Arquivos Economia - Página 15 De 42 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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"O setor de logística desponta como um elo entre as fábricas e os consumidores finais"

O setor de logística foi destaque da última matéria de capa da Revista Algomais. Um dos nossos entrevistados foi Paulo Alencar, que é doutorando em Engenharia de Produção, consultor e professor de logística na Unit-PE. Publicamos hoje a entrevista completa em que ele aponta as razões do setor estar em forte crescimento, mesmo em meio a um período de crises. Ele aposta num crescimento médio de 20% do e-commerce ancorado nos avanços tecnológicos e no maior acesso dos consumidores aos dispositivos digitais. Quais os fatores que têm colocado o setor de logística como um dos mais promissores para crescer nos próximos anos? Com o crescimento do consumo direto pelos clientes finais nas mais variadas formas, esta nova demanda impulsionou a necessidade mais latente de integrar os produtores aos consumidores finais em uma cadeia logística mais longa e desafiadora, a ponto de gerar um diferencial competitivo para atender estes clientes finais que são mais exigentes, conscientes e que têm mais pressa em receber os seus produtos. Ou seja, o setor de logística desponta como elo de ligação entre as fábricas e os consumidores finais em uma tendência de mercado que tende a ser constante hoje e nos próximos anos. Nos últimos anos vimos muitas transformações nesse segmento, que impactaram fortemente a nossa forma de consumo e as oportunidades de negócios, com grande destaque para o avanço do e-commerce. Quais as principais transformações que os consumidores e empresas deverão observar nos próximos anos? O e-commerce no Brasil cresce cerca de 20% ao ano nos últimos 10 anos, impulsionado principalmente pelo acesso maior das pessoas aos computadores e ao avanço da internet na maioria dos lares brasileiros. Neste sentido, os consumidores vêm aprendendo a utilizar as facilidades das compras remotas e as empresas por sua vez vêm desenvolvendo plataformas que atendam a este mercado. As empresas investem continuamente no desenvolvimento das facilidades e agilidades para garantir compras seguras e com entregas rápidas para estes consumidores finais, a ponto das lojas físicas encolherem gradativamente e tornarem-se verdadeiras vitrines com vendedores que se adaptaram para consultores de compras. No campo tecnológico, da Logística 4.0, há muitas inovações em desenvolvimento? O que você destacaria? O uso de drones para entrega pode se tornar uma realidade? Com o surgimento da Indústria 4.0 ou 4° Revolução Industrial no fim dos anos 90, além da do avanço da Globalização com decorrente crescimento do consumo remoto para os mais variados produtos e mercados, a logística desenvolveu uma sinergia entre tecnologia e velocidade de resposta para garantir a integração entre uma indústria mais mecanizada e com consumidores cada vez mais distantes e com demandas crescentes. Sendo assim, a Logística 4.0 nada mais é do que o incremento da tecnologia para facilitar as conexões transversais entre a indústria e os consumidores finais com o uso de softwares e modelos matemáticos para evitar gargalos operacionais e garantir satisfação dos consumidores. Do ponto de vista das inovações, podem-se destacar o uso de redes neurais nas Cadeias Logísticas, drones e Blockchain quem avançam na solução para tomada de decisão, entrega de pequenos volumes e mapeamento dos insumos, respectivamente. Que oportunidades de trabalho se abrem nesse setor? Quais os principais contratantes? As empresas perceberam que com as compras remotas, não precisão mais necessariamente de grandes lojas físicas e sim de estruturas avançadas ou CDs com softwares robustos e profissionais capacitados para recepção dos produtos dos fabricantes, separação e transporte para os locais de entrega definidos pelos consumidores. Ou seja, surgem oportunidade concretas de trabalho e emprego no setor que cresce como área de retaguarda entre os anseios dos consumidores e uma indústria em grande momento transformação. Os principais contratantes aqui podem ser definidos como as empresas do pequeno varejo, material de uso e consumo e fast food com entrega residencial. . . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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FindUP dobra o tamanho da equipe e prevê crescimento em 2021

