Arquivos Emprego - Página 9 De 9 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Ações de economia solidária como alternativa para crise

Debatedores defenderam na terça-feira (25) que ações de economia solidária sejam adotadas como políticas públicas de Estado e não de governo para garantir sua continuidade. A discussão sobre o tema foi feita no 4° Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável, em Brasília. A economia solidária também foi apontada como alternativa de geração de trabalho e renda no momento em que há altas taxas de desemprego no país. A vice-presidente da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol Brasil) e ex-diretora do Departamento de Incentivo e Fomento à Economia Solidária do governo do Rio Grande do Sul, Nelsa Nespolo, disse que é preciso contar com políticos comprometidos com a sustentabilidade para fortalecer a economia solidária. “Não queremos políticas de governo, queremos políticas públicas de Estado porque elas permanecem e as políticas de governo passam. Temos que ter governos comprometidos com esse público e esses trabalhadores. Quando um gestor está executando uma política social, ele está fazendo sua obrigação”, disse Nelsa Nespolo. O ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e ex-titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo da prefeitura de São Paulo Artur Henrique defendeu a adoção, pelos municípios, de legislações que usem o potencial das compras públicas como meio para fortalecer o modelo de comércio solidário. “Podemos utilizar mudanças na legislação para transformar a política pública. Não apenas uma decisão governamental que com uma canetada alguém resolve acabar com o que está em vigor, é uma lei aprovada que obriga o processo de licitação cumprir determinadas para priorizar micro e pequenas empresas e cooperativas”, disse Artur Henrique. A secretária de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do governo da Bahia, Olívia Santana, avalia que, com o desemprego, a economia solidária se coloca como uma alternativa para garantir autonomia financeira. “Temos que entender a economia solidária como uma estratégia econômica fundamental de resistência a toda essa crise que estamos vivendo. Diante de um quadro de descenso do emprego formal é preciso priorizar, investir, não deixar regredir as políticas de geração de renda e os empreendimentos da economia solidária são fundamentais”, disse. A opinião é compartilhada por Artur Henrique que também considera que, com o atual quadro de desemprego, a economia solidária se impõe como alternativa. Olívia Santana avalia ainda que nos momentos de crise os projetos de economia solidária estão entre os primeiros a sofrer cortes orçamentários, quando deveria ocorrer o inverso. “É uma nova lógica diante do que está posto na economia capitalista”. O 4° Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável é realizado pela Frente Nacional dos Prefeitos e ocorre até 28 de abril. O evento é realizado a cadas dois anos e nesta edição reúne gestores municipais e estaduais com o tema central “Reinventar o financiamento e a governança das cidades”. (Agência Brasil)

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Governo federal demite 6 mil servidores

O governo federal expulsou aproximadamente 6 mil agentes públicos por envolvimento em atividades contrárias à Lei nº 8.112/1990 (Regime Jurídico dos Servidores). O dado consta do último levantamento realizado pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU), divulgado hoje (10). O relatório registra que, de 2003 a setembro de 2016, já foram aplicadas 5.043 demissões; 467 cassações de aposentadorias; e 532 destituições de ocupantes de cargos em comissão. Os dados não incluem empregados de estatais como a Caixa Econômica Federal, dos Correios e da Petrobras. Segundo o ministério, o principal fundamento das expulsões foi a comprovação da prática de atos relacionados à corrupção, com 4.013 das penalidades aplicadas ou 65,4% do total. Já o abandono de cargo, a inassiduidade ou a acumulação ilícita de cargos são motivos que vêm em seguida, com 1.395 ocorrências. Também figuram entre as razões que mais afastaram servidores proceder de forma desidiosa (ociosa) e participação em gerência ou administração de sociedade privada. Recorde O mês de setembro registrou o maior número de punições (74), tanto no comparativo com o mesmo período dos últimos cinco anos, como com outros meses de 2016. Entre as expulsões, destacam-se aquelas aplicadas a 10 servidores do Instituto Federal do Pará (IFPA), envolvidos na Operação Liceu e que responderam por improbidade administrativa; lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; e valimento de cargo para proveito pessoal. Os entes federativos com número mais elevado de punições foram Rio de Janeiro (1.052), Distrito Federal (746) e São Paulo (640). Já as pastas com maior quantidade de servidores expulsos foram o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), o Ministério da Justiça e Cidadania (MJC) e o Ministério da Educação (MEC). Impedimentos Os servidores punidos nos termos da Lei Ficha Limpa ficam inelegíveis por oito anos. A depender do tipo de infração cometida, também podem ficar impedidos de voltar a exercer cargo público. Em todos os casos, as condutas irregulares ficaram comprovadas após condução de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), conforme determina a Lei nº 8.112/1990, que garantiu aos envolvidos o direito à ampla defesa e ao contraditório. (Da Agência Brasil)

