Arquivos Economia - Página 16 De 42 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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"O fluxo do capital caminha para uma economia de baixo carbono"

Teremos uma retomada da economia a partir de uma matriz mais sustentável? Essa foi a principal questão a ser esclarecida na nossa conversa com Marina Grossi, que é presidente do CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável). A preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável deixaram de ser uma agenda apenas dos ambientalistas e ganham cada vez mais adeptos no mundo empresarial e político. Na última edição da Algomais vimos que a pandemia acelerou essa tendência, que deverá nortear os investimentos no cenário pós-crise. Confira abaixo a entrevista completa. Quais as principais lições que a pandemia deixa para a classe empresarial no quesito sustentabilidade ambiental? Marina Grossi: Acho que a principal lição é que não há desenvolvimento econômico e social que se sustente no longo prazo sem os serviços da natureza, sem água, ar, solo, chuva. Porque já está comprovado que a floresta em pé tem um valor maior do que áreas desmatadas. O Relatório da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos sobre Restauração de Paisagens aponta que um hectare de floresta em pé na Amazônia, por exemplo, gera em média R$ 3,5 mil por ano; e no cerrado, em torno de R$ 2,3 mil por ano. Em sistemas agroflorestais, esse rendimento pode chegar a mais de R$ 12 mil anuais. Já o mesmo hectare desmatado para a pecuária daria um lucro de R$ 60 a R$ 100 por ano. Se usado para soja, o valor seria de R$ 500 a R$ 1 mil por ano. . Estudo publicado no ano passado pela revista Perspectives in Ecology and Conservation e -- endossado por mais de 407 cientistas brasileiros, de 79 instituições de pesquisa – apontou que os 270 milhões de hectares de vegetação nativa preservados em propriedades rurais, entre áreas desprotegidas e de Reserva Legal, rendem ao Brasil R$ 6 trilhões ao ano em serviços ecossistêmicos, como polinização, controle de pragas, segurança hídrica, produção de chuvas e qualidade do solo. Os serviços oferecidos pelos sistemas naturais têm impacto na segurança alimentar, energética e hídrica; na produtividade da cadeia agrícola e servem de estoque e sumidouro para o carbono. . Na sua opinião, quais as principais tendências deverão nortear o desenvolvimento empresarial e o crescimento das empresas brasileiras nos próximos anos? Como os conceitos relacionados à economia verde afetarão as rotinas e os planos das empresas? Marina Grossi: A pandemia acelerou um processo que já estava em andamento. Os conceitos ESG (Enviromental, Social and Governance) devem guiar cada vez mais os investimentos privados e agora também começam a influenciar políticas públicas. O novo pacto ecológico da União Europeia, por exemplo, prevê a injeção de 1,8 bilhão de euros em projetos e iniciativas voltados para uma economia de baixo carbono. Para as empresas, não é apenas um bom negócio, é fator fundamental para a sustentabilidade financeira no longo prazo. A gente percebe um amadurecimento maior no mercado europeu, mas está claro que há um movimento global crescente. O perfil do consumidor no Brasil ainda privilegia em maior medida o preço e a conveniência do produto, mas já há um processo de amadurecimento em curso. . A recuperação da economia global tende a passar por investimentos na economia de baixo carbono? Quais os sinais do mercado podem apontar para isso? Marina Grossi: O fluxo do capital já caminhava cada vez mais para um modelo de economia de baixo carbono, mesmo antes da pandemia, mas houve uma aceleração após a Covid-19. Esse é um movimento global, que prevê a alocação de capital alinhado aos preceitos e princípios ESG. Os investidores também começam a ver resultados positivos no histórico de investimentos ESG. E isso também vem incentivando o mercado local. É um círculo virtuoso. . Como você analisa o Brasil nesse cenário, visto que temos ao mesmo tempo experiências reconhecidas globalmente de economia verde ao mesmo tempo que vivemos uma crise sequência de crises ambientais e um papel dúbio do Ministério do Meio Ambiente? Marina Grossi: Temos uma grande oportunidade de posicionar o Brasil e usar a vantagem que temos (florestas, água, matriz energética limpa) como forma de desenvolvimento sustentável com acesso a um capital que está buscando isso. O agronegócio brasileiro precisa se adaptar a um novo modelo de agricultura, do século 21, no qual é possível aumentar a produtividade sem ampliar a área agrícola. Caso contrário, haverá maior resistência e até fuga de investimentos externos de baixo carbono, além de perder o acesso a mercados ou a portfólios de investimentos que demandem por esse perfil. Também pode ter impacto nas carteiras de crédito. Ao ter uma gestão climática mais profunda, é possível mitigar o impacto de ter créditos em áreas que sofrerão com as mudanças climáticas, ou que terão quebras e mercados destruídos. No Brasil, estamos interessados em desenvolver ações de longo prazo que permitam colocar o país no rumo de uma economia de baixo carbono quando a pandemia do coronavírus passar. A implementação de um mercado de carbono no Brasil é agenda prioritária. Estamos buscando o diálogo não apenas com o governo, mas com todas as instituições do país com o objetivo de colocar o Brasil na rota de uma economia circular e de baixo carbono. O Brasil é uma potência ambiental e tem tudo para assumir a liderança nesta agenda. Essa é uma agenda de Estado, e não de governo. Temos a oportunidade única, os recursos e o conhecimento para dar escala às boas práticas e, mais do que isso, planejar estrategicamente o futuro sustentável do Brasil. Em nosso entendimento, esse é o melhor caminho para fincarmos os alicerces do país para as próximas gerações. . *Rafael Dantas é jornalista, repórter da Algomais, especialista em gestão pública e mestre em Extensão Rural e Desenvolvimento Local (rafael@algomais.com | rafaeldantas.pe@gmail.com)

