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Transnordestina: empreendimento entre Salgueiro e Suape agora engatou?

O lançamento do edital para elaboração do projeto executivo do trecho pernambucano torna mais factível a sua construção. Mas especialistas alertam para a necessidade de obra ser concluída ainda no mandado do presidente Lula *Por Rafael Dantas A rota da Transnordestina, que era de abandono da linha pernambucana, vai ganhando um percurso mais visível de volta para Suape. O vagão do desânimo dos empresários e técnicos que esperavam pelo empreendimento, aos poucos, vai dando espaço a uma carga de otimismo. Os recursos anunciados de R$ 450 milhões do PAC (Programa de Aceleração ao Crescimento) e o lançamento do edital para projeto executivo pela Infra SA são passos importantes para esse trem engatar. Mas há muitos trilhos a serem percorridos até que essas locomotivas voltem a circular em Pernambuco. O volume de recursos para concluir as obras entre Salgueiro e Suape é estimado entre R$ 4,5 e R$ 5 bilhões. O valor até agora sinalizado, em torno de 10%, é ainda distante do necessário, mas importante para tracionar o retorno das obras no empreendimento. “O Governo Federal colocou recursos do PAC no trecho Salgueiro-Suape para fazer essa obra. E agora ela vai ser executada com verbas do Orçamento Geral da União”, afirmou Danilo Cabral, superintendente da Sudene, no evento Crea Convida, que discutiu a pauta da Transnordestina na sede da Fiepe. A própria Superintendência deve ser um dos caminhos para destravar novos financiamentos para a obra, como já tem contratos assinados com o trajeto que segue para Pecém, no Ceará. Além dos recursos, algumas indefinições importantes já foram resolvidas. A Infra SA, por exemplo, lançou o edital para contratação do projeto básico executivo. Nesta semana a Geosistemas Engenharia e Planejamento venceu o pregão eletrônico, com uma proposta de R$ 12,4 milhões para realizar o serviço. O momento atual é de análise das documentações necessárias. Ao se confirmar o arremate e quando o contrato for assinado, a empresa terá quatro meses para entregar os 55 primeiros quilômetros do projeto. A Infra SA poderá iniciar a licitação para as obras assim que receber essa primeira entrega. O horizonte de 2024, portanto, é real. Ao todo, a corporação vencedora irá desenvolver o projeto básico/executivo de 520 quilômetros da ferrovia no Estado. O cronograma previsto para o início da ordem de serviços para o trecho pernambucano da ferrovia, segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, era de 30 de setembro. Ele antecipou essa previsão ainda em janeiro deste ano, durante a cerimônia de retomada das obras da Rnest (Refinaria Abreu e Lima). O vencimento dessa etapa foi comemorado pelo Governo do Estado. "Vemos com muita alegria o vencimento de mais uma etapa importante na retomada das obras do trecho Salgueiro - Suape. O que tínhamos acordado entre o Governo Raquel Lyra e o Governo Federal era justamente o cumprimento desta etapa para que a gente possa dar conformidade aos projetos de forma a ser entregue a uma nova executora da obra”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti. “O Governo Federal cumpriu à risca aquilo que tem combinado conosco e, da nossa parte, a gente vem dando todo o suporte necessário para que essas etapas sejam vencidas”. A expectativa do secretário é que diante dos novos projetos, a Infra SA em breve possa mobilizar um novo canteiro para retomar a atividade da obra. “Isso dará à ferrovia um grau de concretude que nos permitirá, a partir daí, desenhar os novos modelos de concessão que vão viabilizar a sua construção por completo", afirmou Guilherme. Para o trajeto (Salgueiro-Suape), que foi amputado em dezembro de 2022 da Transnordestina, não tendo mais uma empresa concessionária para a execução das obras e sem nenhum real no horizonte, o cenário mudou muito. A chegada da Infra para a gestão do projeto, os prometidos recursos no PAC e a iminente contratação do projeto executivo deram a musculatura de realidade ao empreendimento. “Agora temos que acompanhar a licitação, o passo a passo, a ordem de serviço, o início dos trabalhos e monitorar. Queremos que o projeto executivo seja o melhor possível. O momento é de entregar os produtos e viabilizar os recursos para a obra. É uma caminhada de muitos passos. Estamos dando alguns, mas não chegamos no final”, afirmou o presidente do Crea-PE (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), Adriano Lucena. No monitoramento do PAC, o trecho pernambucano da ferrovia se encontra em duas alíneas. Em uma delas, o empreendimento está na modalidade de construção, na classificação em obras, mas numa situação de ação preparatória. Na outra, está classificada como “estudo/projeto/plano”, também na situação de ação preparatória. Nas duas, estão citados pela Casa Civil, os municípios de São José do Belmonte, Serra Talhada, Custódia, Arcoverde, Pesqueira, Cachoeirinha, Belém de Maria e Ribeirão. DEFINIÇÕES IMPORTANTES NO RADAR DA SOCIEDADE Durante o Crea Convida, o engenheiro e professor da Unicap, Maurício Pina, levantou quatro questionamentos relevantes sobre a retomada das obras de ferrovias no Nordeste, especialmente em Pernambuco. Um deles é a preocupação em relação à mudança do percurso da linha em direção à Suape. “A questão do novo traçado entre Salgueiro e Suape nos preocupa. Quando esse edital de licitação foi lançado, foi dito, com muita ênfase, que haveria um novo estudo. Um traçado novo, completamente diferente do anterior, envolve questões ambientais, questões de desapropriações. A Petrobras tem interesse em construir terminais de derivados em cidades polos, como Caruaru, Arcoverde, Serra Talhada e Salgueiro. Na medida que o traçado se afastar demais do que havia sido concebido, isso vai trazer problemas”, adverte o engenheiro. Em audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado, no final de abril, o ministro da Casa Civil Rui Costa, respondendo a uma pergunta da senadora Teresa Leitão, afirmou que devido às construções que foram realizadas no traçado original da ferrovia, será necessária uma adequação antes da continuidade das obras. “Estamos reavaliando todo o traçado até chegar ao Porto de Suape, em especial na chegada, porque mesmo com a obra em andamento se autorizou a construção de conjuntos habitacionais. Essas intervenções urbanas