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Com ou sem tatuagem no trabalho?

Uma recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) ganhou destaque nas redes sociais e jogou luz sobre uma antiga discussão: tatuagem pode ser um eliminador na hora de assumir um emprego público? Por maioria, em outubro, a Corte decidiu que o tema merece ser analisado, e, por enquanto, aguarda votação. O debate envolve, no entanto, não apenas o mundo dos concursos, mas abrange o mercado de trabalho como um todo. Afinal, o desenho corporal pode desclassificar um candidato para uma vaga de emprego? Segundo a sócia da ÁgilisRH e da TGI Consultoria, Eline Nascimento, não do ponto de vista legal. A tatuagem não deve ser o foco. “Os indicativos devem ser o desempenho, as habilidades, a atitude frente ao ambiente de trabalho e o cuidado que o candidato tem com a sua apresentação.” O adorno, entretanto, ainda sofre resistência em locais mais tradicionais, como escritórios de advocacia e entidades médicas. É preciso, então, que o profissional tome alguns cuidados. Fazer tatuagens em locais discretos, Enquanto o STF não decide a questão, especialistas orientam profissionais recursos humanos além de utilizar roupas e adereços para cobri-las são alguns deles. Apesar de a escola particular onde trabalha permitir o uso das pinturas, a professora de biologia, Taynara Araújo, 24 anos, prefere esconde-las com anéis, pulseiras e camisas de manga. “Eu evito mostrar, porque sei que há pais que ainda não aceitam muito bem. Tem gente que não entende que a tatuagem não influencia em nada. Muitas pessoas nem imaginam que tenho tantas e quando me encontram em outros lugares, até se surpreendem”, revela. Taynara sabe também que o adorno pode dificultar na hora da contratação. “Minha tia trabalha em um colégio mais tradicional. Recentemente fui enviar um currículo para essa instituição e ela me disse que se eu fosse chamada, teria que ir cobrindo todas as tatuagens, porque lá eles não aceitam de jeito nenhum”, conta. Aliás, algumas dicas podem ser seguidas para uma entrevista de emprego. “A nossa recomendação é que não deixe a tatuagem exposta, que tire o piercing, além de perguntar ao entrevistador se há algum problema da empresa com relação a essa questão”, aconselha Eline. Como se pode notar, mesmo que o preconceito com a pintura tenha diminuído em relação a décadas passadas, a rejeição ainda existe. Isso se deve ao estilo de vida de um povo. Presente na história da humanidade, a tatuagem recebeu valores diferentes ao longo do tempo. No Antigo Egito, por exemplo, os cidadãos já ostentavam os adornos na pele. Aceito por algumas sociedades, a pintura foi, associada a pessoas marginalizadas, por outras. “Há países em que tatuagens estão relacionadas a um padrão de beleza. Então, cada cultura vai ter uma forma diferente de ver a estética”, avalia Eline. O mesmo ocorre quando se leva em consideração o ambiente de trabalho. De acordo com a consultora, é preciso avaliar os valores da empresa no momento em que se escolhe se candidatar. “Apresentação pessoal pode ter uma interferência para aquele segmento de trabalho. Essa é uma questão que passa pela história, pela cultura e pelo produto que uma empresa vende. Afinal, a imagem do profissional, também é a imagem do serviço que ela oferece.” Então, se para alguns exibir as tatuagens não é aconselhável, para outros pode ser um diferencial. É o que nota a jornalista Rebeca Tavares, 29 anos. Dona de uma agência, ela acredita que o desenho gravado no corpo em determinadas situações pode colaborar. “Eu trabalho com a cena cultural e a tatuagem não é um problema, na verdade, ela até ajuda, porque você fica com um ar mais descolado”, acredita. As duas tatuagens que possui ficam em locais mais discretos. Uma na costela e outra no cóccix. Na época, a escolha da localização levou em consideração o futuro profissional ainda incerto. “Acho que o preconceito contra a tatuagem é algo que ficou no passado. A última que fiz tem 7 anos. Acho que se tivesse sido há uns 2 anos, teria sido em um local mais visível.” Tanto que Rebeca já marcou as próximas sessões para uma nova tatuagem, agora, no braço. Independente do ambiente de trabalho, algo é certo: um candidato não pode ser excluído de um processo seletivo ou demitido por ter uma tatuagem.“Uma empresa que, por exemplo, restrinja tatuados ou um funcionário que se tatuou posteriormente, nessa situação, sim, cabe uma ação posterior por danos morais, tendo em vista que pode ser considerado preconceito”, esclarece o advogado Cristiano Lopes. O advogado, que também é professor do cursinho espaço Heber Vieira, é contrário à restrição de tatuagens existente nos editais de certos concursos, como por exemplo, para polícia. “O candidato faz o concurso, passa por todas as etapas de formação e depois faz uma tatuagem. Então, existe certa hipocrisia.” Para ele, a proibição vai de encontro aos direitos constitucionais. “Isso fere, inclusive, o conceito da dignidade da pessoa humana. A própria Constituição estabelece que não possa haver distinção em razão do sexo, da idade, da cor, da raça, das preferências sexuais ou qualquer outra forma de discriminação.” Enquanto o STF não toma sua decisão, um conselho é bem-vindo: “Se você não se sente seguro, não faça, embora, isso não deve ser requisito para se ingressar na carreira pública”, coloca Cristiano. Ele inclusive tem várias tatuagens espalhadas pelo corpo e acredita que elas não interferem em sua vida profissional. “Nas ações não é que eu esconda, mas como eu estou de mangas compridas elas realmente não aparecem. Já em aulas, quando eu vou com camisas de manga curta, eu não sinto nenhum tipo de constrangimento. Embora, perceba que ainda há preconceito.” Eline, por sua vez, observa que esse cenário vem mudando e cada vez mais a tatuagem é aceita. “As pessoas têm se posicionado mais e discutido mais essas questões abertamente hoje.” (Por Camila Moura)

