Arquivos Consumo - Página 2 De 2 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Economia compartilhada deixa 89% de seus usuários satisfeitos

Novos modelos de negócios em que a experiência de consumo vale mais do que a propriedade sobre um determinado bem. Essa é a lógica da economia compartilhada, também conhecida como ‘Consumo Colaborativo’. Um levantamento feito em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que 89% dos brasileiros que já experimentaram alguma modalidade de consumo colaborativo ficaram satisfeitos após a experiência vivenciada. Apenas 2% dos entrevistados ficaram insatisfeitos, enquanto 9% estão indiferentes. De modo geral, em cada dez consumidores brasileiros, nove (87%) acreditam que a economia compartilhada é uma prática que vem ganhando mais espaço na vida das pessoas e 68% creem que, em até dois anos, podem incorporar esta nova forma de consumir no seu dia a dia. Além disso, para 81% das pessoas, a economia colaborativa torna a vida mais fácil e funcional e 71% acham que possuir muitas coisas em casa mais atrapalha do que ajuda. Na avaliação do educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli, a economia compartilhada nasce da necessidade de tornar acessível aos consumidores os benefícios de determinados produtos ou serviços, sem que, necessariamente, eles se tornem proprietários sobre aquilo que consomem. “O objetivo é dar utilidade às coisas. Trata-se de uma mudança de paradigma em que o verbo ‘possuir’ é substituído pelo verbo ’compartilhar’. Assim, ao invés de simplesmente adquirir, a pessoa escolhe desfrutar de um produto ou serviço de forma coletiva. É como se a pessoa se perguntasse: será que eu preciso mesmo de um carro na garagem e de todos os custos associados a esse bem ou meu objetivo real é apenas me deslocar rapidamente pela cidade de forma barata?”, afirma Vignoli. Caronas, aluguel para temporadas e compartilhamento de roupas são práticas colaborativas mais adotadas; internet é principal meio para unir consumidores De acordo com o levantamento, as modalidades de consumo colaborativo mais utilizadas pelos brasileiros são as caronas para locais como trabalho, faculdades e viagens (41%), aluguel de casas ou apartamentos de terceiros para pequenas temporadas (38%) e aluguel ou compartilhamento de roupas (33%). Outras atividades já utilizadas são as bicicletas compartilhadas em vias públicas (21%), financiamentos coletivos (16%), compartilhamento de espaço de trabalho, como coworking (15%), aluguel de brinquedos (15%) e compartilhamento de moradias, também conhecido como república ou cohousing (15%). A CNDL e o SPC Brasil também procuraram descobrir quais são os tipos de economia compartilhada que os brasileiros nunca experimentaram, mas conhecem e estão propensos a vivenciar. Nesse caso, o aluguel de bicicletas (48%) e o compartilhamento de espaço de trabalho (47%) ocuparam as primeiras colocações. Por outro lado, ainda há modelos de negócios colaborativos pouco conhecidos, mas que já demonstram alguma rejeição por parte do público, como o aluguel de itens para casa e utensílios da cozinha (15%) e o compartilhamento de moradias (14%). A pesquisa demonstra que embora a revenda, troca e aluguel já existissem há tempos, as novas tecnologias impulsionaram as práticas existentes e viabilizaram o surgimento de novas. Exemplo disso, é que a maioria das modalidades de consumo compartilhado foram conhecidas pela internet, especialmente os financiamentos coletivos (43%), aluguel de itens esportivos (43%) e compartilhamento do espaço de trabalho (43%). Entre a recomendação de amigos ou conhecidos, se destacam as modalidades de caronas (47%), aluguel de casas para temporadas curtas (36%) e aluguel ou compartilhamento de roupas (33%). Nas redes sociais, as modalidades de aluguel ou troca de brinquedo (31%), compartilhamento do local de moradia (31%) e hospedagem de animais de estimação (29%) ganham força. “As pessoas sempre viveram inseridas em redes de relacionamento. Os laços comunitários estão na origem das sociedades e sempre exerceram papel importante. A inovação, contudo, é a potencialização das relações que se estabelecem com ajuda da tecnologia e da internet. Para a economia compartilhada, isso significa que as pessoas podem estar em contato mais rapidamente e de forma ampla, rompendo distâncias e aproximando interesses em comum, inclusive entre desconhecidos”, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Para 61% dos usuários, consumo colaborativo foi estratégia para economizar; 88% acham que quantia poupada é significativa Outra constatação do estudo é que a maioria dos entrevistados enxerga a economia compartilhada como um meio capaz de ajudar a lidar melhor com as próprias finanças. Desse modo, economizar dinheiro foi a principal finalidade daqueles que se utilizaram de algum tipo de consumo colaborativo, com 61% de menções. Outras motivações foram contribuir para a sustentabilidade do meio ambiente (39%), ajudar terceiros (30%), economizar tempo (26%) e até mesmo conhecer outras pessoas (21%). Há ainda 11% de entrevistados que resolveram adotar práticas de consumo colaborativo para ganhar renda extra e 10% que foram influenciadas por conhecidos. No geral, para 88% dos entrevistados, a economia proporcionada pelo consumo colaborativo é significativa para o bolso. Apenas 9% afirmam que ela é pequena ou irrelevante. Sobre esse assunto, as modalidades com melhor nota de avaliação dos entrevistados sobre os aspectos da economia de dinheiro, comodidade e facilitar a vida das pessoas são as caronas (7,85), o aluguel de casas para curtas temporadas (7,84) e o aluguel de bicicletas (7,66). As que obtiveram notas menores são o compartilhamento do local de moradia (6,74) e o aluguel de itens da casa, eletrônicos e ferramentas (6,55). Para 51%, falta de confiança nas pessoas é principal entrave para economia compartilhada O crescimento do consumo colaborativo no Brasil, contudo, ainda enfrenta barreiras. De acordo com a pesquisa, ainda há caminho a percorrer para tornar essas relações de consumo mais transparentes e confiáveis. Na opinião dos entrevistados, as principais barreiras para a economia compartilhada estão ligadas ao desconhecimento sobre quem está do outro lado. Mais da metade (51%) das pessoas ouvidas relataram a falta de confiança nas pessoas e o medo de ‘serem passados para trás’ e 43% falaram do perigo de lidar com estranhos. Outros temores são a falta de garantias no caso de não cumprimento do acordo (42%), falta de informação (37%) e desconfiança com relação a qualidade daquilo que está sendo dividido (30%). “A economia

