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Conheça cinco doenças comuns no verão e saiba como preveni-las

A estação mais quente do ano começou nesta quinta-feira (21). Durante o verão, algumas doenças são mais frequentes principalmente por serem associadas a fatores como aumento da temperatura, maior umidade e exposição corporal – já que a tendência é usar roupas que não cobrem todo o corpo. Além de ser um período de férias, geralmente com praia, piscina e aglomerado de pessoas, o que pode impulsionar os agentes de infecção. Com a palavra de especialistas, confira quais são e como prevenir algumas doenças comuns neste período. Dengue, Zika, Chikungunya Com a chegada do verão é comum o aumento da infestação de mosquitos. "O aedes aegypt, por exemplo, coloca os ovos que podem sobreviver mais de 300 dias em superfície seca e se proliferam no verão", explica médica infectologista Joana D'arc Gonçalves, da Aliança Instituto de Oncologia. Uma das preocupações dos especialistas é que sintomas das doenças são considerados parecidos e pode confundir a população, por isso é preciso o diagnóstico médico correto. A infectologista explica que as características comuns às três são: febre, dor no corpo e manchinhas vermelhas. Porém, a diferença é que na Zika pode haver uma prevalência maior de conjuntivite e exantema, que são erupções na pele. Enquanto na dengue, se tem uma acentuada dor de cabeça, principalmente na região de trás dos olhos, além da forte dor no corpo. Já na Chikungunya, as dores musculares e articulares são intensas, a ponto de comprometer as atividades cotidianas. "Também já existem evidências de Co-infecção do A. aegypty, ou seja, um mosquito pode transmitir ao mesmo tempo Dengue e Zica. Por isso devemos enfatizar o controle vetorial", reforça a médica. Para prevenir, atente-se nas dicas da especialista. 1- Faça o controle vetorial, evite o acúmulo de água parada, limpe e acondicionar adequadamente os resíduos; 2- Use telas protetoras em janelas e portas em locais com muito mosquito e de risco; 3- Use de repelente; 4- Evite uso de perfumes quando for caminhar, pois pode atrair insetos, e prefira roupas claras e que cubra pernas e braços; Otites Chamadas de otite, as inflamações de ouvido mais comuns nesta época de verão e de férias são as externas. O otorrino Jairo Barros, do Instituto Brasiliense de Otorrinolaringologia (IBORL), explica que elas acontecem devido ao contato mais intenso com a água, seja com mar ou piscina. "O principal sintoma é uma forte dor de ouvido após a longa exposição à água. A dor é muito intensa, principalmente nas crianças", ressalta. A orientação médica é procurar um otorrino assim que surgir dor ou alteração no ouvido. Durante o tratamento, que é feito com uso de antibiótico tópico e leva de 7 a 10 dias, a região não pode ter contato com água. Para prevenir a otite, o médico tem orientações simples. "Ao sair da piscina ou da praia, na hora do banho vire a cabeça para o lado e deixe cair bastante água corrente dentro do ouvido e depois seque bem com a toalha. Uma das maneiras de secar também é usando o secador de cabelos em temperatura fria e a uns 15 centímetros do ouvido, de 3 a 5 minutos", orienta. Conjuntivite Um problema que quase todo mundo já conhece e caracteriza-se por uma inflamação que na conjuntiva, membrana que envolve o globo ocular e a parte interna das pálpebras. De acordo com a médica Fabiola Gavioli, oftalmologista do CBV Hospital de Olhos, a conjuntivite é mais comum no verão porque as pessoas têm maior hábito de sair e, principalmente, ficar em aglomerados, o que ajuda a disseminar o vírus ou bactéria. "As piscinas e praias com água mais quente favorecem a contaminação. O contagio se da pelo ar ou por contato com a lagrima e secreções do doente", explica Fabíola. Os sintomas iniciais são ardência nos olhos, lacrimejamento e sensação de areia. Com a evolução os olhos ficam vermelhos e com secreção. Normalmente a conjuntivite é auto limitada, durando em torno de sete dias, porém há casos mais sérios que podem chegar a durar quase 30 dias. O médico deve ser consultado quando a quantidade de secreção não é a normalmente encontrada nos olhos, quando há embaçamento da visão ou muita sensibilidade. A prevenção da conjuntivite é simples, deve-se evitar o contato com pessoas contaminadas, lavar bem as mãos durante o dia, não coçar os olhos e não compartilhar óculos e toalhas, e isso também vale para itens pessoais como pinceis de maquiagem.

