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#Alive: filme sul-coreano de zumbi é o novo sucesso da Netflix

Fonte de inspiração para roteiristas e de lucro para grandes estúdios, os zumbis não perderam força, nem público. A prova disso é o sucesso da série The Walking Dead (desconsidere os últimos anos) e de filmes como Invasão Zumbi e a comédia Zumbilandia. O mais novo representante do subgênero estreou recentemente no catálogo da Netflix, o sul-coreano #Alive. Ele está atualmente entre as dez produções mais vistas do serviço de streaming. O longa acompanha Joon-woo, interpretado por Yoo Ah-In ("Em Chamas"), um gamer que tem a rotina virada ao avesso quando, sozinho em casa, descobre pela TV que um vírus está se espalhando rapidamente por sua cidade. Da janela do seu apartamento vê centenas de pessoas fora de controle, destruindo o condomínio onde mora. Isolado e com pouca comida, terá de lutar para manter-se vivo, nem que seja por mais algumas horas. Tudo acontece muito rápido em #Alive, não dá tempo do espectador se apegar a Joon-woo. Pouco se sabe sobre seu passado e família, no máximo alguns retratos e mensagens deixadas por seus pais. Essa falha na construção do personagem enfraquece a narrativa que na maior parte do tempo busca sustento na ação. A premissa inicial de um jovem sozinho em seu apartamento lutando pela vida enquanto o mundo lá fora se acaba em um apocalipse zumbi, abriria um leque de possibilidades. Joon-woo poderia encarnar o papel de um náufrago em seu apartamento-ilha e os zumbis serviriam de pano de fundo à trama. Mas logo a proposta se esvai ao serem introduzidos novos personagens à história, como a vizinha de condomínio Kim Yoo-bin (Park Shin-hye). O filme passa, então, a ser mais um entre tantos outros de zumbis. #Alive foca na ação vazia, desprovida de qualquer significado e mensagem. Bem diferente do que fez George A. Romero no clássico Noite dos Mortos Vivos e do também sul-coreano Invasão Zumbi, que por trás da superfície do terror propõem forte crítica social. A nova aposta da Netflix segue o grande fluxo de produções genéricas ligadas ao tema. Vale como bom passatempo ao público menos exigente. Apenas isso.

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Crítica| Resgate (Netflix)

Após o sucesso de crítica e público de filmes de ação como Atômica e da franquia John Wick, algo que outrora não era tão frequente em relação ao gênero, novas produções com cenas de ação mais refinadas estão surgindo. A mais recente é Resgate, produção original Netflix, que tem no elenco o astro Chris Hemsworth. Hemsworth interpreta Tyler Rake, um mercenário que é contratado para resgatar Ovi (Rudhraksh Jaiswal), filho de um traficante indiano. O garoto foi sequestrado a mando de Amir Asif (Priyanshu Painyuli), um traficante de drogas de Bangladesh. Durante a missão, Rake descobre que não receberá o dinheiro do resgate. Mas a forte ligação com Ovi fará Rake protegê-lo a todo custo.   Tyler Rake encarna estereótipo parecido ao de famosos personagens brucutus do cinema como John Rambo e Braddock. O passado marcado pelo trauma relacionado à morte do filho dá ao protagonista certa profundidade, coisa que muitos personagens do gênero não costumam apresentar. Resgate tem a mesma pegada de filmes da franquia John Wick: lutas coreografadas e cenas de tirar o fôlego. Numa das melhores sequências, acompanhamos uma perseguição em meio às ruas apertadas de Dhaka, capital de Bangladesh, através de um bem trabalhado longo plano-sequência. Em seguida, com um corte sutil, a câmera acomoda o espectador dentro do veículo em que estão os protagonistas. Resgate foi produzido pela Netflix em parceria com os Irmãos Russo, diretores de grandes sucessos da Marvel, como Capitão América: Guerra Civil, Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato. A história é baseada na Graphic Novel Ciudad, escrita pelos irmãos cineastas. É o primeiro longa dirigido por Sam Hargrave. Antes de Resgate, Hargrave havia trabalhado como coordenador de dublês em alguns filmes da Marvel.  