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Pesquisa inédita aponta os hábitos culturais dos moradores de Recife

Recife é a capital da festa junina e do carnaval, pelo menos quando se trata de popularidade entre os moradores locais. Essa é uma das constatações da pesquisa Cultura nas Capitais, divulgada nacionalmente nesta terça-feira (24). De acordo com o levantamento, as festas juninas são as preferidas dos moradores de Recife entre as festas populares, e o percentual de recifenses que disseram ir a blocos de carnaval é quase o dobro da média na comparação com as metrópoles analisadas. Preferidas por 47% daqueles que frequentam festas populares, as festas carnavalescas em Recife superaram com folga cidades com grande tradição no carnaval, como Salvador (22%) e Rio de Janeiro (36%). Realizada pela JLeiva Cultura & Esporte, com levantamento de campo e processamento de informações a cargo do Datafolha, a pesquisa traz o mais amplo levantamento sobre hábitos culturais já realizado no país, e mostra a relação da população de 12 capitais brasileiras com a cultura. Além de Recife, também fazem parte do estudo Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e São Paulo. A pesquisa ouviu 613 moradores de Recife, de 14 de junho a 27 de julho de 2017, a respeito de suas práticas culturais ao longo dos 12 meses anteriores. A leitura de livros – respondida por 56% – e a ida ao cinema (55%), a shows (46%) e a festas populares (46%) são, respectivamente, as atividades culturais mais frequentadas pelos moradores de Recife. Nos dois primeiros quesitos (livros e cinema), no entanto, os índices estão abaixo da média geral: Recife é a pior colocada na leitura de obras literárias e a terceira com menor percentual de frequência em cinemas.  A capital pernambucana também obteve alguns dos piores resultados de presença em bibliotecas (36%), espetáculos de dança (31%), museus (26%) e teatros (25%).   Espaços mais frequentados Outro tópico abordado pelo estudo foram os espaços culturais mais frequentados. O Cinema São Luís é o ponto mais citado (94%) e frequentado (71%). O segundo em menções (93%) e frequência (66%) é a Casa da Cultura. Os recifenses também disseram ir ao Teatro de Santa Isabel (47%), Paço do Frevo do Recife (35%), Instituto Ricardo Brennand (37%), Caixa Cultural Recife (18%), Museu Cais do Sertão (14%) e o MAMAM (8%). Livro e plataforma digital interativa Os dados detalhados e as principais conclusões da pesquisa estão compilados na publicação Cultura nas Capitais: como 33 milhões de brasileiros consomem diversão e arte, lançado nesta terça-feira (24). O livro contém 180 infográficos e análises assinadas por especialistas de 15 temas abrangidos pelo estudo: Tempo livre, Acesso e Prática, Educação, Renda, Gênero, Idade, Religião, Cor da Pele, Cultura e Tecnologia, Música, Artes Visuais, Artes Cênicas, Audiovisual, Políticas Públicas e Cidades. Todas essas informações estão também disponíveis para acesso público e gratuito no site: http://www.culturanascapitais.com.br. A plataforma interativa permitirá ainda o cruzamento livre de dados compilados, servindo como importante ferramenta de análise para o usuário. Cultura nas Capitais é uma realização da JLeiva Cultura & Esporte, do Ministério da Cultura, do Governo Federal e do Governo do Estado de São Paulo, com patrocínios do Instituto CCR e da Braskem e apoio da ProAc ICMS do Estado de São Paulo, da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura e da Fundação Roberto Marinho. Metodologia A pesquisa da JLeiva Cultura & Esporte ouviu 10.630 pessoas com idade a partir de 12 anos, entre os dias 14 de junho e 27 de julho de 2017. As pessoas foram abordadas pessoalmente em pontos de fluxo. O questionário, com 55 perguntas, traçou um panorama dos hábitos culturais dos moradores de 12 capitais brasileiras, apontando as atividades mais e menos praticadas. O estudo procura entender como algumas variáveis demográficas, sociais, econômicas e comportamentais (sexo, idade, escolaridade, renda, estado conjugal, presença de filhos, cor e religião) influenciam a vida cultural da população, aproximando ou afastando os moradores do cinema, do teatro, do circo, de shows de música e de outras atividades culturais. A pesquisa também explora a forma pela qual o brasileiro se relaciona com o audiovisual, as artes cênicas, as artes visuais e a música. Além de perguntas sobre as motivações e barreiras que aproximam e afastam as pessoas de algumas atividades, o estudo também traz questões que avaliam o impacto das novas tecnologias e a forma pela qual a população escolhe as suas atividades culturais. Para melhor interpretar os resultados, a JLeiva Cultura & Esporte analisou as respostas utilizando um modelo de regressão – equações que estimam as relações entre as variáveis de uma pesquisa. O objetivo foi compreender com mais precisão o impacto de cada característica dos respondentes (como sexo, idade e religião) na frequência às atividades culturais. Com essa metodologia, conseguiu-se uma abordagem inédita sobre acesso à cultura no Brasil. No conjunto das 12 capitais, a margem de erro da pesquisa é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos. Nos resultados de cada município, a margem varia de 2 a 4 pontos. Sobre a JLeiva Cultura & Esporte Consultoria especializada no desenvolvimento e implantação de políticas de marketing cultural, esportivo e social de empresas e instituições públicas ou privadas. Com amplo conhecimento do mercado brasileiro, a JLeiva Cultura & Esporte orienta as empresas e instituições no desenvolvimento de estratégias alinhadas com sua visão, sua missão e seus valores, e com as necessidades e oportunidades dos mercados cultural e esportivo. Atuando desde 2004, participou da realização de mais de 500 projetos culturais e esportivos, da área social ao entretenimento, nas mais diferentes cidades e regiões do Brasil.   Sobre o Instituto CCR O Instituto CCR, uma entidade privada sem fins lucrativos, nasceu em 2014 com o objetivo de estruturar a gestão de projetos sociais, culturais, ambientais e esportivos apoiados há mais de dez anos pelo Grupo CCR. Por meio do Instituto CCR são viabilizados projetos, com recursos próprios da companhia e oriundos de leis de incentivo, com foco prioritário em quatro áreas: Saúde e Qualidade de Vida; Educação e Cidadania; Cultura e Esporte; Meio Ambiente e Segurança

