Arquivos documentário - Página 2 de 2 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Marcelo Gomes debate seu novo documentário em Recife amanhã (10)

O diretor Marcelo Gomes estava a caminho de um festival de cinema em Taquaritinga do Norte e ao passar por Toritama ficou impressionado com a loucura que havia se tornado aquela cidade que conhecera pacata, com biblioteca, orquestra de música, festa de padroeiros. Responsável por 20% da produção de jeans do país, Toritama havia se transformado. “Foi quando alguém comentou comigo que as pessoas ali costumavam vender seus próprios eletrodomésticos para passar o carnaval na praia. Achei que era uma transgressão muito forte alguém se desvencilhar dos bens de consumo, muitas vezes de primeira necessidade, por conta do carnaval. Fiquei imaginando a intensidade desse processo de trabalho e, como eu faço cinema para vasculhar o que eu não conheço, achei que esse era um bom mote para um filme”, diz o diretor. Produzido pela Carnaval Filmes, ESTOU ME GUARDANDO PARA QUANDO O CARNAVAL CHEGAR mostra o envolvimento dos moradores de Toritama com a produção de jeans no Brasil e com o carnaval. O documentário estreia dia 11 de julhodentro da Sessão Vitrine, projeto de distribuição coletiva da Vitrine Filmes, que lança um título por mês, com sessões diárias e ingressos de valor reduzido, promovendo debates e maior acessibilidade aos filmes. “Eu acho muito oportuno ter a estreia nacional do nosso filme justamente no momento histórico que o Brasil vive: onde os trabalhadores a cada dia perdem seus direitos, onde o Ministério do Trabalho é extinto e onde se promove a política do trabalho autônomo sem se saber as reais consequências disso. Durante a realização do filme, nós tivemos grandes encontros com maravilhosos moradores de Toritama e também tivemos momentos de grande reflexão. Afinal, o que seria só um documentário sobre uma pequena cidade industrial se transformou num processo de reflexão, sobre o que nós fazemos com a nossa vida, com o nosso trabalho e com o nosso tempo. Essa jornada pelo Agreste foi um momento muito feliz pra gente, além de muito prazeroso", declara Marcelo Gomes. A Sessão Vitrine destaca-se por sua preocupação em fomentar a formação de público e por uma curadoria que zela pelo fortalecimento de um audiovisual descentralizado. São lançados pelo projeto filmes realizados em diferentes estados, de diversos gêneros narrativos, que apresentam temáticas plurais e afirmativas. Dessa maneira, a distribuidora Vitrine Filmes vem se consolidando como um projeto que atua na construção de um cinema diversificado. SINOPSE A cidade de Toritama é um microcosmo do capitalismo implacável. A cada ano, mais de 20 milhões de jeans são produzidos em fábricas de fundo de quintal. Os locais trabalham sem parar e os moradores são orgulhosos de serem os donos do seu próprio tempo. Durante o Carnaval - o único momento de lazer do ano, eles transgridem a lógica da acumulação de bens, vendem seus pertences sem arrependimentos e fogem para as praias em busca de uma felicidade efêmera. Quando chega a Quarta-feira de Cinzas, um novo ciclo de trabalho começa. CRÉDITOS Brasil, 2019, 85 min, classificação indicativa Direção | Roteiro: Marcelo Gomes Produtoras: Carnaval Filmes, Rec Produtores Associados, Misti Filmes. Direção de Fotografia: Pedro Andrade Produtores: João Vieira Jr., Nara Aragão Coprodutores: Chico Ribeiro, Ofir Figuereido, Ernesto Soto, Marcelo Gomes Produção executiva: João Vieira Jr., Ernesto Soto Montagem: Karen Harley Som: Pedro Moreira, João Lucas, Lucas Caminha Música: O Grivo Direção de Produção: Karina Nobre, Luna Gomides Assistência de Montagem: Gustavo Campos Personagens: Leonardo, Francielly, Canario, Velho do Ouro SINOPSE CURTA Uma pequena cidade do Agreste pernambucano é considerada a capital nacional do jeans. Esse microcosmo mostra o capitalismo moderno e suas transgressões. FESTIVAIS Mostra Panorama | 69º Festival de Berlim Mostra Competitiva | 24º É Tudo Verdade: Prêmio da Crítica | Abraccine, Menção Honrosa | Júri Oficial, Menção Honrosa | Júri da Associação Brasileira dos Documentárias/ABD-SP Sheffield Doc Fest 2019 – Seleção Oficial Olhar de Cinema – Olhares Brasil Doc Aviv - International Documentary Film Festival. TRAILER | sem legenda: https://youtu.be/EkWTjNz_dyU TRAILER | com legenda: https://www.youtube.com/watch?v=zNAmtxJNe6o