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Empresários da construção civil estão otimistas com retomada do setor

A mais recente edição do Índice de Confiança da Construção, da Fundação Getúlio Vargas, aponta que a confiança do setor da construção civil voltou a subir em junho, ao avançar 9,1 pontos, para 77,1 pontos. A alta é decorrente da melhora das expectativas dos empresários para os próximos três e seis meses. Em Pernambuco, a construção civil retomou as atividades no mês passado após dois meses e meio de atividades suspensas, por conta do decreto do governo do estado. O empresário Ricardo Albuquerque, que é dono da Attiva Engenharia, acredita que o setor irá se recuperar rapidamente. “Acredito na retomada em uma velocidade semelhante à da queda. Isso porque a construção civil já vinha crescendo bastante entre o final do ano passado e o início deste ano. A nossa empresa atua no ramo imobiliário e de manutenção e, apesar das dificuldades, houve um incremento no número de contratos”, explica. Em 2019, a construção civil avançou 1,6%, puxado principalmente pelo setor de edificações imobiliárias. Foi o primeiro ano positivo depois de cinco anos no vermelho. “A construção sempre foi decisiva e impactante nos resultados econômicos do país, porque é o motor que rege a economia brasileira. Como é um setor que impacta outras áreas do ramo industrial e comercial, a construção tem capilaridade suficiente pra sair mais rápido da crise”, complementa Ricardo. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção segue este mesmo raciocínio, tanto que acredita que o acesso ao crédito auxiliar disponibilizado pelo governo federal, para as pequenas e médias empresas, ainda que não tenha alcançado e suprido todas as necessidades, foi uma forma de fazer com que este motor continuasse funcionando, mesmo com a diminuição ou paralisação da geração de caixa.