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Música, exposição de fotografias e gastronomia na XepaCult

A XepaCult - Mostra de Gastronomia de Tradição pelo Consumo Consciente realiza mais um encontro em torno da cozinha de tradição afro-indígena, da música e da fotografia neste sábado (09/06), a partir das 13h, no espaço Maumau. No evento, as mestras cozinheiras Roseane Gomes e Esmeralda Torres, do Povo Indígena Kapinawá (Vale do Catimbau, Buíque, Agreste), irão preparar receitas que compõem seu repertório culinário com ingredientes trazidos de seu território e com a xepa da feira de orgânicos do Sítio Trindade. As receitas não são reveladas antes do evento, estimulando a curiosidade do público. No quintal verde da Maumau, os visitantes poderão degustar os pratos e, assim, conhecer um pouco mais do patrimônio gastronômico dos povos indígenas pernambucanos. Enquanto as panelas de barro estão no fogo, é possível conferir a exposição fotográfica “Comida é memória afetiva”, de Dani Neves, e a apresentação musical “O Som do Barro” com Mestre Nado e seu grupo. O evento será realizado neste sábado (09/06) das 13h às 17h. A entrada e a degustação gastronômica são gratuitas. Haverá intérprete de Libras para garantir a acessibilidade comunicacional para pessoas surdas. O espaço também recebe pessoas com mobilidade reduzida. A galeria Maumau fica na Rua Nicarágua, 173, Espinheiro, Recife. O projeto XepaCult é realizado pela produtora cultural e pesquisadora do campo da comida, memória e patrimônio, Mônica Jácome e tem o incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura) / Fundarpe / Secretaria de Cultura / Governo do Estado de Pernambuco. A XepaCult se inspira nos princípios do movimento Slow Food que defende sociobiodiversidade alimentar e a valorização da agricultura familiar, prezando pela comida de verdade, boa, limpa e justa para todos. Enquanto as panelas de barro estão no fogo, é possível conferir a exposição fotográfica “Comida é memória afetiva”, a fotógrafa Dani Neves. O ensaio fotográfico retrata a comida enquanto memória afetiva e cultural. “As fotografias mexem com nossa construção - do que faz parte da gente: do cultivo ao alimento, da feira à mesa posta, da comida como poesia. E poesia não só para encher a boca, mas para aquecer a alma”, destaca a fotógrafa que também se dedica ao projeto Leve a Felicidade para Casa. A XepaCult conta ainda com a apresentação “O Som do Barro”, com Mestre Nado de Olinda e seu grupo musical, uma aula-espetáculo sobre o ofício de trabalhar o barro, transformando-o em objetos utilitários e instrumentos musicais como a ocarina. Em seguida, o Mestre Nado e os músicos Micael Cordeiro (percussão) e Talis Ribeiro (voz e violão) cantam e tocam repertório diversificado, inclui samba-canção, baião, ciranda, coco, valsa e bolero. PROJETO - A proposta XepaCult é estimular o consumo consciente, a partir da valorização do patrimônio gastronômico de comunidades quilombolas e povos indígenas de Pernambuco. Ao cozinhar com ingredientes locais e com a xepa da feira de orgânicos, o projeto defende a agroecologia, a agricultura familiar e alerta sobre o uso de agrotóxicos e o combate ao desperdício de alimentos. De acordo com Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) um terço de todo alimento produzido no mundo é desperdiçado a cada ano. A XepaCult teve início em agosto deste ano de 2017. A cada evento, duas mestras cozinheiras quilombolas ou indígenas preparam pratos tradicionais, utilizando ingredientes da região onde moram e a xepa da feira de orgânicos. Já foram preparados caldeirada, sopa de raízes e talos, xerém com feijão verde e carne de porco, purê de jerimum, xerém com galinha, munguzá salgado, rubacão e beiju feito na pedra, entre outros. Em maio deste ano, a XepaCult contou com cozinheiras do Povo Indígena Pankará. O último evento da primeira edição do projeto será no dia 14 de julho, com mestras do Quilombo Chã dos Negros (Passira), exposição de fotografias de Magda Silva e o lançamento do livro “Memórias temperadas do Quilombo Chã dos Negros”, de Mônica Jácome e Magda Silva. Em 2017, participaram da XepaCult