A chamada economia do compartilhamento tem cases mundiais de sucesso, como o Airbnb e o BlaBlaCar. Na Algomais, produzimos uma reportagem há 4 anos sobre como esse modelo era uma tendência de negócios forte também no Recife. Na ocasião, destacamos uma empresa pernambucana, a FindUP.  Focada no segmento de Field Service (gerenciamento de serviço de campo), a startup foi apontada recentemente como uma das 7 empresas do pólo tecnológico pernambucano que devem deslanchar neste ano, de acordo com a Sondagem das Empresas mais Promissoras do Porto Digital em 2021. “Somos uma startup de tecnologia baseada em economia compartilhada que possibilita o gerenciamento e a solicitação de serviços de TI. Nossa solução recorre a tecnologias como Geolocalização, Machine Learning e Big Data, para oferecer a melhor experiência no atendimento e facilitar o gerenciamento da área dentro das companhias. Por meio de nossa plataforma, nós oferecemos um atendimento especializado em tempo recorde de até 3h, devido a nossa rede com profissionais presentes em mais de 790 cidades", explica o CEO Fábio Freire. Confira abaixo o post sobre a pesquisa: Sondagem aponta as 7 empresas mais promissoras do Porto Digital em 2021 Resgatamos também a reportagem sobre o avanço da economia compartilhada no Recife: Economia compartilhada cresce no Recife . Se você já quebrou a cabeça para consertar algum bug do seu computador ou já se deparou com a necessidade de uma manutenção inesperada na impressora ou em outro equipamento do seu PC, sabe a dor de cabeça que uma falha dessas pode trazer. Imagine uma empresa com atuação nacional, com milhares de lojas e cada unidade com suas dezenas de aparelhos? Esse é o principal cliente da FindUP, que atende alguns gigantes como a Riachuelo, a Centauro, a Magazine Luiza, a Azul, além de alguns bancos. Para atender essa imensidão de serviços, a startup pernambucana conta com uma plataforma que já possui 12.800 técnicos cadastrados. No ano passado, a empresa recebeu um investimento da gestora de venture capital DOMO Invest, através do fundo DOMO Enterprise, de R$ 5 milhões. O time interno da FindUP também dobrou em 2020, alcançando o número de 42 colaboradores. A empresa prevê em 2021 a contratação de 15 engenheiros de software no Recife para fortalecer seus produtos. Fábio afirma que os principais desafios para os próximos anos da empresa estão na promoção de crescimento estruturado, na contração de mão de obra e na criação de novos produtos.

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Demorval dos Santos: "A recuperação da economia local virá do pequeno produtor"