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Mais empregos para jovens até 24 anos

Diante da atual crise econômica enfrentada pelo país, o mercado de trabalho brasileiro vivencia um dos piores momentos das últimas décadas. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do trabalho, mais de 530 mil vagas com maiores salários foram descartadas no primeiro semestre do ano, e o levantamento mais recente da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, aponta que atualmente, 11,2% dos brasileiros estão desempregados. Apesar desse cenário o mercado se mostrou aquecido para os jovens nos últimos meses. O número de vagas para quem tem entre 14 e 24 anos aumentou. Mais de 180 mil empregos com carteira assinada foram criados no primeiro semestre para trabalhadores jovens. Parece uma boa notícia, principalmente considerando-se que essa faixa etária é a que mais sofre com a crise do emprego, porém, é importante analisa-la de um outro ângulo: em tempos de crise as empresas estão cortando gastos e oferecem postos de baixa remuneração para esses novos funcionários. Histórico Entre janeiro e junho desse ano, o saldo positivo na abertura de vagas só se concretizou na faixa etária mais jovem, enquanto para os mais velhos, o número de demissões ainda supera o de contratações. Mesmo que pareça um avanço, o mercado ainda está longe de se tornar convidativo ao candidato entre 14 e 24 anos: essa faixa é a mais afetada, são quase 4,8 milhões de desempregados de acordo com dados do CAGED. O cenário é preocupante pois estima-se que 1 em cada 4 trabalhadores com menos de 25 anos foi diretamente impactado pela crise, justamente num período no qual adquirir experiência e projetar a carreira é fundamental. Visão do mercado Se por um lado o número de postos de trabalho voltados para esses candidatos aumentou, por outro a remuneração ainda está aquém do esperado. Diversos fatores podem explicar esse cenário desfavorável “Muitas empresas tiveram que substituir trabalhadores por mão de obra mais barata e o jovem, por possuir pouca experiência, acaba sendo menos exigente devido a urgência em entrar no mercado de trabalho.” – Analisa o gerente de Recursos Humanos Rafael Pinheiro. Considerando ainda que muitos jovens que antes dedicavam-se exclusivamente ao estudo precisaram se lançar no mercado de trabalho, seja para custear os estudos ou complementar a renda familiar, o próprio número de candidatos também aumentou, inflando o mercado. Diante disso as empresas podem aumentar o nível de exigência ou simplesmente baixar os salários, pois a oferta de profissionais segue ampla. Para Rafael, o mais preocupante nesse cenário é que, diante da necessidade, o jovem pode acabar arriscando a própria carreira, visto que muitas vezes essas vagas não condizem com seu perfil ou não vão de encontro com sua área de estudo. Esses fatores podem desmotivar o estudante, pois, atuar num período integral fora da área de formação, impede que o mesmo consiga aplicar os conhecimentos adquiridos no curso e obtenha experiência profissional em seu campo de trabalho, o que torna muito mais difícil conseguir uma colocação depois de formado. – Esclarece o especialista. Estágio é uma alternativa promissora