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Crítica | Por Lugares Incríveis (Netflix)

"Apenas um melodrama adolescente comum." A resposta de Theodore Finch (Justice Smith) ao professor Embry (Keegan-Michael Key) após ser questionado quanto ao seu estado, reflete bem o que é o novo filme da Netflix, Por Lugares Incríveis. A história acompanha Violet Markey (Elle Fanning), uma adolescente de 17 anos que sofre com a perda da irmã, morta em um acidente automobilístico. Violet decide pular de uma ponte, mas é impedida por Theodore, um colega da escola. Desde então, uma forte ligação começa a ser construída entre os dois. Este é sim mais um daqueles melodramas adolescentes no melhor (ou pior) estilo A Culpa É das Estrelas ou Um Amor Para Recordar. Ainda que o gênero tenha público, falta a essas histórias coragem para ousar e fugir do lugar comum. Por Lugares Incríveis é baseado no livro homônimo de Jennifer Niven, que também assina o roteiro ao lado de Liz Hannah (The Post: A Guerra Secreta). A trama até que ousa ao, no primeiro momento, dar destaque ao drama de Violet e, no meio do filme, mudar o foco para Theodore. A segurança demonstrada pelo protagonista no início era apenas uma capa que ocultava traumas do passado que o fazem fugir. Desde então, passa a sofrer bullying na escola e a ser chamado de aberração.     É justamente na metade do segundo ato que os personagens se revelam mais complexos, cheios de camadas. Mas o filme perde a força outra vez na conclusão ao optar por um desfecho clichê e preguiçoso. Elle Fanning e Justice Smith têm até carisma, mas falta química ao casal de protagonistas. Parte por culpa do roteiro que não desenvolve bem a relação entre os personagens. Importantedestacar o belo trabalho de fotografia realizado por Rob Givens. Por Lugares Incríveis tem algumas pitadas de road movie: as cenas na estrada, algumas tomadas aéreas, e de lugares exóticos como um grande lago (que terá certa importância para o desfecho da história) são de encher os olhos. As fragilidades do roteiro e das atuações não ofuscam a importância do filme no sentido de propor a discussão de temas atuais e necessários como o bullying e a depressão. Por Lugares Incríveis está atualmente entre os dez filmes mais assistidos na Netflix.    

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Crítica| Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa

O fim de uma relação pode deixar marcas difíceis de apagar. Apenas para alguns, claro. Que o diga a Arlequina em Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa. A separação do Coringa e a independência da trama em relação ao criticado Esquadrão Suicida fizeram bem à nova aposta da DC. Na história, Arlequina se unirá às anti-heroínas que dão nome ao filme para proteger Cassandra (vivida aqui pela atriz mirim coreana Ella Jay Basco), uma garota que está com um diamante pertencente ao Máscara Negra, interpretado por Ewan McGregor, o Obi Wan Kenobi da saga Star Wars. Além da Arlequina, estão no grupo Canário Negro (Jurnee Smollett-Bell), Caçadora (Mary Elizabeth Winstead) e Renée Montoya (Rosie Perez). A proposta da roteirista Christina Hodson de quebrar qualquer vínculo com o filme de David Ayer é visível logo na sequência inicial. O rompimento com o Coringa e a destruição da fábrica onde a psiquiatra Harleen Quinzel se transformou na Arlequina servem de marco para a emancipação. Christina acerta quanto ao enredo não-linear, ainda que a narração em primeira pessoa (da própria Arlequina) carregue o roteiro de exposição e didatismo em algumas cenas.     Margot Robbie está mais uma vez à vontade como Arlequina, esbanjando meiguice e violência tão necessárias à composição do papel. Diferente dela, Ewan McGregor apresenta um vilão caricato, até porque o próprio desenvolvimento dele no roteiro, por vezes maniqueísta, não ajuda. É um personagem sem profundidade, que pode render facilmente uma indicação ao Framboesa de Ouro. A cinematografia replica o colorido do visual da Arlequina. A sequência em que a protagonista invade uma delegacia e atira em policiais com uma arma que detona confetes reflete a proposta multicolorida de Matthew Libatique, diretor de fotografia, famoso por trabalhar em filmes de Darren Aronofsky, como Cisne Negro e Réquiem para um Sonho. Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa não tem a densidade psicológica do filme Coringa, de Todd Philips. A pegada é a mesma do Esquadrão Suicida: explosões, lutas bem coreografadas e pouco papo. O longa estreia nesta quinta (6) nos cinemas brasileiros, um dia antes dos Estados Unidos.  