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Índice de Velocidade de Vendas de Imóveis em julho tem o melhor resultado do ano

A lenta retomada da economia brasileira impôs ao mercado imobiliário mais cautela no lançamento de novos produtos. Por isso que, atualmente, o setor em Pernambuco vive um momento de estabilidade, optando por comercializar os imóveis já prontos. É o que mostra o Índice de Velocidade de Vendas (IVV) do mês de julho, que registrou o melhor resultado do ano com 8,3 pontos percentuais. Segundo o gerente do Núcleo de Economia e Negócios Internacionais da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Emiliano Silva, os resultados mais recentes mostram que o segmento entrou em fase de estabilidade ao focar nos imóveis disponíveis desde o agravamento da crise econômica. As informações são obtidas por meio de pesquisa da FIEPE realizada em parceria com a Ademi e o Sinduscon. Ainda de acordo com o levantamento, as 48 empresas pesquisadas ofertaram 5.814 imóveis ao todo. Do total, as 1.862 unidades utilizaram recursos do financiamento Minha Casa Minha Vida e as 3.952 unidades restantes usaram recursos do condomínio, próprios, do sistema financeiro habitacional ou outros. Já as vendas totalizaram 466 unidades em julho. Das unidades vendidas, 283 utilizaram o MCMV. As 183 unidades restantes usaram outras fontes de financiamento. Desse modo, o IVV do MCMV atingiu 14,2%, enquanto que o IVV dos demais recursos marcou 4,7%. “Outro efeito que percebemos, e que vem a reboque das escolhas feitas por quem compra via MCMV, é a escolha por imóveis com dois ou três quartos, sendo 83,2% das ofertas totais e 92,9% das vendas totais nas faixas de área de até 70 metros quadrados (m²) com uma vaga na garagem”, ressaltou Silva. As áreas Recife (sobretudo Curado e Tejipió), Paulista e Camaragibe são as que mais se destacam quanto ao número de vendas em relação à quantidade de unidades ofertadas, apresentando índices de velocidade de venda de 46,2%, 39,9% e 20,0%, respectivamente. Em contraponto, as divisões Olinda (Bairro Novo, Casa Caiada, Peixinhos e Rio Doce) e Recife (Caxangá, Cordeiro, Ilha do Leite, Ilha do Retiro, Madalena, Torre e Varzéa) foram as menos favorecidas em julho, apresentando índice de 1,4 e 1,3%, respectivamente. “Isso quer dizer que as localidades que reúnem os imóveis cuja origem dos recursos é o programa Minha Casa Minha Vida têm o valor médio do metro quadrado mais baixo, variando entre R$ 2.320 e R$ 3.438,38. Já os imóveis que utilizam os demais recursos têm seu valor médio do metro quadrado variando entre R$ 4 mil e R$ 9.750”, pontou Emiliano Silva. (Da Fiepe)

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Administração de Fernando de Noronha assina Ordem de Serviço para a construção de 26 casas populares na ilha