Para especialistas, uma alternativa para driblar a crise, adquirir experiência profissional e aumentar a renda, é investir em qualificação e em programas de aprendizado. Vagas voltadas para jovens, como as vagas de estágio, proporcionam maiores oportunidades pois são flexíveis e permitem ao candidato conciliar os estudos com o trabalho. Além disso, por possuírem contratos e jornadas de trabalho mais brandas em relação a um trabalhador formal, conferem vantagens ao empregador, servindo como um estímulo à contratação de estagiários e aprendizes. E mesmo diante da crise, investir neste tipo de vaga é a melhor aposta para o jovem. De acordo com Tiago Mavichian, diretor da Companhia de Estágios, consultoria especializada na contratação de estagiários e trainees, apesar do mercado estar encolhido a evolução das vagas nos programas de estágio é contínua nessa época do ano “Nosso próprio levantamento mostrou que no último triênio a média de crescimento na oferta de novas vagas de estágio durante o segundo semestre foi de 7%. Esse é um resultado muito significativo considerando que o número de postos de trabalho formal vem caindo muito ao longo do último ano”. Muitos estudantes que atuavam como estagiários se formam e ingressam no mercado de trabalho, e, para suprir essa demanda as empresas abrem novas vagas, explica o diretor. A jornada de trabalho reduzida, a possibilidade de aprendizado e o valor da bolsa auxílio são os maiores atrativos. Tantos benefícios oferecidos nesta modalidade. As vagas estão cada vez mais concorridas devido ao número de estudantes que priorizam o estágio. Dados da recrutadora apontam que mais da metade dos jovens já procuram uma oportunidade no início da formação. Segundo Mavichian mesmo as vagas de estágio com remunerações maiores não exigem experiência, mas requerem um bom perfil “Os estudantes que participam de iniciativas como trabalho voluntário, empresa Jr., além de possuir cursos de idiomas e bons conhecimentos de informática se destacam dos demais, pois esses fatores são um diferencial no currículo que se reflete no desempenho e desenvoltura do estudante no estágio” – finaliza. Qualificação é essencial Ainda que a crise seja a grande responsável pelo mercado de trabalho mais desafiador, outro fator extremamente relevante é que muitos candidatos, pela urgência em conseguir uma colocação, concorrem às vagas que não condizem com seu perfil. Com a concorrência acirrada os empregadores têm a possibilidade de ser mais criteriosos e podem fazer um filtro mais apurado, pois, a procura está maior do que a demanda de vagas. Segundo o diretor da Companhia de Estágios as vagas em empresas de médio e grande porte que oferecem mais benefícios, bolsa auxílio acima da média e possibilidade de efetivação são também as mais exigentes. De acordo com Rafael Pinheiro, hoje em dia é necessário complementar a formação básica, as empresas procuram, mais do que nunca, um currículo bem qualificado “Investir em cursos técnicos e de aperfeiçoamento é essencial para conseguir uma colocação em meio à crise, principalmente no caso dos jovens que buscam o primeiro emprego. Quando o

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O desemprego e os jovens (junho)