Em um período de alta do desemprego e de fim do auxílio emergencial, conversamos com o economista e mestre em Administração e Desenvolvimento Rural Dermorval dos Santos. Ele que é professor do Centro Universitário de Vitória de Santo Antão (Univisa), comenta os desafios dos novos prefeitos na gestão das cidades a partir da ótica do enfrentamento à pandemia e do combate à desigualdade social. Quais as perspectivas para o cenário do emprego e desemprego em Pernambuco em 2021? Demorval: O Governo de Pernambuco criou alguns programas de enfrentamento à crise econômica promovida pela pandemia da Covid-19. Dentre eles, o que ganhou nova tendência para 2021 foi o programa de crédito popular que teve seus juros reduzidos e o valor do crédito aumentado. Esta ação do Governo do Estado é fundamental para o aquecimento do mercado e pode resultar na criação de novos postos de trabalho. Em 202o, Pernambuco apresentou taxas de desempregos altas, de acordo com os dados da Pnad Covid, chegando a ocupar, no terceiro trimestre, a quinta posição entre os Estados com as maiores taxas de desemprego, superando a média nacional. Normalmente em dezembro ocorrem as contratações temporárias e em 2020 não foi diferente. O Auxílio Emergencial também promoveu um aquecimento da economia e com isso elevou o nível de confiança dos empreendedores ao ponto de realizarem as contratações. No entanto resta saber qual a taxa de conversão destes empregos temporários em empregos permanentes. . Qual o impacto das eleições nesse cenário de combate ao desemprego? As eleições municipais são um dos fatores que motivam a superação do cenário de desemprego nas localidades. Os novos líderes chegam com vontade de fazer o melhor pelo seu povo. Nos primeiros dias de janeiro de 2021 percebemos que algumas prefeituras, como a cidade do Recife, fizeram reformas administrativa. Tais reformas são fundamentais para a melhoria no nível de emprego da Cidade do Recife e dos demais municípios do Estado. Elas ajudam a dar eficiência a muitos programas foram criados em 2020, mas que tinham uma burocracia tão grande que os microempreendedores não conseguiam acesso ao dinheiro e acabaram fechando. Não basta apenas criar um programa, mas também ter a certeza de que ele “alimentará” os agentes alvos de sua finalidade de criação. . . Com processos menos burocráticos, recursos com verbas maiores, redução na taxa de juros e facilitações para prazo de pagamentos, estima-se que haja uma leve recuperação do cenário econômico Pernambucano. É chegada a hora de investimentos no Microempresário Individual (MEI), estimulando sua capacidade de gestão através de programas de capacitação e acessoria. A recuperação da economia local virá do pequeno produtor e das análises individuais de mercado respeitando as características particulares de cada local. Cada governante local deve entender quais as características produtivas de suas localidades, buscando investimentos internos e externos. A política cambial brasileira (com foco no dólar) tem favorecido as comercializações dos nossos produtos nos mercados externos. Na medida certa, este pode ser um dos caminhos para o aumento da renda estadual. Nosso Estado está dividido em cadeias produtivas interessantes e distintas e cada localidade deve focar no que melhor produz com o menor custo e almejar o mercado externo, sem desabastecer o mercado interno. . Sobre o Recife quais são as principais apostas? O prefeito João Campos já anunciou investimentos no setor de tecnologia da cidade do Recife. Ele vem buscando parcerias importantes na área de formação para dar suporte ao crescimento do setor. Pois não basta apenas aumentar as vagas no setor de tecnologia, se não há um processo de qualificação profissional para as oportunidades que surgirem. Com tais investimentos, acredita-se que a área de tecnologia da informação, para a Cidade do Recife, seja a grande promessa empregatícia. . O combate ao desemprego e a desigualdade social foi apontado como a prioridade pelo prefeito João Campos, no Recife. O que cabe a cada poder (federal, estadual e municipal) no combate à esses dois problemas tão crônicos de PE e do Brasil? Em primeiro momento, deve se buscar o alinhamento das políticas públicas, das suas diversas esferas, e privadas. Há anos estas esferas federal, estadual e municipal não têm se mantido alinhadas e os propósitos políticos estão sempre à frente do pensamento da construção de uma sociedade sustentável. O exemplo mais recente está na aquisição da vacina contra o Covid-19. Os governos locais estavam tendo que recorrer a meios jurídicos para a compra da vacina. O Presidente do Brasil já deixou clara suas ideologias sobre a aquisição da vacina. Sem vacinação em massa todos os mercados estão em risco e não existe a possibilidade de combater o desemprego e a desigualdade social. Em segundo momento, notoriamente existem barreiras entre as esferas pela discriminação territorial. Um tema bem antigo. Em 2019, o então Presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, em um café da manhã com seus ministros e jornalistas refere-se a todos os Governadores Nordestinos como Governadores Paraíbas, uma forma “pejorativa” utilizada por outras regiões do Brasil para qualificar quem no nordeste reside. É fato que discriminações territoriais leva a desigualdade social. O maior desafio para todos os Estados do Nordeste vem da relação destas esferas com o Governo Federal. . Começamos o ano com o fim de auxílio emergencial que foi importante para o País atravessar o pior momento da pandemia e que reduziu a desigualdade nesse período. Alguma coisa pode ser feita no curto prazo para reduzir o impacto do fim desse programa? Chegamos ao momento de falar que a vacina é a estratégia de curto prazo. Os países que estão aplicando a vacina estão apresentando bons resultados com o uso da mesma. Além disso, o Governo Federal precisa controlar seus gastos. Não falta dinheiro. O que falta é a responsabilidade no equilíbrio das contas públicas. Veja bem, com base nos dados do Secom (2021) – Secretaria Especial de Comunicação Social- o Governo Bolsonaro já gastou 17 vezes a mais com propaganda no exterior do que todos os últimos Governos no período de 10 anos. Além disso o Governo fez compra de cloroquina numa quantidade