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Z.ro Bank - Primeiro Banco Digital do Nordeste dá início às operações

Zro Bank, o primeiro chatbank da América Latina, anuncia o início das operações para o grande público. O banco digital disponibilizará transações financeiras em real e em bitcoin, sendo o primeiro do Brasil a unir os dois mundos operando por meio da tecnologia blockchain. Em breve, outras moedas tradicionais e digitais estarão disponíveis na plataforma, incluindo dólar, euro e até mesmo o ouro. A fintech chega ao mercado para mudar a relação dos clientes com as instituições bancárias. Desde maio, o Zro Bank já operava em fase de beta test, com uma base de cinco mil usuários. Agora, com o lançamento oficial, o app poderá ser baixado nos smartphones com sistema operacional Android ou iOS. A previsão é chegar aos 100 mil usuários em apenas três meses. Entre os diferenciais tecnológicos já disponíveis, destaca-se a realização de pagamentos através de um chat integrado com a rede Telegram de forma tão simples quanto enviar mensagem num bate-papo. Desta forma, o banco digital garante a segurança e permitirá que as pessoas criem grupos no chat com propósitos financeiros, mudando a forma de fazer cobrança e pagamento entre pessoas e garantindo uma transferência que dura no máximo três segundos e é tão fácil quanto enviar uma mensagem, algo que já funciona muito bem com o WeChat, principal aplicativo de pagamentos da China. Outro destaque é a oferta de uma plataforma multimoedas que quebra o atrito entre o sistema bancário tradicional e as criptomoedas, sem nenhum custo de operação. O próximo passo será disponibilizar transferências internacionais para qualquer país do mundo e abrir conta em dólar para facilitar o uso da moeda no exterior. "Acreditamos que, para reinventar o mercado financeiro, é preciso recomeçar do zero. O propósito do Zro Bank é quebrar a barreira que existe na transferência de dinheiro no mundo, gerando inclusão financeira e devolvendo o controle para quem realmente merece, o cliente. Para tanto, criamos um super aplicativo que mira a próxima curva do mercado financeiro”, conta Edisio Pereira Neto, CEO do Zro Bank. “Já temos diversos países anunciando suas criptomoedas, como China, Estados Unidos e até o Brasil que montou um grupo de trabalho para isso, além de grandes empresas, como Facebook e Mc Donald’s que também estão testando as suas. As pessoas irão precisar de plataformas para transacionar e trocar moedas tradicionais e digitais e o Zro Bank nasceu com isso pronto. Temos um banco digital moderno que mudará a vida das pessoas que querem fazer transações de forma simples”, afirma o CEO. A inovação tecnológica do Zro Bank permite ter um banco internacional integrando moedas tradicionais e digitais para facilitar as transferências internacionais, algo que vem ganhando destaque através do Revolut, uma das maiores fintechs da Europa. “Para quem quer sonhar em comprar suas primeiras Criptomoedas e não sabe nem por onde começar, o aplicativo é perfeito. Serve como uma carteira digital, em que o usuário pode, dentro do seu banco, converter seu saldo em reais para criptomoedas, além de armazenar de forma segura, sem precisar se preocupar com questões avançadas de segurança que tornavam a experiência de uso da criptomoeda algo complicado”, diz Marco Carnut, CTO do Zro Bank. Além disso, é possível realizar diversos serviços bancários de forma gratuita, como TED, emissão de boleto e pagamento de contas. Durante o lançamento oficial, o banco digital também disponibilizará um cartão de débito físico e virtual em parceria com a Visa, sem nenhum custo, e em breve lançará também seu cartão de crédito com cashback em bitcoin.  O Banco Central também já aprovou a adesão do Zro Bank ao PIX, o novo sistema de pagamentos instantâneos via QR Code que funcionará a partir de novembro. Sobre Zro Bank Zro Bank pertence aos mesmos sócios do Grupo B&T, nº 1 do Brasil em operações de câmbio. A fintech está sediada estrategicamente em Recife por ser um grande polo digital, contando com mais de 60 pessoas que estão trabalhando há um ano para lançar o primeiro banco digital nascido no Nordeste para todo o mundo. A startup está em negociação com alguns fundos de investimentos nacionais e internacionais para a primeira rodada de captação que está sendo conduzida pela Deloitte, com foco na expansão internacional.