Com o objetivo de se alinhar à Política Habitacional de Fernando de Noronha, cujo decreto foi publicado em 2016, no Diário Oficial da União, a Administração da ilha fez a assinatura da Ordem de Serviço para a construção de 26 casas populares que serão construídas no terreno próximo da Escola Arquipélago, no bairro da Floresta Velha, com o prazo de término da obra previsto para cinco meses. Todos os imóveis serão destinados ao uso habitacional do residente permanente e seus familiares, sendo vedada a locação ou sublocação total ou parcial dos mesmos, sem autorização da Administração Distrital. A medida tem por objetivo solucionar o déficit de moradias no arquipélago, uma das grandes dos ilhéus, mas feita com critérios rigorosos para a distribuição de lotes e casas aos moradores permanentes, que é restrita pelo limite geográfico e de preservação ambiental. Pelo decreto oficial, a prioridade para a aquisição de moradia é dos moradores permanentes com mais de 10 anos residindo no arquipélago, mediante comprovação. Além disso, foi imprescindível estar em situação de regularidade perante o setor de Controle Migratório da Administração da ilha. “Essa é uma obra importante, que realiza o sonho das pessoas. A Administração está aqui para construir essas 26 casas. O projeto estava em nosso planejamento e depois de fazermos alguns estudos financeiros do nosso orçamento, percebemos que nós tínhamos a capacidade para construir. Por isso, não tivemos dúvidas em dar a Ordem de Serviço nessa obra tão importante para a população noronhense. Com isso, acredito que nos próximos cinco meses a gente terá a obra finalizada”, disse Guilherme Rocha, administrador da ilha. A vencedora do edital foi a empresa de engenharia Perfil Empreendimentos Ltda e o valor estimado da obra está orçado em R$ R$ 4.873.810,82, que será executado com recursos próprios da autarquia.

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Conclusão da escavação do túnel Milagres do Projeto de Integração do Rio São Francisco

O Ministério da Integração Nacional concluiu, nesta terça-feira (10), a escavação do túnel Milagres, localizado na divisa dos estados de Pernambuco e do Ceará, no Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco; A estrutura tem quase um quilômetro de extensão e cerca de nove metros de diâmetro; O túnel Milagres é a primeira estrutura de engenharia do projeto no estado do Ceará e a última construção da etapa 1N do Eixo Norte; Com o término das escavações, equipes técnicas vão trabalhar nos serviços finais do túnel Milagres: piso e acabamento interno das paredes; De acordo com o cronograma oficial de execução das obras do Eixo Norte, a previsão é de que as águas do Rio São Francisco atravessem o túnel Milagres até setembro deste ano; Atualmente, as águas do Rio São Francisco já avançam por 80 quilômetros dos canais do Eixo Norte até a terceira estação de bombeamento (EBI-3); Trechos da etapa 1N estão com trabalhos 24 horas por dia e empregam mais mil profissionais; Ao todo, o Eixo Norte é composto por 260 quilômetros de extensão, distribuídos em três etapas: 1N (140 quilômetros); 2N (39 quilômetros) e 3N (81 quilômetros); A primeira etapa (1N) do Eixo Norte é responsável por dar funcionalidade ao trecho, pois capta a água do Rio São Francisco, em Cabrobó (PE), e a elevará por 188,1 metros de altura - por meio das três estações de bombeamento (EBI-1, 2 e 3). Após bombeada, a água seguirá por gravidade até os estados do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte; As obras do Eixo Norte já registram 96% de execução física. São três estações de bombeamento, 15 reservatórios, 8 aquedutos e 3 túneis; O Eixo Norte do Projeto São Francisco foi projetado para atender 223 cidades dos municípios do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. A população dessas localidades soma mais de 7,1 milhões de habitantes; Desde novembro de 2017, o Eixo Norte já atende mais de 12 mil moradores em comunidades rurais nos municípios de Cabrobó e Terra Nova (PE).

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ADIT Share 2018 discutirá timeshare e multipropriedade no Brasil

