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É a economia... e o meio ambiente: a inevitável conexão com as mudanças climáticas

Eventos extremos, como as chuvas da semana passada, mostram que a resiliência urbana e políticas ambientais são essenciais para o desenvolvimento econômico Todo final de ano fazemos matérias de perspectivas econômicas para analisar o que vem pela frente. Para um dos especialistas nacionais que entrevistei, perguntei sobre os possíveis impactos das mudanças climáticas na economia. Ele sugeriu que eu entrevistasse um ambientalista. Ele falava de PIB, inflação, desemprego… não de meio ambiente. Além de todos os transtornos e até vítimas, as chuvas desta semana, mais uma vez, fecharam comércios, cancelaram aulas e deixaram casas inundadas e vários bairros sem energia. Vidas perdidas, patrimônios destruídos e cidades paradas esperando a chuva parar. Mais uma demonstração de que não dá para falar de economia sem tratar de meio ambiente. Os investimentos para tornar as cidades mais resilientes não são baixos. Em uma região com tantas famílias vivendo às margens dos rios e nos morros, a necessidade de políticas robustas de moradia ganham outra dimensão. DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO RECIFE NO EVENTO DA FIEPE O novo secretário de Desenvolvimento Econômico do Recife, Carlos Andrade Lima, é um dos convidados da mesa de abertura do IV Seminário Brasil de Economia. O seminário, que acontece na próxima quarta-feira (12.02), é promovido pela Fiepe e o Conselho Regional de Economia de Pernambuco. Em 2024, o Recife foi responsável pela criação de um a cada três empregos com carteira assinada em Pernambuco. O número ratifica a posição da capital como principal cidade geradora de empregos formais do Estado. INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS EM JABOATÃO DOS GUARARAPES A Direcional Engenharia expande sua presença em Jaboatão dos Guararapes com o lançamento dos empreendimentos Viva Vida Jardim Botânico e Direcional Conquista Jaboatão, que integram os programas Minha Casa, Minha Vida e Morar Bem Pernambuco. Os projetos somam 720 unidades habitacionais e incluem infraestrutura de lazer completa, além de obras de contrapartida social, como pavimentação de ruas e melhorias no abastecimento de água. “Com o lançamento de dois empreendimentos em Jaboatão dos Guararapes, reforçamos nossa atuação estratégica em uma cidade onde temos alcançado resultados expressivos”, afirma Renato Bezerra, superintendente comercial e de incorporação da Direcional em Pernambuco. NISSIN LANÇA PRODUTO DE OLHO NO MERCADO DO NORDESTE A Nissin Foods amplia sua conexão com o público do Norte e Nordeste ao lançar o Nissin Lámen sabor Cuscuz com Calabresa, um tributo à culinária regional. Com embalagem assinada pelo xilogravurista J. Borges, o produto não só celebra um dos pratos mais emblemáticos do Nordeste, mas também reforça a estratégia da empresa de valorizar a cultura local. “O cuscuz é uma verdadeira paixão no Nordeste, e trazer essa combinação em um lámen é nossa forma de celebrar a energia, os sabores e as histórias dessa terra tão vibrante”, afirma Danielle Ximenes, gerente da marca. A empresa, que é líder no segmento de macarrão instantâneo, possui uma das suas fábricas em Pernambuco, na cidade de Glória de Goitá. A outra unidade fica no interior de São Paulo. SETOR DE BARES E RESTAURANTES BATE RECORDE DE EMPREGOS EM 2024 NO PAÍS O setor de alimentação fora do lar criou 230 mil novas vagas em 2024, atingindo 5,74 milhões de trabalhadores, o maior número da série histórica iniciada em 2016, segundo a PNAD do IBGE. Com um crescimento de 4,2%, bem acima da média nacional de 0,8%, bares e restaurantes reforçam sua importância para o mercado de trabalho. Além disso, o salário médio no setor subiu 5,8%, chegando a R$ 2.190. Para que esse crescimento continue, empresários defendem medidas como a desoneração da folha de pagamento e o fortalecimento do trabalho intermitente.