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"Estamos trabalhando mais para obter o mesmo resultado"

Daniel Lopes, pesquisador do Centro de Estudos em Inovação da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV, coordenou uma pesquisa sobre home office no Brasil no atual período da pandemia. Em entrevista para a matéria de capa da última edição da Algomais, ele comentou um pouco sobre os resultados e acerca de alguns comportamentos relacionados à desmotivação e às dificuldades dos brasileiros de se adaptarem ao trabalho em casa. O estudo, por exemplo,apontou que 56% dos brasileiros têm dificuldade de equilibrar atividades profissionais e pessoais no isolamento social. O levantamento realizado pela instituição expôs ainda que para 45,8% dos profissionais houve aumento da carga de trabalho. Quais os principais motivos de insatisfação dos profissionais com o "novo normal" do trabalho, com o aumento do home office e do uso intenso das vídeoconferências? Como em qualquer grande mudança, o "novo normal" está trazendo desafios de adaptação para os profissionais. A pesquisa mostrou que equilibrar a rotina trabalhando no mesmo local do descanso e do lazer (ou seja, dentro de casa) é difícil e muitas vezes leva à exaustão. Pode ser cedo para identificar isso como um motivo de insatisfação, pois o cenário da pandemia é visto como algo fora do normal e existe uma certa tolerância com o tempo de resposta das empresas e das pessoas frente ao desafio. Vocês conseguiram identificar na pesquisa ou poderiam apontar os principais motivos da desmotivação e do excesso de cansaço dos profissionais com o trabalho home office? Na pesquisa nós não perguntamos quais os motivos da desmotivação e do cansaço no trabalho remoto. No entanto, identificamos algo interessante: não existe uma relação direta entre estar cansado ou ter dificuldade em trabalhar em home office com estar desengajado no trabalhado. Esta relação só existe quando é mediada pela sensação de insatisfação. Isso quer dizer que muitas pessoas mesmo cansadas com a nova rotina (ou até a falta dela) ou com dificuldades de adaptar o trabalho ainda estão se mantendo engajadas. Isso é normal quando estamos enfrentando um desafio novo: por mais difícil ou cansativa que a tarefa seja nós nos mantemos engajados se outros fatores ainda estão presentes (como reconhecimento, autonomia, respeito, sensação de pertencimento e, também, uma remuneração adequada). Que caminhos as empresas estão traçando ou deveriam trilhar para minimizar os problemas relacionados a desmotivação e ao cansaço dos profissionais nas novas modalidades de trabalho? Como eu mencionei anteriormente, o cansaço e a dificuldade de trabalhar em home office não se traduzem em desmotivação automaticamente, mas se as empresas não derem uma resposta adequada para a adaptação ao "novo normal" é provável que os profissionais passem a se sentir desmotivados e com uma sensação de "abandono". Estamos percebendo algum movimento no sentido de fornecer um ambiente e uma infraestrutura condizentes com as necessidades ergonômicas para o trabalho de escritório. Empresas têm enviados equipamentos, assessórios e até móveis como cadeiras e mesas de escritório para os seus colaboradores. Outro ponto importante é o fornecimento de suporte para o uso das ferramentas digitais que estão sendo utilizadas para o trabalho remoto. Neste caso, mais importante do que somente o aprendizado técnico da ferramenta, os colaboradores precisam estar cientes das boas práticas de uso destas ferramentas. Há de fato no cenário do trabalho no País hoje um aumento das jornadas de trabalho ou isso é um fator mais da percepção dos profissionais pelo fato de não mais separarem o ambiente doméstico do ambiente profissional? Ainda é cedo para afirmar se as pessoas estão realmente trabalhando mais. A dificuldade de separar o ambiente doméstico e profissional pode ser responsável por essa percepção. Outro ponto é que a produtividade pode ter sido afetada e na verdade estamos trabalhando mais para obter o mesmo resultado. Isso pode ter sido mais presente justamente no início da pandemia quando a pesquisa foi realizada. Existe a necessidade natural de um tempo de aprendizado para retomar a produtividade aos níveis anteriores à pandemia. O que a pesquisa mostrou é que profissionais que já trabalhavam de forma remota pelo menos uma vez na semana se adaptaram melhor a essa nova situação.