Em uma economia capitalista ter um emprego significa vender serviços profissionais no mercado de trabalho contra uma remuneração de natureza periódica. Quando o indivíduo perde esse vínculo com o mercado, cessa a renda do trabalho, extinguindo-se, caso não haja poupança, a possibilidade de adquirir bens e serviços necessários à sobrevivência da sua pessoa e família. O drama do desemprego reside nessa ruptura com o mercado de trabalho. Nos países, como o Brasil, onde há seguro-desemprego o trabalhador demitido – se preencher os requisitos estabelecidos na legislação – pode auferir o benefício por um curto período de tempo. Findo esse período, ele está desprovido de renda para o seu sustento e o da sua família. Se a desocupação é um duro golpe para trabalhadores de qualquer idade, para o jovem, compromete, no presente e no futuro, as suas ambições pessoais e profissionais. Os jovens buscam oportunidades para ingressarem e permanecerem no mercado de trabalho seja para financiar a continuidade dos seus estudos, seja para ajudar os pais, ou ainda para constituir família. As chances de inserção dependem da escolaridade, de experiência – geralmente escassa nessa idade – e de atitudes perante o mundo do trabalho, tais como disciplina e capacidade de laborar coletivamente. Mesmo em tempos de prosperidade conseguir um emprego é desafiador para os jovens, mas se o mercado for favorável tal dificuldade é, em geral, superada. Todavia, em momentos de crise econômica como o que estamos vivenciando nesses últimos três anos no Brasil, o desemprego entre os jovens alcança taxas muito elevadas, especialmente em regiões como o Nordeste onde as oportunidades de trabalho são mais rarefeitas. Antes de nos aprofundar na análise das taxas de desocupação para os jovens, vejamos a evolução da taxa média de desemprego das pessoas com 14 anos ou mais que, para o Brasil como um todo, se elevou de 7,9% para 10,9% entre os primeiros trimestres de 2015 e 2016, um aumento de três pontos percentuais. Já no Nordeste, a taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2016 alcançou 12,8%, bem acima da média nacional, tendo subido de um patamar de 9,6% observado no mesmo período do ano anterior. Em Pernambuco durante o mesmo período a taxa cresceu de 8,2% para 13,3%, uma das variações mais significativas (+5,1 pontos percentuais). Essas são taxas médias que estão se elevando não só porque aumentou o número de pessoas demitidas pelas empresas, mas também porque tem gente – antes inativa – entrando no mercado de trabalho. Conceitualmente, só é contabilizado como desempregado uma pessoa que esteja ativamente buscando emprego. Assim, os demitidos somados àqueles que passam a entrar no mercado de trabalho constituem o contingente de desocupados que atingiu, no País como um todo, 11,2 milhões de pessoas, ao final do primeiro trimestre de 2016. Todavia, impressiona os números para os jovens entre 14 e 24 anos no País, na Região e no Estado. As taxas de desemprego (no primeiro trimestre de 2016) para os jovens brasileiros de 14 a 17 (adolescentes) e de 18 a 24 anos (jovens adultos) foram, respectivamente, de 37,9% e 24,1%, muito acima da média nacional de 10,9% observada para aquele período. No Nordeste as taxas de desocupação para essas faixas etárias, foram 32,5% e 27,4%, respectivamente, também muito acima da média para a Região naquele período (12,8%). Em Pernambuco, as taxas de desocupação se elevaram, entre os primeiros trimestres de 2015 e de 2016, de 8,2% e 18,9% para 34,4% e 28,1%, respectivamente, para adolescentes e jovens adultos. As variações foram, em termos absolutos, de 15,5 e de 12 pontos percentuais, uma alta muito acentuada que impressiona pela sua grandeza e velocidade. Os números, portanto, são assustadores indicando crescentes dificuldades para os jovens ingressarem no mercado de trabalho. A desilusão com os problemas políticos e éticos do País associados a uma profunda recessão que retira oportunidades de uma bem-sucedida inserção no mercado de trabalho, pode levar os jovens, especialmente os mais preparados e com espírito empreendedor, a migrarem para outros países, drenando o Brasil de talentos tão necessários para seu desenvolvimento. É lamentável que isso possa ocorrer. Para isso precisamos mudar a cara do Brasil, tornando-o mais atraente para os que aqui nasceram e se educaram. Se perdermos os jovens, perderemos o futuro.