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PE: Monitor aponta fim da área com seca extrema e redução da seca grave

A última atualização do Monitor de Secas, de fevereiro, aponta que, assim como em janeiro, Pernambuco apresentou uma grande variabilidade pluviométrica em fevereiro, com variação de aproximadamente 20mm no litoral a 250mm no Sertão. A região litorânea registrou o maior desvio de chuvas abaixo da média. Com base nos indicadores de curto e longo prazo e na saúde da vegetação, houve diminuição da intensidade da seca grave no Sertão e permanecendo no Agreste. Na região de Petrolina, na divisa com a Bahia, a seca severa foi extinta com base nos indicadores de curto e longo prazo. Os impactos de curto e longo prazo continuam nas regiões de Petrolina e do Agreste (região central), os de curto prazo na região litorânea e os impactos de longo prazo em grande parte do Sertão de Pernambuco. Em fevereiro deste ano aconteceram chuvas acumuladas de mais de 200mm em Minas Gerais, Tocantins, Maranhão, noroeste do Piauí, noroeste e sul do Ceará. Já no Espírito Santo e leste de Minas foram registrados menos de 100mm. Quanto mais ao leste nordestino, os volumes acumulados foram menores, chegando a 50mm em Alagoas, Bahia e Sergipe. No centro-sul de Minas e no nordeste do Maranhão, as chuvas ultrapassaram os 400mm em janeiro. Com as chuvas de fevereiro, a área com seca extrema entre a Bahia e Pernambuco passou a registrar seca grave, um grau abaixo. Assim, fevereiro de 2020 é o primeiro mês de fevereiro desde 2015 a não registrar nenhuma área com seca extrema desde o início do Monitor de Secas. Com as chuvas de fevereiro, o Monitor de Secas registrou uma redução das áreas com seca na Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Piauí e Rio Grande do Norte. Também houve a redução da gravidade das secas que acontecem na Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. Em Alagoas a extensão e a gravidade da seca permanecem semelhantes à situação registrada pelo Monitor de Secas em janeiro. O Monitor de Secas tem uma presença cada vez mais nacional, abrangendo os nove estados do Nordeste, Espírito Santo, Minas Gerais e Tocantins. Os próximos estados a se juntarem ao Monitor serão Goiás e Rio de Janeiro, que já estão em fase de testes e treinamento de pessoal. Esta ferramenta realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores de seca e nos impactos causados pelo fenômeno em curto e/ou longo prazos. O Monitor vem sendo utilizado para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessado tanto no site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos Android e iOS. Clique aqui para verificar a situação de fevereiro de 2020 em todos os estados com o Monitor de Secas. O Monitor de Secas O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos. Em Pernambuco, a Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC) é o órgão que atua no Monitor de Secas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 12 estados a cada mês vencido. O serviço tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Em operação desde 2014, o Monitor de Secas iniciou suas atividades pelo Nordeste, historicamente a região mais afetada por este tipo de fenômeno climático. No fim de 2018, com a metodologia já consolidada e entendendo que todas as regiões do País são afetadas em maior ou menor grau por secas, foi iniciada a expansão da ferramenta para a inclusão de estados de outras regiões. Em novembro de 2018 e em junho de 2019, Minas Gerais e Espírito Santo foram incorporados. O Monitor de Secas foi concebido com base o no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação do mapa final. A metodologia utilizada no processo faz com que o mapa do Monitor indique uma seca relativa, ou seja, as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.

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Encontro internacional em Recife debate os desafios para mobilizar a juventude para a agenda climática

Qual o papel da juventude brasileira nas discussões sobre as mudanças climáticas? Essa é uma das perguntas que integrantes de diversos movimentos sociais, membros de organizações da sociedade civil e legisladores pretendem abordar durante o Encontro Internacional sobre Clima e Juventude, que será realizado no dia 7 de novembro, em Recife (PE). O evento, que é o nono da série “Diálogos Futuro Sustentável” promovida pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS) e Embaixada da Alemanha em Brasília, integra a programação da Conferência Brasileira de Mudanças do Clima, que acontece entre os dias 6 e 8 de novembro. Segundo a pesquisa “Global Shapers Forum”, realizada pelo Fórum Econômico Mundial com mais de 30 mil jovens de 186 países, incluindo o Brasil, a mudança climática e a destruição da natureza foram apontadas como a questão global mais importante por 48% dos entrevistados. No Brasil, o engajamento dos jovens em questões de mudança do clima é crescente, mas ainda é considerado tímido para um país que ocupa uma parte substancial da Amazônia e tem papel fundamental para regulação do clima global. Por isso, o encontro reunirá lideranças jovens do Brasil, Chile, Alemanha e Inglaterra, que irão compartilhar experiências de seus países e, também, traçar um paralelo com o contexto brasileiro. O Encontro Internacional sobre Clima e Juventude contará com a presença de representantes de organizações como Fridays for Future Brasil, movimento iniciado pela ativista sueca Greta Thunberg, Engajamundo, Youth Climate Leaders (YCL) e Consulado da Alemanha em Recife. A última fala ficará por conta do Deputado Federal Túlio Gadelha (PDT/PE). O diálogo será realizado no momento em que o Brasil vive um cenário crítico para o meio ambiente com o derramamento de petróleo na costa brasileira, onde mais de 90 municípios de nove estados do Nordeste foram afetados. A partir da perspectiva dos jovens participantes, a ideia é explorar também pautas como ativismo e mobilização na perspectiva da juventude brasileira, educação climática, redes dos jovens no Brasil, aprendizados a partir da experiência de outros países no enfrentamento da crise climática e particularidades no contexto de um país em desenvolvimento. Informações e inscrições em: www.climabrasil.org.br