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Curta metragem 'Kibe Lanches' é selecionado para o Rio Festival de Gênero & Sexualidade

Dirigido por Alexandre Figueirôa, o documentário Kibe Lanches, sobre uma lanchonete especializada em pratos árabes funcionava no bairro do Pina, na zona sul do Recife, foi selecionado para a mostra competitiva do Rio Festival de Gênero & Sexualidade no Cinema, que ocorre no Rio de Janeiro, entre os dias 5 e 11 de julho. Na década de 1980, nos finais de semana, além de vender kibes, esfihas, charutos de repolho, entre outras iguarias, o Kibe Lanches transformava-se numa casa de espetáculos improvisada. Grupos de pagode animavam as tardes de domingo; aos sábados, se realizavam festas dançantes; e, nas sextas, o local tornava-se um dos principais ponto de encontro LGBT da cidade, com apresentações de transformistas e um desfile de rapazes. Ousado para a época, com os candidatos desfilando primeiro vestidos e, no final, completamente nus, o inusitado concurso era conhecido como as "rolinhas do Barão", referencia ao proprietário do estabelecimento e o animador das festas Luiz Ferreira de Araújo, mais conhecido como Barão. O documentário Kibe Lanches resgata essa história que, infelizmente, não conta com registros em imagens da época. Nos anos 1980, as casas noturnas recifenses frequentadas por "entendidos e frangos", como em geral se chamava os gays masculinos, ainda eram vistos como lugares à margem. Embora não houvesse uma repressão violenta e explícita contra esses espaços, as atividades neles realizadas eram meio escondidas. O desfile das rolinhas do Barão acontecia num palco improvisado nos fundos da lanchonete depois da meia noite, mas logo se tornou um grande sucesso e era conhecido por toda a comunidade gay do Recife. Para reconstituir a história do Kibe Lanches, o diretor Alexandre Figueirôa reuniu alguns dos frequentadores assíduos dos shows e desfiles e também ouviu o próprio Barão que, por cerca de dez anos, abriu sua casa para a diversidade sexual. Por meio dessas lembranças vamos descobrindo um pouco como eram essas noitadas, num tempo em que os movimentos LGBT ainda estavam dando os seus primeiros passos e os desejos e os prazeres sexuais vividos entre pessoas do mesmo sexo eram, muitas vezes, marcados pela clandestinidade. O filme é uma produção independente e só foi possível graças a contribuição do artista plástico e cabeleireiro Cristiano Artur; do coletivo Surto e Deslumbramento, sobretudo Chico Lacerda e André Antonio que contribuíram com o roteiro e a edição; dos cinegrafistas Sergio Dantas e Francisco Baccaro; e dos produtores Fernando de Albuquerque e Túlio Vasconcelos. Ele tem também o apoio da Revista O Grito!