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Indústrias de Pernambuco apontam recuperação

Da Fiepe Desde que a Covid-19 se instalou em Pernambuco, em março deste ano, cada região do Estado tem respondido à crise de maneira diferente em razão da natureza dos negócios locais e também das medidas de isolamento aplicadas conforme a necessidade sanitária de cada cidade. Assim como ocorreu no ápice da crise, na retomada econômica não tem sido diferente. Entre as indústrias ouvidas pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), as situadas no Sertão são as que mais têm sentido reflexo positivo no seu faturamento após a flexibilização das atividades. De acordo com o levantamento da FIEPE, 85% das empresas sertanejas registraram elevação do faturamento após a retomada da economia, enquanto que essa realidade chegou para 75% das empresas do Agreste e para 67% das localizadas na Região Metropolitana do Recife (RMR) e na Zona da Mata. “O Sertão foi uma das regiões mais afetadas no começo da pandemia por conta da paralisação da construção civil, que freou boa parte dos seus pedidos de gesso vindos do Araripe. Com a retomada, ela passou a ser também uma das primeiras a responder positivamente e a sinalizar uma confiança maior”, explicou o economista da Federação, Cézar Andrade. Na média geral entre as regiões econômicas, o percentual de elevação do faturamento chegou a 70% e vem animando os empresários locais. Por outro lado, quando se trata da inovação desenvolvida nos últimos meses, os negócios do Agreste largaram na frente e apresentaram soluções mais disruptivas para o momento. Questionadas se novos canais de vendas e de distribuição foram incorporados nesta fase, 55% das empresas localizadas no epicentro do polo de confecções disseram ter criado novas formas de vendas on-line por meio de aplicativos e redes sociais. Atrás apareceram a RMR e a Zona da Mata, com 39,10%, e o Sertão, com 25%. “De fato, o Agreste foi uma das regiões que, logo no início, conseguiu responder mais rapidamente em virtude da essência dos negócios que ali estão. Mesmo sentindo os impactos, como todas as empresas no mundo, os empresários reagiram, adaptaram suas unidades fabris e deram início à confecção de máscaras, face shields, por exemplo, gerando, assim, outra aposta de mercado”, relembrou Cézar. O economista disse ainda que as empresas que não conseguiram avançar nesse quesito informaram que as novas formas de vendas não foram desenvolvidas porque o ramo não era compatível com essa realidade. “De certo modo, a forma como se vende um gesso, por exemplo, é diferente da maneira como se vende uma máscara, então tudo isso tem um peso e deve ser levado em consideração na hora de avaliar os motivos das empresas em apostar ou não em inovação”, justificou. Embora os negócios localizados nos principais setores produtivos estejam sinalizando uma retomada, isso não quer dizer que as dificuldades financeiras foram recuperadas em pouco mais de dois meses de flexibilização. É tanto que as empresas oscilaram pouco quando questionadas se os prazos para a suspensão de contratos de trabalho deveriam ser prorrogados. Praticamente todas as indústrias das regiões analisadas concordaram em adiar as medidas, tendo este tópico variado minimamente entre elas e, na média, alcançado o sinal de verde de 92,44% das empresas do Estado. O mesmo cenário se aplica às medidas que amenizariam os efeitos causados pela Covid-19 nas indústrias. A maior parte das empresas (61,85%) informou que a prorrogação, até o final de 2020, das licenças obrigatórias e das certidões (ambientais, sanitárias e trabalhistas) ajudariam e muito a atividade produtiva neste momento. PESQUISA A coleta foi realizada entre os dias 3 e 20 de agosto e contou com a participação de 173 empresas dos diversos ramos industriais e de todas as mesorregiões de Pernambuco. A pesquisa está dividida em quatro etapas, com dados Gerais, da RMR e da Zona da Mata, do Agreste e do Sertão.