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Bioenergia pode ajudar a mitigar as mudanças climáticas

Elton Alisson - A bioenergia pode ajudar na mitigação das mudanças climáticas globais contribuindo para diminuir a queima de carvão, petróleo e gás natural para geração de energia e, consequentemente, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera. Pesquisadores brasileiros e estrangeiros que têm estudado o assunto defendem ser possível expandir o uso de bioenergia sem degradar o solo, comprometer a segurança alimentar ou os recursos hídricos. O tema foi abordado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da Organização das Nações Unidas (ONU) no seu mais recente relatório especial, lançado no dia 8 de agosto com o tema “Mudanças climáticas e uso da terra”, e em seu respectivo sumário para os formuladores de políticas. A abordagem do relatório sugere que, entre cientistas e negociadores de governos, o antagonismo entre a produção de biocombustíveis e o cultivo de alimentos começa a se dissipar. O documento reconhece, por exemplo, que o uso da bioenergia, juntamente com a redução do desmatamento de florestas tropicais e o replantio de vegetação nativa para sequestrar e retirar dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, pode ajudar a limitar o aquecimento global a 1,5 ºC ou bem abaixo de 2 ºC nas próximas décadas. Mas ressalva que o aumento generalizado e desordenado da produção de bioenergia no mundo pode resultar em uma grande expansão de áreas de cultivo de culturas energéticas em detrimento do cultivo de alimento, além de aumentar o uso de água para irrigação. “Alguns cenários do IPCC apontam que, com o aumento da demanda por energia, poderia ocorrer um incremento de mais de 25 milhões de hectares por ano da área voltada ao cultivo de culturas para produção de bioenergia no mundo. Isso poderia pressionar áreas de vegetação nativa ou voltadas à produção de alimentos”, disse Luís Gustavo Barioni, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária e um dos autores do capítulo transversal sobre bioenergia e tecnologias de captura e armazenamento de CO2 – as chamadas BECCS (Bionergy Carbon Capture and Storage) – em cenários de mitigação, à Agência FAPESP. “Mas, para chegar a taxas de expansão de uso da terra para bioenergia dessa ordem, precisaria ter um mercado internacional pujante, que pagasse não só por esse tipo de energia, mas também pelo serviço ambiental de captura e armazenamento do carbono. E isso ainda é muito incipiente”, ponderou Barioni. (Leia mais em http://agencia.fapesp.br/31178/). Ação de cientistas brasileiros A declaração final sobre o papel da bioenergia no combate às mudanças climáticas no sumário para tomadores de decisão reflete a ação de diplomatas e funcionários do governo brasileiro, apoiados a distância por cientistas, na reunião do IPCC, em Genebra, na Suíça. Durante o evento, os delegados nacionais de 190 países discutiram o texto até entrar em um acordo para que o documento pudesse ser fechado, de acordo com Gláucia Mendes Souza, professora do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN). A versão preliminar do sumário refletia de modo impreciso as conclusões do relatório e apresentava restrições controversas e enviesadas em relação à bioenergia, afirmam pesquisadores brasileiros que acompanharam as discussões a distância. “O sumário apresentava dados que só depreciavam a bioenergia, baseados em valores equivocados de produtividade e de área necessária para produzir biocombustíveis para atender as necessidades da transição energética global”, acrescentou Luiz Augusto Horta Nogueira, pesquisador associado do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético da Universidade Estadual de Campinas (Nipe-Unicamp). Por meio de uma interlocução com diplomatas do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que participaram da redação do sumário, na Suíça, um grupo de cientistas brasileiros, integrado por Nogueira e outros pesquisadores ligados ao BIOEN, apresentou uma série de argumentos que permitiram a adequação correta do documento. “Fizemos uma intervenção circunstanciada, baseada em evidências e argumentos científicos, que permitiu alterar ou eliminar opiniões enviesadas no sumário para os formuladores de políticas”, disse Souza. Mais informações sobre essa negociação estão no artigo “Nunca tantos deveram a tão poucos”, publicado no site da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), no dia 9 de agosto. Cenários de expansão De acordo com o relatório, para limitar o aquecimento global a 1,5 ºC até 2050 seria necessário usar até 7 milhões de quilômetros quadrados (Km²) para a produção de culturas energéticas. A área de cultivo necessária em um cenário de aquecimento de 2 ºC seria menor, limitada a 5 milhões de km². Maiores níveis de conversão da terra para produção de bioenergia poderiam ter efeitos adversos que afetariam a disponibilidade de água, de alimentos, a biodiversidade e causariam o aumento da degradação do solo e desertificação, indica o relatório. “A expansão da produção mundial de bioenergia com captura e armazenamento de carbono nas taxas estimadas nos cenários de aquecimento global mais ambiciosos projetados pelo IPCC é factível, uma vez que o aumento da área de cultivo de culturas energéticas em países que são grandes produtores de biocombustíveis, como o Brasil, está bem abaixo desses limites”, afirmou Barioni. Segundo ele, a área de produção de cana-de-açúcar no país, que hoje é de 10,2 milhões de hectares, tem aumentado, junto com a de soja, em 3 milhões de hectares por ano, com maior proporção de lavouras de soja. Além disso, outras formas de energia renováveis, como a eólica e a solar, devem aumentar a competição com o etanol e outros biocombustíveis para ampliar suas participações na matriz energética brasileira. “O Brasil já tem uma matriz energética relativamente limpa e não tem uma expansão muito rápida da demanda energética. Dessa forma, não há perspectiva de aumentar significativamente a área voltada à produção de cana-de-açúcar”, avaliou. O relatório também aponta que a integração da bioenergia em paisagens agrícolas geridas de forma sustentável e que limitar a produção de culturas energéticas em terras marginais ou abandonadas teriam efeitos insignificantes sobre a biodiversidade e a segurança alimentar e poderiam diminuir a degradação da terra. De acordo com Barioni, há cerca de 3 bilhões de hectares de terras pastoris no mundo hoje, dos quais 1,5 bilhão de hectares são