mestras cozinheiras dos Quilombos Onze Negras (Cabo de Santo Agostinho), Engenho Siqueira (Rio Formoso), Conceição das Crioulas (Salgueiro) e dos povos indígenas Pankararu (Tacaratu) e Xukuru (Pesqueira). Sobre Mônica Jácome Coordenadora e pesquisadora do projeto "Pratos de Resistência: contribuições ao estudo do patrimônio gastronômico afro-indígena de Pernambuco”. Autora do livro “Cardápio de Histórias - Memórias e Receitas de um grupo de mulheres da Zona da Mata de Pernambuco”. Integrante da 1ª turma de Eco-Gastronomia da Faculdade Arthur de Sá Erp (FASE), de Petrópolis/RJ (2014). Aluna de disciplinas isoladas dos cursos de Chef de Cozinha (2012 – 2013) e de Padaria-Confeitaria (2013 -2014) do Senac-Rio. Integrante da Rede Internacional Slow-Food, desde 2014. Reside e trabalha há mais de 30 anos em Pernambuco, atuando como educadora popular e produtora cultural elaborando, produzindo e coordenando projetos culturais com jovens e mulheres, do meio rural e do meio urbano. Sobre Dani Neves Formada em Jornalismo na UNINASSAU do Recife. Iniciou seus estudos em fotografia em 2009, no curso de Design da Universidade Federal de Pernambuco, em Caruaru, e no curso de Fotografia do SENAC Recife. Foi repórter fotográfica do Sistema de Comunicação Jornal do Commercio. Em 2015 realizou sua primeira exposição: Pausas Reveladas, na galeria Bike Fit Café (Olinda). Atualmente trabalha como fotógrafa freelancer com foco em food & lifestyle (@daninevesfoto) e também se dedica ao seu projeto Leve a Felicidade para Casa (@leveafelicidadeparacasa). Serviço XepaCult - Mostra de Gastronomia de Tradição pelo Consumo Consciente Degustação gastronômica, apresentação musical com Mestre Nado e abertura da exposição fotográfica “Comida é memória afetiva”, de Dani Neves. Data: 09 de junho (sábado), das 13h às 17h Local: Maumau - Rua Nicarágua, 173, Espinheiro, Recife - Pernambuco. Entrada e degustação gratuitas

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Consumo e geração de energia crescem 2% em março

O consumo e a geração de energia elétrica no Brasil cresceram 2% em março na comparação com o mesmo período do ano passado. Os números constam de boletim preliminar da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgado na noite da última quinta-feira (5). O boletim comporta dados de medição coletados entre os dias 1º e 31 de março, com a prévia de geração e consumo de energia, além da posição dos consumidores livres e especiais. Segundo o boletim, no mês de março, a elevação no consumo foi influenciada diretamente pelas maiores temperaturas registradas este ano. Com o aumento, foram consumidos 64.949 MW médios no Sistema Interligado Nacional (SIN). No que diz respeito à geração de energia, o mês de março alcançou 68.314 MW médios. Essa geração mostra que também houve aumento de 2% em relação ao mesmo período de 2017. O boletim destaca que a produção das usinas hidrelétricas aumentou 3,5% – o percentual também inclui a geração das pequenas centrais hidrelétricas. Já a geração das usinas eólicas subiu 9,3%, enquanto que a das usinas nucleares e térmicas caiu 35,4% e 10,1%, respectivamente, no período. A explicação para a queda na geração térmica é a menor produção das usinas termelétricas a gás, que ficou em 14,1%. Os setores cujo consumo cresceu, considerando autoprodutores, comercializadores varejistas, consumidores livres e especiais, foram: comércio (25,7%), serviços (11,0%) e manufaturados diversos (9,4%). O crescimento desses setores está vinculado à migração dos consumidores para o mercado livre”, informou a CCEE. O mercado livre, segmento de venda da energia, voltado para grandes consumidores, permite que o cliente escolha de quem comprar e negociar preço e duração do contrato. Dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), que representa empresas que atuam na compra e venda de energia nesse mercado, indicam que esse segmento cresceu 17% no ano passado. Dentro do mercado regulado, a CCEE informa que o consumo subiu 1,2%. Esse valor leva em consideração a migração de consumidores para o mercado livre. Sem esse efeito na análise, o aumento alcançaria 3% no período.