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Prevenindo a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis

Primeiro de dezembro marca o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. A data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para a importância da prevenção. A Aids, sigla para Síndrome da Imunodeficiência Humana, é causada pelo vírus HIV. Ele destrói o sistema imunológico, ou seja, enfraquece as defesas do organismo, tornando o paciente suscetível a diversas doenças. “Um simples resfriado, por exemplo, pode se tornar mais agressivo em um paciente com Aids. E as infecções podem apresentar evoluções mais graves”, explica o infectologista Moacir Jucá, do Hospital Esperança Recife. No entanto, ser portador do vírus HIV não significa ter Aids. Algumas pessoas podem ser soropositivas (portar o vírus) e não desenvolver a doença. O perigo é que o vírus pode ser transmitido para outras pessoas, sobretudo em relações sexuais desprotegidas. Essa também é a principal forma de contágio de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), a exemplo das hepatites virais, sífilis e herpes. Compartilhar agulhas contaminadas, além de instrumentos que cortam sem estarem esterilizados são outras formas de contágio. “Por isso é tão importante adotar hábitos como o uso da camisinha em todas as relações sexuais, utilizar seu próprio alicate e demais instrumentos na manicure, além de nunca reutilizar ou compartilhar seringas e agulhas”, alerta o médico. Além do sangue, sêmen e secreção vaginal, o vírus HIV também está presente no leite materno. Sendo assim, uma mãe infectada pode transmiti-lo ao bebê durante a gravidez, parto ou amamentação. Para evitar o contágio, saber se é portadora do vírus HIV é fundamental. Esse exame é realizado durante o pré-natal. De acordo com o Ministério da Saúde, a taxa de transmissão do HIV durante a gravidez é de 20%. Esse percentual cai para cerca de 1% quando a gestante segue todas as recomendações médicas. O teste para identificar a presença do vírus HIV é realizado a partir da coleta de sangue. O resultado é sigiloso e irá orientar o paciente a buscar acompanhamento médico. O Ministério da Saúde aponta que o número de pessoas infectadas pelo HIV no Brasil é de aproximadamente 827 mil. Dessas, 112 mil não sabem que estão infectadas. Do total de pessoas soropositivas identificadas no país, 372 mil ainda não estão em tratamento, apesar de 260 mil delas já saberem que estão infectadas “Como o vírus pode passar anos no organismo sem se manifestar, é de suma importância realizar o exame, já que mesmo sem apresentar sintomas é possível infectar o parceiro ou o bebê, no caso das gestantes”, esclarece o infectologista. Saber do contágio precocemente também aumenta a expectativa de vida do soropositivo. O tratamento adotado no Brasil é considerado referência pela OMS. Além do acompanhamento periódico por diversos profissionais de saúde, ele inclui a realização de exames e administração de medicamentos antirretrovirais, quando necessário. Essa medicação diminui a multiplicação do vírus no corpo e recupera as defesas do organismo.

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Saiba quais são e como tratar as doenças mais comuns na terceira idade