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Acidificação dos oceanos deve se intensificar nas próximas décadas

Elton Alisson/via Agência FAPESP Considerado um dos fenômenos que mais afetam os oceanos atualmente, a acidificação oceânica só foi mencionada pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) em seu quinto relatório de avaliação (AR5), publicado em 2013 – o primeiro relatório é de 1990. O órgão da ONU destaca no Sumário para formuladores de políticas públicas do AR5 que o oceano tem absorvido cerca de 30% do dióxido do carbono atmosférico (CO2) emitido pela ação humana (antropogênico). O aumento da concentração e da dissolução de CO2 tem diminuído o pH da água superficial dos oceanos desde o início da era industrial e aumentado sua acidez, afirmaram os autores do relatório. A partir de então, a acidificação dos oceanos passou a integrar todos os cenários de mudanças futuras do clima do AR. O tema deve ganhar ainda mais destaque no AR6 – previsto para ser finalizado em 2021 – e no Relatório Especial sobre o Oceano e a Criosfera em um Cenário de Mudanças Climáticas, que deve ser finalizado pelo IPCC em setembro de 2019, estimou Jake Rice, membro do grupo de especialistas da Avaliação Mundial dos Oceanos da ONU. Especialista em ecologia e biologia marinha, conselheiro e cientista-chefe do Departamento de Pesca e Oceanos do Canadá, Rice é um dos pesquisadores convidados da São Paulo School of Advanced Science on Ocean Interdisciplinary Research and Governance. O evento, realizado pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), com apoio da FAPESP, ocorre até 25 de agosto no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP. “Há uma confiança muito alta de que a acidificação dos oceanos tem aumentado e têm sido bastante documentado os efeitos desse fenômeno em organismos marinhos que dependem de carbonato de cálcio para seus processos de calcificação”, disse Rice. “As séries temporais de observação dos oceanos, que permitiriam estimar a taxa e a trajetória desse fenômeno ao longo das últimas décadas, contudo, são muito curtas. As de acidez oceânica em águas costeiras, por exemplo, datam de pouco antes de 2005”, disse. De acordo com o pesquisador, os modelos de sistemas terrestres projetam um aumento global na acidificação e diminuição no pH oceânico em todos os cenários de emissão e concentração de gases de efeito estufa, mas com grandes e incertas variações regionais e locais. Os países em desenvolvimento e as pequenas ilhas dos trópicos, que dependem de recursos marinhos, serão os mais afetados diretamente ou indiretamente pelo fenômeno. Os impactos negativos da acidificação oceânica devem variar de mudanças na fisiologia e comportamento dos organismos (como moluscos) e na dinâmica populacional e afetarão os ecossistemas marinhos (como os recifes de corais), durante séculos se as emissões de CO2 continuarem no ritmo atual. Mas há uma série de outros impactos, muitos dos quais ainda não compreendidos, ponderou Rice. “A acidificação dos oceanos ilustra vários dos desafios que temos enfrentado em ciência do oceano. É preciso mais dados que nos permitam estabelecer relações entre as propriedades físicas de sistemas dinâmicos, com impactos biológicos nos ecossistemas e na sociedade”, disse. Na opinião do canadense, um dos fatores que tornam mais difícil fazer ciência dos oceanos em comparação com as ciências da terra é a maior facilidade em entender a dinâmica terrestre porque vivemos em terra. Dessa forma, é possível ver e analisar diretamente como o sistema terrestre funciona. “Nossa compreensão do oceano precisa prestar mais atenção às evidências e menos à percepção de que é possível entendê-lo por analogia ou inferência do conhecimento sobre a terra e seus sistemas biofísicos”, disse Rice. Mais informações sobre a São Paulo School of Advanced Science on Ocean Interdisciplinary Research and Governance: http://espca.fapesp.br/escola/72.