Mais importante evento sobre timeshare e multipropriedade do Brasil, o ADIT Share, promovido pela ADIT Brasil – Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil, realizará sua sexta edição de 18 a 19 de junho no Enotel Convention & Spa Porto de Galinhas, em Pernambuco. Em um cenário no qual o Projeto de Lei de Multipropriedade já foi aprovado no Senado e encaminhado para a Câmara, a programação contará com diversos painéis com participação de especialistas referência no mercado que abordarão as tendências para a propriedade compartilhada, entre outros assuntos. O turismo compartilhado, ou a multipropriedade, se destina ao público interessado em manter uma casa de veraneio sem arcar sozinho com os custos pós-compra: manutenção, segurança, impostos. Estes imóveis – casas ou apartamentos em condomínios ou resorts, com acesso a praia ou parque aquático – possuem alguns serviços de hotelaria e a unidade autônoma é fracionada entre os donos. Durante o seminário, a ADIT Brasil apresentará, no dia 18/6, um estudo inédito sobre o mercado de timeshare e sua representatividade no setor. A pesquisa, realizada pela FGV – Fundação Getúlio Vargas, disponibilizará números precisos para mensurar o tamanho desta indústria país. O evento reúne um público altamente qualificado de executivos e profissionais de redes hoteleiras, hotéis e resorts independentes, investidores, consultorias, construtoras, incorporadoras, loteadoras, fundos de investimentos e private equity, escritórios jurídicos, instituições financeiras e imobiliárias. A programação completa está disponível pelo no link. Nesta edição, também será feito o lançamento do ADIT Tech, um espaço sobre novas tecnologias e aplicativos voltados ao mercado de timeshare, onde serão apresentadas soluções inovadoras que possam ser utilizadas nos empreendimentos interessados em utilizar a tecnologia a seu favor. Outro lançamento será o Vitrine ADIT, que possibilitará a apresentação de cases com duração de 15 minutos cada, contemplando algum dos seguintes temas: relacionamento in house com clientes; uso de tecnologia para a captação de dados e relacionamento com clientes: big data e IoT; salas off site; captação e salas em shopping centers; inovações em critérios de qualificação; entre outros. Este formato possibilita a apresentação de ferramentas e ideias práticas e aplicáveis voltadas não somente à gestão, mas também à operação dos empreendimentos de timeshare. O ADIT Share reúne anualmente os principais players do setor para apresentar temas atuais, debater e ampliar experiências, além de proporcionar aos participantes novas oportunidades de network e negócios. Serviço ADIT Share 2018 Data: 18 e 19 de junho de 2018 Local: Enotel Convention & Spa Porto de Galinhas Rodovia PE 09 S/N, Gleba 6 BA, Porto de Galinhas – Ipojuca – PE Mais informações: www.adit.com.br/aditshare/ ou (82) 3327-3465

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Brasil perde mais de 430 mil empregos na construção entre 2015 e 2016