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Participação dos importados no consumo brasileiro sobe para 17%, informa CNI

Depois de três anos consecutivos de queda, a participação dos produtos importados no consumo brasileiro aumentou para 17% em 2017. Isso significa que, de cada cem produtos vendidos no mercado interno no ano passado, 17 foram estrangeiros. Enquanto isso, a participação das exportações na produção da indústria brasileira de transformação caiu para 15,6%, interrompendo uma sequencia de altas registradas desde 2015. Ou seja, de cada cem produtos fabricados pela indústria de transformação no ano passado, quase 16 foram vendidos para o exterior. As informações são do estudo Coeficientes de Abertura Comercial, divulgado nesta quinta-feira, 15 de março, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O aumento da participação dos importados no mercado nacional e a perda da importância das exportações na produção da indústria é resultado da recuperação do consumo interno e da valorização do real diante do dólar, observa a economista da CNI Samantha Cunha. Ela explica que a evolução dos coeficientes de abertura comercial permite analisar a integração da indústria brasileira ao comércio internacional. Os dados de 2017 confirmam que o setor continua com o foco voltado para o mercado doméstico. De acordo com o estudo, o coeficiente de penetração das importações, que mede a participação dos importados no mercado brasileiro cresceu 0,6 ponto percentual em 2017 na comparação com 2016. O coeficiente de insumos industriais importados cresceu de 22,5% em 2016 para 23,5% em 2017, a preços constantes. "Os setores de metalurgia, químicos e vestuário e acessórios apresentaram as maiores altas dos coeficientes de insumos industriais importados em 2017 na comparação com 2016", observa o estudo. O coeficiente de exportação ficou estável em 2017, com uma queda de apenas 0,1 ponto percentual em relação ao ano anterior. "Mesmo diante de condições mais favoráveis da demanda mundial, as quantidades exportadas pelas empresas industriais cresceram a um ritmo menor. A taxa de crescimento caiu de 6,6% em 2016 para 2,3% em 2017", diz a CNI. As maiores quedas do coeficiente de exportação foram registradas nos setores de outros equipamentos de transporte, fumo e couro e calçados. • Conheça os quatro coeficiente de abertura comercial 1) Coeficiente de exportação: O indicador mede a participação das vendas externas no valor da produção da indústria de transformação. Com isso, mostra a importância do mercado externo para a indústria. Quanto maior o coeficiente, maior é a importância do mercado externo para o setor. O Coeficiente de Exportação a preços constantes, que exclui os efeitos das variações de preços, caiu de 15,7% em 2016 para 15,6% em 2017. Isso significa que a indústria de transformação brasileira exportou 15,6% da produção no ano passado. 2) Coeficiente de penetração de importações: O indicador acompanha a participação dos produtos importados no consumo brasileiro. Quanto maior o coeficiente, maior é a participação de importados no mercado interno. O coeficiente de penetração das importações a preços constantes subiu de 16,4% em 2016 para 17% em 2017. Isso significa que entre todos os produtos consumidos no país no ano passado, 17% foram importados. 3) Coeficiente de insumos industriais importados: O indicador aponta a participação dos insumos industriais importados no total de insumos industriais adquiridos pela indústria de transformação. Quanto maior o coeficiente, maior é a utilização de insumos importados pela indústria. O indicador aumentou de 22,5% em 2016 para 23,5% em 2017, a preços constantes. Isso significa que do total de insumos industriais consumidos pela indústria de transformação no ano passado, 23,5% foram importados. 4) Coeficiente de exportações líquidas: O indicador mostra a diferença entre as receitas obtidas com as exportações e as despesas com a importação de insumos industriais, ambos medidos em relação ao valor da produção. Se o coeficiente é positivo, a receita com exportação é maior do que os gastos com importações de insumos industriais. No ano passado, o coeficiente ficou em 4% a preços constantes, abaixo dos 4,8%, registrados em 2016.