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Bita entra no clima junino e leva arraiá para Recife

O mês das festas juninas está chegando e com ele a oportunidade de curtir momentos de muita diversão, danças, ritmos e comidas típicas. O Mundo Bita entra nesse clima e traz uma novidade para os seus shows. O bigodudo mais querido do Brasil e sua turma apresentam o “Arraial do Bita”, para divertir ainda mais a criançada! Neste mês de junho, nos dias 2, 3, 9, 10 e 16, o arraiá estreia em Recife, no Shopping Recife, com uma programação toda especial. A partir das 15h, trio de pé de serra tocando as músicas do Bita, brincadeiras de quermesse, brinquedoteca e um salão de beleza com pinturinhas juninas e penteados para toda a família aproveitar. Às 17h, começa o show “Mundo da Imaginação”, o grupo traz 14 músicas do Mundo Bita já reconhecida pelos pais e crianças. Essência Mundo Bita Entre as músicas, os personagens interagem com a plateia e estimulam passeios pela imaginação. Os temas que permeiam o show são os mesmos defendidos pelo Mundo Bita nos seis anos de produção de conteúdo. Igualdade entre meninos e meninas, saúde, inclusão, cuidados com a natureza e amor ao próximo, tudo com alegria e respeito à inteligência da criança. “Nossa produção é feita com muito critério. Não queremos simplesmente entreter e divertir. Fazemos isso, mas com a responsabilidade de quem ajuda a formar a sociedade que virá pela frente. É importante abordar temas que estimulem discussões saudáveis nas famílias”, explica Chaps Melo. Todos os clipes musicais são autorais, produzidos pelo estúdio Mr. Plot. “Entendemos que, para deixar uma marca relevante, precisamos criar, fazer do zero, usar uma linguagem atual, pensada para as crianças de hoje”, afirma. Uma das músicas novas do Show do Bita é “A Diferença É o Que nos Une”, que aborda de forma lúdica a inclusão de pessoas com deficiências. Utilizando versos como “Mesmo sendo assim ou sendo assado, o amor se multiplica e se espalha por todo lado”, a canção cativou o coração das famílias, principalmente que tem crianças com deficiência. Chaps se orgulha de poder contribuir com a inclusão: “Muitos pais e muitas mães agradecem por abordarmos esse tema. É importante para nós sabermos que estamos contribuindo para o convívio e a socialização de todas as crianças”. Outra música a abordar um tema importante é “Ela e Ele”, que traz nos versos mensagens como “Menino, menina, respeito e estima. Nós temos direitos iguais”. Arraial do Mundo Bita 02, 03, 09, 10 e 16 de junho (sábados e domingos), às 15h * Show do Bita às 17h Local: Terraço de Eventos Shopping Recife End: R. Padre Carapuceiro, 777 - Boa Viagem INGRESSOS: - Meia-entrada: R$ 30 - Ingresso social: R$ 30* (entregar 1kg de alimento na entrada do evento) - Inteira: R$ 60 OBS: Crianças de até 1 ano e 11 meses não pagam e ficam no colo dos responsáveis durante a apresentação. QUEM PAGA MEIA e SOCIAL* - 50% de desconto para crianças de 02 a 12 anos - 50% de desconto para estudantes, pessoas com deficiência, idosos e jovens entre 15 e 29 anos comprovadamente carentes, em conformidade com a Lei Federal N°12.933 de 26 de dezembro de 2013, Lei Federal 10.741/03 e Decreto Federal 8.537/15; - 50% de desconto para professores da rede pública municipal e particular de ensino em conformidade com a Lei. Apresentar a carteira funcional e documento oficial com foto. - SOCIAL para todos aqueles que não puderem comprovar a meia entrada, mas querem doar 1kg de alimento para a instituição de caridade. *Crianças de até 1 ano e 11 meses não pagam e ficam no colo dos responsáveis durante a apresentação. PONTOS DE VENDA Loja Fábula (Shopping Recife) - Segunda a sábado das 09h as 22h - Domingos e feriados das 12h as 21h Informações: (81) 97112-9287