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Faculdade Nova Roma é adquirida por novo grupo educacional e anuncia projeto de expansão

A Faculdade Nova Roma inicia 2021 sob nova administração, formada por um consolidado grupo de profissionais do setor educacional. Na lista de novidades está a pretensão de abertura de uma nova sede, com investimentos na ordem de R$ 8 milhões em estrutura física e aquisição de equipamentos. A iniciativa também conta com a retomada dos 12 cursos de graduação presencial, oferta de novos cursos na área da saúde, programas de pós-graduação e portfólio de cursos na modalidade EAD. A empresa já possui 12 cursos de graduação. Com a chegada da nova administração, a instituição já protocolou, junto ao Ministério da Educação (MEC), a autorização para o ingresso na área da saúde, com os cursos presenciais de Odontologia, Psicologia e Enfermagem. O portfólio ainda é formado por cursos tecnológicos e um leque de ensino à distância, escolhidos pensando nas demandas profissionais que mais crescem na região. "Vamos somar experiências e construir um caminho consolidado para a Faculdade Nova Roma. Há muito trabalho a ser feito, e o momento é de mudanças, expansão e boas novas", destaca Mauricélia Montenegro, executiva de ensino superior que estará à frente do novo grupo educacional que vai gerir a faculdade. A projeção do grupo para os próximos cinco anos é de concentrar cinco mil alunos, além da criação de cerca de 300 empregos.

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Empresa prevê crescimento de 50% no transporte de passageiro sobre motos no Recife

O aplicativo de motos Picap, que opera como um Uber sobre duas rodas, anotou um crescimento de 80% nos últimos meses de 2020. A empresa especializada no transporte de passageiros sobre moto projeta um início do ano ainda mais forte, principalmente no Recife. Segundo a empresa, este modal de deslocamentos apresentará um aumento de demanda de 50% até abril e a capital pernambucana deve ter um desempenho ainda mais elevado. "Temos sido bastante demandados diante da reabertura de alguns setores da economia. A circulação das pessoas nos ônibus tornou-se um risco, devido ao crescimento da contaminação do Covid-19. A moto, além de ser mais segura, torna o traslado mais rápido e barato para usuário", explica o CEO da Picap, Diogo Travassos. A startup que já tem atuação em 11 cidades no País tem planos de ampliar sua operação no Recife. "Mesmo antes da pandemia, Recife concentrava o nosso melhor desempenho dentre todas as cidades onde atuamos. Estamos cadastrando novos motoristas para dar conta dessa demanda cada vez maior", explica Travassos.

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Pesquisa do ViajaNet: Recife é o destino nacional mais procurado pelos brasileiros

Em meio ao período mais desafiador para o turismo em todo o mundo, a capital pernambucana foi o destino preferido pelos brasileiros que fizeram suas viagens de avião em 2020. Essa é a revelação da Pesquisa realizada pela agência virtual de turismo ViajaNet. O levantamento reuniu informações de todas as vendas de passagens aéreas para o Brasil entre janeiro e novembro do ano passado. O Recife contabilizou sozinho 3,3% das viagens domésticas do País. Na lista dos destinos mais visitados estão na sequência as cidades de Salvador, na Bahia (2,5% das vendas de viagens nacionais), Fortaleza, no Ceará (quase 2% do montante de bilhetes emitidos), São Paulo, Rio de Janeiro e Maceió. Para o head of marketing do ViajaNet, Gustavo Mariotto, as cidades do Nordeste ainda são a preferência dos brasileiros que viajam dentro do País. “Entretanto, observa-se uma ligeira mudança de comportamento do consumidor, com um interesse crescente por cidades com grande estrutura para atividades culturais e gastronômicas, como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, por exemplo”, comenta Mariotto.

