da substância polimetilmetacrilato em estado líquido. Ao ser injetada, ela se solidifica como uma espécie de cimento. “Três horas depois do procedimento o paciente vai para casa, sem necessidade de cirurgia aberta ou colocação de parafuso”, informa Braun. Essas intervenções, no entanto, não são utilizadas para as dores musculares. Nesses casos os pontos dolorosos são inativados com injeção de anestésicos, ondas de choque ou agulhamento (que é a técnica da acupuntura). Veja também: fisioterapia oferece tratamentos para dor de coluna

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