O dia 1 de outubro foi a data instituída pela ONU em 1991 para homenagear internacionalmente os idosos. A data tem o objetivo de sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento, dificuldades enfrentadas e os cuidados necessários na terceira idade. Como se sabe, com o avanço da idade é comum o aparecimento de diversas doenças, que podem ser prevenidas ou controladas com o tratamento correto. Você sabe quais são as mais comuns? Confira: Osteoporose: Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmam que a doença já atinge 10 milhões de brasileiros. Por ser silenciosa, ela geralmente é constatada após uma fratura. Atualmente, o melhor método para avaliação de baixa massa óssea é a densitometria. O exame, além de fazer o diagnóstico, é importante para avaliar o aumento ou redução da densidade mineral óssea após um possível tratamento (dieta, reposição de cálcio e/ou vitamina D). “O exame se baseia na aplicação de baixas doses de radiação a fim de mensurar a quantidade mineral óssea em uma área específica, obtendo-se assim a densidade, que corresponde a quanto um osso é "duro" ou "poroso", o que conhecemos como osteoporose”, afirma o radiologista da Lucilo Maranhão Diagnósticos, Dr Marcos Miranda Filho. O tratamento é realizado com medicamentos. Câncer de Próstata: É a segunda maior causa de morte por câncer na população masculina. O urologista Guilherme Maia, do Hospital Santa Joana Recife, ressalta que o perigo é que ele não apresenta sintomas até que alcance um nível avançado. O diagnóstico é realizado através do exame de toque retal e da dosagem do PSA. O câncer pode ser tratado através da Prostatectomia radical (remoção completa da próstata), Radioterapia e Braquiterapia. “No quesito cirurgia, a mais indicada é a robótica. Os braços mecânicos do robô reproduzem os movimentos das mãos humanas com corte mais preciso, sem tremor e visão tridimensional”, explica. Incontinência urinária: Os dois tipos mais prevalentes são a incontinência de esforço, em que o paciente perde xixi após tossir, espirrar, correr ou pular, e a bexiga hiperativa, em que o desejo de urinar não permite a chegada ao banheiro. A partir do diagnóstico é possível definir se o tratamento deve ser feito através de medicamentos, cirurgia ou fisioterapia. “A cirurgia mais comum, chamada de sling, é um procedimento bem rápido, ambulatorial, que vai resolver a incontinência de esforço. Já a fisioterapia do assoalho pélvico é indicada para reforçar a musculatura da pelve, o que vai possibilitar maior retenção do xixi”, afirma o urologista Guilherme Maia. Disfunção erétil: Também chamado de impotência sexual, o problema caracteriza-se pela incapacidade de obter ou manter a ereção para o ato sexual. O andrologista Filipe Tenório, da Clínica Andros Recife, explica que ele pode ser causado por lesões nas artérias, veias e nervos ou pelo uso de drogas, anabolizantes, bebidas alcoólicas ou cigarro. O tratamento pode ser realizado com terapia psicológica, medicamentos orais ou injetáveis e com cirurgia. “A operação é chamada de implante de prótese peniana. Nela inserimos próteses infláveis ou maleáveis no corpo cavernoso do pênis e elas simulam o funcionamento natural do órgão. A taxa de sucesso é altíssima”, garante. Saúde dos olhos: Cuidar da saúde dos olhos deve ser uma constante, pois à medida que o corpo envelhece, a visão também. Muitas doenças podem ser assintomáticas em seu estágio inicial, como a catarata e a degeneração macular relacionada à idade. De acordo com a oftalmologista Bruna Ventura, do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE), nessa faixa etária também podem surgir doenças de retina secundárias às doenças sistêmicas, como diabetes e hipertensão. “Nesse caso, podem ser citadas a retinopatia diabética e a retinopatia hipertensiva, que provocam danos nos vasos da retina e também podem levar a uma perda progressiva da visão. Glaucoma é outra doença que pode surgir e levar a uma perda gradativa e silenciosa da visão”, afirma.

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Evento aborda a importância do check-up na prevenção de doenças

Recife, PE (agosto de 2017) – Diagnosticar precocemente doenças que ainda não tenham apresentado sintomas. Esse é o principal objetivo do check-up, que reúne uma série de exames solicitados por um médico para avaliar a saúde de seu paciente. O Check-up e a Prevenção de Doenças será o tema da próxima edição do Você com Saúde na Maior Idade, projeto do Hospital Santa Joana Recife lançado este ano. No dia 31 de agosto, às 15h, as geriatras Andréa Figuerêdo e Lilian Karine ministrarão palestras gratuitas sobre o assunto no Santa Joana Recife Diagnóstico. As vagas são limitadas e as inscrições, gratuitas, podem ser feitas pelos telefones 3412-2827 ou 3412-2823. Voltada principalmente a idosos e seus acompanhantes e familiares, a iniciativa tem como objetivo orientar e conscientizar sobre a importância do acompanhamento de questões relacionadas à saúde durante a terceira idade, com a intenção de assegurar mais qualidade de vida nesta etapa da vida. No dia do evento, profissionais do hospital irão aferir a pressão arterial dos participantes e realizar testes de glicemia. Também serão promovidas oficinas com as equipes de Nutrição, Fisioterapia e Terapia Ocupacional. “No Brasil, assim como em outros países, o aumento da expectativa de vida é uma realidade. Frente a isso, nossa intenção é contribuir para melhorar o bem-estar dos idosos e reforçar a importância do envelhecimento com saúde”, ressalta Fátima Sampaio, gerente assistencial multidisciplinar do Hospital Santa Joana Recife. Serviço: Você com Saúde na Maior Idade – Tema: Check-up e Prevenção de Doenças. Data: 31 de agosto, quinta-feira. Hora: 15h. Local: Espaço Fidelidade - Santa Joana Recife Diagnóstico. Rua Dom Bosco, 961 - Boa Vista - Recife. Inscrições gratuitas pelos telefones 3412-2827 ou 3412-2823.