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Grupo Alpha investe R$ 5 milhões e abrirá 10 unidades

O Grupo Alpha deve inaugurar 10 novas unidades até o ano de 2022 em diferentes cidades do Brasil. Petrolina, Feira de Santana, Salvador, Recife, Gravatá, Pesqueira, Garanhuns, Piracicaba já são as cidades confirmadas, enquanto outras ainda estão em negociação. O grupo educacional pernambucano espera estar presente em todas as regiões do Brasil em dois anos, investindo cerca de R$ 5 milhões. Para sua expansão, a empresa busca ainda profissionais para formar sua equipe, adequando os seus serviços ao perfil de seu público. Entre 2012 a 2019, vários polos foram inaugurados no interior de Pernambuco e na Região Metropolitana do Recife (RMR), como Serra Talhada, Camaragibe, Olinda e Paulista. Atualmente, o grupo pernambucano já possui mais de 15 polos. “A ideia é criar uma instituição de Ensino de Qualidade, onde todos tivessem o prazer de adquirir conhecimento, além de conquistar uma vaga no mercado de trabalho através do sonho de realizar uma faculdade", disse a CEO, Luciana Vitor. Além dos cursos de Graduação, Pós-Graduação, Cursos Técnicos e Cursos de Aperfeiçoamento, o grupo oferece o Colégio Alpha, um projeto de Educação Básica, que oferta os níveis de Educação Infantil e Fundamental. A sede da empresa fica no bairro da Boa Vista. As outras unidades estão espalhadas na Região Metropolitana do Recife: Janga, Camaragibe, Igarassu, Olinda, Cabo de Santo Agostinho, além de cidades do interior de Pernambuco, como Palmares, Caruaru, Carpina, Goiana, Vitória de Santo Antão, Petrolina, Serra Talhada. O grupo também se faz presente em algumas cidades do Brasil, como Natal, e em duas cidades do Rio Grande do Norte.

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Setor industrial de Pernambuco foi o segundo que mais cresceu no País

Da Agência Brasil O setor industrial nacional cresceu em oito dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM-Regional), na passagem de setembro para outubro. O resultado mostrou também que nove localidades superaram o patamar pré-pandemia de covid-19: Amazonas, Santa Catarina, Ceará, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Pará e Rio Grande do Sul. O resultado foi divulgado ontem (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A maior influência no resultado nacional em outubro foi o Paraná, onde houve crescimento de 3,4%. É a sexta taxa positiva consecutiva, com ganhos acumulados de 51,5% nesse período. O analista da pesquisa, Bernardo Almeida, disse que o resultado se deve em grande parte ao crescimento do setor de máquinas e equipamentos, bastante atuante na indústria do estado. Pernambuco (2,9%) e Santa Catarina (2,8%) também tiveram crescimento acentuado. A indústria pernambucana voltou a crescer após registrar recuo em agosto (-3%) e setembro (-1,1%). Já a indústria catarinense registrou alta acumulada de 52,4% entre maio e outubro de 2020. A Região Nordeste (1,7%) também teve alta maior do que a média nacional (1,1%). Segundo o IBGE, os estados de Mato Grosso (1,1%), do Ceará (0,5%), de São Paulo (0,5%) e de Minas Gerais (0,4%) completam a lista de locais com aumento de produção industrial em outubro, com destaque para a indústria paulista, que, apesar da alta menor que de outras regiões, teve a segunda maior influência, dado o tamanho do parque industrial. “Este mês, a maior influência na indústria paulista foi do setor de outros equipamentos de transporte, principalmente veículos ferroviários, com a produção de vagões”, afirmou Almeida. Segundo ele, tradicional motor da indústria do estado, o setor de veículos também foi importante para a taxa positiva. O estado registrou a sexta taxa consecutiva, com acumulado de 47% no período, e está 5,3% acima do patamar pré-pandemia de fevereiro. Entre as quedas, Rio de Janeiro (-3,9%) e Goiás (-3,2%) registraram os recuos mais elevados. É o segundo mês seguido de queda na produção em ambos os estados, acumulando, nesse período, perdas de 7,8% e 3,3%, respectivamente. De acordo com o IBGE, a queda no setor de derivados do petróleo, área com muita influência na indústria fluminense, foi uma das responsáveis pelo resultado do estado. Já a produção industrial goiana teve a perda mais intensa desde novembro de 2019 (-6,4%), puxada pela diminuição do índice no setor de alimentos, muito atuante na produção local. “O setor de derivados do petróleo e biocombustíveis também influenciou negativamente na indústria goiana”, disse Almeida. Espírito Santo (-1,8%), Pará (-1,8%), Amazonas (-1,1%) e Bahia (-0,1%) também apresentaram resultados negativos em outubro na comparação com setembro. Já o Rio Grande do Sul repetiu o patamar de produção de setembro e se manteve estável.