A crise econômica que atingiu o país nos últimos anos levou a indústria da construção a perder 432 mil empregos formais entre 2015 e 2016, uma retração de 19% que se deu em todos os segmentos, principalmente na infraestrutura, onde o recuo foi de 15%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou hoje (7), no Rio de Janeiro, a Pesquisa Anual da Indústria da Construção 2016 (Paic). O estudo indica que, naquele ano, a atividade da construção somou R$ 318,7 bilhões em incorporações, obras e serviços da construção. O valor das obras e serviços da construção atingiu R$ 299,1 bilhões, sendo que 31,5% provenientes de obras contratadas por entidades públicas (R$ 94,1 bilhões) e o restante por pessoas físicas e/ou entidades privadas. As empresas ativas da indústria da construção com mais de uma pessoa ocupada totalizaram 127 mil, ocupando cerca de dois milhões de pessoas em 2016. O gasto com salários, retiradas e outras remunerações atingiu R$ 58,5 bilhões e o salário médio mensal pago na atividade foi de R$ 2.235,2. Para o gerente da pesquisa, José Carlos Guabyraba, em 2016, “vários setores reduziram muito as suas atividades e o que mais sofreu foi o de infraestrutura com menor aporte e redução drástica de investimentos, principalmente do estado, que parou ou diminuiu os investimentos principalmente nas usinas, rodovias e ferrovias, o que vinha sendo mantido pelos governos anteriores a 2016”. “Foi um fenômeno que atingiu todos os níveis de empresas com cinco ou mais empregados ou com menos de cinco, com a média de redução entre elas registrando uma recuo de 15%”. Ainda assim, em 2016, a atividade de obras de infraestrutura foi a que anotou a maior média de pessoal ocupado por empresa (45) e o maior salário médio (3,3 salários mínimos mensais), ambos acima da média do total da indústria da construção. O IBGE destaca que, entre os produtos e/ou serviços oferecidos pelas empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas, as obras residenciais foram as que mais ganharam participação no ranking, passando da quinta posição (15,1%) em 2007 para a primeira (26,7%), em 2016. A construção de rodovias, ferrovias, obras urbanas e obras de arte especiais, que representava a primeira colocação em 2007 (21,4%), caiu para a segunda posição 18,4% em 2016. Importante fonte de dados setoriais para compreender o segmento empresarial da atividade da construção no país, a Paic é realizada pelo IBGE desde 1990. As informações são indispensáveis para a análise e o planejamento econômico de empresas do setor privado e dos diferentes níveis de governo. Obras de infraestrutura Praticamente no auge da crise econômica do país, refletida na queda do Produto Interno Bruto (PIB - a soma de todas as riquezas produzidas no país), foi o setor de infraestrutura, altamente dependente de investimentos públicos, o que mais sofreu com a falta de recursos e a suspensão de investimentos importantes para o setor. Os dados da pesquisa indicam que, entre 2007 e 2016, houve uma queda da participação das obras de infraestrutura, que passaram de 45,6% em 2007 para 29,5% no valor adicionado desse setor, enquanto crescia a participação da construção de edifícios (de 39,7% para 45,9%); e dos serviços especializados (de 19% para 24,6%). “Pode-se observar, por exemplo, que mesmo em relação às usinas do Norte do país [vitais para o abastecimento de energia] a construção das unidades caiu porque houve redução de investimentos, então, repito, a infraestrutura foi a que mais sentiu o baque”, disse o gerente do levantamento. “Na realidade não houve o fim das obras no Norte do país, conclui-se só uma: Belo Monte. E as outras [tiveram] seus investimentos diminuídos. Então, houve uma desaceleração das obras em decorrência da crise econômica, que é mundial, mas que afetou mais o Brasil, que tem a sua economia muito atrelada ao exterior”, explicou. Gastos com pessoal Outra constatação da pesquisa é a que indica que o principal item de custos e despesas da atividade de construção em 2007, assim como já era em 2016, foi o referente aos gastos de pessoal, que passaram de 29,1% para 32,4% dos custos do setor, entre um período e outro, uma vez que o consumo de materiais de construção teve queda de 26% para 22,6%. Mesmo sendo o segmento que, em termos reais, foi o principal item de custos e despesas do setor de construção, a massa salarial paga ao pessoal empregado registrou queda de 21% entre 2007 e 2016. “E isso se deu em razão do desemprego, que impactou na redução da massa salarial paga ao total das pessoas empregadas”, disse Guabyraba. O consumo de materiais de construção, que chegou a 26% no início do período, caiu para 22,6% em 2016. Por sua vez, as obras e/ou serviços contratados a terceiros também figuraram entre os principais custos e despesas da atividade de construção, apesar da diminuição na parcela do total, passando de 10,5% em 2007 para 9,5%, em 2016. Entre os produtos e/ou serviços oferecidos pelas empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas, as obras residenciais foram as que mais ganharam participação no ranking, passando da quinta posição (15,1%) em 2007 para a primeira (26,7%), em 2016. A construção de rodovias, ferrovias, obras urbanas e obras de arte especiais, que representavam a primeira colocação em 2007 (21,4%), caiu para a segunda posição (18,4%) em 2016. Estrutura da indústria por região Quando analisada regionalmente, os números da Pesquisa Anual da Indústria da Construção mostram que o Sudeste, apesar de ter perdido participação para as demais regiões, permaneceu como o principal representante, tanto em 2007 como em 2016, em relação ao número de pessoas ocupadas e ao valor das incorporações, obras e/ou serviços da construção, dentre as grandes regiões do Brasil. Os números indicam que o Sudeste participou com 52,4% no total de pessoal ocupado em 2007, diminuindo para 48% em 2016. Em relação ao valor das incorporações, obras e/ou serviços da construção, a mesma região detinha 56,2% no início do período analisado, passando para 51,1% no final. Foi a Região Sul,