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57% das empresas preveem recuperação no médio-longo prazo

Pesquisa da empresa Boa Vista realizada com empresários, de todo o Brasil, demonstra que, pouco mais de três meses após o início da crise ocasionada pelo novo coronavírus, a fotografia do cenário atual é de cautela e pouco otimismo. 57% das empresas acreditam que vai demorar seis meses ou mais para a recuperação dos negócios. A forte retração das vendas (77%) reflete negativamente no faturamento de 78% das empresas e de 76% no fluxo de caixa. A pesquisa ouviu 1.260 empresários dos setores indústria, comércio e serviços. No que se refere ao quadro de funcionários, mesmo com a crise, 59% das empresas informam que não demitiram. Por outro lado, apenas 3% delas contrataram e 38% diminuíram o quadro funcional, principalmente no setor da indústria e nas médias e grandes empresas. As principais ações para diminuição de quadro foram: demissão (50%), suspensão temporária de contrato (26%) e redução da jornada (24%). O levantamento feito pela Boa Vista também constatou que, em média, 45% das empresas estão pagando apenas parte de seus compromissos. Os micro e pequenos empresários são os que mais vêm sofrendo esse impacto, pois o fluxo de caixa dos mesmos é naturalmente menor. Busca por crédito Em média, 39% das empresas buscaram por apoio financeiro, inclusive, em mais de uma instituição. Os bancos privados foram os mais procurados (40%), seguidos de instituições públicas (21%) e procura por familiares e amigos (14%). Perguntados sobre obtenção de crédito, 49% dos empresários já conseguiram ou estão em vias de receber o crédito solicitado. Mesmo assim, quase metade não obteve sucesso nesta busca (51%). Entre os fatores estão o desconhecimento dos programas do governo (24%) e as exigências impostas (23%), aquém das possibilidades principalmente das PMEs. Para 38% das empresas que adquiriram empréstimo, os recursos serão destinados para alavancar o capital de giro e 37% disseram que o destino será o pagamento de dívidas. Mesmo conseguindo o crédito, para 78% das empresas, o valor concedido será insuficiente para “cobrir” todas os compromissos financeiros. Metodologia A Pesquisa ‘Fotografia atual dos negócios, acesso aos programas de apoio aos empresários e perspectivas de recuperação’ foi realizada pela Boa Vista em junho, com 1.260 empresários, representantes dos setores do Comércio, Indústria e Serviços, de todas as regiões do Brasil. Para a leitura dos resultados considerar cerca de 2 p.p. (pontos percentuais) de margem de erro e 90% de grau de confiança.    

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MRV aumentou em 60% credenciamento de corretores em PE

Durante a pandemia do novo coronavírus (COVID-19), momento de crise na saúde e na economia, e com as taxas de desemprego subindo substancialmente, a MRV percebeu um crescimento recorde no número de credenciamento de corretores de imóveis autônomos. Em 60 dias, a empresa capacitou mais de 800 novos corretores de forma virtual. Só em Pernambuco, o aumento foi de aproximadamente 60%, passando de 80 para 130 profissionais. Especialistas de diversas modalidades de ensino do ramo imobiliário se conectam com os profissionais por 30 dias para ensinar a teoria e a prática da venda de imóveis; o novo treinamento online foi projetado de acordo com a necessidade de distanciamento social. Toda semana, cerca de cinco novas turmas de 20 a 25 corretores são formadas para o curso de capacitação. Desses novos profissionais que a MRV capacitou recentemente, quase 80% não tinham experiência no mercado imobiliário e agora estão preparados para atuar no ramo. “Estamos muito satisfeitos por podermos dar uma oportunidade de trabalho e renda para muitas pessoas nessa crise. Conseguimos abraçar inclusive profissionais que não têm experiência no negócio, mas que com o treinamento e a nossa ajuda estarão prontos para vender”, conta Árion Pedro de Souza, gestor da área de Desenvolvimento Humano. “A construção civil continua gerando empregos, uma vez que a moradia segura é extremamente necessária nesse momento”, ressalta. Esses novos corretores, que estão aprendendo e fechando negócio de forma online, também estão mais ágeis. “Antes, o corretor demorava cerca de 45 dias para conseguir realizar sua primeira venda. Agora, esse tempo diminuiu basicamente pela metade. Para o corretor ter seu primeiro negócio fechado, está levando cerca de 24 dias”, diz Árion. Esses profissionais são autônomos e precisam preencher alguns critérios para serem parceiros, como ingressar no processo de certificação junto ao órgão que garante o registro profissional – CRECI.