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Valor gasto em restaurantes de Pernambuco tem queda de 17,2%

A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), em parceria com a Alelo, bandeira especializada em benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas, apresenta informações atualizadas sobre os impactos da COVID-19com os Índices de Consumo em Supermercados (ICS) e os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR), calculados com base nas transações diárias realizadas, em outubro de 2020,a partir da utilização dos cartões Alelo Alimentação e Alelo Refeição,em Pernambuco. Os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR)trazem a evolução do consumo de refeições prontas em estabelecimentos como restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, além de serviços de entrega (delivery) e retirada em balcão/para viagem (pick-up). Em outubro, na comparação com o mesmo período de 2019, o valor gasto nestes estabelecimentos registrou uma queda de 17,2%, enquanto a média nacional foi de -23,2%. Houve ainda redução de 38,5% no volume de transações e 10,3% no número de estabelecimentos que registraram operações. “Mesmo com a reabertura, os números continuam mostrando que os restaurantes e outros estabelecimentos comerciais que oferecem refeição ainda sofrem com os efeitos da pandemia. Mas, notamos que há um progresso no valor consumido mês a mês, visto que em setembro a queda foi de 21% e em outubro de 17,2%”, afirma Cesario Nakamura, presidente da Alelo. Por outro lado, os Índices de Consumo em Supermercados (ICS)mostram que as vendas nesse segmento continuam sendo menos afetadas pela pandemia e pelas medidas contingenciais, mesmo ainda apresentando resultados negativos. Em particular, o principal impacto observado no comportamento de consumo continua sendo a redução no número de transações, com queda de 11,8%. No entanto,o valor gasto nos supermercados subiu 4,2% e houve aumento de 1,8% no número de estabelecimentos que efetivaram transaçõesno mês de outubro, em relação ao mesmo período do ano passado. Em termos regionais, a análise dos resultados revela que os efeitos da pandemia continuam se distribuindo de forma heterogênea sobre as unidades federativas, refletindo a descentralização e as diferenças temporais entre os processos de fechamento e abertura das economias locais, bem como a interiorização da pandemia. Adotando como parâmetro o valor gasto em restaurantes, é possível evidenciar que as regiões mais impactadas em outubro foram a Sudeste (-23,6%) e Sul (-23,5%), contrastando com os menores impactos observados nas regiões Norte (-16,4%) e Nordeste (-20,2%). Já o consumo na região Centro-Oeste ocupou posição intermediária no ranking, com variação de -21,5%.