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Empresários da construção estão mais otimistas, informa CNI

Mesmo com a retração da atividade e do emprego, os empresários da indústria da construção apostam na recuperação do setor nos próximos seis meses. O Índice de Confiança dos Empresários da Construção subiu para 57 pontos em março e está 4,1 pontos acima da média histórica de 52,9 pontos. Pela primeira vez desde fevereiro de 2013, o indicador de percepção sobre as condições atuais ficou em 50,3 pontos, em cima da linha divisória dos 50 pontos. Isso mostra que os negócios pararam de piorar, informa a Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta segunda-feira, 26 de março, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador de expectativa aumentou 0,7 ponto em relação a fevereiro e ficou em 60,5 pontos, mostrando que os empresários estão otimistas com o desempenho do setor nos próximos seis meses. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando ficam acima de 50 mostram que os empresários estão confiantes. "A retomada da economia e a queda da taxa básica de juros são essenciais para a recuperação do setor e contribuem para as perspectivas positivas dos empresários”, diz a economista da CNI, Flávia Ferraz. Além do aumento da confiança, a pesquisa mostra que os empresários apostam no aumento no nível de atividade, na contratação de novos empreendimentos e serviços, no crescimento das compras de matérias-primas e insumo e do número de empregados nos próximos seis meses. Todos os indicadores de expectativa ficaram acima dos 50 pontos em março. O de nível de atividade subiu para 56,5 pontos e o de número de empregados aumentou para 54 pontos. INVESTIMENTOS E ATIVIDADE - Mas os empresários continuam pouco dispostos a investir. O indicador de intenção de investimentos caiu 1 ponto em relação a fevereiro e ficou em 31,1 pontos em março. O índice varia de zero a cem pontos e quanto menor o indicador, menor é a propensão para o investimento. Uma das causas para a baixa intenção de investir é a a elevada ociosidade do setor. O nível de utilização da capacidade instalada na indústria da construção ficou em 57% em fevereiro. Ou seja, 43% das máquinas, equipamentos e do pessoal do setor ficaram parados no mês passado. De acordo com a pesquisa, a atividade e o emprego na construção continuaram caindo em fevereiro. O indicador de nível de atividade ficou em 46,2 pontos e o de número de empregos alcançou 44,1 pontos. Os índices variam de zero a cem. Quando estão abaixo dos 50 pontos mostram queda da atividade de do emprego. No entanto, a CNI observa que o ritmo de retração está diminuindo. Na comparação com fevereiro do ano passado, o indicador de atividade aumentou 5,9 pontos e o de emprego, 5,2 pontos. Esta edição da Sondagem Indústria da Construção foi feita entre 1º e 13 de março com 599 empresas. Dessas, 203 são pequenas, 265 são médias e 131 são de grande porte.

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Índice de Confiança da Construção avança 0,7 ponto de fevereiro para março

O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 0,7 ponto de fevereiro para março e chegou a 82,1 pontos . O primeiro trimestre deste ano fechou com altas de 2,9 pontos sobre o trimestre anterior e de 7,2 pontos sobre o primeiro trimestre de 2017. A alta do indicador deveu-se tanto à melhora da situação corrente das empresas quanto às perspectivas de curto prazo do empresariado. O Índice da Situação Atual cresceu 0,9 ponto entre fevereiro e março deste ano, atingindo 71,4 pontos, o maior nível desde julho de 2015 (71,7 pontos). O principal destaque do Índice da Situação Atual foi a melhora da percepção corrente sobre a carteira de contratos, que avançou 1,4 ponto, passando a 68,9 pontos. Já o Índice de Expectativas subiu 0,5 ponto de fevereiro para março e atingiu 93,2 pontos. O componente que mais influenciou a alta do Índice de Expectativas foi a demanda para os três meses seguintes, que cresceu 1,4 ponto, para 92,1 pontos. De acordo com a FGV, o resultado de março mostra que “a confiança empresarial retomou a trilha de recuperação observada desde junho do ano passado, fechando o trimestre com alta relevante, o que reforça as projeções de crescimento setorial. Por outro lado, os sinais positivos ainda estão restritos a poucas atividades, destacando-se principalmente o segmento de edificações”. A alta da confiança registrada pelo segmento de edificações reflete exclusivamente a percepção mais favorável dos empresários do ramo residencial: nos primeiros três meses do ano, o ICST de edificações residencial foi o que mais contribuiu o aumento da confiança do setor. O nível de utilização da capacidade do setor recuou pelo segundo mês seguido, caindo 0,5 ponto percentual e atingindo 65%. (Agência Brasil)