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Doenças infecciosas ou parasitárias não são contraindicação ao aleitamento materno

Documento científico lançado na última terça-feira (1º) pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) derruba por terra um mito para pacientes e até profissionais da saúde: o de que todas as mulheres com quadros de doenças bacterianas, parasitárias ou virais devem interromper a amamentação para não contaminar o filho. De acordo com os especialistas do Departamento de Aleitamento Materno da SBP, pensar dessa forma é um erro, sendo que cada caso deve ser avaliado em função de suas características. ACESSE AQUI A ÍNTEGRA DO DOCUMENTO A divulgação faz parte de um pacote de ações coordenadas pela SBP com o objetivo de marcar as comemorações do Agosto Dourado, um período de 31 dias, no qual a entidade quer sensibilizar médicos e a população para os benefícios do aleitamento materno para mães e bebês. Além desse trabalho, outros três estudos científicos serão lançados no período. Para a presidente da SBP, dra Luciana Rodrigues Silva, é um tempo de mobilização. “Convocamos os médicos brasileiros e todos que defendem uma saúde de qualidade para crianças e adolescentes a apoiarem o aleitamento materno. Diariamente, durante o Agosto Dourado, a SBP reforçará essa mensagem. Mas nossas ações em favor do aleitamento não se limitarão a esses dias. Faremos muito mais, todos os meses, pelo bem-estar de nossos bebês e das famílias”, exortou. INFECÇÕES - O trabalho “Doenças maternas infecciosas e amamentação” mostra que a maioria das doenças infecciosas bacterianas maternas não contraindica o aleitamento materno. Por exemplo, quadros de mastite e de abcesso mamário não são considerados de infecções invasivas e, por isso, não impedem a prática do aleitamento, que poderá ser mantido se o tratamento com antibióticos for instituído e material drenado do abcesso não tiver contato direto com a boca da criança. Já infecções mais graves, como meningite, osteomielite e septicemia, exigem a interrupção temporária da amamentação por um curto período (de 24 a 96 horas) após o início do tratamento. Muitas mães quando estão com doenças diarreicas suspendem a amamentação, o que não precisa ser feito, segundo o Departamento de Aleitamento da SBP. A presidente do DC, dra Elsa Giulianni, explica que, na verdade, os agentes que causam diarreias nas mães podem ser importantes contaminantes externos, principalmente do leite materno ordenhado. Ela acrescenta que doenças parasitárias, de maneira geral, também não configuram impedimento à amamentação, pois não há transmissão de parasita pelo leite humano. Neste caso, a exceção conhecida ocorre na doença de Chagas, quando o parasita pode contaminar o leite humano. Para o Departamento, há evidências, entretanto, de que a infecção aguda no lactente parece ter evolução benigna e a descrição de sequelas é rara. Logo, informam os especialistas, a contraindicação da amamentação deve ser aplicada apenas na fase aguda da doença. TUBERCULOSE E HANSENIASE - Em pacientes com tuberculose, se a mãe foi tratada por duas ou mais semanas antes do nascimento do filho pode amamentar sem qualquer restrição, mas a criança deve receber a vacina BCG logo após o nascimento. Contudo, se a mãe for portadora da tuberculosa multidroga resistente, que é uma forma mais grave da doença, a separação da criança do contato da mãe deve ocorrer para evitar contaminação. Só que leite materno pode ser ordenhado e oferecido à criança até a mãe estar curada. Mesmo a hanseníase, doença que assusta as pessoas, não indica necessariamente o desmame, dizem os especialistas. Se a doença não estiver em fase contagiosa, não há contraindicação para a amamentação. No entanto, o a criança de uma mãe infectada pela doença deve ser submetida periodicamente a exames clínicos para detectar precocemente possíveis sinais da doença, uma vez que é transmitida por meio de secreções nasais e da pele. DOENÇAS VIRAIS - Por sua vez, as doenças virais apresentam peculiaridades quanto à amamentação. As mais comuns - como febre amarela, Influenza e infecção por herpes - não requerem o desmame. Diante desses diagnósticos, as mães podem estar debilitadas e, neste caso, recomenda-se a ordenha. Já no caso das hepatites A, B e C as precauções variam. Enquanto a infecção pela hepatite A não indica desmame, a hepatite B requer maiores cuidados, uma vez que é transmitida pelo sangue, esperma, líquido amniótico, fluidos vaginais, sangue do cordão umbilical e pelo leite materno. O Departamento explica em seu texto que o maior risco de transmissão ainda é pelo parto, quando a criança entra em contato com o sangue e secreções maternas infectadas. E alerta que tem sido discutido, inclusive, a realização do parto cesáreo eletivo para estes casos. Contudo, não há nenhuma recomendação oficial para uma cesárea quando a única razão for a contaminação por hepatite. VIRUS HIV - Já no caso do vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV) é necessária cautela, porque pode ser transmitido de mãe para filho durante a gestação, no parto e através do leite materno. A amamentação está associada a um risco adicional de transmissão que pode chegar a 29% nos casos de infecção aguda. As condutas em relação à amamentação de mães soropositivas para o HIV devem seguir as diretrizes de cada país. Desde 2010, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno para todas as mulheres que vivem com HIV e fazem o uso de drogas antirretrovirais. Essa orientação se baseia em evidências científicas de que o uso destas drogas pode reduzir significativamente o risco de transmissão por meio do leite materno. Mas, no Brasil, é contraindicada a amamentação para as mães soropositivas. Neste caso, os recém-nascidos devem ser alimentados com fórmulas infantis.