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Catamaran Tours entra no clima do São João com o Catamaran do Forró

Os amantes do forró podem se preparar! Isso porque na Catamaran Tours, o ciclo junino, com muito forró pé de serra, aporta mais cedo. É que a partir deste sábado (26) e domingo (27), a empresa de passeios náuticos passa a oferecer nos finais de semana o “Catamaran do Forró”, um arrasta-pé danado de bom a bordo do catamarã, com música feita pelo Trio Quixabeira ao longo do roteiro “Recife e suas Pontes”, que passa por lugares históricos da capital pernambucana através das águas que cortam a cidade. A festança terá embarque sempre às 16h. A tarifa para adultos é de R$ 60 e para crianças de 6 a 10 anos, R$ 30. A ideia, de acordo com Juliana Britto, diretora da Catamaran Tours, é valorizar e incentivar a cultura pernambucana, aproximando os recifenses e os vários turistas que passam semanalmente pela empresa da tradição local. Para animar os forrozeiros de plantão, o repertório do passeio, que não descuida do lado turístico, será repleto de clássicos do forró, o que passa por músicas de Luiz Gonzaga, o saudoso Rei do Baião; Elba Ramalho; Sivuca; Trio Nordestino; Dominguinhos e muito mais. Os bilhetes para o Catamaran do Forró, que tem duração média de 1h20m, já estão à venda e podem ser adquiridos através do site www.catamarantours.com.br/, onde é possível comprar de acordo com o dia desejado com antecedência ou pessoalmente na bilheteria da Catamaran Tours. As vagas são limitadas. Bebidas e salgadinhos serão vendidos a bordo. Outras informações pelo número 81. 3424.2845. Serviço – Catamaran do Forró Onde: Cais Santa Rita, S/N, Recife/PE Saídas: 26 e 27 de maio e 02, 03, 09, 10, 16 e 17 de junho (sábados e domingos) Embarque: 16h Tarifas: R$ 60,00 e R$ 30,00 crianças de 6 a 10 anos Duração: 1h20min

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Recife lidera adesão de cidades brasileiras ao Pacto Global Pelo Clima e Energia