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Crítica| 1917

Alguns filmes de guerra entraram para a história do cinema mundial, fincando o pé definitivamente entre os melhores longas de todos os tempos. Como esquecer de A Ponte do Rio Kwai, Apocalypse Now ou A Lista de Schindler? Pois bem, mais uma produção do gênero certamente passará a marcar presença nessas listas: o intenso 1917 de Sam Mendes, diretor ganhador do Oscar por Beleza Americana. A trama acompanha dois soldados britânicos, Schofield (George MacKay) e Blake (Dean-Charles Chapman), na amarga missão de cruzar o território inimigo, arriscando a vida para entregar uma mensagem que poderá evitar a morte de milhares de homens, inclusive, do irmão de Blake. O filme oferece uma profunda imersão às entranhas da Primeira Guerra Mundial, reproduzindo da forma mais realista e crua possível a repugnante face de um front de batalha. É quase possível sentir o cheiro acre das carcaças de animais abatidos no combate e dos corpos de soldados pendurados nas cercas de arame farpado.     Logo no primeiro ato o roteiro desanda para diálogos por demais expositivos, com personagens lembrando, quase que a cada frase, dos perigos que a dupla irá enfrentar. Mas a partir do segundo ato a história ganha força após uma surpreendente reviravolta que impulsionará a trama. Em relação ao elenco, George MacKay ganhou certa notoriedade ao atuar, em 2016, no elogiado Capitão Fantástico. Já Dean-Charles Chapman é mais conhecido por seu trabalho na série Game of Thrones. Alguns nomes de peso surgem durante a jornada para fazer uma pontinha, como os atores britânicos Colin Firth e Benedict Cumberbatch. 1917 ganhou recentemente dois prêmios no Globo de Ouro, melhor filme de drama e melhor diretor. A boa recepção da crítica, aliada ao reconhecimento nas premiações, dá ao longa grandes chances de figurar entre os indicados ao Oscar 2020. Não apenas na disputa ao prêmio de melhor filme, mas também nas categorias técnicas, a começar pelo competente trabalho de cinematografia. A trama é costurada com um longo (falso) plano-sequência, escolha que dá mais realismo à história. A sequência do ataque noturno, com Schofield fugindo em meio às ruínas de antigos edifícios iluminados pelas explosões é impressionante. Ponto para o diretor de fotografia Roger Deakins, que tem no currículo longas como Blade Runner 2049, Onde os Fracos Não Têm Vez e Um Sonho de Liberdade.     Indicada ao Globo de Ouro, a trilha sonora, composta por Thomas Newman, soa desnecessária em algumas cenas. É inegável que nas sequências de ação ela se mostra eficiente ao potencializar a tensão. Mas falha ao se fazer presente nos momentos de calmaria, os quais parecem clamar por silêncio em oposição à música que insiste em golpear os tímpanos do espectador. Newman é colaborador de longas datas de Sam Mendes. Trabalhou com o diretor em filmes como Beleza Americana e 007 - Operação Skyfall. Sam Mendes provou ser possível dar novo gás a um gênero que vinha fraco das pernas. Muitos até consideraram uma grande zebra o prêmio no Globo de Ouro, levando em conta concorrentes do porte de Scorsese e Tarantino. Resta saber se o Oscar tomará o mesmo caminho. Estreia: 23 de janeiro.

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Crítica: Frozen 2

Mais desafiador que lançar um filme que agrade crítica e público é lançar uma sequência que supere ou, ao menos, equipare-se ao primeiro. Por isso, sempre que sai um novo longa de alguma franquia surge a inevitável pergunta: será melhor que o anterior? Pois bem, a bola da vez é a animação Frozen 2, que estreia no Brasil em 2 de janeiro de 2020. Enquanto os fãs brasileiros terão de esperar um pouco mais, a animação já estreou há duas semanas nos EUA. Arrecadou na estreia US$ 130 milhões (R$ 550 milhões) e já se aproxima da marca de US$ 300 milhões. O sucesso nas bilheterias nem sempre é diretamente proporcional à qualidade de um filme. É o que acontece com Frozen 2, bem inferior ao seu antecessor.     Na trama, Elsa parte em busca de respostas sobre seu passado e a origem de seus poderes, motivada por uma história contada por seu pai, quando ainda estava vivo, sobre a época em que era príncipe de Arendelle. A nova aventura não tem a mesma pegada e imponência da primeira, tem cara de filme que costuma ser lançado diretamente em DVD e Blue-ray. Ainda assim, não deixa de exibir cenas de encher os olhos, como a do embate no mar que, inclusive, aparece no trailer oficial. Quando o assunto é Frozen, difícil não falar sobre a trilha sonora. Como esquecer de "Let It Go", ganhadora do Oscar de Melhor Canção, ou "Do You Want To Build a Snowman?"? No entanto, em Frozen 2, poucas se destacam, com exceção da música tema de Elsa, "Into the Unknown". Polêmica Frozen 2 segue fazendo sucesso nos países onde estreou, levantando também muita polêmica. A mais recente aconteceu na Coreia do Sul. De acordo com o The Hollywood Reporter, uma organização não governamental chamada Public Welfare Committee (Comitê do Bem-Estar Público) acusou a Disney de monopolizar os cinemas do país. A animação chegou à Coreia do Sul em 23 de novembro, acupando 88% das salas. A Disney ainda não se pronunciou quanto à acusação.  