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Os cuidados com a visão na primeira fase da vida

O diretor do Oftalmax Hospital de Olhos Paulo Suassuna orienta que é importante o acompanhamento semestral nos primeiros 2 anos das crianças de mães que tiveram problemas na gravidez. “Esses bebês podem apresentar baixa severa e irreversível da acuidade visual devido a alterações que ocorreram durante o desenvolvimento dos olhos na gestação”, informa. Doenças como toxoplasmose – oriunda das fezes de gato, pombo e cachorro, a Zika (transmitida pelo mosquito Aedes aegypt), a rubéola, e a sífilis, podem ser transmitidas para o feto durante a gestação acarretando consequências nas crianças como aparecimento de cataratas congênitas, lesões na retina e no vítreo (substância gelatinosa que preenche internamente o globo ocular), com grave comprometimento para visão. Suassuna ressalta ainda que, recém-nascidos identificados com microcefalia, podem apresentar problemas congênitos na visão, anormalidades graves na retina e no nervo óptico que podem causar baixa acuidade visual ou até mesmo a cegueira. Portanto, até o pequeno completar 2 anos é necessário manter um acompanhamento intensivo. “Esse é o período crítico de desenvolvimento da visão, porque a criança pode não estar enxergando bem, mas ela não consegue expressar ou perceber que está com problema ocular”, justificou Casanova. “É nessa faixa etária que começa a formar 90% da visão e há a possibilidade de se ter um melhor resultado no tratamento de doenças, pois a vista ainda não está 100% formada, por isso é necessário ter essa atenção redobrada”, completou. Passada essa idade crítica, deve-se levar a criança ao oftalmologista, pelo menos, uma vez ao ano. Nessa fase, o paciente dilata a pupila para uma avaliação do grau, exame realizado com auxílio de um retinoscópio e da régua de esquiascopia, instrumento este composto de inúmeras pequenas lentes. Entre os diagnósticos, pode ser constatada uma suspeita de ambliopia, termo conhecido como olho preguiçoso, causado quando por uma disfunção do olho, que tem como característica a diminuição da acuidade visual uni ou bilateralmente, ou seja, a dificuldade em enxergar formas e contornos dos objetos. A oftalmopediatra do Instituto de Olhos do Recife (IOR) Ana Carolina Valença Collier explica que isso pode ocorrer devido ao mau alinhamento dos olhos (estrabismos), graus elevados ou cataratas. “Caso não seja tratado, com o passar do tempo pode ocorrer uma baixa severa no desenvolvimento da visão comprometendo a compreensão das imagens”, alerta. A médica ainda ressalta a importância de levar a criança ao oftalmo anualmente, pois caso ela seja amblíope, só pode ser tratada até os 6 anos. “Se não for corrigida antes da formação completa da visão, poderá ter uma perda significativa”, afirmou. Normalmente o tratamento para casos com ambliopia é realizado com uso de óculos e em determinadas situações cirurgia. Porém quando tratada mais cedo, pode ser utilizado um oclusor infantil, que funciona como um tampão sobre o olho que enxerga bem. Essa técnica forçará o olho “mais fraco” a estimular a visão. Os pais têm um papel fundamental em perceber se os filhos estão com problemas de visão. Ruth Eleutério, médica do trabalho, por exemplo, descobriu há três anos que seu filho Renato apresentava hipermetropia. “Ele sempre que queria ver alguma coisa apertava o olhinho”, contou. Ao perceber a dificuldade dele para enxergar, ela antecipou a consulta na qual descobriu que Renato era hipermétrope e passou a utilizar óculos. “Hoje ele usa a metade do grau para estimular a visão. Depois que passou a utilizar óculos, teve outro comportamento. Houve uma melhora muito perceptível. Ele num instante se adaptou”, observa Ruth. Para oftalmologista Patrícia Rego, do Hospital Santa Luzia, quando a criança está na faixa dos 6 anos, período de alfabetização, a escola torna-se uma sinalizadora importante de possíveis problemas oculares. “Quando ela senta muito