O Recife integra o Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia. O prefeito Geraldo Julio, vice-presidente de Mudanças Climáticas da Frente Nacional de Prefeitos, assinou na manhã da última terça-feira o documento que faz a adesão da cidade e reafirma seu compromisso com a questão climática. Como vice-presidente de Mudanças Climáticas na FNP, o prefeito Geraldo Julio mobilizou ainda a adesão de outras 31 cidades de todo o Brasil ao Pacto. A adesão coletiva configurou o Ato de Prefeitos pelo Clima e Energia, que aconteceu na programação da 72ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos, no Sebrae Recife, com o objetivo de promover o engajamento de lideranças locais em ações de enfrentamento à mudança do clima. “O Pacto Global é um compromisso assumido pelos municípios. Quem mais emite gás para o efeito estufa no mundo inteiro, nas grandes cidades, são as questões de mobilidade e resíduos sólidos, que são questões tratadas pelos municípios. O Governo Federal vem discutindo na COP, na ONU, mas é importante que os municípios possam participar deste debate e acessar recursos que são disponibilizados por organismos internacionais para as mudanças climáticas. Então, este documento de hoje é importante porque insere os municípios do Brasil nessa discussão e as cidades precisam mudar suas formas de funcionamento para garantir um desenvolvimento mais sustentável”, explicou o prefeito Geraldo Julio sobre o movimento que atualmente reúne mais de 7.400 cidades de seis continentes e 121 países, representando mais de 600 milhões de habitantes e é a maior aliança mundial de prefeitos e líderes locais comprometidos com a ação climática. Participam do Pacto Global Pelo Clima e Energia, no Brasil, após o ato de hoje, as cidades de Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Brasília (DF), Campinas (SP), Campo Grande (MS), Canoas (RS), Cáceres (MT), Cariacica (ES), Curitiba (PR), Curvelo (MG), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Jaguariúna (SP), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Manaus (AM), Natal (RN), Niterói (RJ), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Presidente Prudente (SP), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Uberaba (MG), Vitória (ES) e Igarassu (PE). A partir do documento, ficam estabelecidas iniciativas com o objetivo de atingir e até superar os objetivos do Acordo de Paris, firmado em 2015, durante a 21ª Conferência das Partes (COP-21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), que tem como uma das principais metas desse acordo, manter o aumento da temperatura média global em menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais. Com a adesão, as prefeituras se comprometem a, num período de três anos, reduzir as emissões de gases de efeito estufa, se preparar para os impactos das mudanças climáticas e aumentar o acesso à energia sustentável. O secretário executivo do ICLEI na América do Sul, Rodrigo Perpétuo, comentou a importância do ato. “O que aconteceu hoje aqui foi a integração de prefeitos da Frente Nacional com o movimento mundial, e essa convergência significa um fortalecimento do poder local frente às Agências Internacionais, tanto as da ONU, que determinam e dão as diretrizes políticas que depois são incorporadas nos respectivos países, como as de financiamento, os grandes bancos internacionais, para que os municípios possam acessar recursos que realmente façam diferença na implementação de políticas públicas”, declarou o secretário sobre o Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia, que resulta da fusão de duas iniciativas: o Compacto de Prefeitos estabelecido por Bloomberg Philantropies e o Covenant of Mayors for Climate and Energy, lançado pela Comissão Europeia. A pactuação consolida a política de enfrentamento às mudanças climáticas do município. Desde abril de 2014 foi sancionada e está em vigor a Política de Sustentabilidade e de Enfrentamento das Mudanças Climáticas do Recife (Lei Nº 18.011/2014), estabelecendo instrumentos para a implementação, em nível municipal, de ações sustentáveis e de enfrentamento ao fenômeno do aquecimento global, e também a elaboração de inventários de emissão de gases de efeito estufa, com o apoio do ICLEI e do CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina). Além disso, em novembro de 2015, a prefeitura estabeleceu o Decreto Nº 29.220 com as metas de mitigação das emissões de gases de efeito estufa para os anos de 2017 e 2020, e ainda lançou o Plano de Redução de Emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) - Recife Sustentável e de Baixo Carbono. FÓRUM CB27 - O Recife também sedia, desde o domingo (26), o 12º Encontro do Fórum de Secretários de Meio Ambiente das Capitais Brasileiras (CB27). Dos 27 titulares, 23 participam do evento. A reunião é o primeiro encontro brasileiro nessa área após a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, COP 23, que ocorreu em Bonn, na Alemanha, de 6 a 17 de novembro. O 12º CB 27 foi realizado pela Fundação Konrad Adenauer, com apoio do ICLEI-Governos Locais pela Sustentabilidade. (Prefeitura do Recife)

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Cidades costeiras são mais vulneráveis a mudanças do clima