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Caravela Capital conta com R$ 75 milhões para investir em startups

A Caravela Capital é um fundo de venture capital com foco em empresas tecnológicas early stage (em estágio inicial).  Com R$75 milhões disponíveis para aporte, a empresa fundada em Curitiba pretende investir em cerca de 15 a 20 empresas pelos próximos três anos. Apesar de ter vasta atuação no sul do País, que é o mercado principal do fundo, um dos focos dos novos investimentos será na prospecção de empresas do Porto Digital. "Pernambuco conta com um importante parque tecnológico, o Porto Digital, apesar do Porto Digital ser uma iniciativa que tem enfoque local, a sua abrangência acaba sendo nacional, não tem como a gente falar de parque tecnológico no Brasil e não pensar no Porto Digital. Esse tipo de ação é extremamente benéfica para a comunidade empreendedora. O nosso objetivo é de entrar em contato com empresas de Pernambuco e de todo o Brasil, se as startups de outros estados preenchem todos os nossos pré-requisitos e têm potencial para receber o nosso investimento, com certeza queremos acompanhá-las de perto. E pelos trabalhos realizados em Pernambuco, especialmente pelo Porto Digital, nós sabemos que as empresas do estado têm muito potencial e temos total interesse em conhecer essas empresas", afirmou Lucas de Lima, fundador da Caravela Capital. Ele informa que as startups podem se apresentar para o time do fundo de investimentos entrando em contato por meio do e-mail contato@caravela.capital. Os cheques dos aportes variam entre R$1 milhão e R$3 milhões. Para integrar o grupo de empresas investidas pela Caravela Capital, a startup precisa cumprir alguns pré-requisitos: estar inserida em grandes mercados (que faturem mais de US$1 bilhão/ano) com potencial de inovar seu segmento e se tornar líder de mercado; apresentar faturamento considerável e soluções validadas pelo mercado; ter a tecnologia como base para seus serviços; ter alto potencial de escalabilidade; com empreendedores à frente do negócio com visão e paixão para executar o projeto e desenvolver ideias inovadoras; entre outras especificidades. Além de fornecer o capital que a startup precisa para acelerar seu crescimento, a Caravela Capital também contribui com as ferramentas e conhecimentos necessários para escalar durante o estágio inicial. “É justamente nesse momento, no early stage, que a empresa enfrenta diversos desafios que podem comprometer seu crescimento”, diz Mário Delara, também cofundador do fundo de investimento. Por isso, a empresa conta com 19 mentores (que também são investidores do fundo) que compartilham com as empresas investidas seus ensinamentos e conselhos para tornar esse caminho o mais bem sucedido possível. São CEOs e fundadores de startups com operações de sucesso reconhecidas no Brasil. “A maioria dos fundos de investimento faz o aporte e cobram resultados. Nós fazemos diferente: e acompanhamos as empresas investidas durante todo o processo, dando apoio para que os empreendedores superem eventuais problemas. Isso é o que chamamos de smart money, dinheiro inteligente”, garante Lima, fazendo da Caravela Capital uma venture “hands on”, ou seja, que “coloca a mão na massa”, dando as ferramentas e abrindo as portas que a empresa precisa, mas sem atropelar ou incomodar o empreendedor. Mais informações no site: http://caravela.capital/ ou no LinkedIn da empresa: https://www.linkedin.com/company/caravelacapital/?originalSubdomain=pt

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Empresários da construção civil estão otimistas com retomada do setor