perto da lousa, aperta muitos os olhos para enxergar, lacrimeja ou até mesmo possui baixo rendimento escolar, pode ser um alerta para levar seu filho ao oftalmologista”, aconselha. A médica explica que se o problema for só num olho, a probabilidade da criança reclamar é muito pequena. “É importante os pais prestarem atenção nesses sintomas, além disso, procurar saber com professores, como está o aprendizado do seu filho na sala de aula”, ressaltou. Assim como Patrícia, Suassuna adverte que esses cuidados e acompanhamentos são indispensáveis. “Dessa forma, as patologias são identificadas e tratadas o mais precoce possível impedindo que no futuro apareçam problemas mais graves e irreversíveis provenientes do descuido quando criança.” Por Paulo Ricardo

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Já levou seu filho ao oftalmo?

Poucos pais atentam para a necessidade de levar seus filhos ao oftalmologista, por desconhecerem a importância desse cuidado. Levantamento do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) mostra que 70% das causas de cegueira e problemas relacionados à visão infantil poderiam ser evitados se as medidas preventivas tivessem sido realizadas desde o seu nascimento. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, o primeiro exame que precisa ser realizado com o recém-nascido para avaliar a saúde visual é o teste do olhinho. Em 2010, por meio de um projeto de lei, o exame tornou-se obrigatório no Estado e deve ser feito nos primeiros 15 dias de vida, antes da mãe receber alta do hospital, com uma pediatra ou mesmo um oftalmologista. É possível diagnosticar doenças adquiridas antes do nascimento ou posteriormente no primeiro mês, como glaucoma, cataratas, tumores e alterações na retina. O exame é rápido e pode ser realizado com um aparelho chamado oftalmoscópio, no qual, o oftalmologista visualiza o reflexo vermelho do fundo do olho, ou seja, a retina. Caso o diagnóstico aponte alguma anormalidade, como a ausência do reflexo vermelho ou a pupila branca são realizados exames mais aprofundados para avaliar a necessidade de cirurgia. Foi por meio desse teste, que Karla Roque, gerente de relacionamento de uma unidade médica, descobriu que seu filho Kauã, com 3 meses de vida, tinha catarata congênita. “O médico precisou fazer a cirurgia de facectomia nos dois olhos dele – retirada da catarata - que impedia a passagem da luz com colocação de lentes intraoculares e posteriormente os óculos para corrigir a visão”, conta Karla. Atualmente, ela leva Kauã, que está com 4 anos, a cada três meses ao oftalmologista para avaliar a situação do grau. Segundo Fábio Casanova, diretor do Memorial Oftalmo, uma das formas que os pais podem detectar se existe algum problema é tirar uma fotografia da criança com flash. “Se os olhos aparecerem brancos é um dos sinais mais comuns que precisam ser observados o quanto antes, para que possa ser tratado com urgência, pois doenças com esse sintoma podem levar à cegueira”, alerta o médico. Mesmo quando o bebê não apresenta de imediato problemas de visão, a criança deve realizar exames periódicos aos longo dos anos. O teste de acuidade visual (AV), por exemplo, mede o quanto a criança enxerga, é realizado por meio de letras ou desenhos projetados na parede para que ela identifique o que está sendo mostrado. Também é importante verificar, novamente, a análise do fundo do olho, pesquisa de estrabismo que testa a movimentação dos olhos, o teste de visão de cores e até mesmo o grau. Até aproximadamente uns 6 meses, é normal a criança aparentar ter estrabismo, devido à incapacidade de fixação dos olhos. Mas caso se perpetue além dessa idade é necessário levá-la ao médico. O recomendado nessa fase é que a criança faça a consulta com o oftalmologista pediatra, pelo menos, a cada seis meses. Por Paulo Ricardo   Veja também : Os cuidados com a visão na primeira fase da vida Quatro dicas para prevenir problemas nos olhos Quais são os problemas oculares em criança      