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Documentário sobre Frei Damião começa a ser filmado em São Lourenço da Mata

Uma pequena casa, típica das milhares que existem na zona rural nordestina, é o ponto de partida para a transposição às telas da história de um dos mais importantes religiosos que o Brasil já conheceu. A partir de hoje, têm início as filmagens do documentário Frei Damião - O Santo do Nordeste. O começo da produção em campo se dá no povoado de Barro, em São Lourenço da Mata. A equipe do longa metragem produzido pelo Fábrica Estúdios, com roteiro de Nadehzda Bezerra e direção de Deby Brennand, vai passar três dias filmando em São Lourenço da Mata, entre 12 e 16 deste mês. O filme será rodado até maio de 2018 em três Estados nordestinos (Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte) e também em Bozzano, terra natal do beato na Itália, com previsão de conclusão até o fim de 2018. Além de entrevistas e imagens inéditas de arquivo, Frei Damião - O Santo do Nordeste apresentará dramatizações de eventos marcantes na vida O roteiro do filme partiu das pesquisas realizadas pelo atual secretário de Cultura, Turismo, Juventude e Esportes de São Lourenço da Mata, Jairo Chaves, para a sua dissertação de mestrado. "Frei Damião não é só um religioso; ele é um ícone da cultura nordestina. Um peregrino que desbravou os sertões levando esperança a milhares de pessoas", explica Chaves. Frei Damião nasceu na Itália, em 5 de novembro de 1898, na cidade de Bozzano, e faleceu no Recife, em 31 de maio de 1997. Ele chegou ao Brasil na década de 1930 e se tornou um mito popular ao cruzar o Nordeste nas Santas Missões.

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Pesado na tela do São Luiz

Inédito no circuito comercial, o documentário Pesado - Que som é esse que vem de Pernambuco? ganhará mais uma janela de exibição. Depois de lotar o Cinema do Museu, no Recife, em outubro, durante a mostra Play The Movie, o filme de Leo Crivellare e Wilfred Gadêlha terá nova sessão na cidade: será hoje 19 de dezembro, no tradicional Cinema São Luiz, como parte da Mostra Sacoleja, que, em sua primeira edição, reune filmes produzidos em Pernambuco promovendo uma distribuição mais igualitária dos sujeitos políticos envolvidos na autoria dos filmes, como negros, indígenas, LGBTQs, entre outros. Produzido pela Jaraguá Produções com recursos do Funcultura, o documentário será exibido às 20h e os ingressos custam R$ 3, podendo ser adquiridos na bilheteria do estabelecimento. O cenário da premissa do documentário é a convivência do heavy metal pernambucano com o ambiente de múltiplas manifestações musicais e culturais que dominam o cenário artístico no Estado, terra do frevo, do maracatu e da ciranda - e que tem pulsando em seu subterrâneo uma cena vigorosa de heavy metal. Durante 100 minutos, a produção mostra as estratégias de coexistência do metal feito em Pernambuco com os ritmos populares e folclóricos que norteiam festividades como o São João e o Carnaval, bem como a relação dos chamados headbangers com outras manifestações pop, a exemplo do punk e do manguebeat. “Acredito que exibir um filme no Cinema São Luiz é um desejo de qualquer realizador, sobretudo sendo pernambucano. Para mim, é uma emoção muito grande. O São Luiz faz parte da minha vida, desde a infância”, diz o diretor Leo Crivellare. “A gente ficou num misto de euforia e agonia com a exibição no Cinema do Museu. Por um lado, ficamos felizes que só com a sala lotada, mas muita gente ficou de fora. Então, para nós é muito massa ter essa janela no Recife, ainda mais no São Luiz e numa mostra como a Sacoleja”, diz o roteirista e codiretor Wilfred Gadêlha. O documentário acompanha os passos de Gadêlha, em busca de respostas ao modus operandi e vivendo da cena metal, por shows, ensaios e encontros com alguns dos principais personagens do metal do Estado. Pesado percorreu centenas de quilômetros pelo Grande Recife, passando pelo tradicional Beco da Fome, na área central da capital, por diversos bairros da periferia até a Zona da Mata e Agreste pernambucanos, onde, em uma noite memorável, registrou um show da banda de death metal Alkymenia, em pleno São João de Caruaru. Esse e outros momentos ilustram significativamente a peleja entre a tradição dos ritmos populares e o metal, que coexistem em Pernambuco de forma mais natural do que se poderia imaginar. “Pernambuco é tão diverso que tem uma cena forte e atuante de metal há mais de três décadas. Muita gente ignora isso e o nosso filme escancara que há mais metaleiro aqui no Estado do que muita gente pensa”, afirma Gadêlha, que conduziu as entrevistas do filme e escreveu o roteiro baseado no seu livro Pesado – Origem e consolidação do metal em Pernambuco (Funcultura, 2014). O resultado é uma trilha sonora que brinda o espectador com bandas que nunca gravaram CDs, como Herdeiros de Lúcifer, Fire Worshipers, Arame Farpado e Necrópsia, além de “medalhões” do gênero no Estado (Cruor, The Ax, Câmbio Negro HC, Devotos, Realidade Encoberta e Decomposed God, entre outras) e da geração que investe na mistura de ritmos como matéria-prima, a exemplo de Cangaço, Hate Embrace e Terra Prima. Ao todo, mais de 70 pessoas foram entrevistadas, nas filmagens realizadas entre abril e novembro de 2016, em sete cidades pernambucanas. “Pesado é sobretudo uma história de amor. Amor à música, amor à rebeldia, à amizade e à liberdade de expressão”, afirma o diretor Crivellare. O documentário foi realizado pela Jaraguá Produções e financiado pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), vinculados ao governo do Estado. Pesado tem produção de Luiz Barbosa e Carol Ferreira. SERVIÇO: Exibição do documentário Pesado – Que Som É Esse Que Vem de Pernambuco? Quando: 19 de dezembro, às 20h Onde: Cinema São Luiz (Rua da Aurora, 175, Boa Vista, Recife) Quanto: R$ 3.