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"O Hidrogênio Verde pode abrir grandes oportunidades para o Nordeste"

Sérgio Xavier é ex-secretário de Meio Ambiente de Pernambuco e foi um dos entrevistados pra a última edição em que tratamos sobre a possível retomada da economia mundial sob matrizes mais sustentáveis. Ativista da causa ambiental, ele lançou recentemente a plataforma “Política Pelo Clima”, com uma proposta de qualificar o debate público e driblar a polarização que se instalou no nosso País para avançar num projeto de desenvolvimento sustentável. Confira abaixo. Conceitualmente o que seria uma "economia verde"? Sérgio Xavier - Uma economia verde ou sustentável harmoniza processos produtivos com os ciclos naturais. Regenera e fortalece biodiversidade e recursos ambientais em vez de destruir e degradar. É muito mais forte, segura e pode ser infinita. Hoje, a velha economia está quebrando diversos ciclos biogeoquímicos, como o do carbono, que está em excesso na atmosfera, provocando mudanças climáticas e levando a humanidade a uma situação altamente crítica. Muito tem se falado sobre uma tendência da retomada da economia global pós-crise da pandemia acontecer com um viés mais sustentável, ancorada por exemplo em investimentos de projetos de baixo carbono. Você acredita nessa tendência? Que sinais poderíamos apontar para isso? Sérgio Xavier - A União Europeia lançou um robusto plano nesta direção. Considero uma ótima referência prática para o mundo. Grandes investimentos já estão em curso, incentivando tecnologias de descarbono, sistemas de economia circular e fontes energéticas renováveis, com ênfase para o emergente Hidrogênio Verde, que pode, inclusive abrir grandes oportunidades para o nordeste do Brasil. O Hidrogênio é abundante no planeta e pode ser a solução para carros, ônibus, caminhões e Indústrias, eliminando a poluição nas cidades e evitando as emissões de carbono. Pode ser produzido com Eletrólise, separando o Oxigenio da água (H2O). No processo de produção verde pode ser usada energia solar, hidrelétrica, éolica ou biomassa, fontes que o Brasil possui em grandes quantidades. Você visualiza em Pernambuco o crescimento do discurso e de iniciativas de fomento da economia verde? O que você considera mais significativo nesse sentido aqui no Estado? Sérgio Xavier - Pernambuco tem todas as condições para se destacar nas energias renováveis, incluindo Hidrogênio Verde. Pode inclusive envolver a base instalada de cana de açúcar no processo produtivo e ressignificar este setor que enfrenta várias dificuldades. O estado já tem uma lei pioneira no arquipélago de Fernando de Noronha, que motiva a criação de modelos econômicos carbono neutro. Em parceria com diversas empresas, sem uso de recursos públicos, estamos implantando um Laboratório de inovações que vai testar novos negócios e vai servir de modelo a ser replicado em outras cidades. Quais as motivações e os resultados que você espera da criação da plataforma “Política Pelo Clima”? Sérgio Xavier - Vai despertar para as emergências sociais e climáticas e, ao mesmo tempo, articular soluções colaborativas, inovadoras e práticas. A proposta visa despolarizar o ambiente partidário, superar o radicalismo político e focar na construção de saídas efetivas para acelerar a redução de desigualdades e, simultaneamente, construir uma economia sustentável, que aumente a resiliência ambiental da cidade, uma das mais vulneráveis do mundo em relação aos efeitos das mudanças climáticas. Recife já sofre com chuvas fortes, inundações, deslizamentos, elevação de nível do mar, ondas de calor etc e precisa agir com velocidade para não piorar ainda mais seus indicadores sociais. A plataforma vai agregar compromissos do máximo de candidatos; indicar soluções desenvolvidas com parceiros qualificados nos mais diversos setores e definir indicadores para que a população acompanhe o andamento das ações de forma transparente. A ideia é ajudar a catalisar soluções e reunir os melhores conhecimentos e ideias. Para acelerar a superação dos graves problemas socioambientais é fundamental unir todas as forças em nome do interesse comum.

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