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Óculos escuros evitam doenças

No Nordeste brasileiro, onde o clima de Verão dura praticamente o ano todo, os óculos escuros deixam de ser simples acessórios de moda e se tornam essenciais para a saúde dos olhos. Com a chegada da estação mais quente do ano no próximo mês, o uso das lentes protetoras é ainda mais importante e a atenção na qualidade do produto deve ser redobrada. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) alerta que o maior cuidado a ser tomado é para que os óculos de sol tenham lentes com 100% de proteção contra a radiação ultravioleta (raios UVA e UVB), pois a nossa córnea é incapaz de absorvê-la e filtrá-la. Uma lente escura em más condições pode causar danos graduais e, em casos extremos, culminar na perda total da visão. De acordo com a SBO, os óculos sem proteção intensificam a radiação que penetra nos tecidos oculares, mesmo diminuindo a luminosidade do ambiente.A baixa incidência da luz ocasiona o aumento da pupila, fazendo com que os olhos absorvam ainda mais os raios nocivos. Por ocasionarem lesões cumulativas, a radiação solar deve ser evitada desde a infância. É importante que os pais habituem as crianças a usarem óculos escuros logo nos primeiros anos. O oftalmologista Theophilo Freitas, do Hospital Santa Luzia, revela que doenças como a catarata e a degeneração macular relacionada à idade (DRMI) são os exemplos mais comuns de consequências da exposição solar sem proteção adequada. No verão, os riscos de irritações e queimaduras nas córneas, além de doenças infecciosas aumentam. “Determinadas cores têm a capacidade de filtrar radiações de comprimentos de ondas específicos. Isso também é um fator importante”, adverte Theophilo Freitas. As lentes castanhas, cinzas e verdes são as mais eficientes no cuidado com os olhos. Já os óculos mais claros tendem a ser mais suscetíveis à luz, pois apresentam menor quantidade de pigmento e, consequentemente, menos bloqueio à luminosidade. Para garantir a qualidade do produto, recomenda-se que as óticas façam a medição dos filtros na presença dos usuários. Além disso, os óculos de qualidade não apresentam deformidade de reflexos. Para verificá-lo, basta checar posicionando as lentes contra a luz. A forma e o tamanho dos óculos também são fatores importantes a serem levados em conta. Os olhos também devem ser protegidos lateralmente devido à radiação indireta. Portanto, lentes ligeiramente curvas, que se adaptem ao formato do rosto, são mais indicadas. Armações maiores e hastes mais grossas também bloqueiam a luminosidade e aumentam a proteção cobrindo grande parte da área dos olhos. Além de protegerem contra os raios solares, os óculos servem como uma barreira contra resíduos do ambiente como a poluição da rua, a areia da praia ou elementos alergênicos.

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