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Mercado sinaliza menos demissões

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 3,8% em maio, indo a 79,4 pontos, o maior nível desde os 83 pontos de abril de 2014. Divulgado hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV), o resultado sinaliza “atenuação do ritmo de queda do número de pessoas ocupadas na economia brasileira nos próximos meses”. O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 4,1% em maio, atingindo 99,5 pontos, o maior desde dezembro passado. Na avaliação da FGV, ao interromper uma série de quatro quedas consecutivas e indicar um aumento do desemprego, o resultado mostra que “a recuperação do mercado de trabalho tende a ser lenta e sujeita a contratempos”. Para o economista da FGV Holanda Barbosa Filho, é exatamente esta contradição entre os Indicadores Antecedente de Emprego e Coincidente de Desemprego que aponta visões contrárias para as expectativas no curto prazo e em um prazo maior. “Os resultados dos índices mostram uma melhora das expectativas com relação ao futuro bastante consistente, indicando um otimismo para os próximos meses. No entanto, a tendência de curto prazo permanece ruim. Ao mostrar forte aumento, o Indicador Coincidente de Desemprego, reflete, de certa forma, os aumentos recentes da taxa de desemprego divulgada pelo IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]”, avalia o economista. Destaques As projeções da FGV indicam que os componentes que mais contribuíram para a alta do Indicador Antecedente de Emprego, em maio, foram os que medem a expectativa quanto a encontrar emprego, constatada na Sondagem do Consumidor, e o ímpeto de contratações nos próximos três meses, neste caso aferido na Sondagem de Serviços, com variações de 13,6% e 7,7%, respectivamente. Com relação ao Indicador Coincidente de Desemprego, todas as classes de renda do consumidor contribuíram para a alta, com destaque a dos com renda mensal entre R$ 4.800 e R$ 9.600. Neste caso, Indicador de Percepção de Facilidade de se conseguir emprego (invertido) variou 5,1%. (Nielmar de Oliveira – Repórter da Agência Brasil)

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27 vagas para saúde em Jaboatão

São oferecidas pela Prefeitura de Jaboatão 27 vagas para área de saúde, sendo 19 de nível superior e 8 para nível médio. Os salários variam entre R$ 1,023,44 para nível médio e R$ 10, 904,42 para nível superior. A escolha será via seleção simplificada e terá inscrições entre 25 e 29 de abril no site www.jaboatao.pe.gov.br. O resultado será divulgado no dia 18 de Maio no Diário Oficial. São disponibilizadas três vagas para Médico Psiquiatra, com carga horária de 20h, quatro vagas para Médico Clínico, com carga horária de 20h. Ambos possuem remuneração de R$ 4,170,95. Serão disponibilizadas, ainda, 12 vagas para Médico Saúde da Família, com carga horária de 40h, remuneração de R$ 10,904,42 e oito vagas para Cuidador de Residência Terapêutica, com carga horária em regime de plantão 12×36 diurno e/ou noturno com remuneração de R$ 1,023,44. DOCUMENTAÇÃO Os documentos necessários para a inscrição são: ficha de inscrição com todos os campos preenchidos no site www.jaboatao.pe.gov.br, após confirmação, o candidato deverá imprimi-la e assiná-la. Cópia do documento oficial com foto do candidato (RG, CNH, Passaporte ou Conselho de Classe), cópia do CPF, cópia do Título de Eleitor e comprovante de quitação eleitoral da última votação, cópia de Certificado de Reservista (Homens), cópia de comprovante de residência atual (até três meses) e currículo obrigatoriamente no formato indicado no edital, contendo dados pessoais, formação acadêmica/Titulação, formação complementar e atuação profissional. A entrega dos documentos deverá ser realizada na sede da Secretaria de Saúde do município, na Avenida Barreto de Menezes, S/N nos dias 2 e 3 de maio, das 9h às 16h. Todos os itens devem ser entregues em envelope lacrado com a etiqueta de entrega de documentação que consta no edital e a ficha de inscrição impressa. EDITAL COMPLETO http://diariooficial.jaboatao.pe.gov.br/13-de-abril-de-2016-ano-xxvi-n064-jaboatao-dos-guararapes/

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