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Recife Assombrado: diretor conta detalhes do primeiro longa pernambucano de terror

Se você é de Recife e região, certamente já ouviu histórias sobre seres assustadores como a Perna Cabeluda e a Galega de Santo Amaro. Conhece lugares na capital pernambucana considerados, por muitos, assombrados como a Cruz do Patrão no Bairro do Recife. Na década de 50, muitas dessas histórias foram relatadas no livro Assombrações do Recife velho, do sociólogo Gilberto Freyre. Obra que serviu de inspiração para o filme de estreia do jornalista e produtor cultural Adriano Portela, o longa Recife Assombrado, primeiro longa de terror feito em Pernambuco. Em entrevista, Adriano conta detalhes do projeto, que chega aos cinemas em 21 de novembro.     Como surgiu a ideia para o projeto do Recife Assombrado? A ideia do filme surgiu em 2015, quando participei de uma oficina sobre monstros na literatura com o professor André de Sena, lá em Garanhuns. Eu já havia observado que existia muita coisa em formato pequeno, muitos curtas, mas não existia um longa catalogando todas essas assombrações, como Gilberto Freyre fez na década de 20 com o livro “Assombrações do Recife Velho”, na época que era editor do jornal “A Província”. O jornalista Oscar Mello fez uma série de reportagens sobre assombração e o tema depois virou pauta do livro de Gilberto Freyre. Dos filmes produzidos em Pernambuco, poucos são de terror. Por que a opção pelo gênero? A opção pelo gênero, primeiro é que sou apaixonado pelo tema assombração, desta história da oralidade que Freyre, Carneiro Vilela, Jaime Gris e outros autores vêm pesquisando há muito tempo. Fizemos também uma pesquisa sobre o que o público queria ver em Pernambuco. Observamos que os gêneros terror e suspense, mais especificamente, são muito solicitados por aqui.     Considerando a crise atual no audiovisual brasileiro, quais foram os principais desafios enfrentados do início à conclusão das gravações? O desafio maior sempre é conseguir um incentivo. O boom do cinema pernambucano facilitou a aprovação do projeto na Ancine em 2016. Do Nordeste, foram três projetos aprovados, Recife Assombrado, Organismo de Jeorge Pereira, que inclusive é diretor assistente do meu filme, e um projeto do Ceará. O dinheiro do incentivo só caiu na conta em 2017 e o restante para a finalização agora em 2019. Ao longo dos anos, desde a retomada da produção audiovisual em Pernambuco, marcada pela estreia do longa “Baile Perfumado”, os filmes produzidos por aqui têm chamado a atenção não só no Brasil, mas também lá fora. Como explicar essa vocação do estado para a sétima arte? Essa vocação está ligada à vontade de fazer, ver a coisa acontecer. Certa vez eu estava na Academia de Cinema em São Paulo e perguntaram como a gente fazia os filmes por aqui, pois, até então, só tinha curso de cinema na UFPE e Aeso. Respondi que a gente aprendia com a cabeça no sol mesmo. Pernambuco é um celeiro multicultural e é essa vontade de realizar, fazer arte e acontecer.  

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Crítica| Campo do Medo (Netflix)