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Instituto Futuro promove exibição do documentário Pedro Jorge no dia 6

A história do assassinato do procurador da República Pedro Jorge de Melo e Silva, responsável por denunciar os envolvidos em um dos maiores casos de corrupção que aconteceram no Brasil na década de 1980, foi retratada, pela primeira vez, no documentário. “Pedro Jorge: uma vida pela justiça”, produzido pelo Ministério Público Federal na 5ª Região – segunda instância do MPF com sede no Recife – e pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), que será exibido em sessão especial promovida pelo Instituto Futuro da UFPE. A exibição será aberta ao público e acontecerá na próxima quarta-feira (6), às 16h30, no auditório do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), no Campus Recife. Após a exibição, haverá um debate abordando os temas combate à corrupção, comunicação, política e religião. Lançado em março deste ano, em sessão inaugural no Cinema São Luiz, o documentário está sendo exibido em instituições públicas e universidades em todo o país, em mostras quase sempre seguidas de debates sobre a temática do filme. A proposta é resgatar o que foi o chamado Escândalo da Mandioca e como foi a atuação do procurador da República Pedro Jorge. Quem viveu o início dos anos 80 certamente se lembra desse caso. O episódio, que teve repercussão nacional, consistiu em um grande esquema de desvio de recursos públicos federais no Sertão de Pernambuco. Dezenas de pessoas obtiveram empréstimos irregulares no Banco do Brasil do município de Floresta com o suposto objetivo de cultivar mandioca. Nada era plantado, e os beneficiários ainda recebiam o dinheiro do seguro agrícola, alegando terem perdido a safra por conta da seca. Responsável por investigar e denunciar os envolvidos no esquema, Pedro Jorge vinha sofrendo ameaças dos denunciados e pressões para abandonar o caso, mas decidiu seguir em frente com seu trabalho. Ele foi morto no dia 3 de março de 1982, com três tiros à queima-roupa, ao sair de uma padaria no bairro de Jardim Atlântico, em Olinda, onde comprara pão e leite para o jantar em casa. Tinha apenas 35 anos de idade. O autor dos disparos foi o pistoleiro Elias Nunes Nogueira, contratado pelo então major José Ferreira dos Anjos, um dos envolvidos no esquema de corrupção em Floresta. O média-metragem, produzido sem fins lucrativos e com recursos e pessoal próprios, faz um resgate histórico do trágico episódio, que ocorreu há 35 anos. Entre os entrevistados, estão os ex-procuradores-gerais da República Rodrigo Janot, Geraldo Brindeiro e Aristides Junqueira, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, e a família de Pedro Jorge, entre outras personalidades. BIOGRAFIA – Pedro Jorge de Melo e Silva nasceu em Alagoas, no dia 21 de setembro de 1946. Tinha oito anos quando ingressou num seminário em Maceió (AL) e seguiu a carreira religiosa até os 22 anos de idade, quando deixou o Mosteiro de São Bento, em Olinda (PE), onde concluiu o curso de Filosofia. Bastante culto, estudou francês, inglês, alemão e grego, e era um pianista muito talentoso. Primeiro colocado no vestibular do curso de Direito da UFPE, Pedro Jorge formou-se em 1972. Dois anos depois, foi aprovado no concurso para procurador da República, e ingressou no MPF em 1975, na Procuradoria da República em Pernambuco. Nesse mesmo ano, casou-se com Maria das Graças Viegas, com quem veio a ter duas filhas: Roberta e Marisa.