As cidades brasileiras situadas em zonas costeiras são mais vulneráveis às mudanças climáticas, em especial ao aumento do nível do mar, mas também a eventos como fortes chuvas, tempestades, inundações e erosão costeira, que causa destruição e impactos à infraestrutura desses municípios. O dado consta do relatório especial Impacto, vulnerabilidade e adaptação das cidades costeiras brasileiras às mudanças climáticas, que o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) divulga hoje (5) no Rio de Janeiro. Este é o segundo documento sobre mudanças climáticas e cidades elaborado pelo organismo científico criado em 2009 pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e Meio Ambiente. O primeiro foi divulgado durante a Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP 21), da Organização das Nações Unidas (ONU), no Marrocos, em 2016. No relatório especial, foram avaliados os cenários de mudanças climáticas para o Brasil e como essas cidades poderão ser impactadas pelo aquecimento global. De acordo com o estudo, 18 das 42 regiões metropolitanas brasileiras se encontram na zona costeira ou sofrem influência dela. O documento abordou municípios costeiros das regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Nível do mar Os cenários mais pessimistas citados no relatório apontam que o nível do mar pode chegar a subir 40 centímetros até 2050, provocando perdas econômicas de até US$ 1,2 bilhão para as 22 maiores cidades costeiras latino-americanas. Não há ainda, entretanto, mensuração no Brasil dos custos econômicos provocados pelas mudanças climáticas. De acordo com a presidente do comitê científico do PBMC, Suzana Kahn, professora do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), a elevação do nível do mar e das temperaturas têm impacto muito maior no Brasil, porque grande parte das regiões está localizada nas áreas litorâneas. “Não há como evitar os danos, mas sim implantar soluções, no sentido de que possamos nos adaptar a uma nova realidade”, externou. Além do nível do mar, os eventos extremos de chuvas também são citados como causas dos problemas ambientais nas regiões costeiras, acarretando riscos de deslizamento de terras, enxurradas e enchentes. Também foi constatada nas cidades litorâneas a forte emissão de gases poluentes. De acordo com o relatório do PBMC, o Rio de Janeiro se destaca com a maior emissão de gás carbônico (CO2) por habitante, da ordem de 3,47 toneladas. Mapeamento Entre as cidades mais vulneráveis estão o Rio de Janeiro, Santos, Fortaleza, Recife, Salvador e, no Sul do Brasil, o Vale do Itajaí. A costa de Santa Catarina, apresenta risco não só o aumento do nível do mar, mas também a possibilidade de se tornar rota de furacões. As fortes tempestades na região, com ventos superiores a 80 quilômetros por hora, já são indicativo da tendência, disse à Agência Brasil a secretária executiva do comitê científico do Painel, Andrea Santos. O relatório recomenda que sejam realizadas novas avaliações de risco de desastres associados, de aumento na frequência de extremos de clima e aumento do nível do mar nas cidades costeiras, sobretudo no Norte e Nordeste do país. Segundo o comitê científico do Painel, esses estudos podem permitir a reavaliação dos riscos para os quais municípios e populações estão preparados. O Rio de Janeiro e Santos são os únicos municípios que já estão investindo em relação às mudanças do clima, aponta o estudo. “São duas cidades que estão atuando em política pública no sentido de promover ações de adaptação”, disse Andrea. O relatório atesta que a maioria das cidades que fizeram políticas de clima não consequem monitorar as metas anunciadas. “A gente não tem visto o acompanhamento dessas políticas, tanto de mitigação, para redução das emissões de gases de efeito estufa, tanto das políticas e ações integradas no âmbito de medidas de adaptação”, afirmou a secretária-executiva do comitê. Medidas A secretária executiva do comitê indicou que a infraestrutura de todas essas cidades costeiras está suscetível a impactos físicos, em razão das mudanças climáticas e seus efeitos. O documento faz recomendações de políticas públicas que sejam construídas pela União, estados e municípios para atenuar esses impactos. Ela citou como exemplos novamente o Rio de Janeiro e Santos, que “estão pensando no planejamento de médio e longo prazo, mas também têm ações que podem ser feitas no curto prazo”. Entre elas, destacou a construção de um piscinão na Praça da Bandeira, centro do Rio de Janeiro, que durante anos passou por inundações e alagamentos. Andrea Santos considerou que reservatório subterrâneo construído naquela área pode ser considerado uma medida de adaptação, já que, na prática, evitou novas enchentes. Além de barreiras de proteção contra a elevação do nível do mar, a secretária do comitê científico do PBMC recomendou que as cidades costeiras preservem seus ecossistemas. O mangue tem um papel fundamental ao conter o avanço da água salina. Medidas de curto prazo como a integração do transporte público também são recomendadas. O transporte rodoviário é o mais afetado em inundações e sistemas integrados podem diminuir o impacto das chuvas no dia a dia de usuários. Outra medida simples, em que a população tem um papel a cumprir, diz respeito à destinação de resíduos. “Se a população não joga lixo na rua, isso facilita”, observou. (Agência Brasil)

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