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Consumo de combustíveis no país subiu 0,44% no ano passado

Dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no Seminário de Avaliação do Mercado de Combustíveis, no Rio de Janeiro, revelam que o consumo de combustíveis subiu 0,44% no Brasil no ano passado, em comparação a 2016. Foram comercializados 136,025 bilhões de litros de combustíveis em 2017, contra 135,436 bilhões de litros no ano anterior. Segundo a ANP, o começo de recuperação da economia, o aumento da frota e o ganho de competitividade em relação ao etanol hidratado explicam o aumento de 2,6% registrado na comercialização de gasolina C, que somou 44,150 bilhões de litros, contra 43,019 bilhões de litros em 2016. Houve crescimento de 0,91% na comercialização de óleo diesel B entre 2016 e 2017 (de 54,279 bilhões de litros para 54,772 bilhões de litros), também impulsionado pela recuperação econômica. O diretor da ANP, Felipe Kury, disse à Agência Brasil que o crescimento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado ontem (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sinaliza que começou a haver uma recuperação na economia, no país. “E os combustíveis acompanham”, comentou. Ele acredita que o resultado do PIB de 2017 faz uma correlação para 2018, prevendo que o consumo dos derivados tende a aumentar. Lembrou que a projeção para o PIB de 2018 é crescimento em torno de 3%, o que pode acentuar ainda mais o crescimento das vendas de combustíveis este ano. Etanol Enquanto o consumo de gasolina C e diesel B teve crescimento, o de etanol hidratado mostrou queda de 6,5%, passando de 14,586 bilhões de litros em 2016, para 13,642 bilhões de litros em 2017, devido, em grande parte, à perda de competitividade em relação à gasolina. O etanol anidro, em contrapartida, teve aumento de 2,63% no consumo, enquanto o etanol total, que é a soma de anidro (etanol misturado à gasolina) e hidratado (etanol combustível), caiu 2,44% em 2017, passando de 26,201 bilhões de litros para 25,562 bilhões de litros. O consumo de biodiesel foi maior no ano passado em 13,22%, com vendas de 4,302 bilhões de litros em 2017, contra 3,799 bilhões de litros em 2016. A expansão resultou do aumento da mistura obrigatória ao diesel em março de 2017 para 8% (B8). A ANP, informou, ainda, que as vendas de gás liquefeito de petróleo (GLP) caíram 0,07%, de 13,398 bilhões de litros para 13,389 bilhões de litros. O consumo industrial teve queda de 1,76%, enquanto o consumo residencial subiu 0,58%. Segundo a agência, a queda nas vendas de GLP decorre do aumento dos preços médios do combustível registrado ao longo de 2017, da ordem de 69,74% para o GLP de uso residencial e 28,05% para o GLP de outros usos. Os dados apontam também para redução de 1,9% na venda de querosene de aviação (QAV), de 6,765 bilhões de litros para 6,637 bilhões de litros, em função da retração da demanda por passagens aéreas. Por outro lado, o consumo de gasolina de aviação (GAV) teve redução de 10,28% em 2017, comparativamente ao ano anterior. Em relação ao óleo combustível, a alta observada atingiu 1,6%, subindo de 3,333 bilhões de litros para 3,385 bilhões de litros. Já o gás natural veicular (GNV) mostrou ampliação de 8,73% no volume comercializado, passando de 4,962 milhões de metros cúbicos por dia para 5,395 milhões de m³/dia. Qualidade A qualidade do combustível manteve-se dentro dos padrões internacionais, sublinhou a agência. O Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da ANP revela que 98,3% das amostras de gasolina coletadas e analisadas em 2017 estavam dentro dos padrões de qualidade. No diesel, o percentual de amostras que atenderam aos padrões de qualidade foi de 96,6% e no etanol, de 98,1%. Durante o ano passado, a ANP efetuou um total de 20.102 ações de fiscalização em agentes de mercado de todo o Brasil. Foram emitidos 3.594 autos de infração, dos quais somente 9% estavam relacionados à qualidade dos combustíveis vendidos. O principal motivo das autuações foi o não cumprimento de notificações da agência, que correspondeu a 20% do total. (Agência Brasil)

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Apenas 28% dos brasileiros são consumidores conscientes, mostra SPC Brasil