A mais recente edição do Índice de Confiança da Construção, da Fundação Getúlio Vargas, aponta que a confiança do setor da construção civil voltou a subir em junho, ao avançar 9,1 pontos, para 77,1 pontos. A alta é decorrente da melhora das expectativas dos empresários para os próximos três e seis meses. Em Pernambuco, a construção civil retomou as atividades no mês passado após dois meses e meio de atividades suspensas, por conta do decreto do governo do estado. O empresário Ricardo Albuquerque, que é dono da Attiva Engenharia, acredita que o setor irá se recuperar rapidamente. “Acredito na retomada em uma velocidade semelhante à da queda. Isso porque a construção civil já vinha crescendo bastante entre o final do ano passado e o início deste ano. A nossa empresa atua no ramo imobiliário e de manutenção e, apesar das dificuldades, houve um incremento no número de contratos”, explica. Em 2019, a construção civil avançou 1,6%, puxado principalmente pelo setor de edificações imobiliárias. Foi o primeiro ano positivo depois de cinco anos no vermelho. “A construção sempre foi decisiva e impactante nos resultados econômicos do país, porque é o motor que rege a economia brasileira. Como é um setor que impacta outras áreas do ramo industrial e comercial, a construção tem capilaridade suficiente pra sair mais rápido da crise”, complementa Ricardo. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção segue este mesmo raciocínio, tanto que acredita que o acesso ao crédito auxiliar disponibilizado pelo governo federal, para as pequenas e médias empresas, ainda que não tenha alcançado e suprido todas as necessidades, foi uma forma de fazer com que este motor continuasse funcionando, mesmo com a diminuição ou paralisação da geração de caixa.

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Pedro Neves: "O pólo têxtil vem com uma dinâmica de retomada e adaptação"

Para analisar as perspectivas de retomada da economia do interior de Pernambuco, em especial do dinâmico pólo do Agreste, conversamos com o economista Pedro Neves Holanda. . Quais os impactos da Pandemia no polo têxtil e de confecções do agreste? De imediato as medidas de isolamento afetaram o fluxo de caixa das pequenas e médias empresas do setor. Essas empresas possuem um capital de giro muito curto. Então o impacto foi imediato na renda dos trabalhadores. Como uma parte significativa dessas empresas atuam na informalidade, o canal de proteção foi a medida de auxílio emergencial do Governo Federal. Em seguida, o auxílio ao emprego e renda dos trabalhadores formais. Contudo, desde meados de maio que o pólo vem com uma dinâmica de retomada e adaptação. Canais de vendas digitais, adaptação da produção para máscaras e produtos de proteção, inclusive com demanda dos governos federal e estadual, e também, outra regiões do país. Essas são as principais adaptações dos empreendedores da região para manter a dinâmica econômica. O desafio agora se concentra na reabertura das feiras das principais cidades. Caruaru concentra o maior desafio, pois, seguindo as determinações do governo estadual, ficou 10 dias em isolamento mais rígido. O processo de retomada será de cautela e deve envolver novos protocolos e cuidados, já que as feiras concentram uma forte aglomeração e fluxo de pessoas de outros estados do país, aumentando o risco sanitário. Estimativas de que até o final do ano mais de 1 milhão de máscaras sejam produzidas na região do pólo de confecção do agreste. . Quais as perspectivas do setor para o cenário pós-pandemia? Ainda há muitas incertezas sobre a retomada. O principal obstáculo serão os riscos sanitários que as feiras e centros comerciais do setor de confecção pode enfrentar. Entidades empresariais e o poder público buscam encontrar alternativas. Por outro lado, oportunidades podem surgir. A demanda por máscaras e produtos de proteção individual deve manter-se em alta nos próximos períodos. A região pode ganhar destaque nacional nessa cadeia produtiva. Há também um aspecto internacional que pode trazer benefícios. Um cenário geopolítico mais difícil para o comércio internacional, principalmente envolvendo a China, pode trazer uma oportunidades para a região. Antes da pandemia, a competição com produtos chineses era um grande desafio dos empreendedores da região. Dado que o ritmo de produtividade e, portanto, de competitividade chinesa prevalecia. Caso esse cenário se concretize, oportunidades podem surgir para o pólo de confecções. Contudo, será necessário um avanço na produtividade local. . Tem crescido o discurso de incentivo às indústrias nacionais e redução da dependência chinesa. É uma janela de oportunidade para o polo do agreste? É uma janela de oportunidade. Mas ainda não concretizada. O cenário internacional ainda é incerto. Há sinais de mudanças, mesmo que temporários. Países como Índia e Brasil podem se beneficiar de um eventual enfraquecimento da China. Mas ainda é cedo para destacar como uma oportunidade de fato. E nesse sentido, a economia local tem que continuar buscando avançar na produtividade. O que possibilitaria algum nível de competitividade com produtos chineses. . Olhando para os setores em que o interior de Pernambuco é forte e para as tendências do mercado pós Pandemia, onde estão as principais oportunidades e ameaças na sua opinião? Temos um setor tradicional da economia brasileira, a agropecuária. O maior desafio do setor, principalmente na região agreste, sempre foi o fator climático. Contudo, os últimos anos tem sido de chuvas. Então o segmento pode ajudar na retomada da economia. Outro setor que tem fortes expectativas é o da construção civil. Com os níveis baixos de taxas de juros Selic em torno de 2,25%, programas como, Minha Casa Minha vida, devem voltar a se expandir. Na região, boa partes das empresas do setor estavam enxergando 2020 como ano da retomada. Com o surgimento da pandemia, essa retomada deve ser transferida para 2021 e 2022. O setor de serviços, em específico, comércio varejista e atacadista, que apesar de ter menor valor agregado no PIB estadual, tem grande relevância regional na geração de empregos e dinamismo da economia. Em julho de 2019, por exemplo, a cidade Caruaru apresentou um saldo positivo de 184 empresas (cálculo do total de abertura de empresas menos o número de fechamentos no mês). Empresas de comércio varejista de artigos de vestuário representavam 15% do saldo. O setor de de serviços (incluindo comércio) representam mais de 90% do saldo gerado, segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do município de Caruaru. Em uma cenário de retomada da Economia, do emprego e renda, o comércio varejista e o setor de serviços também devem voltar aos níveis anteriores a pandemia. A região agreste vem de duas décadas de crescimento e desenvolvimento robusto. A pandemia trouxe uma pausa, mas a própria característica de negócios informais também facilitam na adaptação. A região ainda tem uma força de trabalho jovem e outras características demográficas que podem manter um nível de crescimento nos próximos anos.