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Canal Brasil exibe "Danado de bom", sobre o compositor pernambucano João Silva

Nesta segunda, dia 06 de novembro, a faixa “É Tudo Verdade”, apresentada por Amir Labaki, às 22h, no Canal Brasil apresenta o documentário “Danado de Bom”. Inédito e exclusivo, o filme dirigido por Deby Brennand reconstrói a história do pernambucano João Silva, herói desconhecido da música brasileira, autor de mais de 3 mil músicas, interpretadas por ícones do forró como Luiz Gonzaga, Elba Ramalho e Dominguinhos, entre outros. A produção recebeu os Calungas de Melhor Filme, Fotografia, Montagem e Edição de Som no Cine PE 2016. É TUDO VERDADE: “DANADO DE BOM” (2017) (75’) Apresentação: Amir Labaki Horário: Segunda, dia 06, às 22h Inédito e exclusivo Classificação: Livre Sinopse: João Silva é um herói desconhecido da música brasileira. O pernambucano de Arcoverde compôs mais de três mil canções, interpretadas por grandes ícones do forró como Luiz Gonzaga, Elba Ramalho e Dominguinhos, entre tantos outros, mas nunca obteve o reconhecimento merecido por tão profícua e exitosa carreira. Para corrigir essa injustiça histórica, a diretora Deby Brennand viajou ao sertão nordestino para assinar seu primeiro longa-metragem documental e narrar um pedaço da trajetória desse ícone inexplorado do cancioneiro nacional. Trazendo entrevistas com o próprio protagonista e apresentações de Gilberto Gil, Lenine e Zeca Baleiro, a produção foi laureada com os Calungas de melhor filme, fotografia, montagem e edição de som no Cine PE em 2016. O documentário acompanha a viagem de volta de João de Recife, onde morou até sua morte, em 2013, a Arcoverde, no agreste pernambucano – o protagonista não chegou a ver qualquer cena do filme, que lhe seria apresentado apenas quando estivesse pronto. Pela paisagem de aridez e poeira do sertão, o compositor vaga narrando casos curiosos de sua trajetória e revela as inspirações para suas peças. Andarilho pelo interior do estado, o menino não deixou as amarras do analfabetismo restringirem sua criatividade, e escreveu versos de canções conhecidas como Danado de Bom – escolhida para batizar o filme – Pagode Russo, A Mulher do Sanfoneiro, Nem Se Despediu de Mim e Não Morrer de Tristeza. Seus xotes, baiões e forrós foram eternizados nas vozes de Luiz Gonzaga, Zeca Baleiro, Gilberto Gil, Lenine, Pedro Luis e Elba Ramalho, entre tantos outros. Imagens de arquivo são mescladas a bate-papos realizados especialmente com o compositor para a película. As cenas resgatadas do passado demonstram a grandiosidade de João Silva para o universo do forró. Dominguinhos presta sua reverência à obra do autor em diversas entrevistas e Elba Ramalho comenta o DNA do compositor ao escrever suas letras. Sempre bem-humorado, ele lembra momentos inspiradores de seu trabalho, a parceria com tantos artistas e as jocosas rixas entre sambistas e forrozeiros. Zé Dantas, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga eram considerados, pelo próprio Rei do Baião, com os três mosqueteiros do forró.