Com o objetivo de compreender se os brasileiros caminham em direção ao consumo sustentável e equilibrado e também acompanhar as mudanças nos hábitos de compra e outras ações cotidianas, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), calcularam pelo terceiro ano consecutivo o Indicador de Consumo Consciente (ICC), que atingiu 72,1%, permanecendo estável em relação a 2016, quando estava em 72,7%. O ICC pode variar de 0% a 100%: quanto mais próximo de 100% for o índice, maior é o nível de consumo consciente. Em uma escala de 1 a 10, os entrevistados dão nota média de 8,7 para a importância do tema consumo consciente, mas apenas 28% dos brasileiros podem sem considerados consumidores conscientes de fato – sem diferença estatística em relação ao ano passado. É interessante notar que as opiniões dos entrevistados nem sempre correspondem às atitudes tomadas por eles mesmos em relação ao consumo sustentável: a nota média atribuída à autopercepção de ser um consumidor consciente é 7,6. O indicador segmenta os consumidores em três categorias, de acordo com a intensidade da prática dos comportamentos considerados adequados: ‘consumidores conscientes’, que apresentam frequência de atitudes corretas acima de 80%; ‘consumidores em transição’, cuja frequência varia entre 60% e 80% de atitudes adequadas e ‘consumidores nada ou pouco conscientes’, quando a incidência de comportamentos apropriados não atinge 60%. Grande parte dos entrevistados são consumidores ainda em transição (56%) – com aumento de 8 pontos percentuais em relação a 2016 – mas a maioria considera que a adoção de hábitos e práticas de consumo mais conscientes, como a economia de água e energia, redução do consumo e maior reaproveitamento das coisas, sejam importantes (92%). “O consumidor brasileiro ainda possui desempenho abaixo do que é considerado ideal. Porém, na comparação com o ano passado, os consumidores começaram a associar mais frequentemente o consumo consciente não apenas a aspectos financeiros”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Em 2016, o principal benefício percebido pelos entrevistados era o de economizar e fazer o dinheiro render mais (37%), já em 2017, 25% consideram como a principal vantagem da prática do consumo consciente a satisfação por fazer algo positivo para o futuro das próximas gerações e 23% acreditam que é economizar e fazer o dinheiro render mais – 21% acreditam que é a sensação de estar fazendo o que é certo. Para elaborar o indicador, foi realizada uma pesquisa com uma série de perguntas para investigar os hábitos, atitudes e comportamentos que fazem parte da rotina dos brasileiros. Estas questões permearam as três dimensões que compõem o conceito de consumo consciente, e todas elas obtiveram resultados abaixo do desempenho considerado ideal de 80%: práticas ambientais, práticas financeiras e práticas sociais. Para economizar no dia a dia, 83% utilizam aplicativos nos celulares O subindicador de Práticas Financeiras ficou em 70% em 2017, ante 74% no ano passado, observando a habilidade do entrevistado para lidar com os apelos do consumismo e a capacidade de gerenciar as próprias finanças sem fazer dívidas ou comprometer o orçamento. Entre os hábitos mais praticados destacam-se avaliar se poderá pagar pelo produto sem prejudicar o orçamento antes de comprá-lo (92%), deixar de comprar novos produtos enquanto pode usar outros ou consertá-los (88%), sempre pesquisar pelos melhores preços, mesmo para itens mais baratos (87%), controlar o valor da conta mensal de telefone (86%) e controlar os impulsos de compra (86%). Por outro lado, os hábitos menos frequentes são ter chips de diferentes operadoras de celular para aproveitar diferentes promoções (54%), preferir produtos que tem maior durabilidade e que possam ser consertados quando necessário, ainda que sejam mais caros (47%) e não se arrepender por comprar itens que não eram essenciais (19%). Como forma de economizar dinheiro no dia a dia, 83% utilizam aplicativos nos celulares, especialmente aplicativos que permitam a ligação para amigos, parentes e conhecidos (52%), assistir filmes (40%) e vender produtos novos ou usados (39%). Meio ambiente: prática mais adotada é doar produtos ao invés de jogar fora O subindicador de práticas ambientais, relacionadas às preocupações e cuidados com o meio ambiente e consumo de água e luz, tem como objetivo investigar a disposição do consumidor para minimizar o impacto de suas ações e agir de modo a não causar danos ao meio ambiente, utilizando de forma racional os recursos que tem a seu dispor. Em 2017, o subindicador atingiu 74%, sem alteração estatística em relação a 2016 (72%). Entre as atitudes mais praticadas quando se considera o cuidado com o meio ambiente, estão trocar ou doar produtos que não usam mais ao invés de jogá-los fora (88%), evitar imprimir papeis para conter gastos e em benefício do meio ambiente (76%) e preferir passeios ao ar livre do que fazer compras (73%). Já os hábitos menos praticados são analisar e considerar se as empresas adotam práticas prejudiciais ao meio ambiente em suas compras (59%) e considerar que vale a pena só abastecer o carro com álcool ao invés de gasolina (36%). Em relação às práticas que abordam o uso da água, as mais adotadas são fechar a torneira enquanto escova os dentes (94%), controlar o valor da conta mês a mês, visando economizar (88%) e ensaboar a louça com a torneira da pia fechada (87%). Por outro lado, são hábitos menos praticados não lavar o carro com mangueira ou em lava-jatos (65%) e ligar a máquina de lavar em sua capacidade máxima (43%). Já quanto às atitudes adequadas em relação ao uso de energia elétrica, destacam-se apagar as luzes de ambientes que não estão sendo utilizados (94%), controlar o valor da conta de luz mensalmente (89%) e ter a maioria das lâmpadas da casa fluorescentes (84%). São práticas menos comuns assistir televisão junto com os demais moradores da casa para economizar energia (65%) e tirar a tomada dos aparelhos eletrônicos que não estão sendo utilizados (60%). Apenas 44% recusam a compra de produtos falsificados O subindicador de práticas de engajamento social analisa a disposição do consumidor para pensar coletivamente, medindo as

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Dia dos Pais: quatro em cada dez não pretendem comprar presente