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Hub Plural retorna às atividades

Após quase 90 dias com suas atividades pausadas, por conta da proliferação do novo coronavírus no Estado, as unidades do Hub Plural estão sendo reabertas, de forma gradual, para receber as empresas residentes. Nos locais, os frequentadores passaram a seguir medidas de segurança sanitária que visam contribuir para o controle da Covid-19 nos espaços compartilhados. A comunidade para empreendedores possui mais de 250 empresas, na capital pernambucana. Para o segundo semestre, a empresa prevê o lançamento de mais duas unidades no Recife. Ao chegar aos espaços, há a higienização das mãos e objetos portados. Em seguida, um dos colaboradores do Hub Plural entregará uma máscara de algodão de camada tripla, caso a pessoa não disponha de uma no momento. Não será possível transitar dentro das unidades sem máscara. Suportes com álcool em gel 70% estão disponíveis em todos os ambientes, sendo posicionados em locais estratégicos e de fácil acesso. Os espaços de trabalho estão com distanciamento de um metro entre as pessoas. Já as salas de reunião, lounges e refeitórios estão com um limite de uma pessoa por dois metros quadrados. Os espaços de eventos presenciais estão, temporariamente, suspensos. A limpeza dos espaços ganhou um reforço com aplicação de DET CLEAN SAN QB (produto químico regularizado pela Anvisa), além do álcool isopropílico 70% em maçanetas, balcões, teclados, entre outros objetos de alto contato. A limpeza do filtro dos aparelhos de ar-condicionado está sendo feita com maior frequência. “Após as incertezas do início da pandemia, já conseguimos analisar com um pouco mais de clareza os cenários futuros para o nosso segmento. Ainda é cedo para termos um prognóstico 100% cravado, mas nosso sentimento é de que fomos capazes de reagir rápido e à altura da crise, adequando as nossas operações e dando suporte aos nossos clientes. Ao longo das últimas semanas, passamos a compartilhar com nossos membros diretrizes resumidas e insights sobre como lidar com a crise no curto e no médio prazo. Os nossos colaboradores, mesmo em regime de teletrabalho, passaram a focar na otimização de processos, de procedimentos operacionais, de planejamento e de geração de valor percebido junto aos clientes. Isso provocou alta retenção dos nossos clientes, mesmo em meio à pandemia. Por fim, estamos seguindo as recomendações da OMS para que os ambientes compartilhados sejam extremamente seguros para o retorno gradual do nosso time e dos nossos clientes”, afirmou Alfredo Júnior, CEO do Hub Plural.  

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