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Alceu Valença será tema de documentário produzido com exclusividade para o Curta!

Autor de canções consagradas como “Anunciação”, “Tropicana” e “Coração Bobo”, Alceu Valença chegará às telas do Curta! em documentário inédito e exclusivo com produção da TV Zero. O filme, em início de produção, mescla materiais de arquivo de diversas fontes reunidas ao longo dos seus 40 anos de carreira com reflexões do cantor pernambucano. Alceu atualmente divide sua agenda entre a turnê do disco “Estação da Luz”, espetáculo formado por grandes sucessos do artista, e a do projeto “Grande Encontro: 20 anos”, com Elba Ramalho e Geraldo Azevedo. A produção vai retratar a trajetória de Alceu, além de contextualizar a importância de sua obra na história cultural do país. Amiga de longa data de Alceu, Paola Vieira, diretora e roteirista do documentário, conta que a motivação para o filme surgiu da relação mútua de confiança entre os dois. “O carinho e a amizade que temos ajudaram na idealização do projeto. O fato de eu me emocionar com o trabalho dele faz com que eu queira fazer um filme melhor, capaz de emocionar as pessoas”. O filme está sendo produzido com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (PRODAV 01/2013), gerenciado pela Ancine. Sobre o Curta! Dedicado às artes, cultura e humanidades, o Curta! é um canal independente que acolhe a experimentação e se orgulha de ser um parceiro dos realizadores, artistas, criadores e produtores independentes. Com o compromisso de transmitir 12 horas por dia de programação nacional independente, os principais segmentos temáticos da programação são música, dança, teatro, artes visuais, meta-cinema, filosofia, literatura, história-política e sociedade. O Curta! pode ser visto nos canais 56 da NET, 56 na Claro TV, 76 na Oi TV, na GVT e Vivo como canal opcional à la Carte, 132 e 664, respectivamente. Siga as redes do canal nos endereços: www.facebook.com/CanalCurta, twitter.com/CanalCurta e www.youtube.com/http://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpg/canalcurta. Saiba mais em http://www.canalcurta.tv.br.

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Desarquivando Alice Gonzaga é exibido na Caixa Cultural

O Teste de Audiência, projeto que apresenta obras cinematográficas inéditas para apreciação do público, chega à quinta exibição na Caixa Cultural, no Bairro do Recife, nesta terça (16), às 19h. O espaço vai exibir o documentário Desarquivando Alice Gonzaga, dirigido e assinado por Betse de Paula, que levou 12 prêmios de uma só vez em 2013, no Cine PE. Ela estará presente no evento e participará do debate após a sessão. Os ingressos serão vendidos no dia da exibição, a partir das 10h. A classificação indicativa é 16 anos. O teste de audiência segue até janeiro de 2017, com apresentação de filme mais debate, na terceira terça-feira de cada mês. Desarquivando Alice Gonzaga coloca em pauta a história do cinema brasileiro. O documentário revisita uma parte importante da década de 1930 através da vida e da obra de Alice Gonzaga, filha única de do cineasta sonhador Adhemar Gonzaga, que na mesma época fundou a Cinédia, primeiro estúdio de cinema no Brasil. O filme abre o precioso arquivo da Cinédia, junto com Alice, e revela as histórias de Gonzaga e suas apostas cinematográficas. Durante as sessões, a plateia é monitorada em suas reações, responde a um questionário e participa de debates, podendo ativamente interferir no resultado final do filme. O projeto passou nove anos em cartaz em Brasília e também foi apresentado em Curitiba e São Paulo, somando mais de 90 filmes brasileiros exibidos. O monitoramento é coordenado por Michelle Stephanou e Eladio Oduber. A realização é da Gaya Filmes e da Asacine Produções, com curadoria assinada por Marcio Curi e Renato Barbieri.  

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