Com a economia ainda em recessão, desemprego em alta e a inflação elevada, o consumidor brasileiro começou o segundo semestre reticente na hora de gastar com datas comemorativas. Uma sondagem feita para o Dia dos Pais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em todas as capitais, mostra que aproximadamente quatro em cada dez (38,1%) consumidores não pretendem comprar presentes este ano. Entre os principais motivos financeiros para não presentear estão a falta de dinheiro devido ao orçamento apertado (6,2%, aumentando para 14,4% entre os jovens de 18 a 34 anos) e o fato de estar desempregado (5,0%, 11,2% entre os jovens). Em relação ao ano passado, 35,4% pretendem gastar o mesmo valor com os presentes. Já 29,1% afirmam que pretendem gastar menos este ano – percentual que reduziu quando comparado à pesquisa de intenção de compras de 2015 (43,8%). De acordo com o levantamento, apenas 19,7% dos entrevistados planejam gastar mais com os presentes em 2016 do que no último ano. Entre as pessoas que pretendem presentear (48,9%), o valor desembolsado com cada presente será, em média, de R$ 115,37, quantia inferior à apurada para o mesmo período de 2015, de R$ 119,83. Entre os consumidores da classe C, o valor médio total gasto com os presentes será ainda menor: R$ 107,95 contra R$ 150,54 das pessoas que pertencem às classes A e B. A pesquisa mostra que sete em cada dez pessoas (69,1%) têm a percepção de que os presentes estão mais caros do que em 2015, percentual que aumenta entre as mulheres (72,8%) e pertencentes às classes A e B (78,1%). A maioria dos consumidores que pretendem presentear deve comprar apenas um presente (60,7%) para a comemoração. Economizar é o principal motivo para diminuição de gastos Entre os motivos para quem pretende gastar menos com o presente do Dia dos Pais, o principal é o desejo de economizar (23,6%, contra 18,4% em 2015). Em segundo lugar aparece uma situação financeira ruim (20,8%, contra 5,9% em 2015), o aumento da inflação e economia estar instável (14,8% ante 12,8%) e estar desempregado (11,5% ante 16,6%). Com a perspectiva de economizar na hora da compra, 68,1% dos entrevistados afirmam que realizarão pesquisas de preço antes de comprar o presente e 17,4% vão dividir as compras com outra pessoa, geralmente um irmão, a mãe ou familiar próximo. “Considerando o fraco desempenho das outras datas comemorativas de 2016 até o momento, a expectativa dos lojistas com o Dia dos Pais tende a ser baixa”, afirma o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. “A piora da economia, como o aumento do desemprego e a inflação ainda elevada, além do crédito mais restrito, exercem forte impacto sobre o consumidor, que acaba sendo obrigado a limitar seus gastos para organizar as finanças. Para pagar contas atrasadas e honrar os compromissos financeiros, uma importante medida é evitar novos gastos e, nesses casos, presentear outras pessoas muitas vezes deixa de ser prioridade”, avalia. 24% admitem gastar mais do que podem para presentear o pai Ainda que evitar comprar presentes em datas comemorativas possa ser uma boa saída para economizar e colocar o orçamento em ordem, para parte dos entrevistados, essa não é escolha: 23,9% admitem que costumam gastar mais do que suas finanças permitem presentearem no Dia dos Pais, principalmente entre os mais jovens, quando o percentual aumenta para 29,9%. “Em um momento em que as pessoas muitas vezes estão inseguras em seus empregos, comprar o presente à vista pode ser uma boa alternativa para fugir do endividamento. Entretanto, chama a atenção o crescimento na quantidade de quem vai parcelar. O ideal é evitar o abuso de parcelamentos para evitar o comprometimento da renda com prestações”, orienta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. A pesquisa revela que, mesmo em um momento de grandes incertezas e pouco propício ao endividamento, 20,7% dos entrevistados irão parcelar suas compras no cartão de crédito. A principal forma de pagamento, porém, será o pagamento à vista (59,3%), seja no dinheiro ou no cartão de débito. Do total de pessoas que vão presentear no Dia dos Pais neste ano, 8,9% reconhecem que deixarão de pagar alguma conta para comprar presentes e 31,0% reconhecem que têm alguma conta em atraso atualmente. Entre estes, 62,9% afirmam estar com o nome sujo – e mesmo assim irão presentear. Roupas e shopping lideram preferência As roupas serão o principal item escolhido para presentear no Dia dos Pais deste ano, com 46,6% de preferência dos entrevistados. Apesar da liderança, houve queda no percentual: ano passado as roupas tinham a preferência de 53,8% dos consumidores ouvidos. Em segundo lugar aparecem os perfumes e cosméticos (27,1%), seguidos pelos calçados (18,5%) e acessórios (14,6%). O shopping center se destaca como o principal local de compra, para 47,4% dos entrevistados. Logo em seguida estão as lojas virtuais (35,3%), lojas de departamento (33,8%), shoppings populares (26,4%) e lojas de rua (25,0%). “A preferência pelos shoppings deve-se ao fato que estes estabelecimentos concentram uma grande variedade de lojas em um único lugar. Já a significativa presença das vendas online deve-se muito à praticidade da rede, que acaba atraindo o interesse das pessoas, além de favorecer a pesquisa de preços em diversas lojas”, explica a economista. A comemoração da data será feita principalmente em casa (38,8%) e na casa do pai (27,5%), mas 13,7% pretendem sair para restaurantes. Quanto à data para realizar as compras, a maioria (53,6%) disse que iria realizá-las nesta primeira semana de agosto, enquanto 19,9% afirmam já terem comprado em julho. “A corrida às lojas de última hora é um hábito do brasileiro que pode acabar prejudicando as finanças pessoais. Comprar os presentes em cima da hora limita as opções e pode fazer com que o consumidor gaste mais do que deveria”, alerta Kawauti.

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