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Indústria da construção começa 2018 mais otimista

A indústria da construção fechou 2017 com redução da atividade e do emprego. Mas as quedas foram inferiores às registradas em dezembro dos anos anteriores. O índice de nível de atividade ficou em 44,9 pontos e o de número de empregados foi de 43 pontos em dezembro do ano passado. No mesmo mês de 2016, o indicador do nível de atividade foi de 37,9 pontos e o de emprego de 36 pontos, informa a Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta sexta-feira, 26 de janeiro. Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão abaixo de 50 pontos mostram queda da produção e do emprego em relação ao mês anterior. O Índice de Confiança do Empresário da Construção (ICEI) subiu para 57,2 pontos em janeiro, o maior nível desde fevereiro de 2013. Além disso, os indicadores de expectativa cresceram pelo segundo mês consecutivo em janeiro e estão acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa o pessimismo do otimismo. Isso mostra que os empresários esperam o aumento do nível de atividade, de novos empreendimentos e serviços, de compra de insumos e matérias-primas e de número de empregados nos próximos seis meses. "A melhora do otimismo do setor é resultado da recuperação da economia esperada para este ano e da manutenção dos juros em patamar reduzido", afirma a economista da CNI Flávia Ferraz. Ela explica que os juros baixos diminuem os custos dos financiamentos imobiliários e devem estimular a retomada da atividade na construção. No entanto, os empresários continuam pouco dispostos a fazer investimentos. O índice de intenção de investimento caiu para 32,1 pontos em janeiro. O indicador varia de zero a cem pontos. Quanto maior o índice, maior é a propensão para o investimento. A baixa propensão para o investimento é resultado da elevada ociosidade do setor. O nível de utilização da capacidade operacional atingiu 58% em dezembro. Isso significa que o setor operou com 42% das máquinas, dos equipamentos e do pessoal parados. CONDIÇÕES FINANCEIRAS - A pesquisa informa ainda que os empresários continuam insatisfeitos com situação financeira das empresas. Mas o grau de insatisfação é menor do que o registrado no fim de 2016. O indicador de satisfação com a margem de lucro alcançou 37 pontos no quarto trimestre de 2017 e ficou acima dos 31,7 pontos de igual período de 2016. O indicador de satisfação com as condições financeiras das empresas subiu de 36 pontos no quarto trimestre de 2016 para 39,9 pontos no fim de 2017. O indicador de acesso ao crédito ficou em 30,7 pontos, mostrando que as empresas ainda encontram dificuldades na hora de obter empréstimos nos bancos. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando estão abaixo dos 50 pontos mostram que os empresários estão insatisfeitos e que o acesso de crédito é difícil. OBSTÁCULOS - A pesquisa da CNI também mostra os principais problemas enfrentados pela indústria da construção no quarto trimestre de 2018. No topo da lista, com 37,8% das respostas, aparece a elevada carga tributária. Em segundo lugar, com 29,8% das menções, os empresários citam a demanda interna insuficiente e, em terceiro lugar, com 27,4% das assinalações, está a falta de capital de giro. Em seguida, vem a inadimplência dos clientes, a taxa de juros elevada e o excesso de burocracia.

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