As tramas e personagens criados por Stephen King costumam fazer sucesso não apenas na literatura de terror, mas também na tela grande. Algumas dessas adaptações são presença garantida em listas de melhores filmes, como Um Sonho de Liberdade e À Espera de Um Milagre. Recentemente, It: A Coisa tornou-se o filme de terror de maior bilheteria da história do cinema. Pois bem, as adaptações não param de surgir: Campo do Medo, inspirado no conto homônimo escrito por Stephen King e o filho Joe Hill, é uma das novas apostas da Netflix. Na história, os irmãos Becky (Laysla De Oliveira) e Cal (Avery Whitted) são atraídos a um imenso matagal ao lado de uma rodovia, após ouvirem o grito de socorro de um menino. A dupla descobrirá que aquele lugar é muito mais sinistro e perigoso do que imaginam, uma espécie de labirinto verde dominado por uma força sobrenatural.     Campo do Medo é uma produção canadense, dirigida pelo diretor americano Vincenzo Natali, mais conhecido pelo cult de ficção científica, Cubo. Diferente de outras adaptações de Stephen King, a história não convence: previsível e com poucos sustos. O trabalho de edição feito por Michele Conroy é confuso e pouco ajuda (mais atrapalha) o desenrolar da trama. Conroy editou filmes como Pompéia e o terror cult Mama. A fotografia é uma das poucas coisas boas de Campo do Medo. As belas imagens aéreas do matagal são de encher os olhos e os enquadramentos fechados nas cenas dentro da mata potencializam o clima claustrofóbico proposto. Desde que estreou no catálogo da Netflix na sexta (4), Campo do Medo vem acumulando críticas negativas. No Rotten Tomatoes está com apenas 40% de aprovação, enquanto que no IMDb, alcançou, até o momento, a nota 5,6.  

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Crítica| Era uma Vez em... Hollywood

Estreia de filme com assinatura de Quentin Tarantino é sinal de muito burburinho e expectativa da crítica e dos fãs do cineasta. A passagem por Cannes não rendeu muitos prêmios ao Era Uma Vez em... Hollywood (ganhou apenas a Palm Dog, prêmio voltado à melhor participação canina do festival), mas a boa recepção em portais de crítica como o IMDb e o Rotten Tomatoes apontam para uma carreira de sucesso nas principais premiações do ano, forte candidato, inclusive, ao Oscar 2020. É o nono filme do diretor e, segundo o próprio, penúltimo da carreira. Era Uma Vez em... Hollywood é uma carta de amor de Tarantino ao cinema, de forma mais específica feito nos EUA no final da década de 60. O cineasta passou parte da infância em Los Angeles e presenciou o fervilhar cinematográfico da região, abalado na época pelo crime bárbaro cometido pela seita de Charles Manson, que tirou a vida da atriz Sharon Tate e de mais seis pessoas.     Anunciado como o filme de Tarantino sobre a seita de Charles Manson, na verdade, o longa dá destaque à história do decadente ator de faroeste, Rick Dalton (DiCaprio) e seu parceiro de longas datas e dublê pessoal, Cliff Booth (Brad Pitt). Manson e sua jornada até o crime que chocou a década de 60 seguem como subtrama. Leonardo DiCaprio está de volta à tela grande após um hiato de quatro anos, quando ganhou o Oscar de melhor ator por O Regresso. O ator está bem no longa e esbanja boa química com Brad Pitt. Esta é a primeira vez que atuam juntos. O cast tem outros grandes nomes como Margot Robbie, Al Pacino e Dakota Fanning. Este é o trabalho menos sangrento de Tarantino. O banho de sangue, ou melhor, de chamas, só aparece no terceiro ato. Tem algumas cenas memoráveis, entre elas, a que provocou grande polêmica entre Tarantino e a família de Bruce Lee. Grande performance de Mike Moh, conhecido por sua atuação em filmes da franquia Street Fighter e na série Inumanos. Era Uma Vez em... Hollywood chega esta quinta (15) aos cinemas.  

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Crítica| Sequestrando Stella (Netflix)

Após o retorno da série Dark, chega ao catálogo da Netflix mais uma produção alemã, o thriller Sequestrando Stella. Com direção e roteiro de Thomas Sieben, o longa tem uma premissa bem simples: dupla sequestra filha de ricaço em busca de recompensa. Max von der Groeben e Clemens Schick encarnam a dupla de sequestradores, Tom e Vic, respectivamente, e Jella Haase interpreta Stella. Os personagens são mal apresentados, planos, o que atrapalha na identificação do espectador com eles. O foco maior, a princípio, está no planejamento e execução do sequestro. O primeiro ato (geralmente o de apresentação) logo termina e pouco sabemos sobre os personagens.     No segundo ato descobrimos que a ligação entre Tom e Stella vai além da relação sequestrador/sequestrada. A trama segue, a princípio, numa crescente tensão psicológica, que mais adiante vai esvanecendo a cada tentativa frustrada de fuga de Stella. A coisa é tão clichê que, no início, até nos faz desconfiar que em algum momento a história sofrerá uma grande reviravolta. Mas o resultado fica aquém do esperado. Sequestrando Stella é um remake do filme britânico O Desaparecimento de Alice Creed, escrito e dirigido por J Blakeson (A 5ª Onda). Este bem melhor classificado no IMDb, com nota 6,7. A produção alemã alcançou ínfimos 4,9.  

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